Produzir orgânicos é um desafio que envolve altos custos, manejo artesanal e um compromisso com a sustentabilidade.
por
NINA JANUZZI DA GLORIA
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12/11/2024 - 12h

Por Nina J. da Glória

 

No coração de uma pequena fazenda nos arredores de São Paulo, a paisagem exibe fileiras simétricas de verduras, um campo verde que mais parece um quadro pintado com paciência e precisão. Cada folha simboliza uma promessa livre de químicos, cultivada à mão, mas também testemunha de um trabalho árduo, invisível ao consumidor final. Esse é o cotidiano de Mariana Silva, uma agricultora que decidiu, há quase uma década, abandonar a produção convencional para dedicar-se ao orgânico. No início, acreditava que seria um retorno ao básico, uma reconexão com a natureza. Mas a realidade mostrou-se mais densa e complexa do que o imaginado. O solo, como um organismo vivo, exigia constantes cuidados e uma compreensão que ia além dos métodos tradicionais. Cada semente carregava uma incerteza, e cada colheita trazia consigo os riscos de uma produtividade menor, vulnerável a pragas e intempéries. "O solo não aceita pressa", sua frase parece pairar na atmosfera ao redor das hortas, impregnada de paciência e resignação.

Nas redondezas, em outra propriedade de São Roque, Paulo Mendes compartilha a mesma visão, mas com uma trajetória que o levou ao orgânico por caminhos distintos. Ao contrário de Mariana, ele vem de uma família que cultivava com agroquímicos, mas sempre sentiu a necessidade de transformar as práticas de cultivo. Para ele, o orgânico é como um resgate da essência da terra, uma escolha que exige mais do que habilidades tradicionais. É um compromisso com o solo, com o ciclo de nutrientes e com o futuro. Paulo vê o campo como um delicado organismo, onde a compostagem e a rotação de culturas são essenciais, mas também um desafio financeiro. Cada safra se transforma em uma experiência quase artesanal, onde a eficácia do manejo natural precisa competir com a tentação das facilidades químicas. Esse processo, para ele, é como uma dança cuidadosa com a natureza, em que observar e respeitar o ritmo das estações torna-se tão vital quanto qualquer técnica de plantio.

                                                            Comunidade de pessoas que trabalham juntas na agricultura para cultivar alimentos

Para Mariana e Paulo, a colheita orgânica traz consigo um custo invisível ao olhar do consumidor. A vulnerabilidade às pragas, por exemplo, é uma preocupação constante. Sem pesticidas convencionais cada infestação é uma batalha natural que, muitas vezes, se perde. A introdução de insetos benéficos para conter pragas ou o uso de biofertilizantes representa um custo adicional, tornando a logística do manejo um quebra-cabeça financeiro. Além disso, há as certificações rigorosas exigidas para que o produto receba o selo de orgânico, que Mariana descreve como "um segundo trabalho", com visitas e inspeções que, embora necessárias, absorvem ainda mais recursos.

No centro dessa cadeia está Cláudia Ramos, proprietária de uma loja de produtos orgânicos em São Paulo. De seu ponto de vista privilegiado, ela percebe o esforço e as dificuldades de seus fornecedores, mas também o descompasso entre o preço desses produtos e a percepção dos consumidores. Em cada item das prateleiras, Cláudia vê um microcosmo de esforço e idealismo, mas, ao explicar as diferenças entre orgânico e convencional, enfrenta um público que ainda considera o orgânico um luxo. Ela afirma que cada produto é uma história de sacrifício, e explica que o custo mais alto representa a vulnerabilidade da produção orgânica, que exige cuidados permanentes e colheitas menos previsíveis.

                                                                                           Close-up de plantas verdes na estufa

A produção orgânica, então, emerge como uma complexa equação de valores, sacrifícios e riscos. Cada um dos envolvidos—do campo à prateleira—carrega uma parte dessa carga, como se fosse um ciclo contínuo de compromissos, onde o ideal e o real se encontram e se confrontam. A busca pela pureza e pelo cuidado no cultivo se mescla a um cotidiano cheio de dificuldades, e o produto final se transforma numa espécie de narrativa silenciosa sobre perseverança e dedicação ao que se acredita ser o melhor para o futuro do planeta e do ser humano.

Os impactos das mudanças no dia-a-dia dos pacientes e profissionais de saúde
por
Bianca Novais
Maria Eduarda Camargo
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20/11/2023 - 12h

Por Bianca Novais (texto) e Maria Eduarda Camargo (audiovisual)

 

Em um mundo pós-pandemia de Covid-19, os cuidados com a saúde deixaram de fazer parte de uma seção especial dos jornais e passaram a figurar entre os assuntos principais do cotidiano. Com a popularização dos nomes e marcas das indústrias farmacêuticas que desenvolveram e comercializam vacinas contra o coronavírus, a população passou a ficar mais atenta a outras informações sobre os produtos de saúde que consomem, em especial, medicamentos.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) publicou em 12 de dezembro de 2022 a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 768, que estabelece novas regras para rotulagem de remédios. Kim Gonçalves, coordenador de Assuntos Regulatório de uma multinacional farmacêutica, nos conta como tem sido o processo de atualização.

 

 

Apesar da Covid-19 ter trazido mais foco para a indústria da saúde e sua regulamentação, a atualização da rotulagem era uma pauta da ANVISA há muitos anos e foi justamente a pandemia que atrasou esse processo.

 

 

 

Uma das novidades que pode ser mais perceptível ao consumidor é a "substituição" da bula de papel pelo código bidimensional: um tipo de código de barras que possui capacidade melhor de armazenar dados, inclusive dados maiores, do que códigos lineares - algo como o CPF de cada unidade do medicamento, um número de identificação próprio -, que poderá ser acessado pelo paciente através da internet.

Este é um ponto de atenção para Kim, uma vez que o acesso às tecnologias digitais no Brasil está longe do ideal. Apesar disso, a substituição é viável para a estrutura informacional que temos no país hoje:

 

 

Outro legado da pandemia, infelizmente, é o uso incorreto de medicamentos e a automedicação. Para além dos conflitos políticos e ideológicos travados durante o período da doença, que vitimou mais de 700 mil brasileiros até a redação desta reportagem, segundo o DataSUS, o perigo do mal uso de remédios não se limita ao indivíduo, mas a toda sua comunidade. A atualização das rotulagens de medicamentos também ajuda pacientes e profissionais da saúde - médicos, farmacêuticos, enfermeiros, cuidadores, psicólogos e muitos outros - a combaterem os efeitos desta outra pandemia - a de desinformação.

 

 

 

 

Na rotina do Instituto para Cegos cada som, toque e aroma ganham vida como conexões sensoriais
por
Sophia Dolores
Mariana Melo Castilho
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20/11/2023 - 12h

Ser capaz de reconhecer o som de cada carro estacionando e já esperar a visita no portão de braços abertos. O Seu Chizu e o Zé Carlos fazem isso diariamente. O Tunico e o Mathias sabem qual é, exatamente, sem errar nenhum ingrediente, o almoço que será servido no dia, antes mesmo de ser servido. A Ana e o Olavo acertam o nome da pessoa para quem dá a mão sem antes vê-la. Esses são os seis moradores do Instituto para Cegos Santa Luzia.

Instituto
Seu Zé Carlos (Foto: Mariana Melo Castilho)

Eles acordam entre 6h30min e 7h00min da manhã, tomam um café coado com bolinho de fubá, e partem para ginástica, localizada no pátio central, que fica entre a “casa dos quartos” e a “casa geral". Durante a prática da atividade física, cada um obedece seu próprio ritmo, com uma música de fundo e muita animação, a professora Dayane, fala o nome de cada exercício e descreve como executar, apesar de todos já conhecerem de cabo a rabo a sequência passada todas as segundas, quartas e sextas.

Após a prática dentro dos muros, chega a hora de caminhar pelas ruas da cidade de Araçatuba. Tonico diz que não vai sair "nesse sol". Ele afirma que está cego mas não está doido. O restante segue rumo à Avenida Pompeu de Toledo. Ao longo do trajeto, as mãos esquerdas vão apoiadas na parede, guiados pela voz da instrutora e por seus conhecimentos da área, prestam atenção a cada som, e percebendo cada desnível da calçada, o silêncio só é interrompido pela falação eterna do Zé Carlos, sempre com alguma piada pronta ou comentário pensado.

Voltando para a habitação é chegado o momento do almoço. A essa hora, todos já conseguiram sentir o cheiro do que foi preparado e sabem o menu, cada um pega seu prato de plástico para serem servidos pela Patrícia, cozinheira do Instituto. As mesas de madeira são compridas com espaço para todos sentarem juntos.

Instituto
Seu Chizu (Foto: Mariana Melo Castilho)

Um por um eles se levam e seguem para o quarto, saindo da “casa geral”, a qual abriga a cozinha, o refeitório, a sala de visitas e uma segunda sala para a parte administrativa, com computador e telefone, passam pelo pátio e vão a caminho da “casa dos quartos”, com oito quartos individuais. Para a organização do tráfego, a direita é ida e a esquerda é a volta, assim evitam acidentes de colisão na via de duas mão que é o longo e largo corredor no centro da morada.

            O descanso sagrado tem fim quando a professora de braille aparece para a aula. Como rotina, todas as terça e quintas-feiras, acontecem as classes pela parte da tarde, algumas vezes, outros deficientes visuais vão ao a entidade aprender também. Os que fazem as leituras com maestria utilizam o tempo para ajudar os outros e conhecer novos livros e histórias.

Terminando a lição, depois de um dia todo juntos, Seu Chizu conta do seu tempo como ajudante de seus pais na feira, como ia para chacará ajudar seu pai a colher o que seria vendido no dia seguinte e como não teve a escolaridade completa por não terem a assistência de que ele precisava quando criança, hoje em dia sua irmã insiste para o levar para morarem juntos em outra cidade, “com tudo do bom e do melhor” mas ele nega por já ter uma casa com tudo que precisa.

Zé Carlos relata seu acidente de moto que aconteceu depois de um dia de trabalho no escritório de contabilidade, e fala das várias cirurgias falhas para tentar recuperar sua visão, com 26 anos, preferiu ir viver no Instituto de Cegos, longe de sua família, para ter uma vida ajustada a suas necessidades “sem atrapalhar ninguém" . Seu Olavo ensina que a diabetes é uma das causas para a cegueira, e sobre como isso é comum, Ana, sua esposa, também passou pela mesma situação e hoje tem lar na fundação.

Instituto
Instituto para Cegos Santa Luzia (Foto: Mariana Melo Castilho)

Nesse momento o lanche da tarde fica pronto e eles vão comer, provavelmente depois da comida tem mais tempo livre até o jantar e antes das 19h00min estão deitados para dormir e assim, no dia seguinte, a rotina continua como na semana anterior, e a próxima será como esta, e assim, passei quase um dia todo observando com os olhos e sendo observada pela voz, pelo toque, pela força das passas, me encantei pela calma da vida levada com tempo para estar presente e, pela primeira vez, passei horas sem escutar nenhuma reclamação, tirando a parte do sol, estava muito quente mesmo.

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Experiência de família com filho autista de 12 anos reacende o debate sobre a inclusão de pessoas no Transtorno do Espectro Autista.
por
Thiago Pereira
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14/11/2023 - 12h

Nos últimos meses, ganhou espaço na mídia o fato de um casal que teve sua entrada no estádio do Mangueirão para assistir a partida entre Remo e Corinthians barrada. O evento aconteceu na quarta-feira, dia 12/04 e, na ocasião, Luíza Flores e Amário Fernandes estavam com seu filho: Daniel, de 12 anos e autista.

 

Segundo Amaro, foram comprados três ingressos de visitantes no valor de R$200,00 cada, porém, devido à grande excitação dos torcedores em torno do jogo, uma confusão foi formada nos arredores do estádio e, por isso, a diretoria do Clube do Remo decidiu fechar os portões e impedir a entrada de mais torcedores, inclusive aqueles que apresentavam ingresso. Em nota, a diretoria do clube negou as acusações e afirma que registrou um boletim de ocorrência para apurar o caso e encontrar os responsáveis, que devem “responder dentro dos limites da lei”.

 

"Compramos três ingressos de visitantes, cada um por R$ 200,00, e não vamos poder assistir ao jogo porque o Clube do Remo fechou o estádio e ninguém entra mais. Meu filho, que tem Autismo, não vai poder ver o jogo do Corinthians, não vai poder ver o time dele. Ele passou a semana inteira falando que ia ver o Corinthians, mas não vai poder por determinação do Clube do Remo, é isso que está acontecendo hoje no Mangueirão", desabafou Amário.

 

O autismo:

 

Na ocasião relatada, mais pessoas tiveram suas entradas barradas no estádio, porém, os prejuízos e consequências que isso pode trazer para uma criança autista podem ser muito maiores devido à alguns fatores relacionados ao transtorno.

 

O Transtorno do Espectro Autista é uma condição neurológica que afeta a comunicação, o comportamento social, a percepção dos sentidos e pode resultar em interesses restritos e repetitivos. Para crianças autistas, a rotina e a previsibilidade são fundamentais e desempenham um papel significativo em suas vidas, como se fossem uma fonte de conforto e estímulo.

 

Dentro dessa condição, existem diferentes níveis de suporte. Significa dizer que um autista nunca será igual ao outro e sempre terá habilidades, dificuldades e características únicas. Mesmo assim, é muito comum que eventos onde ocorra quebra de expectativas sejam muito estressantes.

 

É o caso de Daniel, que esperava ansiosamente para ver seu time de coração em campo e teve um profundo impacto ao ser barrado. Nesses casos, a carga emocional pode ser tão grande a ponto de gerar crises de agressividade e desligamento.

 

A sala sensorial:

 

O Mangueirão, palco da polêmica, possui em seu interior uma sala destinada ao uso exclusivo de pessoas que estão no espectro autista. O local, denominado “espaço TEA” e mantido pela Cepa (Coordenação Estadual de Políticas para o Autismo do Pará), tem como objetivo ser um lugar onde crianças, jovens e adultos possam se sentir confortáveis e se regular sensorial e emocionalmente, já que o ambiente da arquibancada e da torcida é muito estimulante e pessoas dentro do espectro podem ser mais sensíveis a esses estímulos.

 

Ao passo que algumas pessoas nas redes sociais começaram a apontar uma suposta incoerência no ocorrido e cobrar uma posição do órgão, Nay Barbalho, coordenadora de Políticas Públicas Para o Autismo, fez um posicionamento sugerindo que o governo não tem responsabilidade sobre o caso, uma vez que é responsável apenas pelo funcionamento do 'espaço TEA', do lado interno do Mangueirão.

 

"É importante que a gente coloque as responsabilidades de cada um nessa problemática. A Secretaria de Saúde, por meio da Coordenação Estadual de Políticas para o Autismo, é responsável pelo 'espaço TEA', tanto do lado A, quanto do lado B. Lá, vão ter acesso pessoas que já estão dentro do estádio. O ingresso que elas comprarem, onde elas comprarem, do time que elas comprarem - isso não nos cabe. Nos cabe receber as pessoas lá dentro e dar todo o atendimento, acolhimento, tecnologias assistivas para que pessoas autistas possam estar dentro daquele espaço".

 

As problemáticas:

 

Deixando de lado a responsabilidade pelo acontecido, temos um fato: Daniel, um menino autista de 12 anos, foi afetado e prejudicado pelo que ocorreu. Alegações dos pais e dos que saíram em defesa do menino afirmam que era de se esperar que os funcionários de um local que conta com um espaço destinado especificamente ao TEA tivessem o mínimo conhecimento sobre a condição e, dessa forma, proporcionassem um tratamento diferenciado a ele.

 

Quando se fala de inclusão, é necessário que os envolvidos conheçam as características daqueles que pretendem incluir.

 

As individualidades:

 

O autismo se manifesta de maneira singular em cada indivíduo!

 

 

Já para Douglas, pai de Dudu e frequentador assíduo das quadras de futsal com seu filho, a condição dele não afeta a ida aos jogos.

 

 

 

Foto: Dudu em partida do seu time do coração, o Magnus. / Arquivo Pessoal
Foto: Dudu em partida do seu time do coração, o Magnus. / Arquivo Pessoal

 

“O Dudu ama ir aos jogos comigo. Hoje em dia, ele até pede. Grita, vibra, comemora os gols e não liga para o barulho da torcida. Quando eu o levei pela primeira vez, estava apreensivo, mas a experiência foi ótima e o esporte se tornou um grande interesse para ele”.

 

A experiência de Daniel e seus pais no estádio do Mangueirão ressalta a importância da sociedade estudar e entender o Transtorno do Espectro Autista (TEA). A negação de entrada ao garoto de 12 anos, mesmo diante da existência de um espaço dedicado ao TEA no estádio, evidencia lacunas na compreensão e implementação de práticas inclusivas.

 

É importante que a conscientização e o treinamento se estendam não apenas aos profissionais diretamente ligados ao "espaço TEA", mas também aos funcionários que operam nos diferentes setores do estádio. A singularidade do autismo requer uma abordagem sensível e personalizada, e a falta de entendimento sobre ele pode resultar em situações muito prejudiciais, como demonstrado no caso de Daniel.

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Uma realidade socioambiental que luta contra o descuido de alimentos
por
Khadijah Calil
Lais Romagnoli
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20/11/2023 - 12h

Por Laís Romagnoli e Khadijah Calil

 

Apontado como um dos principais produtores mundiais de alimentos e colocado em décimo lugar no ranking de países que mais desperdiçam comida, o Brasil  tem a fome como um de seus maiores desafios. Hoje, milhões de brasileiros sofrem algum grau de insegurança alimentar ou passam fome diariamente e, enquanto isso, 46 milhões de toneladas de alimentos  são perdidas por ano no país. Isso significa que é desperdiçada 8 vezes a quantidade necessária de comida para alimentar 33 milhões de pessoas.  Somado à desigualdade, pobreza, negligência e falta de políticas públicas, o descuido alimentício causa a fome avassaladora no Brasil e no mundo, agonizando famílias diariamente.

Na linha de frente dessa luta contra a fome, está José Luiz Santos, de 56 anos. É em toda feira livre de terça-feira, na rua Ministro de Godói, que encontra-se  José. Esse homem, que tem mais rugas na pele do que anos de idade, vive com a preocupação de um pai que tem  quatro filhos para criar. Desempregado, José conta que perdeu seu emprego na época da pandemia e, desde então, sobrevive de “bicos”, contentando-se com um dinheiro apertado para sustentar sua família. José adquiriu assim a tática de chegar  perto do fim das feiras livres  dos bairros próximos a sua casa, para conseguir um preço mais baixo. Ele  fica até a chamada “xepa” da feira e salva as verduras e frutas que seriam jogadas fora. É com alívio que José conta os resultados de sua prática semanal, a qual ajuda na alimentação de sua família. Assim como ele, muitas pessoas são vistas pedindo para os feirantes  os alimentos que seriam descartados, ou também, já vão logo recolhendo do chão aquilo que se perdeu, que não é pouco, visto que a problemática do desperdício acontece  principalmente na fase de produção e colheita, e na indústria, ceasas e Ceagesp. 

Com o propósito de combater  esse descuido com os alimentos, a ONG Banco de Alimentos (OBA) nasceu. Fundada em 1998, pela economista Luciana Chinaglia Quintão, a ONG trabalha para distribuir  alimentos que perderam o valor de prateleira, mas que ainda são adequados para o consumo e extremamente valiosos para todos  aqueles que  necessitam. O que é coletado  em supermercados, indústrias e produtores rurais é enviado, cuidadosamente, às entidades cadastradas no projeto social. Por trás desses processos, Diana Jalonetsky, da área de sustentabilidade da ONG e atuante  no Projeto Inteligência Social, afirma  que todo o esforço do OBA possui um bom retorno, já que em  25 anos, a instituição distribuiu mais de 10 milhões de quilos de alimentos, alcançando mais de 1,45 milhão de pessoas em situação de vulnerabilidade. Apenas o processo de Colheita Urbana, fez com que a comida  coletada chegasse ao prato de 25 mil pessoas, atendidas por 57 entidades mobilizadas. Com orgulho, Diana diz que vale a pena todo tempo dedicado a atrair colaboradores sociais, utilizando assim, a comunicação e o marketing digital para expandir o propósito da ONG. 

Entretanto, a popularidade da causa mostra os verdadeiros inimigos da missão fundamental do OBA. Indagada sobre os obstáculos em seu trabalho, Diana destaca com ênfase a falta de senso sobre a sustentabilidade. Além  da  fome avassaladora, cada 1 kg de alimento jogado no lixo, 400 gramas de gás metano é gerado, mostra Diana, ao apontar  o impacto ambiental do desperdício de alimento. Para o começo de uma consciência social sustentável,  o aproveitamento integral dos alimentos é incentivado ao  invés do descarte  de partes nutritivas dos alimentos como talos, sementes e cascas, pois é possível transformá-las em receitas  nutritivas, balanceadas e saborosas. Diana ainda enfatiza com seriedade o papel de restaurantes e serviços alimentícios, que devem  garantir um planejamento eficaz das compras, para evitar perdas.  No caso de sobra de alimentos em condições adequadas para o consumo, é importante que os estabelecimentos tenham um processo regular de doação.  Por isso, a ONG Banco de Alimentos  fornece também educação nutricional às entidades sociais assistidas, por meio de atividades de nutrição totalmente personalizadas, disseminando boas práticas de manipulação e armazenamento. A colaboradora da OBA comenta ainda sobre os convênios com faculdades de nutrição, em que mais de 500 estagiários já passaram pela ONG  entregando resultados extremamente positivos.

Outro exemplo de ferramenta  é o Food To Save, criado na luta contra o desperdício de alimentos no Brasil e na América Latina. O App funciona  com estabelecimentos que selecionam  itens excedentes para montagem da Sacola Surpresa, disponibilizando para resgate na plataforma, com até 70% de desconto. Os preços são variados e você escolhe salvar uma Sacola Surpresa Doce, Salgada ou Mista. Na retirada, tem a opção de receber seu pedido via delivery, ou retirar a sua Sacola Surpresa no próprio estabelecimento onde realizou a compra. O ideal do app gera uma reflexão da forma como consumimos alimentos hoje, já que esses estabelecimentos participam com produtos perto da validade e repensam hábitos que contribuam para um futuro mais sustentável e humano.

Com isso, é inegável que nos deparamos  com um atraso socioambiental: a mudança climática, a perda da natureza, a poluição e principalmente, os milhões de pessoas em situação delicada com a fome. Essa realidade exige, desesperadamente, que empresas, governos e cidadãos de todo o mundo reduzam o desperdício de alimentos e desenvolvam uma cultura sustentável.

 

 

 

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Muitos benefícios para a saúde e qualidade de vida do seu cãozinho
por
Bianca Athaide
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05/05/2023 - 12h

Passeios e atividades ao ar livre podem melhorar o sono, diminuir o stress e a ansiedade do seu cachorro.  

Por serem naturalmente muitos ativos, essa espécie costuma sofrer quando trancados muito tempo em casa. Por isso, é fundamental que ele tenha momentos de lazer com o seu tutor.

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O Parque recebe cerca de 12 milhões de pessoas por ano e é um dos principais pontos turísticos da cidade
por
Helena Cardoso
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02/05/2023 - 12h

O Parque Ibirapuera, um dos marcos da cidade de São Paulo, é também o parque mais visitado da América do Sul. Localizado na região da Vila Mariana, ele foi inaugurado em 1954 e conta com uma vasta programação cultural e diversos atrativos para os visitantes.

FOTO 1 - LAGO
O Lago das Graças corta toda a extensão do Parque

 

Mesmo em um dia nublado, o "Ibira" é o escolhido por uma considerável da população da cidade para a prática de atividades e a realização de esportes variados. Seja para correr, andar de bicicleta, jogar futebol ou apenas caminhar, o Parque Ibirapuera tem a estrutura necessária. 

FOTO 2 - CORRIDA
A corrida é uma das práticas mais comuns no parque
FOTO 3 - MULHER COSTAS
FOTO 4 - CACHORRO
Às vezes na companhia dos pets...
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Também é muito comum alugar bicicletas para andar dentro do parque, elas estão disponíveis em todas as entradas do Ibirapuera
FOTO 6 - SAINDOFOTO 7 - BIKE
FOTO 8 - MENINAS
Jogar uma partida de futebol em um dos campos abertos do Ibirapuera também é uma opção
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Os treinos coletivos são muito comuns em todos os espaços do Ibira
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Também é possível realizar outras práticas, como andar de patins 

Além de praticar esportes, o parque também possui diferentes museus e instalações para os visitantes, para as mais diferentes faixas etárias. 

O vegetarianismo cresce a cada novo ano que passa
por
Guilherme Deptula
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18/11/2022 - 12h

 

O vegetarianismo vem se popularizando cada vez mais e, segundo dados do IBOPE, em 2018, 14% da população brasileira se identificava assim. Hoje, 4 anos depois, o número tende a ser bem maior, principalmente com o dilema ambiental que é vivido nos dias atuais. Exatamente, há 45 anos, 1 de outubro foi estabelecido como o dia mundial do vegetarianismo pela North American Vegeterian Society. O intuito da organização era compartilhar os benefícios do movimento e a compaixão pelos animais.

Por definição, o vegetariano é aquele indivíduo que possui uma dieta que exclui alimentos de origem animal. Nesse movimento, existem diversas modalidades: como os lacto-vegetarianos (consomem plantas e leite); os ovo-vegetarianos (se alimentam de ovos e plantas) e, até o estágio mais avançado do movimento, os veganos.

O veganismo se estabelece como um estilo de vida, no qual seus adeptos excluem tudo de origem animal do seu consumo. A escolha de se não consumir animais provoca um rompimento abrupto na vida do indivíduo, sofrendo com a hesitação na hora de consumir e com a rejeição da sociedade, como afirma Isabella Agulhó, influenciadora digital e vegetariana: “Já recebi uma vez, pelo Instagram, um vídeo de uma pessoa matando uma galinha, pelo simples fato de que eu comentei que era vegetariana”

Isabella ainda relata suas dificuldades na alimentação quando decidiu se tornar vegetariana: “Há seis anos, quando eu comecei, existiam opções (vegetarianas), mas eram para quem tinha dinheiro e eu não tinha .Nessa época as opções, onde eu moro, eram batata frita e só.”

            Além disso, o olhar de parcela da sociedade para os veganos é preconceituoso, chegando ao ponto de desenvolver um estereótipo negativo a essa grupo. “Antes de aderir ao movimento, eu pensava que veganos eram pessoas fracas, anêmicas e infelizes” argumenta Vitor Simas, estudante de jornalismo e vegano.

            Vitor ainda afirma que o vegetarianismo; veganismo é um movimento político e suas lutas correspondem com as causas ambientais do planeta: “Lembro de uma matéria no IBGE que dizia que, no Brasil, existia mais de 5 bilhões de bois! Para isso, se desmata mais floresta para a produção de soja e milho, que vão servir para a composição de ração para os bois. Enquanto isso, 1 milhão de pessoas no Brasil passam fome, mas, ao mesmo tempo, conseguimos alimentar 5 bilhões de bois.”

Com a popularização cada vez maior do movimento vegetariano, percebemos que sua ideologia vai além de uma alimentação mais saudável, e invade a luta pela preservação ambiental. Talvez por isso, a cada novo 1 de outubro, o vegetarianismo se torna mais importante.

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Tite anuncia a convocação oficial da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo, Lewis Hamilton recebe título de cidadão honorário do Brasil e PGR pede arquivamento de apuração da CPI da Covid contra Bolsonaro
por
Letícia Coimbra
Luan Leão
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07/11/2022 - 12h

Segunda-feira, 7 de novembro de 2022, veja os destaques do resumo AGEMT:

  • PGR pede arquivamento de apuração da CPI da Covid contra Bolsonaro.

  • Lewis Hamilton é homenageado como cidadão honorário do Brasil;

  • Lista de convocados da Seleção para a Copa do Mundo 2022;


 

Foto: Sergio Lima/Poder360
Foto: Sergio Lima/Poder360

Falta de elementos

Nesta segunda-feira (7), a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu que o Supremo Tribunal Federal (STF) arquive uma apuração preliminar contra o presidente Jair Bolsonaro (PL), seus filhos e aliados por suposta incitação ao crime durante a pandemia de covid-19.

Segundo a vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, não existem “elementos mínimos capazes de amparar a instauração de uma apuração criminal ou a propositura de uma ação penal” sobre o caso. Para ela, a narrativa e as informações apresentadas “denotam a ausência das elementares típicas do crime previsto no art. 286 do CP nas publicações em mídias sociais realizadas pelo Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, e pelos demais indiciados”.

Esta apuração havia sido aberta pela PGR em novembro de 2021. 

Os investigados são: Jair Bolsonaro, Flávio Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro, Onyx Lorenzoni, Carla Zambelli, Ricardo Barros, Osmar Terra, Bia Kicis e Carlos Roberto Coelho de Mattos Júnior.

Das 10 apurações preliminares abertas após a conclusão da CPI da Covid no ano passado, a PGR já pediu o arquivamento de nove casos.

 

Foto: Lucas Figueiredo/CBF/ND
Foto: Lucas Figueiredo/CBF/ND

Lista de convocados para a Copa do Mundo 2022

Goleiros

  • Alisson - Liverpool

  • Ederson - Manchester City

  • Weverton - Palmeiras

Laterais

  • Danilo - Juventus

  • Alex Sandro - Juventus

  • Daniel Alves - Pumas

  • Alex Telles - Sevilla

 

Zagueiros

  • Militão - Real Madrid

  • Marquinhos - PSG

  • Thiago Silva - Chelsea

  • Bremer - Juventus

  • Meio-campistas

  • Bruno Guimarães - Newcastle

  • Casemiro - Manchester United

  • Fabinho - Liverpool

  • Fred - Manchester United

  • Paquetá - West Ham

  • Everton Ribeiro - Flamengo

 

Atacantes

  • Neymar - PSG

  • Vinicius Júnior - Real Madrid

  • Antony - Manchester United

  • Rodrygo - Real Madrid

  • Raphinha - Barcelona

  • Richarlison - Tottenham

  • Pedro - Flamengo

  • Gabriel Jesus - Arsenal

  • Gabriel Martinelli - Arsenal

 

Foto: Futura Press / Folhapress
Foto: Futura Press / Folhapress

Cidadão honorário

Nesta segunda-feira (7), o piloto de Fórmula 1 Lewis Hamilton recebeu o título de cidadão honorário brasileiro em uma sessão solene na Câmara dos Deputados. A proposta é de autoria do deputado federal André Figueiredo (PDT-CE) e foi aprovada em junho deste ano.

O texto foi promulgado durante a sessão e não precisou ser votado no Senado, por ser uma resolução. Como justificativa, foi mencionada a relação próxima que Hamilton mantém com o Brasil e a homenagem feita por ele a Ayrton Senna no GP de São Paulo, em 2021.

Ao agradecer pela honraria, o piloto dedicou ao Senna e o chamou de “herói”.

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Bolsonaro fala pela primeira vez após resultado de domingo, Rodovias seguem ocupadas por bolsonaristas e Alckmin é escolhido como coordenador da equipe de transição do governo Bolsonaro para o de Lula
por
Luan Leão
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01/11/2022 - 12h

Terça-feira, 1 de novembro de 2022, veja os destaques do resumo AGEMT:

  • Fim do silêncio: Bolsonaro fala pela primeira vez após resultado de domingo;

  • Rodovias seguem ocupadas por bolsonaristas mesmo com decisão judicial; 

  • Transição: Geraldo Alckmin, vice-presidente eleito, é escolhido como coordenador da equipe de transição;

 

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Fim do silêncio 

Dois dias após a derrota nas urnas, o presidente Jair Bolsonaro (PL) convocou a imprensa para um pronunciamento no Palácio da Alvorada, no final da tarde desta terça-feira (01), acompanhado de ministros do governo. 

Apesar de todo o suspense, o discurso lido por Bolsonaro durou cerca de 2 minutos. Na fala, Bolsonaro agradeceu os votos recebidos e comentou as manifestações de seus apoiadores pelo país desde o resultado. 

"Quero começar agradecendo os 58 milhões de brasileiros que votaram em mim no último dia 30 de outubro. Os atuais movimentos populares são fruto de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral. As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como invasão de propriedade, destruição de patrimônio e cerceamento do direito de ir e vir", disse Bolsonaro. 

O presidente também falou sobre respeito à Constituição, e disse que continuará "nas quatro linhas" da Constituição. "Sempre fui rotulado como antidemocrático e, ao contrário dos meus acusadores, sempre joguei dentro das quatro linhas da Constituição. Nunca falei em controlar ou censurar a mídia e as redes sociais. Enquanto presidente da República e cidadão, continuarei cumprindo todos os mandamentos da nossa Constituição", afirmou o presidente. 

Bolsonaro deixou a coletiva sem citar o candidato vencedor ou o resultado das urnas. Coube a Ciro Nogueira, ministro da Casa Civil, falar sobre o governo de transição. "O presidente Jair Bolsonaro autorizou, quando for provocado, com base na lei, a iniciarmos o processo de transição", começou o ministro. "A presidente do PT (Gleisi Hoffmann), segundo ela em nome do presidente Lula, disse que na quinta-feira será formalizado o nome do vice-presidente Geraldo Alckmin. Aguardaremos que isso seja formalizado para cumprir a lei do nosso país", finalizou Nogueira.

 

 Foto: AFP
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Tensão golpista 

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou nesta terça-feira (01) que bolsonaristas seguem interditando algumas rodovias com pregações contrárias aos resultados das urnas no último domingo (30), que elegeu Luiz Inácio Lula da Silva (PT) presidente. As interdições já causaram cancelamento de voos e problemas de abastecimento em hospitais. 

De acordo com a PRF, o país tem cerca de 267 pontos de manifestações, incluindo 89 bloqueios em estradas, 42 pontos de concentração sem obstrução do fluxo, e 136 interdições parciais. A PRF informou ainda que até o meio da tarde, 306 pontos já haviam sido desobstruídos.

As manifestações começaram na noite de domingo (30), no Mato Grosso do Sul. Até a madrugada de segunda-feira (31), o número de manifestações chegou a 421. Os estados com maior número de registros são Santa Catarina, Pará e Mato Grosso. 

Ainda na noite de segunda-feira (31), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), havia determinado que a PRF e as Polícias Militares tomassem medidas imediatas para a desobstrução de vias ocupadas ilegalmente. 

Em nota divulgada pela manhã, a Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF) e o Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais afirmaram que o silêncio do presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado no pleito de domingo (30), "estimula" os atos que bloqueiam rodovias pelo país. 

O presidente falou no final da tarde de terça-feira (01) e disse que "manifestações pacíficas são bem-vindas", e criticou protestos que possam prejudicar a população. 

 

Coordenador escolhido

Cerca de 48h depois do resultado das eleições de domingo (30), a equipe do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) começa os trabalhos para formar a equipe que comandará a transição de governo entre Lula e Jair Bolsonaro (PL). 

Nesta terça-feira (01), o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), foi escolhido como coordenador da equipe de transição. A decisão foi tomada em reunião que contou com a presença da coordenadora geral da campanha e presidente do PT, Gleisi Hoffmann, além de Aloizio Mercadante, responsável pela elaboração do plano de governo. 

Alckmin será responsável por uma equipe de 50 pessoas, como previsto no orçamento de 2022. A equipe de transição despachará do prédio do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília. "Nós vamos começar as tratativas na quinta-feira (3). Nós já estamos pensando, mas na quinta-feira a gente começa a fazer essa composição", disse Gleisi Hoffmann, após o anúncio. 

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