Por Pedro Alcântara da Silva Neto
Uma nova geração de consoles sempre chega causando muito impacto e expectativa nos gamers. Além da resolução, evoluções sonoras e gráficos mais reais, novas tecnologias começam a ser lançadas prometendo melhorias.
A empresa americana EA Sports, foi a responsável pela criação de uma nova tecnologia chamada Hypermotion, que está presente no novo jogo de futebol da empresa, o FIFA 22. Essa tecnologia é responsável pela captação dos movimentos dos atletas e tornou a gameplay, as animações e as movimentações em algo mais realista.
Antigamente, os atletas iam até um estúdio para a empresa realizar as capturas de movimento individualmente. Agora, essa captura é feita com 22 jogadores jogando uma partida.
O fato da captação ser realizada apenas uma vez é ótimo, pois, além dos movimentos, serem mais naturais, acaba se criando uma relação entre o jogador e a equipe. Vale lembrar que, a captação única, possibilitou a captação de movimentações táticas e de disputas de bola inéditas.
A inteligência artificial tática, gerou uma inteligência bem maior dos jogadores, possibilitando um número de decisões por segundo seis vezes maior.
O Hypermotion é muito recente, porém já tem uma aprovação gigantesca entre os gamers que o já testaram. Henrique Simonato, é um programador de jogos apaixonado por FIFA, que ficou muito contente com a nova tecnologia:
“O Hypermotion é o futuro dos jogos de esporte! O FIFA 22 é um dos melhores dos últimos anos em todos os quesitos. Parece que deixou de ser um simulador e virou uma partida de verdade. O jogo deixa a gente criar situações com desfechos diferentes. Dribles novos, gols de longe e de bola desviada, faltas mais realistas… Sinto que era isso que faltava”
Ele ainda comenta que provavelmente outros jogos irão aderir à tecnologia:
“Além de estar muito realista, a gameplay me agrada muito. Eu não duvido nada os outros jogos da EA usarem isso… Provavelmente iremos ter essas melhorias nos outros jogos. Imagina o NBA e o NFL assim? Seria um espetáculo.”
Vale lembrar que essa tecnologia só é disponível para os consoles da nova geração (PS5 e XBOX Series X). Então, apesar de ter uma avaliação boa, ela não foi de todo público.
Até o momento, o Hypermotion está bem, mas, só vamos realmente saber se foi um sucesso em setembro de 2023, quando lançar o novo FIFA. O fato é que, essa tecnologia é uma virada de chave, não só para o jogo, mas para os games de esporte em geral.
Os jogos de esportes vivem de atualizações. Como são baseados em temporadas, as empresas sempre estão prontas para trazer inovações, já que possuem um público muito fiel que garante, no mínimo um jogo por ano.
Por Renan Silva de Mello
Em 1956, dois Cientistas da Universidade Carnegie Mellon chamados, Herbert Simon e Allen Newell, criaram o primeiro laboratório de I.A (inteligência artificial). Os dois cientistas iniciaram o projeto com o objetivo de inventar novas criações. No ano 1959, McCarty e Marvin Minsky que iniciaram o MIT A.I. Lab. A inteligência artificial funciona como um banco de dados digitais e com algoritmos inteligentes, dessa forma ela pode ler padrões e interpretar conhecimentos, e assim aprender coisas novas, esse processo de aprendizagem se chama "machine learning".
Com o passar dos anos e com os avanços tecnológicos as I.As. se tornaram portáteis, as assistentes virtuais dos Smartphones, são exemplos da tecnologia que é levada dentro dos celulares atuais, as mais populares são; Google assistente que é encontrado nos celulares com os sistemas operacionais Android, e a Siri que pertence a Apple, e está nos seus aparelhos. Essas assistentes tem como função ajudar os usuários com buscas, ações nos Apps e no celular. Esse exemplo é o mais comum dentro da sociedade, mas existem outros exemplos de uso, como o da Alibaba. Eles utilizam o I.A. para recomendar produtos para os clientes comprarem, coletam os dados das últimas compras e tentam "prever" os desejos de compra dos consumidores.
Essa tecnologia tem algumas vantagens, mas como a maioria ela também possui desvantagens. Algumas das vantagens são; redução de falhas, otimização de processos e auxilio para escolhas nas empresas. Essa ajuda pode gerar aumento de lucro para a empresa, com a diminuição de tempo no processo de criação dos produtos que gera uma entrega mais rápida e com uma qualidade melhor para os clientes. As desvantagens da inteligência artificial são poucas, dentro delas a ética duvidosa e o aumento de desemprego. A parte ética é delicada porque a I.A. trabalha com armazenamento de dados digitais, e como no caso da Alibaba que guarda as informações das compras e desejos dos clientes. E o desemprego aumenta porque desde o início o objetivo dessa criação é poder exercer ações que pessoas podem fazer.
A cada ano que passa o número de I.As aumentam, o último sucesso com essa tecnologia foi a da Amazon com a Alexa e ainda tem muitas outras a caminho. Carla Ricchetti, official de Investimentos da International Finance Corporation (IFC), em entrevista a plataforma melhor RH, disse “Estamos na era da inteligência artificial e do machine learning e esse é um caminho sem volta”. O rumo que pegamos nos aponta para um futuro onde as I.As de filmes como "Homem de ferro" se tornaram uma realidade para nós, e já podemos ver isso com a Alexa que pode ter várias ações dentro de uma casa apenas com o comando de voz.
Por Gabriella Maya
Com a pandemia seguida da quarentena, o home office que antes tinha um espaço pequeno no Brasil, hoje já é visto como situação permanente em muitas empresas. E tanto entidades, quanto colaboradores, se adaptaram 'obrigatoriamente' a sair do ambiente do escritório e se descobriram produzindo satisfatoriamente dentro de duas próprias casas.
A pandemia fez com que as corporações revisassem suas políticas de trabalho, e essa mudança tem provocado transformações no espaço físico das empresas, já que muitas companhias migraram seus escritórios para espaços menores e que mantenham a maior parte dos colaboradores atuando à distância. Os espaços de trabalho estão muito mais tecnológicos, fomos pegos de surpresa e nos acostumamos a trabalhar de casa, já que o que pensávamos que duraria semanas, estendeu-se em mais de um ano.
Contudo, o trabalho remoto tem suas vantagens e desafios. O conforto e a maior flexibilidade para organizar horários se juntam com as maiores chances de ruídos de comunicação, falta de motivação e menos oportunidades para criatividade, inovação e espontaneidade.
Para a reportagem, foram entrevistadas quatro pessoas: dois funcionários, um gerente comercial e um empresário, para que nos contassem suas visões sobre o dia a dia no escritório, e agora, fora dele. De início, foram feitas perguntas aos dois funcionários, que trabalham e estudam em casa desde o início da pandemia, em março de 2020.
A primeira, Giovanna Guedes, 19, é atendente de telemarketing na empresa Next Orbitall, e diz que rende mais estando no escritório, porém prefere o trabalho em casa. Ao ser questionada sobre sua resposta, a atendente diz: 'Do escritório sinto apenas falta dos amigos e da interação, mas com certeza rendo muito menos que no escritório. Acabo me distraindo com outras coisas e acaba não fluindo como fluía quando meu supervisor estava por perto.”
Vinicius Simões, 19, é analista de SAC na empresa Atento, e diz que trabalhar em casa está sendo mais produtivo, “Além de poder produzir com muito mais calma, consigo ter mais flexibilidade com as tarefas do dia, e também otimizar o tempo. Por exemplo: não preciso acordar horas antes do expediente, sair de casa e pegar ônibus e metrô lotados, e com isso tenho mais tempo para cumprir outras responsabilidades. Outra questão é a comunicação com a equipe, por mais que todos estejam longes um dos outros, estamos sempre conversando e passamos o dia em uma sala online de voz onde todos conseguem se ajudar e produzir juntos”, explica.
Apesar dos desafios, os grandes empresários perceberam que dá sim para lucrar com seus funcionários dentro de casa. Conversamos com o dono da empresa Dr. Cred, Ricardo Guimarães, 20, para que nos contasse sua opinião sobre o home office, “Minha opinião varia dependendo da forma de implantação do sistema, com quais ferramentas você vai fazer o controle dessas pessoas e etc. O jeito que as coisas aconteceram foi muito repentino e não tivemos tempo hábil para uma implantação mais gradativa e com isso eu senti que muitas pessoas não se adaptaram bem a esse modelo, o que fez com que produzissem menos. Acredito que dentro de casa os desvios de foco são mais frequentes do que no escritório em si.”, explica o empresário.
Guimarães afirma que depois que a pandemia acabar, muito provavelmente sua empresa irá adotar um modelo híbrido, com opção de escolha entre trabalhar certo período em casa e outro no escritório, “Não acredito que a forma 100% remota seja o caminho, porém não é necessário aos funcionários estarem no escritório todos os dias. Um bom suporte quando a pessoa estiver trabalhando em casa aliado a motivação para querer vir trabalhar no escritório, seria o ideal.”, acrescenta.
Sobre as mudanças feitas para se adaptar a pandemia, Ricardo conta que ampliou os canais de vendas que antigamente era somente via telemarketing, e hoje trabalha com vendas via WhatsApp e com marketing digital, "Grupos de WhatsApp são ótimos para acompanhamentos de vendas, reuniões diárias de feedback, e para implantar um sistema de gestão remota”, finaliza.
Júlio César Galindo, 45, é Gerente Comercial na empresa Armati Óculos de Segurança Graduado, e contou ter realizado diversas mudanças para sobreviver e se adaptar a quarentena: “Tive o faturamento reduzido em 30% nos 3 primeiros meses, mas com ajustes, hoje já recuperamos e crescemos em mais de 60% do período pré pandemia.” Sobre as readaptações feitas, César diz que no início do período de quarentena a empresa reduziu as visitas aos clientes a quase zero, e só em julho de 2021 puderam retornar. “Criamos o canal de venda pelo WhatsApp para pessoa física, público que antes não era nosso foco. E com a dificuldade de agendar consulta médica devido a muitos médicos estarem no combate a COVID, criamos o atendimento In Company aonde vamos nas empresas realizar o exame de vista com todos os protocolos de segurança, sem aglomeração, e sem a necessidade do colaborador se deslocar pela cidade se colocando em risco.”, complementa. Sobre o trabalho remoto, Júlio conta que sua empresa não adotou, e todos se mantiveram no escritório durante este período.
O trabalho remoto veio para ficar, isso é fato! A tendência do pós-pandemia é de que muitas empresas não voltem ao modelo 100% presencial de antes, já que muitos funcionários não querem mais aquela rotina todos os dias da semana. Segundo uma pesquisa feita pelo LiveCareer nos Estados Unidos, 29% dos profissionais ouvidos afirmaram que não querem de forma alguma serem forçados a retornar ao trabalho presencial de forma integral ao final da pandemia. A previsão é de que a maioria dos funcionários voltem ao escritório em 2022, mas muitas empresas já estão buscando adotar um modelo híbrido na jornada mensal de trabalho, o que muitos parecem aprovar.
Por Pedro Alcantara da Silva Neto
Que a tecnologia está envolvida no esporte não é novidade! Mas você já parou para pensar o quanto isso influência para o crescimento das modalidades e dos atletas?
O universo esportivo é um lugar que conta sempre com avanços tecnológicos. A cada ano que passa, as modalidades e os atletas são mais exigidos. E com isso, precisam de ajustes para ajudar a melhorar o desempenho. Esses ajustes vem através de técnicas, acessórios e objetos feitos exclusivamente para as modalidades, além dos dados e estatísticas fornecidas.
A esgrima, por exemplo, é de longe um dos esportes mais avançados no uso de tecnologia. Começando pelas espadas dos atletas que tem um sensor na ponta indicando quando o adversário foi atingido. Esses sensores são extremamente importantes, já que eles decretam a pontuação. As roupas dos atletas contém uma malha de fios elétricos, que permitem saber se ele sofreu o golpe.
Vale lembrar que esses sensores são conectados em rede WI-FI, possibilitando os atletas a treinarem, e praticarem sem a malha, tendo mais liberdade e eficácia para realizar os movimentos.
O campeão paralímpico de esgrima, Jovane Guissone diz que: “Por causa da tecnologia a esgrima hoje é um dos esportes mais seguros, as empresas que fabricam como a Allstar sempre buscam melhorar a tecnologia dos tecidos que são feitas as roupas e lâminas, para assim melhorar o conforto, segurança e também o desempenho do atleta.”
O atleta, que foi medalhista nas olimpíadas de Londres (2012) e Tóquio (2020) afirma: “Acredito que a esgrima está em constante evolução como esporte, e a tecnologia acompanha está evolução. Neste período, por exemplo, as roupas se tornaram mais flexíveis e leves, sem perder a segurança. Existem diferentes componentes sendo criados todo o tempo, buscando sempre melhorar seu peso ou durabilidade”, completa
Jovane ainda cita a importância da tecnologia para os atletas paralímpicos:
“Ela auxilia os atletas desde seu treinamento até o desenvolvimento de próteses, que possibilitam os atletas a poderem competir adaptando as armas de acordo com a limitação do atleta.” Mudando de modalidade, podemos pensar na natação, onde os atletas contam com câmeras instaladas no fundo da piscina, que servem para analisar os movimentos, gerando uma possível correção nas falhas cometidas. Além de melhorar o desempenho do nadador, o prepara para campeonatos.
Vale ressaltar os sistemas de chegada milimétricos, que dão resultados assertivos, ajudando os árbitros a ver quem ganhou a prova.
Ainda sobre o meio aquático, podemos falar sobre o nado sincronizado. Que além das câmeras, conta com caixas de som nas piscinas, para que os atletas possam ouvir a música e realizar as movimentações. Isso sem contar os maiôs com proteção térmica, que quebram o atrito e facilitam os movimentos.
Seja individualmente, ou coletivamente, a tecnologia sempre caminhará com o esporte.
E isso não seria diferente com o futebol. No esporte mais visto do país, os jogadores usam coletes com GPS que medem as distâncias percorridas, intensidade e o deslocamento nos jogos e treinos.
Esses equipamentos são indispensáveis atualmente, já que, além de detectar a possibilidade de problemas físicos, eles ajudam os preparadores a passarem treinos individuais, conforme o que precisam melhorar.
Esses avanços não trazem só melhoras para os atletas, mas também trazem para a modalidade. Outro ponto que vale ser destacado, é o uso do Árbitro de Vídeo (VAR), que é uma ferramenta que serve para decretar os lances que devem ser corrigidos. Esse dispositivo é comandado por árbitros assistentes, e foi revolucionário no futebol. Apesar de seu uso ser muito discutido no Brasil, em outros países é um sucesso.
Enquanto a tecnologia evoluir, certamente o esporte evoluirá, assim, sempre gerando novos recordes, expectativas e conforto para os atletas.
Por Eleonora de Almeida Marques
No início de outubro, o Ministério da Ciência e Tecnologia teve sua verba quase zerada. A pasta - que vem passando por cortes importantes em seu orçamento nos últimos anos - já estava em situação crítica mesmo antes dessa decisão.
O valor dos repasses para o Ministério atingiram seu ápice durante o governo Dilma, no ano de 2015. Na ocasião, o orçamento disponível para financiar a ciência brasileira era de R$15,1 bilhões.
De lá para cá, pesquisadores, universidades e toda a gama de profissionais da ciência precisaram se adaptar a um orçamento muito menor: antes dos cortes do último mês, o Ministério da Ciência e Tecnologia já tinha orçamento inferior a R$1 bilhão, ou seja, um quinto do encontrado em 2015. Hoje, não chega nem a R$ 100 milhões.
O enxugamento da verba impossibilita a conclusão de pesquisas e o avanço científico do país, além de impactar pessoalmente a vida dos cientistas.
Para Clara Andrade, mestranda de 24 anos, o valor pago na bolsa de mestrado foi crucial para que ela decidisse seus caminhos profissionais. “Quando entrei na faculdade, meu objetivo era me dedicar somente à vida acadêmica. Mas nunca ‘rolou’, o valor da bolsa de mestrado é muito baixo pra trabalhar só com isso”, diz.
Hoje, Clara trabalha em uma multinacional farmacêutica em período integral e se dedica ao mestrado durante a noite e nos finais de semana. Para ela, o fato de ter um emprego “das 9 às 6”, prejudica bastante seu desempenho no mestrado e quanto ela consegue avançar na pesquisa.
Para além desses impactos, o baixo orçamento do Ministério da Ciência também colabora com o fenômeno da “fuga de cérebros”. Segundo dados da Receita Federal, o número de brasileiros a migrar para o exterior passou de 8.170 por ano em 2011 para 23.271 em 2018, um crescimento de 184%.
A pesquisadora Ana Maria Carneiro, do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas (NEPP), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) falou - em reportagem para a BBC -
De acordo com o geólogo Atlas Correa Neto, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em entrevista para a BBC, "é um dreno geral", que inclui desde doutores mais antigos a candidatos ao mestrado e também ao doutorado. Não se trata apenas de pessoas indo para realizar um curso, uma especialização ou realizar um projeto de pesquisa.
"Quem tem possibilidade está indo, mesmo sem manter a ocupação de cientista. Esse movimento não se restringe à área tecnológica e também afeta as ciências sociais. Aliás, se eu pudesse, se tivesse condições financeiras e sociais adequadas, iria embora também.", diz.
Esse cenário faz com que o Brasil tenha um número baixo de doutores a cada 100 mil habitantes. Enquanto por aqui eles são 7,6 a cada 100 mil, em alguns países da Europa, como Portugal e Alemanha, se aproximam dos 40.
O número de doutores na população é apenas um sintoma de um problema muito mais grandioso: o atraso no desenvolvimento científico do País.