Filme quebra paradigmas sobre originalidade e ancestralidade no cinema
por
Isabelle Rodrigues
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07/05/2025 - 12h

“Pecadores”, a nova aposta do diretor, roteirista e co-produtor Ryan Coogler - a mente por trás dos sucessos “Creed” e “Pantera Negra” - estreou em abril de 2025. O longa acompanha uma história de liberdade e conflitos raciais com muito Blues e dança, sem perder o terror e o suspense de sua atmosfera surrealista.

Os gêmeos Stack e Smoke utilizam cores distintas durante o longa, como forma de demonstrar suas posições ao longo da narrativa. Foto / Reprodução IMDB
Os gêmeos Stack e Smoke utilizam cores distintas durante o longa, como forma de demonstrar suas posições ao longo da narrativa. Foto / Reprodução IMDB

O filme, situado em 1932, acompanha em seu elenco principal os gêmeos Fumaça e Fuligem, ambos interpretados por Michael B. Jordan. Tudo se centraliza no clube de Blues criado pelos gêmeos, o terreno que foi comprado de um senhor envolvido na Ku Klux Klan, com dinheiro roubado em Chicago com a ajuda do gangster norte americano, Al Capone, além do vinho e a cerveja importados que serviram como atrativo para a comunidade cansada da região. Mas claro, nada disso não importa para os gêmeos, até o fim da noite todos os envolvidos no clube serão pecadores. Como dito pelo pastor e pai do personagem Sammie, “Se você continuar a dançar com o diabo, um dia ele vai te seguir até em casa".

Durante o desenrolar do longa, surgem outros personagens relacionados ao passado da dupla e o conflito central, como Sammie (Miles Caton), primo e filho do pastor local, Mary (Hailee Steinfeld), irmã de criação e Annie (Wunmi Mosaku), curandeira local. Todos têm seu lugar naquela sociedade, que situa de forma aguçada seu papel historicamente bem pensado. 

Destaque especial para Sammie, que demonstra a dualidade entre a religião e o conformismo, na qual, para ele, a música representa liberdade e salvação, o que fica ainda mais evidente após a chegada do personagem Remmick (Jack O'Connell). O roteiro utiliza diversos contextos históricos, que o torna um prato culturalmente cheio.

Por exemplo, o passado de Remmick demonstra ter relação com a opressão irlandesa, durante colonização dos ingleses no século XII, além das implicações a um proselitismo forçado, por conta das citações do personagem sobre ter sido obrigado a aprender hinos e cânticos religiosos no passado pelo homem que roubou as terras de sua família.

A ideia do vampiro, em uma narrativa banhada de elementos religiosos é uma escolha pensada e calculada aos mínimos detalhes, seja no batismo feito em Sammie ou na visão tida por Fumaça no ato final. O movimento do afro-surrealismo tem muita influência nessa decisão, em que os elementos do sobrenatural servem como analogia direta ao período de apagamento histórico e cultural que aconteceu com a população negra, o que torna ainda mais simbólica a representação do Blues na trama.

Outro elemento que vale a pena destacar é a posição da trilha sonora na narrativa.  O mérito vem da parceria entre Ludwig Göransson e Coogler que entraram em sintonia em todos os seus projetos. Mesmo não sendo um musical, a trilha sonora e seus números musicais fazem parte do âmago da história, principalmente nas músicas tocadas durante a sequência do clube, como “Lie to You” e “Rocky Road to Dublin”, performadas pelos atores.

Pecadores se torna uma das maiores apostas para o oscar de 2025, segundo a critica especializada Foto / Reprodução IMDB
Pecadores se torna uma das maiores apostas para o Oscar de 2025, segundo a critica especializada Foto / Reprodução IMDB

A recepção da crítica e público foi representativa, fazendo história além da tela, estando com 84% de aclamação no Metacritic. Além de ter conquistado uma das maiores bilheterias do ano, totalizando 230 milhões arrecadados por todo o mundo. 

O diretor Ryan Coogler conseguiu deixar um legado na indústria cinematográfica, com o contrato histórico feito para a produção do filme, no qual em vinte e cinco anos, todos os direitos relacionados a sua obra serão retornados para o diretor. 

Veja abaixo o trailer da produção: 

Título original: Sinners
Direção: Ryan Coogler
Roteiro: Ryan Coogler
Trilha sonora original: Ludwig Göransson
Produção: Ryan Coogler, Zinzi Coogler, Kevin Feige

Elenco principal: Michael B. Jordan, Miles Caton, Hailee Steinfeld, Wunmi Mosaku e Jack O’Connell.

Documentário I’m Not a Robot instiga o telespectador a refletir sobre a evolução das máquinas
por
Vítor Nhoatto
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08/04/2025 - 12h

Não sou um robô, uma etapa de checagem comum ao navegar na internet e uma sentença obviamente verdadeira, ou talvez não. O curta-metragem de co-produção holandesa e belga de mesmo nome, problematiza o chamado teste Captcha, quando a protagonista Lara (Ellen Parren, produtora musical, entra em uma crise existencial ao não conseguir provar sua humanidade.

Logo de cara o enredo de Victoria Warmerdam, também diretora da obra,  pode parecer apenas cômico, e a interpretação de Parren colabora para essa atmosfera. Os diálogos curtos e a indignação diante de uma suposta certeza de Lara prendem a atenção do telespectador ao fazer com que haja identificação com a situação. Provavelmente todos nós já erramos um destes testes simples em algum momento.

A história com pouco mais de 20 minutos continua com a indicação que a personagem tem a chance de ser 87% um robô, segundo um quiz online, e a essência incômoda da ficção científica começa a reluzir. Conversas entre humano e máquina existem há cerca de 60 anos, com a criação do chatbot Eliza, e com o avançar dos anos é cada vez mais comum, de fato.

Seja aquele número para marcar consultas ou o serviço de atendimento ao cliente das operadoras, a Inteligência Artificial rodeia as esferas da vida cotidiana e vem evoluindo rapidamente. Tome como exemplo o robô humanoide que já foi capa de revista e é considerada cidadã saudita, Sophia, da Hanson Robotics desenvolvido em 2015. Ou ainda os influencers virtuais com milhões de seguidores do Instagram hoje como a carismática Lu da empresa de varejo brasileira, Magazine Luiza.

Robô Sophia
Sophia foi inclusive ao Talk Show do apresentador norte-americano Jimmy Fallon - Foto: Hanson Robotics / Divulgação

Parece que a barreira entre o físico e digital, natural e artificial vem sendo quebrada, como aborda a obra de Margareth Boarini, “Dos humanos aos humanos digitais e os não humanos”, lançada em julho do ano passado pela editora Estação das Letras e Cores. O primeiro livro da doutora em tecnologias da inteligência e mestre em comunicação se aprofunda nesses casos de coexistência entre robôs e pessoas, porém, até onde se sabe as diferenças entre máquinas e humanos são perceptíveis, ainda. 

Mas como uma boa teoria de ficção científica, o documentário explora justamente um possível futuro da humanidade, em que máquinas e humanos serão indistinguíveis, A saga de Lara por respostas acaba com a revelação de que Daniël (Henry van Loon), marido da personagem, a encomendou sob medida há alguns anos, como se faz com uma roupa hoje.

Suas memórias, sentimentos e até mesmo relações com outras pessoas, ou robôs, são todas fabricadas, como uma versão muito mais avançada do robô Sophia. A comédia permeia a narrativa um tanto quanto impensável aos olhos de hoje, mas curiosa. A seriedade da executiva da empresa que fabricou Lara, Pam (Thekla Reuten) cria uma atmosfera cômica ao assunto, completada pela tranquilidade que Daniël fala sobre sua “aquisição”.

Parren entrega uma atuação que transborda indignação, e o trabalho cinematográfico é inteligente, com cortes que acompanham a visão de Lara. Sobre o ambiente que o filme se passa, todas as gravações foram no CBR Building em Bruxelas, e a ambientação feita com cores vibrantes e apenas carros de época no estacionamento propõe um contraste entre antigo e moderno, frio e robótico, quente e humano. 

O desfecho se dá com o desejo da protagonista de ser dona do próprio destino, relegando o fato de não poder morrer antes de seu “dono”. Isso pode ser visto talvez como uma negação em aceitar a única coisa que a diferencia de um humano, ou como uma mensagem da autora da obra sobre uma rebelião das máquinas.

Fato é que Lara se joga do topo do prédio, em um take muito inteligente por parte da direção ao filmar de cima, e que apesar de pesado e grotesco consegue ser engraçado e não desagradável aos olhos. Tal qual uma morte comum, há muito sangue saindo do corpo, as necessidades fisiológicas também são como de humanos, mas após alguns instantes a robô volta à vida.

Lara e Daniel em um Volkswagen Fusca azul
Com cinematografia cativante e enredo inesperado, é um Sci-Fi cômico e dramático - Foto: Indie Shorts Mag / Reprodução

Incômodo e perspicaz são boas palavras para definir a quinta produção de Warmerdam, que a fez faturar uma série de prêmios internacionais incluindo o Oscar de Melhor Curta-metragem deste ano. Sua produção também se destaca por ser carbono neutro, com o plantio de uma agrofloresta na Holanda para compensar as emissões de gás carbônico (CO2) da obra.

I’m Not a Robot está disponível de forma gratuita no YouTube desde o dia 15 de novembro de 2025 no canal The New Yorker, com legendas apenas em inglês ou holandês. Mesmo com essa barreira linguística, o choque final é inevitável, e a reflexão provavelmente também, se o seu cérebro não estiver se perguntando se você pode ser também um robô.

Peça de Antônio Fagundes e Christiane Torloni tem temporada prevista até dezembro
por
Giovanna Montanhan
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01/10/2024 - 12h

A estreia da peça ‘Dois de Nós’ ocorreu no dia 05 de setembro, no Teatro TUCA. O elenco reúne grandes nomes do teatro e da televisão brasileira, como Christiane Torloni, Antônio Fagundes, Thiago Fragoso e Alexandra Martins. É dirigido por José Possi Neto, e concebido e escrito por Gustavo Pinheiro, jornalista que também assinou os textos de ‘Antes do Ano que Vem’ e ‘A Lista’. O palco do Teatro TUCA foi escolhido para ser a primeira casa do espetáculo, que ficará em cartaz até dia 15 de dezembro.

A premissa é de um mesmo casal, retratado em dois momentos distintos de suas vidas - na juventude, sendo interpretados por Alexandra e Thiago e na velhice, por Christiane e Antônio. Em um determinado momento, ambas as versões se encontram em um mesmo quarto de hotel, onde o passado e o futuro se entrelaçam, revelando segredos, frustrações e sonhos. O choque entre duas perspectivas de si mesmos desencadeia uma série de revelações e questionamentos. 

elenco
Elenco da peça 'Dois de Nós' - Reprodução: Instagram @doisdenosteatro

 

A química e o entrosamento entre os atores é um ponto de destaque na peça. Alguns membros do elenco da peça já haviam trabalhado juntos anteriormente, como Torloni e Fagundes, que contracenaram juntos em ‘Amizade Colorida’ (1981), ‘Besame Mucho’ (1987) ‘Louco Amor’ (1983),  ‘A Viagem’ (1994) e ‘Velho Chico’ (2016).

Alexandra Martins explicou, em entrevista à AGEMT, que o texto foi escolhido pelo próprio Gustavo Pinheiro, e escrito especificamente no elenco atual. Ela se apaixonou imediatamente pela obra assim que teve o primeiro contato com o roteiro, que discute a questão geracional nos relacionamentos. 

Antonio Fagundes afirmou, também para a AGEMT, que o texto é “perfeito para o momento atual, em um período em que tantas pessoas estão se afastando umas das outras em meio à polarização”.

Para ele, a peça traz uma mensagem importante de união. Ao comentar sobre suas contribuições ao personagem, mencionou que “todo ator sempre contribui para além do que está no texto de alguma forma”. 

Já Thiago Fragoso explicou que, embora o texto normalmente seja o primeiro fator a atrair um ator, foi o convite de Fagundes que o motivou para o trabalho. Segundo ele, que já havia trabalhado com o ator na televisão, a parceria no teatro seria um próximo passo. Rasgou elogios a Antônio, o reverenciando como “uma lenda do ofício”, como alguém que “continua a se superar”.

Por fim, mencionou que o encontro é uma honra e uma experiência muito especial, e, também fez questão de reafirmar a genialidade do texto. 

A peça utiliza do recurso da metalinguagem e leva o público para uma reflexão sobre as relações humanas e suas imperfeições, mostrando como elas são, na verdade, perfeitas em sua complexidade.Ao contrário das idealizações trazidas pelas comédias românticas norte-americanas, o espetáculo confronta o espectador com a realidade.

O espetáculo é recheado de momentos de gargalhadas intensas e emoções profundas, proporcionados por uma escrita atual e sagaz, que retrata os desafios da modernidade de maneira leve e divertida. O humor, aliado à reflexão, faz também com que o público não apenas se divirta com as situações cotidianas encenadas no palco, mas também se enxergue nelas, como um autorretrato. 

Os ingressos estão disponíveis na bilheteria do Teatro TUCA e também no site/app do Sympla. Os valores começam a partir de R$80. Entretanto, docentes e discentes da PUC-SP pagam R$20. 

Também é possível adquirir uma visita guiada pelos próprios atores aos bastidores, camarins e coxias por R$100 a mais. 

Ao fim de cada sessão, há um bate-papo onde os atores interagem com a plateia e respondem respectivas dúvidas e impressões sobre o espetáculo apresentado.

 

O grupo de super-heróis, expondo assuntos como genocídio e preconceito, é elevado a outro patamar
por
Matheus Henrique
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14/06/2024 - 12h

A Marvel, após enfrentar recepções mornas em longas como Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania (2023) e As Marvels (2023), e experimentar séries igualmente rejeitadas pelo público e crítica, como Invasão Secreta (2023) e She-Hulk (2022) conseguiu oferecer em X-Men '97 uma visão madura e consciente da sociedade, redimindo-se de suas últimas produções frequentemente criticadas pelo tom infantil e despolitizado.

A história se inicia um ano após o fim da quinta temporada da série clássica dos anos 90, na qual Charles Xavier supostamente morreu devido a um atentado de Henry Peter Gyrich, um dos vilões clássicos da série. Simultaneamente, o grupo ainda lida com extremistas que visam o extermínio da raça mutante. O ódio anti-mutante adquire aqui um pano de fundo político, simbolizando a aversão a qualquer minoria. Com a quase morte de Xavier, Scott Summers, o Ciclope, assume a liderança da equipe, que posteriormente é transferida para Erik Magnus Lehnsherr, o Magneto.

A repulsa, que também é o principal fio condutor da série, se demonstra nessa sociedade fictícia como algo brutal, em que visões de mundo, mesmo desejando o melhor para sua espécie, se chocam, convidando o público a tomar um lado. Em um polo, temos a ideologia de Magneto, que aposta na segregação de sua espécie mutante para cessar o ódio contra eles, enquanto Xavier, pacifista, idealizava a coexistência da raça evoluída com os seres humanos. Magneto, ao ser posto como líder do grupo, tenta assumir uma postura próxima à de Xavier, mesmo sendo recebido com desconfiança por líderes mundiais e pelos próprios X-Men.

No quinto episódio da temporada, intitulado "Lembre-se Disso", ocorre o genocídio mutante em Genosha, um evento devastador que resultou na morte de Gambit, um dos X-Men, e de milhares de outras vítimas. Genosha, originalmente apresentada na série clássica dos anos 90 como uma base para trabalho escravo, foi reinterpretada em X-Men '97 como uma criação de Magneto, destinada a ser um lar acolhedor para milhares de mutantes de diversas origens e habilidades.

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Vampira chora abraçada ao corpo de Gambit, que morreu após o massacre - Fonte: Disney

Além disso, os vilões da série também contribuem para a alegoria explorada. Bastion é retratado como o responsável pelo massacre de mutantes, incluindo crianças, que ocorreu com o aval da ONU. Paralelamente, há a presença de um lunático eugenista, cujo discurso se assemelha ao do nazismo, personificado na figura do Dr. Sinistro. Esses elementos reforçam a temática complexa da série e instiga os espectadores a refletirem sobre questões étnicas.

A animação faz questão de apresentar os problemas que essa sociedade enfrenta, desde um médico que se recusa a realizar um parto mutante por aversão a raça, até uma comunidade conservadora que rejeita a inclusão dos mutantes na sociedade, com medo de perder seus empregos, já que eles são vistos como superiores devido aos seus poderes, e representam uma ameaça ao estado de bem-estar dessa população, numa clara metáfora à xenofobia estadunidense. Este é um dos maiores acertos da Marvel, que nesta produção não teme criticar temas como conservadorismo e reacionarismo.

Personagens como Tempestade, que perde seus poderes no início da temporada e parte em uma jornada de autodescoberta, ou Madelyne Pryor, que reflete preocupações com o preconceito que sua prole mutante enfrentaria, simbolizam, respectivamente, questões ligadas à negritude, ao feminismo e à maternidade. Aqui, os X-Men são pensados não apenas como um coletivo, mas também através de histórias individuais, com suas nuances.

A primeira temporada da saga está completa no Disney+, e é criada e roteirizada por Beau DeMayo (The Witcher: A Lenda do Lobo). Nessa primeira leva de episódios, se mostra melhor amarrada em comparação à série original, em que o estilo de aventura procedural, com conflitos resolvidos em cada episódio, é deixado de lado para entregar uma narrativa coesa e muito bem construída, desenvolvida ao longo de toda a temporada.

A animação em si é um dos pontos altos da série, extremamente colorida, enérgica e com uma excelente trilha sonora inspirada em Michael Jackson e na banda Radiohead, com presença marcante de sintetizadores, que demarca bem a trilha de cada um dos personagens. As referências de época são outro ponto de destaque, como no quarto episódio, em que a série brinca com a estética noventista, referenciando jogos de 8 e 16 bits, populares na época, oferecendo uma experiência agradável e nostálgica de assistir.

Comparada a outras séries, X-Men '97 se destaca por seu enfoque crítico e principalmente político, no qual se alegoriza aos mutantes questões minoritárias integrado de forma coesa à narrativa, sem parecer forçado. É fácil perceber que a série dialoga com o que ocorre na realidade, como o próprio criador e roteirista da série fez questão de mencionar. DeMayo escreveu em uma postagem no X, antigo Twitter, que se inspirou em eventos reais, como os ataques em Tulsa, na boate Pulse e às Torres Gêmeas, para criação do quinto episódio.

A série, através de personagens complexos e temas relevantes, estabelece um novo padrão para animações de super-heróis. Ao utilizar os personagens como metáfora para temas como autoaceitação e preconceito, demonstra não temer uma experiência provocativa e que leve seu público à reflexão. A segunda temporada do seriado está em estágio de produção, com uma terceira confirmada pela Marvel Studios.

Pabllo Vittar celebra suas raízes no tecnobrega e forró ao resgatar hinos que fizeram parte da sua formação musical.
por
Pedro da Silva Menezes
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11/04/2024 - 12h

Na tarde desta terça-feira (09) Pabllo Vittar realizou uma listening party para mais de 300 pessoas, em parceria com a Apple Music, para iniciar a divulgação de “Batidão Tropical Vol. 2”, novo álbum da artista. Ingressos foram distribuídos através da sua central no X para os fãs ouvirem o álbum horas antes do lançamento oficial no Cinema Marquise junto a Drag Queen.

Fãs com Pabllo Vittar no cinema após a audição do álbum.
Fãs com Pabllo Vittar após a audição do álbum. FOTO: Divulgação /Central Pabllo Vittar

O álbum é a sequência do “Batidão Tropical”, obra lançada durante a pandemia, que surpreendeu os fãs ao trazer músicas com características das sonoridades do norte e nordeste do país. Estão presentes ritmos como o tecnobrega com a energética “Triste com T” e regravações de canções de bandas locais, como a de “Zap Zum” da Companhia do Calypso. Música que viralizou durante as Olimpíadas de Tóquio em 2021 através de vídeos feitos pelo jogador Douglas Souza do time brasileiro de vôlei, chegando até a tocar durante um dos jogos da seleção.

Eleito um dos melhores álbuns de 2021 pela APCA, o disco agradou público e crítica e iniciou um movimento nas redes pedindo sua continuação. Após dois anos do lançamento do original, o volume dois chegou e os vittarlovers conferiram as 11 faixas, incluindo duas já conhecidas pelo público, “Pede Pra Eu Ficar (Listen To Your Heart)” e “Ai Ai Ai Mega Príncipe”, uma inédita, “Idiota” e a gravação ainda conta com 3 músicas bloqueadas.

Na audição Vittar se mostrou alegre com resultado dos vídeos que ilustram a atmosfera construída pela sonoridade e resgata visuais dos anos 2000, época em que as composições repaginadas no volume dois se popularizaram. A Queen afirmou, em uma rodada de perguntas dos fãs durante o evento, que as 3 canções bloqueadas são colaborações. O cantor Nattanzinho já confirmou por meio de seu Instagram que irá lançar algo com a drag gerando expectativas sobre sua participação em uma das canções. Além disso, ela disse que seu visualizer favorito de gravar foi “Me Usa”, originalmente da Banda Magníficos.

O ponto alto do álbum é a nova “Idiota”. Em entrevista ao Papel Pop, Pabllo conta que a faixa está pronta a dois anos, contudo, a produção inicialmente era um sertanejo, mas teve um trecho vazado a um ano atrás. O que foi sua motivação para mudar o ritmo e transformá-la em um melancólico e ao mesmo tempo energético forró que fez todos os ouvintes levantarem de suas poltronas durante a audição no cinema para apreciar finalmente - e oficialmente - o que os fãs chamaram de hino.

A artista demonstra sua originalidade e visão em “Não Desligue o Telefone”, originalmente de Tony Guerra. Na sua versão, ela não se limita em reproduzir o original e imprime sua identidade fundindo suas referências pop eletrônicas com o forró. Uma excelente regravação que evoca os trabalhos de Charli XCX, se esta tivesse nascido no Maranhão nos anos 90, assim como a cantora pop brasileira.

O “Batidão Tropical vol. 2” cumpre uma função cultural ao preservar ritmos populares brasileiros e composições que já foram regravadas anteriormente. Como é o caso de “Rubi”, da Banda Ravelly que ficou famosa em todo Brasil na voz da Banda Djavu e agora ressurge para uma nova geração pela voz de Pabllo Vittar. Com o álbum, Vittar mantém viva a memória sem abdicar da sua assinatura pessoal, mostrando seu poder ao reinventar clássicos, seja em suas performances vibrantes, sonoridades únicas ou clipes inovadores.

Depois de abrir o show do Guns And Roses no palco Mundo do Rock In Rio, Måneskin faz show histórico no espaço Unimed em São Paulo
por
José Pedro dos Santos
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11/09/2022 - 12h

 

A banda italiana  Måneskin, está em turnê internacional, a Loud Kids Get Louder Tour 22, e nesta semana eles fizeram dois shows em terras brasileiras, um no “Festival Rock In Rio” e outro no Espaço Unimed, em São Paulo.

Em Sampa, modo carinhoso que o vocalista Damiano David chamou a cidade diversas vezes, o show começou  por volta das 22:15, com a música ZITTI E BUONI, que rendeu a banda o Eurovision 21. A banda formada por Damiano David, Ethan Torcio, Victoria de Angelis e Thomas Raggi, mostrou que possuem presença de palco e habilidade técnica para fazerem shows espetaculares.

Måneskin possui diversas músicas em italiano, fato que  não impediu o público de cantar todas as músicas, o que surpreendeu David, que falou em uma parte do show “ Pu** que pariu, vocês são a multidão mais alta de todos os tempos. Não consigo me ouvir no retorno, mas isso não importa porque ouço vocês”. Além disso o vocalista em sua passagem por aqui aprendeu as palavras “vamo”, “po***”, “cara***”, “obrigado”, além de ter se manifestado contra o presidente Jair Bolsonaro, após protestos da plateia.

Foto com os quatro membros do Måneskin próximos a bateria
Måneskin em São Paulo (Foto: Ricardo Matsukawa / Mercury Concerts/ Rolling Stones)

A apresentação contou com músicas dos seus três trabalhos de estúdio, Chosen (2017), Il ballo della vita (2018) e Teatro d’ira: Vol. I (2021) além dos singles “MAMMAMIA” e “Supermodel”. Os destaques com certeza são para a abertura “ZITTI E BUONI”, “I WANNA BE YOUR SLAVE”, “CORALINE” e obviamente “Beggin”.

Os pontos altos do show foram, a interação da banda com o público, que subiu, segurou e abraçou a banda, o caos organizado necessário para um bom show de rock e por fim o grande bis no final do show, onde apenas Raggi voltou em um ótimo solo de guitarra, até David voltar e cantar “CORALINE” novamente e encerra, de verdade dessa vez com “I WANNA BE YOUR SLAVE”. Veja abaixo a tracklist do show:

 

"ZITTI E BUONI"

"IN NOME DEL PADRE"

"MAMMAMIA"

"LA PAURA DEL BUIO"

"Beggin'"

"CORALINE"

"Close to the Top"

"SUPERMODEL"

"FOR YOUR LOVE"

"Touch Me"

"I WANNA BE YOUR SLAVE"

"Gasoline"

"I Wanna Be Your Dog"

"LIVIDI SUI GOMITI"

"Le parole lontane"

"I WANNA BE YOUR SLAVE"

 Segundo a revista  Rolling Stone, o show de Måneskin em São Paulo contou com “muito rock e pouca roupa”, além de mostrarem que o rock está vivo e muito bem representado por esses jovens nomes do cenário.

Logo em seus primeiros anos de vida, José Pedro esteve entre primeiros operados de laparoscopia no Brasil
por
João Pedro Pires da Costa
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30/06/2022 - 12h

Nascido e criado na capital paulista, José Pedro Monteiro dos Santos (18), hoje estudante de jornalismo da PUC-SP, foi precoce ao ser operado por laparoscopia para a remoção de três pedras no rim, aos dois anos de idade.

A operação foi realizada no Hospital Samaritano pelo doutor Anuar Ibrahim Mitre, famoso cirurgião urologista brasileiro, que em 2014 foi baleado por um paciente dentro de seu próprio consultório. Na época, a família do garoto não tinha condições financeiras para pagar o tratamento, sabendo disso, o doutor Anuar aceitou fazer o procedimento cirúrgico por um preço mais acessível, porém exigiu que toda a operação fosse gravada para uma futura aula, já que nesse tempo ele lecionava na USP. Além de se tornar uma das primeiras crianças brasileiras a realizar a cirurgia de laparoscopia, José Pedro teve sua operação gravada e assistida por vários alunos de medicina dentro da universidade.

Após concluir duas cirurgias com sucesso, José Pedro afirma que desde então vem tomando muito cuidado com sua saúde, tanto em sua alimentação quanto no consumo de água, toda essa cautela serve para que nunca mais ele precise reviver esse drama, visto que hoje em dia algumas marcas ainda permanecem, além de algumas cicatrizes, José Pedro carrega o fato de que seu rim esquerdo é muito menor que o direito e funciona apenas 29% do que o normal.

Mesmo com essas marcas irreversíveis, o garoto exalta conseguir viver sua vida normalmente e sem preocupação alguma, entretanto ele ainda tem a obrigação de visitar o médico anualmente para realizar exames e checar como anda o funcionamento dos rins, todo esse cuidado é necessário para evitar futuros problemas de saúde.

Comentário da crônica "Acabou a Censura" de Augusto Boal
por
Artur dos Santos
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09/06/2022 - 12h

No simbólico dia 7 de Junho, data na qual é comemorada a liberdade de imprensa no Brasil, faço o resgate de uma crônica de Augusto Boal (presente em seu livro Crônicas de Nuestra América) chamada “Acabou a Censura”. Antes de me ater à crônica propriamente dita, vou tratar da apresentação do livro. 

 

Boal escreve que são todas crônicas verdadeiras: “histórias que o povo andou me contando, aqui e ali, nestas viagens que eu, errante, ando fazendo desde que saí do Brasil em 1971”. O autor, acrescento, não apenas “saiu” do Brasil e foi para a Argentina como escreve; em 1971, foi preso e torturado pelo governo federal e na Argentina buscou exílio.

 

A crônica em questão é justamente sobre o fim da censura; trata de um dia especial no qual Toríbio, chefe da redação de um jornal, recebe a informação da Censura Federal que o censor não iria mais fazer seu “trabalho preventivo”. 

 

“Liberdade de Imprensa! Jornalismo responsável! Nação civilizada no concerto das nações livres e adultas!” pensa Toríbio. Nunca mais a figura sinistra do Censor atrapalharia as publicações… a imprensa estava enfim livre.

 

Sai pela redação pedindo manchetes bombásticas para celebrar a nova fase do jornalismo agora livre. “Quero alguma coisa sensacional! Explosiva! Detonante!” Vendo que nenhuma lhe agradava (por não condizer com a realidade eufórica do presente dia), chama todos os redatores para uma reunião para decidir tal manchete. 

 

Na reunião, um jovem jornalista sugere uma pauta necessariamente sobre o fim da censura: “VERDADEIRO PLEBISCITO: O POVO MOSTROU SEU VIOLENTO REPÚDIO À DITADURA, VOTANDO MACIÇAMENTE NOS CANDIDATOS DA OPOSIÇÃO”. Toríbio se assusta… a imprensa é agora livre, mas… seria tão livre assim dentro de sua própria cabeça? “É… felizmente… acabou a censura… mas, afinal de contas, como diz você… somos gente responsável” gaguejou. 

 

Vão ter que mudar a manchete, várias palavras ali são muito subversivas… não se pode sair de uma censura e ir para o caos da liberdade de maneira tão rápida. A redação se põe a mudar a manchete; a censura atua dentro de cada velho jornalista naquela presente. 

 

Muda não só uma vez, mas várias e várias vezes… cada mudança evidencia que o Censor ainda ocupa seu lugar na redação. O jovem protesta e os antigos reformulam: “ditadura”, “plebiscito”, “repúdio”, “oposição” (termos muito subversivos) são alterados para “governo vigente”, “democracia”, “preferências”, “candidatos de sua preferência”, respectivamente.

Mas o clima era de festa! Acabou a Censura; liberdade de imprensa, finalmen… afinal! (finalmente é meio subversivo, não acha?)

 

O novo disco de Miley Cyrus traz covers, sucessos e músicas inéditas.
por
Maria Ferreira dos Santos
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04/06/2022 - 12h

Lançado no dia primeiro de abril, o álbum “ATTENTION: MILEY LIVE” já é um marco para a carreira de Miley Cyrus, isso porque essa é a sua primeira coletânea ao vivo. Nela a cantora traz covers de clássicas canções e relembra seus sucessos, é como se fossem as mesmas músicas de antes só que cantadas pela Miley de agora, além de homenagens e recordações Cyrus também apresenta duas faixas inéditas.

  • Covers e referências.

Por ser filha de Billy Ray Cyrus e afilhada de Dolly Parton, ambos cantores do gênero country com toques do rock, a artista esteve desde pequena inserida nesse meio musical. Desse modo, Miley decidiu homenagear grandes nomes desse tipo musical através de covers mais ousados com a presença de sua voz mais forte, grave e definida.

Uma dessas honras é o medley (junção de mais de uma canção em única faixa) com a música “Where Is My Mind?”, da banda de rock Pixies que fez sucesso nos anos 80. É dessa mesma época e estilo o grupo Blondie que tinha como vocalista Debbie Harry, foi na vez dela que “Heart of Glass” foi originalmente difundida e agora retorna no timbre de Miley. 

“Maybe”, de Janis Joplin, “Like a Prayer", de Madonna, Nothing Compares 2 U”, de Sinéad O'Connor e “Jolene”, de Dolly Parton, são os outros covers do disco. Nota-se a presença não só do rock de eras distantes como também a presença de personalidades femininas nessas escolhas.

Debbie Harry, Janis Joplin, Madonna, Sinéad O’Connor e Dolly Parton.
Debbie Harry, Janis Joplin, Madonna, Sinéad O’Connor e Dolly Parton.
  • Sucessos.

Ao longo de sua trajetória Miley colecionou diversos sucessos, polêmicas e rumores, sendo que muitas vezes uma coisa puxava à outra, muitas das discussões acerca da figura da cantora estão atreladas à sua personagem Hannah Montana no seriado de mesmo nome da Disney, essa produção marcou a infância e adolescência da geração Z (nascidos entre 1990 e 2010).

A música “The Climb", por exemplo, foi lançada em 2009 como parte da trilha sonora de “Hannah Montana: O Filme”. Ainda em sua época Disney a estadunidense também lançou “7 things”, composição que os fãs afirmam ser sobre seu ex Nick Jonas, astro da série “Jonas Brothers” da mesma produtora . Já “Party In The USA” demonstra a transição da jovem, diferentemente de “We Can’t Stop Now”, “SMS Bangerz”, “Doo It”, “23” e "Wrecking Ball” que demonstram a total ruptura de Cyrus com a imagem criada pela Disney, uma vez que nos clipes desses sons temos elementos carregados de sexualidade e menção ao uso de drogas, resultando em polêmicas até hoje lembradas.

Apesar da sonorização de “ATTENTION: MILEY LIVE” contar com elementos do country, pop e eletrônica, sua característica marcante é o rock. Tem-se forte presença da guitarra, bateria, timbre grave e sua voz mais madura do que das gravações anteriores. A associação de Miley com o rock’n’roll não é novidade para quem a acompanha, pois ela já flertava com o gênero desde a coletânea “Plastic Hearts" (2020), é desse álbum, inclusive, o resgate para o novo projeto a música homônima e “Never Be Me”, “High” e “Midnight Sky”. Além das supracitadas, há “4x4” e “ See You Again”.

  • Novidades

As duas músicas inéditas são “ATTENTION” e “You”, sendo que a primeira foi utilizada para divulgação do álbum nas redes sociais da artista. Entretanto, as maiores novidades do disco não são as músicas novas e, sim, as adicionadas dia 29/04. As últimas seis faixas foram gravadas durante a sua turnê de divulgação pela América do Sul, Miley declarou que essa era a forma de agradecer aos seus fãs por todo carinho e dedicação.

Em sua conta no Twitter, Miley escreveu “Eu aprecio a dedicação de vocês a mim e minha música é mais do que posso expressar. Para mostrar minha gratidão, eu quero dar a vocês um gostinho da turnê ATTENTION na América do Sul, lançando essas seis músicas adicionais”.
Em sua conta no Twitter, Miley escreveu “Eu aprecio a dedicação de vocês a mim e minha música é mais do que posso expressar. Para mostrar minha gratidão, eu quero dar a vocês um gostinho da turnê ATTENTION na América do Sul, lançando essas seis músicas adicionais”.
Versão deluxe do álbum ‘’ATTENTION: MILEY LIVE” chegou às plataformas digitais com mais seis faixas.
Versão deluxe do álbum ‘’ATTENTION: MILEY LIVE” chegou às plataformas digitais com mais seis faixas.

As recém-adicionadas são “WTF Do I Know”, “Mother’s Daughter X Boys Don’t Cry”, “You (Take 2)", "Nothing Breaks Like a Heart”, “Angels Like You” e “Fly On The Wall”. Dessas, as que mais ganharam notoriedade foram a 22º e a 25º, a primeira delas foi registrada no Brasil, durante a sua apresentação no festival Lollapalooza 2022. Na ocasião Cyrus dividiu o palco com Anitta, juntas as cantoras fizeram um medley com “Boys Don’t Cry”, recém sucesso da brasileira, essa é a única faixa do álbum com participação. Já “Angels Like You”, tornou-se número 01 na Colômbia depois que os fãs da antiga estrela da Disney passaram a madrugada cantando-a enquanto aguardavam pelo show do dia seguinte.

Em sua conta no Twitter, Miley escreveu “No dia 29/04 vou adicionar MAIS músicas ao álbum ao vivo #ATTENTION! Incluindo Angels Like You que foi adicionada ao set na noite anterior inspirado pelos fãs abaixo do meu quarto de hotel em Bogotá cantando A NOITE INTEIRA! Acordei com Angels sendo o número 1 na Colômbia”.

Em sua conta no Twitter, Miley escreveu “No dia 29/04 vou adicionar MAIS músicas ao álbum ao vivo #ATTENTION! Incluindo 'Angels Like You' que foi adicionada ao set na noite anterior inspirado pelos fãs abaixo do meu quarto de hotel em Bogotá cantando A NOITE INTEIRA! Acordei com 'Angels' sendo o número 1 na Colômbia”.
Anitta escreveu em sua conta do Twitter: “ Que noite! Celebrando esse momento inacreditável da minha carreira com a maior energia de todas @mileycyrus… Eu sou tão grata. Uau. Miley, sua mãe, seus amigos, meus fãs, seus fãs, meu país. Jesus eu estou tão feliz. Ai meu Deus”.
Anitta escreveu em sua conta no Twitter: “Que noite! Celebrando esse momento inacreditável da minha carreira com a maior energia de todas @mileycyrus… Eu sou tão grata. Uau. Miley, sua mãe, seus amigos, meus fãs, seus fãs, meu país. Jesus eu estou tão feliz. Oh Deus”.

 

Miley Cyrus: “Eu te amo muito @anitta. Obrigada por estar comigo durante o meu @lollapaloozaBr! Estou tão feliz por você e seu mega sucesso! Você merece isso! Você trabalha duro e é absolutamente a mais gentil! Você me deu um tempo tão bom no Brasil! Amigas para vida!”. Reprodução: Twitter.
Miley Cyrus: “Eu te amo muito @anitta. Obrigada por estar comigo durante o meu @lollapaloozaBr! Estou tão feliz por você e seu mega sucesso! Você merece isso! Você trabalha duro e é absolutamente a mais gentil! Você me deu um tempo tão bom no Brasil! Amigas para vida!”. Reprodução: Twitter.
  • Fãs

“ATTENTION: MILEY LIVE” é, acima de tudo, um ato de gratidão por parte da cantora para com os seus fãs. Através de suas redes sociais a artista, mais de uma vez, agradeceu e afirmou que tudo devia aos seus admiradores. A imediata aceitação do disco pelo público demonstra essa conexão de Miley com os seus fãs, muitos deles a acompanham pelos seus 18 anos de carreira tanto como atriz quanto como cantora-compositora.

Reprodução: Instagram. “Este não é apenas o MEU álbum ao vivo, este é o NOSSO álbum! Meus fãs e eu colaboramos nesse set list! Perguntei a VOCÊS o que vocês queriam ouvir e montei um show tentando atender o maior número de pedidos possível! Eu te amo muito! Obrigado por toda a sua lealdade e apoio ao longo dos últimos 16 anos! Esse registro é o mínimo que posso fazer para tentar mostrar meu apreço pela sua dedicação! Estamos nisso juntos para sempre”.
 “Este não é apenas o MEU álbum ao vivo, este é o NOSSO álbum! Meus fãs e eu colaboramos nesse set list! Perguntei a VOCÊS o que vocês queriam ouvir e montei um show tentando atender o maior número de pedidos possível! Eu te amo muito! Obrigado por toda a sua lealdade e apoio ao longo dos últimos 16 anos! Esse registro é o mínimo que posso fazer para tentar mostrar meu apreço pela sua dedicação! Estamos nisso juntos para sempre”. Reprodução: Instagram.

 

Com a liberação de eventos, dúvidas e questionamentos surgem sobre seu retorno ser precipitado ou não.
por
João Pedro Pires da Costa
Rodolfo Soares Dias
|
05/05/2022 - 12h

Em novembro do ano passado o estado de São Paulo divulgou o decreto que libera a realização de eventos com 100% do público, esse retorno se tornou um fato necessário para investidores e comerciantes, que por sua vez, querem entregar o melhor conteúdo para um público ávido, que por muito tempo manteve uma distância social indesejada.

 A quarentena causou uma série de impactos na vida dos brasileiros, e um dos fatores determinantes para manter a saúde mental de todos, foram os tipos de contatos sociais possíveis na quarentena, ligações entre amigos e familiares se tornaram algo comum no dia a dia, Shows de artistas através de lives gratuitas era o mais perto que se podia chegar de um grande evento. Já com a chegada das primeiras doses da vacina contra a Covid-19 pequenos encontros foram possíveis, para “matar a saudade” de pessoas mais próximas e queridas.

Com a recente liberação para os eventos de grande porte e a liberação do uso de máscara, muitas questões se mostraram pertinentes sobre os cuidados a serem tomados para evitar a proliferação do vírus.

Para entendermos melhor como está sendo encarada a abertura do mercado, entrevistamos um dos promotores da casa de shows Honey Club localizada em São José dos Campos, João Peraccini, jovem que trabalha no ramo de eventos há mais de três anos relatou que no período pós pandemia houve um aumento significativo na procura por festas e eventos sociais em geral, o promotor pensa que o tempo perdido dentro de casa fez com que as pessoas valorizassem mais a vida e os encontros sociais.

Ao ser questionado sobre a volta precipitada dos eventos, João admitiu que houve sim uma cobrança para a volta dos shows, tanto do público quanto dos organizadores. “Na Honey Club, por exemplo, essa pressão existiu, e fez com que houvesse um retorno precipitado e até desorganizado, levando em conta que os protocolos de saúde não foram seguidos corretamente, diversos casos de Covid-19 foram registrados por lá” complementa João.

Como parte do público, Helena Souza vê a volta de grandes eventos como um “mal necessário", acha que a liberação não foi um erro, mas da forma que aconteceu, pode causar problemas que poderiam ser evitados. “É claro que eu queria voltar a ir em festas, mas não do jeito que tá agora, sem fiscalização ou cuidado, não me sinto confortável pra ficar no meio de um monte de gente” e ainda complementou “A Covid ainda tá por aí, mas parece que todo mundo esqueceu do que passamos”.

 


Texto produzido por Rodolfo Dias e João Pedro Pires.