Uma multidão se reuniu no auditório do Parque do Ibirapuera, sob o frio de 13°C da capital paulista, neste sábado, 17, para o segundo dia do evento TUDUM, da Netflix. Ao contrário do primeiro dia, 16, as atrações aconteceram a céu aberto.
Com apresentação de Maisa Silva (De Volta aos Quinze), Chase Stokes (Outer Banks) e Maitreyi Ramakrishnan (Eu Nunca…), o TUDUM exibiu trailers e trouxe ao palco elencos de seus títulos. O filme Resgate 2 iniciou o dia, com o protagonista Chris Hemsworth e o diretor Sam Hargrave conversando sobre os desafios de produzir um filme de ação. O longa-metragem já está disponível na plataforma.

O painel da série espanhola Elite era um dos mais aguardados pelos fãs. Com o ator brasileiro André Lamoglia e a atriz argentina Valentina Zenere, o trailer da sétima temporada foi exibido, destacando a participação da cantora Anitta na série, mas ainda sem detalhes sobre sua personagem.
As séries pré-vitorianas Bridgerton e Rainha Charlotte: Uma História Bridgerton também animaram a plateia com novidades e elenco no palco. India Ria Amarteifio (Rainha Charlotte) e Corey Mylchreest (Rei George III) introduziram o anúncio do evento "Baile da Rainha: Uma Experiência Bridgerton", inspirado nos bailes reais ingleses representados nas séries, que virá para São Paulo, mas ainda sem data. Em seguida, a atriz Nicola Coughlan (Penelope Featherington/Lady Whistledown) apresentou imagens inéditas da terceira temporada de Bridgerton.

Maisa retornou ao palco como representante do elenco de sua série De Volta aos Quinze. A produção brasileira é uma adaptação do livro de mesmo nome, escrito por Bruna Vieira. O trailer da segunda temporada mostra a protagonista Anita (Camila Queiroz), uma mulher insatisfeita com o rumo de sua vida que tem a oportunidade de voltar aos quinze anos de idade (Maisa Silva), levando Joel (Gabriel Stauffer) para viajar no tempo também.
Diretamente da Índia, os atores Mihir Ahuja, Dot, Khushi Kapoor, Suhana Khan, Yuvraj Menda, Agastya Nanda e Vedang Raina promoveram o musical The Archies, inspirado nos quadrinhos da Archie Comics, apresentando uma das coreografias do longa. A premissa do filme é levar a já popular série Riverdale para a Índia dos anos 1960, com coreografias e músicas típicas do cinema indiano.

Investindo bastante na expectativa do público, a nova série O Problema dos Três Corpos apresentou seu primeiro trailer no TUDUM, com grande parte do elenco no palco. Os produtores David Benioff e Dan Weiss têm experiência em adaptar livros para a TV - são os responsáveis pela sensação de público e de crítica Game of Thrones, da HBO. A série une os gêneros de ficção científica e apocalipse, com clima de terror e suspense.
A cereja do bolo ficou por conta de Agente Stone, novo filme de ação da Netflix com estreia para 11 de agosto. Gal Gadot, conhecida por interpretar a personagem Mulher-Maravilha nos filmes mais recentes da DC-Warner, é a protagonista e subiu ao palco do TUDUM atravessando a plateia e recebendo boas-vindas acaloradas do público. No trailer, Gadot é a agente de elite Rachel Stone e precisa impedir que um artefato perigoso caia nas mão erradas.
Com show de DJs de música eletrônica, o público finalizou o sábado dançando bastante. O TUDUM segue até domingo, 18, no Pavilhão da Bienal, no Parque do Ibirapuera.
Na última sexta (17), aconteceu o primeiro dia do TUDUM, evento da Netflix. Localizado na Fundação Bienal, no parque Ibirapuera, o evento contou com cenários imersivos e presenças de atores do streaming. O público estava ansioso quando, às 12h, os portões mágicos do lugar abriram como o “Pular abertura” do app.


Ao entrar no evento, o letreiro em tecido felpudo deixa pistas da imersividade oferecida pela organização. Em um grande corredor, cenários de diversas séries e filmes se abrem. De primeira, temos interações de One Piece, Outer Banks, Bridgerton e Resgate 2, trazendo o cenário das produções e deixando todos os visitantes com fundos muito instagramáveis.
Um dos pontos mais atraentes foi o espaço dedicado à Round 6, onde os participantes podiam jogar “Batatinha 1,2,3” – como na série de Hwang Dong-hyuk. O jogo é a parte principal de um setor do pavilhão dedicado para filmes e séries asiáticos, como Pousando no Amor e Uma Advogada Extraordinária.
Além dos cenários de Wandinha, Stranger Things, Heartstopper, entre outros, o evento ainda contém um palco na centralidade onde grandes atores puderam dar spoilers e compartilhar expectativas sobre os próximos lançamentos. Alex Sharp, Jovan Adepo, Jess Hong, John Bradley e Benedict Wong, de 3 Body Problem, comentaram sobre o lançamento da série, prevista para janeiro de 2024. Já Gal Gadot, Alia Bhatt e Jamie Dornan partilharam sobre o filme Agente Stone, com lançamento previsto para agosto. Chris Hemsworth tratou sobre a sequência de Resgate 2 e Chase Stokes sobre a próxima temporada de Outer Banks.


A ansiedade está no ar à medida que a contagem regressiva começa para o tão aguardado evento TUDUM 2023 da Netflix, que será realizado pela segunda vez em formato presencial no Parque Ibirapuera, em São Paulo.
Com uma programação repleta de surpresas e anúncios exclusivos, os fãs da plataforma de streaming estão entusiasmados com o que está por vir. A cerimônia contará com experiências imersivas das principais produções recentes da Netflix como Bridgerton, One Piece, The Witcher e muito mais.
O evento está agendado para os dias 16,17 e 18 de Junho. O TUDUM contará com exposições de produções da plataforma e no dia 17 a cerimônia sob comando de Maisa Silva (De Volta aos 15) Chase Stokes (Outer Banks) e Maitreyi Ramakrishnan (Eu Nunca…). Como convidados, confirmaram presença, atores consagrados como Arnold Schwarzenegger (de FUBAR), Henry Cavill (de The Witcher), Chris Hemsworth (de Resgate 2) e Gal Gadot (de Agente Stone).
A primeira edição do evento aconteceu em 2020, no mesmo local e contou com a presença de atores como Noah Centineo e Lana Condor, para divulgação da sequência de sucesso “Para todos os garotos que já amei: P.S: Ainda amo você”. Em 2021 e 2022 o encontro aconteceu em formato online por conta da pandemia e este ano volta a ser presencial.

O TUDUM 2023 promete ser um diferencial na história da Netflix Brasil, pois além da presença de artistas renomados, o público promete comparecer em peso, os ingressos disponibilizados de forma gratuita pela plataforma, esgotaram no tempo recorde de 1 hora e 30 minutos. O Parque Ibirapuera, conhecido por ser um dos principais pontos turísticos da cidade, será o cenário perfeito para receber os entusiastas de filmes e séries que estão ansiosos para mergulhar no universo da plataforma.
Os rumores sobre as revelações no TUDUM têm deixado os fãs ansiosos, pois espera-se que a Netflix aproveite a cerimônia para apresentar trailers e prévias de novas temporadas e trabalhos inéditos do streaming. Além disso, a oportunidade de ver de perto celebridades convidadas e estrelas do universo Netflix é um dos principais motivos pelos quais os ingressos esgotaram rapidamente.
A seguir uma lista de atrações presentes no dia 17/06:
- Arnold Schwarzenegger - FUBAR
- Chase Stokes - Outer Banks
- Jess Hong, Benedict Wong, Jovan Adepo, Alex Sharp e John Bradley - 3 Body Problem
- Henry Cavill, Anya Chalotra, Freya Allan e Joey Batey - The Witcher
- Zack Snyder, Deborah Snyder e Sofia Boutella - Rebel Moon
- Gal Gadot, Jamie Dornan e Alia Bhatt - Agente Stone
- Gordon Cormier, Kiawentiio, Ian Ousley e Dallas Liu - Avatar: The Last Airbender
- Christian Malheiros, Jottapê e Bruna Mascarenhas - Sintonia
- Chris Hemsworth e Sam Hargrave - Resgate 2
- Iñaki Godoy, Mackenyu, Emily Rudd, Jacob Romero Gibson e Taz Skylar - One Piece
- André Lamoglia e Valentina Zenere - Elite
- Nicola Coughlan - Bridgerton
- India Amarteifio e Corey Mylchreest - Rainha Charlotte: Uma História Bridgerton
- Maitreyi Ramakrishnan, Jaren Lewison e Darren Barnet - Eu Nunca…
- Mihir Ahuja, Dot, Khushi Kapoor, Suhana Khan, Yuvraj Menda, Agastya Nanda e Vedang Raina - The Archies
- Aria Mia Loberti e Louis Hofmann- Toda Luz Que Não Podemos Ver
O evento no dia 17/06 será transmitido ao vivo pelo Youtube da Netflix Brasil a partir das 17h30.
O balé clássico surgiu no século 16, nas cortes italianas, como uma manifestação rítmica e natural, servindo também para a comunicação. Era o período renascentista e a dança nascia com a finalidade de entreter a nobreza, tornando-se um símbolo de classe, status e influência que permanece até os dias atuais.
Por se tratar de uma dança criada para agradar quem possuía dinheiro, os padrões estéticos dominantes ditavam quem poderia se tornar um bailarino profissional. Ser branco, alto e extremamente magro era indispensável para se juntar ao elenco do balé, e quanto mais os dançarinos se encaixavam nos padrões, mais relevantes eram seus papéis em uma apresentação.
Essas cobranças, no entanto, não se limitaram ao século 16. Ainda hoje, o mundo da dança continua marcado pelo desgaste dos bailarinos que buscam se encaixar nesses padrões. A bailarina da companhia “Ballet Paula Gasparini”, Giovanna Moraes, 19 anos, relembra as dificuldades e preconceitos sofridos durante as audições. "Quando comecei a dançar em escolas grandes e competir em nível internacional, passei por situações em que ouvi que seria perfeita para certos papéis se eu não fosse tão ‘latina’. No início não entendia direito, até perceber que grandes papéis não eram selecionados pela técnica ou pelo talento, mas muitas vezes pela sua aparência. Quanto mais magra, branca e alta, maiores as chances e os privilégios.”
Transtornos como bulimia, ansiedade e depressão são comuns no mundo do balé, devido à cobrança enfrentada desde muito cedo. Alguns professores incentivam os alunos a perder peso, em busca de alcançar um padrão “ideal”, e a competitividade também é um elemento desestabilizador. Diante disso, o clima em sala de aula, que deveria ser leve, acaba se tornando o primeiro passo para um transtorno se desenvolver.
A psicóloga Maria Cristina Lopes, autora do livro “Psicologia da Dança” (cite a editora) destaca o impacto causado por professores em sala de aula. “A maneira como o professor age e fala sobre o corpo na dança é fundamental para que o aluno se sinta pertencente a esse mundo. Eles precisam estar satisfeitos com o seu corpo e aprender a cuidá-lo e preservá-lo. No entanto, quando há uma distorção de imagem, muito presente nos bailarinos, isso o afeta em vários sentidos. É possível que ele desista dos seus sonhos ou da própria dança por se tornar insuportável conviver com esta pressão”, diz.
A saúde mental dos dançarinos é pouco discutida, e devido a isso muitos não imaginam o quão obscuro ele pode ser. “De mastigar gelo e tomar remédios tarja preta até usar bandagens para remodelar o corpo, já presenciei o desespero de inúmeras amigas para que pudessem chegar o mais perto possível de um padrão inalcançável”, relata Giovanna.
Quem escolhe seguir carreira com a dança já está sujeito a enfrentar um caminho difícil, com a precariedade e instabilidade financeira, as possíveis lesões devido à carga horária de ensaios e uma vida quase nômade, exigindo do bailarino diversas mudanças de cidade, estado ou até mesmo país. Dessa forma, a companhia em que ele trabalha acaba se tornando sua única casa e seus colegas, coreógrafos e professores se tornam família. Maria Cristina exalta a importância de uma instituição apoiadora para a formação de um bailarino saudável. “Os ambientes que favorecem os benefícios da dança são relacionados a um contexto social saudável, um professor apoiador, uma instituição inclusiva e incentivo ao apoio entre colegas. Faz total diferença no futuro desse indivíduo.", diz a psicóloga.
Um estudo conduzido pela Universidade de Pittsburg concluiu que, 6,9% das bailarinas profissionais entrevistadas tinham anorexia nervosa, 10,3% tinham bulimia e 10,3% apresentavam uma combinação dos dois transtornos.
Visando um futuro psicologicamente saudável a esses profissionais, grandes companhias de dança do país deveriam oferecer assistência psicológica para seus profissionais. “Acho extremamente necessário que companhias e festivais criem uma rede de apoio para os bailarinos, e é algo que sentimos falta nesse meio. Um dos maiores problemas no mundo da dança definitivamente é a saúde mental dos bailarinos. Conviver em um ambiente extremamente competitivo em busca de padrões irreais e inalcançáveis afeta muito o psicológico”, diz Giovanna.
Nos últimos anos, o número de leitores no país tem aumentado. Segundo uma pesquisa, feita pelo 13° Painel de Varejo de livros no Brasil, houve em 2021 um aumento de 29,3% no volume de obras vendidas em comparação com o ano de 2020, e em 2022 o cenário seguiu positivo, registrando 19,56% em relação ao período anterior.
Um dos motivos que levaram a isso foi a inserção do mundo literário nas redes sociais. As interações online trouxeram maior aproximação para aqueles que não conheciam o universo literário ou já tinham contato com a literatura, porém de forma pontual, a estudante de Jornalismo da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), Raissa Santos, relata que lia apenas os livros que ganhava e não tinha interesse de comprá-los por si mesma.
Segundo ela, as redes à ajudaram a colocar a leitura como hábito “Eu leio bem mais e com maior frequência, gosto de ler sempre que posso e o meu acervo pessoal se tornou consideravelmente maior”. Afirma a estudante.
Na última bienal do livro ocorrida na cidade de São Paulo, cerca de 28% dos entrevistados alegaram terem sofrido influência de aplicativos como Instagram, e Tik Tok para lerem mais. É o caso da estudante Raissa, “Os criadores de conteúdo do BookTok (nicho do Tik Tok voltado para literatura) faziam muita propaganda dos livros, falando o que eles achavam interessante, o que me instigava a ir atrás e ler mais”.

A Maria Clara Reis, autora de Encontrei Lar em você, também confessou em entrevista que foi influenciada pelas redes, “Os 7 maridos de Evelyn Hugo, eu só li porque vi no Instagram e no Tik Tok.”. Ela também acrescenta que as mídias são muito influenciadoras e as “trends” são algo positivo, porque aumentam a possibilidade de as obras serem lidas. Afirma ainda que esse movimento beneficia escritores independentes como ela e que esse espaço para escrita nacional tende a crescer.
Os escritores nacionais encontram dificuldades para publicar seus livros, mesmo que já tenham experiência na área. Isso se deve ao fato de eles precisarem exercer várias funções além da sua, como a de editor e publicitário, o que acaba atrapalhando a realização da publicação.
A autora abordou sua dificuldade em enxergar a escrita como algo profissional, ela atribui a isso sua afetividade ao ato de escrever, mas também com a inviabilidade de viver disso, “Eu tenho meus leitores, mas estou longe de ser famosa, realmente a escrita enquanto trabalho é algo inviável ainda, infelizmente”, relata a autora com tristeza e comenta que isso também é comum para os seus colegas.
A escritora contou que a realização de seu sonho de transformar seu livro em físico veio através de um conjunto de fatores: a grande demanda dos seus leitores e o fato de conhecer pessoas de seu meio que já tinham trilhado o caminho e mostrado que é possível. Além disso, comentou que a relação com a leitura a ajudou na faculdade com as obras e também com a escrita científica e teórica exigida pelo curso de Letras.