No último domingo (24), o atual presidente da república, Jair Bolsonaro anunciou a sua reeleição à cadeira da presidência - no Maracanãzinho, zona norte da cidade do Rio de Janeiro. Em seu discurso, não só alimentou o anticomunismo, como também enfatizou o repúdio ao candidato do Partido dos Trabalhadores (PT) , Luiz Inácio Lula da Silva. Além disso, os seguidores vaiaram o Supremo Tribunal Federal, repetindo o comportamento do morador do palácio do planalto.
Reforçando seu discurso com teor misógino, Bolsonaro reduziu a mulher a um ser maternal e cristão. Fazendo uma menção memorial às últimas eleições, o comício misturou o "bolsomito" de 2018 com o capitão do povo de número vinte e dois.
OS SEGUIDORES
FOTO: Fernanda Querne
Marta com a blusa antipetista
Seguidora bolsonarista, Marta exaltava a sua felicidade por estar no estádio. antipetista assumida, nomeou Lula como “O enganador do Brasil”. Envergonhada pela possível reeleição do petista, afirmou que ele só está solto porque a sua máfia o ajudou.
Em 27 de abril de 2022, o Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou que o ex-juiz e ex-ministro da defesa Sergio Moro foi parcial ao julgar Lula. Após a decisão do STF de anular todas as condenações da Lava Jato contra o ex-presidente do Partido dos Trabalhadores.
Além de fiel ao presidente, cristã fervorosa, aclamou como o atual líder do Poder Executivo - Bolsonaro, não seria nada sem Deus. “O Brasil agora é de Deus” - pontuou Marta.
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Pablo Brito pintado de verde e amarelo
Com o corpo pintado de verde e amarelo, Pablo Brito relembrava o Viking Republicano - popular pelo ataque ao Capitólio, que ocorreu no início de 2021, após o anúncio da vitória de Joe Biden para presidente dos Estados Unidos.
Ironicamente, dizia que “infelizmente” Bolsonaro ganhará as eleições de 2022. Brito defendeu como Jair não faz política para seus filhos, e sim pelo Brasil. Acrescentou também, que o atual presidente pensa no povo e na imprensa.
Segundo uma pesquisa da Federação Nacional dos Jornalistas, o ano de 2021 foi o mais letal perante a violência contra a imprensa desde dos anos noventa, registrando quatrocentos e trinta casos de violência contra profissionais da imprensa.
O ferrenho apoiador, destacou que o candidato do PL não regularizou as mídias e redes sociais, para acentuar seu respeito às suas instituições de imprensa. “Ele quer liberar tudo, direito de expressão” - afirmou Brito.
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Freitas após a entrevista para AGEMT
Luís Antônio de Freitas Silva (65) - bolsonarista desde 2018 em entrevista à Agência Maurício Tragtenberg, enalteceu o atual presidente, declarando que sabia quem era o Bolsonaro de verdade.
De acordo com Luís, o presidente mostra ao mundo quatro anos sem corrupção, discurso da grande maioria da base de apoio de Bolsonaro. No entanto, durante seu mandato, ocorreram algumas denúncias contra esquemas de “rachadinhas” no gabinete de Flávio Bolsonaro, filho mais velho do atual presidente.
Além disso, sua passagem pelo palácio do planalto, foi marcada pela prisão de Queiroz, a conta da primeira-dama com suspeitos oitenta e nove mil reais e o esquema de corrupção no MEC aos pastores, denunciado recentemente.
O seguidor de Bolsonaro afirmou que a COVID-19 afetou o governo e disse o quanto a pandemia foi uma lástima. Referente ao período pandêmico, que se iniciou no começo de 2020, Luís explicou como a política do “fiquem em casa”, foi uma das piores medidas tomadas pelas organizações de saúde e governos.
Entretanto, em 28 de março de 2020, o virologista Atila Iamarino afirmou que ficar em casa era crucial para conter a disseminação viral: “Sair do Isolamento agora é querer voltar a um mundo que não existe mais”.
Acrescentou também, como a economia do Brasil não quebrou e isso só acontecerá, caso o governo “comunista” ganhe as eleições deste ano. Para reiterar seu discurso contra o comunismo, usou países como: Argentina, Cuba e Venezuela.
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Slogan da campanha de 2018 do Jair Bolsonaro
“Isso está sendo inédito no nosso país, prestigiar um homem digno como o Bolsonaro" - relatou a Selma. A apoiadora alegou que inventaram inúmeras mentiras em relação ao presidente, como a de que ele não ajuda as mulheres. “Se não houver a vitória de Bolsonaro, vai ter uma grande fraude no Brasil”, ressaltou a evangélica. Insistiu que o seu candidato ganhará, de qualquer jeito, no primeiro turno.
No “briefing” com os embaixadores na semana passada, o atual presidente insistiu no ataque às urnas. Entretanto, a Embaixada dos Estados Unidos elogiou o sistema eleitoral brasileiro: “Modelo para o mundo”.
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Primeira-Dama, Michelle Bolsonaro
A PRIMEIRA-DAMA
Em tom religioso, Michelle Bolsonaro palestrou primeiro. Estrategicamente, para dar “voz” às mulheres cristãs e de classe mais baixa - novo público eleitoral. Logo, a primeira-dama afirmou como os tempos estão difíceis - desesperançosos. Até soou que o fundo do poço já estivesse chegado. Porém, aclamou para a força do criador. “Deus é bom, essa nação é abençoada, só foi mal administrada" - retomou a narrativa interminável contra o inimigo petista.
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Michelle discursando entre Flávio Bolsonaro e Arthur Lira
Michelle insinuou os “supostos” rótulos de seu marido, por parte da oposição. Por exemplo, como Bolsonaro demonstra ser misógino e sexista. Sem hesitar, citou como ele sancionou setenta leis em relação ao público feminino. Mas, esse é o mesmo homem que disse para a deputada Maria do Rosário em 2003: “Não te estupro porque você não merece”.
A esposa do candidato do PL abordou o como o governo de seu marido investiu em projetos que levassem água para o nordeste - região com o seu foco eleitoral. Entretanto, de acordo com o Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União, o governo dos integrantes do Partido dos Trabalhadores foi o que mais investiu no projeto de integração do Rio São Francisco - 88% dos pagamentos foram feitos na época do Lula e da Dilma.
“Não queremos nos promover, mas entregar” - fala da Michelle logo após exibir o que “supostamente” fizeram. Concluindo o “culto”, a primeira dama explicou que a luta é contra o mal, não se trata de uma batalha entre mulheres e homens.
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Seguidores ouvindo o hino nacional
CAPITÃO DO POVO
Jair Messias Bolsonaro (PL) iniciou seu discurso amedrontando o povo com a ameaça comunista. “A nossa bandeira nunca será vermelha!” - berrou o público. Relembrou como era um deputado do baixo clero, apoiando o impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff (PT). Citou o atentado que sofreu nas eleições de 2018 - a facada.
Mencionou a meritocracia brasileira: “Esse é o país que todos têm oportunidade” - retomando um dos seus discursos mais frequentes. Entretanto, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia (IBGE), menos de 3% de mulheres e homens negros alcançam cargos de gerência ou diretoria no Brasil. Relatou como não diferencia negros ou brancos, apesar das constantes falas do atual presidente.
No dia 11 de maio deste ano, o candidato do Partido Liberal ofendeu a comunidade preta ao perguntar quantos arrobas - unidade de medida para pesar gado - tinha o seu apoiador em frente ao Palácio da Alvorada. “A nossa missão é não atrapalhar a vida de vocês” - citou o candidato desresponsabilizando a função estatal.
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Panfleto com o novo número eleitoral do Bolsonaro, 22
NOVO BOLSA FAMÍLIA
“Descobrimos que tínhamos aqueles informais, os que vendiam biscoito globo na praia. Esses foram obrigados a ficar em casa para morrer de fome. O que o governo fez? Criou o auxílio emergencial” - disse o candidato.
Entretanto, esse “novo” programa nada mais é que o bolsa família renomeado. “Como assim esse governo não pensa nos pobres?” - indagou o Bolsonaro. Porém, a PEC Kamikaze - benefícios sociais em ano de eleição - só foi liberada pela declaração de estado de emergência.
Ao final, justificou a criação desta Emenda Constitucional. O candidato do PL afirmou que foi o primeiro presidente a lidar com teto de gastos - um limite de despesas para a União. Porém, o governo de Michel Temer criou a PEC 241, em 2016. Visando só controlar a dívida do governo em relação à inflação.
MAIS DE 600 MIL MORTES
Bolsonaro disse que o seu governo foi difícil. Citando a guerra entre Rússia e Ucrânia, uma grande seca e o cenário pandêmico. “O mundo inteiro sofrendo as consequências daquela política que eu fui contra - política do “fiquem em casa”. Mas, segundo a Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid-19, o candidato do PL conduziu erroneamente a pandemia.
O relatório da CPI o acusou de nove crimes pela sua conduta: epidemia com resultado de morte, infração a medidas sanitárias e preventivas , emprego irregular de verba pública, incitação ao crime, falsificação de documentos, charlatanismo, prevaricação, crimes de responsabilidade e crimes contra a humanidade.
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Camisas à venda fora do estádio
AMIGOS VERSUS INIMIGOS
“Com o apoio do Parlamento, está aqui o nosso presidente, Arthur Lira. Um enorme aliado nosso, tem colaborado muito com o governo. Graças a ele, conseguimos aprovar a lei que baixou o preço dos combustíveis” - afirmou Bolsonaro apresentando o amigo de longa data.
Mesmo com pouco apoio dos parlamentares, a presença do Presidente da Câmara dos Deputados foi primordial para demonstrar alianças. Como Marcos Feliciano também se juntou ao culto no Maracanãzinho. Ou até mesmo o próprio Daniel Silveira - político preso por ameaçar o STF.
“Vocês sabem o que é…Supremo Tribunal Federal” - instigou Bolsonaro. Vaias ensurdecedoras eclodiram o Maracanãzinho. Os seus apoiadores repetiram inúmeras vezes “Supremo é o povo”. Pois, o presidente já sofreu acusações vindas do STF.
Como o inquérito 4781 - fake news. Em 2019, o ministro Dias Toffoli abriu o processo para apurar atos caluniosos e difamatórios contra a Corte Brasileira. Consequentemente, entraram com ações contra o candidato do PL.
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Criança no lançamento da candidatura do Bolsonaro
7 DE SETEMBRO
Com todos os seus parceiros juntos, concluiu ao mencionar o 7 de setembro: “Convoco todos vocês para as ruas pela última vez”. No dia da independência de 2021, Bolsonaro discursou em Brasília. Ameaçou o STF e o Congresso, com pautas antidemocráticas.
“Há risco real de autogolpe no Brasil”, afirmou Steven Levitsky - autor do best-seller “Como as democracias morrem”. O professor de Harvard explicou como Jair Bolsonaro parece se inspirar na invasão do Capitólio.
Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ex-presidente do Brasil e novamente candidato ao cargo de presidente da república, se mantém à frente na corrida para o Palácio do Planalto. Ele soma 44% das intenções de voto, enquanto o atual presidente da república e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), aparece em segundo lugar com 31%. A pesquisa eleitoral foi realizada pela BTG Pactual/FSB e foi divulgada nesta segunda-feira (25).
Em comparação com a pesquisa anterior do instituto, realizada há duas semanas, Lula subiu três pontos percentuais. Já Bolsonaro oscilou para baixo com um ponto a menos, ficando dentro da margem de erro, que é dois pontos percentuais para menos ou para mais.
Em relação aos outros candidatos de destaque, Ciro Gomes (PDT) ficou com 9% das intenções de voto, ocupando o terceiro lugar na pesquisa. Já a senadora Simone Tebet (PMDB) pontuou 2%, tendo oscilado para baixo em comparação com a pesquisa anterior, quando pontuava 4% das intenções de voto.
O deputado André Janones (AVANTE) ganhou 2%, mas na pesquisa anterior havia feito 3%, e o empresário Pedro Marçal (PROS), obteve 1%.
Os demais candidatos não pontuaram.
O instituto BTG Pactual/FBS também realizou a pesquisa dentro de um cenário espontâneo, ou seja, quando o entrevistado é questionado em quem votaria sem que sejam apresentadas as opções de candidatos.
O candidato do Partido dos Trabalhadores, Lula, manteve a liderança novamente, com 40% das intenções de voto; Bolsonaro registrou 30%; Ciro Gomes ficou estável com 3%; e Tebet caiu para 0%.
SEGUNDO TURNO
Já no segundo turno, Lula e Bolsonaro em comparação a pesquisa anterior, não oscilaram fora da margem de erro da última pesquisa realizada pela BTG Pactual/ FBS. O petista tinha 53% e subiu para 54%. O atual presidente da república, Bolsonaro, passou de 37% para 36%.
Em um segundo turno entre Lula e Ciro, o pedetista registra 32% contra 48% de votos que vão para o petista.
Caso aconteça um segundo turno entre Tebet e Lula, a senadora aparece com 25%, enquanto Lula registra 54% das intenções de voto.
SOBRE A PESQUISA
O instituto ouviu 2.000 eleitores por telefone de 22 a 24 de julho de 2022 e a pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-05938/2022. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
O nome do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, foi oficializado como candidato à reeleição pelo Novo em evento realizado na Câmara dos Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte neste sábado (23). O mineiro de Araxá, porém, ainda não tem nome definido para vice de chapa.
Eduardo Costa do Cidadania é cotado para a composição da legenda, mas sua confirmação depende do andamento da negociação que pode formalizar federação do partido com o PSDB.
Romeu Zema é ex-presidente do conselho de administração do Grupo Zema, rede de lojas de eletrodomésticos criada por seu bisavô Domingos Zema. O negócio começou com a venda de peças e assessórios de veículos e hoje engloba o ramo de eletrodomésticos, concessionárias, financeiras, após a venda da divisão de combustíveis. Hoje, acionista.
O atual governador é empresário formado em administração de empresas pela Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo. Entrou para a política em 2018, quando foi eleito na sua primeira campanha, na disputa pelo governo do Estado ao lado do Ex-governador Antônio Anastasia (PSDB) e do então atual governador Fernando Pimentel (PT). Foi filiado por 18 anos ao Partido da República (PR) que teve seu nome alterado para Partido Liberal (PL) em 2019.
Durante sua gestão Zema não adotou prontamente as medidas de isolamento frente à pandemia e declarou apoio ao presidente Jair Bolsonaro quando seu partido apresentava João Amoedo como candidato ao Planalto.
O atual governador também esteve presente, ainda durante a tarde, na convenção do Avante, partido que confirmou o apoio do empresário ao governo do estado.
Após o ocorrido, João Amoedo, ex-candidato pelo Novo em 2018 questionou no Twitter se “Além do PP, o NOVO também se coligou com o Avante ou Zema está cometendo infidelidade partidária?”. O partido do então governador mineiro que concorre à reeleição tem como pré-candidato Felipe D’Ávila, que poderá ser oficializado no dia 30 de julho.
O PDT aprovou em convenção nacional nesta quarta-feira (20), por unanimidade, a escolha de Ciro Gomes como candidato à Presidência da República. A oficialização foi realizada na sede nacional do partido, em Brasília, no primeiro dia do período para realização das convenções partidárias, conforme o calendário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ciro Gomes tem 64 anos, é advogado, e professor universitário.
O pedetista vai disputar o Palácio do Planalto pela quarta vez. Embora não tenha chegado ao segundo turno nas últimas três tentativas (1998, 2002 e 2018), encara uma melhora perante a percepção pública, com pouco mais de 13,3 milhões de votos.
O ex-ministro da Fazenda e ex-governador do Ceará está atualmente em terceiro lugar nas intenções de votos (8%), de acordo com o último levantamento do Datafolha, atrás de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL). Ciro diz que pretende fazer das eleições um “plebiscito de ideias”, e se apresenta como alternativa à polarização.

O candidato abriu sua fala com críticas severas sobre seus adversários, e criticou o ex-presidente Lula, pré-candidato do PT, por supostamente “invadir a autonomia do PDT” no Ceará com o objetivo de escolher o candidato ao governo do estado. Em entrevista, Ciro afirmou que Lula está praticando “puro fascismo” com a senadora e pré-candidata do MDB à Presidência, Simone Tebet, ao atrair emedebistas e tentar negociar acordos com eles.
“O que está acontecendo é o seguinte: o Lula resolveu desconsiderar toda e qualquer ética e qualquer escrúpulo e resolveu destruir os partidos. Tentou operar no Ceará também com gente que eu ajudei a criar”, declarou Ciro. “O que Lula está fazendo no Ceará é invadir a autonomia do PDT para escolher o candidato”.
Ao fazer críticas severas também ao candidato Jair Messias Bolsonaro, Gomes comparou os dois rivais e os colocou em pé de igualdade, com a mesma carga de responsabilidade sobre os acontecimentos do país. "Trocar pessoas, mesmo que de ideologias diferentes, mas que na essência pratica o mesmo modelo é repetir o erro cometido a décadas”, disse ele.
Dedicando boa parte de seu discurso a acusações de crimes supostamente cometidos pelo atual presidente do Brasil, o candidato do PDT apontou os riscos democráticos que sofremos.
A campanha de Ciro adotou o lema “vote em um e se livre dos dois”, em referência a Lula e a Bolsonaro. Segundo o agora candidato, os nomes do PT e do PL representam um “vazio de ideias”. Perto do encerramento da convenção onde a candidatura foi lançada, Ciro levantou algumas de suas propostas e promessas já publicadas em seu livro “Projeto Nacional: O Dever da Esperança”. Em essência, as promessas acenam a uma esquerda social-democrática espelhada em modelos econômicos europeus, defendendo em seu discurso a taxação de grandes fortunas, fortalecimento do estado para o controle financeiro e até a menção do projeto de Renda Básica Universal proposta por Eduardo Suplicy ao plano de governo do PT.
O Partido dos Trabalhadores (PT) oficializou nesta quinta-feira (21) em São Paulo a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República, durante a convenção nacional. O partido também aprovou Geraldo Alckmin (PSB), ex-governador paulista, como vice-presidente da chapa.
A oficialização de Alckmin deve ocorrer dia 29 de julho, data prevista para a convenção do PSB (Partido Socialista Brasileiro), onde a dupla deve marcar presença. Lula não participou da convenção desta quinta pois cumpria roteiro da pré-campanha em Pernambuco.
O ex-presidente será o primeiro candidato de uma federação partidária, que diz respeito a uma modalidade de aliança entre partidos criada em 2021 responsável por unir dois ou mais partidos, estes devem atuar juntos como se fossem um único por, pelo menos, quatro anos. A Federação Brasil da Esperança é composta por PT (Partido dos Trabalhadores), PV (Partido Verde) e PCdoB (Partido Comunista do Brasil).
O evento formalizou também a participação da federação em uma coligação com PSB, a federação PSOL (Partido Socialista)-Rede e o Solidariedade que apoiarão a candidatura do petista. A coligação permite uma aliança entre dois ou mais partidos no período de eleições - apenas majoritárias como presidente e governador - que pode ser desfeita no término desta.
É a sexta tentativa de Lula ao cargo de presidente, das cinco anteriores, ganhou duas (em 2002 e 2006) e perdeu três (1989, 1994 e 1998). Atualmente, o candidato lidera as pesquisas de intenção de voto com 46%, enquanto Bolsonaro tem apenas 29%, segundo pesquisa do DataFolha.