A ascensão das plataformas digitais como palco central da nova política e o desafio da polarização
por
Isabelle Maieru
Jalile Elias
Marcela Rocha
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27/11/2025 - 12h

 

A imagem conceitual representa a polarização política. FONTE: Shutterstock / Imagem Conceitual

O cenário político contemporâneo foi drasticamente redefinido pela ascensão das redes sociais. O que antes era um mero canal de comunicação secundário transformou-se no principal palco de debate, engajamento e, por vezes, de acirrada polarização. Líderes e figuras públicas, de todas as ideologias, utilizam plataformas como X (antigo Twitter), Instagram, Facebook e TikTok não apenas para disseminar informações, mas para construir narrativas, interagir diretamente com eleitores e moldar a opinião pública.

A Onipresença Digital: Vantagens e Riscos

A presença massiva de políticos nas redes oferece uma série de vantagens:

  • Acesso Direto: Permite uma comunicação sem intermediários com o eleitorado, humanizando a figura pública e criando um senso de proximidade.

  • Mobilização: Ferramenta poderosa para organizar movimentos, manifestações e campanhas de forma rápida e eficiente.

  • Quebra de Monopólio: Diminui a dependência da mídia tradicional, permitindo que políticos e partidos estabeleçam suas próprias agendas.

No entanto, essa "democratização" da comunicação não está isenta de riscos e desafios:

  • Polarização e Bolhas: Os algoritmos das redes tendem a criar "bolhas" de informação, reforçando crenças existentes e expondo os usuários a conteúdo que confirma seus vieses, o que contribui para a polarização.

  • Desinformação (Fake News): A velocidade de propagação e a falta de filtros rigorosos tornam as redes um terreno fértil para a disseminação de notícias falsas, boatos e manipulação de informações, com sérias consequências para o debate público e a democracia.

  • Discurso de Ódio: A anonimidade e a falta de moderação eficaz em algumas plataformas facilitam a proliferação de discursos de ódio, ataques pessoais e campanhas difamatórias.

Foto de uma tela de celular com vários ícones de redes sociais misturados. Fonte: Depositphotos / Mídia Social e Política

Estratégias Digitais em Constante Evolução

A "nova política" é inerentemente digital. Políticos e suas equipes investem pesadamente em estratégias de marketing digital, análise de dados e criação de conteúdo. O uso de memes, vídeos curtos e transmissões ao vivo (lives) são táticas comuns para viralizar mensagens e engajar diferentes faixas etárias.

Observa-se também a profissionalização das equipes digitais, com especialistas em análise de sentimentos, SEO (Search Engine Optimization) e gestão de crises online. A capacidade de responder rapidamente a eventos e narrativas em tempo real tornou-se um diferencial competitivo crucial.

O Futuro da Política e das Redes

O fenômeno dos políticos nas redes sociais é irreversível. O desafio para as democracias é encontrar mecanismos para regular e fiscalizar o ambiente digital sem cercear a liberdade de expressão, garantindo que as plataformas sirvam como ferramentas de fortalecimento do debate público e não de sua deterioração. A busca por um equilíbrio entre a liberdade, a responsabilidade e a moderação de conteúdo continuará a ser um dos temas centrais dos próximos anos, moldando não apenas a política, mas a própria sociedade.

 

Unanimidade da 1ª Turma confirma preventiva e abre caminho para execução imediata da pena de 27 anos
por
Isabelle Maieru
Jalile Elias
Marcela Rocha
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26/11/2025 - 12h

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por unanimidade, manter a prisão preventiva do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro. A decisão, referendada na segunda-feira (24), confirmou o decreto do ministro Alexandre de Moraes que converteu a prisão domiciliar do ex-presidente em preventiva no último sábado (22).

A manutenção da prisão ocorre no momento em que o processo final de condenação do ex-presidente na Ação Penal (AP) 2668 se aproxima do trânsito em julgado, permitindo que o ministro relator determine o início imediato do cumprimento da pena. Bolsonaro está detido na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília.

 

Ministro Alexandre de Moraes discursando na bancada. Fonte: STF (Supremo Tribunal Federal)

 

Argumentos da Corte e Motivação da Prisão Preventiva

A decisão unânime dos ministros da 1ª Turma (Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin) considerou que a prisão preventiva é imprescindível para garantir a ordem pública, assegurar a aplicação da lei penal e coibir o reiterado desrespeito às medidas cautelares impostas.

Os fatores centrais que motivaram a conversão da prisão domiciliar para preventiva são:

  1. Violação da Tornozeleira Eletrônica: A Polícia Federal apontou que o equipamento de monitoramento eletrônico foi violado intencionalmente pelo ex-presidente. Moraes classificou o ato como uma violação "dolosa e consciente", após o próprio Bolsonaro admitir ter usado um ferro de solda na tornozeleira, alegando ter agido sob "surto" e efeito de medicamentos.

  2. Risco de Fuga e Obstrução: O ministro relator citou o risco concreto de fuga, intensificado pela violação do equipamento e pela convocação pública para uma "vigília" em frente à residência de Bolsonaro, feita por um familiar. A Corte avaliou que essa mobilização poderia criar tumulto e facilitar uma eventual evasão.

 

Os Argumentos da Defesa

A defesa do ex-presidente apresentou recursos e pedidos que foram, em grande parte, rejeitados ou considerados prejudicados pela decretação da prisão preventiva.

  • Prisão Domiciliar Humanitária: O principal pleito da defesa foi a prisão domiciliar humanitária, citando o quadro de saúde frágil de Bolsonaro, que inclui gastrite, esofagite e crises de soluços. No entanto, o ministro Moraes considerou este pedido prejudicado com a prisão preventiva, embora tenha determinado o atendimento médico em regime de plantão na PF.

  • Contradições na Condenação: Nos recursos apresentados contra a condenação na AP 2668, a defesa alegou que a decisão foi baseada em provas frágeis e contradições no acórdão, e que o ex-presidente não teve participação direta nos atos que levaram à denúncia.

  • Inexistência de Risco: Advogados argumentaram que a prisão preventiva não se justificava, pois a situação já estava controlada pela prisão domiciliar, e Bolsonaro não representaria um risco iminente à sociedade.

Ex-presidente Jair Bolsonaro em evento público (imagem de arquivo). Fonte: Agência Brasil / EBC

 

A Condenação na Ação Penal 2668 e Execução da Pena

Jair Bolsonaro foi condenado pelo STF a 27 anos e 3 meses de prisão em regime inicial fechado, além de multa (124 dias-multa no valor de dois salários mínimos à época dos fatos), na Ação Penal (AP) 2668.

  • Crimes: O ex-presidente foi condenado, majoritariamente, por ser o líder da organização criminosa que articulou planos para impedir a posse do governo eleito em 2022, sendo réu pelos crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, participação em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

  • Trânsito em Julgado: O prazo para a defesa apresentar o último recurso contra a condenação encerrou-se nessa segunda-feira (24). Com isso, a Corte confirmou o trânsito em julgado para Bolsonaro.

  • Próximo Passo: O ministro Alexandre de Moraes está liberado para, a qualquer momento, determinar a expedição da guia de execução penal, documento que formaliza o início do cumprimento da pena em regime fechado. A sede da PF é apenas o local inicial da custódia, sendo o Complexo Penitenciário da Papuda, ou outra unidade compatível com sua condição de ex-presidente, o destino mais provável para o cumprimento da sentença.

Nova ferramenta deve integrar informações socioeconômicas relacionadas ao gênero
por
Marcela Rocha
Jalile Elias
Isabelle Maieru
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25/11/2025 - 12h
Foto: José Cruz/Agência Brasil
Ativistas participam da 5ª edição da CNPM. Foto: José Cruz/Agência Brasil

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A 5ª Conferência Nacional de Políticas para Mulheres (CNPM), ocorreu em Brasília entre os dias 29 de setembro e 1º de outubro. Durante o evento foi anunciada a plataforma DataMulheres, criada pelo governo federal através do Ministério das Mulheres.

Desenvolvida entre uma parceria do Observatório Brasil da Igualdade de Gênero e a Dataprev (empresa vinculada ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos), a tecnologia deve integrar informações de gênero e auxiliar procedimentos de pesquisas, observatórios, projetos e demais iniciativas de gestores públicos e instituições nacionais.

O encontro contou com a presença de 4 mil participantes de coletivos, movimentos sociais, deputadas, ministras e outras autoridades, além do oferecimento de palestras, redes de diálogo e stands para a exposição de livros e artesanatos produzidos por mulheres de todo o Brasil.

Na plenária final do evento foram aprovados o relatório de propostas para o novo Plano Nacional de Políticas para as Mulheres e 33 moções, com 98% dos votos favoráveis. O resultado quase unânime reflete a assertividade de diálogos previamente realizados nas instâncias municipais e estaduais.

Com o intuito de reconhecer a pluralidade das 100 milhões de mulheres que vivem no Brasil, o texto do relatório foi dividido em 15 temas, entre eles a questão do fim da escala 6×1 e a redução da jornada de trabalho, igualdade salarial, desigualdades econômicas e raciais, fortalecimento da participação política de mulheres, autonomia econômica e o enfrentamento à violência de gênero.

Durante o evento, a Ministra das Mulheres, Márcia Lopes, afirmou que “a luta não acaba nunca”, sendo necessário construir “não somente o Brasil, mas a América Latina, o Caribe, um mundo de paz”, para que as mulheres sejam livres e em que não haja nenhum tipo de violência contra elas.

Mudanças incluem teto para operadoras, repasse mais rápido e interoperabilidade
por
Antônio Bandeira e Fábio Pinheiro
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24/11/2025 - 12h

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou no dia 11 de novembro o decreto que moderniza as regras do vale-refeição e vale-alimentação dentro do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT). As mudanças criam um teto para as taxas cobradas pelos operadores, reduzem prazos de repasse aos estabelecimentos e definem novas obrigações para empresas e bandeiras do setor.

Entenda as mudanças mais importantes:

Redução de taxa: O texto fixa limite de 3,6% para a taxa cobrada dos restaurantes e outros estabelecimentos. Atualmente, segundo o governo, esse percentual chega a 15% em alguns casos. As empresas terão 90 dias para se adequar à nova regra. O decreto também estabelece teto de 2% para a tarifa de intercâmbio e proíbe cobranças adicionais.

Interoperabilidade: Em até 360 dias, qualquer maquininha deverá aceitar cartões de todas as bandeiras. A medida, conforme o Ministério do Trabalho, amplia a concorrência e facilita o uso do benefício pelos trabalhadores e pelos estabelecimentos.

Prazo de repasse aos comerciantes: Os restaurantes e supermercados passarão a receber em até 15 dias após a transação. Antes das novas regras, o pagamento ocorria em cerca de 30 dias, podendo chegar a 60.

Legenda: Lula durante assinatura do novo regulamento do PAT - Foto/ Por: Ricardo Stuckert
Legenda: Lula durante assinatura do novo regulamento do PAT - Foto/ Por: Ricardo Stuckert

As regras incluem ainda a abertura dos chamados “arranjos fechados”. Empresas que atendem mais de 500 mil trabalhadores terão 180 dias para migrar para sistemas abertos. A mudança deve reduzir a concentração de mercado e permitir que mais credenciadoras participem do sistema.

Além disso, o decreto proíbe práticas consideradas abusivas, como deságios, descontos indiretos, bonificações e vantagens financeiras não relacionadas à alimentação.

De acordo com o governo, mais de 22 milhões de trabalhadores e cerca de 330 mil empresas cadastradas no PAT serão afetados. O valor do benefício não muda e segue exclusivo para compra de alimentos.

Para o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, o decreto corrige distorções que vinham sendo cobradas por restaurantes, mercados e padarias. Ele afirmou que o governo discutiu o tema por dois anos com empresas e representantes do setor, mas não houve consenso para um acordo.

O presidente da Associação Brasileira de Supermercados, João Galassi, disse que a medida aumenta a concorrência e deve melhorar o valor final disponível para o trabalhador. Segundo Galassi, a redução da intermediação permitirá que mais pequenos estabelecimentos aceitem os vales.

O decreto cria ainda um comitê gestor para acompanhar a implementação das novas regras, fiscalizar práticas abusivas e definir parâmetros técnicos para o funcionamento do sistema.

Congresso irá analisar nesta quinta-feira (27), os 63 vetos feitos pelo presidente Lula
por
CRISTIAN FRANCISCO BUONO COSTA
Antônio Bandeira de Melo Carvalho Valle
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24/11/2025 - 12h

A votação dos vetos ao novo marco do licenciamento ambiental virou um dos temas centrais da agenda do Congresso para novembro. Deputados e senadores se reúnem no dia 27 para decidir se mantêm ou derrubam os 63 trechos barrados pelo presidente Lula na lei sancionada em agosto. O resultado importa porque define até onde o país flexibiliza ou reforça o controle sobre atividades que causam impacto ambiental.

O licenciamento sempre foi o principal instrumento de fiscalização ambiental no Brasil. Ele estabelece quais estudos cada empreendimento precisa apresentar; quais riscos devem ser controlados e quais condicionantes precisam ser cumpridas. O processo costuma ser longo e heterogêneo entre estados, e por isso o Congresso discute há anos uma lei geral que dê mais previsibilidade.

A proposta aprovada em maio deste ano avançou justamente nessa direção: criou regras nacionais, previu modalidades mais simples — como a licença única (LAU) e a licença por adesão e compromisso (LAC) — e dispensou determinadas atividades do processo formal de licenciamento.

Os vetos do governo miraram pontos considerados sensíveis. O Planalto argumenta que alguns trechos ampliavam exageradamente as dispensas, reduziam a fiscalização e fragilizavam compromissos ambientais assumidos pelo país. A justificativa foi a mesma em outras áreas: garantir proteção ambiental sem abandonar a segurança jurídica para o setor produtivo. Entre os vetos estão dispositivos que tratavam da dispensa de licenciamento para obras de manutenção em estradas, linhas de transmissão e linhas férreas, e regras mais amplas para empreendimentos agropecuários.

Parlamentares contrários aos vetos dizem que as restrições prejudicam obras estruturantes e atrasam investimentos. Para eles, trechos barrados pelo Executivo traziam justamente o alívio burocrático que falta para modernizar o setor. O debate ganhou ainda mais força porque a lei entra em vigor em fevereiro de 2026 e o Congresso quer definir o texto final antes disso. Também pesa o cenário político: o tema aparece na agenda de eventos internacionais de clima, e o governo tenta apresentar avanços em governança ambiental.

A votação deve mostrar qual será o equilíbrio escolhido pelo Legislativo para os próximos anos. Manter os vetos significa reforçar o papel fiscalizador do licenciamento, enquanto derrubá-los abre espaço para uma lei mais permissiva, com processos mais rápidos e menos pontos de controle. Para estados, municípios, empreendedores e órgãos ambientais, o resultado define como novos projetos, como o de hidrelétricas, estradas, etc, serão avaliados a partir de 2026.

Veja os nomes em destaque na disputa pela prefeitura de Goiânia e quais são suas propostas para o futuro da cidade.
por
Luane França
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01/10/2024 - 12h

Na cobertura eleitoral da disputa à prefeitura de Goiânia, a AGEMT fará reportagens com perfis dos principais candidatos. Como critério, foram considerados os candidatos que marcaram acima de 10% nas pesquisas de intenção de votos registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Adriana Accorsi

Adriana Accorsi na Câmara dos Deputados  - Foto: Reprodução/Câmara dos Deputados
Adriana Accorsi na Câmara dos Deputados  - Foto: Reprodução/Câmara dos Deputados

Adriana Sauthier Accorsi, mais conhecida como Delegada Adriana Accorsi, é a candidata à prefeitura de Goiânia, tendo como vice o professor Jerônimo Rodrigues, do Partido Socialista Brasileiro (PSB) . Atualmente, Adriana é deputada federal filiada ao Partido dos Trabalhadores (PT). Ela nasceu em Itapuranga em 17 de março de 1973, é formada em Direito pela Universidade Federal de Goiás (UFG) e especializou-se em Segurança Pública e Ciências Criminais.

A candidata participa da militância político-partidária desde a infância. Na década de 1990, participou de atividades políticas da juventude do PT, chegando a presidir a juventude do partido. Sua participação na militância cessou apenas quando foi aprovada em um concurso para delegada estadual no ano 2000.

Ela também participou ativamente das campanhas de seu pai, o ex-prefeito de Goiânia Darci Accorsi, atuando como líder da juventude petista. Em janeiro de 2013, foi convidada pelo prefeito Paulo Garcia (PT) para assumir a Secretaria Municipal de Defesa Social. Em 2014, a delegada se candidatou a deputada estadual pelo Partido dos Trabalhadores (PT) e se tornou a primeira candidata petista eleita para o cargo. Em 2016, concorreu à prefeitura de Goiânia, mas terminou a eleição em quinto lugar.

Em 2018, foi reeleita deputada estadual, sendo a quinta mais votada no estado de Goiás. Em 2020, tentou novamente a prefeitura de Goiânia e obteve o terceiro lugar.

Em 2022, Adriana Accorsi foi uma das dez pessoas mais votadas para o cargo de deputada federal em sua primeira eleição para este cargo pelo estado de Goiás, conquistando a sexta posição no ranking de votação. Sua candidatura é focada em segurança pública e na defesa de minorias.

Na Assembleia Legislativa de Goiás (ALEGO), o Plano de Governo de Adriana Accorsi para Goiânia visa transformar a cidade em um lugar moderno, sustentável e inclusivo, com foco no bem-estar das pessoas e no desenvolvimento urbano. O plano abrange várias áreas-chave, começando pela governança, com a intenção de melhorar a gestão da prefeitura, implementar um planejamento estratégico mais eficiente, adotar novas tecnologias para serviços digitais e promover a participação cidadã. Na área de mulheres, o objetivo é fortalecer a Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres, promovendo proteção, apoio, justiça, saúde integral e educação para a igualdade de gênero, entre outras propostas.

 

 

Sandro Mabel

Sandro Mabel na tribuna da Câmara dos Deputados, discursando para os parlamentares - Foto: Câmara dos Deputados
Sandro Mabel na tribuna da Câmara dos Deputados, discursando para os parlamentares - Foto: Câmara dos Deputados

Sandro da Mabel Antônio Scodro, conhecido como Sandro Mabel, empresário e sócio-proprietário da MABEL, uma fabricante de bolachas com sede em Goiânia, fundada por sua família cinco anos antes de seu nascimento, é o candidato à prefeitura da cidade. Ele conta com a tenente-coronel da Polícia Militar, Cláudia Silva Lira, do partido Avante, como sua candidata a vice. Atualmente, Sandro Mabel é filiado ao União Brasil (UB).

Mabel iniciou sua carreira em 1992, candidatando-se à prefeitura de Goiânia, na época filiado ao PMDB, mas acabou sendo derrotado por Davi Accorsi, do Partido dos Trabalhadores (PT) . Nas eleições de 2024, sua maior concorrente é a deputada federal Adriana Accorsi, que é filha de Davi. Em 1990, Sandro Mabel se elegeu deputado federal pelo estado de Goiânia. Após quatro anos, conseguiu uma cadeira na Câmara dos Deputados em Brasília, onde contabilizou cinco mandatos como deputado federal, entre 1995 e 2015.

Suas principais propostas envolvem a mobilidade, permitindo que motocicletas possam transitar pelos corredores de ônibus, acelerando o fluxo do trânsito, com a garantia de que a medida é segura e não aumenta o risco de acidentes. 

Para a segurança, o candidato quer fazer o uso de drones para fiscalizar escolas da capital, em conjunto com a forças de segurança, como a Guarda Civil Metropolitana de Goiânia, a Polícia Militar de Goiás e a Polícia Rodoviária. Segundo o empresário, um guarda fica dentro de um carro e consegue monitorar várias escolas simultaneamente e, quando o vigia perceber uma movimentação estranha, aciona a polícia, que chegará no momento da ação suspeita.

Já no campo da saúde, prometeu que, caso eleito, vai promover atendimento pediátrico 24 horas nas Unidade de Pronto Atendimento (UPAs) e Centro de Atenção Integrada à Saúde da cidade assegurando o funcionamento da ação, valorizando o profissional da pediatria "dentro do que for possível". 

Sandro Mabel nasceu em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, em 1958. É técnico em Contabilidade e Administração de Empresas pela Associação de Ensino de Ribeirão Preto, SP - UNAERP. Também foi assessor especial da presidência da República, quando Michel Temer, do partido Movimento Democrático Brasileiro (MDB), era presidente, cargo que assumiu após o golpe que destituiu a presidenta Dilma Rousseff (PT) em 2016.

 

Na disputa pela prefeitura, confira as ideias que prometem impactar a vida dos cidadãos do Centro-Oeste brasileiro
por
Luane França
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01/10/2024 - 12h

Na cobertura eleitoral da disputa à prefeitura de Cuiabá, a AGEMT fará reportagens com perfis dos principais candidatos. Como critério, foram considerados os candidatos que marcaram acima de 10% nas pesquisas de intenção de votos registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Abilio Brunini

Abilio Brunini na Câmara dos Deputados em 2023 - Foto: Divulgação/Câmara dos Deputados
Abilio Brunini na Câmara dos Deputados - Foto: Divulgação/Câmara dos Deputados

Abilio Jacques Brunini Moumer, conhecido como Abilio Brunini, é candidato à prefeitura de Cuiabá pelo Partido Liberal (PL), tendo como sua vice a tenente-coronel Vânia Rosa (NOVO). Atualmente, exerce o cargo de Deputado Federal pelo Mato Grosso, cargo que ocupa desde 2023.

O candidato faz parte do mesmo partido do ex-presidente Jair Bolsonaro. O PL é também o partido do Projeto de Lei 1904/2024, que propõe equiparar o aborto legal em idade gestacional superior a 22 semanas ao crime de homicídio simples, com penalidades mais severas do que as previstas para estupradores. O projeto, proposto pelo deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), conta com o apoio de 31 deputados, incluindo Abilio Brunini, sendo a maioria deles do PL. Ele afirma que as mulheres que optam por interromper a gravidez estão cometendo "uma baita covardia" para "curtir" a vida.

Brunini foi vereador de Cuiabá, cargo para o qual foi eleito em 2016 pelo Partido Social Cristão (PSC). Nas eleições de 2020, concorreu à Prefeitura de Cuiabá pelo Podemos (PODE), onde liderou no primeiro turno, mas foi derrotado por Emanuel Pinheiro (MDB) no segundo turno. Nas eleições de 2022, Brunini foi o segundo candidato a deputado mais votado do Mato Grosso e o mais votado em sua cidade natal, Cuiabá.

No âmbito da segurança, pretende fortalecer a colaboração com a Polícia Militar e a Guarda Municipal. Ele propõe que a Guarda Municipal armada seja composta por profissionais recrutados por meio de concurso público, com a finalidade de apoiar o patrulhamento e o monitoramento em escolas e em áreas como o Centro Histórico de Cuiabá. Sobre a criação de um hotel infantil, o candidato esclareceu que se trata de espaços destinados ao lazer, descanso, cuidados e alimentação das crianças enquanto seus pais trabalham, e não têm um propósito educacional.

O candidato é conhecido por suas falas transfóbicas na sessão da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) em 11 de julho de 2023 contra a deputada Erika Hilton, por uma acusação de gesto supremacista durante uma sessão da CPMI dos Atos Golpistas em 24 de agosto de 2023, além de suas interrupções de fala, tendo seu microfone mutado.

Brunini nasceu em 31 de janeiro de 1984 em Cuiabá, no Mato Grosso. É formado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de Cuiabá. É casado com a empresária e designer de interiores Samantha Iris e é pai de dois filhos.

 

Eduardo Botelho

Eduardo Botelho (PSB) na Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso em 2016-  Foto: Maurício Barbant/ALMT
Eduardo Botelho (PSB) na Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso em 2016 -  Foto: Maurício Barbant/ALMT

José Eduardo Botelho, conhecido como Eduardo Botelho, é o candidato à prefeitura de Mato Grosso e tem como vice o médico Marcelo Sandrin (Republicanos), diretor-geral do Hospital Filantrópico Santa Helena, em Cuiabá. Atualmente, Botelho está em seu segundo mandato como deputado estadual de Mato Grosso, cargo que ocupa desde 2015, e é filiado ao União Brasil, um partido de centro-direita com uma linha conservadora e liberal.

Iniciou sua carreira política filiado ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), pelo qual ganhou as eleições para deputado estadual de Mato Grosso em 2014. Embora exercesse seu primeiro mandato, em 2016, foi eleito presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT).

Em 2018, desligou-se do PSDB e filiou-se ao Democratas (DEM) pelo qual foi reeleito ao cargo. No mesmo ano, o Ministério Público o acusou de utilizar seu cargo para conseguir lucros ilícitos por meio de propina com a unificação do DEM com o Partido Social Liberal (PSL), Botelho entrou para o seu partido vigente.

Durante uma série de entrevistas do G1 com os candidatos à Prefeitura de Cuiabá, o candidato disse que, se eleito, vai expandir o número de vagas nas creches municipais. Segundo ele, a prioridade é acolher o número de 3.400 crianças que estão na fila de espera por uma vaga.

Uma de suas principais propostas para a diminuição da temperatura em Cuiabá é estabelecer uma parceria público-privada para oferecer à população uma nova alternativa de lazer: uma praia artificial.

Além disso, outra proposta prevista em seu plano de governo é a revisão dos contratos da prefeitura, que, de acordo com Botelho, estão custando mais do que deveriam aos cofres públicos, gerando um desequilíbrio financeiro.

Botelho nasceu em 8 de março de 1959 em Nossa Senhora do Livramento na baixada cuiabana, é formado em Engenharia Elétrica e em Matemática pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Junto a Sônia Botelho, com quem é casado, tem quatro filhos e provém de uma família composta por nove irmãos.


 

Na disputa pela prefeitura, confira as ideias que prometem impactar a vida dos cidadãos do Centro-Oeste brasileiro
por
Luane França
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01/10/2024 - 12h

Na cobertura eleitoral da disputa à prefeitura de Campo Grande, a AGEMT fará reportagens com perfis dos principais candidatos. Como critério, foram considerados os candidatos que marcaram acima de 10% nas pesquisas de intenção de votos registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Beto Pereira

Beto Pereira na Câmara dos Deputados - Foto: Divulgação/Câmara dos Deputados
Beto Pereira na Câmara dos Deputados - Foto: Divulgação/Câmara dos Deputados

Humberto Rezende Pereira, conhecido como Beto Pereira, é o candidato a prefeito de Campo Grande. Ele conta com a coronel da Polícia Militar Neidy Nunes Barbosa, também chamada de Coronel Neidy, como sua vice. Neidy recentemente oficializou sua filiação ao PL (Partido Liberal). Atualmente, Beto está em seu segundo mandato como deputado federal e já atuou como deputado estadual e prefeito. Ele é filiado ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB).

Beto Pereira é autor de várias leis importantes, incluindo a Lei Amigos do Parque, que fecha uma das vias do Parque dos Poderes para atividades esportivas e de lazer. Também criou a Lei do Dourado, que proíbe a pesca do Dourado em Mato Grosso do Sul para proteger a espécie e promover o turismo de pesca esportiva, uma importante fonte de emprego e renda. Outras leis de sua autoria garantiram a preservação permanente dos rios Salobra e Córrego Azul e exigem que hospitais tenham geradores próprios para evitar a interrupção de aparelhos em caso de falta de energia.

Em 2017, assumiu a presidência estadual do PSDB em Mato Grosso do Sul e, no ano seguinte, foi eleito deputado federal. Para Campo Grande, destinou recursos a instituições como a Santa Casa, o Hospital do Câncer, a Maternidade Cândido Mariano, as UPAs, a Associação de Amigos do Autista, o Asilo São João Bosco, a APAE, a Universidade Estadual, a Feira Central e a Associação dos Artesãos.

Em 2019, foi eleito secretário-geral do PSDB nacional e, em 2022, foi reeleito deputado federal por Mato Grosso do Sul. Em fevereiro de 2023, foi escolhido para integrar a mesa diretora da Câmara dos Deputados.

Em uma sabatina do G1 MS, conduzida pela jornalista Rafaela Moreira, Beto prometeu zerar a fila por vagas em escolas, formar e construir de 30 a 40 novas unidades escolares e rever os corredores de ônibus da capital. Embora seja a favor dos corredores de ônibus, ele defende que o projeto precisa ser revisto.

Humberto Pereira nasceu em 14 de novembro de 1977 em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. É bacharel em Direito e empresário, filho do ex-senador Valter Pereira e tataraneto do fundador da capital, José Antônio Pereira.

 

Rose Modesto

Rose Modesto na Câmara dos Deputados - Foto: Luis Macedo
Rose Modesto na Câmara dos Deputados - Foto: Luis Macedo

Rosiane Modesto de Oliveira, conhecida como Rose Modesto, é ex-vice-governadora do Mato Grosso do Sul e candidata a prefeita do estado, filiada ao partido União Brasil. Ela foi a 1ª secretária de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho do estado entre 2015 e 2016. O advogado Roberto Oshiro também foi lançado como candidato a vice-prefeito na chapa de Rose.

Rose deixou o cargo em abril de 2016 para concorrer à indicação do partido para a prefeitura de Campo Grande, com o empresário e diretor do Sebrae-MS como seu vice na chapa. Eles chegaram ao segundo turno com 26,62% dos votos válidos, mas foram derrotados.

No início de 2018, Rose anunciou que não iria disputar a reeleição como vice-governadora. Em agosto daquele ano, foi escolhida pelo partido para concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados, onde foi eleita.

Em 2022, Rose se candidatou ao cargo de governadora de Mato Grosso do Sul pelo União Brasil, ficando em 4º lugar, não avançando para o segundo turno.

Durante uma visita a seis bairros de Campo Grande em busca de votos, a candidata afirmou que pretende conduzir uma gestão que atenda às necessidades da população. Durante o comício, ela enfatizou que não é aceitável ter duas versões de Campo Grande: uma que seja benéfica para uma parte da população e outra que seja prejudicial para a outra.

Rose nasceu em 20 de fevereiro de 1978 em Fátima do Sul, Mato Grosso do Sul. É formada em História pela Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) e é uma gestora, política e professora.

 

A manifestação, com presença indígena em peso, reivindica justiça climática, reforma agrária e punição dos desmatadores
por
Leticia Falaschi
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27/09/2024 - 12h

A Avenida Paulista, na cidade de São Paulo, recebeu a Marcha Pelo Clima no último domingo (22), que pautou temas como as atuais queimadas que assolaram o país, o marco temporal e a reforma agrária. Os grupos que se colocavam em defesa dos povos indígenas, que vem enfrentando ataques de grileiros e latifundiários, cobraram posicionamentos do Governo Federal diante às políticas ambientais tomadas até então, no segundo ano de mandato de Luiz Inácio Lula da Silva. 

Iniciado em frente ao MASP (Museu de Arte de São Paulo) a manifestação seguiu até a praça do Monumento às Bandeiras. Já ao final do ato, após a realização de rezas indígenas e uma pequena dispersão, a Guarda Civil Metropolitana, que estava presente em grande número, agiu sobre os manifestantes com o uso do gás de pimenta. A situação foi registrada em vídeo pelo documentarista Felipe Beltrane: 

Crianças com cartazes na manifestação - foto: Leticia Falaschi
Crianças carregam faixa na manifestação - foto: Leticia Falaschi

Nas últimas semanas, a cidade de São Paulo foi campeã no ranking de cidades com pior qualidade de ar do mundo. As queimadas que se alastram pelo país desde o final de agosto produziram uma grande quantidade de fumaça tóxica, que se espalhou pelo país. Na metrópole paulista, o sol nascia e se punha em cor de sangue. 

Apesar do superficial avanço das políticas públicas para combater as queimadas e o desmatamento, ainda é pouco diante o Congresso dividido e um país marcado pelo agronegócio. De acordo com os dados do CEBRAP (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento) e do Observatório do Clima, reunidos no relatório do Observatório Brasileiro das Desigualdades, houve uma queda de 20% no desmatamento no primeiro ano do governo de Lula. Porém, o cenário é mais crítico: o Brasil enfrenta um segundo ano de seca extrema, somado ao que os especialistas chamam de “floresta inflamável” (resultado do acúmulo dos restos de matéria orgânica do desmatamento de anos, servindo como fonte de ignição aos incêndios), o que intensifica as queimadas mesmo numa situação minimamente positiva em relação ao desmatamento. 

A justiça climática é fator determinante para a sobrevivência da população: os desastres climáticos causados pela intensificação do aquecimento global afetam diferentemente parcelas da população, devido às desigualdades sociais, raciais, de gênero, geográficas e econômicas. Os contrastes em relação à disponibilidade de recursos são decisivos para o povo lidar com esses eventos, é necessário ampliar esse acesso com equidade. 

cartaz reivindicando justiça climática - foto: Leticia Falaschi
cartaz reivindicando justiça climática - foto: Leticia Falaschi

Lideranças do movimento em defesa dos povos e territórios indígenas, como Thiago Karai Djekupe (que também é brigadista), estiveram na condução do ato, reafirmando a intrínseca relação entre esses dois elementos: "Nós, povo Guarani, nunca fomos povo de guerra, nunca matamos vocês, nós sempre procuramos defender nosso território, nós plantamos, nós cuidamos das árvores (...) enquanto nós defendemos a vida, o Congresso Nacional defende um projeto de lei pra nos matar, chamado ‘O Marco da Morte’.” disse em declaração durante a manifestação. 

  Retrato de Thiago Karai Djekupe - Foto: Leticia Falaschi.
  Retrato de Thiago Karai Djekupe - Foto: Leticia Falaschi. 

As palavras “reforma agrária” e o enfoque ao assassinato de indígenas ecoaram entre os grandes prédios da Avenida Paulista. O Marco Temporal, projeto encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), propõe que os povos indígenas só tenham direito a posse das terras que ocupavam até o dia da proclamação da Constituição Federal de 1988, mais de 400 anos após a invasão dos portugueses. 

O fortalecimento do IBAMA (Instituto Brasileiro do meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e do ICMBIO (Instituto Chico Mendes de Preservação e da Biodiversidade) estavam entre as principais demandas da manifestação. Diante um cenário polarizado no legislativo federal, as instituições ligadas à proteção da fauna e da flora perdem poder no encaminhamento de políticas públicas.  

Assim como na capital paulista, município enfrenta eleição polarizada
por
Matheus Henrique
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25/09/2024 - 12h

Na cobertura eleitoral da disputa à prefeitura de Guarulhos, a AGEMT fará reportagens com perfis dos principais candidatos. Como critério, foram considerados os candidatos que marcaram acima de 10% nas pesquisas de intenção de votos registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O segundo mandato de Gustavo Henric Costa, conhecido como Guti (PSD), à frente da Prefeitura de Guarulhos, a maior cidade não capital do Brasil e uma das principais da Região Metropolitana de São Paulo, chega ao fim em 2024. De acordo com o Instituto Real Time Big Data divulgado em 20 de agosto, o atual mandatário mantém uma aprovação de 57% da população guarulhense. Apesar da sua aprovação, o candidato apoiado pelo atual gestor, Jorge Wilson, não lidera a pesquisa, que inclui seis concorrentes disputando o cargo.

Elói Pietá, Solidariedade, Coligação Experiência e Futuro para Guarulhos (MDB / União Brasil / Solidariedade)

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Pietá, figura histórica do PT, busca pela terceira vez o cargo de prefeito, agora pelo Solidariedade - Foto: Adriano Vizoni/Folhapress

Nascido em Gaurama, Rio Grande do Sul, Pietá acumula mais de quatro décadas de experiência na política, principalmente pelo Partido dos Trabalhadores (PT), do qual foi um dos fundadores. Ele se desvinculou da legenda em 2024, criticando duramente o diretório do partido em Guarulhos. Aos 80 anos, é advogado e professor e disputa seu terceiro mandato, já tendo sido prefeito entre 2001 e 2008. Seu programa de governo começa com uma crítica contundente às decisões tomadas pela atual gestão municipal, como o fechamento da empresa de zeladoria urbana PROGUARU e o processo de concessão da SAAE. Na área da saúde, promete a contratação de novos profissionais e a ampliação do horário de funcionamento das UBS. Na educação, pretende aumentar o número de creches e construir novos CEUs, além de novas escolas — sem especificar números exatos. No transporte, promete ampliar o tempo de uso do bilhete único. O plano apresentado é vago, sem precisão quanto à quantidade de obras e aos bairros que receberão o investimento, além de não fornecer informações sobre o investimento necessário.

A escolhida para compor a chapa de Pietá é a empresária de 47 anos, Fran Corrêa, do MDB, que em 2020 disputou o comando do município, obtendo pouco mais de 60.000 votos. Corrêa, que também é presidente do MDB em Guarulhos, foi recentemente cobrada pela prefeitura da cidade por uma dívida de 60 milhões em IPTU atrasado.

Jorge Wilson "Xerife do Consumidor", Republicanos, Coligação Guarulhos, Bora Resolver! (PP / Republicanos / PODE / Federação PSDB/Cidadania / Mobiliza / PRTB / PSD)

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Jorge Wilson é o candidato apoiado por Bolsonaro, Tarcísio de Freitas e Guti, prefeito de Guarulhos - Foto: Agência Alesp

Empatado tecnicamente com Pietá, Jorge Wilson Gonçalves de Mattos, conhecido como 'Xerife do Consumidor', é o candidato apoiado pelo atual prefeito de Guarulhos, além de Tarcísio de Freitas e Jair Messias Bolsonaro. Formado em Ciências Jurídicas e Sociais pela FIG-Unimesp e em Jornalismo pela UnG - Universidade de Guarulhos, fez carreira atuando em prol da defesa do consumidor, ganhando popularidade com o quadro “Xerife do Consumidor” no programa Balanço Geral, exibido pela Record TV. Atualmente, está em seu terceiro mandato como deputado estadual e exerce a função de Líder do Governo na Assembleia Legislativa. Em 2024, o projeto de lei de sua autoria, que propunha a mudança do nome da atual Estação CECAP para CECAP - Mamonas Assassinas, foi negado por Tarcísio de Freitas. O concorrente pela chapa do "Xerife" para o cargo de vice era o candidato Professor Jesus (Podemos), que, no último mês, teve sua candidatura rejeitada devido a um processo por improbidade administrativa relacionado à criação de cargos quando era presidente da Câmara Municipal. Edna Sarlo (PRTB), conhecida como Edna da Saúde e que disputa sua primeira eleição, é a nova candidata a vice da chapa.

O candidato promete a construção de novas unidades escolares e novos CEUs, a criação do Centro de Esportes Olímpicos e Paralímpicos, da "Secretaria da Mulher e Família" e o "Observatório Municipal de Segurança Pública", que analisará dados de criminalidade e violência, com a promessa de auxílio na formulação de políticas públicas e redução da criminalidade.

Relacionado a transporte, o plano de governo do candidato inclui a implantação da "Catraca Livre" aos sábados e a criação de um aplicativo que permitirá aos usuários acessar informações em tempo real sobre o sistema público de transporte.

Lucas Sanches, Partido Liberal, Coligação A Mudança Começa Agora (PL / PMB / DC / NOVO)

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Marcando o racha no PL em Guarulhos, Sanches não conta com o apoio da maior personalidade do partido - Foto: Reprodução/Facebook

O engenheiro civil de 28 anos é apoiado por Waldemar Costa Neto, presidente do Partido Liberal (PL), o que marca uma divisão no partido na cidade. Com 20% das intenções de voto, seu primeiro mandato como vereador de Guarulhos tem sido marcado por algumas polêmicas, incluindo acusações de seu ex-chefe de gabinete, Caíque Marcatti, sobre um esquema de rachadinha e a condução de um esquema de desinformação eleitoral que supostamente disparava informações falsas visando prejudicar seus adversários. O candidato, por meio de suas redes sociais, também informou que sofreu duas ameaças de morte durante uma caminhada no bairro do Pimentas, em Guarulhos. Em sabatina realizada pelo UOL/FOLHA, Sanches afirmou: "Não enxergo que tenho um adversário na direita, sendo o Xerife do Consumidor uma criação do PT. A única direita que existe em Guarulhos é a do PL". O vereador Thiago Surfista (NOVO), que também estava concorrendo à prefeitura, agora concorre como vice na chapa de Sanches.

O plano de Sanches na área da saúde inclui a reforma de todas as UBS do município. Além disso, apresenta a proposta "Remédio em Casa" para pacientes que fazem uso contínuo de medicação. Na educação, o plano prevê a abertura de escolas aos finais de semana, além da implementação de Escolas Cívico-Militares. Em segurança pública, propõe a instalação de câmeras de segurança com reconhecimento facial, o mapeamento preventivo para coibir os "pancadões" e o aumento do efetivo da Guarda Municipal.