Influenciadora é chamada de "homem" por espectadora; confusão gerou vaias, atraso no espetáculo e intervenção policial
por
Carolina Zaterka
Manoella Marinho
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15/04/2025 - 12h

 

Malévola Alves, influenciadora digital e mulher trans, denunciou ter sido vítima de transfobia no Teatro Renault, em São Paulo, no dia 26 de março de 2025, ao ser tratada pelo pronome masculino e chamada de “homem” por uma espectadora. O incidente ocorreu antes do início do musical “Wicked”. Malévola, com mais de 840 mil seguidores, publicou trechos do episódio em suas redes, que rapidamente viralizaram.

Segundo relatos de testemunhas e da própria vítima, a confusão começou quando Malévola esperava uma nota fiscal e a mulher atrás dela mostrou impaciência. As duas trocaram palavras e, ao se afastar, a mulher teria gritado "isso é homem ou mulher?" em sua direção. A vítima então se sentiu ofendida e levou a denúncia à plateia, apontando a espectadora como autora do ataque transfóbico, causando um tumulto que paralisou a plateia.

A reação do público foi de imediato apoio a Malévola, com vaias à agressora e pedidos para que ela fosse retirada do teatro. “A gente não vai começar a assistir a um espetáculo que é extremamente representativo para a diversidade com uma mulher dessa aqui. Não faz o menor sentido”, afirmou um dos espectadores durante o protesto.

Diante da pressão da plateia, a apresentação atrasou cerca de 30 minutos. A mulher acusada acabou saindo do teatro sob escolta policial, levada à  delegacia para realizar um boletim de ocorrência, recebendo aplausos e vaias dos demais presentes. Miguel Filpi, presente no evento, celebrou nas redes sociais: “Justiça foi feita!! Obrigado a todo mundo nessa plateia que fez a união para que isso acontecesse.”

Carlos Cavalcanti, presidente do Instituto Artium (Produtor do musical), pediu desculpas pelo ocorrido antes de dar início ao espetáculo: “Peço desculpas por esse acontecimento e por esse atraso. Tudo o que a gente pode admitir, é bom que a gente admita na vida, mas transfobia em Wicked, não dá”. A atriz Fabi Bang, também se manifestou durante e após o espetáculo: “Transfobia jamais” - uma improvisação durante a música “Popular”.

 

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Fabi Bang, atriz que interpreta Glinda, em apresentação do musical. Foto: Blog Arcanjo/Reprodução

Viviane Milano, identificada como a espectadora acusada, negou as acusações em um pronunciamento, alegando que a confusão na fila da bombonière não foi sobre identidade de gênero, mas sobre uma tentativa de furar fila. Ela afirmou: “Perguntei em voz alta: ‘Era o homem ou a mulher que estava na fila?’”, dizendo que sua pergunta foi mal interpretada.

A produção de Wicked e membros do elenco reiteraram seu compromisso com a diversidade e repudiaram o incidente. A nota oficial da produção destacou: “Nosso espetáculo é e continuará sendo um espaço seguro para todas as pessoas, independentemente de identidade de gênero ou orientação sexual.”

As últimas apresentações do cantor baiano reunem seus maiores sucessos e participações de grandes artistas brasileiros
por
Davi Rezende
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14/04/2025 - 12h

Tiveram início na última sexta-feira (11) os shows em São Paulo da turnê “Tempo Rei”, de Gilberto Gil, a última da carreira do lendário artista. O evento, que teve início em março, na cidade de Salvador (BA), chegou neste mês à capital paulista com quatro datas, duas neste final de semana e mais duas ao fim do mês.

Gilberto Gil em show no Allianz Parque cantando Aquele Abraço
Gilberto Gil em show da turnê "Tempo Rei" no Allianz Parque, em São Paulo/ Foto: Davi Rezende
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Reunindo participações especiais, cenários característicos e grandes sucessos da carreira do cantor, a turnê é uma grande celebração da história de Gil, enquanto seus últimos shows ao vivo. Desde os visuais até a performance do artista, tudo é composto de forma detalhada para transmitir a energia da obra de Gilberto, que se renova em apresentações vívidas e convidados de diversos gêneros musicais brasileiros.

Ao longo de mais de 60 anos de carreira, Gil conquistou uma das trajetórias mais consolidadas e respeitadas da música brasileira. Com mais de 50 álbuns gravados, sendo 30 de estúdio, ele se tornou uma lenda da bossa nova e do samba, com produções que se provam atemporais, além de participações em movimentos políticos e artísticos que marcaram o Brasil.

Gilberto Gil agasalhado em exílio nas ruas de Londres
Gilberto Gil no exílio em Londres/ Foto: Reprodução/FFLCH - USP

 

Na década de 60, após se popularizar em meio a festivais, Gil fez grande parte da luta contra as opressões da Ditadura Militar no Brasil, tornando-se peça importante no movimento da Tropicália. Ao lado de artistas como Caetano Veloso e Gal Costa, Gilberto foi protagonista na revolução da arte brasileira, além de compor grandes canções de resistência.

Em 1969, após o lançamento de um de seus maiores clássicos, “Aquele Abraço”, Gil se exilou fora do Brasil para fugir da Ditadura, em Londres. Na Inglaterra, ele seguiu produzindo e performando, ao lado de outros grandes gênios tropicalistas, até retornar em 1971, lançando no ano seguinte o álbum “Expresso 2222” (1972). Três anos após o grande sucesso, Gil lança o álbum “Refazenda” (1975), primeiro disco de uma trilogia composta por “Refavela” (1977) e “Realce” (1979).

Todos os grandes momentos da vida do cantor são representados na turnê, tanto com sua performance, dirigida por Rafael Dragaud, quanto na cenografia, montada pela cineasta Daniela Thomas. Na setlist, Gil ainda presta homenagens a grandes figuras da música, como Chico Buarque (que faz participação em vídeo tocado ao fundo de Gilberto, durante a apresentação) quando interpreta “Cálice”, canção de sua autoria ao lado do compositor carioca, e até Bob Marley, no momento que toca “Não Chore Mais” (versão da música “No Woman, No Cry” do cantor jamaicano) com imagens da bandeira da Jamaica ao fundo.

Gilberto Gil em show no Allianz Parque cantando Não Chore Mais
Gilberto Gil em show da turnê "Tempo Rei" no Allianz Parque, em São Paulo/ Foto: Davi Rezende

 

Nas apresentações no Rio de Janeiro, o artista convidou Caetano e Anitta para comporem a performance, enquanto em São Paulo, na sexta-feira (11) MC Hariel e Flor Gil, a neta do cantor, deram as caras, além de Arnaldo Antunes e Sandy terem participado do show de sábado (12).

A turnê “Tempo Rei” aproxima Gilberto Gil do fim de sua carreira, celebrando sua história nos shows que rodam o Brasil inteiro. A reunião de artistas já consolidados na indústria para condecorar o cantor em suas apresentações prova a grandeza de Gil e como sua obra é imortal, movimentando a música de todo o país ao seu redor. Sua performance é energética e vívida, como toda a carreira do compositor, fazendo dos brasileiros os súditos do Tempo Rei.

Gilberto Gil em show no Allianz Parque cantando Expresso 2222
Gilberto Gil em show da turnê "Tempo Rei" no Allianz Parque, em São Paulo/ Foto: Davi Rezende

As apresentações de Gil seguem ao longo do ano, encerrando em novembro, na cidade de Recife (PE). Em São Paulo, o cantor ainda se apresenta em mais duas datas, nos dias 25 e 26 de abril, no Allianz Parque.

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Filme brasileiro conta a história de uma senhora que através de uma câmera expôs uma rede de tráfico no Rio de Janeiro
por
Kaleo Ferreira
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14/04/2025 - 12h

O filme “Vitória” lançado no dia 13 de março de 2025, dirigido por Andrucha Waddington e roteirizado por Paula Fiuza, tem como tema a história de Dona Nina (Fernanda Montenegro), uma senhora de 80 anos que sozinha, desmantelou um esquema de tráfico de drogas em Copacabana, filmando com uma câmera a rotina do mercado criminoso da janela de seu apartamento.

 

Cena do filme ”Vitória” (Foto: CNN Brasil)
Cena do filme ”Vitória”. Foto: CNN Brasil

 

O longa é inspirado no livro “Dona Vitória Joana da Paz”, escrito pelo jornalista Fábio Gusmão e baseado na história verídica de Joana Zeferino da Paz. Grande força do filme vem da atuação de Fernanda, que consegue transmitir a solidão, indignação, determinação e a garra que a personagem teve para confrontar o crime na Ladeira dos Tabajaras.

O filme começa construindo uma atmosfera de grande tensão, claustrofobia e solidão dentro do pequeno apartamento com o reflexo da violência diante dos olhos, assim mergulhando na realidade crua do cotidiano carioca, expondo a fragilidade da segurança pública e o poder que o crime organizado possui. 

Em certos momentos, o ritmo da narrativa se torna um pouco lento e cansativo e a ação do longa começa com a introdução do jornalista Fábio, interpretado por Alan Rocha, que desenvolve uma relação de parceria com Dona Nina. Ele assiste às fitas gravadas por ela, provas de criminosos desfilando com armas à luz do dia, vendendo e utilizando drogas entre crianças e adolescentes, além de ter ajuda dos policiais para o tráfico. E diante de tudo, decide ajudar a senhora, assim escrevendo uma grande reportagem que colocaria os holofotes sobre todo o esquema de tráfico. 

 

Cartaz do filme (Foto: IMDb)
Cartaz do filme. Foto: IMDb

 

O filme tem a participação de outras atrizes, como Linn da Quebrada e Laila Garin, que mesmo em papeis secundários, também merecem destaque por agregar camadas à narrativa e mostrar diferentes facetas de como a comunidade é afetada pela violência.

Em resumo, “Vitória” é um filme emocionante e que faz refletir. Apesar dos problemas no ritmo do filme, a força de uma história real e a grande atuação de Fernanda Montenegro, com seus 95 anos, o consolidam como um filme digno de ser assistido e relevante para o cinema brasileiro. 

É um retrato da realidade brasileira que ao dar voz a uma história de resistência contra o crime, levanta questões importantes sobre segurança, justiça e o papel dos cidadãos contra a violência, dando esperança em resistir a toda criminalidade que a sociedade enfrenta com tanta frequência, além de dar voz a uma mulher que decide não se calar.

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O grupo sul-coreano encerra sua passagem pelo Brasil com o título de maior show de K-pop no país
por
Beatriz Lima
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09/04/2025 - 12h

 

Na primeira semana de abril, São Paulo e Rio de Janeiro foram palco dos shows da DominATE Tour, do grupo de K-pop Stray Kids. Em novembro de 2024, o grupo anunciou sua primeira passagem pela América Latina após sete anos de carreira, com shows no Chile, Brasil, Peru e México, causando êxtase aos fãs do continente.

Stray Kids é um grupo de K-pop composto por oito integrantes, Bang Chan, Lee Know, Changbin, Hyunjin, Han, Felix, Seungmin e I.N. O grupo estreou em 2018, após um programa eliminatório com diversos trainees da JYP Entertainment - empresa que gere o grupo. No dia 8 de julho de 2024, o grupo anunciou sua terceira turnê mundial chamada ‘DominATE Tour’, com shows iniciais pelo Leste e Sudeste Asiático e Austrália. 

A DominATE Tour foi anunciada para a divulgação de seu mais recente álbum, ATE, lançado dia 19 de julho de 2024. Com o sucesso mundial do grupo e da música “Chk chk boom”, com a participação dos atores Ryan Reynolds e Hugh Jackman no clipe, o grupo divulgou datas para a turnê na América Latina, América do Norte e Europa no início de 2025.

Foto de divulgação da turnê DominATE
Imagem de divulgação da turnê DominATE. Foto: Divulgação/JYP Entertainment

No Brasil, o octeto iniciou sua passagem pela cidade do Rio de Janeiro com seu show de estreia dia 1 de abril no Estádio Nilton Santos, com mais de 55 mil pessoas presentes no local. Em sua primeira data na cidade de São Paulo, sábado (5), o grupo sul-coreano teve os ingressos esgotados e, mesmo com chuva e baixas temperaturas, bateu o recorde de maior show de K-pop no Brasil, com um total de 65 mil pessoas no Estádio MorumBIS. No dia seguinte, o grupo teve seu último dia de passagem pelo país e somou no total - nos dois dias de show na capital paulista - 120 mil pessoas.

Show do Stray Kids no Estádio MorumBIS
Primeiro dia de show do Stray Kids em São Paulo. Foto: JYP Entertainment / Iris Alves

 

Os shows contaram com estruturas complexas e atraentes - com direito a fogos de artifícios e explosões de luz a cada performance -, tradução simultânea nos momentos de interação com o público, banda e equipe de dança do próprio grupo, além de estações de água e paramédicos à disposição do evento. Foram três noites marcantes tanto para os fãs brasileiros quanto para os próprios membros do grupo. “Eu sinto que tudo que nós passamos durante esses sete anos foi para encontrar vocês.” diz Hyunjin em seu primeiro dia de show no Brasil. 

Com o recorde de público nos shows e reações positivas na mídia e público brasileiro, o grupo promete voltar ao país em uma nova oportunidade, deixando claro seu amor pelo país e pelos fãs brasileiros. “Bom, é a sensação de que ganhamos uma segunda casa… todos nós [os oito membros]” declara o líder Bang Chan no primeiro show de São Paulo.

Membros do grupo após o show do Rio de Janeiro.
Foto divulgada após o show do Stray Kids no Rio de Janeiro. Foto: Reprodução/JYP Entertainment

 

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Último dia do festival em São Paulo também reuniu shows de Justin Timberlake, Foster The People e bandas nacionais
por
Maria Eduarda Cepeda
Jessica Castro
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09/04/2025 - 12h

 

Neste domingo (30), o Autódromo de Interlagos, na zona sul de São Paulo, recebeu o último dia da edição 2025 do Lollapalooza Brasil. O festival, que reuniu uma diversidade de estilos, contou com apresentações de bandas indies nacionais, como Terno Rei, e gigantes do pop, como Justin Timberlake. Como destaque, tivemos a histórica estreia da banda Tool em solo brasileiro, a volta de Foster The People ao festival e o show emocionante de encerramento do Sepultura, que consagrou sua importância como uma das maiores referências do metal, tanto no Brasil quanto no mundo.

Diferente do primeiro dia, o domingo foi marcado por tempo firme e céu aberto, sem a interferência da chuva. Com condições climáticas favoráveis, o público pôde aproveitar muito seus artistas favoritos ao longo do dia.

As primeiras atrações do dia já davam o tom da despedida do festival: uma mistura de muito indie, rock n’ roll e nostalgia no ar. No palco Budweiser, a cantora pernambucana Sofia Freire abriu os trabalhos com uma estreia marcante, conquistando o público com talento e carisma. E no palco Mike´s Ice, a banda "Charlotte Matou um Cara" chamou atenção por ter a vocalista, Andrea Dip, vestida em uma camisa de força. 

Além de cantora, Andrea é jornalista e faz parte da Agência Pública de Jornalismo Investigativo. Em 2013, recebeu o Prêmio Tim Lopes de Jornalismo Investigativo pelo seu trabalho na história em quadrinhos “Meninas em Jogo” e foi premiada pelo Troféu Mulher Imprensa na categoria site de notícias em 2016.

Vocalista da banda "Charlotte Matou um Cara", Andrea Dip, usando uma camisa de força rosa
A banda já dividiu palco com a cantora e atriz Linn da Quebrada. Foto: Adriana Vieira / Rock On Board

Com músicas que tratam temas como machismo, ditadura militar e a luta contra a violação do corpo feminino, o grupo trouxe para o festival a agressividade e a energia para o "dia do rock". 

Na sequência, o grupo Terno Rei assumiu o palco e transformou a plateia ainda tímida em um coro envolvido por seu setlist, que mesclou sucessos da carreira e novas apostas sonoras. A banda ainda aproveitou o momento para anunciar seu próximo álbum, “Nenhuma Estrela”, com lançamento marcado para 15 de abril.

Depois de 8 anos longe do Brasil, Mark Foster e Isom Innis voltaram pela terceira vez ao Lollapalooza Brasil. As músicas foram de seus sucessos mais recentes às músicas mais queridas pelos fãs, como "Houdini" e "Call It What You Want". Com um público morno, mesmo com a presença dos fãs fiéis, eles não desanimaram e se mostraram contentes por estarem de volta. A música mais famosa, "Pumped Up Kicks", finalizou a apresentação do grupo.

A banda Tool se apresentou pela primeira vez no Brasil após 35 anos de carreira, mas quem compareceu esperando ver o grupo e uma apresentação tradicional teve uma surpresa. Tool fez um show cru, sem pausas e sem momentos emocionados. O visual sombrio e imersão feita pelos visuais espirituais do telão comandaram os espectadores a uma experiência única no festival, sendo o show mais enigmático da noite. A setlist foi variada, com alguns de seus sucessos e músicas de seu álbum mais recente "Fear Inoculum". Apesar da proposta diferenciada, o público pareceu embarcar na viagem sensorial proposta pelo grupo. 

Vocalisa da banda Tool na frente do telão, mas não somos capazes de ver seu rosto, apenas sua silhueta
A presença enigmática do vocalista causou muita curiosidade entre os espectadores. Foto: Sidnei Lopes/ @observadordaimagem

Sepultura está dando adeus aos palcos ao mesmo tempo que celebra seus 40 anos de carreira, assim como o nome de sua turnê, "Celebrating Life Through Death". Fechando a edição de 2025 do festival, a banda teve convidados curiosos para a setlist. Para acompanhar a música "Kaiowas", o cantor Júnior e o criador do Lollapalooza, Perry Farrell, subiram no palco para integrar o ritmo agressivo dessa despedida. Com uma setlist semelhante a do show feito em setembro do ano passado, também dessa turnê de adeus, o grupo não deixou o clima cair mesmo com os problemas técnicos que enfrentaram. O som estava abafado e baixo comparado ao de outros palcos, a banda Bush enfrentou o mesmo problema em sua apresentação. 

A banda encerrou seu legado no festival com um de seus maiores sucessos internacionais, "Roots Bloody Roots", eternizando seu legado e deixando saudades em seus fãs que se mantiveram devotos até o fim.

No palco ao lado, o grande headliner da noite, Justin Timberlake, mostrou que seu status de popstar segue intacto. A apresentação, que não foi transmitida ao vivo pelos canais oficiais do evento, teve performances energéticas, muita dança e vocais entregues sem base pré-gravada.

Justin Timberlake se apresentando no palco principal do festival
Justin Timberlake encerra a terceira noite do festival Lollapalooza 2025. — Foto: Divulgação/Lollapalooza

Com um show marcado por coros emocionados em “Mirrors” e uma enxurrada de hits como, “Cry Me a River”, “SexyBack” e “What Goes Around... Comes Around”, ele reforçou sua presença como um dos grandes nomes da música pop.

Apesar de definitivamente não estar em sua melhor fase — após polêmicas envolvendo sua ex-namorada Britney Spears, que o acusou de um relacionamento abusivo, e uma prisão em 2024 por dirigir embriagado — Timberlake demonstrou um forte engajamento com o público, que saiu eletrizado do show. 

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O evento de música eletrônica promete agitar a capital paulista reunindo grandes nomes brasileiros e globais na primeira quinzena de dezembro
por
Majoi Costa
Nicole Conchon
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22/11/2024 - 12h

 

 

 

Edições antigas da Boiler Room em colagem. Foto: Boiler Room ArchivesV
Edições antigas da Boiler Room em colagem. Foto: Boiler Room Archives

 

 

 

 

 

O Boiler Room, evento de música eletrônica reconhecido por suas festas secretas e transmissões ao vivo, desembarca em São Paulo no dia 13 de dezembro. O local ainda não foi compartilhado, mas nomes como DJ Magal, AKAI, Danny Daze, Suelen Mesmo e DJ Caio Prince são alguns já confirmados pelo programa. 

 

A festa promete ser um marco para os fãs do gênero,  reunindo DJs internacionais e nacionais em um local surpresa, criando uma experiência imersiva e exclusiva para o público. Com sua tradição de apresentações intensas e energéticas, o evento reflete a constante evolução da cena eletrônica global, proporcionando aos paulistanos uma oportunidade rara de vivenciar o conceito único do Boiler Room ao vivo.

Foto: Ryan Buchanan
Foto: Ryan Buchanan

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Surgimento do Boiler Room 

O Boiler Room foi fundado em 2010 por um grupo de britânicos com a ideia de criar uma plataforma que unisse música eletrônica e a cultura de clubbing, que se refere ao conjunt de práticas, comportamentos e valores associados à cena de clubes noturnos e festas eletrônicas, se tornando um estilo de vida que geralmente é associada a gêneros musicais como techno, house, trance e outros estilos eletrônicos. 

 

O conceito era simples, mas inovador: reunir DJs em performances ao vivo e transmiti-las para o mundo, com foco na energia visceral dos clubes underground. Com uma estética minimalista e sem grandes ostentações, o Boiler Room capta a essência da música eletrônica em sua forma mais crua, colocando o público no centro da experiência

 

Inicialmente, o Boiler Room se destacou por sua abordagem alternativa à forma como a música eletrônica era consumida. Ao contrário dos grandes shows de DJ transmitidos de maneira convencional, as festas do Boiler Room eram mais descontraídas, sem palco elevado, com o público ao lado dos artistas, criando uma atmosfera de proximidade e troca de energia única. A transmissão ao vivo das performances pelo YouTube rapidamente atraiu fãs de todo o mundo, fazendo com que o Boiler Room se tornasse uma das maiores plataformas de música eletrônica do planeta. 

 

O Boiler Room chegou ao Brasil pela primeira vez em 2013 e contou com grandes nomes consagrados na cena como o DJ Zegon, Gui Boratto, Ney Faustini e Nomumbah. Nos anos seguintes, como 2017 e 2019, foi a vez de Djonga, Rincon Sapiência, Linn da Quebrada e a Mamba Negra (coletivo underground paulista), Cashu e Badsista levarem suas músicas e sets em São Paulo e no Rio de Janeiro pela plataforma. 

 

A importância do Boiler Room 

O Boiler Room desempenha um papel crucial na democratização da música eletrônica, por meio das transmissões ao vivo. Além disso, oferece um palco para artistas emergentes e consagrados, de diferentes vertentes do gênero. Ao longo dos anos, o evento tem sido um catalisador de novas formas de produzir e criar shows, dando visibilidade a sons alternativos e experimentais, ao mesmo tempo em que se celebra os ícones do underground.

Além de promover o talento musical, o Boiler Room também é uma vitrine para a cultura clubbing e das festas de dança, celebrando não apenas a música, mas o ambiente e a comunidade que ela cria. Cada evento tem um caráter único, sendo das plataformas de vídeo online, com a produção visual cuidadosamente projetada para refletir a vibração e o espírito do evento. 

 

 

DJ Larinhx na Boiler Room do Rio de Janeiro em 2023. Foto: Boiler Room Archives

 

 

 

 

O Boiler Room em São Paulo

 

São Paulo tem uma forte ligação com a cultura da música eletrônica, devido à sua diversidade cultural, infraestrutura de vida noturna e influência global. A cidade atrai pessoas do mundo todo, criando um ambiente ideal para a música eletrônica  florescer e se expandir. E, embora o Boiler Room tenha se tornado uma plataforma de renome mundial, sua presença na cidade ainda era um sonho distante para muitos fãs. 

 

Para os artistas locais, o evento representou uma oportunidade única de visibilidade, tanto para aqueles que puderam se apresentar ao lado de grandes nomes internacionais quanto para os que participaram das transmissões ao vivo.

O preço e os locais onde acontecem os boilers variam muito. Pela alta demanda, a organização do evento não divulgou tudo no momento em que o local é anunciado, mas vão aos poucos compartilhando as atrações e os valores. Em 2023, o ingresso variou entre 50 a 100 reais. E os locais, em festas fechadas como DGTL, The Edge ou até em locais que ocorrem as festas da Mamba Negra, no caso de São Paulo. 

 

O impacto cultural da Boiler Room vai além da música. Ela traz à tona discussões sobre a cena underground, a autenticidade das festas e o crescimento da cena eletrônica em um mundo cada vez mais digital e globalizado. Em um momento em que as festas de grande porte dominam o mercado, a Boiler Room se destaca por manter viva a essência das raves e das festas clandestinas que marcaram a história da música eletrônica.

 

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Filme da Disney ganhou novo trailer nesta quinta-feira (21); confira
por
Marcelo Victorio
João Pedro Lindolfo
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22/11/2024 - 12h
Pôster do filme Rei Leão
Filme será um prelúdio do filme Rei Leão (2019). Créditos: Divulgação/Disney

Filme aguardado por crianças, jovens e adultos de todo mundo, “Mufasa: O Rei Leão” já tem data de estreia nos cinemas brasileiros. No dia 19 de dezembro, a novidade chega às telas de todo o país. A história vai narrar acontecimentos antes do live-action “O Rei Leão” (2019).

Quem está no filme?

O passado de Mufasa (Aaron Pierre), será contado nesta nova história da Disney. Donald Glover voltará novamente como Simba, enquanto a cantora Beyoncé será Nala, conhecidos personagens no universo de “Rei Leão”. A novidade está em torno de Blue Ivy Carter, filha de Beyoncé e Jay-Z, que vai estrear como atriz dando voz à Kiara.

Novo trailer

Antes do lançamento do filme, a Disney soltou nesta última semana um último trailer para os fãs, que já conta com mais de sete milhões de visualizações. Confira:

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Hugh Grant, que já venceu Globo de Ouro, é o protagonista do 12° filme da produtora neste ano
por
Marcelo Victorio
João Pedro Lindolfo
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22/11/2024 - 12h

 

Cena do filme Herege
O filme de terror psicológico estreou nos cinemas nesta quinta-feira (21). Créditos: Divulgação / A24

“Herege” é o mais novo longa da aclamada produtora cinematográfica, A24. Estrelado por Hugh Grant, a novidade norte-americana conta a história de duas jovens missionárias que tentam converter um homem, mas acabam entrando em situação de perigo e presas na casa do personagem em questão. O filme é distribuído pela Diamond Films Brasil e já está em cartaz nos cinemas.

Entenda a história

Paxton (Chloe East) e Barnes (Sophie Thatcher), a princípio, são bem recepcionadas pelo Sr. Reed (Hugh Grant) em sua casa. No entanto, ao passar do tempo a situação vivida pelas missionárias começa a se tornar incômoda e percebem que quanto mais tempo passam no local, mais perigo correm. Em determinado momento, Sr. Reed força as duas a participarem de um jogo que desafia a fé delas em Deus.

A24

atores dos filmes produzidos pela a24
Atores dos últimos lançamentos da A24 (Mia Goth, Wagner Moura e Lola Petticrew). Créditos: Divugalção/A24

Já conhecida no cinema, a produtora, fundada em 2012 por Daniel Katz, David Fenkel e John Hodges, já lançou outros onze longas-metragens neste ano que incluem: Guerra Civil; Tuesday: O Último Abraço; e MaXXXine.

Assista ao trailer de Herege: 

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Loja que ganhou um novo lar em casarão histórico é uma ótima opção para quem busca atividades culturais em um ambiente acolhedor
por
Leticia Alcântara
Sophia Razel
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22/11/2024 - 12h

Em um ambiente agradável e vintage, o espaço da nova Livraria Cultura é composto por dois andares que promovem uma verdadeira atmosfera cultural, proporcionando muito mais que a experiência de comprar um livro. 

Ao adentrar o local, o visitante se depara com estantes que cobrem uma variedade impressionante de temas: desde literatura nacional e internacional, até quadrinhos, história, filosofia, arte, além de áreas como design e gastronomia. Há livros para todos os gostos e idades, garantindo que cada visitante encontre uma obra que desperte seu interesse e o transporte para novos universos literários.

Os apaixonados por livros infantis, por exemplo, encontrarão um espaço encantador, com um ambiente lúdico e interativo para as crianças. Isso cria a oportunidade perfeita para um passeio em família, permitindo que os pequenos se divirtam enquanto descobrem o prazer da leitura. 

Já para os amantes de uma boa sinfonia, a livraria também possui um piano à disposição de seus frequentadores, influenciando a interação com o universo musical e uma trilha sonora para as leituras feitas no local.

Foto de piano disponível na livraria
Piano disponível para os visitantes da livraria. Foto: Sophia Razel

Nova casa, novo capítulo

Em abril deste ano, após acumular dívidas de aluguel desde 2020, a justiça decretou ordem de despejo a livraria, que por muitos anos morou no coração de São Paulo, a Avenida Paulista. Agora localizada na Avenida Angélica, número 1212, o local faz sucesso e é destino de quem busca passeios culturais, principalmente aos finais de semana. 

O espaço é perfeito para aqueles que desejam fazer um programa agradável, apreciando uma boa leitura, descobrindo novos autores ou simplesmente aproveitando a arquitetura e o seu clima aconchegante. 

Os horários de funcionamento são: de segunda a sábado, das 9h às 22h e aos domingos das 11h às 20h.

Entrada Livraria Cultura, Higienópolis
Fachada do novo espaço da Livraria Cultura.
Foto: Letícia Alcântara

 

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Em seus primeiros 10 dias de exibição nos cinemas, o filme brasileiro quebra recordes,conquistando festivais e críticas internacionais
por
Majoí Costa
Nicole Conchon
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21/11/2024 - 12h
Foto: Pôster oficial do filme.
Foto: Pôster oficial do filme

 

O longa-metragem "Ainda Estou Aqui”, dirigido por Walter Salles, mergulha em temas complexos como o exílio, desaparecimento, repressão e resistência durante a ditadura civil-militar no Brasil. Baseado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, o filme traz à tona a história de sua mãe, Eunice Paiva, interpretada pela atriz Fernanda Torres. A narrativa se desenrola ao redor da luta pessoal de Eunice junto aos seus cinco filhos, para lidar com a dor do desaparecimento de seu marido, o deputado cassado Rubens Paiva. 

A narrativa desenvolvida em torno da luta de Eunice fez com que o filme se tornasse um grande marco cultural no cinema brasileiro e uma das histórias mais completas sobre como ficaram as famílias dos presos e desaparecidos durante o regime militar. A personagem marcada pela vontade e perseverança de resgatar a história do que aconteceu com o seu marido, provoca uma reflexão forte sobre o custo humano na repressão política. 

 

Sucesso de público e crítica 

Além de Fernanda Torres, o elenco conta com grandes nomes do cinema brasileiro, e a direção de Walter Salles, reconhecido internacionalmente por filmes como “Central do Brasil” e “Diários de Motocicleta”, provocando uma profundidade única à obra. A sensibilidade ao tratar de um tema tão doloroso, aliado ao excelente trabalho dos atores, tem sido amplamente elogiada. 

 

O filme ter alcançado 1 milhão de espectadores nos cinemas brasileiros é um indicativo de que o público está aberto a discutir e refletir momentos sombrios da história do país. Esse número também demonstra que as novas gerações, muitas vezes distantes das experiências diretas da ditadura, estão dispostas a se engajar com esse passado, entendendo suas implicações para o presente e o futuro. 

Os dados divulgados pela ComScore Brasil nesta segunda-feira, 18, mostram que o longa arrecadou R$23,5 milhões em bilheteria até o momento. Em seu primeiro final de semana, a produção alcançou a liderança no ranking dos filmes mais assistidos no Brasil. 

O filme será o representante brasileiro na corrida pelo Oscar 2025 pela Academia Brasileira de Cinema. Para mais de colecionar inúmeras críticas positivas nos principais veículos de cinema, o longa recebeu a estatueta de Melhor Roteiro pelo Festival de Veneza e na seção de Latino & Television do Critics Choice Awards pela atuação de Fernanda Torres. Ainda, com mais de 40 mil votos, a honraria foi concedida no Festival Internacional de Cinema de Vancouver, no Canadá. 

 

Cena de Eunice Paiva, interpretada por Fernanda Torres, presa por dias.  Reprodução: Omelete
Cena de Eunice Paiva, interpretada por Fernanda Torres, presa por dias. Reprodução: Omelete

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Impacto cultural

O Brasil vivenciou, entre 1964 e 1985, um regime militar brutal que perseguiu, torturou e matou opositores políticos. Milhares de pessoas, entre elas militantes, intelectuais, artistas e cidadãos comuns, sofreram diretamente com as consequências desse sistema autoritário. As marcas dessa repressão ainda estão presentes na sociedade brasileira através de histórias pessoais de sobreviventes, mas também por meio das famílias que continuam em busca por justiça e pela verdade.

Para além de um filme que conta a história de uma mãe, é sobre a memória de um país. Nesse cenário, “Ainda Estou Aqui” assume um papel crucial: ele não só resgata uma parte da história da nação, como também mantém viva a necessidade de compreender o impacto psicológico e social do regime. 

Mais que uma peça cinematográfica, o filme provoca uma reflexão vital, por meio do drama da perda, sobre os traumas do passado, os danos da Ditadura e a necessidade de preservação da memória histórica. 

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