
Be The Cowboy completa cinco anos de lançamento em 2023. O álbum sucessor de Puberty 2 aborda a continuação de um eu-lírico em comum – que mescla a estética ruidosa de colagens da década de 1990 e um quê do universo e da dor feminina.
Para o álbum Puberty 2, que finaliza com a música A Burning Hill, o eu-lírico termina na promessa de um final de melancolia e tranquilidade. O instrumental, que se mistura muito com o de Memento Mori, lançado em 2013 por Crywank, utiliza de sons mais acústicos e simplórios – estética que se esvai completamente em Be The Cowboy.
Geyser, faixa inaugural, abre o álbum com sons sintéticos, mas um eu-lírico muito conectado ainda com Burning Hill. Mitski explora as nuances de um amor despedaçante, além de uma melancolia cálida, enquanto explica a promessa de um “eu” que procura por mais, conectando-se com o título do álbum, como explica em entrevista:
O single do álbum, Nobody, é explorado pela artista como a despersonalização de si e esse sentimento de solidão que é carregado por todo o álbum, e também por outros trabalhos da artista.
Já no título que finaliza o álbum, o piano acompanha a lentidão da artista e inicia um novo eu-lírico. Neste, Mitski explora o esvair de sua juventude e a entrada ao desconhecido, algo que retoma em seu próximo trabalho, especialmente nas primeiras faixas Valentine, Texas e Working for the Knife (2022), de Laurell Hill, em que Mitski realmente torna-se o “Caubói”.

Há um ano Mitski se apresentava no Primavera Sound São Paulo pic.twitter.com/nLurZcsZ3B
— Portal Mitski (@PortalMitski) November 6, 2023
O Museu Catavento apresenta a exposição "Santos Dumont: Entre Máquinas e Sonhos" em comemoração ao 150º aniversário do nascimento do renomado inventor do avião. A exibição vai além da aviação, explorando a vida e as conquistas de Santos Dumont em diversos aspectos, incluindo sua significativa contribuição para as ciências, especialmente engenharia, aeronáutica e física.
Dentre os destaques, os visitantes terão a oportunidade de admirar réplicas em tamanho real de duas de suas criações mais icônicas: o Demoiselle e o 14-bis, que foi o primeiro avião a voar no mundo. Além disso, um caça F5 da Aeronáutica estará em exibição. Todos os aviões foram construídos pelo Museu Aeroespacial e farão parte do acervo permanente do Catavento.

Os visitantes poderão explorar as primeiras incursões de Santos Dumont no mundo da mecânica, que incluem automóveis, motocicletas e inovações engenhosas. Através de painéis visuais interativos detalhados e dioramas, a exposição retrata o surgimento das diversas paixões de Dumont que o conduziram a se tornar um ilustre inventor, com destaque para seu tempo em Paris, na França.
A exposição é patrocinada pelo Grupo Ultra, por meio de suas empresas Ultragaz, Ultracargo e Ipiranga e da Embraer, com apoio da Força Aérea Brasileira e do Museu Aeroespacial, Museu Paulista, Instituto Cultural Santos Dumont e da Fundação Casa de Cabangu, responsável pela administração do Museu Casa Natal de Santos Dumont. Através de detalhados painéis visuais interativos e dioramas, a mostra apresenta o nascimento das muitas inquietações de Dumont que o transformaram em um grande inventor, tendo em Paris, na França, pontos marcantes. Toda a exposição explora a conexão entre o inventor do avião e a missão do Museu Catavento, de despertar o interesse pela ciência e tecnologia.
Seu ponto de partida explora os interesses iniciais de Santos Dumont pela ciência e pela mecânica, mostrando experiências realizadas na fazenda de café de sua família.A exposição busca ressaltar a conexão entre o inventor do avião e a missão do Museu Catavento, que é despertar o interesse do público pela ciência e tecnologia.
Por fim, a exposição contará com uma área dedicada a oficinas de blocos de montar, atividades pensadas para o público infantojuvenil. Haverá também quiz sobre a vida de Santos Dumont e oficina de aviões de papel, onde os visitantes poderão interagir e experimentar diferentes aspectos das técnicas de voo. Uma plataforma de lançamento estará disponível para desafiar os entusiastas do voo a testarem suas criações.
Serviço: Exposição "Santos Dumont: Entre Máquinas e Sonhos"
Preço: R$15,00
Data: 29 de setembro a 7 de abril de 2024
Horário de funcionamento: Das 9h às 17h (a bilheteria fecha às 16h)
Local: Museu Catavento, Avenida Mercúrio, Parque Dom Pedro II, s/n
Por ser o principal centro econômico do Brasil, a cidade de São Paulo tem, aproximadamente, 12,5 milhões de habitantes. Entre eles, existem várias personalidades, cada qual com a sua opinião sobre o que ocorre na cidade. Sendo o melhor sistema governamental existente até a atualidade, a democracia tem como objetivo principal atender a vontade da maioria. No entanto, diversos temas são discutidos a anos na região, principalmente aqueles mais polêmicos, sobretudo quando envolve diferentes atores paulistanos. Eleito em 2016, o ex-prefeito João Doria, teve como uma das suas principais pautas a temática do Pixo (forma escrita pelos praticantes) nas ruas paulistanas. Filiado ao Partido da Social-Democracia Brasileira (PSDB), com posicionamento mais atrelado as pautas conservadas de direita, o tucano foi duro no combate dessa prática.
Porém, todo esse contexto reacendeu debates sobre o pragmatismo estrutural esperado da cidade mais desenvolvida do país. Diversos questionamentos sobre esse aspecto da cidade já se tornaram patrimônio cultural, principalmente entre os mais jovens. Exemplo disso é a famosa frase do rapper Criolo. ‘’Não existe amor em SP’’, embora seja uma frase curta, exprime o sentimento de milhares de cidadãos que enxergam nesse objetivismo corporativista da metrópole, a causa da falta de afeto nas relações interpessoais do cotidiano, chegando a citar a pichação em sua letra.
O Pixo caracteriza-se como outro elemento cultural que gera polêmicos debates em São Paulo. As medidas radicais do psdbista contra a prática, geraram novos questionamentos sobre a falta de espaço cultural que propicie voz para aqueles que são jogados a margem da sociedade e que enxergam na pichação, a possibilidade de serem escutados.
Diversas manifestações contra o radicalismo político do ex-prefeito surgiram visando questionar as medidas contra a cultura, frases como ‘’Cidade de concreto’’ ou ‘’Cidade cinza’’ passaram a ser ainda mais presentes entre os paulistanos, gerando debates entre aqueles a favor do ato e aqueles contrários, ou seja, a dualidade do Pixo.
critica as ações repressivas de João Doria
Representados pelo ex-prefeito e govenador, as classes ricas, mais influente em questões políticas devido a sua riqueza, apoiam a guerra contra os pichadores, defendendo as penas exercidas por Doria, argumentando que a pichação tira a seriedade da cidade e afirmando que o Pixo não se caracteriza como arte, ou seja, desclassificando qualquer caráter cultural.
Todavia, a pixação já apresenta longo histórico de cunho social. Inspiradas nas Runas Anglo-Saxônicas, formadoras do primeiro alfabeto europeu, o Futhorc, as primeiras manifestações de pichação, da forma como ela é conhecida no contexto contemporâneo, começaram a surgir na década de 80, com o movimento Punk Rock. Sua percepção de demarcação de um território público com escritas favoráveis as eclosões culturais que denunciavam as torturas físicas e sociais sofridas por minorias e os dilemas morais vivenciados por jovens revolucionários, compactuava com as pichações encontradas na década de 60, durante a Ditadura Militar, que, no entanto, não utilizavam as inspirações do alfabeto Futhorc.
Alfabeto Anglo-Saxônico (Futhorc)
Pixo contrário a Ditadura Militar (1964-1985)
Choque, ex-pichador da década de 80, com vasto repertório na modalidade, destaca que inicialmente a pichação encontrada na cidade de São Paulo tinha cunho político, sobretudo a partir dos anos 60, com a instauração da Ditadura Militar. Frases como ‘’abaixo a Ditadura’’ não apresentavam nenhuma preocupação estética no formato das letras, o enfoque era na mensagem e não na sua grafia. Somente a partir da década de 80, com a consolidação da Contracultura no Brasil, a pichação, segundo a visão de Choque, tomou a perspectiva de utilizar a estética encontrada no logo de bandas como Iron Maiden em suas letras e o objetivo de ser um marco nos patrimônios públicos que denuncie a existência dos marginalizados para toda a sociedade. O pichador afirma que essa ressignificação, a forma na qual a simples cópia das escritas de povos bárbaro de milhares de anos atrás para os povos bárbaros de São Paulo, é um exemplo caricato de antropofagia.
Assim, a incultura encontrada na atual elite paulistana, representada pela ignorância política de João Doria, torna-se compreensiva, já que ambas são consequências sociais herdadas por seus antepassados, a classe burguesa que a décadas comanda e enriquece a custas dos mais pobres. Ou seja, o Pixo incomoda-os por questionar o seu poder e prestígio social, logo, não deve ser considerado um fator cultural, na perspectiva elitista e opressora desse grupo social.
Todo esse enredo permite concluir que a dualidade do Pixo pode ser sintetizada em um confronto entre os ricos e os pobres, mas especificamente pela opressão dos primeiros em relação aos segundos. A mesma elite que demoniza e invalida a pichação, estereotipando os praticantes como pobres, desinformados e marginais, não demonstra qualquer tipo de remorso com relação as condições insalubres encontradas nas periferias brasileiras, como os esgotos a céu aberto, a fome, a miséria, a opressão policial, a falta de educação e o tráfico. Dessa forma, todo esse contexto caótico e desumano faz com que a síndrome de invisibilidade seja presente na vida de milhões de jovens que encontram no Pixo, uma forma de serem escutados.
Djan, pichador ainda em atividade e um dos maiores nomes do Pixo paulista, enxerga a pichação como uma forma de afrontar a hipocrisia da classe burguesa. O incomodo com a situação encontrada nos patrimônios públicos pichados em lugares ricos da cidade, contra a indiferença em fatores caricatos da periferia, como a falta de saneamento básico, são fatores cruciais, no olhar de Djan, para a existência da pichação. Para seus adeptos, a intenção do Pixo é justamente chegar nos ricos e denunciar a existência dos marginalizados. Ele destaca também que a pichação é responsável por ensinar uma geração que não encontra no sistema educacional brasileiro, representado pelas escolas, o necessário para a sua sobrevivência parente uma sociedade opressiva. Djan destaca que a pichação ensina seus descendentes a sobreviverem sem dinheiro, se locomover pela cidade e saber lidar contra a repressão social simbolizada na violência policial, além de ser uma forma de expressão responsável por tirar inúmeros jovens do crime.
A hipocrisia citada por Djan é exemplificada no caso da prisão do pichador mineiro Goma, V em 2016. Ao não contribuir com as investigações policiais que caçavam o pichador Maru, Goma foi acusado por fornecer materiais para a pichação, crime ambiental e apologia ao tráfico. O pichador ao afirmar para a polícia que não obtinha informações sobre Maru foi preso por apologia, já que ele tinha uma loja que vendia material para a prática do pixo, além de vender peças de roubas que tinham folhas de maconha como estampa. Goma afirma que foi preso com pessoas que mataram, roubaram e traficavam, fazendo com que além do sentimento de injustiça, o pichador sentisse um constante medo do sistema prisional.
Goma em atividade na madrugada de Belo Horizonte
Juntamente dele, a polícia interrogou outro famoso pichador de Minas Gerais, conhecido por Sadok, preso por quatro meses junto de Goma em 2010, devido a pichação. Porém, o mesmo não estava mais na atividade do Pixo durante a segunda prisão de Goma. Sadok afirma que a polícia apresentou pichações as quais ele não conhecia e, mesmo não estando mais em atividade, o pichador foi chamado para prestar depoimento, sofrendo constantes ameaças de prisão durante esse processo.
Além de representar o caso de opressão contra a população periférica, o caso de Goma demonstra a hipocrisia que a classe política e a elite econômica cometem contra a sociedade mineira, já que uma das acusações que resultaram na prisão do pichador foi de crime ambiental, sendo que foi nesse mesmo estado em que a empresa Samarco Mineração, com aval do governo de Minas Gerais, intensificou suas atividade próximas a Barragem de Fundão, que rompeu-se no ano de 2015, resultando em danos imensuráveis para a biodiversidade local e na morte de 19 pessoas. O caso foi utilizado para defender a liberdade de Goma, que passou a ser visto como herói por parte da cultura de rua mineira, chegando a ser homenageado nas letras dos MC’s FBC, Clara Lima e Djonga, integrantes do famoso coletivo de Rap mineiro DV TRIBO.
‘’DV TRIBO, BH, 2016
Salve Goma
PJL a todos os pichadores presos injustamente’’
FBC – DVERSOS II
‘’Com dispô pra subir, depor e cuspir
Desapontando, cumprindo tratos
Se tratando em construir ou desconstruir
Fato forte a refletir é que eu rimei esses verso tudo
E o Goma ainda não tá aqui’’
Clara Lima - Diáspora
‘’157, 33
Vi vários cara assinar sem nem saber escrever
Sadok e Goma na cidade inteira
Prenderam os piores, pergunta lá pra ver
Muito cara certo entrou na vida errada
Dinheiro sujo compra roupa limpa
Essa é a prova que os opostos se atraem
Igual polícia e um preto na parede
Coisa que não entendo junto ainda’'
Djonga – O cara de Óculos pt. Bia Nogueira (Histórias da minha área)
Pixo em solidariedade a Goma e condenação à Samarco pelo desastre de Mariana
Manifestação em defesa da liberdade de Goma, em Belo Horizonte (MG)
Após 8 meses preso, Goma teve a sua liberdade provisória liberada. Em contrapartida, foi obrigado a cumprir prisão domiciliar com o uso de uma tornozeleira que para ele significa tristeza e incapacidade, limitando várias de suas atividades, fato que o fez parar de pichar, demonstrando o uso opressivo do aparelho governamental contra a população períferica, fato que não ocorre contra as classes mais ricas. Mesmo não obtendo a liberdade total, continuando na posição de vítima perante a opressão do Estado, diferentemente do ocorrido com os responsáveis pela tragédia de Mariana, a flexibilização da pena de Goma foi resultado direto da manifestação realizada por outros pichadores, fato perfeitamente explicado na fala de uma das maiores referências do pixo no Rio de Janeiro, Naldo.
O pichador carioca afirma categoricamente que a intenção do governo é justamente deixar o povo sem informação. Porém a população periférica não é burra, ela apresenta capacidade de ver o que apresentado no jornal e interpretar os fatos. Ele acredita que o que resta para essa parte do povo é justamente protestar, demonstrar a sua indignação e sua existência atras dos muros. Segundo ele a intenção é justamente incomodar, mostrar que mesmo com todo o sistema ao seu favor a classe política não está isenta a críticas.
Recentemente, no estado de São Paulo, outra medida autoritária dos governantes contra um pichador gerou novas polêmicas no mundo do Pixo. Mauro Neri foi preso pela polícia militar, a mando de João Doria, ao retirar a camada de tinta cinza que cobria uma de suas obras. O pichador afirma que estava apenas removendo o cinza de uma obra sua que apresentava a autorização do dono do muro para ser realizada. Mesmo assim, acabou por ser preso em flagrante pela polícia. Seu caso gerou a mesma comoção que o do Goma, já que a classe artística periférica já iniciou protestos favoráveis a liberdade do pichador, utilizando do Pixo como ferramenta de manifestação. Neri ainda afirma que sua prisão, apesar de toda injustiça, apresenta um saldo positivo. Segundo ele para o vândalo ser criminalizado é positivo, já que deixa explicito toda a injustiça e desigualdade que permeia a sociedade brasileira, fazendo com que mais pessoas passem a ser adeptas do movimento.
Obra feita no contexto da prisão de Neri que questiona a perseguição de João Doria contra os pichadores
Toda essa conjuntura demonstra que a guerra contra os pichadores não se trata de uma guerra equânime entre o Estado e criminosos. Trata-se de uma perseguição específica contra a forma de manifestação dos mais pobres por parte da elite brasileira, que condena o ato, porém não procura entender tudo que ele representa. A pichação é um sintoma de um país desigual, que não pune as grandes empresas, como no caso da Samarco, mas persegue aqueles que são completamente renegados de auxílio do governo, se tornando vítimas da invisibilidade social citada por Dimenstein. O questionamento continuará existindo enquanto os governantes negligenciarem qualquer atenção aos direitos constitucionais de todo cidadão, ausentes nos lugares mais pobres, sem qualquer tipo de discriminação. Enquanto isso, o Pixo continuará sendo a síntese da vida do periférico.
O ator Matthew Perry morreu neste sábado (28) aos 54 anos. Segundo a polícia, Matthew foi encontrado sem vida em casa, em Los Angeles. A causa da morte não foi divulgada, porém de acordo com o site TMZ, o ator parece ter se afogado na banheira.

Natural de Williamstown, Massachusetts, Matthew nasceu em 19 de agosto de 1969 e era filho do ator John Bennett Perry e da jornalista Suzanne Perry. Com o divórcio repentino dos pais, o ator se mudou com a mãe para Ottawa, no Canadá, ainda na infância.
Durante sua morada no Canadá, Matthew passou a praticar tênis e se tornou um tenista de primeira categoria no país, mas foi no decorrer de sua adolescência que descobriu a paixão pela atuação, o que o levou a morar com o pai em Los Angeles.
Matthew fez sua estreia nas telas aos dez anos de idade, quando interpretou Arthur na série de drama "240-Robert" em 1979. Nos anos seguintes o ator participou de outros seriados, como Bob em "Not Necessarily the News" (1983), Ed em "Charles in Charge" (1985) e Davey em "Silver Spoons" (1986).
O primeiro papel de Matthew no cinema foi ainda no Ensino Médio. O ator deu vida ao personagem Fred Roberts no filme “Uma Noite na Vida de Jimmy Reardon” (1988). No ano seguinte, ele viveu Timothy no filme "Não mexa com a minha filha" (1989).
“Friends”

Foi no ano de 1994, após participações em alguns seriados e filmes, que Matthew recebeu o convite para viver o personagem que mudaria sua vida.
O seriado de comédia "Friends" foi lançado em 22 de setembro daquele ano. A trama girava em torno do cotidiano de um grupo de amigos de Nova York. Matthew interpretou o sarcástico Chandler Bing durante 10 temporadas – com um total de 234 episódios produzidos pela Warner Bros.
Com falas memoráveis e momentos hilários, o personagem de Perry se tornou um dos favoritos dos fãs da série, o que lhe rendeu uma indicação ao Primetime Emmy, em 2002.
Após 17 anos do fim da série, o episódio especial reuniu o elenco novamente, intitulado Friends: The Reunion, em 2021.
"Estamos todos totalmente arrasados com a perda de Matthew. Éramos mais do que apenas colegas de elenco. Somos uma família. Há muito a dizer, mas agora vamos reservar um momento para lamentar e processar esta perda incalculável. Com o tempo diremos mais, como e quando pudermos e, por enquanto, nossos pensamentos e nosso amor estão com a família de Matty, seus amigos e todos que o amavam ao redor do mundo", disse o elenco da série em comunicado conjunto para a revista People nesta segunda (30).
Mais da carreira do ator
Com o reconhecimento de sua atuação em "Friends", Matthew participou de outros filmes e séries como Nicholas 'Oz' em "Meu vizinho mafioso" e "Meu vizinho mafioso 2", Alex Whitman em "E agora, meu amor?", Mike O'Donnell em "Dezessete Outra Vez", Matt Albie em "Studio 60 on the Sunset Strip" e Ryan King "Go On", dentre outras produções.
O polêmico livro de memórias de Matthew Perry
O ator publicou o livro “Friends, Lovers, and the Big Terrible Thing: A Memoir” ("Amigos, amores e aquela coisa terrível") em 1º de novembro de 2022. A obra tem mais de 300 páginas, nas quais o ator conta sobre seu vício com drogas e álcool durante as gravações de "Friends", seus amigos e o namoro com a atriz Julia Roberts.
Matthew brinca com o fato de Julia Roberts ter aceitado participar da série, em 1995, desde que contracenasse com o personagem do ator. A partir daí, os dois trocaram diversos fax "românticos" até se envolverem de verdade. Desse modo, quando a atriz participou do episódio de Friends, ela e Matthew já eram namorados.
"Nosso beijo no sofá foi tão real que as pessoas acharam que era real. Foi mesmo", contou ele. Matthew revela em seu livro o quão profunda foi a paixão sentida por Julia Roberts, ao mesmo tempo que lidava com seus vícios. Com medo de perder a atriz, Matthew foi o responsável por terminar o relacionamento. Segundo o ator, ela ficou muito confusa com sua decisão.
"No dicionário, a palavra 'viciado' devia vir acompanhada de uma foto minha, olhando ao redor, muito atordoado", escreve. Matthew expõe que passou metade da vida em centros de reabilitação, ao todo foram 15, e revela que seu abuso de opioides levou à ruptura do cólon aos 49 anos. Os médicos lhe deram 2% de chance de sobrevivência, de acordo com o ator, e ele ficou em coma por duas semanas. Em seguida, permaneceu internado por meses no hospital.
Em meio a momentos sombrios, a obra também intercala entre memórias mais positivas, quando o ator diz ser um dos homens mais sortudos do planeta, e que apesar de tudo, com uma vida divertida.
"Agora me sinto melhor porque acabou. Está em um pedaço de papel. O 'porquê' de ainda estar vivo é definitivamente para ajudar as pessoas", disse Matthew sobre a obra.
A adaptação em longa metragem da série de jogos “Five Nights at Freddy’s” foi um dos filmes mais esperados do ano, pelo menos para os fãs que aguardavam desde seu anúncio em 2016. Estreado em 26 de outubro e com produção de Jason Blum e Scott Cawthon, criador dos jogos, o filme tem duração de 110 minutos e foi dirigido por Emma Tammi. Os estúdios envolvidos são a Universal Studios e a gigante do terror, Blumhouse. Custando 20 milhões de dólares, FNAF já arrecadou 35% do valor investido no dia de estreia somente nos cinemas americanos. Estima-se que já em seu primeiro fim de semana, a arrecadação alcance 50 milhões de dólares, colocando o filme como um sucesso do terror em 2023. No Brasil, ocupou o primeiro lugar nas bilheterias já na estreia.
Os números e a aprovação dos fãs impressionaram os críticos. No Rotten Tomatoes, o filme agradou somente 29% dos críticos contra 89% de satisfação do público. Para o jornal americano Associated Press, o analista Mark Kennedy escreveu que FNAF “deve ser considerado um dos filmes mais pobres de qualquer gênero desse ano”. Entretanto, as criticas parecem ter pouco efeito, principalmente contra os dados de bilheteria. Assim, a produção entra na lista dos filmes de terror amados pelo público e odiados pela crítica, como o clássico Jogos Mortais (2004) e Halloween Ends (2022).

A recepção positiva do público é fundamental para o sucesso comercial, e eles esperam que o filme não apenas satisfaça os fãs de longa data, mas também conquiste aqueles que estão sendo introduzidos ao universo pela primeira vez. A história se passa na pizzaria “Freddy Fazbear's Pizza”, onde animatrônicos – robôs que entretém as crianças durante o dia - ganham vida própria e um desejo sanguinário à noite. Assim como nos jogos, o personagem principal do filme: o vigia noturno Mike (Josh Hutcherson), deve tentar sobreviver até o amanhecer.
Desesperado por um emprego, Mike aceita a oferta de ser o vigia noturno de uma pizzaria abandonada após o sumiço de 5 crianças. Assombrado pelo sequestro de seu irmão anos atrás, o personagem começa a acreditar que há uma ligação entre os animatrônicos e o sequestro. Tudo se complica quando ele se descobre que sua irmã Abby (Piper Rubio) de 10 anos parece se relacionar com Freddy, Chica, Bonnie e Foxy (animatrônicos). Com a ajuda da policial local Vanessa (Elizabeth Lail), Mike descobre que no Freddy Fazbear’s Pizza nada é o que parece.

“Five Nights at Freddy's” conta com onze jogos oficiais de survival horror, isto é, jogos com atmosfera de mistério e perigo constante. Além de um jogo em realidade virtual, a franquia dispõe de HQs e 23 livros que se aprofundam ainda mais no universo criado pelo, na época, desenvolvedor independente Scott Cawthon. Desde seu primeiro lançamento em 2014, a saga rapidamente se tornou uma sensação global, principalmente em decorrência das gameplays de sucesso. Tanto que o longa conta com a participação especial de youtubers famosos entre os fãs da saga: Cory (CoryxKenshin), que foi revelado ainda nos trailers e MatPat (The Game Theorists), que chega a dizer seu bordão em cena.
Markiplier, o autoproclamado “Rei de FNAF” também foi chamado para participar. Entretanto por um conflito de agendas, anunciou que não estaria no filme alguns dias antes da estreia. No Brasil, Alanzoka se destaca. O vídeo de sua primeira vez jogando, nove anos atrás, passa de 4,5 milhões de visualizações. Sobre o filme, Renan Souzones do canal HUEstation disse em vídeo "Pra quem é fã de FNAF vai ser bem legal aproveitar, tem teorias criadas por fãs e muitas referências aos jogos, o que é uma forma muito inteligente de colocar essa cultura no filme. Além de surpresas bem legais, como convidados e músicas.”

O lançamento do filme gerou uma onda de entusiasmo entre os fãs, que aguardavam ansiosos para ver seus personagens favoritos ganharem vida na tela grande do cinema. As redes sociais estão repletas de discussões, teorias e especulações sobre como a história será adaptada para o cinema. Muitos fãs estão particularmente empolgados para ver como o diretor e a equipe de produção capturarão a essência do jogo, incluindo os elementos de suspense e a caracterização única dos animatrônicos, que se tornaram ícones da cultura pop desde o lançamento.

Ao contrário do esperado e do que cada vez mais se tem visto, o filme conta com baixa presença de imagens geradas por computador, o famoso CGI. Grandes estúdios como a Marvel tem sido cada vez mais criticados pelo seu exagero de efeitos e telas verdes, que faz com que a internet vire um mar de memes a cada nova produção. Alguns exemplos recentes, como o fracasso de She-Hulk (2022), são atribuído ao CGI “mal acabado” presente em praticamente todas as cenas. Visando evitar essa insatisfação e trazer mais realidade a filmagem, todos os animatrônicos de FNAF foram construídos como robôs e fantasias gigantes que foram vestidas por atores.
Há alguns anos, observamos produções baseadas em jogos eletrônicos ganhando cada vez mais espaço nas bilheteiras e nos streamings. 2023 parece estar sendo um ano exemplar para mostrar as diferentes maneiras de se traduzir a tensão e jogabilidade para o audiovisual - seja como a série The Last of Us, ou em animações como Super Mario Bros e Sonic. O sucesso de bilheteria de Five Nights at Freddy’s só concretiza o que já era nítido: o público quer e está interessado em ver os vídeo games ultrapassando a barreira dos computadores e chegando nas telonas.














