O famoso MET Gala aconteceu nesta segunda-feira (06/05), na primeira segunda do mês de maio, fazendo jus a tradição do evento. A edição de 2024, em sinergia com a exposição realizada anualmente no Anna Wintour Costume Center - Ala no The Metropolitan Museum of Art especialmente voltada para exposição de moda, sempre no tema do MET Gala - tem como tema deste ano “Belas Adormecidas: O despertar da Moda”.
O tema é uma analogia sobre roupas frágeis e delicadas demais para serem usadas novamente. A exposição, assim como o tapete vermelho do MET, conta com peças da Loewe, patrocinadora do evento, Alexander McQueen, Dior e muito mais. E teve como co-anfitriões, Bad Bunny, Chris Hemsworth, Zendaya, Jennifer Lopez ao lado da diretora e organizadora do evento: Anna Wintour.
Já o tema dos figurinos faz alusão ao conto ‘O Jardim do Tempo’, do escritor inglês J.G Ballard. O conto reflete sobre a passagem do tempo e as mudanças que o mesmo carrega. O jardim envelhece rapidamente, as plantas crescem e morrem em um ritmo acelerado, tudo isso acompanhado das reflexões do narrador.
O tapete vermelho do jantar, foi marcado por roupas florais e elementos botânicos, que remetem à natureza, além das interpretações de peças antigas de famosos designers e seus arquivos.
Roupas que fazem metáfora com a passagem de tempo marcaram presença, como o vestido que a cantora Tyla utilizou, da marca Balmain, feito inteiramente de areia esculpida, acompanhado de uma bolsa no formato de ampulheta.
Um dos destaques da noite foi a presença de celebridades como Ariana Grande, Taylor Russell, entre outros, que deslumbraram com looks da marca Loewe, como mencionado antes, patrocinadora do evento.
Com um vestido todo branco, a cantora Ariana Grande tirou o fôlego dos presentes ao passar pelo tapete. A peça foi feita sobre medida, com um corpete feito inteiro com madrepérolas.
Novamente investindo no corpete, a Loewe produziu para a atriz Taylor Russell uma peça esculpida em madeira e pintada à mão.
Outro ponto alto da noite foi a presença da atriz Zendaya, que brilhou com não uma, mas duas interpretações únicas do tema. Em seu primeiro look, ela usou um vestido azul royal e verde esmeralda, com ornamentos que pareciam inspirados em árvores frutíferas, uma criação de John Galliano, diretor criativo da marca Maison Margiela.
Em seu segundo look, a atriz reapareceu com um vestido preto, uma peça de 1996 da era Givenchy de John Galliano, combinando com um chapéu da marca Alexander Mcqueen, que remete a um buquê inteiro de flores.
A cantora Lana del Rey também se destacou no retorno deslumbrante ao evento, após 5 anos ausente. Ela usou um custom-made da marca Alexander Mcqueen, inspirado em uma peça de archive da grife. O vestido em tule com detalhes que imitavam galhos espinhentos por toda a peça, e o mesmo tecido do vestido transpassado pelo rosto e cabeça.
Prestigiando o Brasil, a atriz Bruna Marquezine fez sua estreia no tapete do evento. Usando um vestido longo branco da marca Tory Burch, com silhueta marcada e flores na barra retratando o tema.
O evento também foi marcado por uma performance artística da cantora Ariana Grande, que vestia Maison Margiela feito pelo designer atual da marca: John Galliano. Instalações interativas e discursos inspiradores que destacaram a importância da criatividade, e do poder da moda como uma forma de expressão e de contar histórias.
O Met Gala foi criado em 1948 pela publicitária e fundadora da semana de moda de Nova York, Eleanor Lambert, com o objetivo de arrecadar fundos para o departamento de moda do Metropolitan Museum (The Costume Institute). Na época, o ingresso custava 50 dólares e era apenas um jantar beneficente. O evento costuma não ser realizado no próprio museu, como nos dias de hoje, mas em espaços como o Central Park e Waldorf Astoria. Somente em 1962, quando Diana Vreeland se tornou editora chefe da Vogue, o evento mudou sua localização para as famosas escadarias do MET e passou a contar com a presença de celebridades convidadas como Elizabeth Taylor, Diana Ross, Elton John, Cher, Andy Warhol, Jackie Kennedy, Lady Di e Bianca Jagger. A instauração do dresscode como conhecemos ocorreu apenas no ano de 1973. O marco inaugural dessa prática foi "O mundo da Balenciaga", uma homenagem para o designer Cristobal Balenciaga que havia falecido no ano anterior (1972).
Em 1995, a atual editora chefe, Anna Wintour, assume e desde então comanda a festa. O evento sempre ocorre na primeira semana de maio, com exceção da edição de 2021 que foi em setembro em decorrência da pandemia. O ingresso individual custa $30.000 (aproximadamente R$150.000) e as mesas a partir de $275.000 (aproximadamente R$1.400.000), porém boa parte das celebridades são financiadas por grandes marcas, que as vestem por publicidade. Ainda assim, todos convidados e suas roupas têm que ser pré-aprovados pela Anna Wintour e a lista passa por uma peneira meticulosa, deixando muitas celebridades e pessoas influentes frustradas ao serem barrados do evento.
Além de temas distintos, há também o papel de co-anfitriões. Podem variar em número – entre dois a quatro por ano – e algumas das suas responsabilidades incluem auxiliar a lista de convidados, no menu e na decoração. Apenas o tapete vermelho é transmitido ao público; o resto do evento acontece a portas fechadas, onde os convidados são proibidos de usarem seus celulares e redes sociais. O Met Gala deste ano acontecerá no dia 6 de maio, sob comando dos co-anfitriões Zendaya, Bad-Bunny, Jennifer Lopez e Chris Hemsworth.
O dresscode, intitulado "The Garden of Time", foi inspirado em um conto de mesmo nome do autor J.G. Ballard de 1961 e segue a exibição nova “Sleeping Beauties: Reawakening Fashion”. A exibição conta com 250 obras raras diretamente da reserva permanente do departamento de moda do Metropolitan Museum, abrangendo mais de 400 anos de história da moda. Andrew Bolton, um dos curadores responsáveis, disse que a exposição é um ode à natureza e à poesia emocional do mundo da moda e estará dividida entre três zonas: Mar, Terra e Céu. A lista de convidados oficial ainda não foi divulgada e o evento poderá ser acompanhado ao vivo pela Vogue.com
A coleção MASP RENNER reúne, pela primeira vez, as peças criadas por artistas e estilistas contemporâneos brasileiros especialmente para o acervo do MASP. O projeto durou três temporadas, entre 2017 e 2022, e envolveu 26 duplas de artistas e designers de moda, resultando em 78 trabalhos que compõem a exposição.
“A coleção foi pensada para exclusivamente para o museu, não sendo comercializada", afirma Leandro Muniz, curador-assistente da exposição. Ele explica, ainda, que existem diversos pontos de encontro entre moda e arte, como a técnica e o conceito por trás das obras. A exposição tem o objetivo de destacar estes pontos de encontro, aproximando a moda e arte aos olhos do público.
A relação do MASP com a moda, no entanto, nasceu de um projeto anterior, que serviu de inspiração para a parceria do museu com seu patrocinador: a Renner. A coleção MASP Rhodia produziu 79 looks na década de 1960, que foram doados ao museu em 1972. O objetivo da coleção era continuar divulgando as ideias da indústria química Rhodia, que realizava desfiles no país para promover seus tecidos sintéticos e encomendava as peças aos seus criados, refletindo as tendências da arte e da moda.
Já na vez da coleção MASP RENNER, foram artistas e estilistas que atuam no cenário atual para colaborarem com a produção. Tendo em mente uma variedade de temas que abrangem questões de gênero, sexualidade, religiosidade, sustentabilidade e a pandemia da Covid-19.
Quatro modos de operar são destacados no trabalho dos designers: aqueles que traduzem a sua marca pessoal nas peças, os que brincam com modelagens e a estrutura das roupas, outros que usam a moda como um meio de expressão política e social, e os que desafiam o conceito e os limites da moda. Todas estas ideias apresentam o mesmo ponto de encontro e o mesmo incentivador: o MASP.
Segundo Leandro Muniz, “Alguns estilistas optaram por representar resistência e focaram no quesito social. Enquanto outros representaram o corpo, a técnica e a escultura das peças”. Para o curador-assistente, três palavras resumem a exposição: Memória, narrativa e corpo.
Para acompanhar a cobertura da exposição, acesse o link do vídeo
lA noite de sábado, 13 de abril, foi marcada por visuais que vislumbravam a ideia de futuro que a Forca Studio desejou transmitir, e já na abertura tivemos a atriz e modelo Vitória Strada com um drone ao seu lado. O desfile foi marcado por três blocos: Office - com foco em peças corporativas, de alfaiataria; Sport - uma colaboração com a marca esportiva italiana Kappa, com a presença de camisas de time, bonés e chuteiras, totalmente focada no streetwear; e Noite - com roupas festivas, de paetês e peças de couro. Cada uma dessas fases era acompanhada de um pequeno vídeo antes dos modelos entrarem na passarela.
A marca nasceu em 2022, oriunda da amizade da estilista Vivi Rivaben e do DJ Silvio de Marchi, conhecido por agitar as noites paulistanas. O nome surgiu dos próprios criadores como uma forma de retratar as minorias da sociedade. Para a revista L’Officiel, eles disseram ‘’sempre fomos mandados para a forca por ser quem somos. Decidimos tomar e virar essa forca para o outro lado.”
O ator Pedro Novaes, filho dos atores Letícia Spiller e Marcello Novaes, fez sua estreia na passarela da SPFW, e contou para o portal Elas no Tapete Vermelho, que sempre teve vontade de modelar, mas tinha a sensação que nunca era o momento ideal, e que naquele dia, conseguia se sentir preparado para o novo ofício, não só fisicamente como também mentalmente. A atriz, modelo e ex-BBB, Yasmin Brunet, retornou após 12 anos fora desse universo, e disse que apesar de sua vasta experiência, ficou nervosa. Sua mãe, também modelo, Luiza Brunet, já lhe deu diversos conselhos, como beber água e descansar bastante, e ela revela que não segue-os à risca da maneira como deveria! Já, Vitória Strada, estava há oito anos fora, mas ainda sim, mantinha uma boa relação com a marca, então, quando surgiu o convite, não pensou duas vezes.
A principal proposta da grife foi evocar uma ideia de como eles imaginam que será o futuro. Além do drone, teve também a inclusão de um cão-robô que desfilou junto de um modelo. E pode parecer apenas uma excentricidade passageira, mas na verdade, foi uma simulação de um lembrete perturbador do que realmente está em jogo. Será que, no futuro, veremos os animais, de uma maneira geral, sendo substituídos por máquinas? Se sim, que tipo de mundo estamos construindo? Um onde a natureza é reduzida a uma mera conveniência tecnológica? E a realidade não está tão distante; temas que o evento não tratou neste ano.
E quanto aos seres humanos? Será que estamos caminhando para um cenário digno de "Metropolis" (filme de 1927, dirigido pelo cineasta alemão Fritz Lang), onde os seres humanos são subjugados ao papel de servos de uma tecnologia dominante? A moda está intrinsecamente ligada aos valores e as aspirações de uma sociedade, podendo, por vezes, acidentalmente, apresentar uma visão de um futuro distópico. No entanto, a realidade é que essa visão pode se concretizar em um amanhã que mora logo ali. E por fim, pode-se dizer que nem mesmo a mais eficiente das ciganas seria capaz de desvendar o curso dos acontecimentos da contemporaneidade.
A semente é um elemento em potencial que germina e vira flor - símbolo associado à vida, às cores, ao feminino em diversas culturas. Neste sentido, a 'Florescer Imagem', idealizada pela carioca Lara Larrubia, 24 anos, busca conectar temas como autoconhecimento, construções identitárias e até abordagens terapêuticas ao estilo pessoal de suas clientes. O propósito, é guiar um público (majoritariamente feminino) à construção de um estilo pessoal - que vai muito além da visão clássica de moda que 'dita' tendências. A consultoria "nasceu do processo de me encontrar profissionalmente, reformulando a minha (até então) trajetória no curso de Nanotecnologia na UFRJ", conta Lara.
Escute o bate-papo sobre carreira, empreendedorismo feminino e a âncora que expressar-se (através do vestuário!) pode representar em nível individual e cultural. O 'Florescer' de identidades, origens e símbolos com orgulho é, ao contrário da imagem da flor associada à fragilidade, sinônimo de força.