O evento promoveu a arrecadação de fundos para o museu em parceria com a grife Chanel, prestando homenagem às histórias indígenas junto da presença de Vanessa da Mata
por
Giulia Fontes Dadamo
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22/09/2023 - 12h

Aconteceu ontem (19) a 9ª edição da MASP Festa, celebração anual do museu que foi criada com a missão de arrecadar fundos para conseguir verbas para a instituição. O tema deste ano, "Histórias Indígenas", foi o centro de diversas oficinas, exposições, cursos e palestras da instituição durante 2023.

A organização, em parceria com a Chanel, contou com a presença de empresárias, modelos, atrizes e amantes do mundo da moda. "É uma festa que é muito ligada à valorização da arte e da cultura brasileira, o MASP fomenta e incentiva artistas brasileiros há muitos anos, então é uma ode à cultura e essa conexão entre cultura e moda." diz a atriz Carla Salle em entrevista, convidada pela marca para participar do evento. 
 

Carla Salle
Carla Salle. Imagem: Helena Maluf

A noite começou com um jantar assinado pela chef Manu Ferraz, do restaurante A Bananeira, que possui um espaço no subsolo do museu. Como entrada, foram servidos grandes montes desconstruídos de manteiga e flor de sal posicionados bem ao centro da mesa, cobertos por formigas da Amazônia para comer com pãezinhos. Já o prato principal foi peixe no molho de tucupi, purê de banana e salada de feijão. Apesar da escolha extravagante, a chef buscou valorizar a cultura brasileira nos seus pratos.

Após o jantar, o professor pesquisador Ibã Huni Kuin do Acre, integrante do “Movimento dos Artistas Huni Kuin” (Mahku), fez uma apresentação na língua nixi pae. Ibã envelopou a icônica rampa do museu com pinturas do coletivo que está em exposição no MASP. "É uma primeira experiência que nós indígenas que estamos chegando no museu mostrando a cultura de língua, de cura e de admiração. Eu tô muito feliz compartilhando esse conhecimento, encontrando vários artistas e mais informações."
 

Carmo Johnson, Mytara Karaja Rare Huni Kuin e Ibã Huni Kuin
Da esquerda para a direita: Carmo Johnson, Mytara Karaja Rare Huni Kuin e Ibã Huni Kuin. Imagem: Helena Maluf
 

As atrizes globais convidadas pela Chanel, Sophie Charlotte (que estrela o filme "Meu Nome é Gal" no dia 19/10) e Isabelle Drummond (que possui rumores de participar numa novela na HBO Max futuramente) demonstraram seu apoio à causa do tema principal da noite. "A moda que movimenta tanto a opinião pública pode ajudar nessa luta de colocar a questão indígena no Brasil no centro da conversa. Demarcação é importantíssima, demarcação já!" disse Sophie. "Todo tipo de manifestação dá voz à causas, às esferas e aos povos. Essa movimentação e o fato das pessoas estarem aqui em prol disso já dá voz e traz conscientização." acrescentou Isabelle, que manifestou sua intensa identificação com o assunto após contar sobre suas visitas à terras indígenas. 

 

Sophie Charlotte e Isabelle Drummond
Da esquerda pra direita: Sophie Charlotte e Isabelle Drummond. Imagem: Helena Maluf

O evento contou com outros convidados famosos para prestigiar o evento. Além do curador do museu Adriano Pedrosa, a festa estava repleta de patronos do MASP, art advisors, e empresários — como Paula Mageste (CEO da Globo Condé Nast), Carol Bassi (dona da marca que carrega seu nome), Maria Laura Neves (redatora-chefe da Vogue Brasil) e Sandra Annenberg (jornalista).

Sandra Annenberg, Igi Ayedun e Carol Bassi.
Da esquerda para a direita: Sandra Annenberg, Igi Ayedun e Carol Bassi. Imagem: Helena Maluf

Igi Ayedun, jovem patrona do MASP, artista e dona da galeria de arte Hoa manifestou muito orgulho em apoiar todas as atividades do museu ao contar sobre ser uma das responsáveis pelo envolvimento da a Chanel com a festa."É muito bom que o MASP se responsabilize por fazer a história dos povos originários parte da cronologia da arte brasileira."

A vantagem dessa relação dos patronos com a marca foi ressaltada pela convidada do Iguatemi, Taciana Veloso. "É muito interessante ter a Chanel, uma marca tão importante no universo de moda e luxo, apoiar essa causa não é? A cultura faz parte do nosso país de uma forma muito relevante e essa é uma oportunidade de a gente estar aqui e prestigiar a arte brasileira e o museu que conta uma história linda pra gente.", expôs a profissional de RP e uma das criadoras da Index.

Apesar de já possuir oito edições anteriores a essa, a MASP Festa teve pela primeira vez "sold-out" nos ingressos do show, segundo afirmação de Vanessa da Mata no seu Instagram. A empresária, patrona do museu e dona da grife de beachwear Jo De Mer esteve na festa desde a primeira edição e comentou sobre sua evolução ao longo dos anos: "O evento está ficando cada vez maior com mais adesão tanto da classe artística quanto de pessoas que apoiam o museu e a Chanel abre o caminho para outros patrocínios, para que em algum momento outros brands brasileiros possam estar envolvidos em eventos com fim de divulgar arte, cultura e nossas raízes."

Para finalizar a noite, a festa contou com apresentações de Vanessa da Mata, indicada ao Latin Grammy Award por melhor álbum de MPB pelo seu novo disco Vem doce, e a DJ Dani Vellocet, que tocou até o fim da festa.

Vanessa da Matta e DJ Dani Vellocet
Da esquerda para a direita: Vanessa da Matta e DJ Dani Vellocet. Imagem: Helena Maluf
 

 

Ator de “That 70’s show” recebe sentença máxima pelos crimes cometidos no início dos anos 2000
por
Laura Teixeira
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18/09/2023 - 12h

No dia 7 de Setembro, quinta-feira, Danny Masterson, estrela de programas como “ The Ranch" e “That 70' s show”,  foi condenado a 30 anos de prisão por estuprar duas mulheres em Los Angeles. Apesar de ter sido sentenciado por dois casos, há mais de três acusações contra o ator. Os crimes ocorreram em sua casa, entre os anos de 2001 e 2003, momento auge de sua carreira.

Charge feita durante o julgamento de Danny Masterson/ Artista: Mona Shafer
Charge feita durante o julgamento de Danny Masterson/ Artista: Mona Shafer

O movimento “Me Too” ocorreu em 2017 e foi marcado pela exposição e acusação de crimes sexuais de diversos nomes de Hollywood como Kevin Spacey (ator) e Harvey Weinstein (produtor). Após a repercussão dessas denúncias, as vítimas de Masterson se sentiram encorajadas em expor o que tinham sofrido entre 2001 e 2003. As investigações começaram em 2017 pela polícia de Los Angeles e concluíram um Modus Operandi do agressor, que drogava e ameaçava com armas suas vítimas durante a violência sexual. Após as acusações, o ator foi afastado da série “ The Ranch” na qual atuava ao lado de Ashton Kutcher.

No início quatro mulheres acusaram o ator, porém apenas três delas foram a julgamento e ele foi sentenciado apenas por duas. Todas as suas vítimas o conheceram na igreja da Cientologia, a qual Masterson faz parte desde sua infância. Antes de irem a público, as mulheres avisaram a igreja de tudo que ocorreu, mas a instituição acabou as culpabilizando.

Em entrevista para a revista People, o vice-procurador distrital de Los Angeles, Reinhold Muller, afirmou que as vítimas demoraram para conseguir justiça e que a decisão do júri foi correta. Além disso, explicou que Masterson acreditava que não seria preso: “ ele sempre pensou que iria se safar”. Durante o julgamento, as mulheres que o acusaram depuseram e explicitaram a importância de sua condenação: “ Você é patético, perturbado e extremamente violento e o mundo fica mais seguro com você na prisão” afirmou uma delas.

Mila Kunis e Ashton Kutcher enviaram carta ao juiz do caso a pedido da defesa de Danny Masterson/ foto: reprodução
Mila Kunis e Ashton Kutcher enviaram carta ao juiz do caso a pedido da defesa de Danny Masterson/ foto: BBC News

Após a divulgação da sentença de Danny Masterson, cartas feitas por colegas do ator vieram à tona. Nelas, artistas como Mila Kunis e Ashton Kutcher – que participaram de That 70’s Show em 1998 com Danny – apoiavam o agressor, afirmando que ele possui uma boa índole e que nunca cometeria os crimes que estava sendo acusado. Os documentos foram pedidos pela defesa e entregues ao juiz do caso, visando uma pena mais branda. Além de Kunis e Kutcher, Will Baldwin, Debra Jo Rupp e Kurtwood Smith também enviaram cartas.

Em 2019, Danny Masterson e seu advogado deram uma entrevista à revista People e afirmaram que “ Isso [as acusações] é mais que ridículo.” Além de descredibilizar o movimento “Me too” dizendo que as mulheres estariam utilizando holofotes para se manterem na mídia

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A autenticidade da cantora é posta em cheque novamente com o lançamento de seu segundo álbum
por
Bruna Quirino Alves
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18/09/2023 - 12h

O segundo álbum de estúdio de Olivia Rodrigo, a queridinha do pop, foi entregue ao público na última sexta-feira e os números não mentem. O lançamento foi um sucesso, como o de seu antecessor “SOUR”. 

“GUTS” acumulou mais de 60 milhões de plays no Spotify em sua estreia e todas as suas 12 faixas debutaram dentro do top 23 da parada global na plataforma.

 

foto da olivia rodrigo deitada em um fundo roxo com anéis escrito GUTS nos dedos
Ensaio feito para a capa do álbum. Foto: Divulgação  

 

Segundo Olivia, o projeto tenta capturar a confusão que vem com o processo de transição de uma jovem adulta, enquanto busca entender sua própria identidade e o seu lugar no mundo. Sua faixa favorita do álbum e uma das suas criações preferidas é “all-american bitch”, a introdução do disco. Para a artista, a faixa descreve muitos sentimentos reprimidos que ela guarda desde os seus 15 anos e nunca teve a coragem de expressar, até agora.

As faixas “all-american bitch”, “ballad of a homeschooled girl” e “get him back!” conversam conceitualmente entre si. Todas partilham batidas fortes, solos de guitarra marcantes e a sensação de estar lendo o diário de Olivia.

“Making the bed” e “the grudge” seguem o mesmo estilo de “drivers license”, famoso single do seu primeiro disco. São baladas melodramáticas do álbum, que são a marca registrada da artista. O tom e a sonoridade no refrão de “making the bed” soam familiares para quem conhece a melancolia de Phoebe Bridgers, principalmente em “Motion sickness”. 

“Teenage dream” encerra o álbum enquanto faz referência ao famoso single de Katy Perry, trazendo uma perspectiva mais confusa e introspectiva sobre a juventude, mostrando que talvez ser jovem não é tão cor-de-rosa. 

Ainda que o álbum represente muito bem a mentalidade de uma jovem de 20 e poucos anos, beirando o impossível não se identificar com a angústia e a ansiedade de suas letras, é perceptível a receita de bolo que a artista usa e abusa, na mesma fórmula pop-rock que vem sido explorada desde os anos 90, por Alanis Morissette, Blondie, The Veronicas que não ultrapassa o limite estabelecido desde o seu primeiro lançamento, Avril Lavigne, Paramore, entre outros. 

A sonoridade de “GUTS” é bem mais ambiciosa do que a que vimos em “SOUR” e é notável um tom confessional mais agressivo, mas as limitações criativas da artista não se ultrapassam desde o seu primeiro lançamento, enquanto se mantém no mesmo eixo temático e conduz a narrativa da mesma forma. 

Com novas acusações de plágio, a autenticidade de Olivia é posta em cheque novamente. O lançamento de “SOUR” foi marcado por acusações de plágio, tanto no projeto gráfico do disco – que supostamente plagiou o grupo independente Pom Pom Squad – quanto na faixa “Good 4 U” que inclui retroativamente Hayley Williams e Josh Farro do Paramore como coautores pela similaridade com o sample de “Misery Business”. 

Infelizmente “GUTS” não fugiu do radar nesse aspecto. A faixa “all-american bitch” apresenta uma melodia muito similar à do single “Start all over”, de Miley Cyrus, lançado em 2007, e como sempre a internet não deixou passar.

Tweet escrito "adoro a olivia rodrigo mas porque ela sempre interpola ou sampleia músicas obviamente famosas e só depois dá os créditos? é pra gerar buzz ou polêmica? ouvi um pedaço de musica nova e é um copia e col de start all over da miley kkk tem nem como fingir não"
Um dos tuítes que apontam o suposto plágio. Foto: Reprodução/Twitter

“GUTS” parece ser sequencial e carrega um sentimento de continuidade em relação ao álbum anterior por narrar os mesmos temas, ainda que a partir de uma perspectiva mais madura e menos passiva. Porém, mesmo sendo mais rock, o álbum é monótono e as faixas se confundem, além do uso exacerbado de samples de outras músicas que empobrecem a originalidade do projeto e roubam o sentimento de estar ouvindo algo novo, de fato. 

Por fim, só resta esperar que o próximo projeto de Olivia se diferencie trazendo uma receita nova e não apenas uma reprodução de tudo que já foi feito pelas estrelas do rock que a antecederam. 

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Premiação contou com performances memoráveis e com o Brasil fazendo história novamente
por
Helena Maluf
Gabriela Jacometto
Victória da Silva
Vitor Nhoatto
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15/09/2023 - 12h

  O Video Music Awards, mais conhecido como VMA, é um evento anual promovido pela MTV onde os principais artistas da indústria musical têm seus trabalhos reconhecidos. A edição deste ano, sediada em Nova Jersey, EUA, aconteceu nesta terça-feira (12).

Com a presença ilustre de grandes nomes, a premiação contou com performances de artistas como Nicki Minaj, apresentadora deste ano, Shakira, homenageada da noite, e Anitta em dose dupla. A edição 2023 do VMA também se destacou pelo aumento da diversidade, tanto nas indicações, quanto nas apresentações.

 

Taylor recebendo o prêmio
Taylor Swift recebendo a estatueta de astronauta em uma das premiações. Foto: Gilbert Flores/Variety/Reprodução.                                                                                                               

 

 Performances 

Abrindo os trabalhos, o rapper Lil Wayne – com o seu novo single "Kat Food" – entregou muita animação. Logo em seguida, a nova estrela do cenário pop internacional, Olivia Rodrigo, iniciou sua performance com a faixa "Vampire" do recém-lançado álbum "GUTS", e engatou "Get Him Back" na sequência. Usando os dois palcos principais, e abusando de artefatos pirotécnicos, o grande show no entanto, não agradou, pelo tom errôneo cantado pela artista.

O evento também foi palco do reencontro dos integrantes da boyband 'N Sync, que há 20 anos atrás ganhou a categoria de Clipe de Pop pela música "Bye bye bye". Apesar de não terem se apresentado, emocionaram a plateia.

Na terceira apresentação da noite com muita coreografia e sensualidade, foi a das rappers Cardi B e Megan Thee Stallion, performando pela primeira vez a recém lançada "Bongos". Tivemos também Demi Lovato com um medley de hits na versão rock, do álbum REVAMPED. Com uma banda só de mulheres, a artista repetiu em certo grau o seu show no The Town mas em menor escala, cantando Heart Attack, Sorry Not Sorry e Cool For The Summer.

Em parceria com a empresa Doritos, a MTV cedeu um pequeno espaço para a apresentação de novos artistas entre os shows principais da noite e o anúncio das categorias. Os artistas Kalii, Rene Rapp e The Warning cantaram pequenos trechos de suas canções duas vezes cada.

Um dos momentos mais aguardados pelos brasileiros era a performance de Anitta, que pela segunda vez consecutiva estava indicada e iria performar no evento. Vestindo um look com a bandeira do brasil estilizada no peito, representando o nosso país, a brasileira levou o funk para o palco do VMA ao cantar um medley das músicas do projeto Funk Generation: A Favela Love Story, sendo elas, Used To Be, Funk Rave e Casi Casi.

 

Anitta
Anitta e suas dançarinas durante sua apresentação. Foto: Noam Galai/ Getty Images/Reprodução 

 

Seguindo com as apresentações, Doja Cat performou "Attention", "Paint The Town Red" e "Demons", levando a Internet à loucura com uma apresentação intensa e explosiva. Com dançarinas pintadas todas de vermelho, e vestida de terno – o qual foi tirado pela rapper ao decorrer da apresentação –, Doja entregou seu visual “edgy” no evento.

Primeira artista sul-americana a receber o Video Vanguard, Shakira fez uma performance com vários de seus hits, uma grande estrutura, vários dançarinos, coreografia ensaiada, vocais impecáveis e até fogo no palco. A homenageada da noite tocou guitarra, dançou com facas e levou muita latinidade ao VMA. Ela ainda finalizou com o seu sucesso em parceria com Bizarrap, e se jogou no meio da plateia e antes de ser içada a vários metros de altura em uma estrutura no meio do público.

Shakira
Shakira na plateia durante sua performance. Foto: Gilbert Flores/Variety/Reprodução.                                             
 

Após a performance cinematográfica, ao receber a estatueta de astronauta dourada, ela agradeceu a todos que a apoiaram desde o início quando tinha apenas 18 anos, principalmente as mulheres especiais de sua vida e seus dois filhos, que estavam presentes. Finalizou oferecendo o prêmio aos seus fãs, os latinos que sempre a mantiveram firme e determinada.

Outra grande estrela da noite, Nicki Minaj apresentou o programa com um tom leve e brincalhão. "A MTV recebeu mensagem das pessoas com medo do que eu poderia falar", brincou a rapper. Mas além de ter conduzido a premiação com maestria e vários looks, a primeira mulher a ficar no topo das paradas com mais de 100 hits cantou seu último single "Last Time I Saw You ", do aguardado álbum Pink Friday 2. Em uma espécie de pedestal, a rainha do rap entregou vocais incríveis em um look transparente, coberto por um vestido preto. No encerramento, ainda emendou um trecho inédito de uma música que lançará na sexta (15), do supracitado álbum.

Nick Minaj
Nicki Minaj cantando o single "Last Time I Saw You". Dia Dipasupil/Getty Images/Reprodução
 

Estreando na premiação com muita cor, dança e sensualidade, Karol G trouxe "TÁ OK REMIX", sua parceria com Dennis DJ, Maluma e Kevin O Chris. Internautas afirmaram que a colombiana levou mais funk para o palco do VMA do que a nossa garota do rio. 

Recebendo o prêmio Global Icon, outra grande honraria da noite, Diddy performou em seguida vários de seus sucessos e convidou ao palco vários artistas, incluindo Keyshia Cole. O rapper, ao receber a estatueta dourada, fez um discurso emocionante, remontando ao seu passado de entregador de jornais, o sonho de ser jogador de futebol, e como foi para a música, alegando que nunca imaginaria estar onde chegou.

Peso Pluma, STRAY KIDS, e Maneskin, fizeram suas estreias na premiação. A sensação mexicana fez uma apresentação mais acústica, enquanto o grupo de Kpop levou muita dança e intensidade ao palco. Já a banda de rock alternativo, com uma câmera em mãos, agitou o público. 

Metro Boomin também foi uma das atrações da noite, performando vários sucessos de sua carreira, dentre eles a música "Calling" que faz parte da trilha sonora de Homem-Aranha: Através do Aranhaverso, de 2023. Anunciado pela cantora Bebe Rexha, mais um reencontro aconteceu em seguida, a banda de rock Fall Out Boys, após 16 anos, voltou a se apresentar no evento.

Com Sabrina Carpenter anunciando a nossa Anitta como super estrela global, o grupo de Kpop TXT e Anitta fizeram sua aguardada e surpreendente performance, levando os fãs à loucura. Tanto os integrantes do grupo quanto a cantora dançaram e cantaram o pré-release intitulado "Back For More". A brasileira, junto a Nicki Minaj, foram os únicos artistas que se apresentaram duas vezes durante a edição deste ano.

A premiação ainda contou com uma espécie de festa de aniversário. A cantora americana, Kelsea Ballerini, comemorou seu aniversário de 30 anos, visivelmente emocionada, se apresentando com uma orquestra inteira, e uma troca de figurino mágica no palco.

A última apresentação da noite foi em homenagem aos 50 anos do hip hop. Com grandes nomes de várias épocas, incluindo Nicki Minaj e Lil Wayne, a performance foi marcada por vários hits dos rappers, muita emoção e representatividade, tendo sido a mais longa da noite.

Nick Minaj
Performance em comemoração aos 50 anos de hip hop. Foto: Theo Wargo/Getty Images/Reprodução 
 

 Premiações 

Depois de 24 anos com predominância masculina na categoria de "grupo do ano", em 2023 o grupo feminino Blackpink levou o prêmio para casa. 

Mas a noite pertenceu mesmo à Taylor Swift, que levou para casa o cobiçado prêmio de Artista do Ano, entre 8 outros prêmios: “Melhor Vídeo”, ‘Música do Ano”, “Melhores Efeitos Visuais”, “Melhor Vídeo Pop” e “Melhor Cinematografia”, com a música Anti-hero;  “Álbum do Ano”, com Midnights e “Show do Verão”com a The Eras Tour.

Taylor e prêmios
Taylor Swift após a premiação mostrando seus nove prêmios. Foto: getty images.     

Em uma grande surpresa devido aos rivais de peso, Anitta levou pela segunda vez consecutiva a categoria de melhor clipe latino por Funk Rave. A brasileira agradeceu aos seus fãs e gravadora e a si mesma no final, pois trabalhou duro para mais uma vez o funk brasileiro estar na premiação, indicado e performando, mas ganhando também. "Nós estamos aqui de novo Brasil", comentou.

Nicki Minaj levou a categoria melhor hip hop com Super Freaky Girl, e revelou a sua gratidão por tudo e todos.

Apresentada por Rita Ora, a categoria de melhor colaboração foi para Karol G e Shakira pela canção "TQG". As duas de mãos dadas foram ao palco e vibraram pela Colômbia, país de ambas.

Outros artistas premiados foram: BLACKPINK na categoria “Melhor co Coreografia”; Seven de Jungkook e Latto com “Música do Verão”; S-Class do Stray kids como “Melhor Música Kpop”; Ice Spice como “Artista Revelação”; Lana Del Rey e Jon Baptiste com “Melhor Video Alternativo”; Maneskin com “Melhor Vídeo de Rock”; Anitta com “Melhor Vídeo Latino”; Olivia Rodrigo com “Melhor Edição”; Calm down do Rema e Selena Gomez com “Melhor Afrobeat”; Karol G e Shakira como “Melhor Colaboração”; Candy da Doja Cat com “Melhor Direção de Arte”; Super freaky girl da Nicki Minaj com “Melhor Vídeo Hip-Hop”; Diddy como “Ícone Global”; SZA com “Melhor Vídeo Rythm e Blues”; Dove Cameron com “Video For Good”, ou traduzindo vídeo para o bem; e TXT com “Melhor Performance Inovadora" para Sugar Rush Ride.

 O VMAs 2023 não foi apenas sobre prêmios e a celebração dos artistas premiados e indicados, foi também sobre criatividade e a capacidade única dos videoclipes e, principalmente da música, de impactar a indústria cultural. 

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“Games, competições e novidades, tudo o que vem por aí no maior evento geek do país”
por
Kauã Alves
Leonardo de Sá
Maria Eduarda Camargo
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14/09/2023 - 12h

Um dos maiores eventos de games do Brasil, a 14.ª edição da BGS (Brasil Game Show) ocorre entre os dias 11 a 15 de outubro, na Expo Center Norte, em São Paulo.

Marcelo Tavares, jornalista, empresário brasileiro e idealizador do evento, que nasceu como Rio Game Show em 2009, contou em entrevista ao TechTudo que a ideia surgiu da necessidade de uma feira de jogos no país, inspirada na própria paixão de Tavares por esse universo. “Acredito que a BGS é uma grande vitrine do mercado brasileiro lá fora. O evento ajuda no crescimento do nosso mercado ao promover os games tanto para a imprensa especializada como para a grande mídia”, disse ao veículo.

Já em expansão na América Latina, em 2011, os produtores Yoshinori Ono (Street Fighter) e Zafer Coban (Batman Arkham City) chegaram a comparecer ao evento, junto de 60 mil pessoas. No ano seguinte, a feira passou para a cidade de São Paulo e contou com cerca de 100 mil pessoas.

Com atrações nacionais e internacionais, o evento reúne mais de 400 expositores, dentre eles empresas consagradas como Playstation, Monster, Nintendo e Microsoft. Além disso, para quem quer conhecer seus ídolos de pertinho, a feira contará com grandes nomes da indústria dos games, como Naoki Yoshida, Alexey Pajitnov e Nolan Bushnell. Outro grande atrativo é o acesso antecipado aos lançamentos das desenvolvedoras presentes. Jogos, equipamentos e acessórios serão mostrados em primeira mão nos estandes. 

Além disso, a BGS contará com Concurso de Cosplay, além de apresentações de grandes nomes na indústria. Nesse ano, os fãs de campeonatos de e-sports também poderão assistir à final feminina do campeonato de Counter Strike: Global Offensive (mais conhecido como CS:GO), que rola entre Fúria e B4. O prêmio, além do título, é de 20 mil reais para as ganhadoras e 10 mil reais para as vices.

Palco do campeonato feminino de CS:GO em 2022
Palco do campeonato de CS:GO feminino de 2022. Foto: BGS/Reprodução

Outra promessa do evento é a famosa Sonic Symphony, que reúne musicistas internacionais para reviver as famosas melodias 8-bits e 16-bits da SEGA (produtora de Sonic e Alien: Isolation) – celebrando 30 anos do personagem Sonic The Hedgehog. A orquestra conta com Shota Nakama, que além de idealizador e criador da Video Game Orchestra, também produziu trilhas sonoras para Final Fantasy e Kingdom Hearts.

Os ingressos estão disponíveis no site para todos os dias, exceto, sexta-feira (13) que já estão esgotados. Vale lembrar que todos os que levarem 1kg de alimento não-perecível, tem direito ao valor de meia-entrada do ingresso, assim como, estudantes com carteirinha, idosos com mais de 60 anos e PCDs.

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Álbum estreia batendo o recorde nacional do Spotify
por
Bruna Quirino Alves
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10/09/2023 - 12h

O álbum, intitulado Escândalo Íntimo, apresenta Luísa Sonza em seu estado mais vulnerável enquanto navega pelo seu subconsciente e aborda suas aflições e fragilidades com profundidade e clareza, mostrando suas incoerências e insatisfações consigo mesma e com o mundo à sua volta. Não deixando de lado a sua ousadia e irreverência características ao experimentar com os conceitos sonoros e visuais que incomodam e subvertem os sentidos e réguas morais, te colocando para fora da zona de conforto.

Seu conceito disruptivo e desaforado chama a atenção do público desde o primeiro single lançado. “Campo de Morango” dividiu opiniões e causou diversas polêmicas. O clipe brinca com a sensualidade da fruta ao mesmo tempo que faz a contraposição trazendo visuais vermelhos que remetem à sangue e beiram o perturbador.

Luísa no clipe "Campo de Morango" em cima de uma cama coberta de tinta vermelha com dançarinas ao seu lado
Trecho do clipe de Campo de Morango. Foto: Divulgação

O álbum

O álbum é dividido em quatro blocos marcados pelos interlúdios: “Dão Errado” e “Todas as histórias”

O primeiro bloco apresenta seu manifesto de autoestima e poder com faixas como “Carnificina”, em que Luísa reafirma o seu valor e a sua influência enquanto dá o recado: “Eu tenho números e ainda sou artista” e o hit pop dançante “A Dona Aranha”, que ressignifica a antiga cantiga infantil com elementos do funk, brincando com as palavras e retratando um lado animalesco da cantora como a própria aranha.

O segundo bloco apresenta a parte mais romântica do álbum, enquanto o terceiro e último bloco lançado, que começa a partir do interlúdio “Dão Errado”,  introduz o sample de “Não me deixe só” de Vanessa da Mata e termina com uma alusão à uma crise de ansiedade, com respirações descompassadas e ofegantes, junto de sons angustiantes para quem ouve.

Luísa revelou em entrevistas que a construção conceitual do projeto foi pautada em torno de um relacionamento tóxico consigo mesma e uma representação de seu subconsciente, seus pesadelos, aflições e autosabotagens – o que pode ser visto em faixas como “Principalmente me sinto arrasada” e “Não sou demais” – que narram suas angústias e cobranças a si própria, além da visão distorcida com a qual ela se enxerga e os seus discursos controversos e incoerentes.

Trecho do clipe de Luísa onde ela olha sorrindo pra tela
O clipe de "Principalmente me sinto arrasada" exibe um clima de terror. Foto: Reprodução/Youtube

Nas faixas mais sentimentais do disco, a cantora cria uma atmosfera imersiva mais emotiva através dos sons, emulando suas emoções e fazendo com que seus sentimentos se projetem até o ouvinte.

Escândalo Íntimo é um projeto de 26 faixas, porém apenas 18 foram lançadas. Posteriormente, as outras 8 serão liberadas junto com os visuais, que formarão um curta-metragem.

O álbum conta com a participação de artistas como: Baco Exu do Blues, Marina Sena e Duda Beat, porém o maior destaque foi a parceria com a cantora pop norte-americana Demi Lovato que canta em português na faixa “Penhasco 2”. 

É notável a versatilidade do disco em mesclar estilos musicais diversos através das colaborações e referências, enquanto mantém uma sonoridade coesa que se conecta até o final da narrativa.

A faixa “Surreal”, com Baco Exu do Blues, apresenta elementos de R&B ao descrever uma noite de romance tórrida e sensual, com vozes arrastadas, compasso marcado e melodia grave que captura o sentimento de desejo intenso - como em Hotel caro, a outra parceria dos dois, lançada em 2022, que também é referenciada nos versos de Baco: “Hotéis caros, festas na espanha, mistura intensa, somos uísque com tequila".

“Ana Maria” traz a leveza de Duda Beat para o final do disco, quebrando a melancolia e espantando a ansiedade enquanto nos leva para uma atmosfera mais alegre e otimista, além de revisitar a interlude do bloco e responder Vanessa da Mata enquanto anuncia: “Não sinto mais medo do escuro, agora ele tem medo de mim”.

Luísa volta para o sertanejo sofrência, com gaitas ao fundo e vocais fortes em “Onde é que deu errado”. O sertanejo não é estranho para a artista, que já explorou esse gênero no single “Coração Cigano” em parceria com Luan Santana e em “melhor sozinha” com Marília Mendonça para seu álbum anterior, “DOCE 22”.

Já “Iguaria” e “Chico” trazem traços de bossa nova no ritmo enquanto a artista abraça o romantismo se declarando para o companheiro. Em “Iguaria” ela revela quão preciosa é a relação dos dois com trechos cheios de referências à MPB, como: “Deságua em mim como chuva”– referenciando ‘Oceano’, um dos maiores sucessos dos anos 90, composto por Djavan. 

“Chico” narra uma história de romance que se passa no Rio, que como “Garota de Ipanema” do Tom Jobim é ritmado pelas ondas do mar e o seu movimento, mas ao invés de observar Helô Pinheiro caminhar na praia de Ipanema, a serenata de Luísa é para Chico Veiga e se passa em um bar na Lapa. Essa faixa vem para aquecer o coração daqueles que não perderam a fé no amor, apesar das desilusões. Na letra, ela diz: “Chico, se tu me quiseres, sou dessas mulheres de se apaixonar”, uma referência à Folhetim, escrita por Chico Buarque e cantada por Gal Costa.

Em “Outra Vez”, como na canção de Roberto Carlos, Luísa está presa nas memórias de um amor antigo enquanto tenta lidar com o seu fim e seguir em frente. A música traz todas as emoções vividas no processo de superar um término e a vontade agridoce de se apegar à dor quando ela é tudo o que resta. 

Outras alusões à MPB e bossa nova usadas no álbum também não passaram em branco para os ouvintes, como a faixa “Lança-menina” que foi um tributo à rainha do rock, Rita Lee, além do áudio da própria Rita falando no final. Na letra, Luísa exalta a si mesma e a sua própria incoerência, além de ironizar o conceito de ser uma “boa menina”.

A faixa “Luísa Manequim”, conta com o sample de samba-rock do compositor Abílio Manoel durante a música e o trecho que diz “sabor de fruta mordida”, referenciando Cazuza em uma de suas faixas mais famosas, “Todo amor que houver nessa vida”. Nessa faixa, Luísa mostra um pouco da cobrança que vem com a vida sob os holofotes e muda o sentido da música original enquanto se coloca como a garota que está sendo observada, onde tudo e todos querem a sua atenção, tecendo elogios ou criticando. 

Tweet onde Luísa Sonza escreve "gente meu fãs pelo amor de deus comecem a escutar música brasileira, artistas brasileiros Cássia Eller, Cazuza, etc se não vocês não vão me acompanhar nos raciocínios
Tweet da cantora é relembrado nas redes socais. Foto: Reprodução / Twitter

O álbum apresenta uma nova era na carreira de Luísa Sonza e demonstra um vasto repertório e amadurecimento musical, além da experiência audiovisual que virá com o lançamento do curta-metragem.

Escândalo Íntimo está disponível nas plataformas digitais e foi performado pela primeira vez no festival The Town em São Paulo, no primeiro domingo.

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Shows de Ne-Yo, Maria Rita, Maroon 5 e Joss também foram destaque no terceiro dia do festival
por
Bianca Novais
Eduarda Basso
Maria Eduarda Camargo
Vitor Nhoatto
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08/09/2023 - 12h

O festival The Town apresentou seu terceiro dia de shows nesta quinta-feira (7), no autódromo de Interlagos, zona sul de São Paulo. Com Ludmilla, The Chainsmokers e Maroon 5 no palco principal Skyline, o evento contou também com Maria Rita, Ne-Yo e Joss Stone no line-up.

Os portões abriram 1h30min mais cedo, a fim de minimizar a fila — o que não aconteceu. No primeiro fim de semana do festival, a organização foi a principal reclamação dos fãs, que esperavam por melhorias nas operações, mas se decepcionaram.

 

 

 

 

A cantora Maria Rita abriu o dia no The Town e levou uma roda de samba ao palco The One, onde apresentou clássicos da música brasileira. Sua setlist contou com covers de Beth Carvalho, Elis Regina e Jorge Aragão, além de sua própria discografia.

Como protesto, a cantora bradou a palavra “Democracia” em punho vermelho no telão ao fundo enquanto cantava Cara Valente, um de seus maiores sucessos.

Tentando não se afastar do estilo que a consagrou em 2003 com seu primeiro álbum, Maria Rita entrou também com jazz - com Let’s Do It e Over The Rainbow - e MPB, além da versão jazz do samba Meiga Presença, que saúda Elizeth Cardoso. Neste ano, a cantora completa 20 anos de carreira e prova que existe equilíbrio entre samba e jazz. 

 

Maria Rita provou que dá pra misturar jazz e samba. Foto: Divulgação/The Town.
Maria Rita provou que dá pra misturar jazz e samba. Foto: Divulgação/The Town.

 

Ludmilla estreou sua nova turnê Vilã Live com uma apresentação cinematográfica. A estrela brasileira chegou ao palco em um enorme cofre dourado sustentado por cordas, cantando seu grande sucesso Hoje. Para tanto, o Skyline precisou ter sua estrutura reforçada. O investimento total apenas na apresentação de Lud somou três milhões de reais, segundo apuração da Folha de São Paulo

Foram apresentadas faixas de seu último álbum VILÃ, como Sou má, Socadona e Briga Demais, além dos hits Onda Diferente, Maldivas e Deixa de Onda. O show ainda contou com trocas de figurino, um corpo de baile excepcional e comoção do público durante Sinto Raiva, com direito a um piano no palco.

Com vocais impecáveis da artista, coreografia ensaiada e uma estrutura de dois andares para pole dance, Ludmilla cantou Sintomas de Prazer e protagonizou um momento sensual e carinhoso com sua esposa, Bruna Gonçalves, ao final da canção.

Com referências à turnê Renaissance de Beyoncé, Ludmilla utilizou uma câmera de mão para exibir ângulos mais pessoais no telão do palco, luzes amarelas, figurino dourado, entradas coreografadas com rigor na sincronia e muita presença de palco. Internautas comentaram sobre a influência da cantora brasileira, que se tornou o assunto mais comentado do mundo na plataforma X - antigo Twitter -, mesmo com um horário de show controverso.

 

 

 

 

Lulu Santos foi o convidado especial de Ludmilla no show, que cantou junto a famosa Toda Forma de Amor junto com ela. Mostrando sua versatilidade, transitou por todos os estilos de seu longo portfólio - pop, pagode, MPB - até chegar no funk, sua origem na música.

A Rainha da Favela cantou um medley de seus maiores sucessos do gênero, com 24 Horas Por Dia, Din Din Din e Cheguei. A finalização ficou com Favela Chegou, deixando no ar um clima um clima de "dever cumprido", em referência à gafe da família Medina, organizadores do evento e do festival irmão Rock In Rio, que na edição de 2022 alocou artistas de funk, inclusive Ludmilla, em palcos menores.

Como segunda atração no Skyline, Joss Stone trouxe ao festival um toque de reggae, R&B e soul music, com os sucessos Super Duper Love, Free Me e Right To Be Wrong, além do cover de Say My Name, de Beyoncé.

A cantora britânica se apresentou no lugar do ex-integrante da banda One Direction, Liam Payne, que cancelou sua participação na semana anterior ao início do festival por problemas de saúde. Apesar das baixas expectativas em relação a seu show, a cantora surpreendeu o público com seus vocais e carisma, cativando a plateia. 

 

Joss Stone foi uma grata surpresa para o público. Foto: Juliana Cerdeira/Multishow.
Joss Stone foi uma grata surpresa para o público. Foto: Juliana Cerdeira/Multishow.

 

Mais tarde, a dupla americana The Chainsmokers assumiu o palco principal e suas músicas eletrônicas agitaram o público. Vestindo camisetas da seleção brasileira, eles tocaram hits como Don't Let Me Down, Sick Boy e Something Just Like This, além de trazerem alguns remixes de outros artistas. O vocalista Andrew, que namora a modelo brasileira Marianne Fonseca, ainda apresentou a música inédita 14 Minutes em homenagem a ela. A apresentação terminou com o sucesso Closer, cantada com potência pela plateia.

O cantor Ne-Yo se apresentou neste feriado no palco The One, trazendo hits de sua carreira como Miss Independent, So Sick, e Because of You. Além das músicas de sua discografia, o artista americano incluiu Irreplaceable, de Beyoncé, e Take A Bow, de Rihanna, ambas compostas por ele.

O show proporcionou fortes emoções ao público. Com canções que marcaram os anos 2000 e som puxado para o R&B, Ne-Yo entregou nostalgia para o festival. No hit So Sick, os fãs ligaram a lanterna do celular, marcando uma das cenas mais emocionantes da performance. Em Push Back, o cantor levou fãs para o palco para uma batalha de dança, revelando a estudante Sheila de Oliveira, de 23 anos, que entregou uma performance profissional.

 

 

 

 

A última atração do dia no palco principal do evento foi da banda Maroon 5, que esteve pela última vez no Brasil em 2022. A performance deles, entretanto, não foi a mais emocionante do dia, pois o vocalista, Adam Levine, estava com a voz prejudicada. Além disso, o show não trouxe nada de diferente em comparação às apresentações do ano anterior.

Para quem nunca os viu ao vivo, o apelo de tocar suas músicas mais conhecidas conquista. Mas a mesmice da atração principal da noite acabou deixando o show da banda apagado em comparação às outras atrações do festival.

Mesmo assim, hits como Payphone, One More Night, Animals e She Will Be Loved animaram a plateia, que cantou letra a letra com o grupo. O show se encerrou com Sugar, um de seus maiores sucessos. Na internet, fãs exaltaram os artistas e comentaram positivamente sobre o show, mencionando que são uma “banda coringa”.

 

 

 

 

No próximo sábado (9), o The Town terá apresentação da banda Foo Fighters — que está há 4 anos sem pisar em solo brasileiro. Donos dos sucessos My Hero, The Best Of You e Everlong, eles prometem agitar o público do Rock no palco Skyline. Os fãs aguardam ansiosamente pelo grupo, devido ao cancelamento do show no Lollapalooza, após o trágico falecimento de Taylor Hawkins, baterista da banda.

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Evento acontece no dia 12 de setembro em Nova Jersey, EUA.
por
Victória da Silva
Vitor Nhoatto
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06/09/2023 - 12h

Conhecido como o evento em que Lady Gaga utilizou um vestido de carne ou o palco no qual Kanye West retirou o prêmio de Taylor Swift para dedicar a Beyoncé, o VMA (Video Music Awards) é uma premiação que ocorre todos os anos na MTV e prestigia artistas do mundo todo por suas performances, músicas e principalmente videoclipes.

Criado no ano de 1984, o evento é um dia no qual os fãs torcem por seus artistas favoritos, assistindo, comentando e claro, votando muito. O VMA 2023 acontecerá no dia 12 de setembro e conta com indicações de Doja Cat, Sam Smith, Karol G, e muito mais. Separamos aqui alguns dos melhores momentos da história do programa.

 

É do Brasil!

Cantora Anitta vestindo um vestido vermelho com detalhes de transparência, ela está sorrindo e segurando a estatueta de astronauta prata em um palco com fundo azul e luzes refletindo.
Anitta durante seu discurso após receber estatueta no VMA 2022 na categoria Melhor Música Latina - Foto: Getty Images/Reprodução

Anitta fez história ao ser a primeira brasileira a se apresentar no palco do evento, além de ter recebido o prêmio na categoria de melhor música latina na edição do ano passado com a canção "Envolver” — lançada em 11 de novembro de 2021. 

Neste ano, além de ter sido indicada pela segunda vez consecutiva na categoria "Best Latin" com a sua recém lançada "Funk Rave", a cantora também foi confirmada como uma dos artistas que se apresentarão no evento, ao lado de Demi Lovato Karol G e Maneskin.

Anitta concorre com nomes de peso como Bad Bunny e seu sucesso "WHERE SHE GOES", Rosalía e a viciante "DESPECHÁ" e Shakira, indicada duas vezes com "Acróstico" e junto à Karol G com o smash hit "TQG". Se ela vai levar o prêmio ainda não se sabe, mas com certeza a rainha do funk já marcou os corações dos fãs.

 

VMA Taylor's Version

Kanye West, vestido com uma camisa preta, óculos escuros e calça jeans, segurando um microfone com a mão direita e com o corpo inclinado para Taylor Swift que está vestida com um vestido prata com detalhes brilhantes, segurando a estatueta de astronauta prata e com a expressão de constrangimento. O fundo está com algumas pessoas na plateia.
Kanye West após interromper discurso de Taylor Swift no VMA de 2009 - Foto: GettyImages/Reproduçāo

Taylor Swift possui a fama de ser uma das mais indicadas do MTV Video Music Awards desde sua primeira indicação em 2007. A cantora possui 14 prêmios, incluindo o principal do evento: artista do ano. 

Em 2022, Taylor ganhou três das 5 indicações com o clipe de "All too Well" (10 Minute Version - Taylor's Version), sendo elas a de vídeo do ano, melhor vídeo de longo formato e por fim, melhor direção.

Durante a edição de 2009, após a cantora receber o prêmio de Melhor Clipe Feminino pela música "You Belong With Me", o rapper Kanye West subiu ao palco, afirmando que o prêmio deveria ser de Beyoncé.

O rapper discursou que o clipe "Single Ladies (Put a Ring on It)" era o melhor de todos os tempos e por isso merecia ganhar. Após esse episódio, Beyoncé, ao receber o prêmio de Vídeo do Ano, cedeu seu espaço para que Taylor Swift finalizasse seu discurso corretamente.

Na edição deste ano, tanto Taylor quanto Beyoncé estão indicadas: a primeira em sete categorias e a última em quatro. Ambas concorrem diretamente nas categorias de Artista do Ano e Álbum do Ano, com "Midnights" e “Renaissance”, respectivamente.

 

O Foguete K-Pop

Integrantes do grupo sul coreano BTS, vestidos de smokings pretos, dançando junto com a cantora Halsey, vestida de um smoking dourado.
Grupo de Kpop BTS em performance com Halsey no VMAs de 2019 - Foto: John Shearer/Reprodução

Outro grande ponto a se destacar é a ascensão do Kpop no cenário internacional da música. Desde o ano de 2019, os grupos disputam as principais categorias da premiação e ainda concorrem em categorias exclusivas do gênero musical. 

Antes mais conhecido por causa do hit "Gangnam Style" de 2012, o Kpop só passou a ter mais reconhecimento em sua 2° e 3° geração. No VMAs, o primeiro grupo sul coreano a participar foi o BTS (Bangtan Boys) que performou"Boy With Luv" em parceria com a cantora Halsey, marcando o ano de 2019 como o estopim para o pop coreano nas premiações mundiais.

O grupo concorreu a quatro categorias e foi o primeiro vencedor da categoria Melhor Música de K-pop em 2019, até então nunca realizada. BTS é, até hoje, o grupo mais indicado e mais premiado do evento. Outros artistas do gênero  passaram a concorrer também, como BLACKPINK, EXO, Monsta X e NCT 127. 

Neste ano, o grupo Stray Kids - indicado na categoria de Melhor Clipe de Kpop - promete um momento histórico. Os debutantes do evento performaram com Anitta, o que está criando muita expectativa no público pela mescla de culturas e comprova o aumento da diversidade que o VMAs vem trazendo cada vez mais forte.

 

Ascensão Latina 

Shakira com traje rosa e correntes douradas em um palco com fundo azul. As demais dançarinas que estão no fundo com trajes laranjas com detalhes dourados.
Shakira na performance de "Hips Don't Lie" no VMA de 2006 - Foto: GettyImages/Reprodução

Sempre entre as artistas com as performances mais marcantes, Shakira por um bom tempo representou os latinos no cenário internacional da música, antes tão restrito ao cenário musical estadunidense e europeu. Mas isso vem mudando, e hoje o número de artistas latinos no topo das paradas e em premiações só aumenta. 

O VMAs 2023 contará com apresentações de Anitta, Karol G e Shakira. Além disso, as duas últimas foram indicadas à principal categoria do evento, Artista do Ano, juntamente com Beyoncé, Doja Cat, Nicki Minaj e Taylor Swift — categoria que pela primeira vez na história conta apenas com mulheres.

Um dos momentos icônicos da premiação da MTV é a apresentação de Shakira no ano de 2006, com seu sucesso “Hips Don’t Lie” junto a Wyclef Jean, entregando vocais e coreografia impecáveis.

A colombiana, além de se apresentar, será a homenageada da noite na edição deste ano ao receber o Video Vanguard, prêmio concedido a artistas consagrados na música. Shakira é a primeira artista sul americana a receber tal honraria. 

 

Miley what's good?

Nicki Minaj vestida com um vestido dourado com decote, segurando a estatueta de astronauta em um fundo azul com luzes refletindo e com a expressão de deboche.
Nicki Minaj ao receber o prêmio de melhor clipe de hip hop no VMA de 2015 - Foto: GettyImages/Reprodução

Destaques nesse ano com cinco indicações cada, Miley Cyrus e Nicki Minaj já proporcionaram ao público um dos momentos mais marcantes da história do evento em 2015. A rapper, ao receber seu prêmio de melhor clipe de hip hop do ano, insultou Miley, a apresentadora daquela edição, após receber críticas dela em uma entrevista ao New York Times.

Tudo começou com uma troca de tweets entre Minaj, que criticava o evento, e Taylor Swift — que entendeu como uma indireta a ela. As duas acabaram se resolvendo após algumas interações, mas Miley, quando questionada sobre a discussão na entrevista, chamou Nicki de mal educada e não muito gentil, comentário que motivou o shade ao vivo.Taylor e Nicki apresentaram juntas na edição daquele ano. Miley hoje diz que muitos dos seus comportamentos do passado se devem ao fato de que ela era jovem e rebelde, como revela no seu último single “Used To Be Young” — e que hoje é uma pessoa diferente. 

Cyrus concorre neste ano com seu hit “Flowers” e Minaj com “Super Freaky Girl” — ambas com fortes chances de ganharem ao menos algumas estatuetas do astronauta mais famoso da música.

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Com show sedutor e agitado, o cantor manteve plateia empolgada do início ao fim; problemas de organização continuaram no segundo dia de evento
por
Bianca Novais
Luana Galeno
Vitor Nhoatto
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05/09/2023 - 12h

O segundo dia do festival The Town aconteceu neste domingo (3), no autódromo de Interlagos, zona sul de São Paulo, com Alok, Luisa Sonza, Ney Matogrosso, Seu Jorge, Matuê, Bebe Rexha e o aguardado Bruno Mars. 

A primeira data esgotada do evento continuou falhando na organização. Pelo segundo dia seguido, as filas para entrada estavam enormes e desorganizadas. Apesar disso, o metrô, transporte indicado pela organização, funcionou de forma mais eficaz, mesmo cheio. 

As instalações de patrocinadores e stands de alimentação funcionaram bem e sem filas. Já os banheiros, um investimento entre a produção e a prefeitura de São Paulo, foi mais um ponto de frustração, com filas mal organizadas e falta de manutenção da limpeza. 

 

 

Matuê começou os trabalhos com quarenta minutos de atraso por problemas de áudio, causando um efeito cascata no festival, mas que conseguiu ser revertido para Bruno Mars iniciar sua performance às 23h05. A apresentação do trapper foi uma homenagem a sua avó e a sua cidade natal, Fortaleza. O artista trouxe a animação que duraria todo o segundo dia do The Town. Dono dos hits Conexões de Máfia e Kenny G, mostrou sensibilidade com discursos de outros artistas nordestinos, como Belchior, durante a performance. Também demonstrou relevância no cenário musical, já que tinha plateia muito cheia, diferentemente da primeira apresentação de sábado.

 

Matuê em sua apresentação com a imagem de sua avó no telão. Foto: Divulgação/Instagram/@matue
Matuê em sua apresentação com a imagem de sua avó no telão. Foto: Divulgação/Instagram/@matue

 

Logo depois, inaugurando o palco principal Skyline, Luísa Sonza levou coreografias ensaiadas, trocas de figurino e vocais impressionantes, principalmente em Penhasco e Penhasco2, sendo esta de seu álbum Escândalo Íntimo, lançado na última semana. Os sucessos Braba, Sentadona, Cachorrinhas e Modo Turbo também fizeram parte da setlist, animando o público.

A artista aproveitou o espaço para homenagear Marília Mendonça com Melhor Sozinha e seu novo romance, Chico Veigas (conhecido como Chico Moedas), foi destacado pelas câmeras, sorrindo enquanto ela cantava Chico, canção escrita para ele. Em Lança Menina - homenagem a Rita Lee -, Sonza desceu do palco e foi carregada nas costas enquanto interagia com o público para o encerramento de seu show.

 

 

 

 

Ney Matogrosso levou seu bloco para rua em um show com figurino dourado e uma verdadeira performance artística, aos 82 anos. Com energia de sobra, Ney colocou o público para dançar com Homem com H e Sangue Latino.

 

Ney Matogrosso no palco The One. Foto: Divulgação/Instagram/@thetownfestival
Ney Matogrosso no palco The One. Foto: Divulgação/Instagram/@thetownfestival

 

Nos palcos Skyline e Factory, se apresentaram simultaneamente Alok e Teto, grandes nomes da música brasileira. O primeiro trouxe para o Skyline seus maiores sucessos, como Fuego e Hear Me Now, convidando o parceiro Zeeba para a performance. Foram anunciados também lançamentos inéditos como Nossos Dias, para novembro, além de uma parceria com The Chainsmokers e outra com Bebe Rexha. O segundo, apesar da performance bem produzida, causou estranhamento ao ser alocado no palco Factory e não ter seu show transmitido em nenhum veículo oficial.

Teto tem hoje mais de seis milhões de ouvintes mensais no Spotify, sucesso refletido no mar de pessoas que foram vê-lo no festival. Sua alocação em um palco secundário fez com que seus espectadores ficassem desconfortáveis. O público que acompanhou de casa também ficou desapontado, já que nem o Multishow, Canal BIS ou GloboPlay transmitiram sua apresentação. 

O discurso de inclusão de artistas do estilo trap feito pela organização pareceu então superficial, já que no dia anterior também não foi televisionada a performance de KayBlack, artista em ascensão com quase 10 milhões de ouvintes mensais. 

 

 

 

 

A headliner internacional Bebe Rexha iniciou sua apresentação com a emocionante Me Myself & I. O carisma da cantora americana carregou a multidão, além de seus vocais excepcionais e presença de palco. Apresentou seus hits que misturam pop, eletrônico e rock como I'm a Mess, Sacrifice e Meant To Be

Uma grande surpresa foi a participação ao vivo de Luísa Sonza em I Got You, cantada por ambas como Só Dá Tu, versão brega da canção concedida pela Banda Favorita. Repetindo ainda o que fez no Rock In Rio de 2019, chamou ao palco alguns fãs durante Hey Mama. Bebe fechou sua apresentação com I'm Good (Blue) e foi para a galera, com uma bandeira do Brasil em mãos, interagindo muito com os fãs.

Seu Jorge transformou o palco The One em um salão de samba rock, entoando com animação seus sucessos Carolina, Mina do Condomínio, Amiga da Minha Mulher e Quem Não Quer Sou Eu. Chamou Edi Rock, do Racionais MC's, para reprisar That's My Way, apresentada pelo grupo de hip hop no dia anterior, sob forte chuva. O público acompanhou o cantor no refrão de Alma de Guerreiro, saudando São Jorge, e a saideira foi com a famosa Burguesinha. "Salve São Paulo! Salve a música brasileira!", pediu ao encerrar a apresentação.

 

Seu Jorge no palco The One. Foto: Divulgação/The Town.
Seu Jorge no palco The One. Foto: Divulgação/The Town.

 

Com a apresentação mais antecipada da noite, Bruno Mars não desapontou os fãs brasileiros e entregou um show animado, sedutor e nostálgico. Mostrou o alcance de seu talento com solos de guitarra, dançando com sua banda igualmente multi-talentosa e xavecando o público em português. 

Iniciando o show com dança me 24K Magic, que dá nome ao seu último álbum, logo avisou em português: "tô aqui, São Paulo!". Essa foi a primeira de muitas declarações em nossa língua ao longo da noite. A intimidade foi crescendo com os hits de sua coletânea mais recente. Bruninho - como pediu para ser chamado, no palco - se dedicou na coreografia com sua banda em Finesse e Treasure enquanto a plateia retribuía com coro. Abrindo brecha para em qualquer momento de silêncio do palco, o público clamar "Bruninho! Bruninho!" ou "Bruno! Bruno!" .

Após Calling All My Lovelies, quando tocou solos de guitarra em uma Fender Stratocaster dourada, Bruninho trocou o instrumento por um telefone sem fio dos anos 1980, também dourado, e levou a plateia à loucura com a declaração em nosso idioma, durante Pick Up The Phone: "Eu quero você, gatinha".

 

Bruninho Mars tocando guitarra durante Calling All My Lovelies. Foto: Reprodução/Multishow.
Bruninho Mars tocando guitarra durante Calling All My Lovelies. Foto: Reprodução/Multishow.

 

A romântica Marry You veio em seguida e o grupo voltou para a coreografia em Runaway Baby. Quando alguém já poderia se perguntar se Bruno não tocaria piano, uma de suas especialidades, ele enfim se sentou ao teclado para um pot-pourri de canções mais antigas, pedindo para o público acompanhá-lo na voz. 

Desde músicas que compôs para outros artistas até hits como Talking To The Moon e Leave The Door Open, do projeto em parceria com Anderson .Paak, o Silk Sonic, Bruninho trouxe nostalgia e emoções aos fãs, que não o deixaram só em nenhuma canção.

A intimidade do showman com seu público brasileiro foi aumentando conforme o tempo e foi utilizada para performar When I Was Your Man. Ele relatou ter sido uma canção difícil de compor e que era difícil de cantar. Se ele não quisesse, não precisaria entoar uma palavra, pois o público cantou toda a letra, do início ao fim.

Surpreendendo a todos, o tecladista John Fossitt teve seu momento de brilhar tocando Evidências, de Chitãozinho e Xororó. Bruno, então, apresentou toda sua carismática banda, de extrema qualidade, e estendeu a bandeira do Brasil no alto. A finalização do seu show parecia precoce mesmo depois de 1h30 de duração.

O bis era inevitável, e Bruninho tocou um de seus maiores sucessos, Uptown Funk, deixando a dança para a plateia e reservando a energia para o próximo domingo (10), onde Bruno Mars retorna ao palco Skyline para encerrar o The Town.

Plateia vibrando ao fim do show de Bruno Mars no The Town. Foto: Maria Elisa Tauil.
Plateia vibrando ao fim do show de Bruno Mars no The Town. Foto: Maria Elisa Tauil.

 

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Musical “Funny Girl”, da Broadway, debuta pela primeira vez no teatro paulistano
por
Ana Clara Farias
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05/09/2023 - 12h

A versão brasileira do clássico dos anos 1960 estreou no dia 18 de agosto, no Teatro Porto, em São Paulo. Essa é a primeira vez que o show vem aos palcos brasileiros e traz consigo inovações que não estão presentes em sua versão original.

A peça é protagonizada por Giulia Nadruz, no papel de Fanny Brice, e por Eriberto Leão, interpretando Nicky Arnstein. O ator é conhecido por sua atuação em diversas novelas, filmes e até no teatro. Contudo, essa é sua primeira vez em um musical da Broadway. Já Nadruz tem mais de 20 performances em peças ao longo de sua carreira e atuou em grandes clássicos como “O Fantasma da Ópera” de 2019, com direção de Miguel Briamonte.

Intitulado de “Funny Girl – A Garota Genial”, o espetáculo mistura aspectos da versão cinematográfica de 1968 com algumas referências à cultura brasileira, algo pelo qual o diretor Gustavo Barchilon é conhecido. Ele já trabalhou em adaptações brasileiras de musicais, como “Barnum, O Rei do Show”, estrelado em 2022 por Murilo Rosa.

A nova versão busca se aproximar mais da nossa realidade atual, com modificações em alguns pontos da época que hoje seriam considerados problemáticos.

A trilha sonora original foi produzida por Jule Styne e Bob Merril, com versão brasileira de Bianca Tadini e Luciano Andrey, este também responsável pela coreografia. Diferente da original, formada por dois atos, a peça é feita em um ato só, sem intervalos e tem 1h40 de duração.

O elenco conta com mais de 20 atores e além de Nadruz, Vania Canto também atua como Fanny – o papel está sendo alternado entre as duas atrizes. Além delas, participa da produção Stella Miranda, da série “Toma La Da Cá”, como a mãe da personagem principal, repaginada para ter uma relação mais próxima com a filha.

Atores Giulia Nadruz e Eriberto Leão em cena do musical.
Giulia Nadruz e Eriberto Leão em cena do musical. Foto: Caio Galluci/Divulgação

A trama é baseada na história da atriz judia Fanny Brice, que fez muito sucesso em Nova York no início do século XX, ao participar dos espetáculos “Ziegfeld Follies”. Fanny era julgada por diversas pessoas, inclusive por sua família, que diziam que ela não se encaixava nos padrões de beleza, principalmente por seu “nariz grande”, característica associada negativamente à comunidade judaica, e era desencorajada sobre buscar seu sonho de se apresentar no palco. A jovem conhece o galanteador Nicky Arnstein, por quem se apaixona e com quem se casa. Fanny conquista o coração do público com seu talento à medida que sua carreira progride, mas, por outro lado, Arnstein passa a demonstrar um comportamento arrogante, além de ser um apostador compulsivo.

Funny Girl” estreou nos teatros de Nova York em 1964. A primeira a dar vida à personagem foi a atriz e cantora Barbra Streisand, que também estrelou na adaptação para os cinemas, quatro anos depois. Vencedora do Oscar de 1969 por sua performance, Streisand carrega um legado por suas grandes habilidades vocais e seu sucesso em várias áreas do entretenimento.

A música “Don’t Rain On My Parade” se tornou a marca do musical e da personagem, além de ser uma das canções mais populares da Broadway. A composição já teve inúmeros covers de diversos artistas americanos.

A obra está sendo apresentada no Teatro Porto, na capital paulista, com sessões às sextas-feiras, às 20h, aos sábados, às 16h30 e às 20h e aos domingos, às 15h30 e às 19h. A atração ficará em cartaz até o dia 8 de outubro e, em seguida, se direciona para o Rio de Janeiro, no Teatro Casa Grande. Os ingressos estão disponíveis no site da Sympla (sympla.com.br).

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