No domingo, 27 de outubro, quatro das principais capitais do Norte foram às urnas para elegerem seus futuros prefeitos para 2025. Manaus teve seu atual prefeito, David Almeida (Avante), reeleito. Igor Normando (MDB) venceu para prefeito em Belém e recebeu o apoio do atual governador do Pará, em Palmas, Eduardo Siqueira Campos (Podemos), comemorou a vitória e destacou sua responsabilidade com a prefeitura e em Porto Velho (RO)
As quatro capitais contabilizaram mais de 2.192.245 votos válidos em seus colégios eleitorais. Manaus teve o menor número de abstenções com 23,39%, Belém obteve 25,19% das abstenções, Palmas com 25,73% e Porto Velho teve a maior porcentagem com 30,63% comparado às outras cidades, juntas as capitais somaram 44.579 de votos em branco.
Belém (PA)

Igor Normando (MDB) venceu a disputa do segundo turno, com 56,36% dos votos válidos, contra o deputado federal Delegado Éder Mauro (PL) que recebeu 43,64%. A capital do Pará irá receber o deputado em seu novo cargo a partir de janeiro de 2025, que conta com o apoio da maioria da Câmara Municipal.
Em seu discurso, o candidato agradeceu os votos de seus eleitores e o apoio do governador Helder Barbalho (MDB), “Muito obrigado a cada um de vocês, obrigado ao governador Helder Barbalho, [..] não posso deixar de agradecer essa grande liderança”. Também disse que a maioria da população de Belém optou pela mudança, “Hoje a maioria da nossa população decidiu pela mudança e pela mudança com qualidade, com capacidade de gestão e a capacidade de enfrentar os desafios que a nossa cidade possui”
Manaus (AM)

O atual prefeito da cidade de Manaus, David Almeida (Avante), foi reeleito no segundo turno contra o candidato Capitão Alberto Neto (PL). Com 54,59% dos votos válidos, o prefeito segue para mais um mandato.
Após sua reeleição, Almeida agradeceu a cidade e seus companheiros políticos, "Quero agradecer a todos que estiveram nos apoiando e ao povo de Manaus que soube separar a verdade da mentira. Então, essa é uma vitória maiúscula, né, uma vitória da democracia. [..] A cidade mudou, é o povo no poder, como a gente diz na comunidade, a favela venceu"
Palmas (TO)

O candidato Eduardo Siqueira Campos, do Podemos, foi eleito com 53,03% dos votos válidos para prefeito da cidade de Palmas, ele venceu o segundo turno contra a candidata Janad Valcari (PL) que obteve 46,97% dos votos. Campos irá assumir o mandato em janeiro de 2025 até dezembro de 2028.
O futuro prefeito comemorou sua vitória com apoiadores e família, em seu discurso destacou a responsabilidade com a sua futura gestão, “Quem tem mandato, tem responsabilidade com Palmas. Todos conhecem meu temperamento. Eu tive que fazer uma campanha à altura do povo. [..] Não viemos para cá fazer fazenda, nós viemos fazer um estado. Nós não viemos para cá vender lote, viemos aqui fazer uma capital. Minha vida é conhecida, minha esposa é conhecida. Nós caminhamos à luz do dia”
Porto Velho (RO)

Leonardo Barreto de Moraes (Podemos) foi eleito com 56,18% dos votos válidos, para prefeito na capital de Rondônia. Ele disputou o segundo turno com a candidata Mariana Carvalho, do União Brasil, que recebeu 43,82% dos votos.
Quando anunciado os resultados do segundo turno, o candidato conversou com a imprensa e agradeceu os eleitores, amigos e a Deus pela sua vitória, "Eu estou muito feliz, eu agradeço primeiramente a Deus, agradeço a todos os amigos, a população que procura um renovo, que procura uma administração com capacidade de gestão que conheça as dores das pessoas. Vamos nos dedicar para entregar uma nova Porto Velho, sair desses índices tão prejudiciais que nos colocam em condição muito ruim [..]".
Os cidadãos de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, e Curitiba, no Paraná, foram às urnas no último domingo (27) para definir os nomes que estarão no comando de suas prefeituras pelos próximos quatro anos. O centrão saiu vitorioso nas duas capitais.
Curitiba (PR)
531.029 de pessoas decidiram que Eduardo Pimentel (PSD) será o novo prefeito da cidade, número que chega a 57,64% dos votos válidos. Sua adversária foi a jornalista Cristina Graeml (PMB) que ficou com 42,36%, totalizando 390.254, essa foi a primeira vez que seu partido conseguiu levar um candidato ao segundo turno em uma capital desde a sua criação em 2016.

Em seu discurso de vitória realizado na sede do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), o sucessor do atual prefeito Rafael Greca (PSD) afirmou que pretende garantir a nova concessão do transporte público na cidade, implementar o ensino em tempo integral nas escolas municipais e aumentar o número de vagas em creches da prefeitura.
Porto Alegre (RS)
O atual prefeito Sebastião Melo (MDB) foi reeleito com 61,53% dos votos contra 38,47% da deputada Maria do Rosário (PT). Melo conquistou mais de 406 mil votos, cerca de 36 mil a mais em comparação ao segundo turno da eleição anterior, em 2020. Além disso, Porto Alegre terá uma mulher na vice-prefeitura da cidade pela primeira vez, Betina Worm (PL), médica veterinária e tenente-coronel do Exército.

Com vitória em todas as regiões porto-alegrenses, o prefeito disse em seu discurso que uma de suas prioridades será implementar medidas que previnam novas enchentes na cidade, assim como as que ocorreram no início deste ano. Ele defendeu ainda a privatização do Departamento Municipal de Água e Esgoto (DMAE) e a busca de auxílio dos Governos Federal e Estadual para o setor.
No domingo, 27 de outubro, o segundo turno das eleições municipais foi decidido em Fortaleza, João Pessoa, Natal e Aracajú. O Partido dos Trabalhadores conquistou sua única capital desde as eleições de 2016 em Fortaleza, com Evandro Leitão. Cícero Lucena foi reeleito em João Pessoa, a quinta capital nordestina a reeleger seus prefeitos em 2024. Em Natal, Paulinho Freire foi eleito com o apoio do atual prefeito na disputa com Natália Bonavides (PT). E o Partido Liberal conquista sua segunda capital nordestina em Aracajú com Emília Corrêa.
Nas quatro capitais que decidiram seus futuros prefeitos neste domingo, foram contabilizados 2.575.500 votos válidos nos colégios eleitorais que participaram do segundo turno. Fortaleza teve o menor número de abstenções de votos com o índice de 15,84%, João Pessoa com o total de 22,84% das abstenções, Aracaju com 25,16% e Natal finalizou com o maior nível de abstenção comparado às outras capitais, tendo no total 26,07%. A soma de votos em branco de todas as capitais foi de 50.620.
Das nove capitais do Nordeste, sete elegeram prefeitos de partidos de direita ou de centro. Somente Evandro Leitão (PT) em Fortaleza e João Campos, do Partido Socialista Brasileiro, em Recife, representam partidos de esquerda nas capitais nordestinas. A votação expressiva na direita contrasta com o desempenho de Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2022 na região. O partido União Brasil conquistou três capitais nordestinas, Teresina, Natal e Salvador e o Partido Liberal elegeu prefeitos em Maceió e Aracajú. O partido Progressistas reelege Cícero Lucena em João Pessoa e em São Luís o Partido Social Democrático reelege Eduardo Braide.
Fortaleza (CE)

Evandro Leitão (PT) vence o segundo turno das eleições em Fortaleza por uma diferença de 10.838 votos em relação ao adversário André Fernandes (PL). No primeiro turno, o candidato do PT tinha apenas 34,33% do eleitorado, porém, foi eleito com 50,38% dos votos válidos. Fernandes recebeu o apoio de 49,62% dos eleitores.
A principal estratégia da campanha foi aproximar a imagem do candidato às lideranças petistas no Ceará – o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro da Educação e ex-governador do Estado, Camilo Santana, e o atual governador, Elmano de Freitas. Evandro Leitão agradeceu a militância do Partido dos Trabalhadores em seu discurso de vitória e afirmou “o bem venceu o ódio, a humildade venceu a arrogância e prepotência, aqueles que se acham donos do poder, aqueles que se juntaram com o filhote de Bolsonaro, deram com os burros n’água”.
João Pessoa (PB)

Cícero Lucena (PP) foi reeleito prefeito na capital de Paraíba, com 63,91% dos votos válidos, vencendo a disputa contra o candidato Marcelo Queiroga do Partido Liberal, que obteve 36,02% dos votos. O atual prefeito caminha para seu quarto mandato como prefeito, ocupou o cargo de 1997 a 2004 e o assumiu novamente em 2020.
Nas redes sociais, Lucena agradeceu seus eleitores e enfatizou a continuidade de seus projetos para a cidade, “[..] A confiança que foi depositada em nós não será em vão. Vamos continuar construindo uma cidade mais justa, mais inclusiva, mais humana. O trabalho não para, e a vontade de fazer o bem segue ainda mais forte”.
Natal (RN)

Na capital do Rio Grande do Norte, Paulinho Freire (União) vence a disputa pelo segundo turno com 63,91% dos votos contra 44,66% de Natália Bonavides (PT). O candidato eleito tem uma longa história como político na cidade, foi vereador em 1992 e ocupou o cargo de presidente da Câmara Municipal de 1997 a 2002. Em 2008, foi vice-prefeito de Natal, em 2012 voltou a ser vereador e nas eleições de 2022, foi eleito como deputado federal.
No Instagram o candidato, Paulinho Freire, relembra a trajetória da campanha e agradece o apoio dos partidos da coligação e, em especial, de Álvaro Dias, atual prefeito da cidade. “Uma eleição difícil, mas a população de Natal assimilou bem as nossas propostas, o nosso projeto, viu que não valia a pena Natal voltar ao passado, retroceder”.
Aracaju (SE)

Na capital sergipana, Emília Corrêa (PL) venceu a disputa para a prefeitura com 57,46% dos votos válidos contra o candidato Luiz Roberto do PDT. Esse é o seu primeiro mandato como prefeita, antes de embarcar na política Emília trabalhou como defensora pública e presidente da Procuradoria da Mulher na Câmara Municipal de Aracaju, em 2016 foi eleita vereadora e se reelegeu em 2020.
Em seu Instagram, a futura prefeita comemorou sua vitória com um vídeo onde está vestida de leoa e canta uma música gospel. Na descrição da publicação ela agradece seus eleitores e reforça a presença religiosa em seu futuro mandato, “a melhor forma de demonstrar o que estamos vivendo hoje é retratar a força que me move: a fé em Jesus, o Leão da Tribo de Judá (Apocalipse 5:5). E como uma leoa, que na natureza, desempenha um papel crucial na sobrevivência e no bem-estar de sua prole, vou estar à frente dos destinos de Aracaju, cuidando e protegendo, em especial daqueles que mais precisam. Vamos escrever um lindo capítulo na história da nossa cidade com Deus e o povo”.
As eleições municipais deste ano foram encerradas após os dois turnos realizados nos dias 6 de outubro e 27 de outubro. Depois da longa disputa entre os candidatos nas principais cidades de São Paulo e Minas Gerais, houve a confirmação de quem vai assumir a prefeitura a partir de 2025.
No segundo turno, Ricardo Nunes (MDB) venceu Guilherme Boulos (PSOL), com 59,35% contra 40,65% de seu concorrente. O atual prefeito de São Paulo obteve 3.393.110 dos votos válidos contra 2.323.901 do deputado federal. O total de votos foi de 6.382.084.
No seu discurso após a vitória, no Clube Banespa, na Zona Sul de São Paulo, Nunes falou do apoio essencial do governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas (Republicanos). “Agradeço ao líder maior sem o qual nós não teríamos essa vitória”.
O candidato do MDB cita Jair Bolsonaro, pela indicação do vice de sua chapa, o Coronel Ricardo de Mello Araújo. O coronel aposentado pela Polícia Militar, é conhecido por afirmar ser os “olhos, ouvidos e braços” do ex-presidente na capital paulista.
O prefeito reeleito ainda falou sobre a importância da presença do governador durante a campanha: “Meu amigo que me deu a mão na hora mais difícil”. Nunes estava acompanhado de seus apoiadores, sua esposa, Regina Carnovale Nunes, seu vice, o deputado federal, Baleia Rossi (MDB) e Tarcísio na comemoração.
Nunes também ressaltou a importância da coligação de doze partidos em sua chapa, e criticou as políticas radicais. “Política só com ideologia é ilusão” e reforçou a posição de Tarcisio como alicerce para a aliança ser feita nestas eleições.
Ainda reforçando a parceria entre Prefeitura e Governo, e destacando a “lealdade” do governador no momento mais difícil da campanha, Nunes diz: “Conte comigo meu irmão para todas as construções do seu destino. [...] Você, Tarcísio, vai poder contar sempre comigo 24 horas por dia”.
O número de abstenções em São Paulo chamou a atenção: mais de 2.940.360 de eleitores que não compareceram às urnas, sendo a maior da história da cidade. Votos nulos foram 430.756 (3.67% dos votos válidos totais) e brancos, 234.317(6.75 % dos votos válidos totais)
Somados com votos nulos e brancos chega-se a 3.605.433. Superior ao número de votos do atual prefeito e representando 57% em comparativo com o total dos 6.382.084 votos válidos totais do segundo turno.
Em Belo Horizonte, Fuad Noman venceu Bruno Engler (PL), com 53,73% contra 46,27%. Noman recebeu 670.574 dos votos válidos contra 577.537 votos do deputado estadual. O total de votos válidos foi o de 1.356.232.
Em seu discurso na sede do PSD, Fuad agradeceu ao eleitorado de Belo Horizonte. “Muito obrigado a todos, os milhares de eleitores que votaram em mim neste segundo turno, proporcionando essa virada histórica. Muito obrigado também a todos que não votaram em mim, por respeitarem a beleza da democracia. O respeito e as eleições livres é algo que carrego em toda a minha vida e que me guiou em toda essa campanha. Continuarei a ser prefeito de todos os belo-horizontinos, daqueles que votaram em mim e dos que preferiram o outro candidato, e os que não votaram”.
O prefeito da capital mineira não citou o adversário em seu discurso, e relembrou de como a campanha do parlamentar do PL foi marcada por radicalismo e delinquência. “Jamais pensei em me vingar dos ataques e nem dividir a nossa cidade. Sou o prefeito de todos, principalmente dos que mais precisam da prefeitura. E assim continuarei sendo, agora, referenciado pela legitimidade dos votos da maioria dos eleitores da nossa cidade”.
O período foi marcado pela disputa severa entre as candidaturas nas capitais, desde o uso de fake news em campanhas e acusações graves nos debates do segundo turno, tanto na capital paulista quanto na capital mineira.

Ao final, Noman citou sua experiência no serviço público em prol da cidade. “Como afirmei e reafirmei em minha campanha, Belo Horizonte com amor é muito melhor. Foi a vitória do trabalho, do amor, da verdade e do bom senso. A vitória de quem se dedica 55 anos ao serviço público e que se dedica até hoje a servir as pessoas. A vitória de quem trabalhou incansavelmente nos últimos dois anos e meio e que tive sentado na cadeira de prefeito. Mesmo passando por um longo e doloroso tratamento de saúde, não faltei a um único dia de trabalho”.
O número de abstenções na capital mineira chegou em 636.752, também sendo a maior da história da cidade. A abstenção, em comparação com o total de votos, corresponde a 31,95 %. Votos nulos foram de 61.885 e brancos em 46.236.
Partidos vencedores visam o cenário eleitoral de 2026
Os partidos de centro-direita como o MDB, e PSD do chamado “centrão”, se destacam com a dominância do cenário político nacional e buscam alianças fortes da esquerda e direita para a próxima eleição.
Em entrevista exclusiva para a Agemt, a vereadora reeleita na capital paulista, Luna Zarattini (PT), comenta sobre a influência do resultado em São Paulo para 2026: “O impacto mostra que o campo da extrema direita sai mais fortalecido, porque existe uma aliança do prefeito Ricardo Nunes com o governador Tarcísio e com o próprio Bolsonaro. Essa aliança fortalece o governo, e Tarcísio vira um nome para se reeleger como governador do Estado ou até para a presidência da República, fortalecendo esse campo bolsonarista.”

Nomes indicados pelo presidente Lula, como Guilherme Boulos (PSOL), foram derrotados, exceto em Belo Horizonte, onde Fuad Noman recebeu apoio do atual líder nacional. Houve vitória também em cima dos nomes indicados por Jair Bolsonaro (Bruno Engler/PL), com exceção em São Paulo, já que Nunes se aliou ao ex-presidente.
Luna aponta que apesar da derrota, há otimismo nos partidos de oposição ao atual prefeito e a presença da esquerda permanece na cidade. “[..] O PT continuou com oito vereadores na Câmara, mostrando que ainda há um grande enraizamento nas periferias e comunidades. A perspectiva é reorganizar essa base petista que ainda existe na cidade para as disputas que virão, sejam elas eleitorais, sejam elas disputas políticas que a gente vai ter que enfrentar. Então, a perspectiva é de organização, aproveitar que o PT vai ter um processo de eleições diretas, organizar essas lutas políticas e também organizar a cidade de São Paulo para que a gente tenha um bom resultado em 2026.”
Sobre a vitória de Fuad, Luna citou o que significa a derrota de Bruno Engler, para a próxima votação. “Em Belo Horizonte, o Fuad do PSD derrota o candidato da extrema direita do PL ligado ao bolsonarismo, e demonstra a existência de “uma força” da base do governo Lula nas disputas também municipais. Belo Horizonte está num estado muito importante para a disputa eleitoral de 2026”, ressalta a vereadora.
Principais propostas de Ricardo Nunes
O atual prefeito de São Paulo, durante sua campanha, elaborou seu Plano de Governo detalhado em 68 páginas. O plano prevê mudanças significativas em todas as áreas essenciais da cidade e reformulações novas de planejamentos nas áreas da saúde, educação, segurança, cultura, transporte, moradia e enfrentamento às mudanças climáticas.
O plano contém propostas como:
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Paulistão da Saúde: que irá disponibilizar seis serviços num único espaço que vai funcionar no antigo prédio do Instituto de Previdência Municipal São Paulo (Iprem);
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Criação do 1° Centro da Pessoa com TEA da América Latina;
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Expandir mais a Faixa Azul para motociclistas, com o objetivo de superarmos 400 km, priorizando a segurança viária, e veicular campanhas educativas para pedestres, ciclistas e motociclistas;
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Concluir 8 novos corredores de Ônibus e BRTs, tal como o BRT Radial Leste e iniciar obras em mais 6 novos corredores de BRTs;
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Prosseguir a construção de novos Terminais de Integração de Ônibus e fazer a Concessão dos Terminais do Bloco Leste;
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Assegurar o Direito à Moradia digna e segura, escalando a produção habitacional, por meio do Pode Entrar;
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Definir ações preventivas e de mitigação dos impactos causados pelas mudanças climáticas;
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Expandir o Programa Local de Adaptação e Resiliência Climática (PLARC) com a criação de áreas verdes estratégicas para melhorar a qualidade de vida;
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Fortalecer a Guarda Civil Metropolitana (GCM) com aumento do efetivo, modernização de equipamentos e treinamento contínuo, reorganizando a estrutura territorial do centro e garantindo mais guardas na periferia
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A expansão do programa de videomonitoramento Smart Sampa buscará integrar sistemas de informações e aprimorar a segurança da cidade.
 
Principais propostas de Fuad Noman
Fuad Noman construiu seu Plano de Governo, com base nas visitas às 9 regiões da capital mineira em seus 72 dias de campanha. A prioridade do prefeito reeleito parece com a do prefeito paulista, com exceção na construção de suas propostas, mas continua a focar-se em áreas essenciais como transporte, saúde, educação, segurança, meio ambiente, economia e cultura.
As propostas envolvem:
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Substituir 40% da frota de ônibus por veículos de energia limpa até 2030.
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Continuar subsidiando as passagens para manter os preços acessíveis, mas espera que o volume de subsídios diminua.
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Expandir centros de saúde e concluir a Maternidade do Hospital Odilon Behrens.
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Construir novas escolas e ampliar as vagas em tempo integral.
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Propõe implementar um programa de avaliação contínua dos estudantes para identificar falhas no sistema educacional.
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Defende programas para melhorar a qualificação dos professores.
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Pretende ampliar os serviços de acolhimento e ressocialização para pessoas em situação de rua, oferecendo qualificação e reinserção dessas pessoas no mercado de trabalho.
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Fortalecer as políticas sociais para prevenção de crimes.
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Aumentar a cobertura vegetal com o plantio de 500 mil árvores até 2050.
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Promete aumentar o investimento em programas de apoio à moradia para a população mais vulnerável.
 
Mapa eleitoral de São Paulo
Ricardo Nunes foi o mais votado em 54 das 57 zonas eleitorais da cidade, dominando mais de 94,73% da capital paulista. Em comparação com o primeiro turno, o candidato do MDB possuía apenas 17 das 57 zonas, cerca de 29,82% do total, segundo dados do TSE. O crescimento foi de mais de 64,91%, em relação ao primeiro turno.
Um fator determinante para a reeleição de Nunes, foi a mudança de votos migrados das zonas dominadas por Pablo Marçal (PRTB) e o número de eleitores indecisos nas zonas que mais votaram em Boulos. Todas as regiões que Marçal venceu, se tornaram as regiões que mais votaram no prefeito, e as 20 zonas onde o deputado federal do PSOL dominou no primeiro turno, permaneceram em 3. Às 17 zonas eleitorais restantes, viraram outros lugares onde a maioria votou em Ricardo Nunes.
“Olhando o mapa eleitoral do segundo turno, vemos como Ricardo Nunes avançou nos votos de outros candidatos e também em votos indecisos. Ele ganhou em todas as zonas eleitorais exceto em Valo Velho, Piraporinha e Bela Vista, porém a quantidade de votos do Boulos também aumentou do primeiro para o segundo turno. Então, entendemos que Ricardo Nunes ganhou entre os eleitores indecisos e também nos votos em outros candidatos”, explica Luna.
A maioria dos votos que foram originalmente para Pablo Marçal, migraram para o candidato do MDB. O alto nível de rejeição em 52% de Guilherme Boulos, de acordo com a última pesquisa Datafolha do dia 26 de outubro, também explica como grande parte do eleitorado indeciso da cidade apoiou o atual prefeito.
Mapa eleitoral de Belo Horizonte
O cenário do mapa eleitoral de BH passou por uma reviravolta. No primeiro turno, o deputado estadual Bruno Engler do PL foi o mais votado de todas as 18 zonas eleitorais da cidade, sendo 100% de todas as regiões com apoio ao candidato bolsonarista.
No segundo turno, o atual prefeito do PSD, reverteu estes lugares e conseguiu sua reeleição. Dos 18 territórios eleitorais, Noman saiu como o mais votado de todos eles, de acordo com levantamento do TSE. No primeiro turno, Engler liderou com 34,38 % contra 26,54 % de Noman.
A coligação do prefeito, que reuniu PSD, Solidariedade, União Brasil, PRD, Agir, Avante e a federação PSDB-Cidadania, foi crucial para a virada de votos nas bases eleitorais. No segundo turno, partidos de esquerda também aderiram à campanha: PT, PSB, PSOL e PV.
Porto Alegre (RS)
A população de Porto Alegre, mesmo após enchente histórica, deve reeleger prefeito com certa vantagem. Antes do 1° turno das eleições, acreditava-se que o atual prefeito de POA, Sebastião Melo do MDB enfrentaria rejeição devido a ser o administrador municipal na data, mas não foi o que ocorreu. Ele foi o campeão de votos e, de acordo com a última pesquisa da Real Time Big Data, lidera a preferência dos porto-alegrenses para continuar no cargo.
Com o discurso de que a culpa das enchentes é das administrações anteriores e principalmente do Governo Federal, liderado pelo copartidário de sua adversária no segundo turno da disputa, Maria do Rosário (PT), Melo conseguiu convencer 49,72% dos eleitores de que era inocente.
 
 
 
Em 2020, a candidata da chapa era Manuela D’Ávila do PCdoB e, ao comparar os primeiros turnos de ambas, houve maior concentração dos votos na área central. Em bairros periféricos como a Restinga, onde o PT e seus aliados historicamente fazem boas votações, Rosário perdeu força.
Nessa fase da disputa a candidata tem apostado nas acusações de machismo e misoginia que Melo teria dirigido nos debates, e insistindo nas supostas graves falhas do atual prefeito no enfrentamento das enchentes. Nesse momento está em crescimento e a mesma pesquisa aponta que hoje Maria do Rosário tem 42% dos votos válidos e está viva na disputa.
Brancos, nulos e abstenções podem decidir a disputa. Pessoas aptas a votar que não foram votar ou optaram por não escolher nenhum candidato vem subindo em POA nos últimos 20 anos. Em comparação com o ano de 2000, os votos brancos e nulos cresceram de 5,5 para 7,2% e as abstenções de 12,7% para 32,7%, sendo quatro em cada 10 eleitores que não escolheram candidatos. Tanto a campanha do prefeito como a candidata de oposição estão de olho nesses eleitores e têm feito campanhas convocando porto-alegrenses a fazer uma escolha.
Florianópolis (SC)
Em 2020, Antônio Topázio Neto (PSD) era vice candidato a prefeito na chapa de reeleição do ex-prefeito Gean Loureiro, do União Brasil. Com a renúncia de Loureiro em 31 de março de 2021 para disputar o cargo de governador do Estado, Neto assumiu a prefeitura. Em 2024, ele disputa a eleição como principal nome da chapa pela primeira vez e com quase 60% dos votos válidos, se mantém na prefeitura.
Topazio Neto na presença dos pais em sua primeira foto após ser confirmada a reeleição. Foto: Reprodução/Facebook - Topazio Neto
Antônio Neto era favorito a vencer em primeiro turno na maioria das pesquisas realizadas. Sua aliança com o ex-presidente Jair Bolsonaro trouxe o nome de sua vice, Maryanne Mattos (PL), indicação da antiga primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
O empresário de 62 anos teve seu primeiro cargo público como vice-prefeito, defende o empreendedorismo e o fortalecimento de uma direita conservadora e radical.
Embora Santa Catarina seja um estado conhecido pela força da direita na política, inclusive 69,27% dos votos válidos em 2022 foram para o candidato Bolsonaro, na disputa em Florianópolis o candidato conservador suavizou o discurso para acenar ao centro, discutindo problemas locais e como pretende resolver os principais problemas da cidade. Entre eles, o da mobilidade urbana.
Segundo uma pesquisa da AtlasIntel, divulgada em 28 de setembro, os eleitores de Florianópolis apontaram os engarrafamentos como a maior dor da cidade. Neto defendeu que tem projetos de melhorias das principais vias da ilha para melhorar o trânsito e prometeu que vai implantar o BRT com faixa exclusiva.
Marcos José de Abreu, conhecido como Marquito, foi o candidato do PSOL e mesmo sem o apoio de outros partidos, nem mesmo os de esquerda, conseguiu uma votação expressiva, angariando um quinto dos votos válidos (22,23%) e terminando como o segundo colocado. Em terceiro, Pedro de Assis Silvestre, o “Pedrão” do Partido Progressistas com 7,10% dos votos. O candidato do ex-prefeito Loureiro, que rompeu com Neto no início das eleições, era Dário Berger, do PSDB, que ficou na quarta posição com 6,05% dos votos.
A aliança composta ainda por Republicanos, MDB, Podemos e Novo, elegeu ainda 15 dos 23 vereadores e hoje tem força para apoiar os projetos da prefeitura com resistência mínima.
Curitiba (PR)
Segundo a última pesquisa da Intel com as intenções de voto para a prefeitura de Curitiba, divulgada em 21 de outubro, os candidatos Eduardo Pimentel (PSD) e Cristina Graeml (PMB) estão muito próximos, quase empatados.
Pimentel é o atual vice-prefeito da cidade e concorre pela cadeira principal. No primeiro turno ele foi o mais votado, com 33,51% dos votos válidos. Pimentel alega querer “dar continuidade ao grande trabalho que fiz ao lado do prefeito Rafael Greca (PSD) nestes sete anos e com o apoio do governador Ratinho Jr., estou preparado para conduzir Curitiba no caminho da inovação, da sustentabilidade e do desenvolvimento social. Minha gestão, caso eleito, terá as pessoas como prioridade. Curitiba não pode parar e nem voltar ao passado”, disse em entrevista coletiva logo após ser confirmado no segundo turno no dia 6 de outubro.
Pimentel aposta na falta de experiência de sua adversária, que nunca teve um cargo público, tenta se aproximar ao máximo do ex-presidente Bolsonaro e acusa sua adversária de espalhar "Fake News" para atrapalhar o pleito.
O candidato tem o apoio do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, que indicou o deputado federal Paulo Martins (PL) para seu vice, em uma chapa que representaria a direita no pleito, mas a cidade tem mais de uma direita.
Pelo Partido da Mulher Brasileira (PMB), Cristina Graeml chama para si a responsabilidade de ser a real representante da direita na capital. Com um discurso conservador e extremista, ela apostou em antigos medos dos curitibanos com a esquerda, associando Greca ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e sobre cartilhas com doutrinação de gênero, catapultando sua vaga no segundo turno.
Graeml teve ascensão meteórica não esperada pela campanha do adversário, fez dobradinha com o candidato do PRTB em São Paulo, Pablo Marçal, e se aproveitou da mesma força das redes sociais que o ex-coach. O discurso de que Bolsonaro não apoia os atuais governos de boa vontade e sim por obrigação partidária foi compartilhado pelos candidatos de Curitiba e de São Paulo - a diferença é que Cristina chegou ao segundo turno e, agora, realmente Jair Bolsonaro declarou apoio à jornalista.
Outra tática explorada pela candidata na campanha do segundo turno é o argumento de que o adversário recebeu apoio da grande maioria dos derrotados (inclusive do PT), para vincular Pimentel à esquerda e ao comunismo.
    



