Do pastelzinho com caldo de cana à hora da xepa, as feiras livres fazem parte do cotidiano paulista de domingo a domingo.
por
Manuela Dias
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29/11/2025 - 12h

Por décadas, São Paulo acorda cedo ao som de barracas sendo montadas, caminhões descarregando frutas e vendedores afinando o gogó para anunciar promoções. De norte a sul, as feiras livres desenham um dos cenários mais afetivos da vida paulistana. Não é apenas o lugar onde se compra comida fresca: é onde se conversa, se briga pelo preço, se prova um pedacinho de melancia e se encontra o vizinho que você só vê ali, entre uma dúzia de banana e um pé de alface.

Juca Alves, de 40 anos, conta que vende frutas há 28 anos na zona norte de São Paulo e brinca que o relógio dele funciona diferente. “Minha rotina é a mesma todos os dias. Meu dia começa quando a cidade ainda está dormindo. Se eu bobear, o morango acorda antes de mim”.

Nas bancas de comida, o pastel é rei. “Se não tiver barulho de óleo estalando e alguém gritando não tem graça”, afirma dona Sônia, pasteleira há 19 anos junto com o marido e filhos. “Minha família cresceu ao redor de panelas de óleo e montes de pastéis. E eu fico muito realizada com isso.  

Quando o relógio se aproxima do meio dia, começa o momento mais esperado por parte do público: a famosa xepa. É quando o preço cai e a disputa aumenta. Em uma cidade acelerada como São Paulo, a feira livre funciona como uma pausa afetiva, um lembrete de que existe vida fora do concreto. E enquanto houver paulistanos dispostos a acordar cedo por um pastel quentinho e uma conversa boa, as feiras continuarão firmes, coloridas, barulhentas e deliciosamente caóticas.

Os cartazes com preços vão mudando conforme o dia.
Os cartazes com preços vão mudando conforme o dia. Foto: Manuela Dias/AGEMT
Vermelha, doce e gigante: a melancia é o coração das bancas nas feiras paulistanas.
Vermelha, doce e gigante: a melancia é o coração das bancas nas feiras paulistanas. Foto: Manuela Dias/AGEMT
A dupla que move a feira da Zona Norte de São Paulo.
A dupla que move a feira da Zona Norte de São Paulo. Foto: Manuela Dias/AGEMT
Entre frutas e verduras um respiro delicado: o corredor das flores.
Entre frutas e verduras um respiro delicado: o corredor das flores. Foto: Manuela Dias/AGEMT

 

Apresentação exclusiva acontece no dia 7 de setembro, no Palco Mundo
por
Jalile Elias
Lais Romagnoli
Marcela Rocha
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26/11/2025 - 12h

Elton John está de volta ao Brasil em uma única apresentação que promete marcar a edição de 2026 do Rock in Rio. O festival confirmou o britânico como atração principal do dia 7 de setembro, abrindo a divulgação do line-up com um dos nomes mais celebrados da música mundial.

A presença de Elton carrega um peso especial. Em 2023, o artista anunciou que deixaria as grandes turnês para ficar mais perto da família. Por isso, sua performance no Rock in Rio será a única na América Latina, transformando o show em um momento raro para os fãs de todo o continente.

Em um vídeo publicado na terça-feira (25) nas redes sociais, Elton John revelou o motivo para ter aceitado o convite de realizar o show em solo brasileiro. “A razão é que eu não vim ao Rio na turnê ‘Farewell Yellow Brick Road’, e eu senti que decepcionei muitos dos meus fãs brasileiros. Então, eu quero compensar isso”, explicou o britânico.

No mesmo dia de festival, outro grande nome da música sobe ao Palco Mundo: Gilberto Gil. Em clima de despedida com a turnê Tempo-Rei, que termina em março de 2026, o encontro dos dois artistas lendários torna a programação do festival ainda mais especial. 

Gilberto Gil se apresentará no Palco Mundo do Rock in Rio 2026 (Foto: Reprodução / Facebook Gilberto Gil)
Gilberto Gil se apresentará no Palco Mundo do Rock in Rio 2026 (Foto: Divulgação)

Além das atrações, o Rock in Rio prepara mudanças importantes na Cidade do Rock. O Palco Mundo, símbolo do festival, será completamente revestido de painéis de LED, somando 2.400 metros quadrados de tecnologia. A ideia é ampliar a imersão visual e criar novas possibilidades para os artistas.

A próxima edição também terá uma homenagem especial à Bossa Nova e um benefício pensado diretamente para o público, em que cada visitante poderá receber até 100% do valor do ingresso de volta em bônus, podendo ser usado em hotéis, gastronomia e experiências turísticas durante a estadia na cidade.

O Rock in Rio 2026 acontece nos dias 4, 5, 6, 7 e 11, 12 e 13 de setembro, no Parque Olímpico, no Rio de Janeiro. A venda geral dos ingressos começa em 9 de dezembro, às 19h, enquanto membros do Rock in Rio Club terão acesso à pré-venda a partir do dia 4, no mesmo horário.

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A socialite continuou tendo sua moral julgada no tribunal, mesmo após ter sido assassinada pelo companheiro
por
Lais Romagnoli
Marcela Rocha
Jalile Elias
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26/11/2025 - 12h
Marjorie Estiano interpreta Ângela Diniz. Foto: Divulgação
Marjorie Estiano interpreta Ângela Diniz em nova série. Foto: Reprodução/Divulgação HBO Max

Figurinha carimbada nas colunas sociais da época, Ângela Diniz virou capa das manchetes policiais após ser morta a tiros pelo então namorado, Doca Street. O feminicídio que marcou o país na década de 1970 ganha agora um novo olhar na série da HBO Ângela Diniz: Assassinada e Condenada.

Na produção, Marjorie Estiano interpreta a protagonista, enquanto Emilio Dantas assume o papel de Doca. O elenco ainda conta com Thelmo Fernandes, Maria Volpe, Renata Gaspar, Yara de Novaes e Tóia Ferraz.

Sob direção de Andrucha Waddington, a série se inspira no podcast A Praia dos Ossos, de Branca Viana. A obra, que leva o nome da praia onde o crime ocorreu, reconstrói não apenas o caso, mas também o apagamento em torno da própria vítima. Depoimentos de amigas de Ângela, silenciadas à época, servem como ponto de partida para revelar quem ela realmente era.

Seja pela beleza ou pela independência, a mineira chamava atenção por onde passava. Já os relatos sobre Doca eram marcados pelo ciúme obsessivo do empresário. O casal passava a véspera da virada de 1977 em Búzios quando, ao tentar pôr fim à relação, Ângela foi assassinada pelo companheiro.

Por dias, o criminoso permaneceu foragido, até que sua primeira aparição foi numa entrevista à televisão; logo depois, ele se entregou à polícia. Foram necessários mais de dois anos desde o assassinato para que Doca se sentasse no banco dos réus, num julgamento que se tornaria símbolo da luta contra a violência de gênero.

Marjorie Estiano interpreta Ângela Diniz, , enquanto Emilio Dantas assume o papel de Doca. Foto: Divulgação
Marjorie Estiano interpreta Ângela Diniz, enquanto Emilio Dantas assume o papel de Doca. Foto: Reprodução/Divulgação HBO Max

As atitudes, roupas e relações de Ângela foram usadas pela defesa como supostas “provocações” que teriam motivado o crime. Foi nesse episódio que Carlos Drummond de Andrade escreveu: “Aquela moça continua sendo assassinada todos os dias e de diferentes maneiras”.

Os advogados do réu recorreram à tese da “legítima defesa da honra” — proibida somente em 2023 pelo STF — numa tentativa de inocentá-lo. O argumento foi aceito pelo júri, e Doca recebeu pena de apenas dois anos de prisão, sentença que gerou revolta e fortaleceu movimentos feministas da época.

Sob forte pressão popular, um segundo julgamento foi realizado. Nele, Doca foi condenado a 15 anos, dos quais cumpriu cerca de três em regime fechado e dois em semiaberto. Em 2020, ele morreu aos 86 anos, em decorrência de um ataque cardíaco.

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Exposição reúne obras que exploram o inconsciente e a natureza como caminhos simbólicos de cura
por
KHADIJAH CALIL
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25/11/2025 - 12h

A Pinacoteca Benedicto Calixto, em Santos, apresenta de 14 de novembro a 14 de dezembro de 2025 a exposição “Bosque Mítico: Katia Canton e a Cura pela Arte”, que reúne um conjunto expressivo de pinturas, desenhos, cerâmicas, tapeçarias e azulejos da artista, sob curadoria de Carlos Zibel e Antonio Carlos Cavalcanti Filho. A Fundação que sedia a mostra está localizada no imóvel conhecido como Casarão Branco do Boqueirão em Santos, um exemplar da época áurea do café no Brasil. 

Ao revisitar o bosque dos contos de fadas como metáfora de transformação interior, Katia Canton revela o processo criativo como gesto de cura, reconstrução e transcendência.
 

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       “Casinha amarela com laranja” de Katia Canton. Foto: Khadijah Calil.

 

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                 “Chapeuzinho triste” de Katia Canton. Foto: Khadijah Calil.
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                 “O estrangeiro” de Katia Canton. Foto: Khadijah Calil.         
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                                                            “Menina e pássaro” de Katia Canton. Foto: Khadijah Calil.
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                                                     “Duas casinhas numa ilha” de Katia Canton. Foto: Khadijah Calil.
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                                                             “Os sete gatinhos” de Katia Canton. Foto: Khadijah Calil.
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                                                                         “Floresta” de Katia Canton. Foto: Khadijah Calil.

 

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Festival celebra os três anos de existência com homenagem ao pensamento de Frantz Fanon e a imaginação radical da cultura periférica
por
Marcela Rocha
Jalile Elias
Isabelle Maieru
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25/11/2025 - 12h

Reconhecido como um dos principais espaços da cultura periférica em São Paulo, o Museu das Favelas completa três anos de atividades no mês de novembro. Para comemorar, a instituição elaborou uma programação especial gratuita que combina memória, arte periférica e reflexão crítica.

Segundo o governo do Estado, o Museu das Favelas já recebeu mais de 100 mil visitantes desde sua fundação em 2022. Localizado no Pátio do Colégio, a abertura da agenda de aniversário ocorre nesta terça-feira (25) com a mostra “ImaginaÇÃO Radical: 100 anos de Frantz Fanon”, dedicada ao médico e filósofo político martinicano.

Fachada do Museu das Favelas. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
Fachada do Museu das Favelas. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Autor de “Os condenados da terra” e “Pele negra, máscaras brancas”, Fanon contribuiu para a análise dos efeitos psicológicos do colonialismo, considerando algumas abordagens da psiquiatria e psicologia ineficazes para o tratamento de pessoas racializadas. A exposição em sua homenagem ficará em cartaz até 24 de maio de 2026.

Ainda nos dias 25 e 26 deste mês, o festival oferecerá o ciclo “Papo Reto” com debates entre intelectuais francófonos e brasileiros, em parceria com o Instituto Francês e a Festa Literária das Periferias (Flup). A programação continua no dia 27 com a visita "Abrindo Fluxos da Imaginação Radical”. 

Em 28 de novembro, o projeto “Baile tá On!” promove uma conversa com o artista JXNV$. Já no dia 29, será inaugurada a sala expositiva “Esperançar”, que apresenta arte e tecnologia como forma de mapear territórios periféricos.

O encerramento do festival será no dia 30 de novembro com a programação “Favela é Giro”, que ocupa o Largo Pátio do Colégio com DJs e performances culturais.

 

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Localizado no Parque Villa-Lobos, o equipamento aquático tem 15 metros de altura
por
Giulia Palumbo
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31/10/2023 - 12h

Recentemente inaugurado no Parque Villa-Lobos, o Hippo,está fazendo sucesso entre os moradores da Capital. Com 15 metros de altura e 55 de comprimento, a atração promete uma subida íngreme repleta de energia, vistas deslumbrantes lá de cima e uma descida cheia de adrenalina. 

Foto Reprodução
As crianças vão se encantar com a oportunidade de enfrentar o enorme brinquedo com 15 metros de altura e 56 metros de comprimento. (Créditos: divulgação)

Além disso, o inflável conta com três pistas para disputas divertidas entre a garotada. E isso não é tudo - o Família no Parque oferece uma variedade de outras atividades aquáticas e de lazer, incluindo Futebol de Sabão, Bungee Trampolim, Laser Combat, Tirolesa e muito mais, em um ambiente acolhedor e alegre ao ar livre.

No local, também há opções de alimentação, desde sanduíches até sorvetes e guloseimas, e espaços ideais para as fotos das redes sociais. A programação inclui uma equipe de animadores oferecendo brincadeiras gratuitas ao longo do dia. 

Os ingressos para os brinquedos custam a partir de R$ 8, com a opção de combos e o VipPass para acesso ilimitado às atrações. Você pode comprar seus ingressos com antecedência no site www.familianoparque.com.br ou diretamente na bilheteria do evento.

Pra chegar ao Parque Villa-Lobos em São Paulo, uma das opções mais práticas é utilizar o transporte público, como ônibus ou metrô. O parque está localizado na zona oeste da cidade, próximo à estação de metrô Butantã (Linha 4-Amarela), que oferece acesso direto ao parque. Além disso, você pode optar por táxis ou aplicativos de transporte para chegar lá com facilidade. O Parque Villa-Lobos é um local muito popular para atividades ao ar livre, como caminhadas, ciclismo e piqueniques, e oferece uma ótima opção de lazer para os moradores e visitantes de São Paulo.

Os organizadores sugerem que os pais tragam roupas de reserva para as crianças que não desejam ficar molhadas, bem como acessórios de proteção solar, como bonés e roupas com fator de proteção

Servico: Família no Parque no Villa-Lobos

@oficialfamilianoparque

Quando: sábados e domingos, das 10h às 18h

Onde: Parque Villa Lobos, entrada principal

Tickets: a partir de R$ 8 – combo com 10 tickets por R$ 60, VipPass por R$ 150

 

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"Festas, sambas e outros carnavais": Sesc Casa Verde é a segunda unidade da Zona Norte e abre com exposição que dialoga com as raízes do bairro
por
Maria Luisa Lisboa Alves
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30/10/2023 - 12h
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'Festas, sambas e outros carnavais': exposição do Sesc Casa Verde/ Foto: Maria Luisa Lisboa Alves

O Sesc Casa Verde é a segunda unidade localizada na Zona Norte de São Paulo. Para receber o público, o local apresenta a exposição 'Festas, sambas e outros carnavais', que procura celebrar  diversas festividades brasileiras, como o carnaval e Bumba-Meu-Boi. A nova unidade procurou dialogar com as raízes da região, reduto de várias escolas de samba, como Império de Casa Verde, Morro da Casa Verde e Unidos do Peruche, além de ser sede do sambódromo de São Paulo. As exposições também trazem as origens africanas que foram fundamentais para a formação do bairro da Casa Verde, em que homenageiam artistas e figuras importantes para a história do bairro e também do país.

 

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'Festas, sambas e outros carnavais': exposições do Sesc Casa Verde/ Foto: Maria Luisa Lisboa Alves
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"Roda de Bumba-Meu-Boi" (sem data), de Nhozim/ Foto: Maria Luisa Lisboa Alves
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Velha Guarda da Unidos do Peruche/ Foto: Maria Luisa Lisboa Alves
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Exposição sobre 'Seu Carlão', fundador da Unidos Do Peruche/ Foto: Maria Luisa Lisboa Alves
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'Festas, sambas e outros carnavais': exposição do Sesc Casa Verde/ Foto: Maria Luisa Lisboa Alves
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'Festas, sambas e outros carnavais': exposição do Sesc Casa Verde/ Foto: Maria Luisa Lisboa Alves
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'Festas, sambas e outros carnavais': exposição do Sesc Casa Verde/ Foto: Maria Luisa Lisboa Alves
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'Festas, sambas e outros carnavais': exposição do Sesc Casa Verde/ Foto: Maria Luisa Lisboa Alves
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Moradores do bairro da Casa Verde/ Foto: Maria Luisa Lisboa Alves

 

Desde 2013, o centro promove o intercâmbio cultural entre Coreia do Sul e Brasil por meio de exposições, performances, cursos e festivais.
por
Natália Perez
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30/10/2023 - 12h

Além de estreitar os laços entre os países, o Centro Cultural Coreano no Brasil tem como objetivo apresentar mais sobre a culinária, língua, artes e tradições da Coreia do Sul. Localizado próximo ao metrô Brigadeiro na Av. Paulista, 460 o CCCB completou 10 anos na segunda-feira 23 de outubro.

Com programação especial no sábado (29), o aniversário contou com apresentações musicais. Além de workshops de taekwondo, artesanato e caligrafia. Em comentário oficial o diretor do centro, Cheul Hong Kim, disse ficar feliz com a crescente busca pela cultura coreana. “Esse interesse tem se expandido para áreas como música, arte, gastronomia, cinema e literatura, abrangendo tanto tradições quanto aspectos contemporâneos. Em resposta, prometemos nos aproximar ainda mais com programas mais diversos e enriquecedores.”

Disponível até janeiro de 2024, a principal atração da comemoração é a amostra floral de Hanji kkot que é arte com papel coreano. O papel Hanji vindo da árvore asiática amoreira-de-papel, é produzido a mais de mil e quinhentos anos. Por ser uma fibra resistente e de alta qualidade, eles dizem que esse papel representa o desejo humano pela conservação. “Na cultura coreana elas são produzidas para eventos da corte, religiosos ou entre as pessoas como forma de gratidão a quem sempre nos protege e permanece ao nosso lado” disse o diretor Cheul Hong Kim, a Billboard Brasil. Assinada pela artista Mina Lee a exposição “Florescer” tem entrada gratuita.

Endereço: Av. Paulista, 460

Horário de Funcionamento: Seg-Sex: 10:00 – 19:00 e Sábado: 12:00 - 18:00

Para mais informações acesse: https://brazil.korean-culture.org/pt

10 anos do Centro Cultural Coreano no Brasil
Mesa de recepção do Centro Cultural Coreano no Brasil. Foto: Natália Perez
10 anos do Centro Cultural Coreano no Brasil
Árvore dos desejos: tradição de pendurar papéis com desejos e votos escritos em uma árvore para que se realizem, comumente encontrado em eventos de recomeço como ano novo, casamentos e aniversários. A origem é japonesa, mas também popular na Coreia. Foto: Natália Perez
10 anos do Centro Cultural Coreano no Brasil
Entrada e primeira obra da exposição "Florescer" da artista Mina Lee usando o papel tradicional coreano Hanji. Foto: Natália Perez
10 anos do Centro Cultural Coreano no Brasil
Segunda obra da exposição, lavandas feitas com Hanji. Foto: Natália Perez
10 anos do Centro Cultural Coreano no Brasil
Painéis de pano na entrada com explicações da exposição e um poema. Foto: Natália Perez
10 anos do Centro Cultural Coreano no Brasil
Explicação do Hanji e seu processo de fabricação junto a amostras do papel. Foto: Natália Perez
10 anos do Centro Cultural Coreano no Brasil
Quatro tipos de carimbos que o público poderia experimentar no Hanji e levar para casa. Foto: Natália Perez
10 anos do Centro Cultural Coreano no Brasil
Arranjos florais de papel Hanji estão no centro do espaço. Na parede poemas. Foto: Natália Perez 
10 anos do Centro Cultural Coreano no Brasil
Diversos arranjos florais feitos com de Hanji. Foto: Natália Perez 
10 anos do Centro Cultural Coreano no Brasil
Dois sapatos tradicionais coreanos, os Hwahye. Foto: Natália Perez

 

Fã ou não do “mestre do terror”, Misery se torna uma leitura obrigatória e também uma excelente escolha para quem deseja conhecer melhor Stephen King e suas histórias
por
Beatriz Alencar
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23/10/2023 - 12h
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Foto: Debb Cabral/GatoQueFlutua

 

Os amantes pela literatura sinistra podem se demonstrar mais ativos agora com a chegada de outubro, mês do halloween e das maratonas de terror. Se possui um gosto pelas obras de Stephen King, recomendações de obras dele é o que não faltam para essa estação do mês/Dia das Bruxas. Se tornando filmes e até mesmo peças de teatro, as escritas do “mestre do horror” nunca saem de moda no mundo das escritas “dark”. Classificado como um dos livros mais conceituados e clássicos do autor, “Misery - Louca Obsessão” foi, e ainda é, muito bem aclamado pela crítica.

Seguindo um de seus traços de compor sua obra com reviravoltas que podem chegar a ser um pouco “revoltantes” para seus leitores, o livro traz a história de Paul Sheldon, um escritor “reconhecido pela série de best-sellers protagonizados por Misery Chastain” (sinopse). Conseguindo escrever mais uma parte de um manuscrito, decide comemorar fora de casa. Sozinho. Numa grande nevasca. O fim do que era para ser uma comemoração, acaba sendo o início da tortura de vida de Paul. Após sofrer um acidente de carro, devida às más condições climáticas, o escritor é socorrido pela enfermeira aposentada Annie Wilkes. O que ele mal sabe, é que a moça que se diz sua fã número 1, está em tamanha indignação com o final da série bem-sucedida do autor, que é capaz de tentar de tudo para conseguir Paul só para si.

Annie leva seu ídolo para sua casa e o prende em um quarto com a condição de: em troca de seus cuidados, o escritor refaça o final do livro para um que faça sentido” e abandone a sua, então nova obra, sobre Carros Velozes. O autor está extremamente dependente: devido ao acidente, ficou sem o movimento das pernas e ainda recuperando o dos braços. Quando não a obedece, fica sem os remédios para dor, comida ou mesmo penico (tendo que urinar em si mesmo).

A forma como o cenário é construído, imerge o leitor como se estivesse participando da história, e o agoniza junto com o personagem. Apresenta diversas faces que nos prendem na história: desde a Annie solícita que quer ajudar, que admira seu autor favorito e diz que o ama em contraste com o desespero que provoca, à resistência de Paul em querer fugir, e em outros momentos querer desistir. Stephen King não deixa nenhuma ponta solta, e como na maioria de seus livros, cada personagem pode carregar um significado para além do que está escrito nas páginas.

Estar diante de uma mulher com diversas faces de personalidade por meio das palavras de King, faz com que você sinta aversão e pena na mesma medida. O sadismo da vilã se demonstra em diversas cenas e a facilidade de como ela esconde rapidamente contando lembranças boas que ela tem da vida, baqueiam.

Como uma maneira de tentar não ficar sem os tratamentos de Annie, Paul tenta convencê-la e encantá-la de diversas maneiras; a elogiando, deixando que ela conte sobre sua vida e seus gostos, e dizendo o quanto estava grato por ter sido Annie a sua salvadora. Aos poucos melhorando sua condição física, o autor explora o restante da casa da enfermeira nos momentos em que ela não está. A agonia do leitor volta novamente, sempre afobado, achando que a sádica pode chegar a qualquer momento.

A cada cena em que ocorre um diálogo com Annie, o receio sobre ela aumenta, mas de uma maneira que sempre nos surpreende com tamanha facilidade em ser tão complicada e tão assustadoramente real. Traduzindo, “misery” seria o sofrimento prolongado, física e mental sem fim que persegue Paul, e, de certa forma, piora a situação psicológica instável de Annie.

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Kathy Bates como Annie Wilkes; Foto: reprodução/filme

Para quem gosta de ler, imaginar essas cenas agonizantes já são suficientes, mas para aqueles que preferem obras mais cinematográficas, temos o filme “Louca Obsessão”, de 1993. Kathy Bates entendeu o que é Annie Wilkes em um nível, que sua atuação lhe rendeu um Oscar. O próprio Stephen King a elogiou. Claro, filmes tem suas adaptações e releituras, mas a mesma agonia desse suspense psicológico que você encontra nas páginas, encontra nas cenas reproduzidas.

Resumidamente, diria que é um terror claustrofóbico. Se quer dormir tranquilo (ou não), adicione “Misery – Louca Obsessão” na sua lista de leitura e assista ao filme, para ótimo sonhos.

 

Esta reportagem foi produzida como atividade extensionista do curso de Jornalismo da PUC-SP.

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Nas profundezas do metrô paulistano, obras de arte revelam narrativas silenciosas da cidade e de seu povo.
por
João Pedro Lopes Oliveira
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23/10/2023 - 12h

Nas entranhas do metrô de São Paulo, onde milhões de passageiros se cruzam diariamente em um frenesi urbano, há um mundo silencioso esculpido em mármore, ferro e bronze. Ao descer pelas escadas rolantes e passar pelas plataformas movimentadas, os viajantes atentos podem testemunhar uma coleção rica e diversificada de estátuas e esculturas, cada uma contando sua própria história sobre a cidade, sua gente e sua cultura.


Essas obras de arte não apenas embelezam as estações de metrô, mas também servem como lembretes silenciosos da rica herança da cidade. Enquanto os trens rugem e os anúncios ecoam pelos corredores, essas esculturas permanecem imóveis, oferecendo uma pausa na corrida frenética da vida urbana, convidando os passageiros a contemplar, mesmo que por um breve momento, a riqueza cultural que permeia cada centímetro quadrado desta cidade cosmopolita.

Nas plataformas das principais linhas de metrô de São Paulo, 1-azul, 2-verde e 3-vermelha, presenciamos uma grande variedade dessas esculturas em algumas de suas estações, todas feitas por artistas diferentes que passam uma mensagem única.

 

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"Sem Título" - Alfredo Ceschiatti / Estação Sé linha 1-azul
Nesta estrutura ele mostra seu trabalho figurativo, com traços leves em uma escultura bem grande, pesando meio tonelada.
Foto: João Pedro Lopes
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"Equilíbrio" - Renato Brunello / Estação Paraíso linha 1-azul 
A obra busca o equilíbrio formal das peças encaixadas e representar o equilíbrio psíquico.
Foto: João Pedro Lopes
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"A Sagração da Primavera" - Luiz Gonzaga M. Gomes / Estação Ana Rosa linha 1-azul
O tema principal é a "exuberância da vida" na explosão da primavera. Embora as figuras estejam fixas, sugerem movimento.
Foto: João Pedro Lopes
foto 3
"Esfera" - Marcos Garrot / Estação Santos-Imigrantes linha 2-verde
Ilusão de ótica que representa o vazio olhando por trás e sua verdadeira cor olhando de frente.
Foto: João Pedro Lopes 
foto 4
"Pássaro Rocca" - Francisco Brennand / Estação Trianon-Masp linha 2-verde
Inspirado nas aves gigantes descritas no livro "Simbad, O Marinheiro"
Foto: João Pedro Lopes
foto 5
"A Roda" - Emanoel Araujo / Estação Palmeiras-Barra Funda linha 3-vermelha
Inspirado em uma roda em movimento dando justamente essa impressão de uma forma que se desloca no espaço.
Foto: João Pedro Lopes
foto 6
"Trilho, Ritmo e Vibração" - Caciporé Torres / Estação Santa Cecília linha 3-vermelha
Feita de mármore, aço e ferro a escultura representa a cidade de São Paulo e suas ferrovias.
Foto: João Pedro Lopes
foto 7
"Século XXI-Resíduos e Vestígios" - Luiz Hermano / Estação República linha 3-vermelha
Tem como ponto de partida o "esqueleto estrutural da arquitetura da construção do metrô"
Foto: João Pedro Lopes
foto 9
"Estudo de Homem" - José Guerra / Estação Santa Cecília linha 3-vermelha
Sem descrição.
Foto: João Pedro Lopes
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foto 10
"Estudo de Mulher" - José Guerra / Estação Santa Cecília linha 3-vermelha
Sem descrição.
Foto: João Pedro Lopes