Na última sexta-feira (5 de agosto), Dia Nacional da Saúde, aconteceu a Etapa Nacional da Conferência Livre, Democrática e Popular de Saúde, na cidade de São Paulo. O evento organizado pela Abrasco (Associação Brasileira de Saúde Coletiva) e outras entidades de saúde coletiva, que propõe melhorias na política de saúde contou com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que recebeu uma Carta Compromisso pelo SUS e pelo Fortalecimento do SUS do movimento Frente pela Vida.
O ex-presidente ressaltou a importância do debate para haver melhorias nas políticas do governo e fez uma divisão da saúde pública em dois momentos: um anterior à pandemia e outro após. Além disso, teceu elogios à classe, ressaltando o êxito dos trabalhadores da área durante a pandemia da covid-19, apesar do esforço do presidente Jair Bolsonaro (PL) em negar a magnitude da doença e ajudar o setor, pedindo uma reestruturação do programa nacional de imunização.
“E é por conta disso que nós precisamos, neste instante, fazer muitas lutas e muitas para que a gente coloque o (SUS) no patamar em que ele precisa estar”, disse com veemência, lembrando que o sistema é referência mundial.
O petista também relacionou saúde com a promoção de qualidade de vida, falando sobre a necessidade de garantir acesso aos serviços de “saúde, mas priorizando também o direito à alimentação de qualidade, moradia, transporte, renda, educação e lazer”.
“Nós não podemos continuar usando a palavra ‘gasto’ quando se trata de cuidar da saúde do povo brasileiro, é um equívoco”, afirmou. “A gente tem que avaliar quanto custa para um país uma pessoa saudável [...], a capacidade produtiva e a capacidade intelectual cresce muito, e se cresce muito, melhora a capacidade produtiva do país, o país ganha com isso. Não é possível então que a gente trate a questão da saúde e a educação como gasto.”
Durante seu discurso, deu destaque ao fato das populações pobres e negras serem as que mais sofrem com a falta de políticas no setor. “Sem isso a gente não pode falar de saúde, e nesse instante, com o povo na fila do osso, da carcaça de frango, e com 125 milhões de pessoas não podendo comer proteínas”, disse, afirmando a necessidade de fortalecer o sistema de saúde para controlar o índice de insegurança alimentar e frisou que o Brasil é um dos maiores produtores de alimentos do mundo.
“O problema da fome no Brasil não é falta de produção, é falta de vergonha na cara das pessoas que governam esse país, que não tem sentimento contra a fome”
O petista enfatizou sua experiência governando o país e a de Geraldo Alckmin (PSD) governando São Paulo. “Não falta ao presidente e ao vice experiência para tentar tirar esse país do lamaçal em que ele se encontra e colocar esse país outra vez no berço da democracia”.
O petista também afirmou ter “muita energia” para fazer mais do que foi feito durante suas duas gestões e falou contra o teto de gastos. “Não espere de mim ficar chorando que não tem dinheiro, nós vamos ter que arrumar dinheiro[...] não terá teto de gastos em lei no nosso país”, reforçou.
Por fim, Lula se comprometeu a fortalecer o Prouni, Fies e a acatar as críticas da população.
“Vocês estejam vigilantes, porque eu não acredito em governo que dê certo se o povo não estiver cobrando. Eu quero, pela nossa amizade, dizer a vocês: eu não quero vocês deixando de criticar o governo quando ele erra [...] os governantes não podem ver a crítica como ofensa, a crítica é um direito democrático”, disse. “Se preparem, porque vocês irão ajudar a gente a governar.”
Propostas de políticas na área da saúde
Representando a aliança de partidos que apoiam o ex-presidente Lula (PT, PSB, PCdoB, PSOL, SOLIDARIEDADE, REDE, PV, Avante), o senador Humberto Costa (PT) relembrou a política adotada pelo governo Lula durante a pandemia do h1n1 entre 2009 e 2010, que vacinou 80 milhões de pessoas em apenas três meses, e assumiu o compromisso de elevar o índice de imunização infantil.
“É uma vergonha que o brasil tenha o melhor programa mundial de imunização e hoje o bolsonaro deixou que a cobertura vacinal caísse para índices inaceitáveis”
Costa afirmou que a covid foi apenas uma de uma série de emergências sanitárias que devem voltar ao nosso país e salientou a necessidade de montar um sistema nacional que trabalhe um acompanhamento permanente.
Segundo ele, as propostas de políticas na área de saúde serão divididas em cinco eixos.
Saúde como direito
Acesso universal, aumentando o financiamento da área da saúde e resgatando o papel do Brasil na área da saúde, levando o país de volta ao protagonismo nesse meio.
Articulação das redes considerando integralidade e equidade
Continuação do programa de saúde à família, retomada do programa Brasil Sorridente - programa de ações em saúde bucal desmontado por Bolsonaro - garantia do programa Mais Médicos em áreas mais remotas, aumento do índice de imunização infantil, aumento de atenção às doenças crônicas e cardiovasculares, criação de um sistema nacional que acompanhe pessoas que tiveram covid e ficaram com sequelas, assistência à saúde mental que garanta a "atenção com liberdade, respeito aos direitos humanos" e retomada da farmácia popular
Complexo econômico industrial da saúde
Conciliação de saúde com desenvolvimento econômico e fortalecimento dos laboratórios públicos.
Gestão compartilhada e controle social do SUS
Participação popular
Gestão do trabalho e a educação em saúde
Desprivatização da gestão da saúde
Saúde como direito
Acesso universal, aumentando o financiamento da área da saúde e resgatando o papel do Brasil na área da saúde, levando o país de volta ao protagonismo nesse meio.
Articulação das redes considerando integralidade e equidade
Continuação do programa de saúde à família, retomada do programa Brasil Sorridente - programa de ações em saúde bucal desmontado por Bolsonaro - garantia do programa Mais Médicos em áreas mais remotas, aumento do índice de imunização infantil, aumento de atenção às doenças crônicas e cardiovasculares, criação de um sistema nacional que acompanhe pessoas que tiveram covid e ficaram com sequelas, assistência à saúde mental que garanta a "atenção com liberdade, respeito aos direitos humanos" e retomada da farmácia popular
Complexo econômico industrial da saúde
Conciliação de saúde com desenvolvimento econômico e fortalecimento dos laboratórios públicos.
Gestão compartilhada e controle social do SUS
Participação popular
Gestão do trabalho e a educação em saúde
Desprivatização da gestão da saúde
O ex-prefeito de Belo Horizonte e ex-presidente do Clube Atlético Mineiro Alexandre Kalil, teve nome confirmado pelo PSD na manhã do dia 24 de julho, durante convenção partidária, que ocorreu na Assembleia Legislativa de Minas Gerais.
André Quintão (PT) foi confirmado vice da chapa por Reginaldo Lopes, líder do partido na Câmara dos Deputados, em maio e oficializado na convenção.
Kalil, belo-horizontino, interrompeu o curso de engenharia civil e entrou nos negócios da família, para a Erkal Engenharia. A empresa teve falência decretada em 2016 e inapta desde abril do ano passado. Foi presidente do Atlético de 2008 a 2011.
Foi registrado candidato como deputado estadual pelo PSB em 2014, porém desistiu logo após a morte de Eduardo Campos - candidato à presidência da república pelo partido, que morreu com a queda do jato que o levava do Rio de Janeiro ao Guarujá, em agosto daquele ano. Concorreu à prefeitura de Belo Horizonte em 2016 pelo PHS com Paulo Lamac (Rede) como vice. Foi reeleito em primeiro turno pelo PSD em 2020. Renunciou em março para concorrer ao governo do estado.
O então prefeito conseguiu aprovar o Plano Diretor pendente desde 2015 após articulação. Durante a pandemia, Kalil adotou medidas de isolamento e suspensão de atividades não essenciais na capital mineira, em oposição ao governo mineiro, que não se prontificou a adotá-las, em concordância e proximidade com o governo Jair Bolsonaro. Em junho, o Tribunal de Contas do Estado aprovou as contas da Prefeitura de Belo Horizonte referentes a 2019, após contestação do Ministério Público.
O atual candidato tem o apoio do ex-presidente Lula, com quem já esteve em palanque em agenda no estado.
A campanha de reeleição do atual presidente Jair Messias Bolsonaro realizou movimentos que visaram minimizar os efeitos gerados pela “Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito!” no Brasil nos últimos dias. O candidato do Partido Liberal (PL) ainda recusou participar de encontros com empresários no próximo dia 11 - no qual a carta será lida - além de um jantar na Fiesp no mesmo dia.
Os esforços também foram direcionados ao bicentenário da independência, o qual está sendo usado por Bolsonaro para engajar seu eleitorado, o que consequentemente aumenta os rumores de autogolpe. Na segunda-feira, inclusive, convidou chefes de estado estrangeiros e lusófonos a comparecer ao ato.
Já na terça-feira, o atual presidente indicou Messod Azulay e Paulo Sérgio Domingues - juízes federais de segunda instância - para o Supremo Tribunal de Justiça (STJ), ação que representa uma derrota do Ministro Gilmar Mendes. Na quarta-feira (3), Bolsonaro afirmou ser alvo de inquéritos os quais poderiam prender não só a ele, como aos seus filhos também. Em seguida, confirmou a sua presença no desfile do Comando Militar do Leste e do Ministério da Defesa no Rio de Janeiro, e, no dia seguinte, além de sancionar o piso salarial dos enfermeiros, técnicos, parteiros e auxiliares de enfermagem - a dois meses das eleições - exclamou que está sofrendo chantagem por indicações de ministros do STF e STJ.
Nesta sexta- feira (5), Jair Bolsonaro lamentou a morte do apresentador Jô Soares, mesmo notificando as suas divergências ideológicas; o ministro Alexandre de Moraes negou o pedido da Procuradoria Geral da República (PGR) de arquivar os inquéritos que perpetuam uma intervenção de Bolsonaro na Polícia Federal, e, por fim, o presidente confirmou a entrevista para o Jornal Nacional que será realizada no dia 22/08 (segunda-feira).
A candidatura do atual governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), foi oficializada neste sábado, 30, no Ginásio do Ibirapuera, para concorrer à reeleição ao cargo de Governador de São Paulo para os próximos quatro anos. Atualmente Garcia ainda cumpre o seu mandato que encerra no dia 31/12 deste ano.
Apenas nesta quarta foi apresentado o vice para a chapa: Geninho Zuliani, do União Brasil (UNIÃO). Alguns nomes eram cotados como candidatos para assumir esta vaga como do deputado Alexandre Leite, vice Presidente Nacional e também Presidente do União Brasil em São Paulo; Antônio Rueda (UNIÃO); o ex-secretário de saúde da capital paulista Edson Aparecido (MDB); o ex-ministro da fazenda, Henrique Meirelles e João Doria.
Zuliani e Garcia fizeram parte do Democratas (DEM), que atualmente fundiu-se ao Partido Social Liberal (PSL) para formação do União Brasil. O nome de vice era disputado entre os partidos União e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB).
No dia 13, Garcia participou de um encontro com empresários da capital de São Paulo e deixou um recado referente a situação econômica do estado paulista e de toda a região do Sudeste: “Manter o que nós conquistamos não é coisa fácil. Precisa ter responsabilidade, precisa ter equipe e acima de tudo conhecer; precisa ter vivido tudo isso para não tomar a decisão errada”. O candidato impôs uma crítica às atitudes fiscais adotadas pelo governo de Jair Bolsonaro e por fim afirmou a lei eleitoral foi desrespeitada através do rompimento com a emenda à instituição do teto de gastos e por meio da aprovação da atual reforma tributária, a “PEC Kamikaze”.
Já no dia 21, o candidato do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) viajou até a cidade do interior de São Paulo, Presidente Prudente, com a finalidade de regulamentar uma lei que permite a transferência de terras ao estado para os produtores rurais. Neste mesmo dia houve a inauguração de uma arena esportiva na Zona Oeste de Franca e a inauguração que ocorreu no Residencial Palermo se converteu em reunião pública dos moradores da cidade, que se manifestaram a favor de Rodrigo Garcia como governador.
Diante de sua candidatura no dia 30/07 o ex-governador João Doria, cujo cargo foi ocupado por Garcia, não compareceu ao evento de oficialização de sua candidatura, devido a sua presença em uma convenção realizada nos EUA, no mesmo dia. Neste dia Garcia discursou sobre seus concorrentes para o cargo de governador:
“Meus adversários estão vindo para dividir o Estado. Um desses teve oportunidade governar essa cidade, mas depois na sua avaliação tomou cartão vermelho. O Datafolha determinou que aquela gestão foi uma das piores. Meu adversário teve a proeza de fazer com que filas e creches aumentassem em São Paulo”, referindo ao ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad.
“O outro chegou agora, caiu de paraquedas para defender interesses, não de São Paulo, mas de um grupo político. Quer fazer de São Paulo um parque de diversão de presidente da República. Aqui, não. Não venha falar mal de São Paulo”, diz o governador sobre o candidato Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Rodrigo Garcia é advogado e empresário de 48 anos, natural do interior paulista e filiado ao PSDB. Ele foi presidente da Assembleia Legislativa no período de 2005 a 2007 e também foi vice-governador na gestão de João Doria, assumindo como o atual governador devido à renúncia de Doria.
O candidato ocupa o terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto e conta com apoio do Partido Progressista (PP), Solidariedade, Patriotas, Cidadania, União Brasil, Movimento Democrático Brasileiro (MDB), Avante e Partido Republicano da Ordem Social (PROS).
No último sábado, 30, em convenção no Expo Center Norte na cidade de São Paulo, o Republicanos oficializou a candidatura de Tarcísio de Freitas para o governo do estado de São Paulo. Felício Ramuth, ex-prefeito de São José dos Campos, será o vice da chapa.
O evento ocorreu pela manhã e contou com presenças de Jair Bolsonaro e sua esposa, Michelle. O Republicanos oficializou o apoio à reeleição do atual presidente. Também compareceram ao evento o candidato ao senado Marcos Pontes, Eduardo Cunha, que está se candidatando ao cargo de deputado federal pelo PTB, além de nomes como Carla Zambelli (PL) e Daniel Silveira (PL).
FOTO: Ana Carolina Coelho
Apoiador de Bolsonaro justificando seu voto no atual presidente
O público notavelmente conservador e em grande parte idoso, se mostrou favorável aos discursos utilizados no palanque:
“Eu como sou patriota vou votar nele, e não tenho dúvida que o Bolsonaro será reeleito. Tem que ser direita mesmo, há cinco anos eu percebi que todos os países onde a bandeira é vermelha, não foi pra frente”, declarou Cilo apoiador que estava presente no evento.
No evento, o discurso bolsonarista e consevador se mostrou presente em todas as pessoas que chegaram a discursar, falas contra partidos de esquerda, o comunismo e pautas como o aborto. Michelle Bolsonaro discursou e em seguida, Jair e Tarcísio.
Seguindo a linha de falar em quase todos os eventos públicos do presidente, e também para surgir como um expoente feminino para alavancar Jair Bolsonaro entre as mulheres, Michele discursou e falou sobre os ditos desafios em ser uma primeira-dama em tom religioso.
Em seguida, Bolsonaro fez um longo discurso onde defendeu o voto em Tarcísio por conta da sua atuação como Ministro da Infraestrutura do seu governo, além de enaltecer a própria eleição em 2018.
“Hoje, a pessoa mais importante nesse momento aqui é a figura do Capitão Tarcísio, meu colega de Academia Militar das Agulhas Negras, formado no IME, concursado na câmara e que aceitou o convite nosso para ser o ministro da Infraestrutura. Lembro até hoje, quando ele me apresentou o seu currículo e eu disse que ele seria o ministro, e ele topou. E mesmo com um dos orçamentos mais curtos, que eu sou o primeiro presidente com teto de gastos, ele começou a trabalhar dando provas da sua competência. De imediato, convocou o Exército e seus batalhões de Engenharia para começar a colaborar em obras por rodovias por todo o Brasil, sendo um sucesso.”
SITUAÇÃO NAS PESQUISAS
Hoje, Tarcísio é o principal adversário de Rodrigo Garcia, do PSDB, na corrida por uma vaga no segundo turno, junto de Haddad, que lidera as pesquisas. Segundo a EXAME/IDEIA (SP-08096/2022), que entrevistou 1200 pessoas entre 3 e 8 de junho, com margem de erro percentual de três pontos Tarcísio aparece com 17% e Rodrigo com 14%, em pesquisa de cenário sem Márcio França, enquanto isso o petista lidera com 31% das intenções de voto.
Retirar o PSDB do governo foi um dos maiores pontos abordados, já que os tucanos governam o estado de São Paulo desde a eleição de Mário Covas em 1994.
CANDIDATO A DESBANCAR O “IMPÉRIO” DO PSDB
FOTO: Ana Carolina Coelho
Tarcísio de Freitas discursa em Convenção Partidária do Republicanos
O candidato ao governo de São Paulo pelo Republicanos, Tarcísio de Freitas, citou em seu discurso os 28 anos do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), no comando do governo de São Paulo, enfatizando que o partido havia perdido a “humanidade”, e que o estado paulista, necessita “respirar novos ares”. Além disso, citou de forma negativa como o estado de São Paulo lidou com a pandemia, tendo como governador na época, João Dória (PSDB), ao enfatizar o fechamento dos comércios e o cancelamento das aulas escolares durante.
Antes de mirar nos tucanos, o ex-ministro iniciou sua fala com elogios a Bolsonaro e impulsionados os apoiadores presentes para a reeleição do atual presidente.
“[Jair Bolsonaro] é uma pessoa que mudou a minha vida, que abriu portas que eu não imaginava que seriam abertas”, afirmou o ex-ministro.
Com um discurso parecido com o de seu principal adversário e participante de outro pólo político, Fernando Haddad, candidato do Partido dos Trabalhadores (PT), Tarcísio citou políticas de sustentabilidade, incentivo fiscal aos pequenos e médios empreendedores, criação de moradia popular, combate à fome, distribuição de renda e valorização dos professores.
“Hoje é um dia histórico, que é um dia que marca o fim de um ciclo. Um ciclo de um partido que está há 28 anos no poder, um partido que criou raízes profundas e essas raízes hoje impedem o estado de andar. Um partido que no final das contas perdeu a sensibilidade e deixou de olhar as pessoas e ver o que os cidadãos precisam. Esse grupo no momento em que o Brasil passou por sua maior crise recente, o que ele fez? Aumentou impostos, afastou crianças das escolas, fechou comércios, maltratou servidores públicos e aposentados e ficou indiferente aos sentimentos das pessoas”, discursou.
TRAJETÓRIA
O carioca Tarcísio de Freitas (47), se formou em ciências militares pela Academia Militar de Agulhas Negras (AMAN) em 1996 e passou a atuar como oficial do Exército. Em 2008, deixou a carreira militar, com patente de capitão, e entrou para o funcionalismo público federal.
Tarcísio de Freitas dirigiu o Ministério da Infraestrutura entre 2019 e março de 2022, quando deixou o cargo para disputar a corrida eleitoral em São Paulo, como candidato ao Palácio dos Bandeirantes.
Durante sua estadia como Ministro em Brasília, Tarcísio era considerado como favorito do atual presidente da república, Jair Bolsonaro, ganhando o apelido de “Tarcisão do asfalto” e “entregador de obras”.
Antes de declarar sua intenção ao governo de São Paulo, o ex-ministro chegou a ser cotado para compor como vice a chapa de Jair Bolsonaro à reeleição. Na época em que a possibilidade era discutida, aliados diziam que Tarcísio de Freitas tinha a confiança e a discrição que o atual titular do Palácio do Planalto desejava, sobretudo após os recorrentes desentendimentos com seu atual vice, Hamilton Mourão (Republicanos).
PROBLEMAS COM DOMICÍLIO ELEITORAL
A Polícia Federal apura supostas irregularidades na declaração de domicílio eleitoral do candidato ao governo paulista, após uma denúncia realizada pelo jornal “Folha de São Paulo”, indicando que Tarcísio não reside no imóvel indicado à Justiça Eleitoral em São José dos Campos.
Em junho, a assessoria do candidato disse que a denúncia foi recebida como “mais um sinal de incômodo com o fortalecimento e contínuo crescimento da pré-candidatura de Tarcísio de Freitas”.
A Promotoria Eleitoral informou que “seguirá acompanhando o trâmite do inquérito e se manifestará tão logo ocorra o encerramento das apurações”.
De acordo com a assessoria, Tarcísio de Freitas possui contrato de aluguel referente ao imóvel em São José dos Campos e a mudança de seu domicílio eleitoral se deu de forma legal.