Influenciadora é chamada de "homem" por espectadora; confusão gerou vaias, atraso no espetáculo e intervenção policial
por
Carolina Zaterka
Manoella Marinho
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15/04/2025 - 12h

 

Malévola Alves, influenciadora digital e mulher trans, denunciou ter sido vítima de transfobia no Teatro Renault, em São Paulo, no dia 26 de março de 2025, ao ser tratada pelo pronome masculino e chamada de “homem” por uma espectadora. O incidente ocorreu antes do início do musical “Wicked”. Malévola, com mais de 840 mil seguidores, publicou trechos do episódio em suas redes, que rapidamente viralizaram.

Segundo relatos de testemunhas e da própria vítima, a confusão começou quando Malévola esperava uma nota fiscal e a mulher atrás dela mostrou impaciência. As duas trocaram palavras e, ao se afastar, a mulher teria gritado "isso é homem ou mulher?" em sua direção. A vítima então se sentiu ofendida e levou a denúncia à plateia, apontando a espectadora como autora do ataque transfóbico, causando um tumulto que paralisou a plateia.

A reação do público foi de imediato apoio a Malévola, com vaias à agressora e pedidos para que ela fosse retirada do teatro. “A gente não vai começar a assistir a um espetáculo que é extremamente representativo para a diversidade com uma mulher dessa aqui. Não faz o menor sentido”, afirmou um dos espectadores durante o protesto.

Diante da pressão da plateia, a apresentação atrasou cerca de 30 minutos. A mulher acusada acabou saindo do teatro sob escolta policial, levada à  delegacia para realizar um boletim de ocorrência, recebendo aplausos e vaias dos demais presentes. Miguel Filpi, presente no evento, celebrou nas redes sociais: “Justiça foi feita!! Obrigado a todo mundo nessa plateia que fez a união para que isso acontecesse.”

Carlos Cavalcanti, presidente do Instituto Artium (Produtor do musical), pediu desculpas pelo ocorrido antes de dar início ao espetáculo: “Peço desculpas por esse acontecimento e por esse atraso. Tudo o que a gente pode admitir, é bom que a gente admita na vida, mas transfobia em Wicked, não dá”. A atriz Fabi Bang, também se manifestou durante e após o espetáculo: “Transfobia jamais” - uma improvisação durante a música “Popular”.

 

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Fabi Bang, atriz que interpreta Glinda, em apresentação do musical. Foto: Blog Arcanjo/Reprodução

Viviane Milano, identificada como a espectadora acusada, negou as acusações em um pronunciamento, alegando que a confusão na fila da bombonière não foi sobre identidade de gênero, mas sobre uma tentativa de furar fila. Ela afirmou: “Perguntei em voz alta: ‘Era o homem ou a mulher que estava na fila?’”, dizendo que sua pergunta foi mal interpretada.

A produção de Wicked e membros do elenco reiteraram seu compromisso com a diversidade e repudiaram o incidente. A nota oficial da produção destacou: “Nosso espetáculo é e continuará sendo um espaço seguro para todas as pessoas, independentemente de identidade de gênero ou orientação sexual.”

As últimas apresentações do cantor baiano reunem seus maiores sucessos e participações de grandes artistas brasileiros
por
Davi Rezende
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14/04/2025 - 12h

Tiveram início na última sexta-feira (11) os shows em São Paulo da turnê “Tempo Rei”, de Gilberto Gil, a última da carreira do lendário artista. O evento, que teve início em março, na cidade de Salvador (BA), chegou neste mês à capital paulista com quatro datas, duas neste final de semana e mais duas ao fim do mês.

Gilberto Gil em show no Allianz Parque cantando Aquele Abraço
Gilberto Gil em show da turnê "Tempo Rei" no Allianz Parque, em São Paulo/ Foto: Davi Rezende
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Reunindo participações especiais, cenários característicos e grandes sucessos da carreira do cantor, a turnê é uma grande celebração da história de Gil, enquanto seus últimos shows ao vivo. Desde os visuais até a performance do artista, tudo é composto de forma detalhada para transmitir a energia da obra de Gilberto, que se renova em apresentações vívidas e convidados de diversos gêneros musicais brasileiros.

Ao longo de mais de 60 anos de carreira, Gil conquistou uma das trajetórias mais consolidadas e respeitadas da música brasileira. Com mais de 50 álbuns gravados, sendo 30 de estúdio, ele se tornou uma lenda da bossa nova e do samba, com produções que se provam atemporais, além de participações em movimentos políticos e artísticos que marcaram o Brasil.

Gilberto Gil agasalhado em exílio nas ruas de Londres
Gilberto Gil no exílio em Londres/ Foto: Reprodução/FFLCH - USP

 

Na década de 60, após se popularizar em meio a festivais, Gil fez grande parte da luta contra as opressões da Ditadura Militar no Brasil, tornando-se peça importante no movimento da Tropicália. Ao lado de artistas como Caetano Veloso e Gal Costa, Gilberto foi protagonista na revolução da arte brasileira, além de compor grandes canções de resistência.

Em 1969, após o lançamento de um de seus maiores clássicos, “Aquele Abraço”, Gil se exilou fora do Brasil para fugir da Ditadura, em Londres. Na Inglaterra, ele seguiu produzindo e performando, ao lado de outros grandes gênios tropicalistas, até retornar em 1971, lançando no ano seguinte o álbum “Expresso 2222” (1972). Três anos após o grande sucesso, Gil lança o álbum “Refazenda” (1975), primeiro disco de uma trilogia composta por “Refavela” (1977) e “Realce” (1979).

Todos os grandes momentos da vida do cantor são representados na turnê, tanto com sua performance, dirigida por Rafael Dragaud, quanto na cenografia, montada pela cineasta Daniela Thomas. Na setlist, Gil ainda presta homenagens a grandes figuras da música, como Chico Buarque (que faz participação em vídeo tocado ao fundo de Gilberto, durante a apresentação) quando interpreta “Cálice”, canção de sua autoria ao lado do compositor carioca, e até Bob Marley, no momento que toca “Não Chore Mais” (versão da música “No Woman, No Cry” do cantor jamaicano) com imagens da bandeira da Jamaica ao fundo.

Gilberto Gil em show no Allianz Parque cantando Não Chore Mais
Gilberto Gil em show da turnê "Tempo Rei" no Allianz Parque, em São Paulo/ Foto: Davi Rezende

 

Nas apresentações no Rio de Janeiro, o artista convidou Caetano e Anitta para comporem a performance, enquanto em São Paulo, na sexta-feira (11) MC Hariel e Flor Gil, a neta do cantor, deram as caras, além de Arnaldo Antunes e Sandy terem participado do show de sábado (12).

A turnê “Tempo Rei” aproxima Gilberto Gil do fim de sua carreira, celebrando sua história nos shows que rodam o Brasil inteiro. A reunião de artistas já consolidados na indústria para condecorar o cantor em suas apresentações prova a grandeza de Gil e como sua obra é imortal, movimentando a música de todo o país ao seu redor. Sua performance é energética e vívida, como toda a carreira do compositor, fazendo dos brasileiros os súditos do Tempo Rei.

Gilberto Gil em show no Allianz Parque cantando Expresso 2222
Gilberto Gil em show da turnê "Tempo Rei" no Allianz Parque, em São Paulo/ Foto: Davi Rezende

As apresentações de Gil seguem ao longo do ano, encerrando em novembro, na cidade de Recife (PE). Em São Paulo, o cantor ainda se apresenta em mais duas datas, nos dias 25 e 26 de abril, no Allianz Parque.

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Filme brasileiro conta a história de uma senhora que através de uma câmera expôs uma rede de tráfico no Rio de Janeiro
por
Kaleo Ferreira
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14/04/2025 - 12h

O filme “Vitória” lançado no dia 13 de março de 2025, dirigido por Andrucha Waddington e roteirizado por Paula Fiuza, tem como tema a história de Dona Nina (Fernanda Montenegro), uma senhora de 80 anos que sozinha, desmantelou um esquema de tráfico de drogas em Copacabana, filmando com uma câmera a rotina do mercado criminoso da janela de seu apartamento.

 

Cena do filme ”Vitória” (Foto: CNN Brasil)
Cena do filme ”Vitória”. Foto: CNN Brasil

 

O longa é inspirado no livro “Dona Vitória Joana da Paz”, escrito pelo jornalista Fábio Gusmão e baseado na história verídica de Joana Zeferino da Paz. Grande força do filme vem da atuação de Fernanda, que consegue transmitir a solidão, indignação, determinação e a garra que a personagem teve para confrontar o crime na Ladeira dos Tabajaras.

O filme começa construindo uma atmosfera de grande tensão, claustrofobia e solidão dentro do pequeno apartamento com o reflexo da violência diante dos olhos, assim mergulhando na realidade crua do cotidiano carioca, expondo a fragilidade da segurança pública e o poder que o crime organizado possui. 

Em certos momentos, o ritmo da narrativa se torna um pouco lento e cansativo e a ação do longa começa com a introdução do jornalista Fábio, interpretado por Alan Rocha, que desenvolve uma relação de parceria com Dona Nina. Ele assiste às fitas gravadas por ela, provas de criminosos desfilando com armas à luz do dia, vendendo e utilizando drogas entre crianças e adolescentes, além de ter ajuda dos policiais para o tráfico. E diante de tudo, decide ajudar a senhora, assim escrevendo uma grande reportagem que colocaria os holofotes sobre todo o esquema de tráfico. 

 

Cartaz do filme (Foto: IMDb)
Cartaz do filme. Foto: IMDb

 

O filme tem a participação de outras atrizes, como Linn da Quebrada e Laila Garin, que mesmo em papeis secundários, também merecem destaque por agregar camadas à narrativa e mostrar diferentes facetas de como a comunidade é afetada pela violência.

Em resumo, “Vitória” é um filme emocionante e que faz refletir. Apesar dos problemas no ritmo do filme, a força de uma história real e a grande atuação de Fernanda Montenegro, com seus 95 anos, o consolidam como um filme digno de ser assistido e relevante para o cinema brasileiro. 

É um retrato da realidade brasileira que ao dar voz a uma história de resistência contra o crime, levanta questões importantes sobre segurança, justiça e o papel dos cidadãos contra a violência, dando esperança em resistir a toda criminalidade que a sociedade enfrenta com tanta frequência, além de dar voz a uma mulher que decide não se calar.

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O grupo sul-coreano encerra sua passagem pelo Brasil com o título de maior show de K-pop no país
por
Beatriz Lima
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09/04/2025 - 12h

 

Na primeira semana de abril, São Paulo e Rio de Janeiro foram palco dos shows da DominATE Tour, do grupo de K-pop Stray Kids. Em novembro de 2024, o grupo anunciou sua primeira passagem pela América Latina após sete anos de carreira, com shows no Chile, Brasil, Peru e México, causando êxtase aos fãs do continente.

Stray Kids é um grupo de K-pop composto por oito integrantes, Bang Chan, Lee Know, Changbin, Hyunjin, Han, Felix, Seungmin e I.N. O grupo estreou em 2018, após um programa eliminatório com diversos trainees da JYP Entertainment - empresa que gere o grupo. No dia 8 de julho de 2024, o grupo anunciou sua terceira turnê mundial chamada ‘DominATE Tour’, com shows iniciais pelo Leste e Sudeste Asiático e Austrália. 

A DominATE Tour foi anunciada para a divulgação de seu mais recente álbum, ATE, lançado dia 19 de julho de 2024. Com o sucesso mundial do grupo e da música “Chk chk boom”, com a participação dos atores Ryan Reynolds e Hugh Jackman no clipe, o grupo divulgou datas para a turnê na América Latina, América do Norte e Europa no início de 2025.

Foto de divulgação da turnê DominATE
Imagem de divulgação da turnê DominATE. Foto: Divulgação/JYP Entertainment

No Brasil, o octeto iniciou sua passagem pela cidade do Rio de Janeiro com seu show de estreia dia 1 de abril no Estádio Nilton Santos, com mais de 55 mil pessoas presentes no local. Em sua primeira data na cidade de São Paulo, sábado (5), o grupo sul-coreano teve os ingressos esgotados e, mesmo com chuva e baixas temperaturas, bateu o recorde de maior show de K-pop no Brasil, com um total de 65 mil pessoas no Estádio MorumBIS. No dia seguinte, o grupo teve seu último dia de passagem pelo país e somou no total - nos dois dias de show na capital paulista - 120 mil pessoas.

Show do Stray Kids no Estádio MorumBIS
Primeiro dia de show do Stray Kids em São Paulo. Foto: JYP Entertainment / Iris Alves

 

Os shows contaram com estruturas complexas e atraentes - com direito a fogos de artifícios e explosões de luz a cada performance -, tradução simultânea nos momentos de interação com o público, banda e equipe de dança do próprio grupo, além de estações de água e paramédicos à disposição do evento. Foram três noites marcantes tanto para os fãs brasileiros quanto para os próprios membros do grupo. “Eu sinto que tudo que nós passamos durante esses sete anos foi para encontrar vocês.” diz Hyunjin em seu primeiro dia de show no Brasil. 

Com o recorde de público nos shows e reações positivas na mídia e público brasileiro, o grupo promete voltar ao país em uma nova oportunidade, deixando claro seu amor pelo país e pelos fãs brasileiros. “Bom, é a sensação de que ganhamos uma segunda casa… todos nós [os oito membros]” declara o líder Bang Chan no primeiro show de São Paulo.

Membros do grupo após o show do Rio de Janeiro.
Foto divulgada após o show do Stray Kids no Rio de Janeiro. Foto: Reprodução/JYP Entertainment

 

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Último dia do festival em São Paulo também reuniu shows de Justin Timberlake, Foster The People e bandas nacionais
por
Maria Eduarda Cepeda
Jessica Castro
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09/04/2025 - 12h

 

Neste domingo (30), o Autódromo de Interlagos, na zona sul de São Paulo, recebeu o último dia da edição 2025 do Lollapalooza Brasil. O festival, que reuniu uma diversidade de estilos, contou com apresentações de bandas indies nacionais, como Terno Rei, e gigantes do pop, como Justin Timberlake. Como destaque, tivemos a histórica estreia da banda Tool em solo brasileiro, a volta de Foster The People ao festival e o show emocionante de encerramento do Sepultura, que consagrou sua importância como uma das maiores referências do metal, tanto no Brasil quanto no mundo.

Diferente do primeiro dia, o domingo foi marcado por tempo firme e céu aberto, sem a interferência da chuva. Com condições climáticas favoráveis, o público pôde aproveitar muito seus artistas favoritos ao longo do dia.

As primeiras atrações do dia já davam o tom da despedida do festival: uma mistura de muito indie, rock n’ roll e nostalgia no ar. No palco Budweiser, a cantora pernambucana Sofia Freire abriu os trabalhos com uma estreia marcante, conquistando o público com talento e carisma. E no palco Mike´s Ice, a banda "Charlotte Matou um Cara" chamou atenção por ter a vocalista, Andrea Dip, vestida em uma camisa de força. 

Além de cantora, Andrea é jornalista e faz parte da Agência Pública de Jornalismo Investigativo. Em 2013, recebeu o Prêmio Tim Lopes de Jornalismo Investigativo pelo seu trabalho na história em quadrinhos “Meninas em Jogo” e foi premiada pelo Troféu Mulher Imprensa na categoria site de notícias em 2016.

Vocalista da banda "Charlotte Matou um Cara", Andrea Dip, usando uma camisa de força rosa
A banda já dividiu palco com a cantora e atriz Linn da Quebrada. Foto: Adriana Vieira / Rock On Board

Com músicas que tratam temas como machismo, ditadura militar e a luta contra a violação do corpo feminino, o grupo trouxe para o festival a agressividade e a energia para o "dia do rock". 

Na sequência, o grupo Terno Rei assumiu o palco e transformou a plateia ainda tímida em um coro envolvido por seu setlist, que mesclou sucessos da carreira e novas apostas sonoras. A banda ainda aproveitou o momento para anunciar seu próximo álbum, “Nenhuma Estrela”, com lançamento marcado para 15 de abril.

Depois de 8 anos longe do Brasil, Mark Foster e Isom Innis voltaram pela terceira vez ao Lollapalooza Brasil. As músicas foram de seus sucessos mais recentes às músicas mais queridas pelos fãs, como "Houdini" e "Call It What You Want". Com um público morno, mesmo com a presença dos fãs fiéis, eles não desanimaram e se mostraram contentes por estarem de volta. A música mais famosa, "Pumped Up Kicks", finalizou a apresentação do grupo.

A banda Tool se apresentou pela primeira vez no Brasil após 35 anos de carreira, mas quem compareceu esperando ver o grupo e uma apresentação tradicional teve uma surpresa. Tool fez um show cru, sem pausas e sem momentos emocionados. O visual sombrio e imersão feita pelos visuais espirituais do telão comandaram os espectadores a uma experiência única no festival, sendo o show mais enigmático da noite. A setlist foi variada, com alguns de seus sucessos e músicas de seu álbum mais recente "Fear Inoculum". Apesar da proposta diferenciada, o público pareceu embarcar na viagem sensorial proposta pelo grupo. 

Vocalisa da banda Tool na frente do telão, mas não somos capazes de ver seu rosto, apenas sua silhueta
A presença enigmática do vocalista causou muita curiosidade entre os espectadores. Foto: Sidnei Lopes/ @observadordaimagem

Sepultura está dando adeus aos palcos ao mesmo tempo que celebra seus 40 anos de carreira, assim como o nome de sua turnê, "Celebrating Life Through Death". Fechando a edição de 2025 do festival, a banda teve convidados curiosos para a setlist. Para acompanhar a música "Kaiowas", o cantor Júnior e o criador do Lollapalooza, Perry Farrell, subiram no palco para integrar o ritmo agressivo dessa despedida. Com uma setlist semelhante a do show feito em setembro do ano passado, também dessa turnê de adeus, o grupo não deixou o clima cair mesmo com os problemas técnicos que enfrentaram. O som estava abafado e baixo comparado ao de outros palcos, a banda Bush enfrentou o mesmo problema em sua apresentação. 

A banda encerrou seu legado no festival com um de seus maiores sucessos internacionais, "Roots Bloody Roots", eternizando seu legado e deixando saudades em seus fãs que se mantiveram devotos até o fim.

No palco ao lado, o grande headliner da noite, Justin Timberlake, mostrou que seu status de popstar segue intacto. A apresentação, que não foi transmitida ao vivo pelos canais oficiais do evento, teve performances energéticas, muita dança e vocais entregues sem base pré-gravada.

Justin Timberlake se apresentando no palco principal do festival
Justin Timberlake encerra a terceira noite do festival Lollapalooza 2025. — Foto: Divulgação/Lollapalooza

Com um show marcado por coros emocionados em “Mirrors” e uma enxurrada de hits como, “Cry Me a River”, “SexyBack” e “What Goes Around... Comes Around”, ele reforçou sua presença como um dos grandes nomes da música pop.

Apesar de definitivamente não estar em sua melhor fase — após polêmicas envolvendo sua ex-namorada Britney Spears, que o acusou de um relacionamento abusivo, e uma prisão em 2024 por dirigir embriagado — Timberlake demonstrou um forte engajamento com o público, que saiu eletrizado do show. 

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Denise Fraga trás de volta aos palcos a peça Eu de Você, sendo um sucesso de bilheteria.
por
Pedro Almeida Premero
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02/10/2023 - 12h
A atriz Denise Fraga em encenação durante a peça “Eu de Você” (Foto: Cacá Bernardes/Divulgação)
A atriz Denise Fraga em encenação durante a peça “Eu de Você” (Foto: Cacá Bernardes/Divulgação)

Denise Fraga trás de volta aos palcos a peça Eu de Você, sendo um sucesso de bilheteria. No site Sympla, local de compra os ingressos virtualmente, Denise diz que o desafio é ressignificar a peça após o tempo de pandemia. Voltar a promover os encontros, com afeto e segurança. Contando histórias reais, rompendo a fronteira entre palco e plateia, fato e ficção, pedaços de vida embalados pela arte, pretendendo ampliar o nosso Teatro para uma real experiência de empatia

A peça é um compilado de histórias relatadas para sua composição trazem tons de humor e drama, desde um romance com um ladrão a uma funcionária sobrecarregada com o trabalho e a vida pessoal. É extremamente difícil você não se reconhecer, ou lembrar de alguém. O enredo foi feito para todos.

O ápice da apresentação é quando Denise conta a história de uma mulher que vivia um relacionamento tóxico, no qual era agredida e manipulada para acreditar que tudo era sua culpa, e, logo após a encenação, mostra um vídeo dela falando como conseguiu se libertar e seu sentimento após ir embora, e fechar a porta sem olhar para trás.

A atriz entrega tudo de si em sua performance, canta músicas como Suspicious Mind e É o Amor, dança, grita, interage com a plateia, gira, sai do palco, volta. Ainda assim, ela consegue passar a mensagem de cada relato com maestria.

A peça está em cartaz desde 15 de setembro e sairá no dia 15 de outubro, todas a apresentações serão feitas no TUCA de sexta a domingo. Os ingressos ficam entre R$100,00 (inteira) e R$50,00 (meia-entrada), nos sábados e domingos, e R$60,00 (inteira) e R$30,00 (meia-entrada) nas sextas, podendo comprar tanto online quanto presencial, na bilheteria do TUCA

Esta reportagem foi produzida como atividade extensionista do curso de Jornalismo da PUC-SP

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Durante a Semana do Belo, exposição contou com pinturas, objetos e a arte japonesa de arranjos florais.
por
Natália Perez
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02/10/2023 - 12h

Nos dias 13 a 15 de setembro, foi organizada a Semana do Belo pela Igreja Messiânica do Brasil.

Com entrada gratuita houve uma exposição voltada para a cultura e arte japonesa na unidade da Vila Mariana que contou com pinturas de pinturas, objetos, comidas típicas e o principal: Ikebanas.

A palavra japonesa para arranjo floral, tem conceitos e princípios próprios se tornando uma arte por si só.

 

Exposição Arte Nipo-Brasileira
Pinturas de Tomoo Handa e Yoshiya Takaoka na entrada da exposição. Autor: Natália Perez.
Exposição Arte Nipo-Brasileira
Pinturas de Tomoo Handa. Autor: Natália Perez.
Exposição Arte Nipo-Brasileira
Ikebana de Bambus. Autor: Natália Perez.
Exposição Arte Nipo-Brasileira
Ikebana de Mariana Lotufo. Autor: Natália Perez.
Exposição Arte Nipo-Brasileira
Conjunto de Ikebanas. Autor: Natália Perez.
Exposição Arte Nipo-Brasileira
Ikebana de Sonia Rosa Cussiol em foco. Autor: Natália Perez.
Exposição Arte Nipo-Brasileira
Chawan - tigela de cerâmica ornamentada de Matsushima. Autor: Natália Perez.

 

Conversamos com Maximilian, vulgo SD9 que nos contou um pouco mais sobre sua vida e o Grime
por
José Pedro dos Santos
Renan Barcellos
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27/09/2023 - 12h

 

 

“O Meu nome é Maximilian Campani da Costa Souza, meu vulgo é SD9 e eu faço Grime”, esse é o começo da entrevista que Maximilian deu para Wesley Brasil em 2022, disponível no Youtube. Na entrevista que ele deu para nós, SD estava na “Reprezent Radio” rádio londrina que foi uma das pioneiras em tocar o estilo musical Grime, naquele periodo o MC havia viajado para Londres, o berço do Grime para conhecer algumas rádios e ver alguns amigos de lá.

Maximinian, o SD9, apelidado como O Fenômeno, em referência ao Ronaldo, o que também explica o 9 no seu nome, é um MC de Grime, estilo que surgiu nas periferias londrinas e mistura as batidas pesadas da eletrônica com rimas aceleradas do Rap. Referência dentro do gênero, o artista afirma que  junto com o programa Brasil Grime Show foram peças chaves para difundir o estilo. Disponível no youtube o BGS é um canal fomentador da cultura Grime, fazendo Grime shows, que são sets de Dj’s com um ou mais Mc que rimam em cima das batidas, SD participou de inúmeros programas, inclusive do primeiro onde cantou com JXNVS e com ANTCONSTANTINO na controladora, na nossa conversa o artista comentou sem muito peso sobre como ele é o número um dentro do Grime nacional e que é impossível falar do gênero sem falar dele e do Brasil Grime Show.

SD9 no clipe 40°.40, a cena é igual a cena no banheiro do filme La haine
SD9 no clipe da sua música 40°.40, essa intro do clipe é uma homenagem a cena do banheiro do filme francês La Haine de Mathieu kassovitz / imagem: Reprodução

Ainda falando sobre o BGS, ele afirma que o programa é muito importante para a cena, apesar de a maioria dos participantes não serem dentro da esfera do Grime, diz que o estilo no Brasil é muito pequeno mas que apesar de ter grandes nomes da música inglesa que tocam Grime, como Skepta, Stormzy e AJ Tracey a cena londrina também não é muito grande. 

Seguindo a conversa, Maximilian demonstrou todo seu conhecimento de Grime, ele aprendeu a formula através de Grime shows gringos, porém o primeiro Grime que ele ouviu foi em 2006, Kickback do Lethal Bizzle, do Fifa street 2, ainda sem saber que era Grime. Em 2015, um amigo dele mostrou um som do Skepta, onde a partir daí, SD passou a procurar, aprender e querer fazer o estilo, ele afirma ter diversas referências, dentro e fora do Grime, o que é perceptível em sua obra, onde ele mistura Grime e funk proibidão. 

Após falar sobre suas referências, perguntamos a ele sobre o seu último trabalho 40°.40 Deluxe, já que durante as pesquisas para a entrevista achamos uma matéria onde Maximilian explica a história da versão base do álbum, que é um álbum conceitual inspirado em Good Kid, M.A.A.D City, do Kendrick Lamar, queríamos saber qual seria a ideia dessa nova versão, sua resposta é que a versão deluxe foi lançado para falar de coisas que ele não havia falado, “eu não queria assustar tanto”, ele usa de exemplo a faixa Hediondo da versão deluxe, que conta a história de um menino que entra para o tráfico e descobre que sua irmã foi estuprada, a vingando ao matar o seu agressor, “as pessoas precisavam ouvir o papo reto e minha vivência mas sem assustar, chocar sem assustar”.

capa azul do album 40°.40 Deluxe
Capa do segundo álbum de estúdio de Maximilian, 40°.40 Deluxe / Imagem: Reprodução

‘’No deluxe eu já não me segurei, eu taquei o fodase, eu preciso falar as paradas e o povo já conhece meu pique’’. Segundo ele o 40°.40 é mais eletrônico também, para ele o original tem 6 Grimes, 2 Drill e isso faz com que ele tenha um cara mais rap como estamos acostumados, são dois álbuns diferentes, um é a história dele e de seu bairro, enquanto o segundo é mais pesado em letras e sonoridade.

“Hoje em dia você não vê nenhum MC falar do Rio de Janeiro da forma que eu falo, pessoal fala de Grime Br e tal, mas antes disso sou carioca”, Max diz se considerar bairrista e que parte da imagem do álbum, a construção e o conceito do álbum passar por essa vivência, segundo ele, há áudios no disco de amigos que foram mortos pouco tempo depois, de exes e isso forma suas vivências e por isso para ele o Pitchfork fez uma resenha do seu trabalho, este site pega diversos lançamentos e fazem um review sobre o álbum, além de uma nota que vai de 0 a 10, 40°.40 recebeu nota 7.8 no site. Seguindo adiante passamos a conversar sobre como foi o trabalho para misturar o Grime e o Funk e como o estilo brasileiro, muito forte na cidade do Rio de Janeiro com os proibidões, fizeram Maximilian ter um trabalho tão plural, “Eu peguei o Funk e peguei o Grime e juntei, isso eu bato no peito pra falar e ninguém pode tirar isso de mim, foi um negócio que pensei na Bad Boy, que foi a primeira de todas, eu quero fazer Grime mas a sonoridade tem que ser diferente”, porém sua frase seguinte que mostra a sua relação com a cidade, “eu tinha que fazer diferente até porque eu não moro em Londres, eu moro no Rio”, para ele o proibidão é muito marginalizado, então se ele só fizesse proibidão, a indústria e a massa não dariam atenção ao seu trabalho. 

SD continuou comentando sobre o funk, afirmando que o que ele faz é funk proibidão, pois foi onde ele teve referências, mas se ele só fizesse funk ele ficaria “pixado” pela polícia, por outras favelas, o que é comum neste meio, visto que ao entrar no proibidão muitos cantores passam a defender a bandeira da facção do lugar em que mora e por conta da discriminação que fazem com os funkeiros ele não teria o reconhecimento também, como por exemplo o MC Poze do Rodo, que era um MC de proibidão e só ficou realmente famoso quando saiu do estilo e passou a produzir funks convencionais, além da perseguição, Poze aparecia no jornal como um criminoso segundo Maximilian, “se eu parar de cantar o crime vai acabar? As meninas vão parar de engravidar cedo? Vai melhorar a saúde? A polícia vai parar de bater em nois, matar nois, querer dá tapa na nossa cara? não vai, entendeu mano, nois retrata o que acontece desde sempre”, após essa frase indaguei ele se talvez não falar tornava tudo pior por não colocar a debate e ele respondeu que se talvez ele não tivesse ouvido Racionais, Mv Bill, Cidinho e Doca talvez ele fosse querer ser bandido ao invés de MC.

Como última pergunta, questionamos em quanto tempo ele achava que o Grime conseguiria chegar no nível do Plug e do Trap, gêneros novos do Hip-Hop que fazem muito sucesso hoje em dia e SD9 respondeu na lata “Não vai, as pessoas subestimam muito o Grime, percebi isso aqui aqui em Londres, a cena aqui é pequena e surgiu aqui, o Drill engoliu o Grime, só faz grime mesmo quem ama, eu sempre bati nessa tecla, o Grime vai ficar para sempre como um gênero underground, artistas de Grime podem sim ser grandes, mas o gênero nunca vai ser, é difícil fazer e ser um bom MC de Grime, precisa estudar a parada, Grime não vai ser um trap, não vai ser um drill e vai continuar sendo subestimado, é animador mas vai ser subestimado, mas infelizmente ou felizmente o gênero não vai ser de chegar nesse nível”.

Para entender melhor a história do SD9 e consequentemente do Grime no Brasil, gravamos a entrevista na íntegra e disponibilizamos ela no SoundCloud, deixaremos o incorporado abaixo, para que possam ouvir no durante da leitura, ou para que entrem no app

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O evento promoveu a arrecadação de fundos para o museu em parceria com a grife Chanel, prestando homenagem às histórias indígenas junto da presença de Vanessa da Mata
por
Giulia Fontes Dadamo
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22/09/2023 - 12h

Na última terça-feira (19), aconteceu a 9ª edição da MASP Festa, celebração anual do museu que foi criada com a missão de arrecadar fundos e garantir verbas para a instituição. O tema deste ano, "Histórias Indígenas", foi o centro de diversas oficinas, exposições, cursos e palestras durante 2023.

A organização, em parceria com a Chanel, contou com a presença de empresárias, modelos, atrizes e amantes do mundo da moda. "É uma festa que é muito ligada à valorização da arte e da cultura brasileira, o MASP fomenta e incentiva artistas brasileiros há muitos anos, então é uma ode à cultura e essa conexão entre cultura e moda." disse a atriz Carla Salle em entrevista, convidada pela marca para participar do evento. 

Carla Salle
Carla Salle. Imagem: Helena Maluf

A noite começou com um jantar assinado pela chef Manu Ferraz, do restaurante A Bananeira, que possui um espaço no subsolo do museu. Como entrada, foram servidos grandes montes de manteiga temperada com flor de sal posicionados bem ao centro da mesa, cobertos por formigas da Amazônia para comer com pães. Já o prato principal foi peixe no molho de tucupi, purê de banana e salada de feijão. Apesar da escolha extravagante, a chef buscou valorizar a cultura brasileira nos seus pratos.

Após o jantar, o professor pesquisador Ibã Huni Kuin do Acre, integrante do “Movimento dos Artistas Huni Kuin” (Mahku), fez uma apresentação na língua nixi pae. Ibã cobriu a icônica rampa do museu com pinturas do coletivo que está em exposição no MASP. "É uma primeira experiência que nós indígenas que estamos chegando no museu mostrando a cultura de língua, de cura e de admiração. Eu estou muito feliz compartilhando esse conhecimento, encontrando vários artistas e mais informações."
 

Carmo Johnson, Mytara Karaja Rare Huni Kuin e Ibã Huni Kuin
Da esquerda para a direita: Carmo Johnson, Mytara Karaja Rare Huni Kuin e Ibã Huni Kuin. Imagem: Helena Maluf
 

As atrizes globais convidadas pela Chanel, Sophie Charlotte (que estrela o filme "Meu Nome é Gal" no dia 19/10) e Isabelle Drummond (que possui rumores de participar numa novela na HBO Max futuramente) demonstraram seu apoio à causa do tema principal da noite. "A moda que movimenta tanto a opinião pública pode ajudar nessa luta de colocar a questão indígena no Brasil no centro da conversa. Demarcação é importantíssima, demarcação já!" disse Sophie. "Todo tipo de manifestação dá voz à causas, às esferas e aos povos. Essa movimentação e o fato das pessoas estarem aqui em prol disso já dá voz e traz conscientização." acrescentou Isabelle, que manifestou sua intensa identificação com o assunto após contar sobre suas visitas à terras indígenas. 

 

Sophie Charlotte e Isabelle Drummond
Da esquerda pra direita: Sophie Charlotte e Isabelle Drummond. Imagem: Helena Maluf

O evento contou com outros convidados famosos para prestigiar o evento. Além do curador do museu Adriano Pedrosa, a festa estava repleta de patronos do MASP, art advisors e empresários — como Paula Mageste (CEO da Globo Condé Nast), Carol Bassi (dona da marca que carrega seu nome), Maria Laura Neves (redatora-chefe da Vogue Brasil) e Sandra Annenberg (jornalista).

Sandra Annenberg, Igi Ayedun e Carol Bassi.
Da esquerda para a direita: Sandra Annenberg, Igi Ayedun e Carol Bassi. Imagem: Helena Maluf

Igi Ayedun, jovem patrona do MASP, artista e dona da galeria de arte Hoa, manifestou muito orgulho em apoiar todas as atividades do museu ao contar sobre ser uma das responsáveis pelo envolvimento da Chanel com a festa. "É muito bom que o MASP se responsabilize por fazer a história dos povos originários parte da cronologia da arte brasileira."

A vantagem dessa relação entre os patronos e a marca foi ressaltada por Taciana Veloso, convidada do Iguatemi. "É muito interessante ter a Chanel, uma marca tão importante no universo de moda e luxo, apoiar essa causa não é? A cultura faz parte do nosso país de uma forma muito relevante e essa é uma oportunidade de a gente estar aqui e prestigiar a arte brasileira e o museu que conta uma história linda pra gente", expôs a profissional de RP e uma das criadoras da Index.

Apesar de já possuir oito edições anteriores a essa, a MASP Festa teve pela primeira vez "sold-out" nos ingressos do show, segundo afirmação de Vanessa da Mata no seu Instagram. A empresária, patrona do museu e dona da grife de beachwear Jo De Mer esteve na festa desde a primeira edição e comentou sobre sua evolução ao longo dos anos: "O evento está ficando cada vez maior com mais adesão tanto da classe artística quanto de pessoas que apoiam o museu e a Chanel abre o caminho para outros patrocínios, para que em algum momento outros brands brasileiros possam estar envolvidos em eventos com fim de divulgar arte, cultura e nossas raízes."

Após o jantar, a noite seguiu com a apresentação de Vanessa da Mata, indicada ao Latin Grammy Award por melhor álbum de MPB pelo seu novo disco "Vem doce", e de DJ Dani Vellocet, que tocou até o fim da festa.

Vanessa da Matta e DJ Dani Vellocet
Da esquerda para a direita: Vanessa da Matta e DJ Dani Vellocet. Imagem: Helena Maluf
 

 

Ator de “That 70’s show” recebe sentença máxima pelos crimes cometidos no início dos anos 2000
por
Laura Teixeira
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18/09/2023 - 12h

No dia 7 de Setembro, quinta-feira, Danny Masterson, estrela de programas como “ The Ranch" e “That 70' s show”,  foi condenado a 30 anos de prisão por estuprar duas mulheres em Los Angeles. Apesar de ter sido sentenciado por dois casos, há mais de três acusações contra o ator. Os crimes ocorreram em sua casa, entre os anos de 2001 e 2003, momento auge de sua carreira.

Charge feita durante o julgamento de Danny Masterson/ Artista: Mona Shafer
Charge feita durante o julgamento de Danny Masterson/ Artista: Mona Shafer

O movimento “Me Too” ocorreu em 2017 e foi marcado pela exposição e acusação de crimes sexuais de diversos nomes de Hollywood como Kevin Spacey (ator) e Harvey Weinstein (produtor). Após a repercussão dessas denúncias, as vítimas de Masterson se sentiram encorajadas em expor o que tinham sofrido entre 2001 e 2003. As investigações começaram em 2017 pela polícia de Los Angeles e concluíram um Modus Operandi do agressor, que drogava e ameaçava com armas suas vítimas durante a violência sexual. Após as acusações, o ator foi afastado da série “ The Ranch” na qual atuava ao lado de Ashton Kutcher.

No início quatro mulheres acusaram o ator, porém apenas três delas foram a julgamento e ele foi sentenciado apenas por duas. Todas as suas vítimas o conheceram na igreja da Cientologia, a qual Masterson faz parte desde sua infância. Antes de irem a público, as mulheres avisaram a igreja de tudo que ocorreu, mas a instituição acabou as culpabilizando.

Em entrevista para a revista People, o vice-procurador distrital de Los Angeles, Reinhold Muller, afirmou que as vítimas demoraram para conseguir justiça e que a decisão do júri foi correta. Além disso, explicou que Masterson acreditava que não seria preso: “ ele sempre pensou que iria se safar”. Durante o julgamento, as mulheres que o acusaram depuseram e explicitaram a importância de sua condenação: “ Você é patético, perturbado e extremamente violento e o mundo fica mais seguro com você na prisão” afirmou uma delas.

Mila Kunis e Ashton Kutcher enviaram carta ao juiz do caso a pedido da defesa de Danny Masterson/ foto: reprodução
Mila Kunis e Ashton Kutcher enviaram carta ao juiz do caso a pedido da defesa de Danny Masterson/ foto: BBC News

Após a divulgação da sentença de Danny Masterson, cartas feitas por colegas do ator vieram à tona. Nelas, artistas como Mila Kunis e Ashton Kutcher – que participaram de That 70’s Show em 1998 com Danny – apoiavam o agressor, afirmando que ele possui uma boa índole e que nunca cometeria os crimes que estava sendo acusado. Os documentos foram pedidos pela defesa e entregues ao juiz do caso, visando uma pena mais branda. Além de Kunis e Kutcher, Will Baldwin, Debra Jo Rupp e Kurtwood Smith também enviaram cartas.

Em 2019, Danny Masterson e seu advogado deram uma entrevista à revista People e afirmaram que “ Isso [as acusações] é mais que ridículo.” Além de descredibilizar o movimento “Me too” dizendo que as mulheres estariam utilizando holofotes para se manterem na mídia

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