Finalizada neste domingo (28), Succession foi criada por Jesse Armstrong e estreou no canal de streaming HBO Max em 2018. A série conta a história da família Roy, proprietária da WayStar Roy, um dos maiores conglomerados de mídia dos Estados Unidos.
O início da primeira temporada é marcada pelo adoecimento de Logan Roy (Brian Cox), patriarca da família e comandante da empresa. Esse acontecimento faz com que seus filhos Shiv (Sarah Snook), Roman (Kieran Culkin), Connor (Alan Ruck) e Kendall (Jeremy Strong) comecem a disputa pelo poder.
Divulgação da primeira temporada/ reprodução: HBO Max
Quando lançada, a série não teve tanta adesão do público como em suas temporadas finais. Com termos técnicos e diálogos difíceis, seu roteiro prometia uma trama bastante conhecida pelo público: ricos disputando por negócios. A genialidade da série aos poucos foi se mostrando quando ela atualizou o tema batido e complexificou os personagens com muitos acontecimentos inspirados na vida real. Succession consegue mostrar ao público os bastidores, momento que a burguesia faz de tudo para a manutenção do poder.
Apesar de se passar nos Estados Unidos, Succession cativou fãs em todo o mundo, inclusive no Brasil. O delírio coletivo de que bilionários tinham vidas fora do comum e eram pessoal a cima da média foi desmontado pela série. Além disso, por ser uma trama de bastidores de uma família rica, as curiosidades que as pessoas têm vai além dos EUA . A critica de cinema Isabela Boskov afirmou ser um dos finais mais bem construidos da historia da TV, podendo ser comparada com outros sucessos da HBO como Os Sopranos. Outros veículos brasileiros como o Omelete Tv também viram a série como uma obra prima contemporânea, extrapolando as fronteiras norte americanas.
Tudo começa com os filhos ansiosos pela retirada do pai do cargo de CEO na empresa. Enquanto Logan Roy passa dias difíceis no hospital, Kendall Roy planeja tomar seu lugar e ser o mais novo magnata das mídias dos EUA. O comportamento supostamente transgressor de Kendall é bastante recorrente em todas as temporadas, mas em momentos de crise, o personagem se mostra bastante infantil, buscando a aprovação do pai e que ele resolva tudo quando as coisas dão completamente errado.
No mesmo momento do adoecimento do patriarca, outro evento importante acontece. Tom Wambsganss (Matthew Macfadyen) pede Shiv em casamento, sendo mais um a disputar um pedaço do poder. Junto com o primo Greg (Nicholas Braun), Tom cumpre o papel de alguém de fora da família que aos poucos vai adentrando, assim como o público que assiste. Pouco a pouco, os dois também são corrompidos pelo capital, uma vez que na quarta temporada ambos já pensam como um Roy e fazem a sujeira que é necessária para permanecerem ali.
Na segunda temporada, Logan já está recuperado e volta ao comando com seu filho, Kendall, que obedece ao pai como um cachorro, após fracassar na escalada ao trono. Além disso, escandalos envolvendo assédio sexual, moral, assasinatos e ocultação de cadáver vêm à tona contra executivos da área de cruzeiros da empresa, articulando todos os interessados a salvá-la. É importante ligar esse momento da ficção com a realidade, já que o ator Nicholas Braun, que interpreta o primo Greg, foi acusado de assédio sexual por diversas mulheres do ramo do entretenimento dos EUA em 2023.
O escândalo dos cruzeiros faz com que a família debata um possível CEO que não seja Roy, a fim de minimizar o caso. A temporada é encerrada com Kendall mais um vez indo contra o pai, tentando novamente chegar ao poder e, de novo, falhando. A terceira temporada é marcada pela disputa entre Logan e o filho, além de uma possível compra da WayStar Roy por uma empresa focada em tecnologia, a GoJo. Na série, ela representa as bigtechs como Meta e Tesla, que são comandadas por jovens bilionários supostamente brilhantes, que incorporam empresas mais tradicionais.
Em 26 de março de 2023 foi lançada a última e mais bem avaliada temporada de Succession, a qual encerra de maneira brilhante a corrida ao trono e mostra como a dinâmica de meritocracia não existe, tudo é decidido com base na persuasão. A média de avaliação de sites como IMDB e Rotten Tomatoes, crítica especializada, varia de 9 a 10, sendo uma das melhores avaliações já vistas na história da TV.
Tom e Shiv/ fonte: HBO
Na última fase da trama, personagens como Greg e Tom começam a colher os frutos plantados no primeiro episódio lançado em 2018, demonstrando que aprenderam o suficiente com os Roy, inclusive manipulando-os para ganharem a disputa do poder. Outro importante personagem dos episódios finais é o dono da bigtech GoJo, Lucas Matsson, sueco que brinca o tempo todo com a família, ao mesmo tempo que mostra ter comportamentos totalmente contraditórios e até criminosos. Em certa altura é dito, inclusive, que o mérito da longevidade da bigtech pouco tem a ver com seu dono e sim com a construção de homem genial que foi feita em volta dele.
As eleições americanas são destaque na temporada, quando é possível que os espectadores tenham dimensão da importância da mídia nesse momento, pois uma trama que aconteceu na vida real é retratada.
Durante as eleições presidenciais de 2020, disputadas entre Joe Biden e Donald Trump, o canal americano Fox News declarou a vitória para Trump e, quando o resultado oficial saiu, contrário ao republicano, a emissora usou essa declaração falsa para articular o golpe antidemocrático que ficou conhecido como o ataque ao Capitólio, no dia 6 de Janeiro de 2021.
Em Succession, o jornal ATN - pertencente à WayStar Roy - se coloca a favor do candidato de extrema direita, Jerryd Mencken (Justin Kirk), que inclusive afirma que mesmo se perder, quer começar ganhando. O paralelo com a realidade vem quando o jornal declara a vitória ao republicano, em um discurso logo após a suposta vitória, Mencken afirma que não irá aceitar resultado diferente, usando a importância da ATN como argumento. O final da série não aborda uma tentativa de golpe, mas deixa subentendido que algo parecido pode estar prestes a acontecer.
Kendall Roy/ fonte: HBO
O terceiro episódio da temporada foi eleito o melhor de toda a série, com avaliação máxima pela crítica. Um acontecimento desse episódio faz com que a família tenha que lidar com o mais democrático acontecimento da humanidade: a morte. Por quatro anos Succession brinca com uma dualidade da burguesia, que se entende como superior quando na realidade não é, todos os seres possuem o mesmo fim. A morte parece fazer com que os Roy percebam isso, por toda a última temporada os jogos de poder vão ficando mais fracos e Connor, Kendall, Roman e Shiv entendem que eles, no final das contas, não são tão relevantes e excêntricos quanto o mundo faz parecer que eles sejam. Os irmãos percebem que são totalmente substituíveis. O décimo e último episódio encerra esse ciclo e demonstra que quem chega no trono não é o mais apto e sim o que mais soube jogar o jogo do poder.
O Brasil é o segundo país que mais consome serviços de streaming, de acordo com o relatório de adoção de Streaming Global do Finder de 2021, ficando apenas atrás da Nova Zelândia. O estudo da companhia australiana leva em conta os 18 principais mercados de streaming do mundo, dentre eles estão: Netflix, Amazon Prime Video, HBO MAX, entre outras. A pesquisa mostrou que pelo menos 65% dos adultos brasileiros possuem um serviço de streaming, enquanto a média global é de 56%. Foram considerados 28.547 adultos de 18 países, e o Brasil ficou em segundo por uma diferença de 0,26%.
Este é exemplo claro da popularização dos serviços de filmes e séries online é o evento Tudum da Netflix. Sua primeira edição, realizada em 2020, contou com experiências imersivas e novidades para os amantes das produções da plataforma, contabilizando mais de 50.000 pessoas durante os quatro dias de evento. Já a segunda e terceira edições do festival tiveram que ser realizadas de maneira remota dada à pandemia de COVID-19. A atriz Maisa Silva, é a apresentadora oficial da Tudum, estratégia inteligente para cativar o público jovem fã de cultura pop. O sucesso do streaming e do evento se comprovou em 2023 com o esgotamento de ingressos em apenas uma hora após sua liberação.
Isadora Pinho, de 21 anos, consumidora assídua dessas plataformas e estudante de psicologia, relata: “Hoje tem a possibilidade de assistir de qualquer dispositivo, seja ele uma televisão, um computador ou celular, e às vezes trazer um pouco de entretenimento para um momento estressante independente do lugar.” De acordo com a NordVPN, especializada em cibersegurança, o brasileiro gasta cerca de 92 horas por semana na internet, mas a atividade que mais toma seu tempo é assistir streaming, com 13 horas semanais. A jovem conta que não foge das estatísticas: “Acho que passo em média umas 4 horas por dia, porque eu adoro descansar assistindo filme ou série sozinha enquanto faço alguma coisa, tipo pintar as unhas ou fazer alguma maquiagem. Mas também porque eu gosto muito de ver filmes sobre alguns assuntos da faculdade, muitas vezes recomendados pelos meus professores, pra poder me inteirar da matéria."
A fuga da realidade é um fator bem atrativo para as pessoas. A antropóloga Milena Leão conta mais sobre o assunto em entrevista para a AGEMT: “Uma das características mais marcantes dos brasileiros é o caráter "descolado". Do malandro, brincalhão que tem seu tom pejorativo em muitos contextos de xenofobia, mas que reflete uma característica do brasileiro de estar aberto ao novo, ao entretenimento. E sim, muitas vezes na busca pelo escapismo, denotando um certo descompromisso com a realidade, nem que seja pelo período de um episódio.”
Com os serviços de streaming cada vez mais populares, outra questão levada em conta é: o acesso ao entretenimento. É de se imaginar que quando com preços acessíveis para a população há um maior público e o mesmo acontece com os streamings. “É importante deixar claro que não devemos generalizar, tão pouco esquecer que apesar de acessível para muitos, há uma parcela da população que não tem acesso, uns devido a índices de pobreza e outros por não conseguirem se comprometer com uma mensalidade regular, o que acredito ter gerado uma nova dinâmica de atendimento para esse público, onde muitos serviços abriram mão de termos de fidelidade permitindo uma certa fluidez de entrada e saída de assinantes”, relata Milena.
Porém, no caminho contrário, a Netflix pretende taxar seus assinantes que compartilham a senha. Na última terça-feira, 23 de maio, a multinacional passou a cobrar R$12,90 mensais para o compartilhamento de senha da plataforma com pessoas de fora da residência principal do assinante. Segundo a empresa, a assinatura permanece liberada para os residentes de uma mesma casa - compartilhadores da mesma internet. Porém, caso você queira utilizar o streaming fora dessa conexão será necessário a assinatura extra limitada a uma assinatura no plano padrão e duas no extra. Tal decisão deve impactar no acesso às mídias oferecidas pela plataforma. O conteúdo passa a ficar cada vez mais restrito por esse aumento no preço e limitação de compartilhamento. Internautas têm expressado seu descontentamento com a decisão, mas a empresa não se posicionou a respeito.
Os membros do Sindicato dos Roteiristas da América (WGA, como é abreviado em inglês) decidiram parar de trabalhar em protesto às condições de trabalho que enfrentam e salários abaixo do ideal dado a quantidade de demandas. A greve dos roteiristas começou nesta terça-feira (05), e já afeta a produção de programas de entrevistas, séries e filmes nos Estados Unidos.
Uma das principais reivindicações é a melhoria nas remunerações por roteiros e no amparo trabalhista para profissionais que são responsáveis por tornar toda a produção possível.
A greve teve início após meses de negociações entre o WGA e os estúdios de cinema e televisão, que não conseguiram chegar a um acordo. Expressaram apoio à paralisação dos roteiristas: a atriz Jennifer Coolidge,que também é membro do sindicato de atores - Screen Actors Guild (SAG), Cynthia Nixon, Amanda Seyfried, Quinta Brunson, os apresentadores Jimmy Fallon e Seth Meyers.
A paralisação afeta diretamente o calendário de lançamento de filmes e o cronograma de produção de episódios de seriados. Estima-se que inúmeros programas e episódios possam ser paralisados, inclusive muitos deles já começaram a ser reprisados, como Jimmy Kimmel Live e The Late Show (Canal CBS), Tonight e Late Night (Canal NBC). Além de séries de muito sucesso como, a terceira temporada da série de comédia da ABC Abbott Elementary, a sexta temporada da série da Netflix Cobra Kai, a segunda temporada do spin off da HBO House of Dragons e a quinta e última temporada da série de Stranger Things (Netflix.
A indústria de entretenimento é uma das principais fontes de emprego nos EUA, de acordo com a Associação de Cinema da América (MPAA), em 2019, foram gerados $25,5 bilhões em receitas apenas no mercado doméstico, e $101 bilhões no mercado global. Ainda assim, membros do WGA afirmam que os contratos atuais não são justos o suficiente e não dão valor ao trabalho e à criatividade necessária para se produzir um bom projeto.
Não se sabe quanto tempo a greve dos roteiristas de Hollywood vai permanecer, pois de acordo com a revista Variety, o WGA afirma que a situação vai seguir até que um acordo seja feito. O sindicato pede ainda a compreensão da indústria e do público que consome diariamente os conteúdos que produzem.
Por Felipe Volpi Botter
Existem milhares de séries na Netflix e muitas são estadunidenses, porém, nos últimos anos ela vem produzindo muitas obras em outros países, Como a La Casa de Papel, Alice in borderlands, Emilly in Paris, dentre outras. No vídeo a seguir, um usuário da Netflix responde perguntas sobre a Netflix nas séries de fora do eixo estadunidense.
Segue o link do vídeo.
https://youtu.be/ngTtfV-HKp4
The Last Of Us, a nova série distópica da HBO Max, está quebrando números de audiência no streaming, ultrapassando inclusive House of the Dragon, e tornando-se a adaptação de jogo para série mais bem avaliada do IMDb (Internet Movie Database), com uma média de 9.4/10.
Baseada no jogo premiado da Naughty Dog com a Playstation, a produção de Neil Druckmann e Craig Mazin conta com 9 episódios que retratam a jornada de Joel (Pedro Pascal) e Ellie (Bella Ramsey) tentando sobreviver em um mundo pós-apocalíptico.
A trama se passa 20 anos após o colapso da humanidade devido à pandemia de uma variante do fungo Cordyceps. A mutação ataca o cérebro do hospedeiro humano, transformando-o em "Infectado" - um ser ainda vivo mas incapaz de controlar suas ações. Os níveis de infecção se desenvolvem ao longo do tempo após a mordida — ou no caso do jogo, a inalação de esporos.
Joel, o personagem masculino principal, é um contrabandista que se depara com o roubo de sua carga. Para recuperá-la, ele deveria levar Ellie, a jovem protagonista, para o quartel general dos Vagalumes (grupo paramilitar opositor ao governo). Mais tarde, ele descobre que Ellie é imune ao vírus, revelando o interesse dos Vagalumes por ela. Com esta missão, um homem sem esperanças e uma criança provocadora encaram barreiras que vinte anos de caos trouxeram.
O Jogo
O jogo – lançado em 2013 para o Playstation 3 e remasterizado em 2014 – começou sua produção em 2009, depois do último sucesso da empresa Naughty Dog com Uncharted 2, e desde então revolucionou a indústria de jogos. Com inovação na criação do enredo, grande desenvolvimento de trilha sonora e protagonismo feminino, o jogo ganhou 196 prêmios de mídia especializada, incluindo 3 BAFTAs (British Academy of Film and Television Arts).
A trilogia, que conta também com The Last Of Us: Parte II, lançada em 2020, segue sendo a mais premiada no universo dos games. O jogo abriu um caminho carregado de dramaturgia em um mundo antes populado somente por cenas de ação e personagens rasos. A utilização de cut scenes mais longas e a manipulação da jogabilidade dos personagens – junto de artifícios novos para a época, como finitude de recursos e exploração de histórias laterais – foi o que trouxe a beleza do cinema para o universo dos consoles.
Outro ponto importante do jogo é a trilha sonora original – criada pelo argentino Gustavo Santaolalla e que ganhou o prêmio BAFTA – contando com composições mais naturais nas cenas de ação, que conquistou os jogadores e os críticos especializados na área. Gustavo também foi o criador da trilha sonora da série.
A Série
O aspecto de ação é mais presente no começo, com as primeiras aparições dos Infectados, e vai diminuindo gradativamente no decorrer da história. Apesar disso, a série ilustra todos os tipos de infectados presentes no primeiro jogo: Corredores, Espreitadores, Estaladores e Baiacus.
A obra segue uma linha narrativa mais dramática, focando nas frágeis relações dos personagens, tanto de Ellie e Joel, quanto deles com outros personagens. The Last of Us também explora histórias paralelas, como no episódio 3, onde é retratada a vida de Bill e Frank, meros coadjuvantes no jogo, que proporcionaram na obra da HBO uma nova perspectiva sobre o amor em um mundo apocalíptico.
Sobre os personagens principais, é possível entender as multifacetas que representam tanto Joel quanto Ellie. Ele perde sua filha, Sarah, no início do surto pandêmico — vinte anos antes da trama —, o que torna perceptível a barreira entre ele e Ellie desde o primeiro encontro dos dois. Porém, com o passar dos episódios, nota-se a aproximação entre eles e o desenvolvimento de uma relação afetuosa de “pai e filha” que Joel acreditava ter perdido. Este vínculo vai se intensificando a cada novo desafio apresentado e é assertivamente demonstrado pela atuação de Pedro Pascal e Bella Ramsey.
A adaptação também chamou uma atenção detalhista quanto à fidelidade ao jogo. Diversas cenas foram reproduzidas de forma idêntica, fazendo uso dos mesmos diálogos e até o mesmo enquadramento. Grande parte disso se deve ao fato da equipe produtora do jogo — especialmente Druckmann e Mazin — estarem envolvidos na produção da série.
Apesar disso, houveram críticas por parte dos fãs do jogo em relação a pouca exploração dos Infectados, como as frequentes "hordas de zumbis”. Porém, havia, por parte dos diretores, a preocupação em não ser repetitivo e a necessidade de adaptação para televisão.
Opinião
A ausência da já conhecida e cansativa “horda de zumbis” e de um Joel “à prova de balas” cria uma atmosfera muito mais crível e dramática na obra. Tudo isso é combinado ao talento de Bella Ramsey, que tira completamente a Ellie de um papel passivo e prepara o espectador para o que está por vir. A criação de uma atmosfera de suspense e um novo take no estilo zumbi são os pontos essenciais para a fórmula de sucesso da série.
Outro ponto importante de The Last of Us é o jeito como Druckmann explora as diversas facetas de um mesmo personagem. Nenhum daqueles que se opõem aos personagens principais é inerentemente mau, mas sim só um ser humano lutando por sua sobrevivência e pela vida daqueles que ama. Tanto a série como o jogo se aprofundam na característica mais humana de todas: a busca por um motivo para sobreviver. A inevitabilidade da missão é a beleza da dramaturgia de Druckmann – e da HBO.