As eleições municipais deste ano foram encerradas após os dois turnos realizados nos dias 6 de outubro e 27 de outubro. Depois da longa disputa entre os candidatos nas principais cidades de São Paulo e Minas Gerais, houve a confirmação de quem vai assumir a prefeitura a partir de 2025.
No segundo turno, Ricardo Nunes (MDB) venceu Guilherme Boulos (PSOL), com 59,35% contra 40,65% de seu concorrente. O atual prefeito de São Paulo obteve 3.393.110 dos votos válidos contra 2.323.901 do deputado federal. O total de votos foi de 6.382.084.
No seu discurso após a vitória, no Clube Banespa, na Zona Sul de São Paulo, Nunes falou do apoio essencial do governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas (Republicanos). “Agradeço ao líder maior sem o qual nós não teríamos essa vitória”.
O candidato do MDB cita Jair Bolsonaro, pela indicação do vice de sua chapa, o Coronel Ricardo de Mello Araújo. O coronel aposentado pela Polícia Militar, é conhecido por afirmar ser os “olhos, ouvidos e braços” do ex-presidente na capital paulista.
O prefeito reeleito ainda falou sobre a importância da presença do governador durante a campanha: “Meu amigo que me deu a mão na hora mais difícil”. Nunes estava acompanhado de seus apoiadores, sua esposa, Regina Carnovale Nunes, seu vice, o deputado federal, Baleia Rossi (MDB) e Tarcísio na comemoração.
Nunes também ressaltou a importância da coligação de doze partidos em sua chapa, e criticou as políticas radicais. “Política só com ideologia é ilusão” e reforçou a posição de Tarcisio como alicerce para a aliança ser feita nestas eleições.
Ainda reforçando a parceria entre Prefeitura e Governo, e destacando a “lealdade” do governador no momento mais difícil da campanha, Nunes diz: “Conte comigo meu irmão para todas as construções do seu destino. [...] Você, Tarcísio, vai poder contar sempre comigo 24 horas por dia”.
O número de abstenções em São Paulo chamou a atenção: mais de 2.940.360 de eleitores que não compareceram às urnas, sendo a maior da história da cidade. Votos nulos foram 430.756 (3.67% dos votos válidos totais) e brancos, 234.317(6.75 % dos votos válidos totais)
Somados com votos nulos e brancos chega-se a 3.605.433. Superior ao número de votos do atual prefeito e representando 57% em comparativo com o total dos 6.382.084 votos válidos totais do segundo turno.
Em Belo Horizonte, Fuad Noman venceu Bruno Engler (PL), com 53,73% contra 46,27%. Noman recebeu 670.574 dos votos válidos contra 577.537 votos do deputado estadual. O total de votos válidos foi o de 1.356.232.
Em seu discurso na sede do PSD, Fuad agradeceu ao eleitorado de Belo Horizonte. “Muito obrigado a todos, os milhares de eleitores que votaram em mim neste segundo turno, proporcionando essa virada histórica. Muito obrigado também a todos que não votaram em mim, por respeitarem a beleza da democracia. O respeito e as eleições livres é algo que carrego em toda a minha vida e que me guiou em toda essa campanha. Continuarei a ser prefeito de todos os belo-horizontinos, daqueles que votaram em mim e dos que preferiram o outro candidato, e os que não votaram”.
O prefeito da capital mineira não citou o adversário em seu discurso, e relembrou de como a campanha do parlamentar do PL foi marcada por radicalismo e delinquência. “Jamais pensei em me vingar dos ataques e nem dividir a nossa cidade. Sou o prefeito de todos, principalmente dos que mais precisam da prefeitura. E assim continuarei sendo, agora, referenciado pela legitimidade dos votos da maioria dos eleitores da nossa cidade”.
O período foi marcado pela disputa severa entre as candidaturas nas capitais, desde o uso de fake news em campanhas e acusações graves nos debates do segundo turno, tanto na capital paulista quanto na capital mineira.
Ao final, Noman citou sua experiência no serviço público em prol da cidade. “Como afirmei e reafirmei em minha campanha, Belo Horizonte com amor é muito melhor. Foi a vitória do trabalho, do amor, da verdade e do bom senso. A vitória de quem se dedica 55 anos ao serviço público e que se dedica até hoje a servir as pessoas. A vitória de quem trabalhou incansavelmente nos últimos dois anos e meio e que tive sentado na cadeira de prefeito. Mesmo passando por um longo e doloroso tratamento de saúde, não faltei a um único dia de trabalho”.
O número de abstenções na capital mineira chegou em 636.752, também sendo a maior da história da cidade. A abstenção, em comparação com o total de votos, corresponde a 31,95 %. Votos nulos foram de 61.885 e brancos em 46.236.
Partidos vencedores visam o cenário eleitoral de 2026
Os partidos de centro-direita como o MDB, e PSD do chamado “centrão”, se destacam com a dominância do cenário político nacional e buscam alianças fortes da esquerda e direita para a próxima eleição.
Em entrevista exclusiva para a Agemt, a vereadora reeleita na capital paulista, Luna Zarattini (PT), comenta sobre a influência do resultado em São Paulo para 2026: “O impacto mostra que o campo da extrema direita sai mais fortalecido, porque existe uma aliança do prefeito Ricardo Nunes com o governador Tarcísio e com o próprio Bolsonaro. Essa aliança fortalece o governo, e Tarcísio vira um nome para se reeleger como governador do Estado ou até para a presidência da República, fortalecendo esse campo bolsonarista.”
Nomes indicados pelo presidente Lula, como Guilherme Boulos (PSOL), foram derrotados, exceto em Belo Horizonte, onde Fuad Noman recebeu apoio do atual líder nacional. Houve vitória também em cima dos nomes indicados por Jair Bolsonaro (Bruno Engler/PL), com exceção em São Paulo, já que Nunes se aliou ao ex-presidente.
Luna aponta que apesar da derrota, há otimismo nos partidos de oposição ao atual prefeito e a presença da esquerda permanece na cidade. “[..] O PT continuou com oito vereadores na Câmara, mostrando que ainda há um grande enraizamento nas periferias e comunidades. A perspectiva é reorganizar essa base petista que ainda existe na cidade para as disputas que virão, sejam elas eleitorais, sejam elas disputas políticas que a gente vai ter que enfrentar. Então, a perspectiva é de organização, aproveitar que o PT vai ter um processo de eleições diretas, organizar essas lutas políticas e também organizar a cidade de São Paulo para que a gente tenha um bom resultado em 2026.”
Sobre a vitória de Fuad, Luna citou o que significa a derrota de Bruno Engler, para a próxima votação. “Em Belo Horizonte, o Fuad do PSD derrota o candidato da extrema direita do PL ligado ao bolsonarismo, e demonstra a existência de “uma força” da base do governo Lula nas disputas também municipais. Belo Horizonte está num estado muito importante para a disputa eleitoral de 2026”, ressalta a vereadora.
Principais propostas de Ricardo Nunes
O atual prefeito de São Paulo, durante sua campanha, elaborou seu Plano de Governo detalhado em 68 páginas. O plano prevê mudanças significativas em todas as áreas essenciais da cidade e reformulações novas de planejamentos nas áreas da saúde, educação, segurança, cultura, transporte, moradia e enfrentamento às mudanças climáticas.
O plano contém propostas como:
-
Paulistão da Saúde: que irá disponibilizar seis serviços num único espaço que vai funcionar no antigo prédio do Instituto de Previdência Municipal São Paulo (Iprem);
-
Criação do 1° Centro da Pessoa com TEA da América Latina;
-
Expandir mais a Faixa Azul para motociclistas, com o objetivo de superarmos 400 km, priorizando a segurança viária, e veicular campanhas educativas para pedestres, ciclistas e motociclistas;
-
Concluir 8 novos corredores de Ônibus e BRTs, tal como o BRT Radial Leste e iniciar obras em mais 6 novos corredores de BRTs;
-
Prosseguir a construção de novos Terminais de Integração de Ônibus e fazer a Concessão dos Terminais do Bloco Leste;
-
Assegurar o Direito à Moradia digna e segura, escalando a produção habitacional, por meio do Pode Entrar;
-
Definir ações preventivas e de mitigação dos impactos causados pelas mudanças climáticas;
-
Expandir o Programa Local de Adaptação e Resiliência Climática (PLARC) com a criação de áreas verdes estratégicas para melhorar a qualidade de vida;
-
Fortalecer a Guarda Civil Metropolitana (GCM) com aumento do efetivo, modernização de equipamentos e treinamento contínuo, reorganizando a estrutura territorial do centro e garantindo mais guardas na periferia
-
A expansão do programa de videomonitoramento Smart Sampa buscará integrar sistemas de informações e aprimorar a segurança da cidade.
Principais propostas de Fuad Noman
Fuad Noman construiu seu Plano de Governo, com base nas visitas às 9 regiões da capital mineira em seus 72 dias de campanha. A prioridade do prefeito reeleito parece com a do prefeito paulista, com exceção na construção de suas propostas, mas continua a focar-se em áreas essenciais como transporte, saúde, educação, segurança, meio ambiente, economia e cultura.
As propostas envolvem:
-
Substituir 40% da frota de ônibus por veículos de energia limpa até 2030.
-
Continuar subsidiando as passagens para manter os preços acessíveis, mas espera que o volume de subsídios diminua.
-
Expandir centros de saúde e concluir a Maternidade do Hospital Odilon Behrens.
-
Construir novas escolas e ampliar as vagas em tempo integral.
-
Propõe implementar um programa de avaliação contínua dos estudantes para identificar falhas no sistema educacional.
-
Defende programas para melhorar a qualificação dos professores.
-
Pretende ampliar os serviços de acolhimento e ressocialização para pessoas em situação de rua, oferecendo qualificação e reinserção dessas pessoas no mercado de trabalho.
-
Fortalecer as políticas sociais para prevenção de crimes.
-
Aumentar a cobertura vegetal com o plantio de 500 mil árvores até 2050.
-
Promete aumentar o investimento em programas de apoio à moradia para a população mais vulnerável.
Mapa eleitoral de São Paulo
Ricardo Nunes foi o mais votado em 54 das 57 zonas eleitorais da cidade, dominando mais de 94,73% da capital paulista. Em comparação com o primeiro turno, o candidato do MDB possuía apenas 17 das 57 zonas, cerca de 29,82% do total, segundo dados do TSE. O crescimento foi de mais de 64,91%, em relação ao primeiro turno.
Um fator determinante para a reeleição de Nunes, foi a mudança de votos migrados das zonas dominadas por Pablo Marçal (PRTB) e o número de eleitores indecisos nas zonas que mais votaram em Boulos. Todas as regiões que Marçal venceu, se tornaram as regiões que mais votaram no prefeito, e as 20 zonas onde o deputado federal do PSOL dominou no primeiro turno, permaneceram em 3. Às 17 zonas eleitorais restantes, viraram outros lugares onde a maioria votou em Ricardo Nunes.
“Olhando o mapa eleitoral do segundo turno, vemos como Ricardo Nunes avançou nos votos de outros candidatos e também em votos indecisos. Ele ganhou em todas as zonas eleitorais exceto em Valo Velho, Piraporinha e Bela Vista, porém a quantidade de votos do Boulos também aumentou do primeiro para o segundo turno. Então, entendemos que Ricardo Nunes ganhou entre os eleitores indecisos e também nos votos em outros candidatos”, explica Luna.
A maioria dos votos que foram originalmente para Pablo Marçal, migraram para o candidato do MDB. O alto nível de rejeição em 52% de Guilherme Boulos, de acordo com a última pesquisa Datafolha do dia 26 de outubro, também explica como grande parte do eleitorado indeciso da cidade apoiou o atual prefeito.
Mapa eleitoral de Belo Horizonte
O cenário do mapa eleitoral de BH passou por uma reviravolta. No primeiro turno, o deputado estadual Bruno Engler do PL foi o mais votado de todas as 18 zonas eleitorais da cidade, sendo 100% de todas as regiões com apoio ao candidato bolsonarista.
No segundo turno, o atual prefeito do PSD, reverteu estes lugares e conseguiu sua reeleição. Dos 18 territórios eleitorais, Noman saiu como o mais votado de todos eles, de acordo com levantamento do TSE. No primeiro turno, Engler liderou com 34,38 % contra 26,54 % de Noman.
A coligação do prefeito, que reuniu PSD, Solidariedade, União Brasil, PRD, Agir, Avante e a federação PSDB-Cidadania, foi crucial para a virada de votos nas bases eleitorais. No segundo turno, partidos de esquerda também aderiram à campanha: PT, PSB, PSOL e PV.
Porto Alegre (RS)
A população de Porto Alegre, mesmo após enchente histórica, deve reeleger prefeito com certa vantagem. Antes do 1° turno das eleições, acreditava-se que o atual prefeito de POA, Sebastião Melo do MDB enfrentaria rejeição devido a ser o administrador municipal na data, mas não foi o que ocorreu. Ele foi o campeão de votos e, de acordo com a última pesquisa da Real Time Big Data, lidera a preferência dos porto-alegrenses para continuar no cargo.
Com o discurso de que a culpa das enchentes é das administrações anteriores e principalmente do Governo Federal, liderado pelo copartidário de sua adversária no segundo turno da disputa, Maria do Rosário (PT), Melo conseguiu convencer 49,72% dos eleitores de que era inocente.
Em 2020, a candidata da chapa era Manuela D’Ávila do PCdoB e, ao comparar os primeiros turnos de ambas, houve maior concentração dos votos na área central. Em bairros periféricos como a Restinga, onde o PT e seus aliados historicamente fazem boas votações, Rosário perdeu força.
Nessa fase da disputa a candidata tem apostado nas acusações de machismo e misoginia que Melo teria dirigido nos debates, e insistindo nas supostas graves falhas do atual prefeito no enfrentamento das enchentes. Nesse momento está em crescimento e a mesma pesquisa aponta que hoje Maria do Rosário tem 42% dos votos válidos e está viva na disputa.
Brancos, nulos e abstenções podem decidir a disputa. Pessoas aptas a votar que não foram votar ou optaram por não escolher nenhum candidato vem subindo em POA nos últimos 20 anos. Em comparação com o ano de 2000, os votos brancos e nulos cresceram de 5,5 para 7,2% e as abstenções de 12,7% para 32,7%, sendo quatro em cada 10 eleitores que não escolheram candidatos. Tanto a campanha do prefeito como a candidata de oposição estão de olho nesses eleitores e têm feito campanhas convocando porto-alegrenses a fazer uma escolha.
Florianópolis (SC)
Em 2020, Antônio Topázio Neto (PSD) era vice candidato a prefeito na chapa de reeleição do ex-prefeito Gean Loureiro, do União Brasil. Com a renúncia de Loureiro em 31 de março de 2021 para disputar o cargo de governador do Estado, Neto assumiu a prefeitura. Em 2024, ele disputa a eleição como principal nome da chapa pela primeira vez e com quase 60% dos votos válidos, se mantém na prefeitura.
Topazio Neto na presença dos pais em sua primeira foto após ser confirmada a reeleição. Foto: Reprodução/Facebook - Topazio Neto
Antônio Neto era favorito a vencer em primeiro turno na maioria das pesquisas realizadas. Sua aliança com o ex-presidente Jair Bolsonaro trouxe o nome de sua vice, Maryanne Mattos (PL), indicação da antiga primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
O empresário de 62 anos teve seu primeiro cargo público como vice-prefeito, defende o empreendedorismo e o fortalecimento de uma direita conservadora e radical.
Embora Santa Catarina seja um estado conhecido pela força da direita na política, inclusive 69,27% dos votos válidos em 2022 foram para o candidato Bolsonaro, na disputa em Florianópolis o candidato conservador suavizou o discurso para acenar ao centro, discutindo problemas locais e como pretende resolver os principais problemas da cidade. Entre eles, o da mobilidade urbana.
Segundo uma pesquisa da AtlasIntel, divulgada em 28 de setembro, os eleitores de Florianópolis apontaram os engarrafamentos como a maior dor da cidade. Neto defendeu que tem projetos de melhorias das principais vias da ilha para melhorar o trânsito e prometeu que vai implantar o BRT com faixa exclusiva.
Marcos José de Abreu, conhecido como Marquito, foi o candidato do PSOL e mesmo sem o apoio de outros partidos, nem mesmo os de esquerda, conseguiu uma votação expressiva, angariando um quinto dos votos válidos (22,23%) e terminando como o segundo colocado. Em terceiro, Pedro de Assis Silvestre, o “Pedrão” do Partido Progressistas com 7,10% dos votos. O candidato do ex-prefeito Loureiro, que rompeu com Neto no início das eleições, era Dário Berger, do PSDB, que ficou na quarta posição com 6,05% dos votos.
A aliança composta ainda por Republicanos, MDB, Podemos e Novo, elegeu ainda 15 dos 23 vereadores e hoje tem força para apoiar os projetos da prefeitura com resistência mínima.
Curitiba (PR)
Segundo a última pesquisa da Intel com as intenções de voto para a prefeitura de Curitiba, divulgada em 21 de outubro, os candidatos Eduardo Pimentel (PSD) e Cristina Graeml (PMB) estão muito próximos, quase empatados.
Pimentel é o atual vice-prefeito da cidade e concorre pela cadeira principal. No primeiro turno ele foi o mais votado, com 33,51% dos votos válidos. Pimentel alega querer “dar continuidade ao grande trabalho que fiz ao lado do prefeito Rafael Greca (PSD) nestes sete anos e com o apoio do governador Ratinho Jr., estou preparado para conduzir Curitiba no caminho da inovação, da sustentabilidade e do desenvolvimento social. Minha gestão, caso eleito, terá as pessoas como prioridade. Curitiba não pode parar e nem voltar ao passado”, disse em entrevista coletiva logo após ser confirmado no segundo turno no dia 6 de outubro.
Pimentel aposta na falta de experiência de sua adversária, que nunca teve um cargo público, tenta se aproximar ao máximo do ex-presidente Bolsonaro e acusa sua adversária de espalhar "Fake News" para atrapalhar o pleito.
O candidato tem o apoio do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, que indicou o deputado federal Paulo Martins (PL) para seu vice, em uma chapa que representaria a direita no pleito, mas a cidade tem mais de uma direita.
Pelo Partido da Mulher Brasileira (PMB), Cristina Graeml chama para si a responsabilidade de ser a real representante da direita na capital. Com um discurso conservador e extremista, ela apostou em antigos medos dos curitibanos com a esquerda, associando Greca ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e sobre cartilhas com doutrinação de gênero, catapultando sua vaga no segundo turno.
Graeml teve ascensão meteórica não esperada pela campanha do adversário, fez dobradinha com o candidato do PRTB em São Paulo, Pablo Marçal, e se aproveitou da mesma força das redes sociais que o ex-coach. O discurso de que Bolsonaro não apoia os atuais governos de boa vontade e sim por obrigação partidária foi compartilhado pelos candidatos de Curitiba e de São Paulo - a diferença é que Cristina chegou ao segundo turno e, agora, realmente Jair Bolsonaro declarou apoio à jornalista.
Outra tática explorada pela candidata na campanha do segundo turno é o argumento de que o adversário recebeu apoio da grande maioria dos derrotados (inclusive do PT), para vincular Pimentel à esquerda e ao comunismo.
As capitais do Nordeste foram às urnas para decidir os rumos das eleições municipais no domingo, 6 de outubro. As cidades de Maceió, Salvador, São Luís e Recife tiveram seus prefeitos reeleitos para mais um mandato e Teresina teve a volta do ex-prefeito Sílvio Mendes, todos no primeiro turno. Seguem para o segundo turno, no dia 27 de outubro, as cidades de João Pessoa, Fortaleza, Natal e Aracaju.
Maceió (AL)
Na capital alagoana, o prefeito João Henrique Caldas (PL), conhecido como JHC, foi reeleito com 83,25% dos votos, um total de 379.544. O deputado federal Rafael Brito (MDB), candidato do governador do estado Paulo Dantas, ficou em segundo lugar com apenas 12,74% dos votos, bem distante do vitorioso.
JHC foi eleito prefeito pela primeira vez em 2020 em segundo turno. O vice-prefeito eleito em sua chapa é o senador Rodrigo Cunha (PODE) que deverá renunciar ao cargo parlamentar para assumir seu novo mandato.
Salvador (BA)
Bruno Reis (UNIÃO) foi reeleito no primeiro turno para prefeito de Salvador, com 78,67% dos votos válidos, sendo 266.282 votos a mais do que em 2020 em sua primeira candidatura, vencendo o candidato Kleber Rosa (PSOL).
Em 2016 foi vice-prefeito de Salvador ao lado de ACM Neto, Antônio Carlos Peixoto de Magalhães Neto, e assumiu a prefeitura em 2020 tendo Ana Paula Matos (PDT) como vice-prefeita. As propostas para seu novo mandato tem destaque para educação e o programa “Treinar para Entregar”, que prevê qualificar mais de 100 mil pessoas para que empresas locais possam contratar mão-de-obra para inovar e estimular o crescimento.
Fortaleza (CE)
O deputado federal André Fernandes (PL) e o presidente da Assembleia Legislativa do Ceará Evandro Leitão (PT), eles obtiveram 40,20% e 34,33% dos votos respectivamente, números que totalizam uma média de 80.000 votos de diferença entre os dois. José Sarto (PDT) atual prefeito da cidade, e Capitão Wagner (UNIÃO), que ficou em primeiro lugar nas pesquisas durante boa parte da campanha, tiveram cerca de 11% dos votos cada.
No segundo turno, Fernandes conquistou apoios como o de seu então adversário na disputa, Capitão Wagner, e do ex-prefeito da cidade Roberto Cláudio (PDT), decisão que dividiu o seu partido nacionalmente e foi contra a orientação de neutralidade do presidente interino, o deputado André Figueiredo. A polêmica rendeu ainda uma declaração do ministro Carlos Lupi, presidente licenciado da sigla, que orientou abertamente o voto em Evandro Leitão.
São Luís (MA)
Eduardo Braide (PSD) foi reconduzido ao cargo de prefeito com mais de 70% dos votos válidos, porcentagem que chega em um total de 403.981. A vice-prefeita da cidade Professora Esmênia Miranda (PSD) também foi reeleita para mais quatro anos no executivo ludovicense.
Braide derrotou nas urnas o deputado Duarte Jr., que foi ao segundo turno com ele no pleito de 2020. Com o apoio declarado do presidente Lula, Duarte tinha a aprovação de quadros importantes do estado como o governador Carlos Brandão (PSB), o vice-governador Felipe Camarão (PT), o ministro André Fufuca (PP), além do Partido Liberal, de Jair Bolsonaro.
João Pessoa (PB)
O prefeito Cícero Lucena (PP) disputará o segundo turno contra o ex-ministro Marcelo Queiroga (PL). Lucena terminou a eleição com 49,16%, pouco mais 205 mil votos, número que por pouco não rendeu uma vitória em primeiro turno ao incumbente. Já Queiroga obteve pouco mais de 90 mil votos, ao todo foram 21,77% dos válidos.
Pouco antes da eleição, a esposa de Lucena foi presa pela Polícia Federal com a suspeita de integrar uma organização criminosa para influenciar as eleições. Além dela, a filha do prefeito e uma vereadora também foram indiciadas na operação.
Recife (PE)
O candidato João Campos, do Partido Socialista Brasileiro (PSB), foi reeleito para o cargo de prefeito na cidade de Recife (PE). Com 78,11% dos votos válidos, Campos venceu o primeiro turno contra Gilson Machado (PL), que obteve 13,90% dos votos.
Filho do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, foi o prefeito mais jovem a assumir o cargo entre as capitais do Brasil em 2020 e o deputado federal mais votado do Nordeste e quinto mais votado do Brasil em 2018. Em sua candidatura tem focado em políticas públicas, infraestrutura urbana e qualidade de vida para os moradores de Recife.
Teresina (PI)
Silvio Mendes (UNIÃO) venceu o primeiro turno para prefeito de Teresina, retornando ao cargo que ocupou de 2005 a 2010. Com 52,27% dos votos válidos venceu a disputa contra o candidato Fábio Novo do Partido dos Trabalhadores (PT).
Tem como vice-prefeito Jeová Alencar, do Republicanos, ambos fazem parte da coligação “Teresina no Caminho Certo”, formada também pelos partidos União e PP. Teve 92% de aprovação em seu último mandato, nessa nova candidatura saúde e educação são sua prioridade
Natal (RN)
O deputado Paulinho Freire (UNIÃO) terminou o primeiro turno à frente com mais de 171 mil votos, totalizando 44,08%. A também deputada Natália Bonavides (PT) foi ao segundo turno com 28,45%, cerca de 110 mil votos. O ex-prefeito da capital potiguar Carlos Eduardo (PSD) terminou a disputa na terceira colocação com 23,95%, cerca de 93 mil eleitores.
A campanha de Bonavides aposta na popularidade do presidente Lula (PT) e da governadora do estado Fátima Bezerra (PT) para tentar virar a disputa e levar a prefeitura da cidade. Já a campanha de Freire conta com o apoio do atual prefeito de Natal, Álvaro Costa Dias (Republicanos), para manter a liderança na votação.
Aracaju (SE)
Emília Corrêa tem o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro em sua campanha e Luiz Roberto teve sua candidatura apoiada pelo atual presidente Lula. Foto: Instagram
Os candidatos Emília Corrêa (PL) e Luiz Roberto (PDT) irão disputar o segundo turno para prefeito da capital de Sergipe. Com mais de 300 mil votos válidos por toda capital, Emilia Correa ficou na frente com 41,62%, enquanto Luiz Roberto obteve 23,86% dos votos.
A candidata, Emília Corrêa, tem em suas propostas integrar as forças de segurança municipal e criar um programa de formação continuada aos profissionais que atuam com a educação infantil. Luiz Roberto, do Partido Democrático Trabalhista, propôs incentivar pequenos empresários e a economia local, o enfrentamento contra as mudanças climáticas e um programa de incentivo para jovens e adultos concluírem o ensino fundamental.
Cerca de 90 mil residências permanecem sem energia elétrica em São Paulo pelo quinto dia consecutivo, após uma forte tempestade que atingiu a região metropolitana na última sexta-feira (11). Este é o terceiro grande blecaute que atinge a cidade em menos de um ano.
O último balanço divulgado pela Enel sobre os trabalhos de retomada do fornecimento de energia reforça que suas equipes seguem atuando no restabelecimento da energia. “Tanto aos clientes que tiveram o serviço afetado quanto para aqueles que ingressaram com chamados de falta de luz ao longo dos últimos dias”, diz o comunicado da empresa.
Histórico recente de apagões
Nos últimos 12 meses, São Paulo enfrentou outras duas grandes interrupções no fornecimento de energia. Em novembro do ano passado, uma forte tempestade deixou moradores da capital e da região metropolitana sem luz por uma semana. Já em março deste ano, um novo blecaute afetou a região central da cidade, com falta de energia por mais de 30 horas.
A tempestade da última sexta-feira (11) trouxe ventos superiores a 100 km/h, causando sérios danos em várias áreas da cidade e região.
“As teias do vizinho caíam em cima das teias do meu quarto. A madeira da vizinha atravessou para a minha sala, quebrou o pedaço da parede da minha sala. Quebrou minha televisão, estou sem televisão e sem colchão”, disse Antonieta Bispo, moradora do Taboão da Serra.
Isabel da Silva, também residente no Taboão da Serra, relatou que teve várias intercorrências por conta da falta de luz. “Perda de alimentos refrigerados, falta de comunicação com familiares, sem sinal e não conseguir carregar o celular”, disse. A energia da casa de Isabel só voltou no domingo (13), às 3h.
Sete pessoas perderam a vida devido ao temporal e mais de 2 milhões de imóveis ficaram sem eletricidade inicialmente. Além da falta de luz, 31 bairros de São Paulo e região metropolitana também ficaram sem água após as fortes chuvas.
Nunes X Boulos
Na disputa pela prefeitura de São Paulo, o assunto do apagão foi comentado pelos candidatos. No último debate, que ocorreu nesta segunda-feira (14), entre Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nunes (MDB) na Rede Bandeirantes, os dois tentaram colocar suas devidas visões em relação ao fenômeno.
Mesmo deixando mais de meio milhão de imóveis na capital sem luz, Nunes ainda tem vantagem percentual em relação à Boulos, que afirma que a culpa é da concessionária de energia com apoio do governo federal, do qual o psolista é aliado. Já Boulos tem afirmado que o apagão é fruto da incompetência e irresponsabilidade da Enel e da Prefeitura de São Paulo.
Ao ser questionado por Boulos sobre a responsabilidade da prefeitura de poda e manejo de árvores, o emedebista voltou a colocar a culpa no governo federal e também no ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Boulos respondeu que estava na hora do atual prefeito e candidato se responsabilizar pelos problemas da cidade.
Prefeitura de São Paulo vai à Justiça
A Prefeitura de São Paulo entrou na Justiça contra a Enel para que a empresa restabeleça a energia em vários pontos da cidade, sob pena de multa de R$ 200 mil caso a companhia não cumpra. A petição foi enviada, na segunda-feira (14), para a 2° Vara de Fazenda Pública de São Paulo, do Tribunal de Justiça
A ação solicitava que a empresa informasse à prefeitura, no prazo de 24 horas, quanto tempo demorou para restaurar o fornecimento de energia em cada unidade e quantas equipes foram disponibilizadas para resolver a falta de energia. Foi pedido também que a companhia compartilhasse, em tempo real, a localização de GPS dos veículos utilizados pelas equipes de emergência.
A prefeitura argumentou na petição entregue à 2° Vara de Fazenda Pública de São Paulo que “os eventos de sexta indicam que não está em curso qualquer movimento real, voltado a uma mudança efetiva de comportamento” e que, por isso, "não restou outra opção" senão acionar a Justiça.
Porto Velho:
Na capital de Rondônia, os candidatos que passaram para o segundo turno foram Mariana Carvalho, do União Brasil, com 44,53% dos votos, e Léo Moraes, do Podemos, com 25,65%. A cidade que teve durante o mês de agosto, por dias, a pior qualidade do ar do país (fator proveniente, principalmente, dos incêndios florestais) não teve muitos candidatos que priorizassem a questão climática em seu plano de governo.
Mariana Carvalho, entre suas principais propostas, expõe os projetos que pretende aplicar para incrementar a saúde e a educação. A médica pretende instaurar um programa de telemedicina para monitoramento e atendimento online, e a construção de um hospital municipal, com foco na instalação de leitos e na modernização de procedimentos. Para o campo educacional, a candidata pretende intensificar a alfabetização das crianças no ensino fundamental e redimensionar as grades para o ensino em tempo integral. Além disso, Mariana quer diminuir a evasão escolar e incentivar os jovens de zonas remotas, como ribeirinhos e comunidades rurais a permanecerem nas escolas. Nas questões ambientais, a candidata aponta para a importância da criação de uma brigada de incêndio para Porto Velho, mas sem se aprofundar muito nas raízes do problema.
Em debate organizado pelo Conselho Regional de Medicina de Rondônia (Cremero) e pela Rádio Rondônia, Léo Moraes mostrou suas ideias para a Prefeitura. O candidato reforçou sua preocupação com a Saúde Pública e o saneamento básico, e afirmou que, se eleito, pretende levar um plano de cargos para a câmara municipal, e reorganizar funções para o melhor gerenciamento da saúde na cidade. Além disso, o candidato também foi questionado sobre a geração de emprego e renda para a população jovem. Léo diz que encaminhou recursos ao IFRO (Instituto Federal de Rondônia) para capacitar os jovens nos grandes bolsões populacionais, como os conjuntos habitacionais e também aponta que as crianças precisam ter senso crítico para debater robótica, educação financeira e empreendedorismo.
Macapá:
Na capital do Amapá, o candidato Antonio Paulo de Oliveira Furlan, conhecido como Dr. Furlan, do MDP, foi reeleito no 1º turno com 85,08% dos votos. Em entrevista para o G1 no mês passado, Furlan falou sobre suas propostas na área de Educação e Mobilidade Urbana. O médico pretende obter material pedagógico próprio para alunos da rede pública, implementar duas escolas de tempo integral por ano na cidade e aumentar o número de creches, afirmando que pela segunda vez consecutiva, Macapá foi a terceira capital do Brasil que mais cresceu em nota.
Já para a Mobilidade Urbana, o candidato tem em vista executar obras de mobilidade urbana, com implantação de sarjeta e meio fio como microdrenagem para evitar alagamentos na cidade. Furlan diz que já foram feitos 70 quilômetros de calçadas e irá fazer a maior obra de macrodrenagem da história de Macapá com a primeira etapa do canal do Beirol e da Bacia das Pedrinhas.
No seu plano de governo, o médico busca concluir as obras do Hospital Maternidade na zona norte e expandir as unidades básicas de saúde. Além disso, também planeja renovar a frota da Guarda e da Defesa Civil com novas viaturas, reforçando-as para um monitoramento mais eficaz de áreas de risco.
Boa Vista:
Boa Vista não terá segundo turno, o candidato Arthur Henrique, do MDB, foi reeleito no primeiro turno com 75,18% dos votos. Natural da capital de Roraima, governará o município por mais quatro anos, nos quais pretende dar continuidade aos projetos iniciados em seu primeiro mandato, com destaque aos campos da educação, infraestrutura e mobilidade urbana.
Na saúde, os projetos incluem melhorias dos sistemas de adesão e hospitalidade, e a criação de unidades de atendimento e centros especializados de tratamento. Relevam-se, em seu plano de governo, a inauguração de uma nova UPA (Unidade de Pronto Atendimento), um novo bloco para o Hospital da Criança Santo Antônio (HCSA), e a construção de um Centro Espacializado em Autismo. Ainda em planos de infraestrutura, Arthur pretende criar um segundo centro de abrigo para idosos.
Para a mobilidade urbana, destacam-se o recapeamento de ruas e avenidas, a construção de um viaduto no cruzamento das avenidas Brigadeiro Eduardo Gomes e Venezuela, ambas muito movimentadas. O projeto contará com 3 pavimentos, o que, segundo o candidato, servirá como rotas alternativas de tráfego durante as obras.
Manaus:
Na capital amazonense, as eleições resultaram no segundo turno entre David Almeida, atual prefeito (Avante), que conquistou 32,16% dos votos, e o capitão Alberto Neto (PL), com 24,94%.
Os pontos principais do programa de governo de David Almeida incluem a construção do Hospital Dia com a incrementação de centro de diagnósticos e tratamentos para casos menos graves de saúde. No âmbito educacional, as propostas concentram-se na educação básica, visando à permanência estudantil e instauração de períodos integrais nas escolas: é objetivo do programa “Mais Tempo na Escola”.
No programa de governo de Alberto Neto, há um notável ênfase ao restabelecimento do poder público sobre a cidade, conforme o termo “Choque de Ordem”, usado em seu projeto de governo oficial: projetos de segurança pública e educação recebem maior atenção do capitão. Destacam-se a criação do Centro de Controle e Comando Municipal, que integrará o monitoramento e gestão das esferas da segurança, mobilidade e de tráfego. O capitão também pretende desenvolver a iluminação pública da cidade com a instalação da tecnologia LED. No âmbito educacional. Neto deseja implementar o modelo municipal de escolas cívico-militares, baseando-se em projetos como os de Tarcisio (atual governador de São Paulo) e do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Belém:
Na capital do Pará, os candidatos que disputam o segundo turno são Igor Normando (MDB), com 44,89% dos votos, e o Delegado Eder Mauro (PL) com 31,48% dos votos.
No plano de governo de Normando destacam-se projetos para a dinâmica urbanística da cidade, como o uso de terrenos baldios para a implementação de estacionamentos. Sobre os alagamentos que atormentam Belém constantemente, o advogado propôs uma medida de monitoramento remoto para a prevenção de possíveis locais de acúmulo de água. Em relação ao transporte público, o candidato se coloca em defesa do não aumento de passagens e pretende investir no modal aquaviário e na instauração de ciclovias.
O plano de governo de Éder Mauro pretende incrementar o empreendedorismo da cidade com o programa “Desenvolve Belém”, que busca atrair, através de políticas tributárias e negociações, o investimento de empresas para o dinamismo econômico da cidade. No âmbito dos serviços de saúde para a população, o delegado quer incorporar ao sistema da cidade o “Poupatempo da Saúde de Belém”, que busca melhorar os atendimentos e agilizar processos hospitalares e de urgência.
Palmas:
Em disputa bem acirrada, a capital de Tocantins vai ao segundo turno com a decisão entre: Janad Valcari (PL) que obteve 39,22% dos votos, e Eduardo Siqueira Campos (Podemos) com 32,42%. Ambos os candidatos conquistaram mais de 50% dos votos válidos.
No programa de governo de Janad, destacam-se: A criação de projetos para ampliação da adesão para crianças no ensino público, com ensino em tempo integral. Na segurança, a candidata pretende praticar o que chama de “patrulhamento preventivo” nos espaços públicos. Na saúde, os projetos incluem a agilização dos atendimentos e tratamentos e a inauguração de Ambulatórios de Atenção à Saúde, as AMAS.
Eduardo Siqueira Campos, em seu plano de governo, aponta suas preocupações para os campos educacionais e segurança: pretende instaurar novas escolas de tempo integral e creches. O fortalecimento da Guarda Civil Metropolitana de Palmas está no radar do candidato: acelerar os processos de recrutamento e a transformação da instituição em autarquia — liga-la diretamente ao gabinete do prefeito — são ferramentas visadas para tal ato. Na saúde, Campos aspira à criação de novas Unidades Básicas de Saúde (UBS).
Rio Branco:
Na capital do Acre, o candidato Tião Bocalom do PL, foi reeleito com 54,82% dos votos. Rio Branco também foi um dos Estados mais afetados pelas queimadas e voltou a ter pior qualidade do ar entre as capitais que já destruíram 100 mil hectares do local. Diante disso, um dos grandes desafios que Bocalom enfrenta para sua Prefeitura, é lidar com a catástrofe climática. O atual prefeito, elenca “22 compromissos com Rio Branco” que deve assumir, caso reeleito. Dentre as propostas, destacam-se projetos de saúde, educação, meio ambiente, infraestrutura, mobilidade urbana e transporte público, saneamento básico, habitação e segurança. Seguindo a ordem listada, para área da Saúde, o candidato procurar ampliar centros que atendem pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), construção de sede de Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Infantojuvenil, implementação de eletrocardiogramas e cirurgias de pequena complexidade em todas as Unidades de Referência em Atenção Primária (Uraps), ampliação de atendimento para pessoas em situação de rua no período noturno, estruturação do Centro de Zoonoses para monitorar possíveis doenças e ampliação do número de profissionais da saúde.
No quesito educação, Bocalom diz que prioriza estes tópicos por ser educador. Ele pretende abrir três mil vagas, para berçários, creches, pré-escola, anos iniciais do ensino fundamental, Educação de Jovens e Adultos (EJA) e Educação de Tempo Integral. Além de implementar internet via satélite para escolas rurais, duas escolas centralizadas e continuar distribuindo tablets e notebooks.
Finalizando sua proposta de governo, Bocalom reassumiu a oferta do serviço de fornecimento de água potável e de tratamento de esgoto na capital, por meio do Serviço de Água e Esgoto (Saerb). Além disso, o candidato também procura criar um sistema chamado, Programa Água 24h, que trata-se de complementar a captação de água com mais duas matrizes, perfurações de poços artesianos profundos para abastecimento de água e lagos, elevar o tratamento de esgoto para 40% e o índice de abastecimento de água tratada para 90%, em perímetro urbano.