O Centro Cultural do Banco do Brasil abraçou, dessa vez, o Projeto Afro: uma plataforma afro-brasileira de mapeamento e difusão de artistas negros; com a exposição “Encruzilhadas da Arte Afro-Brasileira”.

Com uma experiência imersiva, educativa e cativante, o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) proporcionou uma visão de que “a população afro-brasileira não é só centrada na questão da escravidão (...) a gente sabe fazer arte. A arte não é só a europeia; a gente sabe desenvolver, temos vários fatores culturais”, explicou Otávio Rodrigues, visitante da exposição. A mostra é composta de mais de 60 artistas e obras que vão desde pinturas a formatos áudio visuais. “Foi uma exposição que não falava sobre nossos colonizadores e sim sobre nossos povos, de preto para preto, e mostra que a gente sabe fazer muita coisa. Me senti num lugar que realmente falava sobre a real história afro-brasileira”. Para interagir, como ocorreu com Otávio, visite o CCBB até o dia 18/03/2024. Mas, você pode conferir uma prévia que a AGEMT preparou, acessando o link:
https://www.instagram.com/reel/C4iXXhYrdLK/utm_source=ig_web_copy_link&igsh=MzRlODBiNWFlZA==
No dia 3 de novembro o Estado de São Paulo foi atingido por fortes chuvas e rajadas de vento de até 100 km/h. O temporal, um dos tantos exemplos da crise climática, não escolheu as suas vítimas, entretanto o racismo ambiental sim. Rose Borges, moradora do Morro do Piolho, periferia localizada no bairro do Capão Redondo, Zona Sul, enfrentou 10 dias sem luz e água.
“Isso é racismo ambiental. Por que quem mora lá pode ir atrás do direito deles e aqui não? Como o Eduardo Lyra fala em Gerando Falcões: a favela tem que sair do museu,” reflete Rose.

O racismo ambiental é um termo utilizado para descrever situações de injustiça social, onde grupos minoritários são sistematicamente submetidos às consequências da degradação do ecossistema. Isso fica evidente quando moradores de bairros e territórios periféricos, em sua maioria pessoas pretas, indígenas e famílias de baixa renda, são diretamente afetados com o agravamento das condições climáticas, enquanto os mais privilegiados usufruem de melhores condições de vida.
“JUSTIÇA CLIMÁTICA É JUSTIÇA RACIAL”
O racismo ambiental está presente na sociedade em diferentes formas, como por exemplo, na maior incidência de riscos de inundações, deslizamentos de terra, concentração dos piores índices de poluição do ar e das águas, e até mesmo a falta de saneamento básico em comunidades. Dessa forma, a população está mais exposta aos impactos dos desastres naturais. Um exemplo marcante é o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (MG). A tragédia, que deixou 270 pessoas mortas e derramou milhões de metros cúbicos de rejeito de mineração na bacia do Rio Paraopeba, teve como sua principal vítima a população negra e de baixa renda, que morava na região. Quatro anos após o ocorrido, a empresa responsável pelo desastre não foi responsabilizada e as famílias afetadas ainda sofrem com as consequências da desigualdade socioambiental.
No lançamento do livro “Racismo Ambiental e Emergências Climáticas no Brasil”, organizado pelo Instituto de Referência Negra Peregum, os autores debateram sobre a necessidade de trazer à tona as demandas dos movimentos negros e denunciaram o embranquecimento do movimento ambientalista. “A crise ecológica global é, simultaneamente, uma crise de justiça global”, expôs a jornalista Mariana Belmont na coletiva de imprensa.

Em uma entrevista a Agemt, Andressa Dutra, gestora ambiental, mestranda em Ecoturismo e uma das autoras do livro, conta que a questão racial é a chave para solucionar a crise ambiental. “Entendendo que o Brasil é um país estruturado no racismo, o Silvio Almeida fala que a gente não vai conseguir resolver as grandes questões se a gente não trouxer um foco para questão racial, porque é isso que dá base e faz entender quem vai viver e quem vai morrer”, explica.
“Não adianta mais a gente tentar resolver as mazelas dos problemas ambientais sem pensar na questão racial,” relata a ativista.

MORRO DO PIOLHO: UM REFLEXO DO RACISMO AMBIENTAL
Localizado na região do Capão Redondo, na zona sul de São Paulo, o Morro do Piolho, segundo moradores, abriga 300 famílias, sendo uma delas a da líder comunitária e agente transformadora Rose Borges, fundadora da ONG Juntos pelo Capão. “Tem muita coisa acontecendo do outro lado da ponte do rio Pinheiros, que separa os pobres dos ricos, o lado A do lado B”, relata.
Rose conta que em decorrência da tempestade e rajadas de vento, ela ficou sem luz por quatro dias, enquanto alguns vizinhos ficaram mais de uma semana. Na segunda-feira, três dias após a tempestade, a maior parte do bairro seguia sem energia e sem água; consequentemente, a maior parte das escolas e creches não abriram. Assim como muitas mães e avós, ela precisou ficar em casa para cuidar da sua neta, precisando ligar à sua chefe para avisar que não tinha condições de ir trabalhar. Muitas outras mulheres da comunidade passaram pela mesma situação, mas receberam um tratamento diferente das empresas, com seus salários e benefícios sendo descontados. “Não é culpa delas, mas é visto assim. ‘Se vira’. Como se a gente pudesse se teletransportar”.

A moradora denuncia a situação precária que as mães do bairro, grande parte mulheres negras e mães solo, precisam enfrentar ao ficar sem energia. “A maioria das mães aqui, quando saem, deixam coisas pros filhos comerem, porque elas vão trabalhar e só voltam à noite. Então ela trabalhou lá o dia inteiro, e, quando chegou em casa, não tinha luz nem água pra sobreviver”. Rose relata que, muitas pessoas precisaram se locomover e ficar na casa de amigos que já tinham energia. Ela precisou ir à casa da sogra, que fica em Campo Limpo, 42 km de distância do Morro do Piolho. A fundadora da ONG levou seu celular e os de seus vizinhos para carregar lá, além de trazer os alimentos que havia em sua geladeira.
Dessa forma, a comunidade se viu na necessidade de se mobilizar para enfrentar a falta de água e luz. Um vizinho de Borges, que tinha acesso a um lugar com água, ficou responsável por levar galões de água e trazer água para os moradores. Por ser uma quantidade limitada, as pessoas pegavam garrafas de 2 litros e faziam um banho rápido, e os que tinham filhos, tiveram que usar a mesma água em duas ou três crianças, e o restante foi usado para fazer comida e beber.
Além da falta de energia, a cidade de São Paulo também passou, recentemente, por uma onda de calor e mais uma vez, as comunidades periféricas foram as mais afetadas. Rose conta que, por conta do calor extremo, as pessoas precisaram dormir com as janelas abertas, e muitas precisaram colocar o colchão na parte externa da casa, onde era mais fresco. “Eu tive que colocar o colchão na garagem, sabe quando você não aguenta o calor?”, fala.

O calor extremo chegou enquanto muitas pessoas ainda estavam sem energia, sendo ainda mais prejudicial às pessoas da comunidade. Sem luz, as geladeiras não funcionavam e as comidas apodreciam. “Minha cunhada perdeu tudo que estava na geladeira. Minha vizinha tinha duas crianças pequenas, e teve que ir pra um lugar no extremo sul porque lá as crianças tinham água e o que comer. Ela preferiu pegar um dinheiro e gastar com a condução do que ficar aqui”.
JUNTOS PELO CAPÃO: UM OLHAR DE ESPERANÇA
Claro, projetos como o de Rose não começam do dia para a noite. Durante a entrevista, ela nos conta que a ideia começou, no final de 2019, quando estava na missa e ouviu um pedido do pároco local, Padre Márcio, que fazia aniversário naquele dia. Como presente, ele queria um panetone porque tinha uma criança que não sabia o sabor do bolo. No seu trabalho, numa escola particular na zona oeste da cidade, ela pediu ajuda às mães dos alunos e conseguiram uma “parede” de panetones para serem doados no Natal, e a partir daí passou a acontecer todos os anos, conta com empolgação.
No início de 2020, com a chegada da pandemia, as escolas fecharam e as crianças moradoras do Morro do Piolho não tinham onde ficar. Para Rose, sua única opção era sair da bolha e se mobilizar, “a gente sempre tem um pouco de social, mas uns desenvolvem outros não”. Com a vontade de mudar a sua comunidade, ela pediu ao Padre Márcio uma sala que estava desocupada e começou ali seu projeto: Juntos pelo Capão.

Atualmente, há 2 projetos no portfólio da ONG: Escritores Mirins, onde, com a intenção de incentivar a literatura e escrita, cada criança participante escreve e publica seu próprio livro e Desenvolvedores Mirins (ou Pacote Office), responsável pela capacitação de jovens em ferramentas digitais. Além disso, a ONG organiza a ação Capão Sem Fome, uma frente permanente de combate à fome no Morro do Piolho, com distribuição de cestas básicas para famílias carentes durante todo o ano.
Quando o Estado não olha para aqueles que são invisíveis na sociedade, existe em contrapartida um cidadão ou cidadã que tem a capacidade de sair de sua bolha para causar um impacto na comunidade, e Rose Borges é uma delas. Através de seu olhar, de sua garra, ela consegue mobilizar toda uma comunidade para juntos se unirem e mudarem seu entorno. “Quando me deu esse despertar de fazer mesmo social como diferença na minha vida, de olhar para os outros, eu me senti uma torneira aberta jorrando água potável”, finaliza.
Esta reportagem foi produzida como atividade extensionista do curso de jornalismo da PUC-SP.
“A primeira vez que eu olhei pro lado e vi que a maioria das pessoas se pareciam comigo, foi justamente quando eu estava no meio da torcida do pó de arroz.”, revela o jornalista e torcedor tricolor, Fagner Torres. “Eu ia no restaurante, no cinema, no teatro, lugares onde a maioria da galera era branca. Onde a maioria era como eu? Na arquibancada, pô!”, finaliza. O tradicional nevoeiro branco em meio as cadeiras virou símbolo de festa para a torcida do Fluminense. Hoje é comum que cada torcedor tricolor leve um saco do pó de arroz para os jogos no Maracanã, lançando-os ao céu e celebrando antes mesmo da bola rolar.
Por muitos anos, chamar um torcedor do Fluminense de “pó de arroz” era motivo de ofensa e chacota. Muitos torcedores rivais ainda hoje usam dessa palavra para acusar o clube de ser racista, afirmando que, no passado, o Fluminense obrigava os jogadores pretos a passarem pó de arroz no rosto para jogarem se passando por brancos, “minha vó me conta isso desde que eu tinha cinco anos”, revela Thaissan Passos, ex-treinadora do futebol feminino do Fluminense.
O folclore se espalhou a partir de uma crônica lançada em meados do século XX, se espalhando ao longo do tempo como uma polêmica que até hoje gera controvérsias e discussões. Independentemente da origem, fato é que a torcida tricolor adotou o pó de arroz como um verdadeiro símbolo antirracista, tornando o que antes era usado de forma pejorativa como representação de toda a torcida nas arquibancadas das laranjeiras: “Maior orgulho pra gente é quando saímos do jogo com todo o pó na cabeça. Não é uma maneira de embranquecer a torcida, e sim de dizer que nós vencemos o racismo aqui dentro e que somos um grupo a utilizar um xingamento que seria racista para combatê-lo!”, afirma o antropólogo torcedor do Fluminense, Ernesto Xavier.
A POLÊMICA ORIGEM DO PÓ DE ARROZ

Em 13 de Maio de 1914, Carlos Alberto, de 17 anos, se preparava para atuar pelo Fluminense contra o seu ex-clube, América, pelo Campeonato Carioca daquele ano. O jogador, que era o único preto da equipe, foi visto com um pó branco no rosto, que durante a partida começou a se desmanchar em seu suor, abrindo brecha para a torcida Americana provocar o recém-saído da equipe: “Pó de Arroz! Pó de Arroz!”, gritava a torcida.
“O rapaz veio conosco do América para o Fluminense, ele fazia a barba e, ao invés de deixar com sua cor natural e passar talco, ele colocava uma coisa branca, fazendo um contraste muito grande entre uma parte e outra do rosto, e então os torcedores começaram a chamar o time do Fluminense de ‘pó de arroz’”, explicou, aos 90 anos de idade, Marcos Carneiro de Mendonça, então goleiro da equipe de Carlos Alberto.
O caso voltou à tona 38 anos depois do jogo contra o América, em uma coluna publicada pelo jornalista Mário Filho no “Jornal dos Sports”, onde o autor alega que Carlos Alberto utilizava pó de arroz para esconder sua etnia, visto que, segundo Mário, o Fluminense era uma equipe elitista da qual apenas brancos eram benquistos: “Valia a pena ser Fluminense, Botafogo, Flamengo, clube de brancos. Se aparecia um mulato, num deles, mesmo disfarçado, o branco pobre, o mulato, o preto da geral, eram os primeiros a reparar. (...) Era o momento que Carlos Alberto mais temia. Preparava-se para ele, por isso mesmo, cuidadosamente, enchendo a cara de pó-de-arroz, ficando quase cinzento, não podia enganar ninguém, chamava até mais atenção. A torcida do Fluminense procurava esquecer de que Carlos Alberto era mulato. Um bom rapaz, muito fino”, finaliza a coluna.

O trecho publicado no jornal foi retirado do livro de Mário que teve sua primeira edição publicada em 1947, denominado “O Negro no Foot-Ball Brasileiro”, onde o autor desmistifica as especulações que afirmavam que o Fluminense obrigava Carlos a usar o pó de arroz. Com base no livro, o historiador Athos Vieira explica que o jogador utilizava o produto por causa do racismo imposto pela sociedade, mas que o clube em nenhum momento obrigava Carlos a utilizar pó de arroz. “O racismo não era do Fluminense, e sim da sociedade, das instituições, o Fluminense como tal era um clube racista, de pessoas brancas. Carlos Alberto, um menino tímido, se sentia incomodado com os holofotes e usava o pó de arroz para dissimular a cor de sua pele”, explica.
Athos chama atenção para o fato de que, no livro, Mário entrevista Carlos Alberto ainda em vida, onde o jogador explica as diferenças entre o América e o Fluminense, ressaltando que ambos eram times de branco, porém, por ser um clube aristocrata, o tricolor promovia bailes e eventos de luxo: “Essa era a diferença entre os times da Zona Sul e Norte, no América as famílias iam ver os jogos e se encontravam uma vez por semana na arquibancada. No Fluminense, eles viviam no clube, todo mundo devia ser igual, mesmo na cor”, afirma, segundo Athos Vieira, Carlos Alberto em entrevista à Mário Filho.
Por outra ótica, o também historiador Felipe Duque, aponta que Carlos Alberto era um adolescente de muitas espinhas no rosto, obrigando-o a utilizar um medicamento para contê-las, esse que por sua vez continha na bula a recomendação de passar pó de arroz no rosto logo após o uso do remédio, com o objetivo de manter a pele protegida e evitar a oleosidade: “o talco é uma coisa só pra aliviar o pós-barba, já o pó de arroz tem a função de proteger. Como que um menino tímido de 17 anos vai ter a noção que quando ele corresse aquilo ia se desmanchar no sol?”, questiona.
A Capela Nossa Senhora das Almas dos Aflitos, fundada em 27 de junho de 1779, é um dos poucos símbolos históricos que restaram do período que antecedeu a imigração japonesa do século XX no Bairro da Liberdade em São Paulo. O local foi de 1175 até 1858, um cemitério, onde eram enterrados pobres, escravizados, criminosos e indígenas. Segundo os monitores da capela, o nome do bairro se deu pela história de Francisco José das Chagas, cabo do primeiro batalhão de Santos que foi condenado à morte por enforcamento depois de liderar uma revolta causada pela falta de pagamento a 5 anos. “Liberdade” era o que gritavam na praça em que Chaguinhas ou “Protetor do Excluídos”, como é conhecido, foi colocado à forca pela terceira vez e a corda arrebentou.


“Quando há pessoas falando sobre nós, sobre nossas vivências e sobre nossos corpos podemos nos ver naquele espaço”, afirmou Rafaela Silva (24) sobre a crescente produção de obras literárias que têm enfoque na representação positiva da população negra. O crescimento de livros com protagonistas negros e o aumento da procura por eles nos mercados levou títulos como “Lendários”, de Tracy Deonn e “Agora que ele se foi”, por Elizabeth Acevedo a ganharem espaço nas estantes de leitores pelo mundo todo. A divulgação que livros com protagonismo negro receberam durante os temos de confinamento fez com que mais livros que abordam a vida de pessoas afrodescendentes se tornassem cada vez mais populares.
Nos últimos anos, houve um crescimento exponencial na quantidade de personagens negros, tanto em obras literárias, quanto cinematográficas, os personagens vêm ganhando destaque se tornando protagonistas, ou pontos importantes da história. Ainda assim a comunidade enfrenta alguns desafios para que sejam devidamente representados “Alguns conseguimos perceber que a pessoa apenas colocou um personagem de minoria para dizer que tem” Ressalta a escritora, e completa “Ainda precisamos cobrar das pessoas escreverem sobre pessoas pretas e isso é cansativo”.
O número de autores negros publicados no Brasil ainda é considerado baixo, se comparado com a quantidade de autores brancos. Por consequência, os personagens desses autores também são brancos, o que aponta a falta de representatividade. De acordo com os dados das maiores editoras brasileiras, segundo uma pesquisa da Universidade de Brasília (UnB), entre 1965 e 2014, 70% dos autores são homens e, dessa porcentagem, 90% são brancos. Esse estudo revela que a escalada para uma cultura representativa de autores negros ainda é uma longa caminhada.
Rafaela, nascida em São Carlos e formada em Linguística pela Ufscar (Universidade Federal de São Carlos), também ressalta que, mesmo com os pontos negativos, a inserção de pessoas negras nessas obras é algo a se comemorar, além de se esforçar para sempre ter negros em suas obras. Em todas as suas histórias publicadas na Amazon, sendo elas: “Apito final”, “Meu lugar” e “As cores do nosso amor”, Rafaela colocou personagens negros em posição de protagonismo “É a minha reparação histórica” afirmou ela. “Todas as minhas obras escritas até aqui abordam o racismo, sei que parece cansativo, mas sempre que vou escrever trago minhas vivências e isso reflete muito nas minhas obras” explicou a autora.

Além da questão da inclusão, a literatura negra também é necessária porque ela é capaz de desbancar padrões e estereótipos relacionados à cultura e ao povo afro-brasileiro. Quando contadas por escritores negros, as histórias têm um ponto de vista próprio de pessoas que vivem diariamente essa cultura sem reforçar os padrões criados pelo ponto de vista branco e eurocêntrico.
Apesar da pouca representatividade, existem autores negros relevantes e essenciais para a história literária do Brasil. Entre eles, podemos citar Carolina Maria de Jesus, Conceição Evaristo, Machado de Assis — considerado o maior escritor brasileiro —, Lima Barreto, entre muitos outros grandes nomes da literatura no país. Esses autores, que são atemporais, trazem em suas obras histórias com perspectivas únicas, contando sobre suas vivências e acontecimentos por eles presenciados.