Tetracampeão de boxe, Acelino Freitas, popularmente conhecido como Popó, precisou superar inúmeros obstáculos ao longo de sua trajetória rumo ao estrelato.
Original de Salvador, na Bahia, Acelino nasceu em uma família humilde e passou a maior parte de sua infância ajudando sua família nas contas de casa. Porém, aos 14 anos de idade, sua vida virou de cabeça para baixo. Motivado por um de seus irmãos, Popó ingressou no mundo das lutas e seguiu os passos de seu pai, que também era pugilista.
Com uma ascensão meteórica, o baiano viveu com os pais em um casebre, de menos de 7 metros ², até conquistar seu primeiro título mundial de boxe, em 1996.
Após a primeira conquista, o “Mão de Ferro”, como ficou conhecido o lutador, venceu 36 lutas seguidas, sendo a grande maioria por nocaute, até perder para o norte-americano Diego Corrales, pela disputa do cinturão dos pesos-leve da WBO.
Com mais de 96% de aproveitamento ao longo de sua carreira, ele apresenta em seu histórico um incrível retrospecto de 41 vitórias em 43 lutas oficiais, totalizando quatro títulos mundiais unificados.
Batalhador, Popó dormiu no chão até os 23 anos de idade e viu sua luta ser transformada em conquista ao longo dos anos, algo inimaginável para um analfabeto funcional com pouca estrutura familiar.
Apesar dos desafios, o lutador conseguiu superar as adversidades para se tornar um dos maiores nomes do esporte brasileiro e referência para milhares de crianças em território nacional, que enfrentam diariamente os mesmo desafios do pugilista.
Após sua aposentadoria, ele resolveu focar nos estudos para, posteriormente, ter capacidade técnica e prática para trabalhar em prol do esporte que tanto lhe deu ao longo de sua carreira.
No entanto, uma luta contra o humorista Whindersson Nunes mudou sua carreira. Já aposentado, Popó aceitou o desafio de enfrentar Whindersson, só não esperava que essa disputa seria um marco em sua trajetória.
"Muitos jovens hoje começaram a saber um pouco mais da minha trajetória e do meu trabalho depois da luta contra o Whindersson Nunes. Antes da luta contra ele, eu passava na rua e os pais falavam assim: "filho, olha o Popó ali, nosso tetracampeão mundial". Hoje em dia é diferente, eu passo e os filhos falam: "olha pai, o cara que arrebentou o Whindersson Nunes”.
Antes da disputa, o ex-campeão mundial somava 500 mil seguidores nas redes sociais. Atualmente, após apostar em lutas de exibição contra grandes personalidades, ele totaliza mais de 4,5 milhões e pretende investir cada vez mais em conteúdos digitais.
Em 1986, o fotografo mineiro Sebastião Salgado foi ao Pará retratar a situação em que se encontravam as pessoas que trabalhavam e viviam na região de Serra Pelada. As imagens reverberaram na grande ídia, inclusive na internacional, assim, em 2019 a jornalista Naiara Galarraga Gortázar do El País Espanha escreveu uma matéria analisando os acontecimento retratado por Sebastião e suas fotos.
No vídeo a seguir, a notícia citada acima é narra na integra e as fotografias tiradas no "formigueiro humano" ilustram o áudio.
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Desde a criação do futebol, a violência sempre acompanhou a modalidade. Inicialmente disputado na Inglaterra, por famílias contrárias, o esporte carregava um ar de disputa que não se limitava ao jogo.
Os Hooligans, principais personagens desse tipo de definição, começaram sendo definidos como vândalos, ainda na década de 1890. A palavra "hooligan", inclusive, começou a ser ainda mais conhecida após um relatório policial utilizar do termo para definir jovens de gangues presentes em Lamberth como The Hooligan Boys.
Mesmo sem tanta ligação inicial com o futebol, os hooligans, por conta da junção entre futebol e violência, demonstravam, cada vez mais, proximidade com o esporte.
Esses "vândalos", como eram definidos, tomaram o mundo do futebol por volta do final dos anos 50, com seu fanatismo e suposto amor pelos clubes que torciam. A agressividade e intolerância com torcedores rivais já demonstravam indícios de possíveis cenas lamentáveis. E o inevitável aconteceu, com mais frequência, na década de 80, onde os grupos protagonizaram cenas de selvageria e confrontos mais assíduos, seja contra torcedores adversários ou até mesmo a polícia que, por sua vez, tentava controlar os mesmos.
Ainda na década de 50, torcedores do Newcastle United, clube inglês, protagonizaram, em praticamente todos os jogos, invasões de campo, briga com torcedores rivais e atrito com a polícia. Na época em questão, duelos contra torcedores do Millwall, clube londrino, ficaram conhecidos e são vistos, mesmo que em minoria, até os dias de hoje.
PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS
Uma das brigas entre hooligans mais famosas foi em uma final de Champions League, em 1985. Na partida em questão, Liverpool (Inglaterra) e Juventus (Itália) duelaram dentro de campo, enquanto nas arquibancadas, a selvageria acontecia.
Torcedores do Liverpool invadiram o setor destinado aos fãs da Juventus, afim de brigar e colocar seu ódio pelo adversário em prática. Naquele dia, 38 pessoas morreram e outras inúmeras ficaram feridas. Esse acontecimento causou a expulsão de clubes ingleses da competição durante cinco anos.
Outro grande e triste acontecimento foi em Sheffield, na Inglaterra, novamente com invasão de torcedores do Liverpool. Na ocasião, mesmo sem o intuito de agredir torcedores que estavam dentro do estádio, os fãs entraram no estádio que, como consequência, superlotou e ocasionou a morte de 96 pessoas, além de 766 ficaram feridos. Os falecimentos e complicações foram, em sua maioria, por asfixia, decorrente do enorme e inesperado número de pessoas dentro do palco da partida. Esse dia ficou conhecido como "Tragédia de Hiilsborough".
CONSEQUÊNCIAS
Com a exclusão de clubes ingleses do tão sonhado título continental, as autoridades do país fizeram uma perseguição a fim de acabar com os diversos grupos de hooligans ingleses.
Essas investigações ocasionaram diversas prisões de vários grupos, fazendo com que o movimento de Hooliganismo diminuísse, mas, ainda assim, não foi extinto.
Em 2016, por exemplo, hooligans ingleses reapareceram. Um confronto entre torcedores ingleses e russos na final da Eurocopa chamou a atenção do mundo futebolístico, mostrando que esses grupos, mesmo que em baixo número, ainda existem.
Diversas ações foram feitas com a finalidade de extinguir os "brigões" dos estádios. Câmeras de segurança tiveram um aumento de instalações nos estádios, além da grande parte dos palcos dos jogos terem mecanismos de biometria para adentrar às casas dos clubes.
Muitos, aliás, adotaram o movimento de assistir aos jogos sentados, para que os jogos fossem, de certa forma, mais pacíficos.
Os Hooligans ingleses não estão extintos. Eles ainda existem, mas com maior fiscalização e preparação das autoridades de países envolvidos com o futebol.
A música eletrônica no Brasil experimentou um crescimento notável nas últimas décadas e se consolidou como um dos gêneros musicais mais populares do país. Esse fenômeno é resultado de uma combinação de fatores, que incluem a influência da cultura local, a criatividade de produtores e artistas, bem como o poder das festas e festivais de música eletrônica.
Evolução da Música Eletrônica no Brasil:
A música eletrônica chegou ao Brasil na década de 1980, trazida por meio de fitas cassetes e vinis importados. Inicialmente, o gênero era associado a clubes underground e uma cena musical de nicho. No entanto, ao longo dos anos, a música eletrônica se espalhou por todo o país, encontrando um público cada vez maior e mais diversificado.
Na década de 1990, o Brasil testemunhou o surgimento de uma cena eletrônica que inclui subgêneros como o House, Trance, o Techno e o Drum 'N' Bass, entre outros estilos. Isso coincidiu com o crescimento de festas ao ar livre, conhecidas como "raves", que rapidamente se tornaram parte da cultura jovem brasileira.
Glossário de termos relacionados à música eletrônica:
DJ (Disc Jockey): Um indivíduo que mixa e reproduz músicas eletrônicas ao vivo
em festas, clubes e eventos.
Produtor Musical: A pessoa que cria, grava, mixa e masteriza músicas. Eles são responsáveis pela produção das faixas.
DJ Set: Um DJ cria um set escolhendo e mixando faixas pré-gravadas em um conjunto contínuo de música, muitas vezes usando equipamento como CDJs (reprodutores de CD) ou controladores de software.
B2B (Back-to-Back): Dois ou mais DJs atuam juntos em um mesmo set, compartilhando o controle das mixagens. Eles frequentemente alternam entre si durante o set.
Drop: O ponto de uma música onde a batida principal e os elementos sonoros mais intensos entram em ação, muitas vezes acompanhados por uma grande energia na pista de dança.
Remix: Uma versão alternativa de uma música existente, geralmente criada por um produtor para adicionar elementos novos ou modificar o arranjo original.
Synth (Sintetizador): Um instrumento eletrônico que gera sons por meio de osciladores, filtros e moduladores, permitindo a criação de uma ampla variedade de timbres.
BPM (Batidas Por Minuto): Uma medida da velocidade ou ritmo de uma música eletrônica, indicando quantas batidas ocorrem em um minuto.
Samples: Muitas músicas eletrônicas usam trechos de áudio de outras fontes, como gravações antigas, filmes ou gravações de campo.
Efeitos Sonoros: Efeitos como reverb, delay e filtros são comuns na música eletrônica, criando atmosferas e texturas únicas.
Principais Gêneros:
O Brasil desenvolveu uma cena eletrônica diversificada, abraçando uma ampla variedade de gêneros. Alguns dos principais gêneros e suas características incluem:
Tropical Bass: Uma fusão de música eletrônica com elementos de música brasileira e latina, resultando em batidas exuberantes e vibrantes.
Techno: Conhecido por suas batidas repetitivas e hipnóticas, o techno tem uma base sólida de fãs no Brasil, com diversos clubes e festivais dedicados a esse gênero.
House: O house é um gênero com raízes profundas no Brasil, e suas variações, como o deep house e o tech house, são muito populares.
Trance: O trance é um dos gêneros mais icônicos das festas ao ar livre, e suas melodias envolventes atraem multidões para festivais de música em todo o país.
Drum and Bass: Com uma cena dedicada, o drum and bass é apreciado por seus ritmos acelerados e baixos poderosos.
Bass Music: Inclui subgêneros como dubstep, trap e future bass, que se tornaram populares entre os jovens.
O Brasil produziu diversos artistas de renome internacional na cena eletrônica. Alguns deles incluem:
Alok: Um dos DJs mais famosos do Brasil, conhecido por seus hits de música eletrônica que alcançaram as paradas em todo o mundo, apesar de ser taxado como um DJ que toca músicas muito comerciais que ficam populares entre os não ouvintes de música eletrônica, o produtor é respeitado internacionalmente, classificado como o quarto melhor DJ do mundo segundo a reconhecida revista sobre música eletrônica DJ Mag, foi o primeiro DJ a se apresentar no palco mundo, principal palco do Rock in Rio , maior festival do Brasil.
Vintage Culture: Celebrado por sua fusão de house e techno, Vintage Culture é uma figura proeminente na cena eletrônica global, graças a sua essência brasileira que mistura samba e batidas ancestrais em suas músicas, ele é classificado como o décimo primeiro pela revista DJ Mag, além disso ele é uma das principais caras do festival Só Track Boa, que tem diversas versões incluindo fora do país.
DJ Vhoor: Natural de Belo Horizonte, o DJ vem ganhando reconhecimento mundial pela sua musicalidade em que mistura funk e disco, apresentando-se no Primavera Sound em Barcelona neste ano, esse set foi gravado para o conhecido canal Boiler Room. Produziu o álbum “BAILE” do rapper FBC que dominou as paradas musicais.
Valentina Luz: Ficou conhecida primeiramente como modelo, que esteve por muitos anos nas passarelas e que foi se envolvendo com a música eletrônica a partir do momento em que ela se mudou para São Paulo e começou a dançar em algumas festas da cidade, como a Mamba Negra, Odd e no festival Dekmantel. Agora se aventura como DJ misturando house com funk, este ano Valentina foi convidada a fazer um set para o DGTL de Amsterdam em parceria com o Boiler Room, plataforma de streaming de sets que fazem set transmitidos pela internet, ao vivo, sendo gravado em diversos lugares do mundo, além disso ela fez um set B2B com a Eli Iwasa na Tomorrow Land Brasil deste ano.
Mochakk: É a última revelação da música eletrônica brasileira, sua forma de dançar e conduzir seus shows cativaram o público. Pedro tem uma sonoridade única que mistura batidas latinas com house, soul com funk e diversas outras alquimias. Hoje possui uma agenda lotada passando pelas melhores festas e clubs do mundo, além de ter sido o segundo brasileiro a fazer um set para a produtora Cercle, produtora francesa que faz show em diversas localidades do mundo, sempre buscando misturar o som com ambiente maravilhoso, o seu set foi na Plaza de Spaña em Sevilla.
“Foi uma tentativa de golpe de Estado. Tem que ser punido exemplarmente. Vamos para cima deles” - essa foi um pouquinho da palavra do deputado federal pelo Partido Socialista e Liberdade (PSOL), Guilherme Boulos. O político estava no ato pró-democracia, concedeu uma entrevista à Agemt embaixo do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateubard. Para saber mais do relato, ouça através do QR Code.
Aqueles que protestavam contra ao extremismo visto no dia anterior, ressignificaram a bandeira do Brasil como um símbolo resgatado. Vários cartazes dizendo "Democracia para Sempre". Existia uma euforia ao extravasar tudo o que repudiaram no último mandato, mas aliviados com a vitória do petista. Os manifestantes repudiaram os ataques nos Três Poderes. Os invasores negavam a vitória do Luiz Lula Inácio Lula da Silva. Durante o dia 8, houve uma suposta negligência em relação à segurança. Assim, os vândalos gravaram os seus próprios crimes. Já era notório algumas movimentações dos bolsonaristas, alguns estavam acampando desde do resultado do segundo turno. Antes do resultado das eleições, havia uma suposta semelhança entre os apoiadores do Bolsonaro e dos apoiadores do Trumpismo ao invadirem o Capitólio.
Legenda: Comício eleitoral de Jair Bolsonaro no Rio de Janeiro/ Por Fernada Querne
Com o sol quase se pondo, as ruas de São Paulo já estavam cheias de policiais rondando a Paulista. O começo do ato contou com organizações políticas levando a multidão a dizer: "Sem anistia". Ou até mesmo: "Ão Ão Ão, Bolsonaro na prisão". Havia uma preocupação em diversificar as vozes representantes da manifestação. Scaneie e ouça mais quais eram as lideranças que estavam por trás da manifestação.
"Salve Salve, eu sou o Júnior Rocha da Coalizão Negra Por Direito e da União Afro Brasil, vou ajudar a coordenar o ato aqui com vocês hoje. E vamos para cima derrubar o bolsonarismo ou não vamo?" - fala de Rocha, uma das lideranças da manifestação no começo do ato. Além dessa figura, havia também grupos que focavam em outras pautas, como: trabalhistas, feministas e entre outras. Mesmo com ideologias distintas, os manifestantes entiram que estavam lutando por uma causa só: "Hoje estamos aqui para dizer que nós não vamos permitir nenhum ato antidemocrático" - coordenadora do Povo Sem Medo.
Explicitamente, chamavam os invasores de fascistas e extremistas. Pediam pela punição dos invasores, os quais chamavam de "golpistas". Aqueles contra o antigo candidato pelo Partido Liberal (PL), já sentiam que o derrotam nas ruas. Agora, a multidão desejava acabar com o fascismo nas ruas. Os manifestantes aclamavam pelo encarceramento da família do ex-presidente - atualmente, Jair Bolsonaro está inelegível.
"Agora é a vez dos trabalhares, agora eles que vão para a cadeia. Eles devem porque são fascistas - um dos coordenadores do MST. De acordo com o Portal da Câmara dos Deputados: "Cerca de duas mil pessoas foram levadas pelas forças policiais pelos atos em 8 de janeiro, dos quais 1,4 mil ficaram presas por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF, relator das investigações sobre as invasões."
Para saber mais, aqui está o áudio completo do ato e o link da postagem no Instagram.