O grupo sul-coreano encerra sua passagem pelo Brasil com o título de maior show de K-pop no país
por
Beatriz Lima
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09/04/2025 - 12h

 

Na primeira semana de abril, São Paulo e Rio de Janeiro foram palco dos shows da DominATE Tour, do grupo de K-pop Stray Kids. Em novembro de 2024, o grupo anunciou sua primeira passagem pela América Latina após sete anos de carreira, com shows no Chile, Brasil, Peru e México, causando êxtase aos fãs do continente.

Stray Kids é um grupo de K-pop composto por oito integrantes, Bang Chan, Lee Know, Changbin, Hyunjin, Han, Felix, Seungmin e I.N. O grupo estreou em 2018, após um programa eliminatório com diversos trainees da JYP Entertainment - empresa que gere o grupo. No dia 8 de julho de 2024, o grupo anunciou sua terceira turnê mundial chamada ‘DominATE Tour’, com shows iniciais pelo Leste e Sudeste Asiático e Austrália. 

A DominATE Tour foi anunciada para a divulgação de seu mais recente álbum, ATE, lançado dia 19 de julho de 2024. Com o sucesso mundial do grupo e da música “Chk chk boom”, com a participação dos atores Ryan Reynolds e Hugh Jackman no clipe, o grupo divulgou datas para a turnê na América Latina, América do Norte e Europa no início de 2025.

Foto de divulgação da turnê DominATE
Imagem de divulgação da turnê DominATE. Foto: Divulgação/JYP Entertainment

No Brasil, o octeto iniciou sua passagem pela cidade do Rio de Janeiro com seu show de estreia dia 1 de abril no Estádio Nilton Santos, com mais de 55 mil pessoas presentes no local. Em sua primeira data na cidade de São Paulo, sábado (5), o grupo sul-coreano teve os ingressos esgotados e, mesmo com chuva e baixas temperaturas, bateu o recorde de maior show de K-pop no Brasil, com um total de 65 mil pessoas no Estádio MorumBIS. No dia seguinte, o grupo teve seu último dia de passagem pelo país e somou no total - nos dois dias de show na capital paulista - 120 mil pessoas.

Show do Stray Kids no Estádio MorumBIS
Primeiro dia de show do Stray Kids em São Paulo. Foto: JYP Entertainment / Iris Alves

 

Os shows contaram com estruturas complexas e atraentes - com direito a fogos de artifícios e explosões de luz a cada performance -, tradução simultânea nos momentos de interação com o público, banda e equipe de dança do próprio grupo, além de estações de água e paramédicos à disposição do evento. Foram três noites marcantes tanto para os fãs brasileiros quanto para os próprios membros do grupo. “Eu sinto que tudo que nós passamos durante esses sete anos foi para encontrar vocês.” diz Hyunjin em seu primeiro dia de show no Brasil. 

Com o recorde de público nos shows e reações positivas na mídia e público brasileiro, o grupo promete voltar ao país em uma nova oportunidade, deixando claro seu amor pelo país e pelos fãs brasileiros. “Bom, é a sensação de que ganhamos uma segunda casa… todos nós [os oito membros]” declara o líder Bang Chan no primeiro show de São Paulo.

Membros do grupo após o show do Rio de Janeiro.
Foto divulgada após o show do Stray Kids no Rio de Janeiro. Foto: Reprodução/JYP Entertainment

 

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Jogadores comemoram o mais novo sistema da Nintendo após conferência virtual
por
Lucca Cantarim dos Santos
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08/04/2025 - 12h

 

Na última quarta-feira (2), a Nintendo (empresa japonesa do setor de jogos eletrônicos) fez um anúncio que chocou a internet. Em sua conferência própria, nomeada de Nintendo Direct, eles apresentaram as novidades sobre seu próximo console, o Nintendo Switch 2, que já havia sido revelado em 16 de janeiro deste ano.

Na transmissão ao vivo, que aconteceu no canal oficial do Youtube da empresa e foi considerada uma das melhores pelos internautas, a empresa não só revelou mais informações sobre o sistema, mas também confirmou o lançamento de jogos muito amados e esperados pelo público.

O console ainda vai funcionar de maneira híbrida, composto por uma grande tela que se conecta a dois controles menores, chamados de “joy-con” e que quando inserida no “dock”, um suporte ligado à televisão, transfere a imagem e pode ser jogado como um console de mesa.

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Nintendo Switch conectado à TV                                                                       Imagem: Divulgação/Nintendo

 

No entanto, a Nintendo não economizou recursos em melhorias para o Switch. Jogadores podem esperar melhor desempenho devido à nova tela com maior tamanho, resolução de 1080 pixels e suporte para até 120 frames por segundo, possibilitando que jogos com gráficos mais pesados rodem tranquilamente no sistema.

Outras novidades vieram para o conforto do jogador, como os botões “SL” e “SR” nos “joycons”, que enquanto no Switch eram minúsculos e diminuíam agilidade, no Switch 2 serão bem maiores. O encaixe dos controles agora é magnético, o que acaba diminuindo sua fragilidade, uma vez que um dos problemas mais comuns no console anterior era o gancho que os prendia à tela quebrar facilmente, fazendo com que pudessem desencaixar durante as sessões de jogo.

 

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Comparação dos joycons, novo (acima) e antigo (abaixo)                               Imagem: Reprodução/Youtube - Nintendo

 

Além disso, a base que sustenta o console de pé em mesas agora será maior e permitirá melhor ajuste do ângulo da tela, diferente da antiga, que além de pequena era frágil, o que frustrava muitos jogadores. André Yudi, estudante de engenharia no instituto politécnico da Universidade de São Paulo (POLI/USP) diz: “Precisei muitas vezes utilizar o apoio do console. Que no entanto, em grande parte das vezes, apresentava pouca resistência. O plástico utilizado é muito frágil e a lâmina tem uma espessura muito curta para sustentá-lo, assim, uma leve oscilação já derrubava o sistema.”

 

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Nova base de sustentação do console                                                          Imagem: Divulgação/Nintendo

 

 

O console também terá uma entrada para carregamento na parte superior, facilitando o uso enquanto carrega a bateria, Yudi continua: “a nova entrada de carregamento tem muito potencial para melhorar a utilização do Switch 2. A entrada antiga impossibilitava o uso em modo portátil apoiado enquanto se carregava o console”.

Por fim, novidades inéditas, como um microfone interno; sistema de áudio 3D; e a possibilidade de usar os joycons como um mouse de computador em alguns jogos. O console também terá um botão novo, que permitirá ingressar em chamadas de voz enquanto joga, no entanto, o recurso está disponível apenas para assinantes do serviço de jogos online.

 

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Novo botão do sistema, o famoso "Botão C"                      Imagem: Reprodução/Youtube - Nintendo

 

 

Quanto aos jogos novos, os fãs se emocionaram com as novidades. Além do grande suporte de empresas parceiras, que prometeram trazer títulos como Hitman, Cyberpunk 2077 e Split Fiction no lançamento do console, a Nintendo também surpreendeu com um novo jogo da franquia Donkey Kong e um novo Mario Kart, que trará um sistema de pilotagem em mundo aberto.

Mas a novidade que mais balançou as redes foi a aparição repentina do jogo Hollow Knight: Silksong, confirmando a data de lançamento ainda para esse ano. O título já tinha sido anunciado em 2019, mas passou 6 anos com pouquíssimas novidades na mídia, o que fez muitos fãs se empolgarem com eventos e conferências, ansiando por novas notícias que nunca chegavam, e fez outros até começarem a perder as esperanças. Juliana Bertini, estudante de jornalismo da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP), brincou com a demora da Team Cherry, os desenvolvedores, para divulgar novas informações: “Achei até que era lenda urbana já!”

No entanto, a simples aparição por segundos do jogo na conferência da Nintendo foi o suficiente para reerguer as esperanças desses fãs, bastando agora apenas esperar o lançamento.

 

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Aparição de Hollow Knight: Silksong no final do Nintendo Direct            Imagem: Reprodução/Youtube - Nintendo

 

 

Amelie Strasburg, responsável pela hospitalidade do Aiô Restaurante e grande fã da franquia desde o primeiro jogo, em entrevista para a AGEMT, comemora a confirmação do lançamento e pondera sobre sua data: “Além de felicidade por saber que um jogo que anseio tanto vai lançar, sinto uma ansiedade extrema para saber quando! Sabemos que vai ser esse ano, mas quando? Amanhã? Outubro? Dezembro?...”

A Nintendo conseguiu angariar ainda mais fãs e pessoas dispostas a investir no novo lançamento, no entanto, nem todas as notícias são prazerosas para a empresa, uma vez que os preços elevados são o fator principal para desestimular boa parte das pessoas que se animaram com o Direct. Os jogadores precisarão se preparar para desembolsar os valores de USD  499,99 no console e o valor base de USD 79,99 para os jogos. Ainda sem preço oficial no Brasil, o Nintendo Switch 2 será lançado em 5 de junho de 2025.

 

 

 

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Com atrações nacionais e internacionais mais jovens e nomes consagrados, a emoção foi garantida
por
Gustavo Catriz
Vítor Nhoatto
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08/04/2025 - 12h

No último sábado (29) aconteceu no Autódromo de Interlagos, zona sul da cidade de São Paulo, o segundo dia do festival Internacional de música Lollapalooza. Dessa vez sem chuva, mas com um pouco de barro do dia anterior, se apresentaram artistas como Benson Boone, Marina Lima, Zedd, Tate McRae, Alanis Morissette, e Shawn Mendes. 

Os portões abriram mais cedo que o anunciado, por volta das 10:40, e não houve filas ou confusões. Contratados pelo evento indicavam com megafone o caminho até o portão A ao longo da avenida Interlagos, ajudando quem chegava de carro ou a pé. No portão G, para quem vinha de transporte público, havia grades desde a saída da estação Autódromo da linha 9 turquesa, a mais próxima do local. 

Ao meio-dia a música começou a tocar com atrações sulistas nos palcos Samsung Galaxy e Perry by Fiat. No primeiro deles, o palco secundário do evento, a banda de Porto Alegre, Picanha de Chernobil, entregou o seu rock alternativo que frequentemente pode ser encontrado aos finais de semana na Avenida Paulista. Já no destinado aos DJs, o curitibano Fatsync, deu um gosto da música eletrônica que estava por vir.

Sophia Chablau e Uma Enorme Perda de Tempo
Apresentação da banda Sophia Chablau e Uma Enorme Perda de Tempo foi cheia de críticas políticas e sociais  - Foto: Adriana Vieira / Rock On Road

Com sol forte e temperaturas na casa dos 30 graus, a tarde seguiu com a apresentação efusiva da banda paulista Sophia Chablau e Uma Enorme Perda de Tempo. Formada em 2019 com uma sonoridade que mistura rock, indie e pop, chamou a atenção pelas manifestações políticas no telão ao longo do show. Frases como “Palestina Livre” e “Bolsonaro Réu” foram entoadas pela plateia ainda pequena no palco Mike’s Ice, de música alternativa. 

Em seguida foi a vez de Marina Lima contagiar o público com seus hits dos anos 80 e 90 acompanhados da irreverência da artista carioca. Às 15:50 o show começou com “À Francesa” de 1988 e o sucesso “Fullgás” de 1984. Durante a apresentação alguns problemas técnicos ocorreram com o volume da guitarra usada por Marina, que reclamou: “Mais alto, mais alto, isso é um festival!”

Mesmo assim a energia não caiu e apesar do horário ruim para um festival, as principais atrações e artistas internacionais se apresentam à noite, diante de milhares de pessoas. Conhecida por seu ativismo em defesa das mulheres e pessoas LGBTQIAPN+, o trecho da escritora Fernanda Young “Nada mais indigesto para o mundo dominador que a liberdade de uma mulher” foi exibido no telão antes de cantar “Árvores alheias”. 

Marina Lima e Pabllo Vittar
Pabllo Vittar se emocionou ao participar do show de Marina destacando a relevância da artista  - Foto: Brazil News / Reprodução

O show ainda contou com um cover de “Lunch” da estadunidense Billie Eilish e a participação especial de Pabllo Vittar na faixa de 1984, “Mesmo que Seja Eu”. As duas cantaram em seguida “K.O” de Vittar, que enalteceu a artista: “Quero falar quanto você é inspiradora para mim e para a música. Viva Marina Lima”, entoou Vittar, ao final da aparição surpresa.

A música eletrônica também esteve presente em Interlagos ao longo do dia. O DJ paulista Bruno Martini se apresentou no palco do gênero às 16:30, logo antes do também brasileiro Zerb. Enquanto isso, após Marina Lima, o cantor, compositor e produtor grego, Artemas, trouxe sua sonoridade alternativa durante o fim da tarde, com destaque para o hit do tik tok ‘I like the way you kiss me’ de 2024.

O início da noite foi com Benson Boone, artista estadunidense conhecido pelas suas performances acrobáticas e pelo hit viral no Tik Tok, “Beautiful Things”. Com um figurino todo brilhante e inspirado na bandeira do Brasil, começou com seu último single “Sorry I’m Here For Someone Else”, lançado em 27 de fevereiro. A performance seguiu com algumas faixas dos EPs “Pulse” de 2023 e “Walk Me Home…” de 2022, como “Death Wish Love” e “What Was”, mas foi o seu álbum de estreia, “Fireworks & Rollerblades”, que dominou a apresentação.

Benson Boone
Repetindo o que fez nos Lollapalooza Argentina e Chile, seu look era inspirado na bandeira do país - Foto: Sidnei Lopes / @obserdadordaimagem

Com seus vocais característicos e pouco uso de playback animou a plateia no palco secundário, e durante a faixa “In The Stars”, em homenagem a sua avó, se emocionou ao explicar a origem da composição e pedir que o público cantasse sem os seus celulares. “Essa música não é minha, é nossa”. 

Boone ainda interagiu bastante com a plateia entoando um “Ayoo” ao estilo Freddie Mercury antes de finalizar seu primeiro show no Brasil, e tocou a inédita “Young American Heart”. Para fechar com chave de ouro, a faixa mais ouvida do mundo em 2024 nas plataformas digitais segundo a Federação Internacional da Indústria Fonográfica ecoou por Interlagos, “Beautiful Things”. O jovem finalizou tirando o seu colete verde e amarelo e se jogando na plateia. 

Sem nem mesmo o clima esfriar, muitas pessoas já corriam para o palco Budweiser, principal do evento, para a apresentação de Tate McRae, também estreante e com hits virais entre os jovens nas redes sociais. O posicionamento dos dois palcos exigia que o público percorresse um longo percurso e sem muita sinalização, que exigia seguir um fluxo intenso de pessoas e bem mais que cinco minutos de caminhada, tempo de intervalo entre os shows.  

A canadense começou seus 60 minutos de palco com o hit “Sports Car”, em seguida foi a vez de “2 Hands”, além de uma pausa para interagir com o público. “Meu nome é Tate McRae e eu estive esperando a minha vida toda para vir ao Brasil [...] este é o último show da minha turnê pela América do Sul, vocês prometem fazer deste o mais alto?” A resposta foi um grito bem alto da plateia, que mesmo com pessoas já à espera de Shawn Mendes cantou os sucessos da cantora pop de apenas 21 anos.

O show seguiu com faixas do seu último álbum, “So Close To What”, lançado em fevereiro deste ano e número um na parada norte-americana Billboard Hot 100, além do uso do disco de 2023, “Think Later”, demonstrando o seu vasto repertório de sucessos. Na hora de “you broke me first”, canção com que Tate atingiu o mainstream em 2020, a cantora se emocionou ao lembrar que o seu primeiro fã clube foi brasileiro.

Um ponto marcante de suas performances são as coreografias, muito bem trabalhadas e energéticas, com destaque para o combo “It’s ok I’m ok” e “exes”, lembrando que antes de se lançar como cantora, a jovem era dançarina. Durante “Revolving Door”, seu último single e sucesso nas redes, mais uma vez a dança foi o ponto alto e a potência vocal da artista ficou em segundo plano, com o pré e pós refrão da faixa cantados um tom abaixo da gravação e com playback alto.  

Tate McRae
Plateia entoou gritos de “Gostosa” durante a apresentação de estreia no Brasil da canadense Tate McRae  - Foto: Grupo Approach

A finalização ficou com o maior hit da cantora, “greedy”, que conta com mais de 1,5 bilhão de streams na plataforma de música Spotify. Enquanto Tate dançava a plateia lotada ecoava o refrão a plenos pulmões, e após o fim da canção, ela agradeceu o público com acenos e beijos e seus dançarinos ergueram uma bandeira do Brasil no meio do palco.

No mesmo horário do show de Tate, a banda sul coreana Wave to Earth fez uma apresentação incrível para um pequeno público, carisma e talento não faltaram no palco, músicas como “love”, “Bad” e “reasons” foram cantadas e agitaram o público do K-indie.

Do outro lado do autódromo, a dupla musical Kasablanca fez uma performance intensa para os fãs de música eletrônica, apesar do público também ser pequeno, a energia cativou o público principalmente com remixes das músicas de Tame Impala e Daft Punk presentes no setlist.

A primeira headliner do segundo dia do Lollapalooza foi Alanis Morissette, que entregou vocais poderosos e a presença de palco que só uma carreira de décadas pode proporcionar. Nascida em Ottawa, Canadá, é um dos maiores nomes do rock segundo a Billboard e desde os anos 90 emplaca sucessos como “All I Really Want” e “Right Through You”, presentes na setlist de sua apresentação.

Com direito a uma hora e meia de show, Alanis iniciou com o sucesso de 1995, “Hand In My Pocket”, composto em pouco mais de uma hora por ela e que de cara levantou a plateia. Características da cantora sempre foram a sua voz, que continua idêntica mesmo depois de 30 anos, uma naturalidade e energia no canto que encheram o palco mesmo sem um corpo de baile,  além do uso da guitarra e gaita por ela durante as faixas.

O show seguiu com hits do álbum “Jagged Little Pill”, responsável por colocar Alanis no mainstream nos anos 90. A última vez que esteve no Brasil foi em novembro de 2023 com a turnê de comemoração de 25 anos do álbum inclusive, que deu a ela 5 Grammys. A plateia formada por adultos e jovens cantou incessantemente do início ao fim, com destaque para a faixa “Ironic”. 

Nos telões passaram mensagens em defesa de causas abordadas pela artista em sua carreira como feminismo, apoio à comunidade LGBTQIAPN+ e igualdade social. Mas continuando a atmosfera nostálgica proposta pelos seus shows, trechos de videoclipes da cantora e fotos pessoais também foram exibidos, destacando a atemporalidade de Alanis, que tem 10 álbuns de estúdio e mais de 85 milhões de discos vendidos pelo mundo.

Em contraposição aos artistas mais jovens que performaram anteriormente, a banda recriou com perfeição os instrumentais vibrantes e crus do rock dos anos 90, e a postura de Alanis continua confiante e livre de acrobacias ou coreografias de redes sociais. Se destacaram sucessos do álbum “Supposed Former Infatuation Junkie”, de 1998 também, como “Are You Still Mad” e “Sympathetic Character”. 

Mesmo assim algumas faixas mais recentes estiveram presentes, como “Lens” de 2012 e “Reasons I Drink” de 2020, essa do último álbum da artista, “Such Pretty Forks in the Road”. A finalização se deu com “Thank U”, sucesso de 1998. Como o nome sugere, a apresentação foi acompanhada de mensagens de agradecimento de fãs da cantora ao redor do mundo ao longo dos anos, e visivelmente emocionada, agradeceu ao público brasileiro. 
 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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E para fechar o sábado, Shawn Mendes subiu ao palco principal às 21:45, apenas 5 minutos depois do fim do show de Alanis Morissette. Apesar da já citada distância dos palcos, o tumulto do intervalo foi bem menor que o visto entre os shows de Benson Boone e Tate McRae. Além disso, apesar do público estimado em 80 mil pessoas, a apresentação do canadense pôde ser assistida com tranquilidade na plateia, sem intercorrências ou empurra empurra.

Diferente dos artistas que o antecederam, um terceiro telão completava o palco melhorando a visão do público, mas o tempo de show foi também de uma hora e meia. Após um atraso de pouco mais de 10 minutos, a setlist começou com “There's Nothing holding Me Back”, sucesso do álbum “Illuminate” de 2017, com mais de 2 bilhões de reproduções apenas na plataforma Spotify. 

Seguiram as faixas “Wonder”, “Treat You Better”, “Monster” e “Lost In Japan”, a mesma ordem da última apresentação do cantor no Brasil, em setembro do ano passado no Rock In Rio. Nesse sentido, pôde-se perceber uma semelhança grande ao longo de todo o show, sem nenhuma faixa inédita do último álbum autointitulado de novembro de 2024.

Além de cantar mais hits como “Señorita”, “Mercy” e “Stitches”, entoados pelo público com força do início ao fim, foi a interação com a plateia e o abraço de Shawn pela cultura brasileira que marcou a apresentação. Ainda no meio do show, ele desceu do palco e correu pelo espaço que dá acesso a plateia, pegando um chapéu e uma bandeira do Brasil dos fãs.

Mais tarde, durante a performance de “Youth”, que fala sobre a necessidade de se manter jovem e lutar, músicos brasileiros subiram ao palco. Joabe Reis, Sylvanni Sivuca, Ricardo Braga e Mama Soares foram os convidados a levar o Brasil para o palco, dando um toque de samba à canção em inglês. Mas Shawn foi além, e em seguida a canção de 1962 de Jorge Ben Jor, “Mas que Nada” foi performada por ele. Com violão na mão, ainda soltou a conhecida frase da atriz  Fernanda Torres, “a vida presta”.

Incrementando o setlist do Rock In Rio, cantou “If I Can’t Have You” de 2019, levantando o astral da apresentação. Mas o final não mudou de lá para cá e ficou de novo com “In My Blood”. Os vocais de Shawn se destacaram mais uma vez, com as notas agudas do refrão mantidas e executadas com emoção. E encerrando o sábado de um jeito carismático, voltou para a plateia antes de se despedir com um “eu te amo” e “obrigado”.

palco principal no fim do show de Shawn Mendes
Shawn Mendes finalizou o segundo dia do Lollapalooza Brasil 2025 com sucessos e brasilidades - Foto: Vítor Nhoatto

O Lollapalooza Brasil 2025 continua e contará em seu último dia com nomes do rock como a banda brasileira Sepultura e a norte-americana Tool, headliner ao lado de Justin Timberlake, principal atração do domingo (30), prometendo mais música boa e emoção.

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Documentário I’m Not a Robot instiga o telespectador a refletir sobre a evolução das máquinas
por
Vítor Nhoatto
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08/04/2025 - 12h

Não sou um robô, uma etapa de checagem comum ao navegar na internet e uma sentença obviamente verdadeira, ou talvez não. O curta-metragem de co-produção holandesa e belga de mesmo nome, problematiza o chamado teste Captcha, quando a protagonista Lara (Ellen Parren, produtora musical, entra em uma crise existencial ao não conseguir provar sua humanidade.

Logo de cara o enredo de Victoria Warmerdam, também diretora da obra,  pode parecer apenas cômico, e a interpretação de Parren colabora para essa atmosfera. Os diálogos curtos e a indignação diante de uma suposta certeza de Lara prendem a atenção do telespectador ao fazer com que haja identificação com a situação. Provavelmente todos nós já erramos um destes testes simples em algum momento.

A história com pouco mais de 20 minutos continua com a indicação que a personagem tem a chance de ser 87% um robô, segundo um quiz online, e a essência incômoda da ficção científica começa a reluzir. Conversas entre humano e máquina existem há cerca de 60 anos, com a criação do chatbot Eliza, e com o avançar dos anos é cada vez mais comum, de fato.

Seja aquele número para marcar consultas ou o serviço de atendimento ao cliente das operadoras, a Inteligência Artificial rodeia as esferas da vida cotidiana e vem evoluindo rapidamente. Tome como exemplo o robô humanoide que já foi capa de revista e é considerada cidadã saudita, Sophia, da Hanson Robotics desenvolvido em 2015. Ou ainda os influencers virtuais com milhões de seguidores do Instagram hoje como a carismática Lu da empresa de varejo brasileira, Magazine Luiza.

Robô Sophia
Sophia foi inclusive ao Talk Show do apresentador norte-americano Jimmy Fallon - Foto: Hanson Robotics / Divulgação

Parece que a barreira entre o físico e digital, natural e artificial vem sendo quebrada, como aborda a obra de Margareth Boarini, “Dos humanos aos humanos digitais e os não humanos”, lançada em julho do ano passado pela editora Estação das Letras e Cores. O primeiro livro da doutora em tecnologias da inteligência e mestre em comunicação se aprofunda nesses casos de coexistência entre robôs e pessoas, porém, até onde se sabe as diferenças entre máquinas e humanos são perceptíveis, ainda. 

Mas como uma boa teoria de ficção científica, o documentário explora justamente um possível futuro da humanidade, em que máquinas e humanos serão indistinguíveis, A saga de Lara por respostas acaba com a revelação de que Daniël (Henry van Loon), marido da personagem, a encomendou sob medida há alguns anos, como se faz com uma roupa hoje.

Suas memórias, sentimentos e até mesmo relações com outras pessoas, ou robôs, são todas fabricadas, como uma versão muito mais avançada do robô Sophia. A comédia permeia a narrativa um tanto quanto impensável aos olhos de hoje, mas curiosa. A seriedade da executiva da empresa que fabricou Lara, Pam (Thekla Reuten) cria uma atmosfera cômica ao assunto, completada pela tranquilidade que Daniël fala sobre sua “aquisição”.

Parren entrega uma atuação que transborda indignação, e o trabalho cinematográfico é inteligente, com cortes que acompanham a visão de Lara. Sobre o ambiente que o filme se passa, todas as gravações foram no CBR Building em Bruxelas, e a ambientação feita com cores vibrantes e apenas carros de época no estacionamento propõe um contraste entre antigo e moderno, frio e robótico, quente e humano. 

O desfecho se dá com o desejo da protagonista de ser dona do próprio destino, relegando o fato de não poder morrer antes de seu “dono”. Isso pode ser visto talvez como uma negação em aceitar a única coisa que a diferencia de um humano, ou como uma mensagem da autora da obra sobre uma rebelião das máquinas.

Fato é que Lara se joga do topo do prédio, em um take muito inteligente por parte da direção ao filmar de cima, e que apesar de pesado e grotesco consegue ser engraçado e não desagradável aos olhos. Tal qual uma morte comum, há muito sangue saindo do corpo, as necessidades fisiológicas também são como de humanos, mas após alguns instantes a robô volta à vida.

Lara e Daniel em um Volkswagen Fusca azul
Com cinematografia cativante e enredo inesperado, é um Sci-Fi cômico e dramático - Foto: Indie Shorts Mag / Reprodução

Incômodo e perspicaz são boas palavras para definir a quinta produção de Warmerdam, que a fez faturar uma série de prêmios internacionais incluindo o Oscar de Melhor Curta-metragem deste ano. Sua produção também se destaca por ser carbono neutro, com o plantio de uma agrofloresta na Holanda para compensar as emissões de gás carbônico (CO2) da obra.

I’m Not a Robot está disponível de forma gratuita no YouTube desde o dia 15 de novembro de 2025 no canal The New Yorker, com legendas apenas em inglês ou holandês. Mesmo com essa barreira linguística, o choque final é inevitável, e a reflexão provavelmente também, se o seu cérebro não estiver se perguntando se você pode ser também um robô.

Confira como foi a organização e os shows do primeiro dia do festival
por
Julia Naspolini
Pedro Menezes
|
04/04/2025 - 12h

 

Conhecido pelos seus grandes shows, mas também pela lama, o Lollapalooza fez jus à sua fama na sexta-feira (28). Mesmo com riscos de raios e pausas por causa do clima - o que levou a atrasos nos shows - a chuva não conseguiu tomar o posto de headliner. O público resistiu até o final da noite para prestigiar os shows de Jão, Rüfüs du Sol  e Olivia Rodrigo.

 

Olivia Rodrigo

As saias brilhantes, os sutiãs vermelhos aparecendo e até mesmo as capas de chuva roxas denunciavam que a maior parte das pessoas estavam ali para ver ela: Olivia Rodrigo. Uma plateia diversa que reuniu de pré-adolescentes até adultos com looks inspirados nos clipes da cantora. Com um outfit inédito da Roberto Cavalli — sexy, jovem e rebelde, assim como seu show —, a artista entoou seus hits para a multidão. Os fãs sabiam letra por letra, até mesmo das músicas menos famosas. Após anos de espera, ela finalmente veio ao Brasil com sua segunda turnê mundial: Guts World Tour.

Os vocais da cantora eram bons em momentos mais lentos, como em “Traitor” e “Happier”, mas, naturalmente, a americana derrapava nas músicas mais agitadas, combinadas a coreografias. Porém, isso não atrapalhou a experiência. Apesar de não ter backing vocals no palco, o público servia como um coral, cobrindo qualquer nota que saísse fora do tom. 

Ao tocar seu maior hit, “Driver 's License”, ela admitiu que a plateia do Lolla 25 era a mais alta que já presenciou em toda a carreira. E mais uma vez os brasileiros receberam o elogio de melhor público do mundo, quando o grito de “Olivia eu te amo” de milhares de vozes emocionou a americana de apenas 22 anos.

Olivia Rodrigo com uma guitarra vermelha em seu show no Lollapalooza
Olivia Rodrigo em seu momento rock do show.  Foto: Divulgação/Grupo Approach

 

 

Girl In Red

Marie Ulven Ringheim, conhecida como Girl In Red, entrou no palco com atraso devido à pausa por risco de raios na região. Mas, foi recebida por um público caloroso que não se incomodou com a chuva no início do show, que logo parou e foi substituída por um lindo arco-íris - digno do pop sáfico da cantora. 

A norueguesa arriscou um português para agradecer aos brasileiros por dançarem nas músicas animadas e cantarem toda a letra de seus hits como “I Wanna Be Your Girlfriend”. Já em inglês, ela impactou ao afirmar “God is gay”, Deus é gay, em tradução livre.  

Girl In Red com microfone se apresentando
Girl In Red e sua grande presença no palco.  Foto: Iwi Onodera/ Brazil News

 

 

Rüfüs du Sol

Após 6 anos do seu último Lolla Brasil, o trio australiano retornou ao festival como headliner do palco Samsung Galaxy. Mesmo com o line-up do dia mais voltado para música pop, Rüfüs du Sol conseguiu animar o público brasileiro com seus hits eletrônicos. Em meio a lama, os brasileiros dançaram ao som de “Music is Better” e fizeram coro com “Inner Bloom”. 

Tyrone Lindqvist, vocalista, James Hunt, baterista e Jon George, tecladista, disseram ao longo do show que estavam muito felizes de voltar ao Brasil e agradeceram ao público pela presença. 

Rufus du Sol se apresentando
Jon George no piano, Tyrone Lindqvist na guitarra e James Hunt na bateria.  Foto: Divulgação/Lollapalooza

 

 

Empire of the Sun

Empire of the Sun subiu ao palco com estrutura e roupas psicodélicas que, juntamente com as músicas, provocaram uma viagem na imaginação do duo. A audiência se animava ao identificar, nas músicas, os 15 segundos virais do TikTok, mas, eles provaram ser muito mais do que isso. “Walking on a Dream” fez todos levantarem seus celulares e cantarolar o refrão. Para além da cenografia extravagante — com robôs reflexivos dançando —, os vocais de Luke Stelle eram poderosos.

Empire of the Sun no Lolla 25
Vocalista e guitarrista, Luke Steele, durante show no Lollapalooza. Fonte:  AgNews/Van Campos.

 

 

Jão

No último show antes de um prometido hiato, Jão mostrou todo o seu potencial e colocou fogo em tudo. “Eu sou um popstar”, atestou ele. Em um repertório pensado para ser um presente aos fãs, o cantor incluiu “:( (Nota de Voz 8)”, que não cantava há cinco anos, mas retirou grandes hits que um público diversificado do festival pede, como “Vou Morrer Sozinho” ou “Pilantra”, parceria com Anitta.

 

 

Jão no Lolla 25
 Jão anima a plateia no Lolla 25.  Foto: Luiz Gabriel Franco/g1

 

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Depois de 20 anos, empresas anunciam novo crossover entre os maiores heróis da cultura pop
por
Luis Henrique Oliveira
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27/02/2025 - 12h

 

Durante a ComicsPRO, evento que aconteceu na última sexta (21) em Glendale, Califórnia, os editores-chefes da DC Comics e da Marvel, Marie Javins e C.B. Cebulski, respectivamente, anunciaram que estão trabalhando em uma nova parceria entre as editoras, com previsão de lançamento ainda esse ano.

Super-heróis da Marvel (lado esquerdo) batalhando contra os heróis da DC (lado direito) durante a história em quadrinho "LJA/Vingadores"
Heróis da Marvel e da DC em “LJA/Vingadores” por George Pérez Imagem:Reprodução/Universo HQ

Ambas editoras vêm trabalhando em relançamentos de parcerias antigas nos últimos anos, motivo pelo qual impulsionou o surgimento de novos enredos em conjunto. Em 2022, relançaram “LJA/Vingadores” para homenagear o quadrinista George Pérez e, em 2024, lançaram em edição única “DC versus Marvel”, estória publicada originalmente em 1996.

"Nós realmente gostamos de trabalhar juntos. Este foi um projeto ótimo de se fazer, mas acho que há outra baleia-branca que pegamos." diz Marie durante o evento, falando sobre a colaboração que está por vir. "Outro crossover, um crossover moderno, vocês estão a fim?" perguntou C.B. e, após aclamação do público presente, brincou “acho que não temos escolha a não ser fazer isso.”

Segundo a dupla, serão publicadas duas edições de volume único: “Marvel/DC”, sob o selo da Marvel, e “DC/Marvel”, pela DC Comics, sem revelação da trama ou dos personagens que farão parte da narrativa. 

Marie Javins e C.B. Cebulski durante a ComicsPRO
Marie e C.B. falando sobre o trabalho em conjunto das empresas Foto:Reprodução/Bleeding Cool

As editoras possuem um longo histórico de colaborações com passar dos anos, acumulando títulos como “Superman versus Homem-Aranha", “Batman/Demolidor” e “Os Fabulosos X-Men e os Novos Titãs”. A última parceria oficial foi em 2004, com o quadrinho “Liga da Justiça/Vingadores”, crossover que durou 4 edições divididas entre as empresas e trouxe uma aventura épica para os maiores heróis do planeta.

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Lady Gaga volta ao país em maio deste ano após show cancelado em 2017
por
Maria Eduarda Cepeda
Kaleo Ferreira
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27/02/2025 - 12h

Nesta sexta-feira (21), Lady Gaga e a Prefeitura do Rio de Janeiro anunciaram a data do show gratuito da artista na capital carioca. A artista retorna ao Brasil após 8 anos desde sua última vinda, para o Rock In Rio 2017, show que não aconteceu. O evento está previsto para o dia 3 de maio, na Praia de Copacabana e será o início do projeto “Todo mundo no Rio”. 

Em 2017, a artista não pôde se apresentar no festival devido à fibromialgia, uma condição crônica que causa dores muito fortes pelo corpo. Por recomendação médica ela não pode embarcar no voo que a traria para o evento, ela foi substituída pelo grupo Maroon 5. 

Printscreen do tweet feito pela cantora, anunciando o cancelamento do seu show em 2017.
Nota postada pela cantora na rede social anunciando o cancelamento de seu show. Foto: Reprodução/Twitter

Agora com a nova data, a cantora demonstrou estar otimista para o seu retorno. “É uma grande honra ser convidada para cantar para o Rio [..] Eu estava morrendo de vontade de ir me apresentar para vocês há anos e fiquei de coração partido quando tive que cancelar anos atrás porque estava hospitalizada", disse a cantora no post no Instagram, divulgando o show nas redes sociais. 

A cantora está prestes a lançar seu sétimo álbum, Mayhem, no dia 7 de março. Este álbum promete explorar uma variedade de gêneros e estilos, refletindo a jornada artística e a sua identidade. Ela descreve o álbum como uma homenagem ao seu “amor pela música”, reunindo uma ampla gama de influências junto de um pop dark.

Lady Gaga e dançarinos no clipe "Abracadabra", a cantora está no meio e os dançarinos em volta, todos usando roupas brancas.
Cena do clipe ‘’Abracadabra”. Foto: Reprodução/Youtube

O primeiro single do álbum, "Disease", foi lançado em outubro, seguido por "Die With A Smile", uma colaboração com o cantor Bruno Mars, que atingiu a primeira posição da Billboard Global e ficou em primeiro lugar nas paradas por oito semanas consecutivas em 2024 e tornou-se também a segunda música com maior tempo naquele topo, além de ter ganhado outros reconhecimentos e ter ganhado a categoria de Melhor Performance Pop de Duo ou Grupo no Grammy de 2025. O terceiro single, "Abracadabra", foi lançado agora em fevereiro, durante a cerimônia do Grammy Awards e essa música marca o retorno de Gaga às suas raízes pop.

O Prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, adotou uma estratégia focada na realização de grandes eventos culturais para impulsionar a economia da cidade e consolidá-la como um destino global. Com isso atraindo turistas, gerando empregos e movimentando a economia.

A praia de Copacabana está cheia durante o show da cantora Madonna
O show da cantora Madonna reuniu mais de 1,6 milhões de pessoas na Praia de Copacabana em 2024. Foto: Fernando Maia/Riotur

A iniciativa de Paes também inclui o projeto "Todo Mundo no Rio", que transforma a Praia de Copacabana em palco para mega shows gratuitos de artistas internacionais. Ele foi lançado em 2024 e no mesmo ano, o evento contou com a apresentação da rainha do pop, Madonna. Agora, está se preparando para receber Lady Gaga.

A realização desse evento tem proporcionado benefícios econômicos substanciais. O show de Madonna em 2024 custou cerca de R$ 60 milhões, esse valor foi financiado pelo governo do estado, pela prefeitura do Rio, e por patrocinadores privados, que gerou um impacto de aproximadamente de R$ 300 milhões na economia local. Além disso, a cidade espera um aumento de 20% no número de eventos em 2025, com a confirmação do show de Lady Gaga em Copacabana.

 

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O projeto une duas culturas periféricas, contando um pouco da história dos artistas
por
Guilbert Inácio
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20/02/2025 - 12h

O EP, “Falando com as Favelas”, lançado na última segunda-feira (17), tem chamado a atenção do público corintiano. O projeto tem quatro faixas, trazendo, por meio do funk e do futebol, uma mensagem sobre superação e fomento de cultura para as periferias do mundo.

Memphis e MC Hariel, de óculos, estão centralizados. Há pessoas ao redor dos dois fazendo diferentes sinais com as mãos
Memphis Depay e MC Hariel com um grupo de pessoas em Gana / Foto: Renan Miranda

Sobre o EP

Além das faixas, o projeto tem videoclipes em que boa parte das gravações foram feitas em Gana e Vila Aurora, periferia da zona norte da capital paulista, onde Hariel nasceu e cresceu.

Na primeira faixa, “Falando com as Favelas”, Hariel fala sobre a necessidade de acesso à cultura e informação nas comunidades e a importância de ouvir e fomentar os sonhos das crianças, os quais podem auxiliá-las a seguir um rumo diferente do ambiente hostil em que vivem, fazendo um paralelo com uma parte na qual Memphis aborda seus traumas de infância. 

O jogador foi abandonado pelo pai aos quatro anos de idade, apanhava dos filhos de seu padrasto, começou a consumir e traficar drogas ainda na adolescência, mas tudo isso foi superado quando começou a jogar futebol. O holandês reforça na música que seu propósito é maior do que fama, e por isso doa sua alma para as crianças que buscam um futuro melhor.

A segunda faixa, “Peita do Coringão”, traz um outro artista, MC Marks. A música fala um pouco sobre a experiência de viver o Corinthians, trazendo o icônico "poropopó", um dos cantos da torcida alvinegra, a qual canta o jogo todo apoiando o time, além de reconhecer a raça e as origens do time no povo. "Alegria do povo, que vestiu preto e branco, foi pra rua de novo, olha o bando de louco", canta MC Marks.

MC Hariel, de óculos, está em cima de um carro com as mãos para o alto. Há uma pessoa ao seu lado segurando uma bandeira do Corinthians. Ao redor do carro, há pessoas com mascaras.
Bandeira do Corinthians estampa vários takes dos videoclipes do EP / Foto: Renan Miranda

 

A terceira faixa “Suor e Sangue” é um funk superação. O destaque fica para a frase: "quem é bom, não tem que ser bonzinho" dita ao Hariel por sua mãe, Karin Christine, a qual ele se refere na música como "a guerreira” que o guiou. Ao “Altas Horas”, o artista comentou que, quando era criança, sua mãe deixava o rádio o dia inteiro ligado, e isso o ajudou a entender melhor o mundo da música. Assim como Memphis que ascendeu pelo futebol, Hariel ascendeu pelo Funk.

O EP finaliza com a faixa “Renascer” com uma pegada sentimental e otimista. A música retoma as dificuldades de Memphis e Hariel na vida, reforçando que, mesmo que as pessoas desacreditem de seu futuro e matem sua esperança, é bom crer que o amanhecer trará algo melhor e que o sorriso das crianças curam o medo e a tristeza do passado.

Dois personagens distintos se unem no projeto, mas como eles se ligam?

Em um ambiente fechado, Memphis está sentado, abraçando uma criança. Outras crianças aparecem ao lado e ao fundo.
Memphis presente em seu projeto social com crianças ganesas / Foto: Boris Letterie

Memphis é um jogador holandês que começou sua carreira como profissional aos 17 anos, em 2011, no PSV Eindhoven (Holanda). Com a boa atuação no clube, o jogador foi convocado para a seleção holandesa para jogar a Copa do Mundo de 2014, aqui no Brasil.

Um ano depois, Memphis saiu do PSV e foi para a Inglaterra jogar no Manchester United, onde jogou por 1 ano e meio. De lá pra cá, o holandês passou por Lyon (França), Barcelona (Espanha) e Atlético de Madrid (Espanha). 

O jogador também tem um projeto social, Memphis Foundation, que apoia e fomenta o acesso à educação, esporte e cultura para 24 mil jovens cegos e surdos de Gana, país em que o holandês tem raízes familiares.

Em 2024, perto do fim de seu contrato com o time de Madrid, Memphis ficou livre para negociar com outros clubes, surgindo assim o interesse do Corinthians.

Memphis, que começou carreira musical em 2018, tem uma música chamada “2 Corinthians 5:7”. Embora a referência seja bíblica, a música inflamou a torcida corintiana que clamou pela sua vinda.
 
Pedro Silveira, diretor financeiro do timão, foi o principal responsável pela contratação do holandês. Em setembro de 2024, em busca de novos ares, Memphis desembarcou no Brasil para jogar no clube do Parque São Jorge cuja casa, Neo Química Arena, já era uma velha conhecida do holandês.

Em 2014, no terceiro jogo da Holanda na fase de grupos, contra o Chile, Memphis marcou seu primeiro gol no estádio alvinegro sem saber que, dez anos depois, esse estádio seria sua casa. O jogador, atualmente, soma oito gols e sete assistências com a camisa do Corinthians, time de coração de MC Hariel.

Hariel Denaro Ribeiro, conhecido popularmente como MC Hariel, é filho de Celso Ribeiro, membro da banda “Raíces da América”. A infância do cantor foi em um ambiente cercado pela música, mas também por drogas. Seu pai morreu por causa de dependência química. Seus tios também tinham vícios e sua mãe era alcoólatra, mas conseguiu sair do vício para cuidar do filho. Hariel contou à Marcelo Taz, em entrevista ao programa “Provoca” da TV Cultura, que sua mãe o incentivou a seguir um rumo diferente dos seus familiares.

O artista antes de fazer sucesso com o funk, em sua adolescência, chegou a trabalhar como entregador de pizza, operador de telemarketing, auxiliar de gesseiro, entre outras profissões. 

Hariel começou a carreira musical com 11 anos, mas o sucesso veio aos 15, em 2014, com a música "Passei Sorrindo". Hoje, com 16,7 milhões de seguidores no Instagram e 7,9 milhões de ouvintes mensais no Spotify, Hariel acumula hits como “Lei do Retorno”, “Maçã Verde”, "Vergonha pra Mídia" e “Ilusão Cracolândia”. Seu último projeto, foi o álbum “Funk Superação” trazendo feats de diferentes nichos da cena musical como Gilberto Gil, Kyan, IZA, Péricles e Ice Blue.

Hariel tem uma música em homenagem ao Corinthians, “Manto do Timão”, e em 2021, fez um show na live de comemoração de 111 anos do clube alvinegro. Na ocasião, o cantor evitou cantar a frase “Jack de Maçã Verde” de uma de suas músicas e tirou o símbolo da Lacoste, patrocinadora do funkeiro, do Boné, em respeito ao clube preto e branco cujo rival, Palmeiras, tem o verde como cor principal.

“Não sei quando me tornei corintiano, não sei se nasci corintiano ou se o Corinthians nasceu em mim, só sei que antes de ser corintiano eu não existia. Parabéns Corinthians, obrigado por tudo. De glórias e vitórias, 111 anos. Sempre altaneiro és do Brasil o clube mais brasileiro.” Hariel, horas antes da live, em seu Instagram.

O encontro de Memphis com Hariel se deu por meio do DJ André Nine que, ao saber do interesse do jogador de conhecer artistas brasileiros, convidou Hariel a ir a um estúdio conhecer o jogador. Hariel contou ao Serginho Groisman no programa “Altas Horas” da Globo que foi ao estúdio para conhecer um ídolo, mas encontrou um parceiro de composição. 

A sintonia de ambos foi imediata e no dia do encontro, os dois fizeram três músicas que compõem o EP. Memphis também contou no programa que já conhecia o trabalho de Hariel e que juntos, eles têm uma mensagem importante para passar ao mundo.

Memphis tem um apreço pela cultura brasileira e já visitou algumas periferias e favelas do estado de São Paulo. No “Altas Horas”, ele conta que conhece periferias na Holanda e em Gana, mas queria conhecer as do Brasil, por entender que há distinções entre as localidades. Ele complementa que foi bem recebido pelos brasileiros e que, para ele, é importante esse contato com as pessoas.
 

Memphis e outras pessoas estão em frente a um muro, no qual há uma pintura do jogador
Memphis em frente ao grafite do coletivo Raxa Kuka no bairro Jardim Sílvio Sampaio de Taboão da Serra, São Paulo / Foto: Rodrigo Coca

No EP, embora os artistas sejam de contextos históricos distintos, ambos se ligam no Brasil pelas suas raízes familiares, sociais, culturais e profissionais.

"BRASIL há noites em que derramo lágrimas porque você me permitiu ser eu mesmo sem julgamento e isso me toca profundamente, OBRIGADO. O Brasil me faz perceber que estou me curando de minhas cicatrizes profundas no momento, e essa nova jornada parece um novo começo de vida! Meu primeiro projeto musical com @mchariel é para as pessoas que precisam de cura, para as pessoas que amam música e para todos que querem se unir. Falando com as Favelas está se movendo com o espírito da luz! Estamos todos juntos nisso.” Memphis na última terça-feira (18), em seu perfil do Instagram.

 

 

 

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Confira horários, atrações, personalidades e games do festival
por
Marcelo Barbosa
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06/12/2024 - 12h

O maior evento de cultura pop da América latina está de volta e, mais uma vez, traz personalidades de destaque no mundo do entretenimento. As atrações estão para acontecer entre os dias 4 e 8 de dezembro no São Paulo Expo, Zona Sul da cidade de São Paulo. É possível acompanhar diversos palcos, com diferentes temáticas para todos os gostos.


multidão andando na CCXP de 2019/ Imagem: site CCXP
Multidão andando na edição de 2019/ Imagem: Site da CCXP

Na noite de quarta-feira (4), a abertura oficial contou com a pré-estreia de “O Senhor dos Anéis: A Guerra dos Rohirrim”. Já na quinta (5), o destaque fica por conta da presença de Vincent Martella, ator e dublador norte-americano famoso pelo papel em “Todo Mundo Odeia o Chris”. Outro convidado de peso é Misha Collins, conhecido por interpretar o anjo Castiel na série “Supernatural”, além de atuar como ativista e escritor.

O Palco Thunder by Claro tv+, com capacidade para 3 mil pessoas, será repleto de grandes atrações, incluindo artistas nacionais e internacionais do cinema e da televisão. Também estão programadas pré-estreias, lançamentos de trailers e rodas de conversa. Já no Palco Ultra, o foco será em debates e palestras, como a de Geoff Johns, roteirista e produtor renomado no universo dos quadrinhos e do cinema; sobretudo, da DC Comics.

Na sexta-feira (6), o evento contará com a participação de Giancarlo Esposito, ator norte-americano que deu vida ao icônico personagem Gus Fring em “Breaking Bad”. Outra atração será uma mesa com representantes da produtora Gullane, responsável por filmes como “Bicho de Sete Cabeças” e pela série “Senna”, além de novos projetos como “Motel Destino” e a animação “Arca de Noé”.

No sábado (7), os atores Matheus Nachtergaele e Selton Mello debaterão sobre a aguardada sequência de “O Auto da Compadecida”, explorando as novas aventuras dos inesquecíveis personagens João Grilo e Chicó.

Encerrando a programação no domingo (8), acontecerá a pré-estreia de “Chico Bento e a Goiabeira Maraviósa”, produção da Mauricio de Sousa Produções dirigida por Fernando Fraiha. O elenco principal, incluindo Isaac Amendoim (Chico Bento) e Anna Julia Dias (Rosinha), estará presente nos debates. O filme chegará aos cinemas em 9 de janeiro.


                                                               ingressos

Os ingressos variam conforme a modalidade escolhida. A opção mais completa, por R$ 3,3 mil, inclui passeio guiado antes da abertura oficial e acesso prioritário aos quatro dias de evento. Ingressos individuais custam R$ 200, enquanto o pacote para os quatro dias sai por R$ 800. Outras opções incluem pacotes VIP, com preços entre R$ 1,8 mil e R$ 2,5 mil, que oferecem atividades exclusivas, descontos e fotos ou autógrafos de artistas convidados.


A CCXP é inspirada na Comic Con que ocorre em San Diego (California) anualmente. Ela chegou ao Brasil em 2014 trazida pelas empresas Omelete Company, Piziitoys e Chiaroscuro Studios. Desde então, ela se tornou um dos maiores festivais de cultura pop do mundo.

 

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Caracterizada como a sociedade da audição ansiosa, veja como a produção musical mudou nos últimos anos
por
Vítor Nhoatto
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03/12/2024 - 12h

Foi-se o tempo em que 3 minutos eram pouco para uma história ser contada em forma de música. Com a chegada das redes sociais e a dinamicidade de hoje o comportamento humano mudou, e a forma como se faz uma canção também. A atenção precisa ser captada rapidamente e quanto maior for o número de plays melhor, afinal, tempo é dinheiro.

Economia da atenção

O psicólogo Herbert Simon criou o termo ‘economia da atenção' na década de 1970 para se referir a essa nova conjuntura social ocasionada pela aceleração da comunicação. Criou-se uma disputa do foco dos usuários devido a abundância de informações e distrações o tempo todo. Cada vez há mais textos, os quais se tornam menores e mais diretos. E os áudios inundam os smartphones, sendo escutados na velocidade 2 para não se perder tempo.

A atenção das pessoas é um recurso limitado como define o autor, e com um bombardeamento de dados e estímulos cada vez maior, mais difícil é fazer com que alguém pare e perceba algo de fato. No caso da música, já nos primeiros segundos o ouvinte deve ser surpreendido para não ‘pular’ a faixa, e nada mais longo que três minutos.

Considera-se com isso a audição das novas gerações como ansiosa e a indústria musical inevitavelmente teve de se adaptar, como alega Luiza Studart, responsável pela área de parcerias com as plataformas de streaming da distribuidora Believe Brasil. “Enquanto antes víamos músicas com 3 versos, ponte e refrão, hoje temos faixas que já começam no refrão buscando chamar a atenção do público”.

Faixas como ‘Bohemian Rhapsody’ do Queen e ‘Mirrors’ de Justin Timberlake, ambas com mais de 5 minutos de duração, provavelmente seriam diminuídas hoje. Além disso, seus formatos seriam diferentes para diminuir o risco de o ouvinte ficar entediado ainda no verso.

Um levantamento da revista norte-americana Billboard de 2022 constata esse movimento nas últimas décadas. O tempo médio das músicas da Hot 100 - uma das mais importantes paradas de sucesso do mundo - diminuiu de 4:10 em 2000 para 3:07 em 2022. Além disso, das dez músicas mais tocadas naquele ano, quase metade tinham menos de 3 minutos.

Para Yngryty Nascimento, estudante, produtora de conteúdo digital e streamer desde 2021, a sua relação com a música é fortemente impactada pela lógica atual. “No meu dia a dia eu não costumo ouvir músicas tão longas, tenho “mania” de pular a música e quase nunca escuto inteira porque eu enjoo facilmente”. 

Era da viralização

pessoa segurando celular com música tocando na tela
Plataformas de streaming e as redes sociais mudaram o formato de consumo musical e diminuíram as músicas - Foto: Splash / fhavlik

Não bastando esses novos padrões comportamentais, os índices de desempenho comercial e popular das músicas também mudaram. Não se contam mais apenas quantos CDs são vendidos  ou quantas reproduções um artista teve nas rádios, mas a quantidade de streams que seus trabalhos possuem nas plataformas e se esses viralizaram.

Definida como a grande repercussão de algo nas mídias digitais, é hoje o principal meio para que uma música faça sucesso. E como o desempenho comercial é uma necessidade econômica, os artistas e gravadoras precisam se adaptar. Já demos algumas sugestões na produção musical pensando em deixar a música mais "comercial", comenta Luiza Studart.

A remuneração nas plataformas se dá pelo número de ‘streams’ que uma música recebe, ou seja, quanto mais ‘plays’ maior será o retorno financeiro. Para se ter uma ideia, a remuneração varia entre U$0,003 e U$0,005 por cada reprodução no Spotify, plataforma de música online com maior número de usuários no Brasil.

Esse parâmetro é inclusive usado como estratégia pelos artistas e gravadoras. Uma música mais direta e com cerca de 2 minutos instiga o ouvinte a escutá-la novamente, desse modo, melhorando a viabilidade do trabalho e diminuindo o risco de dar prejuízo para a empresa distribuidora ou artista independente. 

Existem exceções à regra, mas essas são artistas com uma carreira já consolidada e com uma grande base de fãs como Taylor Swift ou Coldplay, garantindo um número de reproduções alto. Para a grande maioria, no entanto, principalmente para artistas em ascensão e independentes, a atenção tem que ser capturada rapidamente e o volume de produção precisa ser alto para não caírem no esquecimento.

Velocidade digital

Continuando essa aceleração digital e rompimento de barreiras espaciais e temporais, uma espécie de nova onde de redes sociais tomou forma. Nos últimos 5 anos houve um aumento expressivo de plataformas de vídeo curtos como Tik Tok e Kwai. Nelas, o principal diferencial são os chamados ‘challenges’, as famosas dancinhas. 

Diante disso, tornou-se quase indispensável para os artistas um bom desempenho nelas também, por meio de letras sob medida, 30 segundos, e batidas dançáveis. “Existe até o termo agora música para Tik Tok que são justamente músicas com refrões grudentos e menores”, comenta Yngryty Nascimento, que já foi contratada da plataforma Kwai em 2021.

O impulsionamento que uma faixa ganha ao ser usada em memes no Instagram ou Twitter é hoje comparável ao seu uso nas redes de vídeos curtos. Segundo levantamento feito pela Winnin, inteligência artificial que analisa tendências nas redes sociais, em 2020, 7 das 10 músicas mais tocadas no Spotify viralizaram antes no Tik Tok. 

Pensando nisso, plataformas de música e de vídeos inclusive adicionaram funcionalidades específicas para tal portabilidade.  O recurso ‘adicionar a app de música’ no caso do Tik Tok surgiu pela demanda de encontrar aquela faixa viral também nos aplicativos de música. Do outro lado da moeda, o compartilhamento direto do Spotify para a rede de vídeos curtos a partir de novembro deste ano foi criado.

A sociedade segue se transformando, e a música inevitavelmente irá acompanhar os novos caminhos traçados, e estas mudanças não necessariamente impactam na qualidade das músicas. Apesar disso, artistas como Beyoncé e Anitta já criticaram abertamente as limitações criativas dessa briga por atenção. 

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