Do pastelzinho com caldo de cana à hora da xepa, as feiras livres fazem parte do cotidiano paulista de domingo a domingo.
por
Manuela Dias
|
29/11/2025 - 12h

Por décadas, São Paulo acorda cedo ao som de barracas sendo montadas, caminhões descarregando frutas e vendedores afinando o gogó para anunciar promoções. De norte a sul, as feiras livres desenham um dos cenários mais afetivos da vida paulistana. Não é apenas o lugar onde se compra comida fresca: é onde se conversa, se briga pelo preço, se prova um pedacinho de melancia e se encontra o vizinho que você só vê ali, entre uma dúzia de banana e um pé de alface.

Juca Alves, de 40 anos, conta que vende frutas há 28 anos na zona norte de São Paulo e brinca que o relógio dele funciona diferente. “Minha rotina é a mesma todos os dias. Meu dia começa quando a cidade ainda está dormindo. Se eu bobear, o morango acorda antes de mim”.

Nas bancas de comida, o pastel é rei. “Se não tiver barulho de óleo estalando e alguém gritando não tem graça”, afirma dona Sônia, pasteleira há 19 anos junto com o marido e filhos. “Minha família cresceu ao redor de panelas de óleo e montes de pastéis. E eu fico muito realizada com isso.  

Quando o relógio se aproxima do meio dia, começa o momento mais esperado por parte do público: a famosa xepa. É quando o preço cai e a disputa aumenta. Em uma cidade acelerada como São Paulo, a feira livre funciona como uma pausa afetiva, um lembrete de que existe vida fora do concreto. E enquanto houver paulistanos dispostos a acordar cedo por um pastel quentinho e uma conversa boa, as feiras continuarão firmes, coloridas, barulhentas e deliciosamente caóticas.

Os cartazes com preços vão mudando conforme o dia.
Os cartazes com preços vão mudando conforme o dia. Foto: Manuela Dias/AGEMT
Vermelha, doce e gigante: a melancia é o coração das bancas nas feiras paulistanas.
Vermelha, doce e gigante: a melancia é o coração das bancas nas feiras paulistanas. Foto: Manuela Dias/AGEMT
A dupla que move a feira da Zona Norte de São Paulo.
A dupla que move a feira da Zona Norte de São Paulo. Foto: Manuela Dias/AGEMT
Entre frutas e verduras um respiro delicado: o corredor das flores.
Entre frutas e verduras um respiro delicado: o corredor das flores. Foto: Manuela Dias/AGEMT

 

Apresentação exclusiva acontece no dia 7 de setembro, no Palco Mundo
por
Jalile Elias
Lais Romagnoli
Marcela Rocha
|
26/11/2025 - 12h

Elton John está de volta ao Brasil em uma única apresentação que promete marcar a edição de 2026 do Rock in Rio. O festival confirmou o britânico como atração principal do dia 7 de setembro, abrindo a divulgação do line-up com um dos nomes mais celebrados da música mundial.

A presença de Elton carrega um peso especial. Em 2023, o artista anunciou que deixaria as grandes turnês para ficar mais perto da família. Por isso, sua performance no Rock in Rio será a única na América Latina, transformando o show em um momento raro para os fãs de todo o continente.

Em um vídeo publicado na terça-feira (25) nas redes sociais, Elton John revelou o motivo para ter aceitado o convite de realizar o show em solo brasileiro. “A razão é que eu não vim ao Rio na turnê ‘Farewell Yellow Brick Road’, e eu senti que decepcionei muitos dos meus fãs brasileiros. Então, eu quero compensar isso”, explicou o britânico.

No mesmo dia de festival, outro grande nome da música sobe ao Palco Mundo: Gilberto Gil. Em clima de despedida com a turnê Tempo-Rei, que termina em março de 2026, o encontro dos dois artistas lendários torna a programação do festival ainda mais especial. 

Gilberto Gil se apresentará no Palco Mundo do Rock in Rio 2026 (Foto: Reprodução / Facebook Gilberto Gil)
Gilberto Gil se apresentará no Palco Mundo do Rock in Rio 2026 (Foto: Divulgação)

Além das atrações, o Rock in Rio prepara mudanças importantes na Cidade do Rock. O Palco Mundo, símbolo do festival, será completamente revestido de painéis de LED, somando 2.400 metros quadrados de tecnologia. A ideia é ampliar a imersão visual e criar novas possibilidades para os artistas.

A próxima edição também terá uma homenagem especial à Bossa Nova e um benefício pensado diretamente para o público, em que cada visitante poderá receber até 100% do valor do ingresso de volta em bônus, podendo ser usado em hotéis, gastronomia e experiências turísticas durante a estadia na cidade.

O Rock in Rio 2026 acontece nos dias 4, 5, 6, 7 e 11, 12 e 13 de setembro, no Parque Olímpico, no Rio de Janeiro. A venda geral dos ingressos começa em 9 de dezembro, às 19h, enquanto membros do Rock in Rio Club terão acesso à pré-venda a partir do dia 4, no mesmo horário.

Tags:
A socialite continuou tendo sua moral julgada no tribunal, mesmo após ter sido assassinada pelo companheiro
por
Lais Romagnoli
Marcela Rocha
Jalile Elias
|
26/11/2025 - 12h
Marjorie Estiano interpreta Ângela Diniz. Foto: Divulgação
Marjorie Estiano interpreta Ângela Diniz em nova série. Foto: Reprodução/Divulgação HBO Max

Figurinha carimbada nas colunas sociais da época, Ângela Diniz virou capa das manchetes policiais após ser morta a tiros pelo então namorado, Doca Street. O feminicídio que marcou o país na década de 1970 ganha agora um novo olhar na série da HBO Ângela Diniz: Assassinada e Condenada.

Na produção, Marjorie Estiano interpreta a protagonista, enquanto Emilio Dantas assume o papel de Doca. O elenco ainda conta com Thelmo Fernandes, Maria Volpe, Renata Gaspar, Yara de Novaes e Tóia Ferraz.

Sob direção de Andrucha Waddington, a série se inspira no podcast A Praia dos Ossos, de Branca Viana. A obra, que leva o nome da praia onde o crime ocorreu, reconstrói não apenas o caso, mas também o apagamento em torno da própria vítima. Depoimentos de amigas de Ângela, silenciadas à época, servem como ponto de partida para revelar quem ela realmente era.

Seja pela beleza ou pela independência, a mineira chamava atenção por onde passava. Já os relatos sobre Doca eram marcados pelo ciúme obsessivo do empresário. O casal passava a véspera da virada de 1977 em Búzios quando, ao tentar pôr fim à relação, Ângela foi assassinada pelo companheiro.

Por dias, o criminoso permaneceu foragido, até que sua primeira aparição foi numa entrevista à televisão; logo depois, ele se entregou à polícia. Foram necessários mais de dois anos desde o assassinato para que Doca se sentasse no banco dos réus, num julgamento que se tornaria símbolo da luta contra a violência de gênero.

Marjorie Estiano interpreta Ângela Diniz, , enquanto Emilio Dantas assume o papel de Doca. Foto: Divulgação
Marjorie Estiano interpreta Ângela Diniz, enquanto Emilio Dantas assume o papel de Doca. Foto: Reprodução/Divulgação HBO Max

As atitudes, roupas e relações de Ângela foram usadas pela defesa como supostas “provocações” que teriam motivado o crime. Foi nesse episódio que Carlos Drummond de Andrade escreveu: “Aquela moça continua sendo assassinada todos os dias e de diferentes maneiras”.

Os advogados do réu recorreram à tese da “legítima defesa da honra” — proibida somente em 2023 pelo STF — numa tentativa de inocentá-lo. O argumento foi aceito pelo júri, e Doca recebeu pena de apenas dois anos de prisão, sentença que gerou revolta e fortaleceu movimentos feministas da época.

Sob forte pressão popular, um segundo julgamento foi realizado. Nele, Doca foi condenado a 15 anos, dos quais cumpriu cerca de três em regime fechado e dois em semiaberto. Em 2020, ele morreu aos 86 anos, em decorrência de um ataque cardíaco.

Tags:
Exposição reúne obras que exploram o inconsciente e a natureza como caminhos simbólicos de cura
por
KHADIJAH CALIL
|
25/11/2025 - 12h

A Pinacoteca Benedicto Calixto, em Santos, apresenta de 14 de novembro a 14 de dezembro de 2025 a exposição “Bosque Mítico: Katia Canton e a Cura pela Arte”, que reúne um conjunto expressivo de pinturas, desenhos, cerâmicas, tapeçarias e azulejos da artista, sob curadoria de Carlos Zibel e Antonio Carlos Cavalcanti Filho. A Fundação que sedia a mostra está localizada no imóvel conhecido como Casarão Branco do Boqueirão em Santos, um exemplar da época áurea do café no Brasil. 

Ao revisitar o bosque dos contos de fadas como metáfora de transformação interior, Katia Canton revela o processo criativo como gesto de cura, reconstrução e transcendência.
 

z
       “Casinha amarela com laranja” de Katia Canton. Foto: Khadijah Calil.

 

z
                 “Chapeuzinho triste” de Katia Canton. Foto: Khadijah Calil.
z
                 “O estrangeiro” de Katia Canton. Foto: Khadijah Calil.         
z
                                                            “Menina e pássaro” de Katia Canton. Foto: Khadijah Calil.
z
                                                     “Duas casinhas numa ilha” de Katia Canton. Foto: Khadijah Calil.
z
                                                             “Os sete gatinhos” de Katia Canton. Foto: Khadijah Calil.
z
                                                                         “Floresta” de Katia Canton. Foto: Khadijah Calil.

 

Tags:
Festival celebra os três anos de existência com homenagem ao pensamento de Frantz Fanon e a imaginação radical da cultura periférica
por
Marcela Rocha
Jalile Elias
Isabelle Maieru
|
25/11/2025 - 12h

Reconhecido como um dos principais espaços da cultura periférica em São Paulo, o Museu das Favelas completa três anos de atividades no mês de novembro. Para comemorar, a instituição elaborou uma programação especial gratuita que combina memória, arte periférica e reflexão crítica.

Segundo o governo do Estado, o Museu das Favelas já recebeu mais de 100 mil visitantes desde sua fundação em 2022. Localizado no Pátio do Colégio, a abertura da agenda de aniversário ocorre nesta terça-feira (25) com a mostra “ImaginaÇÃO Radical: 100 anos de Frantz Fanon”, dedicada ao médico e filósofo político martinicano.

Fachada do Museu das Favelas. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
Fachada do Museu das Favelas. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Autor de “Os condenados da terra” e “Pele negra, máscaras brancas”, Fanon contribuiu para a análise dos efeitos psicológicos do colonialismo, considerando algumas abordagens da psiquiatria e psicologia ineficazes para o tratamento de pessoas racializadas. A exposição em sua homenagem ficará em cartaz até 24 de maio de 2026.

Ainda nos dias 25 e 26 deste mês, o festival oferecerá o ciclo “Papo Reto” com debates entre intelectuais francófonos e brasileiros, em parceria com o Instituto Francês e a Festa Literária das Periferias (Flup). A programação continua no dia 27 com a visita "Abrindo Fluxos da Imaginação Radical”. 

Em 28 de novembro, o projeto “Baile tá On!” promove uma conversa com o artista JXNV$. Já no dia 29, será inaugurada a sala expositiva “Esperançar”, que apresenta arte e tecnologia como forma de mapear territórios periféricos.

O encerramento do festival será no dia 30 de novembro com a programação “Favela é Giro”, que ocupa o Largo Pátio do Colégio com DJs e performances culturais.

 

Tags:
A cultura japonesa dos animes e mangás ganha cada vez mais força com o passar do tempo, se tornando algo predominante no bairro da liberdade.
por
Pedro Lima Gebrath
|
11/05/2023 - 12h
Action figure de Buggy criança, personagem de One Piece.
Action figure de Buggy criança, personagem de One Piece. 
Loja especifica de mangas.
Loja especifica de mangás com diversas opções. 
Volume 8 de Bleach, autor: Tite Kubo.
Volume 8 de Bleach, autor: Tite Kubo. 
Action figures de Ace, Luffy e Sabo, personagens de One Piece.
Action figures de Ace, Luffy e Sabo, personagens de One Piece. 
Produtos de animes e mangas sendo vendidos na banca de jornal ao lado do metrô.
Produtos de animes e mangás sendo vendidos na banca de jornal ao lado do metrô. 
Bonecos de animes e mangas japoneses a venda na rua.
Bonecos de animes sendo vendidos na rua. 

 

Paralisação acontece desde o dia 02/05 e não tem previsão de acabar.
por
Giovanna Montanhan
|
11/05/2023 - 12h

Os membros do Sindicato dos Roteiristas da América (WGA, como é abreviado em inglês) decidiram parar de trabalhar em protesto às condições de trabalho que enfrentam e salários abaixo do ideal dado a quantidade de demandas. A greve dos roteiristas começou nesta terça-feira (05), e já afeta a produção de programas de entrevistas, séries e filmes nos Estados Unidos. 

Uma das principais reivindicações é a melhoria nas remunerações por roteiros e no amparo trabalhista para profissionais que são responsáveis por tornar toda a produção possível.

ROTEIRISTAS
Foto: Membros do WGA protestam do lado de fora dos estúdios Sunset Bronson em Los Angeles.
Reprodução: Luís Sinco/Los Angeles Time 

A greve teve início após meses de negociações entre o WGA e os estúdios de cinema e televisão, que não conseguiram chegar a um acordo. Expressaram apoio à paralisação dos roteiristas: a atriz Jennifer Coolidge,que também é membro do sindicato de atores - Screen Actors Guild (SAG), Cynthia Nixon, Amanda Seyfried, Quinta Brunson, os apresentadores Jimmy Fallon e Seth Meyers. 

A paralisação afeta diretamente o calendário de lançamento de filmes e o cronograma de produção de episódios de seriados. Estima-se que inúmeros programas e episódios possam ser paralisados, inclusive muitos deles já começaram a ser reprisados, como Jimmy Kimmel Live e The Late Show (Canal CBS), Tonight e Late Night (Canal NBC). Além de séries de muito sucesso como, a terceira temporada da série de comédia da ABC Abbott Elementary, a sexta temporada da série da Netflix Cobra Kai,  a segunda temporada do spin off da HBO  House of Dragons e a quinta e última temporada da série de Stranger Things (Netflix. 

A indústria de entretenimento é uma das principais fontes de emprego nos EUA, de acordo com a Associação de Cinema da América (MPAA), em 2019, foram gerados $25,5 bilhões em receitas apenas no mercado doméstico, e $101 bilhões no mercado global. Ainda assim, membros do WGA afirmam que os contratos atuais não são justos o suficiente e não dão valor ao trabalho e à criatividade necessária para se produzir um bom projeto.

Não se sabe quanto tempo a greve dos roteiristas de Hollywood vai permanecer, pois de acordo com a revista Variety, o WGA afirma que a situação vai seguir até que um acordo seja feito. O sindicato pede ainda a compreensão da indústria e do público que consome diariamente os conteúdos que produzem.

 

São Paulo não é túmulo de samba
por
Artur dos Santos
|
11/05/2023 - 12h

De samba e de roda São Paulo entende bem. Do Bixiga ao Baixo Largo, aonde foram registradas a foto deste ensaio, sambistas se conectam com o público por meio do Partido Alto, do coro, das palmas, da arriga na roda, da malandragem e vadiagem, como entoa Zeca Pagodinho no refrão. 

 

baixo
DJ Mané é o responsável pela discotecagem durante as pausas da roda.
Foto: Artur Santos.

 

trompa
Foto: Artur Santos.
CAVACO
Foto: Artur Santos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

hjhj
Foto: Artur Santos.

 

 

THUM
Foto: Artur Santos.

 

 

JKJK
Foto: Artur Santos.
DS
Foto: Artur Santos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Museu de arte de São Paulo: a arquitetura e o respiro na Avenida Paulista
por
Isadora Verardo Taveira
|
11/05/2023 - 12h

Cercado de uma vida agitada e caótica, o Museu de Arte de São Paulo é um espaço singular em meio às construções impressionantes da Avenida Paulista. Desde a fachada, aos arredores e por fim o seu interior: O MASP é preenchido por vida e cultura.

Fachada MASP
Fachada MASP
Placas informativas MASP
Placa sala de vídeo coletivo Bepunu Mebengokrē
Turista escadaria MASP
Turista escadaria MASP
Placa exposição MASP
Placa exposição Mahku Migrações
Turistas fotografando obra
Turistas analisando obra
Obra "Amnésia"
Obra "Amnésia, 2015" - Autor Flávio Cerqueira 
Turistas fotografando obras
Turistas fotografando "O herói"
Avenida paulista
Movimento Avenida Paulista sob a perspectiva do MASP

 

Uma série de retratos de como as pessoas de São Paulo se comportam quando rodeadas de arte
por
Laura Melo de Carvalho
|
11/05/2023 - 12h
mulher sentada ouvindo a descrição da arte enquanto a observa no MIS
A arte que tem som- exposição "Xingu: Terra Marcada", IMS.
exposição de arte Leonora de Barros
Silêncio. Exposição da Leonora de Barros, Pinacoteca.
pessoas admirando acervo da pinacoteca
Retratos atuais de retratos antigos. Acervo fixo, Pinacoteca de São Paulo
pessoas em volta de quadro, pinacoteca
O amor e outras drogas. Pinacoteca de São Paulo
pessoas tirando foto de obra de arte- masp
masp instagramável. São Paulo, 2023
crianças abraçadas em frente a exposição de Leonora de Barros
A arte que une. Pinacoteca de São Paulo, 2023