Por João Kerr Guimarães Bidetti
Open Banking é uma estratégia de inovação e competitividade que está chegando ao Brasil através do Banco Central. Com essa infraestrutura, o cliente do banco será dono de seus dados e poderá transitar suas informações entre as instituições que desejar.
Até hoje, os bancos brasileiros sempre tiveram total controle do histórico bancário de seus clientes. Esse histórico é de enorme importância para os bancos, uma vez que a partir dele é possível fazer uma análise mais apurada do cliente, definir se ele é confiável e assim definir os produtos e taxas ofertadas a ele.
O Open Banking traz a possibilidade de compartilhamento desses dados, caso o cliente solicite. Essa tecnologia permitirá às instituições bancárias novas experiências financeiras, mas é necessário ter cuidado ao aderir, já que são informações valiosas que não podem cair nas mãos erradas.
A União Europeia já possui um sistema de Open Banking, tendo o Reino Unido como pioneiro. No Brasil, a implementação está ocorrendo em 4 fases:
1ª fase (iniciada em 01/02/21): Ainda não envolveu o cliente - bancos foram obrigados a divulgar de forma mais transparente as características de seus produtos e serviços;
2ª fase (iniciada em 15/07/21): Clientes já podem solicitar o compartilhamento de dados relacionados a serviços bancários, como contas e cartão de crédito;
3ª fase (início previsto para 29/10/2021): Clientes poderão realizar pagamentos através de aplicativos e soluções que não sejam exclusivamente de bancos, como marketplaces.
4ª fase (início previsto para 15/12/2021): Liberado o compartilhamento de dados de serviços relacionados a outros produtos financeiros, como investimentos, seguros, previdência e conta salário.
Vantagens
Primeiramente, a maior praticidade na gestão do dinheiro. Se um usuário possui contas correntes em mais de um banco, poderá ver todos os saldos e movimentar seu dinheiro através de um único aplicativo, que pode ser o seu gestor financeiro favorito, desde que seja regulado pelo Banco Central.
Além disso, a possibilidade de compartilhar dados bancários fará com que o cliente não fique "preso" a seu banco. Isso costuma ocorrer quando o indivíduo possui anos de relacionamento com uma instituição e já tem um bom relacionamento com seu gerente. Com a possibilidade de migrar seu histórico bancário, é possível obter a confiança de novos bancos, caso seja um bom pagador.
Com isso, o Open Banking irá incentivar a competição entre os bancos, que estarão sempre buscando oferecer os melhores preços e maiores vantagens aos seus clientes, já que a migração será mais viável.
Leandro Pupe Nóbrega
Segundo Leandro Pupe Nóbrega, professor de Open Banking na FIA Business School, outras vantagens deverão surgir. "Os bancos deverão oferecer incentivos a quem utilizar o Open Banking, como um valor em dinheiro para quem compartilhar seus dados, para atrair quem não entende sobre essa tecnologia", prevê Leandro.
Riscos
Apesar das vantagens apresentadas, é natural se atentar para os riscos à adesão ao Open Banking. Como ainda está em fase de implementação, é difícil afirmar quais serão os maiores riscos aos usuários aqui no Brasil. No entanto, o Banco Central utilizará ferramentas avançadas para garantir a segurança das informações.
O Open Banking precisa seguir regras complementares à Lei Geral de Proteção de Dados, segundo o G1. Há necessidade de autorização expressa do usuário para o compartilhamento de seus dados. A autorização deve especificar quais dados podem ser compartilhados e o período pelo qual ficarão disponíveis, que não pode exceder 12 meses.
Bruno Diniz
Especialistas acreditam que o compartilhamento de dados será seguro - Bruno Diniz, expert em inovação no mercado financeiro e professor da USP, afirma que o risco ainda estará no roubo de dados, não na intermediação feita pelo Open Banking. “Claro que pode acontecer algum tipo de roubo ou vazamento pontual de dados depois que já estiverem na instituição, assim como já víamos antes da criação do Open Banking. Nesses casos a Lei Geral de Proteção de Dados será aplicada", adverte.
Esse risco, porém, sempre existiu, mesmo antes da chegada dessa tecnologia. Golpes que roubam dados bancários são extremamente comuns no Brasil, mas além das possíveis falhas nos sistemas, é importante ficar atento a outros tipos de golpe.
Segundo a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), cerca de 70% das fraudes estão vinculadas à engenharia social. Isso significa que os golpes consistem na manipulação psicológica do usuário para fornecer informações confidenciais, como senhas e números de cartões.
Assim, é necessário muito cuidado ao fornecer dados e fazer transações financeiras pela Internet. “Os dados pessoais do cliente jamais são solicitados ativamente pelas instituições financeiras. Na dúvida, sempre procure seu banco para obter esclarecimentos”, diz Adriano Volpini, diretor da Comissão Executiva de Prevenção a Fraudes da Febraban, à CNN.
É fundamental também prestar atenção à autenticidade dos sites e aplicativos utilizados. Apesar do avançado sistema de segurança utilizado pelo Open Banking Brasil, deve-se atentar para plataformas falsas se passando por instituições financeiras para obter informações.
A educação digital é, portanto, essencial para quem deseja aderir ao Open Banking. A tecnologia pode trazer diversos benefícios aos usuários, porém é necessário entender o valor dos dados e agir com cautela para operar de maneira segura.
Por Paula Moraes Silva de Araújo
A tecnologia BIM (Building Information Modeling, ou Modelagem de Informação da Construção), veio para o mercado de engenharia e arquitetura como meio de ajudar o trabalhador a solucionar problemas recorrentes dos projetos. A primeira versão da tecnologia surgiu em 1974, e foi desenvolvido por Charles Eastman. Já a tecnologia que é usada atualmente foi aprimorada em 1992, pelos professores G.A. van Nederveen e F. Tolman. A proposta da tecnologia é criar simulações digitais de obras, e dessa forma coordenando todos os passos do projeto, desde a construção até os custos gerados durante e depois de pronto.
A tecnologia passou a ser de uso obrigatório nos escritórios de arquitetura do Reino Unido em 2011, e no Brasil foi decretado em 2018 pelo presidente da República Jair Bolsonaro que o uso da tecnologia seria obrigatório a partir de 2021 apenas para as áreas de hidráulica, AVAC e elétrica, em 2024 para as etapas de planejamento e execução de todas as obras, e por fim em 2028 o BIM deve ser usado para determinar os custos do projeto no seu pós-obra.
A principal diferença do sistema BIM com o Autocad, que era o mais usado, é que o BIM permite que o arquiteto incorpore até 5 dimensões na hora de desenvolver o projeto. O BIM também permite que o arquiteto calcule todos os custos da obra com mais precisão, desde a demolição do espaço até os custos do desing do ambiente. Ao conversar com o arquiteto Mauricio Araujo, do escritório de arquitetura Estúdio M, ele relata que não acho o sistema fácil de usar inicialmente. “Ele exige um treinamento mais complexo do que o Autocad, pois ele tem uma premissa diferente para os projetos, além dos equipamentos mais potentes e uma boa biblioteca de objetos parametrizados.”
Para Araujo a tecnologia é mais devagar na hora de montar o projeto, mas você tem um ganho de produtividade na hora de modificações, revisões de projeto, interferências entre as diversas disciplinas, produzindo um ganho na execução da obra e não gerando atrasos no cronograma e nem eventuais perdas
Araujo também diz que está é a tecnologia que veio para ficar “No presente e no futuro próximo essa é a tecnologia que vai ser usada. Ela vem se espalhando entre os diversos portes de escritórios, como as construtoras, grandes médias e de e pequenos portes, e nas áreas publicas. E esse é um processo irreversível, por que ele permite um controle total do empreendimento.”
Por: Lidiane Miotta
A revolução digital impactou de forma gigantes a indústria da música, ainda mais para músicos independentes e iniciantes que tiveram que migrar para serviços de streaming e mídias sociais para conseguir uma maior visibilidade, público e emplacar nessa indústria, que foi uma das que mais sofreu abalos nos últimos anos com a crise sanitária e econômica que estamos enfrentando. Artistas que já tem seus nomes conhecidos e tem apoio de gravadoras conseguiram se adaptar com mais facilidade, explorando lives, publicidades e parcerias com os serviços de streaming, mas para quem ainda está apenas iniciando é diferente, eles têm dificuldade de expandir o seu público e sair da sua bolha.
Os músicos independentes têm feito uma alta utilização de serviço digitais de streaming, em uma pesquisa da Associação Brasileira da Música Independente com base em dados de 2019 e 2020 mostra que artistas independentes ocupam mais da metade da lista dos 200 artistas mais ouvidos do Spotify. Entretanto estar apenas na internet e nas plataformas digitais fazem com que esses artistas tenham que se renovar continuamente, passando a ganhar novas preocupações que não estavam no seu cotidiano antes da revolução que os aplicativos de streaming causaram, a necessidade de uma identidade visual que impacte o seu público e que seja atraente a ele é um dos maiores desafios e preocupações que esses músicos têm nos dias de hoje.
O cantor independente Miguel Fernandes, que tem como nome artístico Bakuri, falou de sua relação com a sua identidade visual com como artista independente: “Hoje em dia as redes sociais são indispensáveis para um artista independente, é o meio mais acessível e mais aberto para se divulgar um trabalho. Para mim a identidade visual é a coisa mais importante para qualquer artista, é por meio do visual que seu trabalho vai ser lembrado e continuar na memória de quem vai consumir a arte”
O grande problema que esses artistas esbaram é o dinheiro para se manter e investir em seu trabalho, para a maioria deles a única renda vem dos lucros das plataformas de streaming, que costumam pagar em dólar por cada visualização do seu trabalho e se propõem a ser mais justos com os artistas, mas que no caso, por exemplo do Sporty, que representa cerca de 44% do mercado dos aplicativos de streaming e que paga apenas 0,00348 dólares por reprodução, o artista precisaria de cerca de 60 mil ouvintes para conseguir uma renda de um salário mínimo (R$ 1.100).
Esse lucro, porém, ainda é muito pequeno e não consegue gerar renda suficiente para a sobrevivência desses artistas e de sua arte, muitos acabam tendo que se dedicar ao seu trabalho como músico de forma paralela a outro trabalho que o dê renda suficiente para sobreviver e pagar suas contas no final do mês, outros não querem abrir mão de sua arte e querem se dedicar somente a ela, esses procuram modos para seu público ajudar com doações e algo parecido com a tradição de passar o chapéu, que é visto em transportes púbicos e nas ruas.
Para resolver esse problema e necessidade dos artistas algumas plataformas criaram formas de os perfis dos artistas terem um botão ou link que abre a opção dos ouvintes darem uma gorjeta ao artista, dessa forma essas plataformas uniram os ouvintes e o artista de maneira ainda mais intensa. Outros artistas também recorreram a apps de transferência de dinheiro e sites de doações.
O entrevistado Bakuri explicou um pouco da relação que ele tem como cantor independente com as plataformas digitais de streaming e a remuneração recebida: “Como eu sou independente e ainda estou começando, o retorno dos streamings são quase insignificantes, porque a porcentagem do dinheiro que vai para o artista é muito pouca, ainda mais pela questão do dólar estar muito alto no Brasil, isso acaba prejudicando muito o artista que está procurando uma distribuidora. Então, o que me motiva a continuar na música é o amor pelo o que eu faço e a confiança de que meu trabalho é bom o suficiente para chegar em mais pessoas algum dia.”
Muitos artistas independentes e iniciantes se tornam pela falta de dinheiro o cantor, produtor e engenheiro de som dos seus projetos. Se torna uma necessidade para eles ter praticamente um estúdio em sua própria casa com seus próprios recursos que fazer com que seu trabalho tenha alta qualidade, mas com bem menos equipamentos e, portanto, menos investimento.
“É bastante difícil produzir algo sozinho e com poucos recursos, principalmente porque sempre vem o sentimento de inferioridade e comparação com os artistas maiores, que possuem todos os recursos possíveis para ter algo de qualidade, mas no fim é gratificante ver seu trabalho pronto e feito inteiramente por você”, afirmou Bakuri.
Esse modo de fazer tudo com os seus próprios recursos se tornou quase imprescindível para artistas independentes e iniciantes que ainda estão lançando suas carreiras e não tem apoio das gravadoras para divulgação. A opção de um estúdio em casa, de poder administrar a sua carreira sozinho e de lançar suas músicas facilmente por meio das plataformas de streaming, também faz o artista ganhar a sua independência, adquirindo o poder de decisão sobre o seu tempo, sem a pressão de ter que pensar no quanto vai custar o seu tempo dentro do estúdio, e a possibilidade de fazer a sua arte sem qualquer pressão a não ser a de fazer o melhor trabalho para o seu público, tornando o trabalho desses artistas ainda melhor e mais admirável aos olhos dos seus ouvintes.
Por Tomás Furtado dos Santos
No dia 3 de Outubro de 2021, Yedidya Bright, 23 anos, morando em Jefferson city, Missouri mandou uma mensagem para um grupo de amigos no Discord onde ele se reunia para jogar jogos de RPG no fim de semana "desculpe gente, não vou poder aparecer hoje, fui chamado para o trabalho... continuem sem mim." O grupo que havia se conhecido no início de Junho estranhou um tanto a mensagem no dia, porém aceitaram a resposta da figura online ao qual nunca tinham visto o rosto. Começando a se preocupar quando a figura que eles conheceram por meio da internet, que permanecia a maior parte do seu tempo online, não respondia mais suas mensagens em ambos os canais abertos e privados do sistema.
Preocupado caso algo mais grave tivesse acontecido, se deu início a um processo de busca frenético pelas nossas redes de informação e socialização, preocupado com o paradeiro desse indivíduo vivendo a um hemisfério de distância ao qual eu mal sabia o nome completo.
O primeiro passo foi a procura por alguma outra fonte de informação, buscar por qualquer outra rede em que seria possível entrar em contato com ele. Com pouco material disponibilizado pelo Discord, cuja única opção foi voltar atrás, decidindo então procurar pela sua conta no Reddit por mais dados sobre a sua pessoa. Diferente do Facebook ou Instagram, Reddit e Discord não oferecem nenhum resultado de busca a menos que apresentado com o nome exato do usuário, felizmente, ele também mantém uma cópia de todas as postagens do qual essa conta já participou. Foi aí que surgiu alguns indícios, um tanto preocupantes, das últimas postagens do procurado, teclas de acentuação sem sentido em uma série de páginas do qual ele participava, mais abaixo discussões em fóruns de como lidar com tendências depressivas e de automutilação e mais abaixo, uma publicação do período de junho, a próxima deixa para continuar a busca.
Cinco meses atrás, ele responde ao anúncio da compra de uma série de peças de computador, em sua mensagem, ele afirma que estaria usando esse equipamento para a criação de uma conta no twitch, com esperança de iniciar uma conta de Twitch. De nome idêntico ao da sua conta do Discord "ReadyYeedy"
Twitch é um site similar ao Youtube, focado na produção de vídeos, porém especializado em gravações ao vivo e geralmente contando com a participação ativa da audiência. Seguindo a conta, é encontrada a notificação em inglês: Nenhum vídeo encontrado. Porém seguindo um link no instagram da conta, é possível ver uma série de Highlights do conteúdo produzido pelo próprio Yedidya, sugerindo que os seus arquivos originais foram apagados em um período de tempo indeterminado.
Do instagram, a lista de seguidores era muito menor, com duas das três contas que o seguiam sendo comerciais, como Yedidya não respondeu por mensagens diretas, surgiu a questão de procurar por uma fonte alternativa, essa sendo a única conta não comercial presente naquela página. Após uma troca de conversas no sistema de mensagens, esse terceiro indivíduo revelou que haviam se conhecido pelo Tinder, aplicativo de namoro, porém nunca haviam se conhecido pessoalmente, com o parceiro eventualmente bloqueando o seu contato algumas semanas depois de terem dado Match. Felizmente o entrevistado provou-se bem cooperativo, oferecendo o nome completo do indivíduo, sua conta de facebook, e até mesmo o seu telefone, que infelizmente, não foi atendido todas as vezes que foi usado, também afirmando que gostaria de se manter atualizado nos resultados da busca.
Assim, uma pessoa a um hemisfério de distância, por meios inteiramente legais, consegue acesso ao seu nome completo, seu número de telefone, onde ele vive e com quem interage e conhece.Existem jeitos mais fáceis, para quem tem mais recursos, Sites como Truth Finder podem comprar pacotes de dados, com acesso a fichas criminais, contas alternativas e seguros de saúde, seja por um único pedido ou uma inscrição mensal com acesso ilimitado ao portfolio de qualquer cidadãos Estadunidense.
Em um domingo, dia 17 de Outubro, é recebido uma mensagem por Discord da conta de Yedidya Bright, que devido a ventos na sua vida pessoal, acabou se desconectando da internet e de suas mídias sociais. Pedindo desculpas por não ter respondido mas apreciando a iniciativa e todo o processo que foi realizado pela busca por mais informações sobre o seu paradeiro.
A partir desse exercício realizado podemos notar o quanto das nossas informações estão na internet, que seguindo essa trilha de migalhas, é possível extrair muitos detalhes da nossa vida particular e privada, sendo mais uma comodidade disponível no mercado para qualquer interessado.
Por Gabriel Dutra
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) regulamentou, por meio da Portaria n° 298 publicada no Diário Oficial da União, o uso de drones em atividades agropecuárias. A operação de aeronaves remotamente pilotadas (ARP), ou seja, drones, será destinada à aplicação de agrotóxicos e afins, adjuvantes, fertilizantes, inoculantes, corretivos e sementes.
Segundo nota do ministério, o objetivo da regulamentação é simplificar os procedimentos e adequar as exigências legais às especificidades da tecnologia, uma vez que as regras estipuladas para as aeronaves tripuladas não se adequam às ARPs. Ainda de acordo com a nota, a segurança operacional deve envolver todo o processo de aplicação, desde o preparo da substância, o monitoramento das condições ambientais e o registro e arquivamento dos dados, de forma que possam ser auditados, sempre que necessário.
“Esperamos que a normativa traga a segurança jurídica necessária para os operadores, ao mesmo tempo que garanta a harmonização e a segurança das operações e o uso responsável da tecnologia”, afirma Uéllen Lisoski, chefe da Divisão de Aviação Agrícola. “A norma também servirá como um ‘norte’ para a coordenação e a fiscalização das atividades, tanto por parte do Mapa, como por parte dos órgãos estaduais, responsáveis pela fiscalização do uso de agrotóxicos”, complementa.
Com os avanços tecnológicos, os drones têm ganhado um espaço cada vez maior na agricultura e na pecuária. Sua versatilidade permite o desempenho de diversas funções na fazenda, como o monitoramento mais preciso do desenvolvimento da lavoura, a demarcação da área de plantio e a aplicação de produtos químicos para a solução de problemas ou cultivo da plantação. Além disso, o uso de drones no agronegócio reduz custos e aumenta a produtividade, colaborando fortemente para o trabalho de todos que fazem parte desse setor.
Todavia, esse tipo de tecnologia pode trazer grandes prejuízos para as pessoas e para o planeta. Isso porque muitas das substâncias químicas despejadas nos campos são consideradas tóxicas para a saúde humana e altamente perigosas para o meio ambiente. Esses agrotóxicos são cada vez mais utilizados para que se possa produzir alimentos em larga escala e durante todo o ano, de acordo com agrônomos. Apesar disso, ambientalistas afirmam que o produto químico muda a naturalidade do ecossistema de onde ele é aplicado, além da má utilização do veneno poder ser responsável pela morte de abelhas, insetos importantes para garantir a polinização das plantas, que é um processo fundamental no ciclo da agricultura.
Para o ser humano, os riscos são grandes e podem ocasionar graves problemas. As mortes e intoxicações pelo uso desses produtos estão se tornando um problema cada vez mais frequente. Pesquisas apontam que mais de 200 mil mortes por ano ocorrem no mundo em virtude de problemas gerados pelo uso de agrotóxicos, sendo que a maioria ocorre em países em desenvolvimento. No Brasil, 40 mil casos de intoxicação por agrotóxicos foram registrados em uma década.
De fato, a utilização de drones no agronegócio pode trazer inúmeros benefícios para os profissionais da área, mas também pode ser prejudicial para a sociedade e para o mundo inteiro. Trata-se muito mais de um problema na maneira como o drone é utilizado do que propriamente no equipamento. Agora, resta saber de que modo esses aparelhos passarão a ser utilizados após a regulamentação.