Declaração é realizada 50 anos após a morte do jornalista pela ditadura militar
por
Beatriz Alencar
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25/03/2025 - 12h

O jornalista Vladimir Herzog, assassinado em 1975, foi declarado, no dia 18 de março, anistiado político post mortem pelo governo. A decisão foi publicada pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) no Diário Oficial e, além do reconhecimento, a decisão incluiu uma reparação mensal permanente para a viúva Clarice Herzog, no valor correspondente ao cargo que o jornalista ocupava antes do assassinato, de diretor do Departamento de Jornalismo da TV Cultura, equivalente a R$ 34.577,89.

Em nota, o Instituto Vladimir Herzog, criado para preservar a memória do jornalista e destacar problemas da sociedade causadas pelo golpe de 1964, celebrou a conquista: “Este importante reconhecimento, que ocorre após 49 anos de luta incansável por memória, verdade, justiça e democracia, liderada por Clarice, é tão mais simbólico, pois, acontece em 2025, marco de  50 anos do assassinato de Vlado. Seguiremos confiantes de que o Estado Brasileiro cumprirá com, além deste, todos os demais pontos resolutivos da Sentença da Corte Interamericana de Direitos Humanos no Caso Herzog”.

O agora anistiado, foi preso, torturado e morto em São Paulo, pela ditadura militar. Em 1975, o jornalista foi convocado pelos militares a prestar depoimento dentro do DOI-Codi sobre uma possível ligação com o Partido Comunista Brasileiro (PCB), mas nunca mais retornou para a família.  

 

Vladimir Herzog
Foto: Reprodução: Editora Senac / Livro Jornalistas, lançado em dezembro de 1997

 

Apesar disso, a versão oficial da época divulgada pelos militares, foi que Herzog teria se suicidado dentro da cela de confinamento. No entanto, investigações comprovaram que a causa da morte teria sido após o jornalista passar por tratamentos de tortura. Mas foi somente em 2013 que a Justiça de São Paulo determinou uma mudança na causa da morte no atestado de óbito de Herzog. Agora, no documento consta: “morte causada por asfixia mecânica por enforcamento em decorrência de maus tratos sofridos durante interrogatório em dependência do 2º Exército (DOI-Codi)”.

Para o filho do jornalista, Ivo Herzog, esse reconhecimento não aconteceria sem a disposição da família de lutar pela memória do pai. “São quase 50 anos de luta iniciada pela minha mãe na busca da verdade e justiça. Esta reparação concedida agora de alguma forma colabora neste processo de busca pela justiça e poderá ajudar que minha mãe tenha segurança na atual etapa de sua vida”, declarou em entrevista à Agemt.

 

Ivo Herzog
Foto: Ivo Herzog, filho de Vladimir Herzog,  em coletiva de imprensa | Reprodução: Estadão / Fotógrafo: Manoel Marques

 

 

Ivo ainda relata que ainda há muito o que ser conquistado. Em abril de 2024, a Comissão da Anistia concedeu o título de anistiada para Clarice Herzog e o Estado oficializou um pedido de perdão à viúva, em reconhecimento aos anos de perseguição e pela resistência em não aceitar o silenciamento do governo em torno do desaparecimento e assassinato do marido.

“Há 4 pedidos de Anistia na Comissão de Anistia: Meu pai, minha mãe, eu e meu irmão. Só concederam o da minha mãe. Ou seja, o pedido de perdão até este momento somente foi feita para a minha mãe. Estamos cobrando o mais importante pedido de perdão que seria para o que foi feito ao meu pai”, declarou Ivo.

O filho mais velho do casal também diz se orgulhar da luta e das conquistas feitas em nome do pai e acredita que, se pudesse descrever o que Vladimir Herzog acharia de todos os atos feitos em reconhecimento da memória dele, seria orgulho. “Acho que ao longo destes quase 50 anos conseguimos cuidar bem da ‘memória’ dele. E talvez ainda mais  importante, de forma natural a sociedade brasileira trata com muito carinho a história do meu pai. Acho que isto significa realmente muito”, acrescentou.

Centro acadêmico de Jornalismo da PUC-SP divulgou em nota, nas redes sociais, o fechamento do espaço após denúncias de furto e vandalismo
por
João Curi
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12/09/2024 - 12h

Campus — Entrada restrita. Somente pessoal autorizado. Não era para ser assim, mas as circunstâncias são outras. A diretoria está tensa, pressionada. Não tinha o que fazer. Levaram os cadeados, conforme disseram que fariam. Foi quando as ameaças ganharam os papéis, mais do que as línguas cuspidas nos corredores. Foi demais, até para elas. O espaço precisa ser fechado.

Mas a chave ainda é da Comunicação. Ironias à parte, o Centro Acadêmico Benevides Paixão, carinhosamente apelidado de “Benê”, publicou um comunicado nas redes sociais relatando o caso. No dia 29 de agosto, a notícia que chegava ao público era que “o espaço físico será trancado durante à noite e aberto pela manhã”. Até aí, nada diferente da rotina de uma casa bem guardada. Só que estes repórteres não se contentaram só com o que se expunha nas vitrines. O nosso curso pedia mais informações, quer saber o que houve. Está na grade apurar a fundo, cadeado por cadeado, e entender o que motivou a decisão. 

A nota entregava o descaso dos ocupantes com o espaço. De fato, as fotos comprovam a sujeira e a falta de decoro com a arrumação. A casa de mãe Livia parecia mais a de Joana, por mais esforços que ela fizesse para manter limpinho e agradável aos estudantes que guardam o direito de ocupá-lo. 

O direito permanece ali, apesar das aparências. “Vale ressaltar que a convivência amigável de alunos dos mais diversos cursos é sempre bem-vinda e incentivada pelo CA”, conclui a nota. A diretoria foi transparente, pelo menos o quanto podia ser. O buraco, claramente, é mais embaixo. 

Em meio às conversas com a Diretoria, a AGEMT ouviu que o espaço sofria de maus tratos há algum tempo, e não só por parte dos estudantes compreendidos na cartilha do curso de Jornalismo – o que, por comparação, não foge da rotina desconfortável dos demais centros acadêmicos. Contudo, o que não se divulgava era justamente o que abriu os primeiros cadeados. 

Eles entrariam de qualquer jeito. Deixaram por escrito. “Trancar CA? Destranquem ou vão perder, além do espaço, a tranca”, alertava a folha avulsa de fichário. “Desta vez estamos sem alicate”.

A decisão permanece. O espaço físico do Benê continuará fechado durante as noites e reaberto pela manhã, sob responsabilidade das dirigentes. Não é um caso isolado. Como se pode imaginar, outros CA’s seguem a mesma conduta em razão de comércios presentes no espaço, seja cantina ou xérox. 

Ameaça escrita à diretoria do Benê, em folha avulsa de fichário.
A diretoria concedeu acesso exclusivo às ameaças escritas encontradas na última semana de agosto, sobre a mesa rabiscada do Benê. (Divulgação/CA Benevides Paixão)

Mas aqui deve ser diferente. O Benê é uma casa no meio do bosque. Guarda toda uma história por trás dos portões emperrados. Aliás, no semestre passado, a FAFICLA - faculdade que rege o curso - conduziu uma visita especial ao recanto dos jornalistas, e a direção do CA se inspirou com a possibilidade de uma reforma. 

“Levei o diretor de campus ao Benê para verificar o que poderia ser feito lá”, confirmou o diretor da FAFICLA, Fábio Cypriano. 

Por enquanto, sem previsão de datas, mas é questão de formalidade. “A gestão ficou de formalizar as necessidades”, explica o diretor. “Creio que isso não foi feito”. 

A urgência, entretanto, amarga a burocracia. Em meio ao sumiço de cadeados, descuido com os forros dos sofás e amostras de bitucas de cigarro, o espaço pede socorro. Os ocupantes, contudo, cospem as chaves, teimosos em entrar. 

O conflito, já agravado com caneta e palavrões em páginas avulsas de fichário, não chegou à FAFICLA, situada no prédio velho, a poucos metros dos portões violados, não fosse a parede reforçada que os separa.

“Não recebemos nenhuma informação a respeito”, declara Cypriano. 

As paredes não têm ouvidos, afinal. E quem perde é a Comunicação. 

 

Com a proposta de rodas de conversa, a caravana da União Nacional dos Estudantes passou pela PUC-SP
por
Natália Perez
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26/04/2024 - 12h

“Comunicação para as universidades do Século XXI” foi o tema da discussão realizada pela União Nacional dos Estudantes (UNE), na última quarta-feira (24/04). Como sede, o campus escolhido da vez foi o principal da PUC-SP, que contou com a colaboração do Centro Acadêmico de Jornalismo Benevides Paixão (Benê).

De passagem em diferentes instituições de ensino superior, a caravana “Clima de Futuro” busca discutir reformas universitárias com alunos de todo o Brasil. "É inadmissível que, hoje, vários estudantes tenham que evadir da universidade porque seu projeto não está dentro dos requisitos para ser identificado como ciência para as universidades”, comenta Tel Guajajara, coordenador do Circuito de Cultura e Arte da entidade. "Universidade é território cultural."

Além dele, dividiram a mesa puquiana a co-fundadora do Mídia Ninja, Driade Aguiar; a presidente do Benê, Melissa Joanini; e o diretor cultural da União Estadual dos Estudantes de São Paulo, Heitor Batista, também aluno da PUC.

 

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Lado a lado, da esquerda para a direita: Melissa Joanini; Heitor Batista; Driade Aguiar e Tel Guajajara. Foto: Natália Perez

 

A comunicação foi ponto fundador da reunião, e o papel do jornalismo teve destaque na discussão sobre como traduzir as informações para os mais variados públicos. “Uma coisa que a gente é muito perguntado é: como estourar a bolha? É simples: precisamos falar com quem não gostamos. É incômodo, afinal, como é que a gente vai se forçar a criar outras narrativas que não dialogam só com o que estamos acostumados?”, questionou Driade.

Alunos também puderam se inscrever para contribuir com a conversa, como foi o caso do militante do Movimento por uma Universidade Popular (MUP), Pedro Bezerra. “Queria que tirássemos daqui pensamentos e ideias para construir uma nova possibilidade de circulação de informação na universidade. É necessário que a gente se paute”, declara.

 

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Pedro Bezerra fez comentário sobre a necessidade de olharmos e lutarmos para as pautas que afetam a PUC e os demais sistemas universitários. Foto: Natália Perez.

 

Seja promovendo a organização estudantil em centros acadêmicos ou movimentos estudantis, discussões e rodas de conversa são necessárias para que os estudantes entendam a relevância e o impacto do que é pauta hoje. Segundo a UNE, a partir de reuniões como essa, surgiram diferentes projetos que ajudaram a transformar a realidade universitária, como “QGs” de auxílio para inscrição em editais, o fortalecimento da defesa da Lei de Cotas (Lei nº 12.711/2012), entre outras reivindicações estudantis.

Em nota exclusiva à AGEMT, o Centro Acadêmico Benevides Paixão expressou a importância de engajar esses eventos no campus da PUC. "Consideramos de extrema importância receber eventos desse tipo em nossa Universidade, ainda mais com o Benê participando. Nós fomos convidados pela UNE para somar e ajudar no debate por sermos um Centro Acadêmico de Comunicação e pelo papel que desempenhamos desde que assumimos o CA. Ficamos supergratos com o convite e esperamos que a Caravana da UNE passe mais vezes pela PUC-SP", declara.

Abaixo confira mais fotos do evento.

 

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Adesivos e panfletos explicam quais são as organizações envolvidas nas reformas estudantis. Foto: Natália Perez
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Representantes de três organizações estudantis junto a uma convidada especial formaram a mesa puquiana. Foto: Natália Perez
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Co-fundadora do Mídia Ninja, Driade Aguiar, levantou questionamentos sobre como fazer jornalismo e trabalhar a comunicação nos dias atuais. Foto: Natália Perez
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Estudantes reunidos no Auditório 100 da PUC-SP ouvindo os participantes da mesa "Clima de Futuro." Foto: Natália Perez
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Depois das falas da mesa principal, aqueles que assistiam tiveram a oportunidade de contribuir para a conversa com suas próprias falas no microfone. Foto: Natália Perez
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O time principal de organizadores e representantes da Caravana posam com a convidada especial Driade Aguiar no meio deles. Foto: Natália Perez
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Cartazes, livros, adesivos e listas dispostos na recepção dos alunos para o auditório, onde aconteceu o evento. Foto: Natália Perez
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Ao final da reunião, estudantes que assistiram a discussão se reuniram para tirar uma foto junto aos participantes da mesa principal. Foto: Natália Perez

 

Coletivo Da Ponte Pra Cá e centros acadêmicos divulgam repúdio a mensagens de ódio disseminadas no perfil "Spotted PUC-SP", no Instagram
por
João Curi
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11/04/2024 - 12h

Quem paga a conta? Essa parece ser a pergunta-chave que abriu portas demais no principal campus da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, em Perdizes. Desde as reivindicações por direitos a uma refeição gratuita no refeitório até o desconforto de apresentar, periodicamente, um grande volume de documentação para comprovar a baixa renda, estudantes bolsistas são alvo de posicionamentos agressivos de alguns estudantes.


Nos últimos anos, centros acadêmicos têm se preocupado mais com a condição social de estudantes contemplados por bolsas, sejam de natureza filantrópica (fomentada pela FUNDASP) ou por programas governamentais. Isso se dá pelo aumento de denúncias e reclamações desse mesmo público quanto ao tratamento recebido por outros estudantes (qualificados como “pagantes”), tanto presencialmente quanto online.


Segundo relatos, houve episódios de discriminação socioeconômica, conhecida como aporofobia, que tem confrontado a permanência de estudantes bolsistas na universidade. Embora não exista um coletivo com esta finalidade, nos últimos anos, o perfil de Instagram “Spotted PUC-SP” (@spottedpucsp) veiculou publicações que trouxeram à tona uma série de movimentos considerados elitistas, como a contestação do direito ao posicionamento de estudantes "não-pagantes" sobre decisões estruturais do campus.


A página, inclusive, já foi investigada, em setembro do ano passado, pelo jornal laboratorial da PUC-SP, o Contraponto, que trouxe à tona os ideais políticos do perfil desde seu surgimento até as recentes manifestações em favor de campanhas eleitorais de centros acadêmicos. Este ano, porém, a principal campanha defendida pela conta originalmente dedicada à paquera é a implementação de catracas no campus Perdizes.


Ainda que a discussão tenha se aquecido nas redes sociais, a pauta foi reclamada para debate entre as entidades competentes à decisão: a mantenedora FUNDASP, a Reitoria, coletivos estudantis e centros acadêmicos da PUC-SP. Mesmo assim, os esforços da página em reacender essa suposta reivindicação deram abertura, na verdade, a uma enxurrada de comentários ofensivos e caluniosos direcionados aos estudantes bolsistas.


Em consequência, entidades acadêmicas, lideradas pelo coletivo Da Ponte Pra Cá - Frente Organizada de Bolsistas, organizaram-se para apresentar materiais de denúncia e repúdio aos atos discriminatórios observados dentro e fora do campus. Na última terça-feira (9), 28 entidades acadêmicas e administrativas ligadas à universidade assinaram uma publicação conjunta de um vídeo-denúncia, acompanhado de um documento completo reunindo imagens comprobatórias e exigências à mantenedora, FUNDASP, por medidas efetivas em prol dos bolsistas.


Diante disso, o Centro Acadêmico Benevides Paixão, o Benê, trouxe a pauta à tona como uma de suas prioridades de gestão. "A situação é grave e requer cuidado e vigilância. Estamos em constante contato com o nosso corpo docente, coordenação e direção para tomarmos todas as ações possíveis", declara a entidade acadêmica, em nota exclusiva à AGEMT.


O dossiê acusa, principalmente, o Spotted PUC-SP por disseminar casos de roubo e demais ocorrências ligadas à criminalidade de forma irresponsável e suposta motivação política por detrás. De acordo com o texto, “o que fica sempre evidenciado é que aqueles que são relatados como suspeitos dessas atividades são sempre pessoas negras, reforçando novamente o estereótipo racista que permeia nossa sociedade, que associa criminalidade e violência a uma raça/cor”, aponta o documento.


Não obstante, a garantia do sigilo também deu vazão a um fluxo de informações desprovidas de checagem dos fatos ou comprovação da verdade em torno dos casos relatados, “muitas vezes de caráter aporofóbico e racista, causando, sem fundamento, um pânico generalizado na comunidade estudantil”, descreve o texto. Nessa direção, a página se tornou um dos principais hospedeiros de manifestações consideradas elitistas, segundo as denúncias coletadas.

 
Quando o alarme soa, dada a notoriedade de algumas discussões acaloradas pela dualidade de posicionamentos nos comentários, é comum que as publicações sejam removidas do perfil. Ainda assim, de acordo com os apontamentos da denúncia endossada pelo coletivo Da Ponte Pra Cá nas redes sociais, o movimento de cunho discriminatório se fez presente também em outros meios, como em grupos do aplicativo de mensagens Whatsapp.

 

''Não podemos ignorar a realidade de negligência e discriminação das demandas e das necessidades das pessoas pobres em uma universidade elitizada", declara o coletivo Da Ponte Pra Cá, em nota exclusiva à AGEMT. "A denúncia produzida e a mobilização dos estudantes bolsistas torna-se urgente e extremamente necessária diante de um cenário de descaso, como o da PUC-SP".

 

Afinal, quem paga a conta? Desde a segunda-feira, 15, até o momento de publicação desta reportagem, o perfil do Spotted PUC-SP está desativado. A AGEMT tentou contato com o administrador da conta, mas não teve retorno.

 

Nota da PUC-SP

A PUC-SP, na sua prática cotidiana, não compactua com discriminação de qualquer tipo. Essa questão figura no Estatuto e no Código de Ética da Universidade, que toda comunidade deve seguir.

A Instituição entende que qualquer pessoa que for testemunha ou alvo de um ato de discriminação deve procurar as autoridades competentes.

Afirmamos que a PUC-SP não tem nenhuma responsabilidade sobre o perfil privado e anônimo do Instagram @spottedpucsp.     

Assessoria de Comunicação Institucional (ACI)

As obras reunidas no Centro Cultural Banco do Brasil, convidam cada visitante a navegar por diferentes aspectos da produção de mais de 60 artistas negros
por
Beatriz Alencar Gregório
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15/03/2024 - 12h

O Centro Cultural do Banco do Brasil abraçou, dessa vez, o Projeto Afro: uma plataforma afro-brasileira de mapeamento e difusão de artistas negros; com a exposição “Encruzilhadas da Arte Afro-Brasileira”.

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OBRA - Paty Wolff : Divulgação: Projeto Afro


Com uma experiência imersiva, educativa e cativante, o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) proporcionou uma visão de que “a população afro-brasileira não é só centrada na questão da escravidão (...) a gente sabe fazer arte. A arte não é só a europeia; a gente sabe desenvolver, temos vários fatores culturais”, explicou Otávio Rodrigues, visitante da exposição. A mostra é composta de mais de 60 artistas e obras que vão desde pinturas a formatos áudio visuais. “Foi uma exposição que não falava sobre nossos colonizadores e sim sobre nossos povos, de preto para preto, e mostra que a gente sabe fazer muita coisa. Me senti num lugar que realmente falava sobre a real história afro-brasileira”. Para interagir, como ocorreu com Otávio, visite o CCBB até o dia 18/03/2024. Mas, você pode conferir uma prévia que a AGEMT preparou, acessando o link:

https://www.instagram.com/reel/C4iXXhYrdLK/utm_source=ig_web_copy_link&igsh=MzRlODBiNWFlZA==

 

 

A terceira edição da convenção nerd das favelas aconteceu no mês de julho
por
Marina Laurentino Mendonça
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03/08/2023 - 12h

No último domingo (30), ocorreu a terceira edição do Perifacon, a convenção nerd voltada para as pessoas da periferia de São Paulo.

O evento que dá visibilidade para as pautas e artistas das favelas do país contou com a colaboração de grandes marcas, como: Warner, Netflix, Ambev Tech, UNICEF, iFood, Kwai, BibliON, Agência Mural, Shopee, Museu das Favelas e Letraria Cultural.
 

Foto: Marina Laurentino
Foto: Marina Laurentino
Foto: Marina Laurentino
Foto: Marina Laurentino
Foto: Marina Laurentino
Foto: Marina Laurentino
Foto: Marina Laurentino
Foto: Marina Laurentino
Foto: Marina Laurentino
Foto: Marina Laurentino
Foto: Marina Laurentino
Foto: Marina Laurentino
Foto: Marina Laurentino
Foto: Marina Laurentino
Foto: Marina Laurentino
Foto: Marina Laurentino
Foto: Marina Laurentino
Foto: Marina Laurentino
Foto: Marina Laurentino
Foto: Marina Laurentino
Foto: Marina Laurentino
Foto: Marina Laurentino
Foto: Marina Laurentino
Foto: Marina Laurentino
Foto: Marina Laurentino
Foto: Marina Laurentino
Foto: Marina Laurentino
Foto: Marina Laurentino
Foto: Marina Laurentino
Foto: Marina Laurentino
Foto: Marina Laurentino
Foto: Thainara Sabrine
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O grupo age durante as noites no centro da capital paulista a fim de ajudar as pessoas que necessitam
por
Melissa Mariano Joanini
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19/06/2023 - 12h

 

O Bem da Madrugada atua na região central da cidade de São Paulo, pela Sé, Viaduto do Chá e o Pateo do Collegio. Entre os voluntários estão estudantes de medicina, enfermagem, medicina veterinária, direito, odontologia, psicologia e jornalismo. Eles também distribuem ração para os animais, fornecem alimentação para as pessoas e serviços de barbearia. 

 

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Atendimento psicológico para pessoas vulneráveis. Autor: Melissa Joanini

 

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Movimentação durante a ação do Bem da Madrugada. Autor: Melissa Joanini
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Retrato de Arthur, um dos assistenciados. Autor: Melissa Joanini

 

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Jovens após receber assistência médica e alimentícia. Autor: Melissa Joanini

 

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Momento de risadas durante atendimento de psicólogos. Autor: Melissa Joanini

 

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Aguardando corte de cabelo e barba. Autor: Melissa Joanini

 

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Atendimento de barbearia para pessoas vulneráveis. Autor: Melissa Joanini

 

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Seu João após cabelo e barba feitos. Autor: Melissa Joanini

 

MST oferece a 4a. edição nacional da feira agrária em SP, no Parque da Água Branca
por
Amanda Furniel
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19/06/2023 - 12h

No último mês de maio, do dia 11 ao dia 14, o Parque da Água Branca recebeu a quarta edição da Feira Nacional da Reforma Agrária. A feira contou com produtores do MST de todo o Brasil, com uma imensa diversidade de alimentos, produtos artesanais, especiarias e muito mais. O evento atraiu um público de todas as idades, desde bebês de colo até idosos vestindo orgulhosamente suas camisas do MST. 

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Brincos artesanais que estavam a venda na feira. Autora: Amanda Furniel
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Cadernos artesanais que estavam a venda na feira, a maioria deles eram estampados com mensagens de resistência. Autora: Amanda Furniel 
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Produtores do MST, vendendo suas especiarias e produções. Autora: Amanda Furniel 
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Área de venda de plantas e cultivo. Autora: Amanda Furniel 
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Boné gigante do MST que estava ornamentando a feira. Autora: Amanda Furniel
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Bonés do MST que estavam a venda e uma parte do grande público que compareceu ao evento. Autora: Amanda Furniel 
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Público do evento, com destaque para a camisa com uma mensagem sobre a reforma agrária de um dos visitantes. Autora: Amanda Furniel  

 

A quarta feira promovida pelo MST na capital paulista
por
Felipe Assis Pereira da Silva
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19/06/2023 - 12h

Com a ideia de apresentar os produtos produzidos pelos assentamentos dos membros do MST, a feira da reforma agrária é fundamental para que mais pessoas possam conhecer o trabalho do movimento, junto com suas ideias sobre a reforma agrária no Brasil, principal bandeira do grupo. O evento foi carregado pela movimentação de pessoas, vindo e vindo, carregando o nome e dando visibilidade para um dos mais importantes e atuantes movimentos sociais das ultimas décadas. 

 

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A abundancia de alimentos produzidos pelo MST. Autor: Felipe Assis 

 

 

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Grande movimento de pessoas comprando alimentos, enchendo os corredores da feira. Autor: Felipe Assis 

 

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Pessoas passeando pelo evento. Autor: Felipe Assis

 

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Membros da organização da feira. Autor: Felipe Assis

 

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 Corredor de plantas que foram comercializadas na feira. Autor: Felipe Assis 

 

IV Feira Nacional da Reforma Agrária é realizada em São Paulo
por
Maria Eduarda Jussiani
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19/06/2023 - 12h

A 4ª edição da feira do Movimento Sem Terra foi realizada no período de 11 a 14 de maio no Parque da Água Branca, a qual reuniu cerca de 320 mil pessoas para compartilhar a diversidade de alimentos da terra trazidos de todas as regiões do Brasil. Segundo a programação, foram oferecidos produtos da Reforma Agrária, apresentações culturais, oficinas, seminários, culinária da terra, artesanato e muito mais. Além de contar com a presença de 412 artistas que proporcionaram uma imersão na música, dança e expressões culturais, entre eles estavam Jorge Aragão, Liniker e Gaby Amarantos.

A feira tem como objetivo trazer consigo o fortalecimento da cultura e resistência, a partir da compreensão do MST sobre a importância da produção de alimentos saudáveis.

 

Socialização e troca de experiências entre os visitantes.
Socialização e troca de experiências entre os visitantes. Autor: Maria Eduarda Jussiani

 

 

Diversidade de produtos de acampamentos e assentamentos de todo o Brasil.
Diversidade de produtos de acampamentos e assentamentos de todo o Brasil. Autor: Maria Eduarda Jussiani

 

 

Participação de 1700 feirantes.
Participação de 1700 feirantes. Autor: Maria Eduarda Jussiani

 

 

Visitantes compartilhando experiências.
Visitantes compartilhando experiências. Autor: Maria Eduarda Jussiani

 

 

Foram oferecidos cerca de 1730 tipos de produtos.
Foram oferecidos cerca de 1730 tipos de produtos. Autor: Maria Eduarda Jussiani

 

 

Além artesanatos em barro, madeira e renda, foram oferecidos livros, camisetas e bonés.
Além artesanatos em barro, madeira e renda, foram oferecidos livros, camisetas e bonés. Autor: Maria Eduarda Jussiani

 

 

 

Apoiadora usando um dos produtos oferecidos na feira.
Apoiadora usando um dos produtos oferecidos na feira. Autor: Maria Eduarda Jussiani