O dia de encerramento da NYFW não deixou nem pouco a desejar. As marcas escolhidas para o dia deixaram a sensação de que todos os estilos se juntaram para a bagunça de cores mais linda possível.
Segundo rumores, a era das roupas estampadas morreu após 2006, mas os designers parecem pensar o contrário e a aposta da vez em trazer de volta o estampado foi um acerto sem igual. É inegável que as estampas mais escandalosas como zebra, cobra e onça são coisa do passado. Neste dia final, ficou perceptível que a nova moda para 2025 será o floral. Todas as marcas parecem estar sedentas pela possibilidade de revolucionar o estilo.
Talvez possamos considerar esse retorno como uma consequência da estética clean, que no início do ano era tendência entre famosos e anônimos. Contrário ao esperado pela crítica, muitas pessoas ainda adotam este estilo, com algumas ressalvas e padrões.
Algumas das marcas que se destacaram no evento foram:
Lost pattern
A marca apostou, principalmente, em tons como branco e bege com sutis toques coloridos, como padrões e estampas, principalmente florais, que são sua marca registrada. O destaque fica para a leveza apresentada por cada peça, sendo em sua maioria similares a roupas praianas.
A estética clean, citada antes, faz seu retorno principalmente por ser um estilo querido pela marca, que tem diversas coleções focadas nesse visual.

Foto/Reprodução por Cristian Paez/Instagram
African fashion council
Investindo em padrões e cores fortes, as peças da coleção trazem diversos tons de vermelho, laranja e marrons. Todo o conjunto possui cortes e aberturas que aumentam o movimento das peças de forma fenomenal, valorizando os diferentes biotipos apresentados.
É necessário dar destaque para as composições feitas, diversos acessórios como colares grandes e brincos maiores ainda chamam a atenção de qualquer espectador, montando um produto final de tirar o fôlego, e culturalmente muito significativo.
A música usada no desfile também mereceu destaque, a trilha escolhida complementa perfeitamente o tom escolhido para o desfile, sendo em alguns momentos possível sincronizar o andar das modelos com seu toque.
Melitta Baumeister
A marca apostou em diferentes formas, testando os limites da criatividade da Designer, o estilo extremamente oversized também é uma das características mais marcantes, além de ser uma coleção focada no estilo esportivo não casual . Vale ressaltar que a marca segue o modelo de desfile criativo, suas peças não tem pretensão de funcionar fora da passarela ou de serem necessariamente confortáveis.

Foto/ Reprodução por Isidiore Montag/Vogue
Kallmeyer
A coleção, tem em sua totalidade peças elegantes e com uma tabela de cores relativamente neutras, focando em jeitos de renovar o que já temos como elegante, a variação de caimentos e tecidos torna o produto final um refresco para o estilo. É visto que a marca já tem um histórico de manter suas coleções com elementos da estética clean e a dita Old Money, que consiste em demonstrar poder aquisitivo familiar, o estilo ficou bem popular por famosas como Sofia Richie e Julia Roberts.

Foto/ Reprodução por Filippo Flores/Vogue
A segunda edição do "Brazil: Creating Fashion for Tomorrow" (BCFT) abriu o calendário da London Fashion Week 2024 com uma exposição na embaixada do Brasil em Londres. O evento, realizado antes do início oficial da semana de moda, destacou o papel das mulheres na indústria da moda, com a mostra “A Chain of Women”, que apresentou marcas brasileiras lideradas por mulheres focadas em sustentabilidade e empoderamento feminino.

Com curadoria de Camila Villas, Lilian Pacce e Marília Biasi, a exposição celebrou o uso de materiais sustentáveis e o artesanato tradicional do Brasil, mostrando iniciativas que conectam mulheres de diferentes comunidades. Entre as marcas participantes estavam Catarina Mina, com comunidades do Ceará; Farm Rio, em colaboração com as artesãs indígenas Yawanawá; Lenny Niemeyer, em parceria com artesãs do Maranhão e PatBo, com sua escola de bordadeiras, todas promovendo moda consciente e colaborativa. Também estavam presentes marcas como Malwee, Renata Brenha e Flavia Aranha, todas com foco em práticas de produção sustentáveis e inclusivas.
Além das coleções exibidas, o BCFT ofereceu painéis e workshops que abordam temas essenciais para o futuro da moda, como inovação sustentável e inclusão. O evento destacou a importância da solidariedade entre as mulheres na indústria, reforçando o compromisso da moda brasileira com a criatividade e responsabilidade social.

Os 40 anos da Semana de Moda de Londres
A Semana de Moda de Londres há muito tempo compete por atenção ao lado dos prestigiados eventos em Paris, Milão e Nova York. No entanto, ao longo de seus 40 anos de história, ela conquistou um espaço único, sendo reconhecida por sua ousadia criativa e energia rebelde. Diferente de suas contrapartes, a cena da moda em Londres prospera ao romper barreiras e abraçar o não convencional, oferecendo uma experiência distintamente própria.
A primeira semana, realizada em 1984 em um estacionamento na Kensington High Street, foi organizada por Lynne Franks, personalidade importante no campo das relações públicas. Durante a recepção em Downing Street para celebrar o evento inaugural, a designer Katharine Hamnett chamou a atenção ao se encontrar com a primeira-ministra Margaret Thatcher usando uma camiseta de protesto com o slogan "58% Não Querem Pershing", em oposição às armas nucleares. Esse momento deu o tom para as muitas declarações ousadas e disruptivas que a Semana de Moda de Londres passaria a ser conhecida.

Desde a presença da Princesa Diana em uma recepção para designers em seus primeiros anos até a rainha sentada ao lado de Anna Wintour em um desfile de Richard Quinn, a Semana de Moda de Londres proporcionou inúmeros momentos icônicos. Shalom Harlow sendo pintada por robôs em um desfile de Alexander McQueen e Posh Spice desfilando com shorts de cetim são apenas alguns exemplos das cenas inesquecíveis que fazem deste evento tudo, menos discreto.
Harris Reed
No primeiro dia da edição celebratória de 2024, além da presença de marcas brasileiras, Londres também foi tomada pelos designs marcantes de Harris Reed. Para a primavera/verão 2025 no Tate Modern, ele apresentou uma coleção com silhuetas maximalistas e tecidos pouco convencionais. Utilizou materiais como uma toalha de renda italiana de 200 anos, que encontrou após meses pesquisando plataformas como eBay e sites de tecidos vintage. Esses tecidos históricos foram transformados em peças artísticas e detalhadas, com elementos como corsets, estruturas de gaiola, leques, apliques e golas altas. A coleção exalava uma elegância britânica do Velho Mundo, mas evitava exageros ou ornamentos excessivos.

Por muitos anos, a Semana de Moda de Londres não foi fortemente associada à alta-costura, até a chegada de Harris Reed. Um designer de moda fluido, conhecido por suas silhuetas dramáticas e sensibilidade em relação à forma feminina, Reed rapidamente ganhou destaque com suas criações ousadas e repletas de estrelas. Seu trabalho já apareceu em grandes tapetes vermelhos quando o designer vestiu artistas importantes como Harry Styles, Nicola Coughlan, Ashley Graham, Demi Moore e Lily Collins. Os desfiles de Reed se tornaram uma marca registrada da London Fashion Week, trazendo a habilidade artesanal da alta-costura para o centro do evento.
COS
O desfile da COS, marca do conglomerado de moda H&M, aconteceu no Brooklyn na manhã do dia 10. A diretora criativa, Karin Gustafsson, usou como inspiração para a coleção o trabalho da coreógrafa Tina Bausch, usando as ideias de movimento e fluidez para incorporar em seus looks.
O resultado foi uma coleção de peças no estilo "quiet luxury", refletindo um espírito minimalista. Seguindo as tendências da estação, a linha inclui agasalhos de lã drapeados e alfaiataria de alta qualidade, além de jaquetas de couro oversized, calças amplas, vestidos longos e blusas com gola amarrada. As camadas transparentes e as malhas finas também se destacaram. A designer ainda elevou a aposta nos trajes de noite, apresentando um deslumbrante vestido preto de corte enviesado, com costas dramaticamente baixas amarradas por duas fitas, e uma cauda marfim impressionante.
Reprodução: Vogue
Michael Kors
A Michael Kors também apresentou sua coleção de Primavera/Verão 2025 nesta terça, Camila Coelho, a cantora Mary J. Blige, e as atrizes Lindsay Lohan, Kerry Washington, Mindy Kaling, Olivia Wilde, Suki Waterhouse e Shailene Woodley foram algumas das celebridades presentes nas primeiras fileiras do evento.
Os destaques foram os elementos artesanais, tanto nas roupas como nos acessórios fazendo referência aos 35 anos de parceria da Michael Kors com ateliês de Florença. Essa estética é evidenciada pelo uso de rendas e texturas florais, que vão além das estampas e se transformam em apliques, conferindo um volume romântico a saias e casacos (com brilho, ou sem). Os plissados também marcaram presença nesta coleção, confirmando uma das tendências para o verão de 2025. A coleção inclui saias, vestidos e transparências, além de propostas utilitárias, com destaque para os trench coats, e uma alfaiataria descontraída em branco, azul-marinho, preto e uma paleta de tons neutros, que trazem elegância atemporal para o verão.
Reprodução: Vogue
PatBo
A única marca brasileira a integrar o calendário oficial do CFDA (Council of Fashion Designers of America), a PatBo, apresentou sua nova coleção “Ethereal” durante a Semana de Moda de Nova York (NYFW).
A coleção é uma verdadeira jornada visual que explora o conceito de leveza, delicadeza e transformação, qualidades ligadas à borboleta, símbolo bastante utilizado nas peças). Mergulhando no significado emocional da metamorfose, a PatBO captura a essência da mudança e da evolução, traduzindo esses temas através de silhuetas e tecidos leves e etéreos, como chiffon, tafetá e tricoline bordada, adornados com franjas em degradê e lycra. A paleta suave inclui tons de rosa, marrom, vinho e off-white, combinados com detalhes metalizados em prata e dourado, que proporcionam um brilho extraordinário. Além disso, os paetês, inspirados nas escamas das borboletas, acrescentam um toque mágico e luxuoso à coleção.
O evento teve parcerias exclusivas, com patrocínio do C6 Bank, beleza a cargo da Eudora, bolsas da marca brasileira Nannacay, calçados da Schutz, joias da Diamond Design e cuidados corporais da Sol de Janeiro. Além disso, contou com um time espetacular de modelos, incluindo Camila Queiroz, Alessandra Ambrósio, Emily Nunes e Bruna Tenório na passarela, enquanto o styling foi assinado por Rita Lazzarotti.
Reprodução: Instagram/ Patricia Bonaldi
Elena Velez
Na Semana de Moda de Nova York, Elena Velez apresentou sua coleção Primavera/Verão 2025, intitulada “La Pucelle”, uma homenagem às mulheres icônicas e revolucionárias da história. A estilista, conhecida por seu estilo provocativo, desenhou a coleção com inspirações que vão desde Jeanne d’Arc até Calamity Jane, visando desafiar as normas sociais e criar uma visão disruptiva de feminilidade.
A coleção destaca-se por suas silhuetas ousadas, incluindo vestidos rendados e rasgados, peças de couro marcantes, e roupas com slogans impactantes. Destaque especial para os vestidos de baile retrabalhados, como o usado pela cantora Tinashe durante o desfile. A proposta de Velez para a temporada se alinha com uma exploração das mulheres como figuras sombrias e complexas, evidenciada na colaboração com a plataforma UGG New Heights e o OnlyFans.
A designer, finalista do prêmio LVMH, continua a sua jornada de subversão das convenções da moda com uma abordagem que mistura anarquia feminina com sofisticação material. Seus desfiles anteriores, como o de Primavera/Verão 2024, já haviam gerado grande controvérsia ao incorporar elementos provocativos, como modelos se arrastando em lama. Velez busca estabelecer um espaço único para o estilo punk na moda americana, desafiando instituições e a tendência de categorizar seu trabalho em nichos específicos.
Reprodução: Instagram/ Elena Velez
Cynthia Rowley
Na mais recente edição da Semana de Moda de Nova York, Cynthia Rowley ofereceu uma homenagem à sua cidade natal com uma apresentação singular. Em vez de um desfile tradicional, Rowley produziu um curta-metragem ambientado em diversos restaurantes icônicos de Nova York, capturando a resiliência dos nova-iorquinos em tempos desafiadores. O filme, que será exibido na nova plataforma RUNWAY360 do CFDA em 16 de setembro, transforma esses estabelecimentos em cenários para uma homenagem fashion à cidade.
A coleção Primavera/Verão 2024 de Rowley, composta por 20 looks inovadores, combina estilos que atravessam as estações, refletindo a evolução da marca em direção a um modelo atemporal. A linha inclui tanques e suéteres delicados em algodão e cashmere, moletons adaptados com vestidos clássicos e calças "ligadas", uma fusão de peças esportivas e formais. A coleção também destaca trajes de mergulho e natação com designs criativos, bem como lenços de seda em novas estampas e óculos com lentes rosa. Entre as novidades, estão os tênis de cano baixo e alto da marca, oferecendo um toque de conforto elevado. Com uma entrega mais ágil, a nova coleção estará disponível para compra no mesmo mês de sua apresentação, celebrando a cidade de Nova York com um estilo inovador e acessível.
Reprodução: Instagram/ Cynthia Rowley
Luar
A Luar, uma das marcas de maior destaque na moda americana contemporânea, consolidou sua presença na Semana de Moda de Nova York (NYFW) com um desfile notável. O evento ganhou ainda mais notoriedade com a presença de ícones como Beyoncé no desfile anterior e Madonna na mais recente edição. Raul Lopez, o designer por trás da Luar e cofundador da Hood by Air, recebeu o prêmio de Designer de Acessórios do Ano pelo CFDA em 2022 e, no ano seguinte, foi premiado como Marca do Ano no Latin American Fashion Awards. Com raízes dominicanas e baseado em Williamsburg, Lopez traz para suas coleções uma perspectiva única que reflete sua experiência como jovem latino e LGBTQIAP+ em Nova York, começando sua trajetória ao criar roupas para a vibrante cena de voguing da cidade.
No desfile da Luar para a coleção Primavera 2025, realizado durante a NYFW, Madonna fez uma aparição marcante na primeira fila. A icônica cantora e estilista, conhecida por seu estilo inovador, estava acompanhada por outras celebridades, como Ice Spice. Madonna optou por um vestido-casaco em tom camel com ombros exagerados e estruturados, complementado por meias arrastão pretas e botas de cano alto, evidenciando um toque de glamour pop old-school que refletiu a estética audaciosa da Luar.
Reprodução: Instagram/ Luar
Carolina Herrera
A marca homônima criada nos anos 80 pela estilista venezuelana, atualmente comandada por Wes Gordon, é notória pela sofisticação e elegância. A nova coleção primavera/verão 2025, retomou essa estética com a decisão de Gordon em honrar as coleções antigas e trazer elementos marcantes da grife, como o uso demasiado da estampa de poá.

O desfile contou com peças de tricô e vestidos com babados. Já para um visual mais noturno, foi apresentado mangas bufantes, tecidos longos e aplicações de flores extravagantes. Para encerrar, o tom forte de amarelo, relembrando a primeira fragrância de Carolina Herrera, lançada em 1988, se fez presença indispensável nas peças
A coleção celebra muito bem as criações da idealizadora da grife, mas, não deixa de ser atual com o toque do diretor criativo.

Coach
Conversando com a geração Z, a nova coleção de verão da Coach é espontânea, divertida e sustentável. Stuart Vevers, diretor criativo da marca, trouxe o clássico modelo americano para a atualidade.
Na passarela, Vevers mistura o clássico com o atual, o uso de referências ao estilo skatista, com peças largas e bonés em um casamento harmonioso com a moda tradicional, apostando em blazers e no cetim.

A famosa tee “I love New York” é usada em vários momentos do show, conversando de novo com os consumidores sucessores. Apesar disso, os pontos fortes da marca são mantidos na coleção, os casacos de couro são peças atemporais para a grife.
As bolsas coach são um ponto forte também, vindo de variados tamanhos e cores, sempre chamando atenção, são acessórios divertidos e complementares.

Tory Burch
Inspirada pelo espírito esportivo, Tory Burch desfila suas peças com um cenário aquático.
Na nova coleção, a marca manteve sua essência, mas não deixou de usar a natação como inspiração na passarela. Bodies remetendo maiôs, óculos retangulares, tecidos fluidos, abuso de transparências ordenaram a coleção. Na beleza, um visual mais clean com o cabelo molhado, são exemplos de como a diretora criativa brincou com a ideia aquática.

Como de esperado, a marca também trouxe uma peça icônica de volta. A Reva, famosa sapatilha da grife nos anos 2000, retorna conversando com a atualidade, seja em forma de scarpin com um salto arqueado,ou até mesmo em formatos diferentes como de um biscoito da sorte chines. O famoso piercing usado no sapato retorna nas bolsas como um acessório de um acessório. Burch convida as mulheres a usar o sportswear e apostar em um visual mais descontraído nesse verão.

O evento ocorreu na noite desta terça-feira (10) em um dos endereços de compras mais luxuosos da capital paulista, o Shopping Iguatemi JK, um dos maiores da América Latina. O coquetel de lançamento contou com a presença de Celina Hissa, fundadora e diretora criativa da marca, consumidoras já cativas, curiosos que passavam por acaso, jornalistas e parceiras que fizeram o sonho sair do papel. Uma curiosidade é que a marca é a primeira de moda autoral nordestina a desembarcar por lá.

Catarina Mina foi o nome escolhido pela dona em 2008, com o foco de expandir para todo o Brasil, a moda que nasceu no Ceará, na sua forma mais crua, composta por bordados, crochês, rendas de bilro (um município da região de Trairi que por causa desse trabalho emprega mais de cinco mil mulheres), labirinto (um tipo de renda muito detalhista e que está próxima de ser extinta), filé (uma espécie de bordado característico da cidade de Jaguaribe) e a tecelagem na palha da carnaúba (uma palmeira-símbolo que abrange os estados do Ceará, Piauí e Maranhão).

A sustentabilidade é um pilar fundamental e indispensável para a grife, o que a levou a se consolidar como uma referência e, mais importante, a integrar o Pacto Global da ONU.
A etiqueta atualmente trabalha com 30 comunidades artesanais que envolvem cerca de 450 artesãs brasileiras, fornecendo não apenas uma fonte de renda estável para elas, mas também promovendo uma verdadeira cadeia sustentável, que têm como princípio valorizar a cultura e a mão de obra local, gerando cada vez mais visibilidade e dignidade para o trabalho dessas mulheres.

A partir de 2019, todas as bolsas carregam um QR Code que redireciona o cliente para o contato da artesã que fez aquele produto, que além da foto, contém também de onde ela veio e sua história.


Em entrevista para a AGEMT, a fundadora da Catarina Mina, Celina, revelou que trazer a marca para um espaço de prestígio representa uma grande conquista. Ela enfatizou a relevância de valorizar o trabalho artesanal de quem as produz, afirmando que o verdadeiro luxo vem do fazer à mão. Para ela, isso conecta diferentes realidades, permitindo que a marca alcance novos públicos e perspectivas.

A coleção, que está presente no Shopping JK, comercializa apenas as peças mais trabalhadas e com uma maior riqueza de detalhes, sendo elas muitas vezes vindas de desfiles, representando um status de exclusividade para os compradores, além dos drops de acessórios que poderão ser encontrados por lá.

A abertura deste espaço é um marco significativo, não apenas pela expansão da moda nordestina em um local majoritariamente ocupado por grifes internacionais, mas também pela capacidade da marca cearense, focada no trabalho artesanal, de quebrar paradigmas impostos por esse cenário. A presença da Catarina Mina neste local ressignifica o conceito de luxo, tradicionalmente associado a marcas estrangeiras. Este feito não só destaca a força que a moda brasileira vem ganhando nos últimos tempos dentro do próprio país, mas também abre portas para uma nova forma de consumo, onde a sustentabilidade e o respeito pela ancestralidade brasileira ocupam o centro das atenções.




