Pelos corredores da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), poucas pessoas andam com suas tranças nagôs. Na nécessaire básica da típica puquiana, não há um pente garfo para o seu crespo. Nem uma esponja nudred para texturizar o seu “short afro”. Tanto que, muitos leitores estão se sentindo perdidos com essas referências da comunidade negra - como se não fossem deste mundo. Esse é o sentimento dos estudantes pretos em ambientes majoritariamente brancos - não pertencimento.
Há uma ausência em relação aos dados oficiais sobre como os negros se sentem na PUC-SP e até sobre a quantidade deles, bolsistas ou pagantes, em certos cursos. Para tentar saber mais sobre esses estudantes, a reportagem criou um formulário de preenchimento opcional que circulou nos grupos de mensagens puquianos. Quinze estudantes responderam a pesquisa. Eles participam do coletivo negro Saravá. As perguntas são de escala linear, indo do número 1 (de jeito nenhum) até o 5 (com certeza). Também é possível ver os gráficos circulares das respostas de múltipla escolha.
REPRESENTAÇÃO
De acordo com a pesquisa, os alunos pretos que não se sentem representados pela PUC-SP, de jeito nenhum, totalizam 66,7%. Em entrevista à AGEMT, a estudante de Relações Internacionais, Júlia Medeiros, verbalizou as suas emoções: “Eu me sinto meio excluída e às vezes eu não consigo conversar”. A participante do Saravá evidenciou a dificuldade de discutir sobre questões íntimas raciais com os seus colegas: “Meus melhores amigos da PUC são brancos, não tem nenhuma pessoa preta. Às vezes, me sinto nessa solidão”.
Porém, esse sentimento não é exclusivo de Júlia. A aluna de psicologia, Camilla Silva, explica como a falta de “hospitalidade” a sufocou, até perdendo a noção dos sentidos: “Quando eu cheguei, vi tanta gente branca que tive a sensação de tudo ser branco, as paredes e as árvores”.
Já o professor da PUC, Amailton Azevedo, explicou o que é ser um docente negro: “Me sinto uma alma no exílio. A ausência da diversidade humana empobrece as relações, a produção do conhecimento e torna o ambiente acadêmico medíocre”. A quantidade de educadores pretos é muito pequena. Tanto que, ambas as entrevistadas nunca tiveram aulas com professores negros. A estudante de psicologia clama por aulas mais construtivas sobre paridade racial, menos teóricas: “Eu sou a única daquela sala que sofre por ser negra. O racismo não está distante, como falam. Ele está aqui e agora”.
SOLIDÃO DA MULHER NEGRA
As pretas sentem com certeza a solidão da mulher negra, e essas são ao todo: 72,7%. Esse sentimento é derivado das situações que as colocaram em segundo plano. Medeiros e Silva compartilham da mesma emoção. Júlia enfatiza o como o tratamento dos garotos com ela é diferente em comparação às meninas brancas: “Não me chamam para encontro, cinema ou até ir na casa deles. Normalmente, ficam comigo nas festas - sem compromisso”. Já Camilla, abordou a parte de ser uma mulher gorda preta: “Não me sinto bonita o suficiente. Para mim, ir em festas da PUC, só se for para beber. Se for para conhecer pessoas, no quesito sentimental, nem rola”.
PRETOS BOLSISTAS
Segundo o Forms, mais da metade dos pretos bolsistas não se sentem representados de jeito nenhum. Medeiros, aluna pelo programa da Fundação de São Paulo (FUNDASP), denunciou o como o bandejão, aquele que estava fechado no começo do ano, é um das únicas iniciativas em prol dos bolsistas. Já a Camilla, ingressante pelo Programa Universidade Para Todos (Prouni), relembrou algumas políticas de auxílios que já estiveram presentes no campus: "Temos alimentação, não tenho o que reclamar, a comida é ótima. Porém, antes davam apoio com xerox, mas agora não”.
Como é visto no gráfico, a maioria dos negros bolsistas (46,7%) são atendidos pelo Prouni. Enquanto a Fundasp totaliza 13,3%. Entretanto, de acordo com o site oficial da PUC-SP, a Fundação concede 30% das suas vagas de graduação para: negros, pardos e indígenas de baixa renda. Ainda é pertinente mencionar que os ingressantes do Fies não possuem a gratuidade do bandejão.
Em 2022, a Lei das Cotas fez dez anos. Determinando que as instituições federais de educação e universidades públicas reservassem 50% das vagas dos cursos e turnos para negros, pardos, indígenas e pessoas de baixa renda - estudantes de escolas públicas. Porém, algumas faculdades privadas agregaram esses valores, como é o caso da PUC-SP.
Medeiros argumentou sobre a importância dessa lei para as pessoas pretas: “Agora, a gente tem uma comunidade preta, principalmente, nas faculdades públicas e tudo graças às cotas”. Convergindo com Júlia, a estudante de psicologia explica que essa norma dá um fôlego para os pretos alcançarem aqueles que já estão na frente.
Já o professor Azevedo retratou os avanços dentro da Pontifícia em relação à política da paridade racial: “Implementação das cotas raciais na reserva das bolsas de estudo em toda a pós-graduação da PUC/SP. A determinação do consun, aprovada em maio de 2017, contribuiu para a permanência de alunos negros, indígenas e pobres na pós graduação”.
O docente menciona que, em 2020, a PUC/SP, no âmbito de sua pro-reitoria comunitária e de cultura, aprovou a criação da biblioteca negra, favorecendo, a aquisição de títulos de autores negros/negras e aprovou a criação do selo 'autorias negras' que objetiva fomentar a publicação de suportes pretos.
A partir de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) - feitos pelo site Quero Bolsa - entre 2010 e 2019, o aumento dos negros no ensino superior foi de 400%. Entretanto, a comunidade preta só totaliza 38, 15%. Portanto, mesmo com esse enorme crescimento, não há paridade racial. Porém, ainda há estudantes que refutam a necessidade de cotas.
A Camilla já ouviu dos futuros psicólogos como não é preciso uma política de igualdade entre negros e brancos. Já a aluna de RI lembra que as vagas das cotas não são retiradas de brancos para dar a negros. Cota não é privilégio, e sim reparação histórica”, diz Medeiros.
LUTA ANTIRRACISTA
As pessoas pretas negam a ideia dos brancos estarem ativos na luta antirracista. Será que postar um #BlackLivesMatter nas redes sociais, é o suficiente? Dizer que o Brasil é um país racista, é o suficiente ou o óbvio? Não existe o esquerdomacho? Então, há o aliado fake - o qual só opina quando é confortável e pertinente para sua imagem. Camilla diz o quanto é necessária a empatia dos brancos em relação às suas posições de privilégio: “Eles poderiam falar por mim, não porque eu não posso falar, mas porque não me escutam”. Júlia afirma que ninguém tomará as dores da comunidade. Logo, a criação do Saravá é para não roubarem as vozes da liberdade.
Em 2002, um grupo chamado Comissão do Rosário dos Homens Pretos da Penha resolveu retomar a velha tradição de celebrar Nossa Senhora do Rosário e São Benedito, celebrando os 200 anos da Igreja Rosário dos Homens Pretos da Penha, uma das únicas obras erguidas por negros que ainda se mantêm em seu local de origem. A importância da Igreja se deve ao fato da junção de duas outras igrejas de São Paulo: o Santuário Eucarístico Nossa Senhora da Penha e a Capela de Nossa Senhora do Rosário e outro fato que evidencia o valor da obra é o fato dela ter sido construída “dando as costas” para o centro da cidade, já que era uma igreja frequentada por escravos. Desde sua reinauguração, uma celebração no primeiro domingo de todos os meses do ano que é a Celebração Inculturada Afro Brasileira é feita com o intuito de resgatar a memória dos antepassados e relembrar a luta deles pela religião de matriz africana em São Paulo. A estrutura chamada de Largo do Rosário fica localizada no bairro da Penha, bairro de grande importância da Zona Leste da cidade e o prédio foi tombado no ano de 1982 depois de ter recebido pequenas reformas, reforçando a importância desse patrimônio para São Paulo.
Em entrevista com Cristiane Gomes, coordenadora do corpo de dança do bloco Ilú Oba de Min, bloco fundado em 1987 e explora ritmos brasileiros e africanos, juntando toda a diversidade cultural desses locais fala um pouco da importância da Igreja: “Ela surgiu como forma de resistir à Igreja Católica, que era predominante na cidade. Todos os escravos e refugiados iam até o local para terem seu momento de conexão com seus ancestrais e festejarem que ainda estavam vivos, mesmo com toda a tentativa de extermínio dos povos por parte do catolicismo. Esse resgate que está sendo feito é de extrema importância para o Brasil por que fortalece ainda mais a nossa luta pelas religiões de matriz africana”.
Falando um pouco a respeito do Projeto Ilú Oba de Min, Cristiane fala da pesquisa feita acerca da música afro-brasileira: “O bloco tem como intuito preservar a identidade negra brasileira na música abrindo espaço com outras áreas do conhecimento através de aulas, debates e exposições e é feito de forma independente, sem nenhuma ajuda de uma grande empresa ou ajuda de governo”.
O Bloco Ilú participa de algumas das festividades da Igreja do Rosário e a última delas aconteceu no mês de setembro, no Festival Musical Agô, exaltando toda a música ancestral, começando pelo circo, passando pelo samba e terminando com a apresentação do bloco.
Foto de Douglas de Campos/Facebook
O tamanho da importância da Igreja Rosário dos Homens Pretos da Penha para as religiões de matriz africana, para os negros e para a cidade de São Paulo deve sempre ser exposta. Sem ela, os escravos não teriam locais para exaltarem sua fé e a luta dos escravos seria ainda mais difícil e o significativo é tamanho devido o fato da Igreja do Rosário ainda ser um dos únicos locais construídos pelos negros que ainda se mantém de pé, como forma de protesto a Igreja Católica e de luta contra o racismo, e nós devemos sempre exaltá-la.
Por Matheus Monteiro
Ser nerd nem sempre foi “cool”. Antigamente o bullying e a violência eram comuns na vida de alguém que pertencesse ao mundo geek. Na escola, fãs de videogames, RPG’s e quadrinhos sempre eram excluídos pelas pessoas mais “populares”, aquelas que julgavam o que era certo e errado, inclusive, quem ousasse não se encaixar aos padrões impostos, estaria sujeito a opressão.
De alguns anos para cá, porém, a cultura nerd deixou de ser algo alternativo, agora passa a ser valorizada e domina o mainstream. Ironicamente, no entanto, alguns indivíduos que se consideram nerds, em vez de usar essa sua nova posição de destaque na sociedade para integrar novos fãs e expandir as fronteiras de suas histórias preferidas, preferem promover o ódio e a opressão já vividos por eles.
E mesmo cercados de histórias de cunho obviamente progressistas – como as dos “XMen”, heróis que lutavam contra o preconceito de todas as formas –, o mundo nerd tem sido tomado por uma onda conservadora e purista que constantemente vira manchete por problematizar praticamente toda a tentativa de representatividade em filmes, séries e adaptações.
Evidentemente, não são todos que promovem esse discurso. Essas ofensas costumam vir daqueles que são conhecidos nas redes sociais como “nerds raiz”, “nerdolas” ou “nerd boomers”. Por vezes, eles mesmos ostentam essas alcunhas. Eles escondem o seu racismo e intolerância no sentimento de nostalgia, com aquele clássico discurso de que “antigamente era melhor”. Não podem ver sequer uma obra que contenha uma representação de alguma minoria que já a taxam como “lacradora”, ou esquerdista.
Raphael Augusto Alves, estudante universitário e geek, contesta se esse universo sequer já teve uma premissa inclusiva. Para ele, “a comunidade nerd foi realmente criada nesse contexto, mas dizer que ela nasceu em um ambiente de inclusão, é exagerar. Isso porque, aquele jovem que jogava Dungeons & Dragons no porão de casa e não se sentia bemvindo no resto das atividades, partia naturalmente para a exclusão. É aquela coisa, quando você não entende como mudar a opressão, você tende a se tornar o opressor. O conservadorismo nasce do medo de mudança. Porque pensam que qualquer mudança que afete uma memória antiga pode ser um grande problema. Então de fato há um purismo. É um conservadorismo nascido de um preconceito que também gera preconceito. É um ciclo.”
Um dos casos mais emblemáticos causado por esse fenômeno foi quando houve o anúncio de uma Ariel negra para a adaptação com atores reais do filme animado “A Pequena Sereia”, uma das mais famosas princesas da Disney. Os fãs da animação foram à loucura. A exceção foram aqueles que ficaram indignados pelo fato que trocariam a etnia de uma das princesas mais queridas do estúdio.
Em julho de 2019 divulgaram quem seria a Ariel. Muitas fontes apontavam a atriz Zendaya para pegar o papel principal, só que quem levou essa foi a atriz Halle Bailey conhecida por seu trabalho na série Grown-ish e por cantar em um duo com sua irmã Chloe Bailey.
Mesmo com debates sobre racismo espalhados pelo mundo todo, Bailey não ficou imune aos ataques feitos pela internet quando por três dias a hashtag “not my Ariel” (não é minha Ariel) ficou nos trend topics do Twitter mundial. Por outro lado, muitos apoiaram a iniciativa, uma vez que personagens racializados das produções dos estúdios Disney geralmente ficam em forma de animais ou de seres inanimados, como a Tiana da animação “A Princesa e o Sapo” e Kuzco de “A Nova Onda do Imperador”.
A dubladora de Ariel na animação de 1989, Jodi Benson, declarou apoio a cantora em sua entrevista para o ComicBook. com. “Não importa nossa aparência por fora, não importa nossa raça, nossa nação, a cor de nossa pele, nosso dialeto, se eu sou alto ou magro, se estou acima do peso ou abaixo do peso, ou meu cabelo e a cor que for, realmente precisamos contar a história”.
Outra situação em que o discurso de ódio dominou as entrelinhas dos “nerds conservadores” nas redes sociais ocorreu logo após o lançamento do primeiro trailer da série “Senhor dos Anéis”, que está sendo produzida pela Amazon.
Por incrível que pareça, o retorno do rico universo de J. R. R. Tolkien não foi motivo para a celebração de alguns de seus fãs, que preferiram concentrarse em um detalhe com menos de 10 segundos de tela: um dos elfos representados na trama terá pele negra. O assunto rapidamente foi aos trending topics do Twitter e, novamente, gerou calorosas discussões sobre a possibilidade de algo tão indiferente. Vale ressaltar que elfos, brancos ou negros, são personagens fictícios que sequer existem.
Episódios como dos elfos interpretados por negros em Senhor dos anéis e da Ariel de Halle Bailey não são casos isolados. Qualquer pessoa que tenha contato com a bolha geek nas redes sociais já presenciou ou irá presenciar uma discussão onde a luta antiracista é menosprezada.
Infelizmente para o “nerd raiz” a cultura está mudando, queira ele ou não, e, infelizmente, a representatividade negra está deixando de ocupar apenas espaços secundários, inclusive, com inúmeros exemplos disso.
Em um quadrinho do Capitão América, “Truth: Red, White and Black”, há uma marcante história de um Capitão América Negro durante um periodo de grande tensão racial nos Estados Unidos. Essa trama é aproveitada na aclamada série em Live Action da Marvel, “Falcão e o Soldado Invernal”, onde todo o grande público pôde conhecer Isaiah Bradley, esse mesmo Capitão América negro das histórias em quadrinhos, e sua jornada para superar a intolerância do Governo e Sociedade Americana.
Não que seja novidade para os brasileiros a conduta baixa de Nelson Piquet, mas agora ficou ainda mais visível, principalmente ao mundo do automobilismo, que o ex-piloto e tri-campeão mundial de fórmula 1 se encontra no panteão de seres humanos de caráter desprezível. Eu sei que são palavras fortes, mas se tratando de atitudes racistas como foi a de Piquet, a passividade não tem mais espaço.
O ex-piloto e apoiador devoto de Jair Bolsonaro conseguiu, com sua asneira, algo inimaginável: mobilizar a sociedade elitista e não menos preconceituosa da Fórmula 1 contra o racismo. É fato e notório que a categoria não abre espaço para lutas progressistas. Um exemplo disso foi quando Lewis Hamilton, alvo de racismo de Piquet, se posicionava pelo fim do preconceito racial e membros do esporte tentavam boicotar as ações do heptacampeão. Portanto, o fato de a fórmula 1 e equipes se posicionarem contra Nelson Piquet já evidencia que a atitude do ex-piloto passou totalmente do limite.
Mais do que ofender Lewis Hamilton, o Uber presidencial, como Nelson Piquet é chamado na internet, também atacou negros e negras do mundo todo que tentam se inserir no esporte mais elitista do planeta. Hamilton, que segue sendo o único piloto negro da história da categoria, além de esportista, é um sinal de esperança para a negritude. E para azar de Piquet, o heptacampeão brilha cada vez mais, apesar da sua fala enojada. Hamilton é o que há de melhor na categoria, mesmo com o ódio que sofre por conta da cor da sua pele.
Ao comentar a manobra que Hamilton fez em cima de seu genro, Max Verstappen, no GP da Grã-Betanha de 2021, dá pra notar o nojo que Piquet sente pelo "neguinho". Mais do que isso, evidencia que sua rixa com o heptacampeão ultrapassa a seara do esporte. Dá para interpretar que o ex-piloto, na verdade, não gosta do fato do piloto mais relevante da história da categoria tenha a pele escura. Dito isso, só dá para ter um sentimento em relação a Nelson Piquet: o de pena.
Agora resta saber quais serão os próximos passos sobre esse caso incontestável de racismo. Será que a fórmula 1 vai proibir que Nelson Piquet circule pelo padock? Acho difícil, mas é o que deveria ser feito. Hamilton vai processar o ex-piloto? Ao que tudo indica, sim. Mas mais do que isso, é preciso mudar a mentalidade desse esporte elitista. Vai demandar tempo, sabemos, mas urge a necessidade de priorizar para essa mudança, pois dar voz a párias como Nelson Piquet não é mais aceitável.
Still we rise.
“As prisões estão sendo espaços de real ressocialização como se propõe? Como surge essa ideia da privação de liberdade como uma pena para quebra de convenções e contratos sociais (...) Quem define o que é crime e quem é criminoso?"
Essas foram algumas questões que Juliana Borges expôs em seu livro “Encarceramento em massa”, que aborda questões sobre o sistema de justiça criminal punitiva, reinserção de presos na sociedade, Lei de Drogas, o espaço da mulher nos presídios, entre outros assuntos. Pensando nisso, criamos um perfil no Twitter, onde exploraremos os assuntos apresentados nas páginas do livro por meio de threads [fios], que vem sendo um grande sucesso na rede social.
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