O estigma associado a pessoas em situação de vulnerabilidade social
por
Mayara Pereira
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23/06/2025 - 12h

Esse trabalho tem a função de ampliar a visibilidade da população em situação de rua por meio de informações, quebra de estigmas, leis e entrevistas com quem vive nessa situação de vulnerabilidade. 

https://medium.com/@mayaramay838

Um lugar onde a leitura também é um gesto de resistência
por
Nicole Domingos
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16/06/2025 - 12h

A literatura sempre foi um território de disputa simbólica, um espaço onde narrativas dominantes se impõem, mas também onde vozes dissidentes encontram brechas para existir. No caso da literatura LGBTQIAPN+, essas brechas são preciosas. O site palavras em trânsito, feito por Nicole Domingos, trata exatamente disso, desses pequenos espaços que já existiram e que existem hoje. É um lugar dedicado ao estudo, à crítica e à celebração da literatura LGBTQIAPN+.

Ao longo do site, vamos tratar especialmente sobre os corajosos que escrivam e gritavam dentro de deus próprios livros, ainda que estivessem dentro dos períodos de repressão, como a ditadura militar brasileira — esses autores utilizaram a palavra como forma de resistência.

A literatura não apenas narra experiências — ela reescreve a história a partir de corpos e afetos antes excluídos. Ela cura feridas simbólicas, questiona heranças opressoras e cria novos imaginários de existência. Ao nos colocar diante de personagens que amam, sofrem, resistem e sonham fora da norma, ela nos lembra de algo fundamental: toda existência merece ser narrada. E lida.

Para acessar esse mundo, basta clicar no link abaixo:

https://literatura-lgbt.my.canva.site/

 

 

Site Entrelinhas: em meio a arranha céus e vielas a natureza vai escorrendo
por
Vítor Nhoatto
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16/06/2025 - 12h

Apesar de viver-se um tempo de emergênciua climática e sentir seus efeitos na prática, nem todos são afetados da mesma forma. Para isso se dá o nome de racismo ambiental, tema central do novo site Entrelinhas. Idealizado e produzido pelo aluno de jornalismo, Vítor Nhoatto para a disciplina de Jornalismo Contra-Hegemônico, conta com a orientação da professora e doutora Anna Flávia Feldmann.

O projeto se desenvolve ao longo de uma série de quatro reportagens, que contam com entrevista de especialistas de norte a sul do Brasil e relatos de quem sente na pele o peso de viver em uma sociedade que precisa de mudança. É proposto um espaço de letramento racial e ambiebtal, baseado em dados e fatos, que muitas vezes são ofuscados pelos outdoors, ou ignoados por empresas e governos.

Com uma linguagem que se aproxima do dia a dia do leitor, o site ainda conta com reportagens especiais desenvolvidas pelo estudante, demonstrando como tudo está interligado. E para saber mais sobre as entranhas ambientais, é só acessar o Entrelinhas pelo link abaixo:

https://entrelinhasambiental.my.canva.site/

Com um compilado de quatro reportagens, textos trazem diferentes perspectivas sobre o tema
por
Nathalia de Moura
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16/06/2025 - 12h

O site Donas da Bola, idealizado por Nathalia de Moura para a disciplina de Jornalismo Contra-Hegemônico, lecionada pela Professora Doutora Anna Flávia Feldmann, visa, a partir de dados, imagens, entrevistas e diferentes perspectivas, mostrar a desvalorização do futebol feminino, além de impulsionar e dar voz à luta e às atletas.

Com um compilado de quatro reportagens, o primeiro texto contextualiza historicamente o futebol feminino, trazendo o olhar de Renata Beltrão, Mestre em Museologia e Coordenadora de Comunicação do Museu do Futebol. O segundo texto aborda a realidade das categorias de base feminina de clubes brasileiros. Com depoimentos das atletas Laryssa Lourenço e Giovanna Holanda, temos um panorama das equipes jovens e o sentimento das jogadoras perante a realidade enfrentada.

A terceira reportagem foca na cobertura jornalística na modalidade feminina, os desafios enfrentados e o que pode ser feito para melhorar, tudo isso com a ajuda da Jornalista do jornal Lance!, Juliana Yamaoka. Na quarta e última reportagem, uma entrevista com a goleira do Corinthians, Kemelli Trugilho, mostra um panorama do futebol profissional feminino e a situação dos clubes da elite brasileira, além das medidas que podem ser tomadas para alavancar e valorizar o esporte.

Para acessar as reportagens, basta clicar no link a seguir: https://donasdabola.my.canva.site/

A Republica Democrática do Congo - herança colonial em meio a sangue e cobalto.
por
Pedro Bairon
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16/06/2025 - 12h

 

“Da borracha à maçã” é um documentário que traça a longa linha de continuidade entre a violência colonial imposta ao Congo e os horrores da guerra civil que ainda hoje assombram o país. A partir da exploração genocida promovida pela Bélgica no século XIX, o filme revela como as feridas abertas pelo colonialismo jamais cicatrizaram — apenas se transformaram em novas formas de conflito, exclusão e disputa por poder.

O documentário mergulha nas causas históricas e étnicas da guerra civil congolesa, dando atenção especial à tensão entre tutsis e hutus, grupos marcados por rivalidades que ultrapassam fronteiras e carregam os traumas do genocídio em Ruanda. A entrada de milícias hutus no leste do Congo após 1994, e a resposta armada dos tutsis, reacenderam conflitos internos, arrastando a população civil para o centro de uma guerra prolongada, brutal e muitas vezes esquecida pelo olhar internacional.

“Da borracha à maçã” não é apenas um registro de tragédias; é uma crítica à forma como a história se repete quando as raízes da violência são ignoradas. Mostra que o mesmo sistema que arrancou borracha das florestas a golpes de chicote, e que hoje arranca cobalto das minas congolesas, deixou um legado de instabilidade, impunidade e sofrimento. Um chamado à memória e à justiça, diante de um conflito que não começou nos anos 1990 — mas sim nos porões do colonialismo europeu

 

Duração: 26:10 

Autor: Pedro Bairon 

Para visualizar o documentário acesse o link:  

.https://youtu.be/kqtTs-vZCwo

por
Eduardo Lopes Machado - Fábio Henrique Martineli Pinheiro - Lucca Cavalheiro Ranzani - Lucas Malagone - Robson Lucas Rodrigues
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22/06/2021 - 12h

 

Nas últimas semanas o Brasil foi tomado por manifestações contra o governo federal em tom de indignação com diversas situações provocadas pelo governo Bolsonaro como a falta de vacinas, demarcação de terras indígenas, aumento do desemprego, aumento da fome entre outras pautas todas com o mesmo teor pedindo um basta a isso e pedindo o impeachment do atual presidente. Mas um fato marcou mais as manifestações, a cobertura da mídia.

Às manifestações do dia 29 de maio de 2020 foram praticamente apagadas da grande mídia com medo de um teor partidário e até de endossar repuldio ao atual governo, foram poucos os jornais e veículos que deram o destaque devido as manifestações, alguns nem capa deram e outros como o Jornal Nacional só foram dar destaque dois dias depois na segunda-feira dia 1 de junho.

Após essas decisões tomadas pelos telejornais brasileiros e pelos jornais de grande porte do país, que criaram essa insatisfação no povo, decidimos fazer uma pequena entrevista com o professor de Fundamentos Éticos do Jornalismo na PUC-SP, Marcos Luiz Cripa, trazendo perguntas sobre o papel da grande imprensa diante dessas manifestações:

           

Qual o principal motivo do apagão das mídias no dia 29 de maio?

Se você se refere especificamente à chamada “Grande Imprensa”, não vejo que tenha havido apagão. Historicamente a mídia oferece pouca ou nenhuma cobertura quando se trata de manifestações populares; aquelas que nascem diretamente dos movimentos sociais, como aconteceu em 29 de maio deste ano. Na década de 1980, parte dessa mesma imprensa ignorou por um período a existência do movimento conhecido como “Diretas Já”, que mobilizava milhares de pessoas em comícios nas principais capitais brasileiras. Em São Paulo, em 25 de janeiro de 1982, a TV Globo informou que 300 mil pessoas estiveram na Praça da Sé para “comemorar o aniversário de São Paulo”. Ou seja, negou o fato de existir manifestação em defesa de eleições diretas para presidente. Ocultar o fato ou informação é manipular a cobertura. O que aconteceu em 29 de maio, foi a tentativa de esconder um fato amplamente divulgado nas redes sociais. 

 

            Você acredita que existe diferença entre coberturas pró governo e contra governo?

O que tenho observado, principalmente nos telejornais das TVs Record, SBT e RedeTV, é a tentativa de negar ou dar pouca repercussão a fatos que prejudiquem a imagem do presidente Jair Bolsonaro. Ora reduzindo o espaço da notícia ora sequer dando a notícia. São comportamentos de emissoras alinhadas com o governo federal.

 

            Qual o perigo de não se dar o devido destaque as manifestações?

O perigo mais aparente é o de atentar contra a democracia. Negar informação a leitores, telespectadores e radiouvintes não é o papel de uma mídia responsável e ética. Barbosa Lima Sobrinho, jornalista e ex-presidente da ABI (Associação Brasileira de Imprensa), afirmou certa vez que, o papel da imprensa é o de estar ao lado do povo.

 

Contudo, é possível perceber que essa tentativa de negar as notícias ou dar pouca repercussão, como disse Cripa, tem circunstâncias que podem ajudar a imagem de Jair Bolsonaro, tudo por conta dos alinhamentos das emissoras com o governo federal. Isso acaba afetando na luta contra o atual governo e repercutindo na quantidade de mortes por conta do vírus, e isso pode ser confirmado com a péssima notícia que o país recebeu neste domingo (20) de que chegamos aos 500 mil mortos e não temos ideia de onde isso pode acabar.

Após toda a situação que aconteceu e de muitas críticas voltadas para os jornais e telejornais, foi possível perceber a mudança de postura de alguns. Como exemplo separamos a capa do jornal O Estado de São Paulo, em que a esquerda seria no dia 30 de maio de 2021 e a da direita no dia 20 de junho:

               

Imagem: Reprodução/Internet

Outro exemplo de mudança de comportamento pôde ser notado no Jornal O Globo, com as capas feitas nos dias 30 de maio (esquerda) e outra no em 30 de junho (direita):

 

       

Imagem: Reprodução/Internet

         

Mudanças notórias na forma de noticiar tais atos, mudanças benignas, porém que não deveriam ter sido necessárias. O papel fundamental da grande mídia é informar o seu povo e isso é um contrato ético social, vai além de qualquer convicção política ou incentivo monetário. No momento em que o povo não tem noção da gravidade de sua situação ou muito menos tem conhecimento dos processos antropológicos e sociológicos que ocorrem na sociedade, a mídia se transforma não mais em um intermédio, mas sim em um órgão manipulador de verdades e vidas. A mudança só vem quando precisamos melhorar, e não noticiar as manifestações do dia 29 foi um erro mais que grave, não deveria ter ocorrido e que não se repita; que a ética reine sob a imprensa brasileira e que seu povo fique bem informado.