Conheça um pouco mais sobre o país sede das Olimpíadas em 2024.
por
Julia Takahashi
|
22/07/2024 - 12h

Estamos em contagem regressiva para o início dos jogos Olímpicos 2024, e o AGEMT pelo Mundo vai à França para percorrer as cidades que serão palcos das mais de 40 modalidades e desfrutar o melhor da história e da cultura francesa.

Vamos conhecer mais sobre cidades como Lille, Vaires-sur-Marne, Marselha, Lyon, Bordeaux, Saint-Étienne, Versailles, Nice, Nantes, Nanterre e, claro, Paris.

Conhecida como cidade do amor, a capital francesa será a cidade-sede desta edição dos jogos, recebendo a modalidades como: basquete, ginástica artística e de trampolim, vôlei, tênis de mesa, boxe, entre outros que você pode conferir ao final da matéria.

Uns dos mais impressionantes são a Esgrima e o Taekwondo que serão disputados no monumento histórico: o Grand Palais, considerado um dos principais museus da capital. A Torre Eiffel não fica de fora, e será plano de fundo do vôlei de praia.

fachada do Grand Palais
Vista da fachada do Grand Palais | por Sortiraparis

 

Versalhes sediará o hipismo, o palácio é o principal ponto da cidade e foi símbolo de poder e riqueza durante a monarquia absolutista da França, sendo casa da coroa francesa até 1789, início da Revolução Francesa, e que levou o Rei Luís XVI e Maria Antonieta a se mudarem para Paris.

De fato, a França é rica em histórias, curiosidades e, principalmente, castelos. Um deles é o Chenonceau, ao norte do país, a 230km de Versalhes. A cidade não está na lista das olimpíadas, mas vale a pena a curiosidade: Esse palácio carrega sete histórias de mulheres e uma delas é a disputa entre a Rainha Catarina de Médicis e a amante do Rei, Diana de Poitiers.

Na época, o Rei Henrique II construiu o castelo para sua amante, se dedicando até na ponte sobre o rio para facilitar a entrada e saída da caça a cavalo que Diana gostava de realizar, deixando a Rainha furiosa. Quando o rei morreu, Catarina expulsou a amante do castelo e construiu ao lado um jardim mais bonito para ela.

castelo de chenonceau
Vista do Castelo de Chenonceau e de ambos os jardins disputados | Fonte: Pinto Lopes  

 

Um século depois, sob cuidados da Rainha Luísa de Lorena, após a morte do marido Henrique III, ordenou que o todo seu aposento fosse pintado de preto como forma de luto e a mulher só caminhava de branco pelo palácio. Quando a Rainha faleceu, a filha do casal, Francisca, recebeu o castelo como herança, tendo apenas 6 anos, e continuou morando mesmo quando casou com o Duque de Vendôme. Já no século XVIII, o palácio foi comprado pela estudiosa Louise Dupin, que acolheu grandes pensadores do Iluminismo, inclusive Rousseau. Depois passou a ter um hospital dentro do castelo, durante a Primeira Guerra Mundial, passando para os cuidados de Simone Menier.

Entre as cidades das olimpíadas está Lyon. Berço do cinema, que se originou pelos irmãos Lumière, Auguste e Louis, crescidos na cidade, também conhecida como capital culinária do mundo. Já o Surfe vai acontecer fora da França, na ilha do Taiti, na Polinésia Francesa, em Teahupo’o, que significa "Crânios Esmagados" e é um dos destinos mais desejados pelos surfistas.

Confira as localidades que sediarão os jogos:

Cidades que acontecerão os jogos Olímpicos 2024

Em Paris, na Arena Bercy, acontecerá o basquete, a ginástica artística e de trampolim, a ginástica rítmica ficará na Arena Porte de la Chapelle, junto com o badminton. Na Arena do Campo de Marte, o judô, ao lado da Torre Eiffel, com o vôlei de praia.

O boxe e o pentatlo moderno acontecerão na Arena Paris Norte, e o handebol, levantamento de peso, tênis de mesa e vôlei na Arena Paris Sul. A natação e o polo aquático ocorrerão na Arena Paris la Défense.

Ainda em Paris, o Parc des Princes será palco do futebol. Na Ponte Alexandre III terá o ciclismo de estrada, maratona aquática e o triatlo, já o boxe e o tênis no Estádio Roland Garros. Na Place de la Concorde, acontecerá o basquete 3x3, o breaking, o ciclismo BMX freestyle e o skate.

O atletismo acontecerá no Hotel de Ville, próximo ao Rio Sena, onde fica a prefeitura, na Esplanada des Invalides, um dos jardins mais bonitos de Paris, junto com o ciclismo de estrada e o tiro com arco, e no Trocadéro, junto com o ciclismo de estrada.

O atletismo vai ter disputas em Saint-Denis, a 10 km da capital francesa, no Estádio de France, com o Rugby Sevens. No Centro Aquático, acontecerá o nado artístico, polo aquático e os saltos ornamentais. O tiro esportivo será em Chateauroux, o ciclismo de mountain bike, na Colina de Elancourt, o ciclismo BMX racing e o ciclismo de pista, em Montigy-le-Bretonneux.

Na Marinha de Marselha, ao sul da França, acontecerá a Vela e no Estádio da cidade, o futebol. O futebol também terá como palco o Estádio de la Beaujoire, em Nantes, no Geoffroy Guichard, em Saint-Etienne, no Estádio de Lyon, no Estádio de Nice, e no Estádio Bordeaux.

Por fim, a escalada acontecerá a 20 km da capital parisiense, em Le Bourget, no Estádio Pierre Mauroy. Na Villeneuve-d’Ascq, acontecerá o basquete e também o Handebol, e no Estádio náutico de Vaires-sur-Marne, a canoagem de velocidade, canoagem slalom e o remo. O Hóquei sobre grama em Colombes e o Golfe de Saint-Quentin-en-Yvelines.

Tags:
A mostra traz sete obras que retratam a década de 50 na Coreia do Sul
por
Victor Trovão
|
05/07/2024 - 12h

Entre os dias 4 e 7 de julho a Cinemateca Brasileira, em parceria com o Korean Film Archive (KOFA), apresenta a mostra “Coreia do Sul, anos 50: clássicos restaurados”. O projeto contará com a exibição de sete obras produzidas durante a década de 1950 no país, e tem como propósito a celebração dos 50 anos de trabalhos feitos pelo KOFA na preservação e restauração de filmes. 

De acordo com a divulgação da Cinemateca, a curadoria selecionou filmes históricos para a mostra: “produzidos à sombra da Guerra da Coreia (1950-1953), resultado da divisão da península coreana em dois países no contexto da Guerra Fria, muitos dos filmes refletem a dura realidade do conflito armado”, relata. 

No período em que as obras foram produzidas, a Coreia do Sul engatinhava em seus primeiros projetos cinematográficos. Com o passar dos anos, a nação coreana foi inteiramente transformada, à medida que viveu um milagre econômico e entrou para o time das nações desenvolvidas, bem como uma das maiores potências na exportação de cultura, especialmente pelo cinema e K-pop.

Nesse sentido, a maioria dos filmes selecionados para a mostra foram produzidos durante as fases complexas que o país passou, marcadas pelos conflitos no contexto da Guerra Fria. As obras ilustram e contam a história dos cidadãos sul-coreanos e a realidade de suas vidas inseridas em um contexto de guerra. 

Dessa forma, sete filmes completam a mostra ao contar a história da Coreia do Sul pelo cinema. São eles: Rio Nakdong (Jeon Chang-keun, 1952), Piagol (Lee Kang-cheon, 1955), A viúva (Park Nam-ok, 1955),  Madame Liberdade (Han Hyeong-mo, 1956), O dia do casamento (Lee Byeong-il, 1956), Dinheiro (Kim So-dong, 1958), e A flor no inferno (Shin Sang-ok, 1958). 

Para os interessados em participar e assistir a exibição dos projetos, vale lembrar que a programação é gratuita e os ingressos são distribuídos uma hora antes de cada sessão.  Os filmes serão transmitidos na Sala Grande Otelo da Cinemateca, localizada na rua Largo Sen. Raul Cardoso, 207, no bairro Vila Clementino em São Paulo. 

O KOFA é o único arquivo de filmes na Coreia do Sul com cobertura nacional. Foi fundado em Seul em 1974 como uma organização sem fins lucrativos. Em 1976, ingressou na Federação Internacional de Arquivos de Filmes (FIAF) como observador e tornou-se membro pleno em 1985. Suas principais funções são coletar, preservar e categorizar filmes e materiais relacionados, bem como promover a acessibilidade às suas coleções. Desse modo, a maioria dos originais e cópias restantes de filmes coreanos são preservados no instituto.

Confira a programação, horários e mais informações dos filmes abaixo: 

 

Programação 

- Quinta-feira | 04/07 

O Dia do casamento | 20h

Mestre Maeng está animado com o casamento iminente de sua filha, Sip-bun, com uma família influente. Antes da cerimônia, ele ouve um rumor de que o noivo tem uma deficiência física. Preocupado com isso, ele decide casar sua empregada, Ip-bun, no lugar de Sip-bun. No entanto, quando o noivo chega ao casamento, ele se revela muito diferente do que Maeng esperava.

 

Cena do filme “O Dia do Casamento”. Foto: Cinemateca/Reprodução 
Cena do filme “O Dia do Casamento”. Foto: Cinemateca/Reprodução 

 

- Sexta-feira | 05/07

Rio Nakdong | 19h 

Depois de se graduar, Il-ryeong volta para sua cidade natal, uma pequena vila próxima ao rio Nakdong. Ok-Nam, seu amante, também é o professor da aldeia. A obra  retrata como eles, juntos, colaboram para educar os moradores e melhorar a qualidade de vida na comunidade.

Cena do filme “Rio Nakdong”. Foto: Cinemateca/Reprodução
Cena do filme “Rio Nakdong”. Foto: Cinemateca/Reprodução 

 

Piagol  | 20h 

Após o término da Guerra da Coreia, um grupo de guerrilheiros da Coreia do Norte se esconde em uma área rural do Sul. A trama é contada por meio do conflitos de ciúmes e rivalidades entre os personagens, que começam a prejudicar suas relações, enquanto um dos membros do grupo planeja secretamente desertar.

 

Cena do filme “Piagol”. Foto: Cinemateca/Reprodução
Cena do filme “Piagol”. Foto: Cinemateca/Reprodução 

 

- Sábado | 06/07

A Viúva | 17h  

O quarto longa-metragem que compõe a mostra conta a história de Shin-ja, que vive com sua filha Ju e tem o apoio financeiro de Sung-jin, amigo de seu marido morto na Guerra da Coreia. Sung-jin se apaixona por Shin-ja, fazendo com que sua esposa fique com ciúmes e corra atrás do jovem Taek. No entanto, uma reviravolta acontece na trama quando ele salva Ju de um afogamento, e pouco a pouco Shin-ja se apaixona por ele.

 

Cena do filme “A Viúva”. Foto: Cinemateca/Reprodução
Cena do filme “A Viúva”. Foto: Cinemateca/Reprodução 

 

Madame Liberdade |19h  

Neste filme, a esposa do professor universitário Tae-yeon, deseja trabalhar em uma boutique para ter seu próprio dinheiro. Apesar da relutância inicial de seu marido, ela eventualmente concorda. A partir de então, sua esposa Seon-yeong conhece Chun-ho, um jovem vizinho, e passa a se sentir atraída por ele. Ao mesmo tempo, ela começa a frequentar bailes de soldados americanos com sua amiga Yoon-joo, entrando em uma explosão de sentimentos, desejos e sonhos. 

 

Cena do filme “Madame Liberdade ”. Foto: Cinemateca/Reprodução
Cena do filme “Madame Liberdade ”. Foto: Cinemateca/Reprodução 

 

- Domingo | 07/07

Dinheiro | 16h 

O penúltimo título retrata Bong-soo, um fazendeiro honesto e trabalhador, em uma situação financeira delicada ao modo que não apresenta sinais de melhora, mesmo com o seu esforço. Por isso, ele teve que adiar repetidamente o casamento de sua filha devido a dificuldades, fazendo-o vender sua colheita que acaba sendo perdida inteiramente em jogos de azar. Em seguida, desesperado e influenciado pela pressão das dívidas, ele vende o gado da família, apenas para perdê-lo todo para um trapaceiro.

 

Cena do filme “Dinheiro”. Foto: Cinemateca/Reprodução
Cena do filme “Dinheiro”. Foto: Cinemateca/Reprodução 

 

A Flor no Inferno | 19h 

Por último, em “A Flor no Inferno” Dong-shik é um jovem do campo ingênuo que acaba de chegar à capital à procura de seu irmão. Na agitação das ruas e na presença das bases do exército americano na cidade pós-guerra, Dong-shik descobre que seu irmão Young-shik se envolveu em atividades criminosas e está romanticamente ligado a Sonya, uma prostituta. Dong-shik tenta persuadi-lo a retornar juntos para sua cidade natal, mas logo se encontram em um complexo triângulo amoroso.

 

Cena do filme “A Flor no Inferno”. Foto: Cinemateca/Reprodução
Cena do filme “A Flor no Inferno”. Foto: Cinemateca/Reprodução

 

Tags:
Recheada de exposições, a cidade oferece diversas opções para curtir neste inverno
por
Victória da Silva
|
02/07/2024 - 12h

 

Após a grande quantidade de festas juninas do mês anterior, julho chega com as férias e o clima ainda mais frio que não impede os passeios e a diversão. Confira aqui algumas atrações interessantes para visitar na capital paulista e fora dela:

Diversão:

1
Apresentação de uma das orquestras do Festival em evento anterior. Foto: Reprodução site do Festival de Inverno de Campos do Jordão.

 

Festival de Inverno de Campos do Jordão 2024

Essa será a 54ª edição do Festival de Inverno de Campos do Jordão, um dos maiores festivais de música da América Latina, possuindo mais de 60 concertos de diferentes artistas. Pela primeira vez o evento não só receberá sinfônicas nacionais, mas também internacionais.

Quando: 29 de junho até 28 de julho. 

Onde: Três espaços em Campos do Jordão e dois na capital (Sala São Paulo e Instituto Mackenzie).

Ingressos: Entrada gratuita.

Festa Julina no Memorial da América Latina

Assim como as festas juninas, o Memorial da América Latina será repleto de barracas de comidas típicas como cachorro quente, canjica, milho cozido e maçã do amor. A festa contará, claro, com muita música e será um ambiente agradável e uma boa opção para quem não conseguiu curtir em junho.

Quando: 27 e 28 de julho. 

Onde: Memorial da América Latina

Ingressos: Entrada gratuita.

Neon Brush

Antes conhecido como Paint in the Dark, o Neon Brush é um workshop de pintura em um ambiente retrô-futurista. A atividade consiste em pintar no escuro, já que o espaço possui luz negra permitindo uma experiência artística diferente. Além do mais, o local tem decoração fluorescente que contribui para a vivência e disponibiliza diversas bebidas incluídas na compra do ingresso.

* Evento permitido apenas para maiores de 18 anos.

Quando: 10 de julho até 01 de setembro. 

Onde: Teatro da Rotina.

Ingressos: Inteira - R$180,00 e Meia Entrada - R$90,00.

Exposições:

2
Uma das áreas da exposição do Michelangelo. Foto: Governo do Estado de São Paulo

 

Michelangelo o mestre da Capela Sistina

Essa exposição imersiva que duraria somente até junho foi prorrogada para o dia 30 de julho. Emocionando os fãs de Michelangelo, a experiência é repleta de projeções e uma infraestrutura que faz o espectador se transportar para dentro das obras.

Quando: Até 30 de julho. 

Onde: MIS EXPERIENCE

Ingressos: Entrada gratuita nas terças-feiras;

Efeito Japão: moda em 15 atos

A exposição apresenta por meio de peças de designers renomados as transformações da moda do Japão entre 1950 e os anos 2000. Exibição interessante para aqueles que apreciam moda, beleza e vestuário.

Quando: Até 01 de setembro. 

Onde: Japan House

Ingressos: Entrada gratuita.

Colecionismo: o belo, o raro, o único

Exposição que aborda o tema da coleção de objetos, possuindo um grande acervo dos mais variados utensílios, peças, instrumentos e acessórios. Por um lado, a abordagem trazida é o valor sentimental que tal objeto tem para ser colecionado, por outro a patologia de não conseguir se desfazer dos artefatos.

Quando: Até 14 de julho. 

Onde: Farol Santander

Ingressos: Santander - R$36,00, Meia Entrada - R$20,00 e Inteira - R$40,00.

A. R. L. Vida e Obra

Onças, galos, vacas, bêbados, mulheres e até mesmo presidentes são temas retratados por Antônio Roseno de Lima, personalidade destaque da exposição. Segundo o CCBB, o autor foi um “artista outsider” descoberto por outro curador da mostra, Geraldo Porto, professor doutor do Instituto de Artes da UNICAMP.

Quando: Até 19 de agosto. 

Onde: Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB)

Ingressos: Entrada gratuita.

Teatro:

3
Cena do Teatro “A Filha Perdida”. Foto: Julio Aracack

A Filha Perdida

A Oceânica Cia apresenta uma adaptação do romance de Elena Ferrante, autora conhecida por tratar de temas sobre a opressão feminina. Na trama a personagem Leda, professora bem sucedida, vai para a praia e se depara com traumas e dilemas que a aflige relacionados ao abandono do marido e suas filhas.

Quando: 05 de julho até 28 de julho.

Onde: SESC Bom Retiro.

Ingressos: Credencial - R$15,00, Meia Entrada - R$25,00 e Inteira - R$50,00.

Memorável: História Notáveis

O espetáculo conta as ações dos Palhaços Sem Fronteiras (PSFB) e suas mais variadas aventuras que são memoráveis e provocam discussões.

Quando: 07 de julho até 28 de julho.

Onde: SESC Bom Retiro.

Ingressos: Credencial - R$9,00, Meia Entrada - R$15,00 e Inteira - R$30,00.

Cinema:

A animação Divertidamente 2 está em evidência levando muitas pessoas para as salas de cinema. Contudo, não só esse filme é destaque para o mês de julho, já que outros dos mais diferentes gêneros estão e entrarão em cartaz, como ‘Deadpool e Wolverine’, ‘Meu Malvado Favorito 4’, ‘Um Lugar Silencioso: Dia Um’ e ‘Como Vender a Lua’, tornando-se uma boa alternativa para lazer.

4
Filmes em cartaz do mês de julho. Foto: colagem das capas de divulgação dos filmes por Victória da Silva

Para as crianças:

5
Poster de divulgação do show. Foto: Site Mundo Bita

 

Show do Bita - “Vamos Cultivar Amizades”

Muito querido pelas crianças, o Mundo Bita fará um único show em São Paulo. O evento, voltado para a família com crianças até 10 anos, é uma ótima opção para alegrar as férias dos pequenos.

Quando: 21 de junho às 13h.

Onde: Kidzhouse Festival.

Ingressos: A partir de R$110,00 (segundo lote)

Patrulha Canina - Campo de Treinamento

Os queridos cãezinhos da Nickelodeon irão invadir o Shopping Metrô Tatuapé e divertir as crianças que amam assistir o desenho. Os participantes enfrentarão um circuito com obstáculos de treinamento do esquadrão dos filhotes e ainda terão diversas oficinas para brincar.

Quando: A partir de 06 de julho.

Onde: Shopping Metrô Tatuapé.

Ingressos: Segunda a Sexta - R$30,00 para a criança + R$10,00 para acompanhante.

Sábado e Domingo - R$40,00 para a criança + R$15,00 para acompanhante.

Se Joga nas Férias - Aula Aberta de Atletismo

Aulas gratuitas para os interessados na prática desse esporte contendo corridas, lançamento de objetos e saltos. A ação contempla todos os públicos, não se restringindo somente às crianças.

Quando: 10 de julho até 24 de julho.

Onde: SESC Belenzinho.

Ingressos: Entrada gratuita.

 

Tags:
Exposição homenageia trigésimo aniversário de carreira de um dos maiores nomes da moda brasileira
por
Helena Maluf
|
28/06/2024 - 12h

A exposição "Alexandre Herchcovitch: 30 anos além da moda" ambientada no Museu Judaico de São Paulo é uma forma de celebrar a impactante carreira do renomado estilista brasileiro. A exibição ficará em cartaz até 08 de setembro, com entrada gratuita aos sábados. 

Herchcovitch, um dos nomes mais influentes da moda no Brasil e no mundo, é conhecido por suas criações ousadas, inovadoras, polêmicas e cheias de personalidade. A mostra  revisita todos os momentos mais icônicos de sua trajetória, nos conectando com a sua história.

foto
Roupas do estilista penduradas ao longo da exposição. Foto: Helena Maluf                                                                                                                                                                                         

Desde cedo Alexandre Herchcovitch demonstrou interesse pelo universo da moda, incentivado por sua mãe, Regina, que era modelista. Seu talento começou a florescer na adolescência, quando iniciou suas primeiras criações. A partir daí, sua carreira se desenvolveu rapidamente, levando-o a estudar moda na Faculdade Santa Marcelina, onde se formou em 1993.

foto
Convites para os primeiros desfiles do estilista. Foto: Helena Maluf 

Logo no início de sua carreira, Herchcovitch chamou a atenção por suas criações inovadoras e por seu estilo único, que desafiava as convenções da moda tradicional. Sua estética, muitas vezes marcada por uma mistura de elementos punk, góticos e fetichistas, rapidamente ganhou notoriedade. Na década de 1990, ele se tornou um dos principais nomes da moda brasileira, desfilando suas coleções na São Paulo Fashion Week e, posteriormente, em outras importantes semanas de moda internacionais, como Nova York, Paris e Londres.

foto
Telas presentes na exposição, onde era possível assistir os seus primeiros desfiles. Foto: Helena Maluf                                                                                                                                                                                                                                                                             
foto
Pôster de campanha para uma de suas coleções. Foto: Helena Maluf                                                                                                                                                                                             

A exposição está dividida por uma linha de tempo, que percorre  toda a mostra, cada “parada” dedicada a uma época diferente da carreira e da vida do estilista. Desde suas primeiras criações até suas coleções mais recentes, a exibição  oferece uma visão abrangente de sua trajetória, destacando tanto suas conquistas profissionais quanto suas influências pessoais.

fot
Uma parte da linha do tempo exposta. Foto: Helena Maluf                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                      

Uma das seções mais importantes, e controvérsias, da exposição é dedicada à era “sadomasoquista” de Herchcovitch, mostrando ensaios fotográficos, acessos e peças de roupas as quais o artista foi bem criticado na época por fazer. Porém, hoje em dia, são consideradas peças de vestuário extremamente icônicas no mundo da moda. 

salto
Sapato com um salto de aproximadamente 1 metro de altura. Foto: Helena Maluf                                                                                                                                                                                               

 

foto
Vestido preto de seda com recortes reveladores, acessorizado com uma máscara preta de couro. Foto: Helena Maluf                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                    

A exposição também aborda o impacto de Herchcovitch na moda brasileira e internacional, destacando sua influência sobre uma geração de novos estilistas e sua capacidade de transcender fronteiras culturais. Suas coleções, frequentemente inspiradas por temas como a identidade de gênero, sexualidade e política, refletem sua visão de mundo única e sua habilidade de usar a moda como uma forma de expressão artística e social.

foto
Convite de um de seus desfiles imitando um bilhete único. Foto: Helena Maluf                                                                                                                                                                                  
foto
Alguns acessórios e colaborações que o estilista fez com outras marcas. Foto: Helena Maluf

A exposição convida os visitantes a considerar a moda não apenas como uma forma de vestuário, mas como uma linguagem poderosa e versátil, capaz de expressar ideias, provocar reflexões e inspirar mudanças.

O legado de Herchcovitch é evidente não apenas nas peças expostas, mas também nas histórias e memórias que elas evocam. Sua capacidade de inovar, desafiar normas e incorporar elementos culturais diversos em suas criações estabeleceu novos padrões na indústria da moda e continua a influenciar estilistas e criadores ao redor do mundo

A peça com Silvia Buarque, dirigida por Leonardo Netto, está em cartaz até 27 de julho
por
Giovanna Montanhan
|
26/06/2024 - 12h

O espetáculo ‘A Menina Escorrendo dos Olhos da Mãe’, já havia tido uma temporada de sucesso, com os ingressos todos esgotados e disputadíssimos no Rio de Janeiro, no Teatro Poeirinha, e está previsto para retornar aos palcos cariocas em agosto. Silvia Buarque, intérprete de duas personagens e produtora executiva, se desdobra entre Antônia e Helena nas duas temporalidades exibidas durante a peça, que já está em exibição, no Sesc Pinheiros.

O texto, de Daniela Pereira de Carvalho, traz as complexidades que um drama familiar comporta, mais especificamente, a relação entre mãe e filha. A trama gira em torno do reencontro de Antônia (Silvia Buarque) com sua mãe, Elisa (Guida Vianna), que se encontram após anos separadas, no mercado de pulgas em Mumbai, na Índia. O mesmo ciclo se repete alguns anos depois, com Antônia, agora interpretada por Guida, reencontrando sua filha perdida, Helena, também vivida por Silvia.

Silvia Buarque nasceu na Itália em março de 1969, durante o exílio de seu pai (Chico Buarque), em Roma. Veio do que se pode chamar de "berço de ouro”: é neta do historiador Sérgio Buarque de Hollanda, tem o  escritor e compositor Vinicius de Moraes como padrinho e é filha da atriz Marieta Severo. 

Cresceu em um ambiente naturalmente artístico e subiu no palco pela primeira vez, em julho de 1977, em tom de brincadeira, na montagem do espetáculo infantil escrita pelo pai, ‘Os Saltimbancos’. Fez sua estreia oficial no teatro em ‘Os Doze Trabalhos de Hércules’ sob direção de Carlos Wilson, conhecido pelas suas peças de cunho infantojuvenil nos anos 1980. Debutou no cinema em 1987, no filme de curta-metragem ‘Por Dúvida das Vias’, dirigido por Betse de Paula e no de longa-metragem em ‘O Mistério no Colégio Brasil’, de José Frazão. Na dramaturgia, começou em 1986 na TV Manchete, em ‘Dona Beija’, criada por Wilson Aguiar Filho. Anos depois, participou de folhetins famosos da Rede Globo, como ‘América’ (2005) e ‘Caminho das Índias’ (2009), ambos escritos por Glória Perez. Em 2025, Silvia completará o marco de quatro décadas de carreira. 

Em entrevista exclusiva para a AGEMT, Silvia Buarque fala sobre seu processo de interpretação, as diferenças entre as duas personagens (Antônia e Helena) e como foi exercer o papel de produtora executiva pela primeira vez. 


Como foi o seu processo de preparação para interpretar a Antonia e a Helena? Quanto tempo durou? E como foi fazer duas personagens num único espetáculo? 

‘‘A gente ensaiou durante dois meses, incluindo véspera de Natal, no dia 2 de janeiro. Foram dois meses bem intensos. Eu cheguei à elas. Como a gente chega a um personagem é sempre uma coisa meio misteriosa, mas tem algumas ‘coisinhas’ concretas. O Leonardo Neto [diretor], é a segunda vez que ele me dirige. E tinha o auxílio luxuoso da Marcia Rubin (preparadora corporal), então a gente trabalhou com uma certa diferença entre as duas. Eu espero, eu tento [fazer com] que seja uma diferença imensa entre as duas. Agora, eu tive uma sorte muito grande: esse texto foi escrito para mim pela Daniela (Pereira de Carvalho), e ela fez duas personagens com energias muito diferentes. Então é nisso que eu penso. Eu preparei, eu pensei em duas energias diferentes. Uma mais densa, mais profunda, mais até sorumbática, eu diria, e a outra mais leve, mais solar. E isso estava muito explícito no texto. Então, de uma certa forma, foi correr atrás da intenção da Dani’’.

 

Como você consegue mergulhar em emoções tão densas? Você pensa em algo específico que já viveu para conseguir sentir todos aqueles sentimentos, antes de entrar em cena? Como funciona isso pra você?

‘’Olha, a gente sempre se empresta um pouco para as personagens, né? Não é que eu fique pensando, traga uma coisa específica da minha vida. Isso até já aconteceu, mas é raro. Normalmente, eu embarco naquela problemática da personagem mesmo. Nesse caso, não é difícil, porque é um texto muito bom.. E os... Ah, eu ia falar dilemas, mas não são dilemas. Os embates são muito violentos, então é difícil dizer como a gente se prepara. Até porque, para cada trabalho, eu me preparo de um jeito”, diz Silvia. 


Ela explica que procura se inspirar com o uso da música, mesmo fora dos ensaios, como quando interpretou a mulher de Mozart em ‘Amadeus’, de Peter Shaffer: “Eu não sou muito ligada em música clássica, confesso, mas eu ficava ouvindo Mozart direto. E outras músicas de MPB mesmo, nesse caso não tem música, mas tem um mergulho no que eu acho que são os sentimentos daquelas personagens’’.

 

Como foi ser produtora executiva em ‘A Menina Escorrendo dos Olhos da Mãe’?

‘‘Eu sou produtora mesmo da peça, eu ‘botei’ dinheiro na peça, não muito, é com a colaboração de todos da equipe que ganham bem menos do que ganhariam numa peça com patrocínio. É bonito isso. Há tempos eu queria produzir uma coisa minha, botar minha marca em uma coisa. Quando eu digo ‘minha marca’, é ajudar a escolher as pessoas. Teve uma coisa muito bonita nessa peça, que todo mundo que a gente convidou ‘topou’ de primeira. E ‘topou’ os salários, e ‘estar’ junto. Agora eu estou engatinhando, eu tenho o Celso Lemos (diretor de produção), que resolve as coisas para mim, e eu fico meio na perfumaria, confesso. [...] Eu sou uma atriz autônoma, eu vivo de convites, eu vivo com patrões, mas dessa vez eu sou a patroa. Mas eu não me sinto assim, eu não sou uma produtora impositiva, tem uma coisa que assim, a Guida [Vianna] e o Léo [Netto], a minha colega de cena e o meu diretor, têm experiência em produção, então eles me ajudam muito. Eu peço conselhos, a minha produção é um livro aberto. Todo mundo sabe o que as coisas custam, acho que é desse jeito que quando a gente está entrando com o nosso próprio recurso, tem que ser desse jeito, porque precisa da colaboração de todos, do entendimento de todos. Então, não chega a ser uma cooperativa, porque o dinheiro foi meu, mas é uma espécie de cooperativa, e eu devo muito a eles.’’

 

Você adicionou características pessoais em alguma personagem da peça? Como você faz essa separação do que é a Silvia e do que é Antônia ou a Helena após o fim de cada sessão?

“Sempre, principalmente em um trabalho realista, que é o trabalho dessa peça, é sempre a gente, de uma certa forma. Claro, com o que eu falei da energia do outro, com a história, com os tormentos que as personagens têm, que eu não necessariamente tenho. Foi mais fácil para mim fazer a Helena do que a Antônia, porque ela tem uma leveza mais próxima da minha. A Antônia, ela nada em pântanos, em águas muito profundas, né? A Helena é mais solar, foi mais fácil eu conseguir construir a Helena”, explica.

Silvia finaliza: “[Mas] eu saio, sou eu mesma e é tudo um faz de conta’’.

Tags:
A cantora solidificou seu status de referência pop com shows no Brasil e ao redor do mundo na era brat
por
Pedro da Silva Menezes
Natália Matvyenko
|
25/06/2024 - 12h

Na noite de sábado (22) Charli XCX trouxe ao Brasil a “Partygirl”, festa em que ela toca suas músicas como DJ. Ela transformou todo o público da Zig Studio em verdadeiras “garotas de festa”. Apesar de não exercer seu principal ofício durante o evento, a cantora contaminou a todos com a aura do seu último lançamento “brat” durante seu set. A festa foi como se a música “Club Classics” tomasse forma na vida real. XCX recrutou artistas internacionais e brasileiros  para preencher a timetable (tabela de horários) e todas as escolhas foram certeiras mostrando que a britânica entende quem é sua audiência.

Alex Chapman e Charli xcx tocando juntos.
Alex Chapman e Charli XCX tocando juntos. FOTO: Reprodução/Gustavo Vieira

Embora a artista seja capaz de realizar uma performance para um público maior que 1000 pessoas, a limitação do local pareceu ideal para evocar um boiler room, em que DJs e músicos tocam sets exclusivos em espaços pequenos e descontraídos, mergulhando os fãs na atmosfera eletrônica do álbum. A noite iniciou com Fuso que fez jus ao seu nome ao fundir referências internacionais eletrônicas com as brasileiras, caminho também traçado pelo duo Cyberkills e Mia Badgyal. Alex Chapman foi outra atração internacional da noite e foi enquanto ele tocava que Charli chegou energizando o público que vibrou com sua presença. A partir desse momento ela permaneceu no palco por mais de duas horas tocando sozinha e sets b2b (‘back-to-back’ performance em que dois DJs tocam juntos) mesmo que o cronograma divulgado horas antes da apresentação mostrasse que ela tocaria por apenas 30 minutos.

Charli xcx estendendo bandeira do Brasil com o nome do seu último álbum.
Charli xcx estendendo bandeira do Brasil com o nome do seu último álbum. Foto: Pedro Menezes

A britânica tocou pela primeira vez o remix “The girl, so confusing version with lorde” (‘girl, so confusing’ versão com Lorde) que apesar de ter sido lançado dois dias antes do evento, todos os fãs sabiam o versos por completo. A faixa que aparentemente era uma diss track (música com intuito criticar e/ou insultar uma outra figura pública ou anônima) para Lorde, ganhou a participação surpresa da própria cantora. Em versos como “Porque as pessoas dizem que nós nos parecemos / Elas dizem que temos o mesmo cabelo / Um dia talvez nós faremos umas músicas” as artistas remontam um antigo conflito envolvendo a suposta rivalidade que os fãs e a mídia questionavam.

As cantoras atingiram a popularidade ao mesmo tempo em 2013, ambas eram constantemente comparadas por terem cabelos e estilos parecidos, ao ponto de uma jornalista confundir Charli com Lorde em uma entrevista, a cantora por sua vez entrou na brincadeira e fingiu ser a colega de indústria na ocasião. Em uma entrevista à Rolling Stone em maio deste ano, Charli admitiu ter tido inveja do sucesso estrondoso de Lorde com o hit Royals, falou sobre como era difícil ser uma mulher na indústria da música e todas as adversidades que vinham na bagagem. Após o lançamento, a internet realmente foi à loucura (como elas mesmas mencionam na música), os fãs fizeram memes e filmaram suas reações ouvindo as antigas rivais colaborando em uma nova música do álbum da Charli.

No caminho para zig era perceptível estar indo assistir a cantora, a maioria estava de verde “brat” ou com roupas que faziam referência à era, como o mural que Charli usou para divulgar uma nova versão do álbum. O mural foi usado como estratégia de marketing, sendo pintado e transmitido ao vivo na rede social Tik Tok da cantora com pistas de seu álbum. Em uma dessas lives dias atrás a frase "brat and it’s the same but there’s three more songs so it’s not” (em tradução livre “brat é o mesmo, porém tem mais 3 músicas, então não é”) revelando que um novo álbum com remixes seria lançado, 11 dias depois, a maioria das letras foram pintadas de branco deixando o nome Lorde escrito, o que levou os fãs a especularem se as duas lançariam uma colaboração, o que se consolidou. 

Mural de divulgação do álbum “brat” em live no TikTok.
Mural de divulgação do álbum “Brat” em live no TikTok. Foto: Reprodução/Charli XCX

Assim que Charli entrou no palco muitos tentaram puxar o grito a “Taylor morreu”, em alusão a um meme do X/Twitter que continha um gif das participantes do reality show nacional de drag queens Glitter com essa legenda, o que não agradou a base de fãs da cantora Taylor Swift e nem a própria Charli que postou um comunicado em seu Instagram para que parassem com brincadeiras do tipo, pois não é o tipo de mensagem que ela quer passar em seus shows e músicas. Alguns apontam que a música “Sympathy is a Knife”, do “brat”, é para Swift, será que podemos esperar outro remix de reconciliação?

A habilidade de Charli XCX como cantora, produtora e compositora é indiscutível, contudo ela ainda tropeça quando o assunto é dominar a mesa de DJ. Gabriel Diniz, da dupla Cyberkills que dividiu palco com a artista disse no X/Twitter: “Ela estava super nervosa. Tem a ver com o fato dela estar aprendendo a discotecar”. Isso comprova que a verdadeira qualidade de XCX é conectar-se profundamente com seus fãs, afinal a cada cigarro que ela acendia toda plateia gritava. A “Partygirl” proporcionou uma experiência inesquecível e a tornou um dos nomes mais interessantes da atualidade. A despreocupação de seguir fórmulas que a cantora tem demonstram que elas não garantem sucesso e sim a ousadia de ser diferente.

Tags:
Em discurso na Academia Brasileira de Letras, a escritora homenageou Lima Barreto, com reflexões e críticas sociais
por
Beatriz Brascioli
|
25/06/2024 - 12h

A historiadora e antropóloga, Lilia Moritz Schwarcz,  tomou posse no dia 14 de junho da cadeira número 9, após a morte do diplomata e também historiador, Alberto Costa e Silva, em novembro de 2023, considerado por ela um “segundo pai”.

 

"Foi Alberto da Costa e Silva quem me levou pela mão para muitos lugares e, de certa maneira, para essa Cadeira [...] Ele que era, para mim, uma espécie de pai ancestral. Foram quase 30 anos preenchidos com uma intensa troca de cartas, reuniões, almoços, projetos, viagens e telefonemas semanais. Tudo que alimenta uma amizade, regada para durar.” Relata a escritora.

 

Quem é Lilia Schwarcz?

Lilia Moritz Schwarcz, 66, é formada pela Universidade de São Paulo (USP) no curso de Ciências Sociais e tem mestrado e doutorado em antropologia. Hoje é professora titular no Departamento de Antropologia da USP e leciona como visitante da Universidade de Princeton, Nova Jersey, Estados Unidos. Lilia é autora de mais de 30 livros, com traduções para outros idiomas e vencedora de dois Prêmios Jabuti pelas obras “As Barbas do Imperador” e “A Enciclopédia Negra”. 

Super engajada nas redes sociais, ela faz publicações no Instagram sobre as notícias, sempre trazendo informações e história com muita reflexão. Tem também um podcast chamado “Oi, Gente”, onde traz semanalmente análises e opiniões.  Lilia, junto de seu marido Luiz Schwarcz, fundaram a editora Companhia de Letras, com foco inicial em literatura e ciências humanas e hoje sendo a maior editora do país. 

Cerimônia: 

A imortal Rosiska Darcy de Oliveira, foi responsável pelo discurso de apresentação de Schwarcz. Em sua fala, disse que Lilia “é uma paulistana de pele branca, é uma grande intelectual presente na luta antiracial”. O colar, parte da cerimônia, foi entregue pelo ex-chanceler Celso Lafer. 

O evento aconteceu no Palácio Petit Trianon, sede da academia das letras localizada no centro do Rio de Janeiro. Entre os presentes estavam o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, a ministra do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral, Cármen Lúcia.  

.
Acadêmicos celebram a chegada de Lilia Schwarcz na Academia Brasileira de Letra. Foto: ABL/Reprodução

A votação para escolher quem iria suceder a cadeira número 9 aconteceu em março de 2024 e Schwarcz foi eleita com 24 dos 38 acadêmicos. A primeira mulher a tomar posse foi a escritora moderna Rachel de Queiroz. Agora, a professora se torna a 11ª mulher a fazer parte da acadêmica. Atualmente, dentre os 40 imortais, contam apenas com 5 mulheres - Fernanda Montenegro, Rosiska Darcy de Oliveira, Ana Maria Machado, Heloisa Teixeira e a recém chegada Lilia Schwarcz. 

"As instituições públicas e privadas têm o papel de encampar lutas da sociedade brasileira. Uma luta muito forte é pela diferença. Entro na ABL no momento em que a Academia dá vários sinais de abertura para as populações negras que são maioria, mas minorizadas na representação, abertura para a população LGBTQIA +, para indígenas, para mulheres" disse a antropóloga em seu discurso de posse.

Seguindo a fala, Lilia homenageou o escritor Lima Barreto, que tentou entrar na academia três vezes e não conseguiu:

 "Lima Barreto tentou três vezes entrar na Academia e desistiu. Depois, dois de seus biógrafos, Francisco de Assis Barbosa e eu mesma, aqui estamos. Penso que não será coincidência, tampouco, sermos brancos. Em mais cem anos de República não conseguimos modificar as desigualdades que interseccionam."

Ela continua sua reflexão voltada ao seu papel na academia: “A biografia que escrevi sobre ele, e que intitulei ‘Lima Barreto triste visionário’, de alguma maneira sedimenta uma trajetória de estudos voltada a entender não só o fenômeno do racismo, a maior contradição nacional, como o papel da sociedade branca nesse perverso processo histórica [...] A maneira como a população negra, majoritária no país, é constantemente transformada em uma “maioria minorizada” na representação.”

Tags:
Thrash Metal: o estilo rebelde e o desejo de desafiar as normas estabelecidas
por
Beatriz Alencar
|
25/06/2024 - 12h

A cultura underground é aquela que se opõe a cultura pop e as demais disseminadas pela grande mídia. Esse estilo influenciou e foi influenciado pelos movimentos góticos, new wave, rap e heavy metal. Incluindo todos esses, temos o Thrash Metal, caracterizado pelas notas brutas e rápidas.

Neste foto documentário, você poderá acompanhar ensaios de bandas de Thrash metal e Metal Punk.

A versão brasileira do sucesso dos anos 80 é uma ode à alegria e resiliência do universo drag
por |
25/06/2024 - 12h

No dia 7 de junho estreou em São Paulo a versão brasileira da peça musical “Priscilla - A Rainha do Deserto”. Em sua terceira semana de exibição, o musical tem sido um sucesso de bilheteria, embalado pelas participações dos atores Reynaldo Gianecchini e Diego Martins que vivem os personagens Athony “Tick” Belrose, e Adam Whiteley. Já as atrizes Verónica Valenttino e Wallie Ruy irão se revezar para interpretar o papel de Bernadette Bassenger.

Abertura Priscilla Rainha do Deserto
   Espetáculo está em cartaz de quinta a domingo         FOTO: Luiza Fernandes /Divulgação / AGEMT

Sob a direção de Mariano Detry, o espetáculo é baseado no filme de 1994 de Stephan Elliott. A trama gira em torno de duas drag queens e uma mulher transexual, que são contratadas para realizar um show no meio do deserto australiano. Para chegar ao local, elas embarcam no ônibus chamado Priscilla e enfrentam inúmeros desafios e aventuras ao longo da jornada. A aceitação e o peso da homofobia na vida das personagens é tema durante todo o espetáculo e ganha destaque com o drama vivido pelo personagem de Gianecchini, que precisa lidar com a dificuldade de ser aceito por seu filho de 6 anos, Benjamin.

Priscilla é acima de tudo, uma representação da alegria e da importância da cultura LGBTQIA+. A peça consegue transportar o público para o vibrante e potente universo drag queen. Através de cenários e figurinos marcantes, o público é embalado por coreografias energéticas e uma trilha sonora repleta de hits como “I Will Survive” e “True Colors”, que trazem emoção a cada cena.

O equilíbrio entre humor e momentos de vulnerabilidade é possível por conta da atuação dos protagonistas. Diego Martins e Verônica Valenttino entregam performances intensas e, ao mesmo tempo, super divertidas e apaixonantes. Reynaldo Gianecchini também impressiona ao dar vida a Mitzi Mitosis e entregar ao público uma versão de si até então pouco conhecida. 

Priscilla Rainha do Deserto
Atores são ponto alto da peça e criam ambiente imersivo 
      FOTO: Luiza Fernandes /Divulgação / AGEMT

"Priscilla - A Rainha do Deserto”  segue em cartaz no Teatro Bradesco, localizado em na Rua Palestra, número 500, até setembro com sessões de quinta a domingo. O convite é para a celebração da diversidade e resiliência da comunidade LGBTQIAP+. Para saber mais informações acesse o site (clique aqui) 

 

Tags:
Dia 19 de junho homenageia o ítalo-brasileiro Afonso Segreto, primeiro a registrar imagens aqui
por
Beatriz Alencar
|
19/06/2024 - 12h

O cinema brasileiro completa 126 anos nesta quarta-feira (19). A cinematografia das telas nacionais começou em 1898, com o cinegrafista ítalo-brasileiro Affonso Segreto (1875-1919).

Considerado o pioneiro na área dos cineastas, a data homenageia o primeiro registro de imagens em movimento no território brasileiro, realizado por ele. A vista da entrada da baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, a bordo do navio francês Brésil, foi o cenário para a primeira filmagem brasileira de Segreto.

No início, o cinema brasileiro contava apenas com pequenos cortes de cenas cotidianas, como visto em "Bailado de Crianças no Colégio, no Andaraí”, que ainda não continha som. O filme, dirigido por Vittorio Di Maio, é um curta do tipo documentário que mostra cenas de jovens dançando na escola, com um som que só eles tiveram a chance de ouvir.

O mundo das ficções chegou no início do século 20, baseado em crimes noticiados pela televisão, como "O crime da mala", de Francisco Serrador, em 1908. Porém, com a Primeira Guerra Mundial, o universo hollywoodiano dominou o mercado e produções norte-americanas aterrizavam no país sem burocracia, o que enfraqueceu os filmes locais.

O ano de 1909 foi marcado pela chegada dos filmes cantados. Mas não do tipo “High School Musical”: os atores ficavam atrás da tela dublando a si mesmos ao vivo.

O perrengue de trás das cortinas passou em 1929, quando "Acabaram-se os otários", de Luiz Barros, foi produzido. Mas não foi algo fácil de se desenvolver. Isso porque os equipamentos nacionais de filmagens e projeção sonora ainda não existiam no Brasil, teriam de ser construídos. Em apenas três meses de investimento e apoio de Tom Bill (ator e mecânico), José Del Picchia (cinegrafista) e das oficinas cinematográficas de Gustavo Zieglitz para a produção, os aparelhos para filmagem e exibição sonora, batizados de Sincrocinex, vieram ao mundo.

Apesar de já contar com tantos momentos, o primeiro grande estúdio do Brasil só foi surgir em 1930: o Cinédia, responsável pelo lançamento da insubstituível Carmem Miranda.

A partir de então, outros foram criados, como a Companhia Cinematográfica Vera Cruz, que produziu o primeiro filme brasileiro ganhador do Festival de Cannes, na categoria aventura, com "O Cangaceiro",de Lima Barreto.

Contudo, a valorização do cinema nacional atual passa por dificuldades. Para Jane de Almeida, pesquisadora e curadora com especialização em psicologia e cinema, “o cinema brasileiro não consegue a projeção internacional devida. Ele é muito diverso, mas fica difícil ser compreendido com uma identidade aos olhos estrangeiros”, declarou.

Cinema Novo

Considerada a melhor época do cinema nacional para Jane, O Cinema Novo (1955-1970) foi quando a produção do país ficou reconhecida internacionalmente no meio intelectual, apesar de não obter sucesso de público. Esse movimento teve seu auge após a ditadura militar e, diferente do cinema tradicional, propunha trazer preocupações sociais enraizadas e visibilizadas após o golpe, na cultura brasileira.

 

Para apreciar ou conhecer o cinema brasileiro, as recomendações são “Amor, Sublime Amor (1961) ” e “O Paciente Inglês (1996) ”. Outras indicações de Jane passeiam por clássicos e contemporâneos. Faça sua pipoca e se prepare para a maratona:

• Limite (Mário Peixoto)
• São Paulo, Sinfonia da Metrópole (Adalberto Kemeny e Rudolf Lustig);
• Deus e o Diabo na Terra do Sol (Glauber Rocha);
• Macunaíma (Joaquim Pedro de Andrade);
• Marcado Para Morrer (Eduardo Coutinho);
• Bye Bye Brasil (Cacá Diegues);
• Carandiru (Hector Babenco);
• O Som ao Redor (Kleber Mendonça Filho);
• O Invasor (Beto Brant);
• Bacurau (Kleber Mendonça Filho);
• Amor Divino (Gabriel Mascaro);
• Morcego Negro (Claisson Vidal).

Tags: