Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ex-presidente do Brasil e novamente candidato ao cargo de presidente da república, se mantém à frente na corrida para o Palácio do Planalto. Ele soma 44% das intenções de voto, enquanto o atual presidente da república e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), aparece em segundo lugar com 31%. A pesquisa eleitoral foi realizada pela BTG Pactual/FSB e foi divulgada nesta segunda-feira (25).
Em comparação com a pesquisa anterior do instituto, realizada há duas semanas, Lula subiu três pontos percentuais. Já Bolsonaro oscilou para baixo com um ponto a menos, ficando dentro da margem de erro, que é dois pontos percentuais para menos ou para mais.
Em relação aos outros candidatos de destaque, Ciro Gomes (PDT) ficou com 9% das intenções de voto, ocupando o terceiro lugar na pesquisa. Já a senadora Simone Tebet (PMDB) pontuou 2%, tendo oscilado para baixo em comparação com a pesquisa anterior, quando pontuava 4% das intenções de voto.
O deputado André Janones (AVANTE) ganhou 2%, mas na pesquisa anterior havia feito 3%, e o empresário Pedro Marçal (PROS), obteve 1%.
Os demais candidatos não pontuaram.
O instituto BTG Pactual/FBS também realizou a pesquisa dentro de um cenário espontâneo, ou seja, quando o entrevistado é questionado em quem votaria sem que sejam apresentadas as opções de candidatos.
O candidato do Partido dos Trabalhadores, Lula, manteve a liderança novamente, com 40% das intenções de voto; Bolsonaro registrou 30%; Ciro Gomes ficou estável com 3%; e Tebet caiu para 0%.
SEGUNDO TURNO
Já no segundo turno, Lula e Bolsonaro em comparação a pesquisa anterior, não oscilaram fora da margem de erro da última pesquisa realizada pela BTG Pactual/ FBS. O petista tinha 53% e subiu para 54%. O atual presidente da república, Bolsonaro, passou de 37% para 36%.
Em um segundo turno entre Lula e Ciro, o pedetista registra 32% contra 48% de votos que vão para o petista.
Caso aconteça um segundo turno entre Tebet e Lula, a senadora aparece com 25%, enquanto Lula registra 54% das intenções de voto.
SOBRE A PESQUISA
O instituto ouviu 2.000 eleitores por telefone de 22 a 24 de julho de 2022 e a pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-05938/2022. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
O nome do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, foi oficializado como candidato à reeleição pelo Novo em evento realizado na Câmara dos Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte neste sábado (23). O mineiro de Araxá, porém, ainda não tem nome definido para vice de chapa.
Eduardo Costa do Cidadania é cotado para a composição da legenda, mas sua confirmação depende do andamento da negociação que pode formalizar federação do partido com o PSDB.
Romeu Zema é ex-presidente do conselho de administração do Grupo Zema, rede de lojas de eletrodomésticos criada por seu bisavô Domingos Zema. O negócio começou com a venda de peças e assessórios de veículos e hoje engloba o ramo de eletrodomésticos, concessionárias, financeiras, após a venda da divisão de combustíveis. Hoje, acionista.
O atual governador é empresário formado em administração de empresas pela Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo. Entrou para a política em 2018, quando foi eleito na sua primeira campanha, na disputa pelo governo do Estado ao lado do Ex-governador Antônio Anastasia (PSDB) e do então atual governador Fernando Pimentel (PT). Foi filiado por 18 anos ao Partido da República (PR) que teve seu nome alterado para Partido Liberal (PL) em 2019.
Durante sua gestão Zema não adotou prontamente as medidas de isolamento frente à pandemia e declarou apoio ao presidente Jair Bolsonaro quando seu partido apresentava João Amoedo como candidato ao Planalto.
O atual governador também esteve presente, ainda durante a tarde, na convenção do Avante, partido que confirmou o apoio do empresário ao governo do estado.
Após o ocorrido, João Amoedo, ex-candidato pelo Novo em 2018 questionou no Twitter se “Além do PP, o NOVO também se coligou com o Avante ou Zema está cometendo infidelidade partidária?”. O partido do então governador mineiro que concorre à reeleição tem como pré-candidato Felipe D’Ávila, que poderá ser oficializado no dia 30 de julho.
O PDT aprovou em convenção nacional nesta quarta-feira (20), por unanimidade, a escolha de Ciro Gomes como candidato à Presidência da República. A oficialização foi realizada na sede nacional do partido, em Brasília, no primeiro dia do período para realização das convenções partidárias, conforme o calendário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ciro Gomes tem 64 anos, é advogado, e professor universitário.
O pedetista vai disputar o Palácio do Planalto pela quarta vez. Embora não tenha chegado ao segundo turno nas últimas três tentativas (1998, 2002 e 2018), encara uma melhora perante a percepção pública, com pouco mais de 13,3 milhões de votos.
O ex-ministro da Fazenda e ex-governador do Ceará está atualmente em terceiro lugar nas intenções de votos (8%), de acordo com o último levantamento do Datafolha, atrás de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL). Ciro diz que pretende fazer das eleições um “plebiscito de ideias”, e se apresenta como alternativa à polarização.

O candidato abriu sua fala com críticas severas sobre seus adversários, e criticou o ex-presidente Lula, pré-candidato do PT, por supostamente “invadir a autonomia do PDT” no Ceará com o objetivo de escolher o candidato ao governo do estado. Em entrevista, Ciro afirmou que Lula está praticando “puro fascismo” com a senadora e pré-candidata do MDB à Presidência, Simone Tebet, ao atrair emedebistas e tentar negociar acordos com eles.
“O que está acontecendo é o seguinte: o Lula resolveu desconsiderar toda e qualquer ética e qualquer escrúpulo e resolveu destruir os partidos. Tentou operar no Ceará também com gente que eu ajudei a criar”, declarou Ciro. “O que Lula está fazendo no Ceará é invadir a autonomia do PDT para escolher o candidato”.
Ao fazer críticas severas também ao candidato Jair Messias Bolsonaro, Gomes comparou os dois rivais e os colocou em pé de igualdade, com a mesma carga de responsabilidade sobre os acontecimentos do país. "Trocar pessoas, mesmo que de ideologias diferentes, mas que na essência pratica o mesmo modelo é repetir o erro cometido a décadas”, disse ele.
Dedicando boa parte de seu discurso a acusações de crimes supostamente cometidos pelo atual presidente do Brasil, o candidato do PDT apontou os riscos democráticos que sofremos.
A campanha de Ciro adotou o lema “vote em um e se livre dos dois”, em referência a Lula e a Bolsonaro. Segundo o agora candidato, os nomes do PT e do PL representam um “vazio de ideias”. Perto do encerramento da convenção onde a candidatura foi lançada, Ciro levantou algumas de suas propostas e promessas já publicadas em seu livro “Projeto Nacional: O Dever da Esperança”. Em essência, as promessas acenam a uma esquerda social-democrática espelhada em modelos econômicos europeus, defendendo em seu discurso a taxação de grandes fortunas, fortalecimento do estado para o controle financeiro e até a menção do projeto de Renda Básica Universal proposta por Eduardo Suplicy ao plano de governo do PT.
O Partido dos Trabalhadores (PT) oficializou nesta quinta-feira (21) em São Paulo a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República, durante a convenção nacional. O partido também aprovou Geraldo Alckmin (PSB), ex-governador paulista, como vice-presidente da chapa.
A oficialização de Alckmin deve ocorrer dia 29 de julho, data prevista para a convenção do PSB (Partido Socialista Brasileiro), onde a dupla deve marcar presença. Lula não participou da convenção desta quinta pois cumpria roteiro da pré-campanha em Pernambuco.
O ex-presidente será o primeiro candidato de uma federação partidária, que diz respeito a uma modalidade de aliança entre partidos criada em 2021 responsável por unir dois ou mais partidos, estes devem atuar juntos como se fossem um único por, pelo menos, quatro anos. A Federação Brasil da Esperança é composta por PT (Partido dos Trabalhadores), PV (Partido Verde) e PCdoB (Partido Comunista do Brasil).
O evento formalizou também a participação da federação em uma coligação com PSB, a federação PSOL (Partido Socialista)-Rede e o Solidariedade que apoiarão a candidatura do petista. A coligação permite uma aliança entre dois ou mais partidos no período de eleições - apenas majoritárias como presidente e governador - que pode ser desfeita no término desta.
É a sexta tentativa de Lula ao cargo de presidente, das cinco anteriores, ganhou duas (em 2002 e 2006) e perdeu três (1989, 1994 e 1998). Atualmente, o candidato lidera as pesquisas de intenção de voto com 46%, enquanto Bolsonaro tem apenas 29%, segundo pesquisa do DataFolha.
Temporada de tiroteio corre solta país das “liberdades irrestritas”, um aumento considerável de assassinatos de crianças acompanhado de um descaso das forças policiais, usando desculpas como “Mas estaríamos botando em risco a vida de nossos homens” enquanto 19 jovens eram brutalmente baleados no colégio de Uvalde, Texas. Uma situação tão drástica que até o mais conservador dos Republicanos questionar da eficácia da polícia que, como relatado no dia 22 de junho que os oficiais não sabiam que a porta da sala do atirador estava destrancada pois eles não haviam tentado abri-la.
Este é apenas um dos muitos casos frequentes nos Estados Unidos, um problema que pode ser explicado pelo fácil acesso às armas de calibre pesado. Um lugar onde é possível comprar um rifle automático sem grandes dificuldades e com mais armas em circulação do que pessoas. De acordo com os dados do “Small Arms Survey” (Pesquisa de armas de pequeno porte) a cada 100 cidadãos, 120 estão armados: Enquanto a população americana em 2017 era 326 milhões para 393 milhões armas registradas estavam em circulação.

E enquanto este cenário tenebroso paira ao norte, aqui em terras brasileiras acontece uma corrida armamentista promovida pelo nosso atual presidente Jair Messias Bolsonaro. Desde o início de seu mandato, o acesso a armas de fogos vem se expandido exponencialmente, com mais de 40 atos do executivo sobre o tópico. Decretos passados por todos os lados, medidas aprovadas e revogadas, causando uma confusão difícil de ser acompanhada para quem se encarrega de cobrir estas pautas gerando uma confusão sobre o que está ou não em vigor. Corroborando com a carência de noticiabilidade dos dados sobre aquisição de arma crescentes, nos últimos três anos aconteceram um desastre após o outro no país, naturalmente chamando mais a atenção.
Porém, sem ser notado pelo público, este cenário escalou por debaixo do nariz. No Brasil de hoje, está previsto pela legislação que um civil pode possuir até 60 armas de grande porte, sendo 30 o limite de uso restrito como fuzis. Isto se principalmente do CAC emitido pelo exército, um documento que visa permitir que caçadores e colecionadores ou atiradores esportivos, está categoria sendo a mais predominante.
De acordo com dados levantados através do exército obtidos pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, no dia 28 de junho foi relatado que desde o início do mandato de Bolsonaro teve um aumento de 474% de pessoas com acesso ao porte de arma. Em 2018 117 mil pessoas tinham registros, em 2022 673 mil possuíam o mesmo registro. Existe mais armas em posse de mãos de pessoas particulares do que órgãos públicos, das 1.490.323 armas com registro ativo no total, apenas 384.685 estavam nas mãos das instituições públicas de acordo com Sistema Nacional de armas da polícia federal.
De acordo com a ONG Sou da Paz, um dos grandes problemas desta circulação abundante de armas que vemos está na falta de controle encontrado, quando é possível facilmente ser desviado as 60 armas previstas em lei que começam a circular sem grande fiscalização, caindo na mão daqueles que estão propensos a causar crimes. E ainda mais, sem o rastreamento de munição, esta arma pode causar muito mal sem ter ferramentas de rastrear o autor da violência.
O acesso a essas informações carece em transparência, o acesso à informação em si não é de difícil acesso, mas a organização de como elas são apresentadas aparenta ser orquestrada para dificultar o máximo que dá, sendo geridas por ONGs algo que em teoria deveria ser serviço realizado por instituições públicas, tendo que reunir os dados disponibilizados pelas Regiões Militares, das quais não abrangem todas as regiões do país.
Mais armas estão circulando cada dia mais, a cada 24 horas 449 pessoas se tornam legais perante o CAC. A violência doméstica e crimes passionais podem ter altas preocupantes nos próximos anos. “A gente identificou que de 2014 para 2019 o percentual de mulheres mortas por arma de fogo dentro de casa aumentou. Antes, o total de mulheres mortas dentro de casa eram 1 a cada 5, por volta de 20%, já em 2019, último ano que teve esse dado disponível, eram 1 a cada 4, aumentou pra 25%” Natália Pollachi, gerente de projetos da Sou da Paz.
Os números disponíveis sobre armamento do passado não refletem como vivenciamos nossa violência, estamos entrando em um período novo no Brasil, com taxas recorde de armamento. Uma realidade que aparenta tentar espelhar a realidade americana da qual ceifa a vida de várias pessoas inocentes por seu estilo de vida neoliberal.
A violência ao norte se faz notória nos últimos tempos camuflando sua ideologia com uma resistência ao governo da qual não existe a séculos, e ainda assim, vemos um presidente que defende o porte legal de arma para se defender do estado. Medidas regulatórias se fazem necessárias antes que a realidade brasileira seja sobrepujada pela americana