
O Boiler Room, evento de música eletrônica reconhecido por suas festas secretas e transmissões ao vivo, desembarca em São Paulo no dia 13 de dezembro. O local ainda não foi compartilhado, mas nomes como DJ Magal, AKAI, Danny Daze, Suelen Mesmo e DJ Caio Prince são alguns já confirmados pelo programa.
A festa promete ser um marco para os fãs do gênero, reunindo DJs internacionais e nacionais em um local surpresa, criando uma experiência imersiva e exclusiva para o público. Com sua tradição de apresentações intensas e energéticas, o evento reflete a constante evolução da cena eletrônica global, proporcionando aos paulistanos uma oportunidade rara de vivenciar o conceito único do Boiler Room ao vivo.

Surgimento do Boiler Room
O Boiler Room foi fundado em 2010 por um grupo de britânicos com a ideia de criar uma plataforma que unisse música eletrônica e a cultura de clubbing, que se refere ao conjunt de práticas, comportamentos e valores associados à cena de clubes noturnos e festas eletrônicas, se tornando um estilo de vida que geralmente é associada a gêneros musicais como techno, house, trance e outros estilos eletrônicos.
O conceito era simples, mas inovador: reunir DJs em performances ao vivo e transmiti-las para o mundo, com foco na energia visceral dos clubes underground. Com uma estética minimalista e sem grandes ostentações, o Boiler Room capta a essência da música eletrônica em sua forma mais crua, colocando o público no centro da experiência.
Inicialmente, o Boiler Room se destacou por sua abordagem alternativa à forma como a música eletrônica era consumida. Ao contrário dos grandes shows de DJ transmitidos de maneira convencional, as festas do Boiler Room eram mais descontraídas, sem palco elevado, com o público ao lado dos artistas, criando uma atmosfera de proximidade e troca de energia única. A transmissão ao vivo das performances pelo YouTube rapidamente atraiu fãs de todo o mundo, fazendo com que o Boiler Room se tornasse uma das maiores plataformas de música eletrônica do planeta.
O Boiler Room chegou ao Brasil pela primeira vez em 2013 e contou com grandes nomes consagrados na cena como o DJ Zegon, Gui Boratto, Ney Faustini e Nomumbah. Nos anos seguintes, como 2017 e 2019, foi a vez de Djonga, Rincon Sapiência, Linn da Quebrada e a Mamba Negra (coletivo underground paulista), Cashu e Badsista levarem suas músicas e sets em São Paulo e no Rio de Janeiro pela plataforma.
A importância do Boiler Room
O Boiler Room desempenha um papel crucial na democratização da música eletrônica, por meio das transmissões ao vivo. Além disso, oferece um palco para artistas emergentes e consagrados, de diferentes vertentes do gênero. Ao longo dos anos, o evento tem sido um catalisador de novas formas de produzir e criar shows, dando visibilidade a sons alternativos e experimentais, ao mesmo tempo em que se celebra os ícones do underground.
Além de promover o talento musical, o Boiler Room também é uma vitrine para a cultura clubbing e das festas de dança, celebrando não apenas a música, mas o ambiente e a comunidade que ela cria. Cada evento tem um caráter único, sendo das plataformas de vídeo online, com a produção visual cuidadosamente projetada para refletir a vibração e o espírito do evento.
O Boiler Room em São Paulo
São Paulo tem uma forte ligação com a cultura da música eletrônica, devido à sua diversidade cultural, infraestrutura de vida noturna e influência global. A cidade atrai pessoas do mundo todo, criando um ambiente ideal para a música eletrônica florescer e se expandir. E, embora o Boiler Room tenha se tornado uma plataforma de renome mundial, sua presença na cidade ainda era um sonho distante para muitos fãs.
Para os artistas locais, o evento representou uma oportunidade única de visibilidade, tanto para aqueles que puderam se apresentar ao lado de grandes nomes internacionais quanto para os que participaram das transmissões ao vivo.
O preço e os locais onde acontecem os boilers variam muito. Pela alta demanda, a organização do evento não divulgou tudo no momento em que o local é anunciado, mas vão aos poucos compartilhando as atrações e os valores. Em 2023, o ingresso variou entre 50 a 100 reais. E os locais, em festas fechadas como DGTL, The Edge ou até em locais que ocorrem as festas da Mamba Negra, no caso de São Paulo.
O impacto cultural da Boiler Room vai além da música. Ela traz à tona discussões sobre a cena underground, a autenticidade das festas e o crescimento da cena eletrônica em um mundo cada vez mais digital e globalizado. Em um momento em que as festas de grande porte dominam o mercado, a Boiler Room se destaca por manter viva a essência das raves e das festas clandestinas que marcaram a história da música eletrônica.

Filme aguardado por crianças, jovens e adultos de todo mundo, “Mufasa: O Rei Leão” já tem data de estreia nos cinemas brasileiros. No dia 19 de dezembro, a novidade chega às telas de todo o país. A história vai narrar acontecimentos antes do live-action “O Rei Leão” (2019).
Quem está no filme?
O passado de Mufasa (Aaron Pierre), será contado nesta nova história da Disney. Donald Glover voltará novamente como Simba, enquanto a cantora Beyoncé será Nala, conhecidos personagens no universo de “Rei Leão”. A novidade está em torno de Blue Ivy Carter, filha de Beyoncé e Jay-Z, que vai estrear como atriz dando voz à Kiara.
Novo trailer
Antes do lançamento do filme, a Disney soltou nesta última semana um último trailer para os fãs, que já conta com mais de sete milhões de visualizações. Confira:

“Herege” é o mais novo longa da aclamada produtora cinematográfica, A24. Estrelado por Hugh Grant, a novidade norte-americana conta a história de duas jovens missionárias que tentam converter um homem, mas acabam entrando em situação de perigo e presas na casa do personagem em questão. O filme é distribuído pela Diamond Films Brasil e já está em cartaz nos cinemas.
Entenda a história
Paxton (Chloe East) e Barnes (Sophie Thatcher), a princípio, são bem recepcionadas pelo Sr. Reed (Hugh Grant) em sua casa. No entanto, ao passar do tempo a situação vivida pelas missionárias começa a se tornar incômoda e percebem que quanto mais tempo passam no local, mais perigo correm. Em determinado momento, Sr. Reed força as duas a participarem de um jogo que desafia a fé delas em Deus.
A24

Já conhecida no cinema, a produtora, fundada em 2012 por Daniel Katz, David Fenkel e John Hodges, já lançou outros onze longas-metragens neste ano que incluem: Guerra Civil; Tuesday: O Último Abraço; e MaXXXine.
Assista ao trailer de Herege:
Em um ambiente agradável e vintage, o espaço da nova Livraria Cultura é composto por dois andares que promovem uma verdadeira atmosfera cultural, proporcionando muito mais que a experiência de comprar um livro.
Ao adentrar o local, o visitante se depara com estantes que cobrem uma variedade impressionante de temas: desde literatura nacional e internacional, até quadrinhos, história, filosofia, arte, além de áreas como design e gastronomia. Há livros para todos os gostos e idades, garantindo que cada visitante encontre uma obra que desperte seu interesse e o transporte para novos universos literários.
Os apaixonados por livros infantis, por exemplo, encontrarão um espaço encantador, com um ambiente lúdico e interativo para as crianças. Isso cria a oportunidade perfeita para um passeio em família, permitindo que os pequenos se divirtam enquanto descobrem o prazer da leitura.
Já para os amantes de uma boa sinfonia, a livraria também possui um piano à disposição de seus frequentadores, influenciando a interação com o universo musical e uma trilha sonora para as leituras feitas no local.

Nova casa, novo capítulo
Em abril deste ano, após acumular dívidas de aluguel desde 2020, a justiça decretou ordem de despejo a livraria, que por muitos anos morou no coração de São Paulo, a Avenida Paulista. Agora localizada na Avenida Angélica, número 1212, o local faz sucesso e é destino de quem busca passeios culturais, principalmente aos finais de semana.
O espaço é perfeito para aqueles que desejam fazer um programa agradável, apreciando uma boa leitura, descobrindo novos autores ou simplesmente aproveitando a arquitetura e o seu clima aconchegante.
Os horários de funcionamento são: de segunda a sábado, das 9h às 22h e aos domingos das 11h às 20h.

Foto: Letícia Alcântara

O longa-metragem "Ainda Estou Aqui”, dirigido por Walter Salles, mergulha em temas complexos como o exílio, desaparecimento, repressão e resistência durante a ditadura civil-militar no Brasil. Baseado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, o filme traz à tona a história de sua mãe, Eunice Paiva, interpretada pela atriz Fernanda Torres. A narrativa se desenrola ao redor da luta pessoal de Eunice junto aos seus cinco filhos, para lidar com a dor do desaparecimento de seu marido, o deputado cassado Rubens Paiva.
A narrativa desenvolvida em torno da luta de Eunice fez com que o filme se tornasse um grande marco cultural no cinema brasileiro e uma das histórias mais completas sobre como ficaram as famílias dos presos e desaparecidos durante o regime militar. A personagem marcada pela vontade e perseverança de resgatar a história do que aconteceu com o seu marido, provoca uma reflexão forte sobre o custo humano na repressão política.
Sucesso de público e crítica
Além de Fernanda Torres, o elenco conta com grandes nomes do cinema brasileiro, e a direção de Walter Salles, reconhecido internacionalmente por filmes como “Central do Brasil” e “Diários de Motocicleta”, provocando uma profundidade única à obra. A sensibilidade ao tratar de um tema tão doloroso, aliado ao excelente trabalho dos atores, tem sido amplamente elogiada.
O filme ter alcançado 1 milhão de espectadores nos cinemas brasileiros é um indicativo de que o público está aberto a discutir e refletir momentos sombrios da história do país. Esse número também demonstra que as novas gerações, muitas vezes distantes das experiências diretas da ditadura, estão dispostas a se engajar com esse passado, entendendo suas implicações para o presente e o futuro.
Os dados divulgados pela ComScore Brasil nesta segunda-feira, 18, mostram que o longa arrecadou R$23,5 milhões em bilheteria até o momento. Em seu primeiro final de semana, a produção alcançou a liderança no ranking dos filmes mais assistidos no Brasil.
O filme será o representante brasileiro na corrida pelo Oscar 2025 pela Academia Brasileira de Cinema. Para mais de colecionar inúmeras críticas positivas nos principais veículos de cinema, o longa recebeu a estatueta de Melhor Roteiro pelo Festival de Veneza e na seção de Latino & Television do Critics Choice Awards pela atuação de Fernanda Torres. Ainda, com mais de 40 mil votos, a honraria foi concedida no Festival Internacional de Cinema de Vancouver, no Canadá.

Impacto cultural
O Brasil vivenciou, entre 1964 e 1985, um regime militar brutal que perseguiu, torturou e matou opositores políticos. Milhares de pessoas, entre elas militantes, intelectuais, artistas e cidadãos comuns, sofreram diretamente com as consequências desse sistema autoritário. As marcas dessa repressão ainda estão presentes na sociedade brasileira através de histórias pessoais de sobreviventes, mas também por meio das famílias que continuam em busca por justiça e pela verdade.
Para além de um filme que conta a história de uma mãe, é sobre a memória de um país. Nesse cenário, “Ainda Estou Aqui” assume um papel crucial: ele não só resgata uma parte da história da nação, como também mantém viva a necessidade de compreender o impacto psicológico e social do regime.
Mais que uma peça cinematográfica, o filme provoca uma reflexão vital, por meio do drama da perda, sobre os traumas do passado, os danos da Ditadura e a necessidade de preservação da memória histórica.