O parlamentar ficará à frente da Secretaria-Geral da Presidência da República
por
Marcelo Barbosa P.
Marcela Rocha
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31/10/2025 - 12h

Oficialmente em licença do cargo de deputado federal, Guilherme Boulos tomou posse no Palácio do Planalto, nesta quarta-feira (29), como novo ministro da Secretaria-Geral da Presidência, pasta responsável pela relação do governo federal com os movimentos sociais.

Convidado pelo presidente Lula para assumir o cargo, Boulos irá substituir Márcio Macêdo, que deixou a função para concorrer a uma vaga de deputado federal após permanecer no posto por 2 anos e 9 meses.

Diante do interesse de Macêdo em sair para tentar uma cadeira no Congresso, Lula viu em Boulos a oportunidade de se aproximar das associações sociais pela sua trajetória como membro da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), organização que reivindica o direito à moradia.

Após o anúncio da substituição da chefia da pasta na última segunda-feira (20), Guilherme Boulos publicou nas redes sociais o agradecimento ao presidente Lula pelo convite, informando que sua principal missão será “ajudar a colocar o governo na rua, levando as realizações e ouvindo as demandas populares em todos os estados do Brasil”.

 

Reprodução: Valter Campanato/Agência Brasil | Boulos e Lula na posse do novo ministro
Boulos e Lula na posse. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Reconhecido pela luta ao lado dos sem-teto, Boulos é alvo de ataques de concorrentes políticos, fato que ficou ainda mais evidente na última eleição municipal de 2024. Em debate promovido pela TV Gazeta, o então candidato – e atual prefeito de São Paulo – Ricardo Nunes, utilizou este rótulo com grande ênfase, chamando Boulos de “bandidinho, invasor e sem-vergonha”.

Durante discurso na cerimônia de posse, Lula pediu a Boulos para que “rode” o Brasil e fortaleça junto a organizações e movimentos sociais, temas como o fim da escala 6x1, a participação popular nas questões orçamentárias e direitos dos trabalhadores informais.

“Aqui a missão que eu vou ter é dialogar com todo mundo. (...) A gente sabe que as políticas que mudam pessoas não nascem só nos palácios e nos gabinetes. Elas nascem do povo, dos territórios populares. Elas nascem das ruas” afirmou Boulos em concordância ao pedido de Lula para popularizar as pautas.

 

por
Rafael Pessoa
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31/10/2025 - 12h
Charge de um policial varrendo balas para de baixo da calçada

 

por
Rafael Pessoa
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29/10/2025 - 12h
Charge dO presidente Donald Trump desejando feliz aniversario a Lula enquanto dois balões, representando Eduardo Bolsonaro e Jair Bolsonaro reagem a cena

 

Coletivos estudantis, sindicatos e civis se organizam para impedir que o projeto de lei avance
por
Iasmim Silva
Maria Luiza Reining
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23/10/2025 - 12h

No dia 21 de setembro, as principais capitais do país amanheceram tomadas por cartazes, faixas e gritos de protesto. Em São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e outras cidades, milhares de pessoas se reúnem contra a chamada PEC da Blindagem, proposta de emenda constitucional que restringe investigações e punições a parlamentares, exigindo autorização prévia das Casas Legislativas para o avanço de ações penais. A medida, vista como um retrocesso por juristas e movimentos civis, é o estopim de uma mobilização que, embora diversa, encontra na defesa da transparência um ponto em comum.

Na Avenida Paulista, o asfalto volta a se transformar em um grande espaço de convergência política. Bastam alguns minutos observando a saída da estação Trianon-Masp para visualizar que ali estavam diversos grupos reunidos, como estudantes, professores, aposentados, artistas, advogados, sindicalistas e civis misturados entre bandeiras coloridas e faixas com dizeres diretos: “Quem é inocente pede justiça, não anistia” e “A justiça é igual para todos, PEC da Blindagem não”. Entre os rostos pintados e cartazes improvisados, a foto do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, estampa o rótulo de “inimigo do povo”.

O clima é de cansaço e indignação, não apenas com o texto da PEC, mas com a percepção de que a proposta amplia privilégios e dificulta a responsabilização de agentes públicos. Luiz Biella Jr., advogado de 63 anos, e Andrea Amaral Biella, educadora museal de 53, participam do ato e afirmam que vieram por indignação com o projeto. “Outras pautas horrorosas até vinham passando, mas essa é o limite. É preciso dar um grito para ver se sensibiliza os deputados. Na próxima eleição, é fundamental lembrar disso. Esse retrocesso é horroroso”, dizem.

Homem de vermelho
Manifestante em frente ao MASP. Foto: Iasmim Silva/AGEMT.

Grupos de jovens ligados a coletivos estudantis distribuem panfletos que explicam os impactos da proposta. Se aprovada, a PEC impediria que investigações contra deputados e senadores avançarem sem autorização das próprias Casas Legislativas, o que, segundo especialistas, criaria uma barreira de proteção política e dificulta o combate à corrupção.

O protesto começou de forma pacífica por volta das 14 horas e ganhou corpo ao longo da tarde. Ao som de tambores e palavras de ordem, a manifestação ocupava a Avenida Paulista em direção ao MASP. Organizações civis estimam cerca de 80 mil participantes, número contestado pela Secretaria de Segurança Pública, que aponta 35 mil. Em Brasília, a concentração foi na Esplanada dos Ministérios, com presença de sindicatos e entidades de classe.

Entre os manifestantes, o designer gráfico Érico Prado Martins, de 49 anos, diz que o protesto representa uma resposta da população. “É uma forma de se revoltar contra um sistema que engana o povo. Colocam PECs e projetos de anistia enquanto ignoram o que realmente importa. Se a gente não protesta, eles passam tudo por cima da gente”, afirmou.

Nas redes sociais, hashtags como #PECdaVergonha e #TransparênciaJá alcançaram o topo dos assuntos mais comentados no X (antigo Twitter). O Monitor de Debate Político, grupo de pesquisa da USP, registrou picos de interação durante a manhã e o início da tarde, indicando grande engajamento digital em torno da pauta. A pesquisadora do Monitor, Roberta Lima, avalia que o movimento demonstra um interesse crescente de jovens em temas ligados à ética e à responsabilidade política. Segundo ela, “o engajamento aconteceu tanto de forma presencial quanto digital, refletindo uma disposição em participar do debate público e acompanhar de perto as decisões que afetam o funcionamento das instituições”.

A manifestação ocorre em um contexto de instabilidade política, impulsionado por disputas internas no Congresso e pelo debate sobre o projeto de anistia aos condenados pelos ataques de 8 de janeiro. A repórter Ana Clara Costa, apresentadora do podcast Foro de Teresina da revista piauí, especializada em cobertura política de esquerda, aponta que a PEC da Blindagem surgiu como parte de uma negociação entre o PL e o Centrão para garantir proteção parlamentar e apoio à proposta de anistia de Jair Bolsonaro. Segundo Ana, a PEC não é apenas uma tentativa de autoproteção política, mas parte de um jogo de chantagens e barganhas que expõe a fragilidade ética do Congresso.

Grupo de alunos da USP com cartazes de protesto
Alunos do curso de Gestão de Políticas Públicas da USP. Foto: Maria Luiz Reining/AGEMT.

Cartazes e discursos também faziam referência à anistia, com críticas à tentativa de flexibilizar punições e proteger figuras públicas. Em várias capitais, manifestantes exibiam faixas com os dizeres “Blindagem é impunidade disfarçada” e “Anistia é o nome novo do perdão seletivo”.

Embora não tenha alcançado o tamanho de protestos anteriores, como os de 2013, o ato do dia 21 é considerado expressivo por entidades civis. A mobilização nacional pressiona o Congresso a rever o texto da proposta e reforça o debate sobre a necessidade de garantir mecanismos de fiscalização e responsabilização no exercício de mandatos parlamentares.

Projeto transforma pugilismo em ferramenta anti-opressão e oportunidade de profissionalização para jovens de periferias
por
Sophia Coccetrone
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23/10/2025 - 12h

Boxe Autônomo é um coletivo fundado na capital paulistas em 2015 por Breno Macedo, treinador do projeto e Mestre em História pela USP juntamente com Raphael Piva, instrutor do projeto e Mestre em Antropologia Social pela USP, que também esteve presente no time de futebol amador Autônomos F.C., clube de viés libertário fundado por jovens punks em 2006. É um projeto social e esportivo que busca a utilidade do boxe para autodefesa de grupos oprimidos (mulheres, LGBTs, negros, imigrantes...) ao mesmo tempo que constrói carreiras promissoras para jovens atletas que buscam uma vida melhor de suas famílias através do esporte. O projeto conta com a coordenação e treinamento por Michel de Paula Soares, conhecido como "Micha". O treinador possui doutorado em Antropologia Social pela USP e busca relacionar o boxe como um fenômeno social no Brasil, marginalizado e muitas vezes considerado "luta de cadeia".

Inicialmente, o projeto utilizou a Ocupação Leila Khaled – onde vivem diversos refugiados de guerras originários da Síria e Palestina – para seus treinos, posteriormente, passou pela Favela do Moinho e outros espaços para a divulgação e sustentação do coletivo. Dessa forma, Boxe Autônomo conseguiu criar sua comunidade em São Paulo, atingindo camadas sociais mais necessitadas. Um exemplo é o jovem baiano Kelvy Alecrim, de 19 anos, que conheceu o boxe através das atuações na Favela do Moinho, onde o atleta reside. Kelvy atingiu o tricampeonato brasileiro (2019, 2021, 2023), atuou em Jogos Escolares na França (2022) e conquistou a medalha de bronze na Copa Mundial Juvenil em Montenegro (2023). Segundo ele, nunca havia pensado em praticar a arte marcial antes do contato com o projeto, e a democratização do esporte através dos treinos em comunidades e ocupações o fortaleceu para seguir sua carreira. 

Atualmente, os treinos do Boxe Autônomo acontecem na Casa do Povo, localizada no Bom Retiro, região central de São Paulo, contando com eventos de treinos abertos, almoços coletivos, palestras e atividades artísticas, sempre reforçando seu caráter político-cultural, um dos pilares do coletivo. É importante lembrar que estamos falando de uma área esportiva dominada pelo pensamento conservador e reacionário, principalmente popularizado por grandes estrelas como José Aldo, Rodrigo Minotauro, Wanderlei Silva, Fabrício Werdum e outros nomes do MMA apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados.

Caio César, aluno do Boxe Autônomo e ativista político, diz: “As lutas não podem ficar somente nas mãos daqueles que desejam oprimir (...) Não é inteligente pensar em uma esquerda pacífica e reativa, enquanto nós estamos sem nos proteger, há sempre um extremista de direita que está usando a violência livremente. (...) É claro, não podemos utilizar as artes marciais ou qualquer meio de defesa para causar o mal, mas não podemos ficar parados. É essencial manter as armas e as lutas nas mãos de pessoas inteligentes e preparadas, pois já há gente ignorante e conservadora demais com esses poderes nas mãos.” 

Caio, aluno do Boxe Autônomo, utilizando seu colar com pingente em formato do território Palestino: "A gente se posiciona até nos mínimos detalhes."
Caio César, aluno do Boxe Autônomo, utilizando seu colar com pingente em formato do território Palestino: "A gente se posiciona até nos mínimos detalhes." Foto: Sophia Coccetrone/AGEMT 

Entre as principais bandeiras do Boxe Autônomo estão: o antifascismo, como o principal pilar e estrutura do pensamento dos atletas e ativistas, anti-imperialismo, com forte solidariedade à pauta palestina e a denúncia ao genocídio na Faixa de Gaza, antirracismo, antimisoginia, com ênfase ao combate ao preconceito sobre os esportes de combate femininos e a exaltação da autodefesa da mulher contra potenciais agressores e apoio aos movimentos dos Sem Terra e Sem Teto. Inclusive, o coletivo é parceiro do Boxe Sem Teto e Centro Social e Desportivo Estrela Vermelha, movimentos que também abraçam a pauta do anti-reacionarismo e a luta combativa em meio às artes marciais.

O grupo de alunos é diverso, contando com todas as faixas etárias e origens ou nacionalidades. Durante o treinamento aberto, um aluno holandês se comunicava com os brasileiros a partir de seu amor pelo boxe e seu esforçado português. Ele conta que começou a prática das artes marciais pelo Kickboxing na Holanda, e que sua namorada brasileira o apresentou ao Boxe Autônomo. Durante o treino, ostentava seu apoio solidário à população palestina, através de sua camisa de treino. 

Aluno holandês utilizando camisa do Palestino, clube de futebol chileno fundado por imigrantes palestinos. Foto: Sophia Coccetrone/AGEMT
Aluno holandês utilizando camisa do Palestino, clube de futebol chileno fundado por imigrantes palestinos. Foto: Sophia Coccetrone/AGEMT

 

Os treinos do Boxe Autônomo estão disponíveis de segunda à quinta-feira das 18h30 às 19h e aos sábados às 10h30. Os atletas colaboram com um valor fixo mensal, mas para os mais necessitados é ofertado bolsas. 

Na disputa pela prefeitura, confira as ideias que prometem impactar a vida dos cidadãos do Centro-Oeste brasileiro
por
Luane França
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01/10/2024 - 12h

Na cobertura eleitoral da disputa à prefeitura de Campo Grande, a AGEMT fará reportagens com perfis dos principais candidatos. Como critério, foram considerados os candidatos que marcaram acima de 10% nas pesquisas de intenção de votos registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Beto Pereira

Beto Pereira na Câmara dos Deputados - Foto: Divulgação/Câmara dos Deputados
Beto Pereira na Câmara dos Deputados - Foto: Divulgação/Câmara dos Deputados

Humberto Rezende Pereira, conhecido como Beto Pereira, é o candidato a prefeito de Campo Grande. Ele conta com a coronel da Polícia Militar Neidy Nunes Barbosa, também chamada de Coronel Neidy, como sua vice. Neidy recentemente oficializou sua filiação ao PL (Partido Liberal). Atualmente, Beto está em seu segundo mandato como deputado federal e já atuou como deputado estadual e prefeito. Ele é filiado ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB).

Beto Pereira é autor de várias leis importantes, incluindo a Lei Amigos do Parque, que fecha uma das vias do Parque dos Poderes para atividades esportivas e de lazer. Também criou a Lei do Dourado, que proíbe a pesca do Dourado em Mato Grosso do Sul para proteger a espécie e promover o turismo de pesca esportiva, uma importante fonte de emprego e renda. Outras leis de sua autoria garantiram a preservação permanente dos rios Salobra e Córrego Azul e exigem que hospitais tenham geradores próprios para evitar a interrupção de aparelhos em caso de falta de energia.

Em 2017, assumiu a presidência estadual do PSDB em Mato Grosso do Sul e, no ano seguinte, foi eleito deputado federal. Para Campo Grande, destinou recursos a instituições como a Santa Casa, o Hospital do Câncer, a Maternidade Cândido Mariano, as UPAs, a Associação de Amigos do Autista, o Asilo São João Bosco, a APAE, a Universidade Estadual, a Feira Central e a Associação dos Artesãos.

Em 2019, foi eleito secretário-geral do PSDB nacional e, em 2022, foi reeleito deputado federal por Mato Grosso do Sul. Em fevereiro de 2023, foi escolhido para integrar a mesa diretora da Câmara dos Deputados.

Em uma sabatina do G1 MS, conduzida pela jornalista Rafaela Moreira, Beto prometeu zerar a fila por vagas em escolas, formar e construir de 30 a 40 novas unidades escolares e rever os corredores de ônibus da capital. Embora seja a favor dos corredores de ônibus, ele defende que o projeto precisa ser revisto.

Humberto Pereira nasceu em 14 de novembro de 1977 em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. É bacharel em Direito e empresário, filho do ex-senador Valter Pereira e tataraneto do fundador da capital, José Antônio Pereira.

 

Rose Modesto

Rose Modesto na Câmara dos Deputados - Foto: Luis Macedo
Rose Modesto na Câmara dos Deputados - Foto: Luis Macedo

Rosiane Modesto de Oliveira, conhecida como Rose Modesto, é ex-vice-governadora do Mato Grosso do Sul e candidata a prefeita do estado, filiada ao partido União Brasil. Ela foi a 1ª secretária de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho do estado entre 2015 e 2016. O advogado Roberto Oshiro também foi lançado como candidato a vice-prefeito na chapa de Rose.

Rose deixou o cargo em abril de 2016 para concorrer à indicação do partido para a prefeitura de Campo Grande, com o empresário e diretor do Sebrae-MS como seu vice na chapa. Eles chegaram ao segundo turno com 26,62% dos votos válidos, mas foram derrotados.

No início de 2018, Rose anunciou que não iria disputar a reeleição como vice-governadora. Em agosto daquele ano, foi escolhida pelo partido para concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados, onde foi eleita.

Em 2022, Rose se candidatou ao cargo de governadora de Mato Grosso do Sul pelo União Brasil, ficando em 4º lugar, não avançando para o segundo turno.

Durante uma visita a seis bairros de Campo Grande em busca de votos, a candidata afirmou que pretende conduzir uma gestão que atenda às necessidades da população. Durante o comício, ela enfatizou que não é aceitável ter duas versões de Campo Grande: uma que seja benéfica para uma parte da população e outra que seja prejudicial para a outra.

Rose nasceu em 20 de fevereiro de 1978 em Fátima do Sul, Mato Grosso do Sul. É formada em História pela Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) e é uma gestora, política e professora.

 

A manifestação, com presença indígena em peso, reivindica justiça climática, reforma agrária e punição dos desmatadores
por
Leticia Falaschi
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27/09/2024 - 12h

A Avenida Paulista, na cidade de São Paulo, recebeu a Marcha Pelo Clima no último domingo (22), que pautou temas como as atuais queimadas que assolaram o país, o marco temporal e a reforma agrária. Os grupos que se colocavam em defesa dos povos indígenas, que vem enfrentando ataques de grileiros e latifundiários, cobraram posicionamentos do Governo Federal diante às políticas ambientais tomadas até então, no segundo ano de mandato de Luiz Inácio Lula da Silva. 

Iniciado em frente ao MASP (Museu de Arte de São Paulo) a manifestação seguiu até a praça do Monumento às Bandeiras. Já ao final do ato, após a realização de rezas indígenas e uma pequena dispersão, a Guarda Civil Metropolitana, que estava presente em grande número, agiu sobre os manifestantes com o uso do gás de pimenta. A situação foi registrada em vídeo pelo documentarista Felipe Beltrane: 

Crianças com cartazes na manifestação - foto: Leticia Falaschi
Crianças carregam faixa na manifestação - foto: Leticia Falaschi

Nas últimas semanas, a cidade de São Paulo foi campeã no ranking de cidades com pior qualidade de ar do mundo. As queimadas que se alastram pelo país desde o final de agosto produziram uma grande quantidade de fumaça tóxica, que se espalhou pelo país. Na metrópole paulista, o sol nascia e se punha em cor de sangue. 

Apesar do superficial avanço das políticas públicas para combater as queimadas e o desmatamento, ainda é pouco diante o Congresso dividido e um país marcado pelo agronegócio. De acordo com os dados do CEBRAP (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento) e do Observatório do Clima, reunidos no relatório do Observatório Brasileiro das Desigualdades, houve uma queda de 20% no desmatamento no primeiro ano do governo de Lula. Porém, o cenário é mais crítico: o Brasil enfrenta um segundo ano de seca extrema, somado ao que os especialistas chamam de “floresta inflamável” (resultado do acúmulo dos restos de matéria orgânica do desmatamento de anos, servindo como fonte de ignição aos incêndios), o que intensifica as queimadas mesmo numa situação minimamente positiva em relação ao desmatamento. 

A justiça climática é fator determinante para a sobrevivência da população: os desastres climáticos causados pela intensificação do aquecimento global afetam diferentemente parcelas da população, devido às desigualdades sociais, raciais, de gênero, geográficas e econômicas. Os contrastes em relação à disponibilidade de recursos são decisivos para o povo lidar com esses eventos, é necessário ampliar esse acesso com equidade. 

cartaz reivindicando justiça climática - foto: Leticia Falaschi
cartaz reivindicando justiça climática - foto: Leticia Falaschi

Lideranças do movimento em defesa dos povos e territórios indígenas, como Thiago Karai Djekupe (que também é brigadista), estiveram na condução do ato, reafirmando a intrínseca relação entre esses dois elementos: "Nós, povo Guarani, nunca fomos povo de guerra, nunca matamos vocês, nós sempre procuramos defender nosso território, nós plantamos, nós cuidamos das árvores (...) enquanto nós defendemos a vida, o Congresso Nacional defende um projeto de lei pra nos matar, chamado ‘O Marco da Morte’.” disse em declaração durante a manifestação. 

  Retrato de Thiago Karai Djekupe - Foto: Leticia Falaschi.
  Retrato de Thiago Karai Djekupe - Foto: Leticia Falaschi. 

As palavras “reforma agrária” e o enfoque ao assassinato de indígenas ecoaram entre os grandes prédios da Avenida Paulista. O Marco Temporal, projeto encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), propõe que os povos indígenas só tenham direito a posse das terras que ocupavam até o dia da proclamação da Constituição Federal de 1988, mais de 400 anos após a invasão dos portugueses. 

O fortalecimento do IBAMA (Instituto Brasileiro do meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e do ICMBIO (Instituto Chico Mendes de Preservação e da Biodiversidade) estavam entre as principais demandas da manifestação. Diante um cenário polarizado no legislativo federal, as instituições ligadas à proteção da fauna e da flora perdem poder no encaminhamento de políticas públicas.  

Assim como na capital paulista, município enfrenta eleição polarizada
por
Matheus Henrique
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25/09/2024 - 12h

Na cobertura eleitoral da disputa à prefeitura de Guarulhos, a AGEMT fará reportagens com perfis dos principais candidatos. Como critério, foram considerados os candidatos que marcaram acima de 10% nas pesquisas de intenção de votos registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O segundo mandato de Gustavo Henric Costa, conhecido como Guti (PSD), à frente da Prefeitura de Guarulhos, a maior cidade não capital do Brasil e uma das principais da Região Metropolitana de São Paulo, chega ao fim em 2024. De acordo com o Instituto Real Time Big Data divulgado em 20 de agosto, o atual mandatário mantém uma aprovação de 57% da população guarulhense. Apesar da sua aprovação, o candidato apoiado pelo atual gestor, Jorge Wilson, não lidera a pesquisa, que inclui seis concorrentes disputando o cargo.

Elói Pietá, Solidariedade, Coligação Experiência e Futuro para Guarulhos (MDB / União Brasil / Solidariedade)

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Pietá, figura histórica do PT, busca pela terceira vez o cargo de prefeito, agora pelo Solidariedade - Foto: Adriano Vizoni/Folhapress

Nascido em Gaurama, Rio Grande do Sul, Pietá acumula mais de quatro décadas de experiência na política, principalmente pelo Partido dos Trabalhadores (PT), do qual foi um dos fundadores. Ele se desvinculou da legenda em 2024, criticando duramente o diretório do partido em Guarulhos. Aos 80 anos, é advogado e professor e disputa seu terceiro mandato, já tendo sido prefeito entre 2001 e 2008. Seu programa de governo começa com uma crítica contundente às decisões tomadas pela atual gestão municipal, como o fechamento da empresa de zeladoria urbana PROGUARU e o processo de concessão da SAAE. Na área da saúde, promete a contratação de novos profissionais e a ampliação do horário de funcionamento das UBS. Na educação, pretende aumentar o número de creches e construir novos CEUs, além de novas escolas — sem especificar números exatos. No transporte, promete ampliar o tempo de uso do bilhete único. O plano apresentado é vago, sem precisão quanto à quantidade de obras e aos bairros que receberão o investimento, além de não fornecer informações sobre o investimento necessário.

A escolhida para compor a chapa de Pietá é a empresária de 47 anos, Fran Corrêa, do MDB, que em 2020 disputou o comando do município, obtendo pouco mais de 60.000 votos. Corrêa, que também é presidente do MDB em Guarulhos, foi recentemente cobrada pela prefeitura da cidade por uma dívida de 60 milhões em IPTU atrasado.

Jorge Wilson "Xerife do Consumidor", Republicanos, Coligação Guarulhos, Bora Resolver! (PP / Republicanos / PODE / Federação PSDB/Cidadania / Mobiliza / PRTB / PSD)

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Jorge Wilson é o candidato apoiado por Bolsonaro, Tarcísio de Freitas e Guti, prefeito de Guarulhos - Foto: Agência Alesp

Empatado tecnicamente com Pietá, Jorge Wilson Gonçalves de Mattos, conhecido como 'Xerife do Consumidor', é o candidato apoiado pelo atual prefeito de Guarulhos, além de Tarcísio de Freitas e Jair Messias Bolsonaro. Formado em Ciências Jurídicas e Sociais pela FIG-Unimesp e em Jornalismo pela UnG - Universidade de Guarulhos, fez carreira atuando em prol da defesa do consumidor, ganhando popularidade com o quadro “Xerife do Consumidor” no programa Balanço Geral, exibido pela Record TV. Atualmente, está em seu terceiro mandato como deputado estadual e exerce a função de Líder do Governo na Assembleia Legislativa. Em 2024, o projeto de lei de sua autoria, que propunha a mudança do nome da atual Estação CECAP para CECAP - Mamonas Assassinas, foi negado por Tarcísio de Freitas. O concorrente pela chapa do "Xerife" para o cargo de vice era o candidato Professor Jesus (Podemos), que, no último mês, teve sua candidatura rejeitada devido a um processo por improbidade administrativa relacionado à criação de cargos quando era presidente da Câmara Municipal. Edna Sarlo (PRTB), conhecida como Edna da Saúde e que disputa sua primeira eleição, é a nova candidata a vice da chapa.

O candidato promete a construção de novas unidades escolares e novos CEUs, a criação do Centro de Esportes Olímpicos e Paralímpicos, da "Secretaria da Mulher e Família" e o "Observatório Municipal de Segurança Pública", que analisará dados de criminalidade e violência, com a promessa de auxílio na formulação de políticas públicas e redução da criminalidade.

Relacionado a transporte, o plano de governo do candidato inclui a implantação da "Catraca Livre" aos sábados e a criação de um aplicativo que permitirá aos usuários acessar informações em tempo real sobre o sistema público de transporte.

Lucas Sanches, Partido Liberal, Coligação A Mudança Começa Agora (PL / PMB / DC / NOVO)

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Marcando o racha no PL em Guarulhos, Sanches não conta com o apoio da maior personalidade do partido - Foto: Reprodução/Facebook

O engenheiro civil de 28 anos é apoiado por Waldemar Costa Neto, presidente do Partido Liberal (PL), o que marca uma divisão no partido na cidade. Com 20% das intenções de voto, seu primeiro mandato como vereador de Guarulhos tem sido marcado por algumas polêmicas, incluindo acusações de seu ex-chefe de gabinete, Caíque Marcatti, sobre um esquema de rachadinha e a condução de um esquema de desinformação eleitoral que supostamente disparava informações falsas visando prejudicar seus adversários. O candidato, por meio de suas redes sociais, também informou que sofreu duas ameaças de morte durante uma caminhada no bairro do Pimentas, em Guarulhos. Em sabatina realizada pelo UOL/FOLHA, Sanches afirmou: "Não enxergo que tenho um adversário na direita, sendo o Xerife do Consumidor uma criação do PT. A única direita que existe em Guarulhos é a do PL". O vereador Thiago Surfista (NOVO), que também estava concorrendo à prefeitura, agora concorre como vice na chapa de Sanches.

O plano de Sanches na área da saúde inclui a reforma de todas as UBS do município. Além disso, apresenta a proposta "Remédio em Casa" para pacientes que fazem uso contínuo de medicação. Na educação, o plano prevê a abertura de escolas aos finais de semana, além da implementação de Escolas Cívico-Militares. Em segurança pública, propõe a instalação de câmeras de segurança com reconhecimento facial, o mapeamento preventivo para coibir os "pancadões" e o aumento do efetivo da Guarda Municipal.

Quais são as propostas e perfis dos candidatos na disputa para a prefeitura da Cidade Maravilhosa
por
Maria Eduarda Cepeda
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25/09/2024 - 12h

Na cobertura eleitoral da disputa à prefeitura do Rio de Janeiro, a AGEMT fará reportagens com perfis dos principais candidatos. Como critério, foram considerados os candidatos que marcaram acima de 10% nas pesquisas de intenção de votos registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Na capital do Rio de Janeiro, os cariocas se preparam para a nova eleição municipal no dia 6 de outubro deste ano. Confira os principais planos de governo dos candidatos para a melhoria da capital e os partidos a qual são filiados. 

Eduardo Paes - PSD

Foto feita pela agência O Globo de Eduardo Paes, atual prefeito do Rio de Janeiro.
Eduardo Paes lidera as pesquisas de intenções de voto.  Foto: Leo Martins/ Agência O Globo

Atual prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo da Costa Paes é bacharel em Direito pela PUC-Rio. Atuou como subprefeito da Zona Oeste do Rio em 1993 a 1996, no mandato do ex-prefeito Cesar Maia. Logo após, foi eleito vereador em 1998 e, em seguida, deputado federal, cargo que ocupou até 2006. Filiado ao MDB, elegeu-se prefeito da capital entre 2009 e 2016, voltando ao cargo em 2020 pelo Democratas. Em Maio de 2021, transferiu-se para o Partido Social Democrático, onde promove sua campanha de reeleição. 

Apesar de sua reeleição, o candidato não convocou seu atual vice para a sua chapa, o novo nome divulgado é o de Eduardo Cavaliere, ex-secretário do Meio Ambiente do ano de 2021 a 2023 e atual secretário da Casa Civil desde 2023.

Suas propostas miram as áreas da saúde, educação, transporte público e moradia. Na criação de novos Super Centros Cariocas de Saúde, 13 mil novas vagas em creches e pré-escolas, expansão do Programa Oficina Cultural Carioca,  implantação de faixa azul para motos na cidade e construção de habitações para reassentamento de populações ribeirinhas que estão em áreas sujeitas a inundações. 

 

Alexandre Ramagem - PL

Alexandre Ramagem em uma de suas comitivas pela Polícia Federal
Alexandre conta com o apoio de Jair Bolsonaro em sua campanha. Foto: Tomaz Silva/ Agência Brasil

Alexandre Ramagem é delegado e deputado federal pelo PL, bacharel em Direito pela PUC-Rio e foi chefe da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. 

Em agosto anunciou sua vice, a ex-nadadora e deputada estadual desde 2022 pelo Partido Liberal, Índia Armelau. Foi a primeira indígena a assumir um cargo na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ).

As propostas do candidato são focadas nas áreas de segurança e tecnologia; com a criação do Programa Forças do Rio para combater a criminalidade, propôs o uso de câmeras inteligentes e uma gestão fiscal rigorosa para a eliminação de desvios. Para a tecnologia, o deputado promove um Hub Carioca de Tecnologia e Inovação Social para desenvolver o empreendedorismo social em espaços vulneráveis. 

 

Tarcísio Motta - PSOL 

Foto de Tarcísio Motta feita pelo Brasil de Fato, atrás do candidato temos um quadro de giz com a frase "Só a luta muda a vida".
Nas redes sociais, Tarcísio demonstra apoio ao seu parceiro partidário Guilherme Boulos. Foto: Jaqueline Deister/Brasil de Fato

Professor e doutor em História pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Tarcísio Motta de Carvalho é deputado federal pelo PSOL. Em 2016 foi vereador na capital, sendo o segundo mais votado, e o mais votado em 2020 quando reeleito. 

Sua vice é Renata Souza, também filiada ao PSOL, foi candidata à prefeitura do Rio de Janeiro em 2020, a primeira mulher negra a administrar a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ)  e foi chefe do gabinete da ex-vereadora Marielle Franco.

Tarcísio apresenta projetos voltados ao combate à fome, transportes e educação. O candidato tem o plano de erradicar a fome com o plano “Rio Zero”, a construção de 25 mil casas na região do Porto, criar uma infraestrutura contra enchentes tornando o Rio a primeira “cidade-esponja” da América Latina. Na educação pretende  acabar com as filas das creches até 2028 e implementar Escola Integral Inclusiva com o  plano “Escola de Portas Abertas”. No transporte, o “Sextou Carioca” garante, transportes públicos, bicicletas e vans gratuitas nos fins de semana e a entrada gratuita em eventos culturais. 

 

Em uma disputa acirrada pelo segundo lugar, confira o perfil dos candidatos e suas propostas para a cidade de Belo Horizonte.
por
Maria Eduarda Cepeda
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25/09/2024 - 12h

Na cobertura eleitoral da disputa à prefeitura de Belo Horizonte, a AGEMT fará reportagens com perfis dos principais candidatos. Como critério, foram considerados os candidatos que marcaram acima de 10% nas pesquisas de intenção de votos registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Na cidade do Mineirão, Belo Horizonte, os moradores se preparam para as eleições municipais que irão ocorrer dia 6 de outubro deste ano. Os 10 candidatos para prefeito são variados e 2 disputam o segundo lugar nas pesquisas, conheça suas propostas e partidos. 

 

Mauro Tramonte - Republicanos

Mauro Tramonte nas ruas de Belo Horizonte promovendo sua campanha.
Mauro Tramonte lidera as pesquisas de intenções de voto para prefeito.  Foto: Rodrigo Lima/divulgação

Bacharel em Direito, jornalista e apresentador há 16 anos do programa Balanço Geral da Record TV Minas, o candidato iniciou sua carreira política quando concorreu para vereador em Poços de Caldas pelo PMDB no ano de 2004. 

Filiado ao Republicanos, Mauro Tramonte foi o segundo deputado estadual mais votado no Brasil e o mais votado de Minas Gerais no ano de 2018 pelo PRB. Tem como vice Luísa Barreto, ex-secretária de Planejamento e gestão de Minas Gerais do governo de Romeu Zema e ex-candidata à prefeita da cidade de Belo Horizonte pelo PSDB em 2020. 

Em sua campanha reforça as áreas da saúde, transporte e educação. Com o plano “Zap da Saúde”, as consultas e exames serão confirmadas pelo aplicativo Whatsapp para evitar consultas perdidas. Para a redução de filas e a falta de médicos, o “Corujão da Saúde” e a parceria com faculdades de medicina estão nos seus projetos. Na educação, as vagas de creches para crianças de 0 a 3 anos vão ser ampliadas e terá o fortalecimento do “Programa Saúde nas Escolas”. Em suas propostas para transporte, temos a “Gestão Inteligente do Trânsito” e a implantação de Wi-fi gratuito nos ônibus. 

 

Fuad Noman - PSD

Fuad Noman, atual prefeito de Belo Horizonte, discursando na formatura de alunos do programa de inclusão digital.
Na entrega da apresentação de seu programa de governo, de 42 páginas apenas 13 apresentaram suas propostas. Foto: Rodrigo Clemente/PBH 

Atual prefeito da cidade de Belo Horizonte, Fuad assumiu o cargo após a renúncia de Alexandre Kalil em março de 2022. Ex-secretário Executivo da Casa Civil da Presidência da República no governo de Fernando Henrique Cardoso e foi Secretário Municipal de Fazenda de Belo Horizonte no primeiro mandato de Kalil,  antes de se tornar vice em 2020. 

Em julho, anunciou o vereador Álvaro Damião do União Brasil, o político é apresentador da TV Alterosa e radialista na Rádio Itatiaia e responsável pelo o Instituto Bacana Demais, uma instituição voltada para atender crianças, jovens e idosos. Em 2017 teve seu primeiro mandato como vereador e em 2020 foi reeleito.

Em suas propostas Fuad cita a entrega de 12 escolas novas até 2025, a criação de 1.800 vagas para horário integral para crianças, a implantação de um sistema eletrônico de prontuário médico dos pacientes, a criação do Parque Ciliar do Córrego da Onça para o aumento da cobertura vegetal da cidade e a continuação do programa “Estamos Juntos”. 

 

Bruno Engler - PL

Bruno Engler, deputado estadual pelo PL em um de seus discursos na câmara.
Bruno Engler tem apoio do ex-presidente e ex-primeira dama Jair e Michelle Bolsonaro Foto: Luiz Santana/ALMG

 

Bruno Engler está em seu segundo mandato como deputado estadual pelo Partido Liberal, ao qual é filiado desde 2022, e é coordenador do Movimento Direita Minas. Com uma política conservadora, o candidato tem o apoio do deputado federal Nikolas Ferreira, do mesmo partido.

Em sua chapa tem como vice a Coronel Cláudia Romualdo, que foi anunciada em agosto durante uma convenção do Partido Liberal na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). 

Em suas propostas tem como previsão a criação de salas sensoriais para escolas que tenham alunos portadores de Transtorno do Espectro Autista (TEA), a criação de um aplicativo voltado para a área da saúde que possa informar a situação das filas, marcação de consultas e exames em tempo real, além da ampliação da guarda municipal em postos de saúde, escolas e hospitais pela cidade. 

 

Duda Salabert - PDT

Duda Salabert se apresentando na câmara dos deputados de Belo Horizonte.
Duda foi a deputada mais bem votada da cidade de Belo Horizonte. Foto: Mario Agra/Câmara dos Deputados

Formada em Letras pela PUC-Minas e Gestão Pública na Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), foi a primeira pessoa transgênero a se candidatar para o cargo de Senadora da República em 2018. É a vereadora mais votada da história de Belo Horizonte em 2020 e junto a Erika Hilton foram as primeiras deputadas transgêneros do Brasil. 

Duda está na disputa acirrada para o segundo lugar nas pesquisas. A candidata não possui vice em seu primeiro turno, houve negociações com o político Rogério Correia (PT) mas não chegaram a um consenso, Rogério também está na disputa para prefeito de Belo Horizonte. 

Seu programa de governo destaca as áreas de educação, saúde e meio ambiente: garantir que os salários dos professores de Belo Horizonte seja o maior entre as capitais, despoluir o Lago da Pampulha para torná-lo navegável, universalizar a água e saneamento básico para toda a cidade. Além disso, seu plano também traz propostas de criar um programa de apoio à saúde dos Guardas Municipais, implantação de VLTs e a revisão dos salários dos servidores de saúde.