Faleceu aos 83 anos a cantora Tina Turner, mundialmente conhecida pela sua contribuição ao Rock e Soul. De acordo com o seu representante, morreu "pacificamente após uma longa doença, em casa, na cidade de Küsnacht, Suiça", em nota à Reuters. Em publicação no Instagram da artista, escreve: "Hoje dizemos adeus a uma amiga querida, que nos deixa o melhor de seu trabalho: a música. Toda a nossa compaixão está com sua família. Tina, sentiremos muito a sua falta."
Apesar do nome artístico pelo qual é conhecida, Anna Mae Bullock é seu nome de batismo. Norte-americana e natural do Tennessee, estado conhecido pelo conservadorismo, inicia sua carreira sob o pseudônimo Little Ann. Mas foi no duo Ike & Tina, ao lado do ex-marido, Ike Turner, que conquistou fama. A relação pessoal e profissional foi cara à artista, que vivenciou abusos e agressões severas por parte do então marido, chegando até a tentar suícidio. Ainda assim, sua trajetória de superação a consagrou como Rainha do Rock.
Em julho de 1976, Turner solicitou o divórcio de Ike, mas foi decretado apenas em 1978. A situação fez com que a cantora tivesse dificuldades financeiras, mas conseguiu criar contatos na indústria da música que acreditassem em seu potencial. Em 1980, Tina Turner mudou seu gênero musical para o rock. E então, em 1984, aos 44 anos, Tina lança seu sucesso mundial, o álbum Private Dancer. Com hits como Let's Stay Together de Al Green - que se tornou seu primeiro hit no top 10 do Reino Unido em 10 anos - Better Be Good to Me, Private Dancer e What's Love Got to Do With It - canção com 10 milhões de cópias vendidas no mundo e geradora do top 1 nas paradas dos Estados Unidos. O disco ainda recebeu seis indicações ao Grammys e garantiu quatro estatuetas para a cantora.
O sucesso da artista foi grandioso a ponto de conquistar lugar no livro dos recordes. Em 1988, a turnê "Break Every Rule", para divulgação de seu sexto álbum, passou pelo Brasil. No Rio de Janeiro, o estádio Maracanã acolheu mais de 182 mil pessoas ansiosas pela rainha do rock. Foi um ato inédito para a artista, realizando seu sonho de ser a primeira cantora negra de rock and roll a lotar estádios.

Além da Música
Tina Turner, além de cantora, estrelou alguns filmes, como "O Último Grande Herói" (1993), em que interpretava a prefeita de Los Angeles.
Em 1985, a artista participou no filme Mad Max - Além da Cúpula do Trovão e gravou “We Don't Need Another Hero” para a trilha sonora. Turner apareceu no videoclipe como sua personagem Aunty Entity, com que ela diz ter se conectado por razão de sua força e resiliência. Ela declarou ter se identificado com as lutas da intérprete para conseguir com que os homens tivessem respeito por ela.
Além das produções fictícias, a cantora também foi musa de filmes autobiográficos, como "Tina - A verdadeira história da vida de Tina Turner” (1993), que retrata seu relacionamento conturbado com Ike. Seus shows também renderam documentários, como “Tina Turner — One Last Time Live in Concert", lançado em 2001. Recentemente, outra estreia foi “Tina” (2021), que retrata a importância da mesma para a música e cultura estadunidense, falando também de sua ascensão aos palcos, com participação de Oprah Winfrey e Angela Bassett.
Em sua homenagem, foi realizado na Broadway, em 2019, "The Tina Turner Musical", que conta a história da rainha do rock, exaltando sua importância no cenário musical ao quebrar barreiras e conquistar o mundo com seus grandes sucessos durante três horas de espetáculo.

Os diversos problemas de saúde da estrela do rock
Diagnosticada em 1978 com pressão alta, a cantora revela não ter se preocupado o suficiente com a doença, devido à falta de informações sobre seus efeitos. Em 1985, Turner começou a tomar remédios para controlar sua condição, mas seu tratamento não foi adequado.
Após sofrer um derrame em 2013, que afetou todo o lado direito de seu corpo e a fez reaprender a andar aos 73 anos, Tina teve outra descoberta alarmante. Seus rins estavam funcionando com apenas 35% de capacidade, aumentando sua necessidade de medicamentos para manter a hipertensão controlada. Esse ciclo ineficaz de administração medicamentosa foi a causa de sua insuficiência renal.
Entretanto, a artista não se adaptou às medicações convencionais e decidiu apostar na medicina homeopática, acreditando que isto traria melhoras a sua saúde. Infelizmente, o resultado esperado não foi obtido e sua hipertensão acabou por exigir ainda mais de seus rins.
A sobrecarga fez com que em 2017, Tina fosse submetida a sessões diárias de hemodiálise, mas o estágio avançado da doença requeria um transplante renal, sendo o doador seu marido Erwin Bach. Por conta desses problemas, a artista chegou a pensar em realizar um suicídio assistido. Segundo a cantora, isso foi decorrência de uma sensação de incapacidade. Em sua autobiografia "Tina Turner: Minha História de Amor", de 2018, disse que estava apenas sobrevivendo.
No documentário lançado em 2021, Turner revelou também sofrer de estresse pós-traumático devido à violência doméstica durante seu casamento com o cantor Ike Turner. O casamento de 18 anos foi marcado por brigas e agressões físicas e psicológicas, o que explica a permanência do trauma na artista, mesmo após a morte de seu agressor em 2007.
Cidadania suíça
Apesar de ter nascido nos Estados Unidos, Turner passou a morar na Suíça no ano de 1994, mas só em 2013 se tornou uma cidadã local do país, para tal teve que realizar uma prova de conhecimento local e outra de fluência em alemão.
No mesmo ano, a cantora abriu mão de sua cidadania estadunidense. Ela alegou já não ter vínculos com o país a não ser por familiares, e por isso não tinha planos de voltar a morar no país.
Outro motivo levantado pela a artista para a naturalização suíça foi a admiração pelo respeito à sua vida privada. Após se aposentar dos palcos em 2009, tudo que ela queria era aproveitar sua aposentadoria longe dos holofotes.
Novo casamento
Em meados da década de 1980, Tina Turner, aos 47 anos, conheceu seu marido Erwin Bach, um empresário alemão do ramo musical de 30 anos. A diferença de idade chocou as pessoas, trazendo dúvidas do amor dele pela cantora devido sua fama.
Eles se conheceram por intermédio do gerente de Turner, que sugeriu que Bach a buscasse no aeroporto. O namoro começou ainda em 1986, mas se consolidou em casamento no ano de 2013, na Suíça, às margens do lago de Zurique.
Em entrevista à Oprah, o empresário declarou seu amor pela esposa, dizendo que antes do casamento oficial, ele já havia feito o pedido duas vezes para mostrar seu comprometimento com a artista. Turner ainda lança a autobiografia "Tina Turner: My Love Story", traduzido como "Tina Turner: Minha História de Amor", em que conta sobre uma nova chance que deu ao amor ao se relacionar com Bach.

O espetáculo teve sua estreia no Teatro Porto (2022) e aterrissou nos palcos do TUCA em maio/2023, com duração de 120 minutos. O elenco é composto por Mel Lisboa como Annie Wilkes, Marcello Airoldi como Paul Sheldon, e Alexandre Galdino como o xerife Buster. O texto vem do clássico do terror psicológico, adaptado para o cinema em 1990 como "Louca Obsessão", além de ter tido a atriz Kathy Bates e o ator James Caan nos papéis principais. As sessões ocorrem às sextas-feiras às 20:30, aos sábados às 20h e aos domingos às 17h. Os ingressos podem ser adquiridos a partir de R$60,00. Alunos, funcionários e professores da PUC pagam um preço especial de R$20,00. A temporada vai até 30/07.
A trama gira em torno do escritor Paul Sheldon, interpretado por Marcello que sofre um acidente de carro durante uma tempestade de neve e é resgatado pela enfermeira Annie Wilkes, vivida por Mel. Annie é uma grande fã dos livros de Sheldon e se oferece para cuidar dele em sua casa isolada nas montanhas. Porém, a aparente bondade de Annie se transforma em uma obsessão pelo escritor quando ela descobre o final do último livro de sua saga favorita.

Mel Lisboa entrega uma atuação impecável. Ela consegue moldar por meio de trejeitos e atitudes características toda a complexidade da personagem, que alterna entre momentos de amor e agressividade, mostrando toda a sua habilidade como atriz.

Marcello Airoldi, por sua vez, tem grande destaque na peça. Consegue extrair toda a sensação angustiante e desesperadora, em tom dramático, de estar à mercê da enfermeira psicopata. O ator imprime ao personagem toda a vulnerabilidade e o medo que sente diante da situação de perigo iminente.

Alexandre Galindo, também tem uma atuação digna de elogios. Fornece o tom de mistério e suspense que permanece durante todo o tempo.

A direção e a cenografia são moldadas por Eric Lenate e representam os pontos altos da produção. Ele é responsável por arrancar o melhor dos atores e criar a atmosfera de tensão e uma sensação de isolamento e solidão para os personagens que prendem a atenção desde terceiro sinal até o momento dos aplausos. O espetáculo oferece uma experiência única e diferenciada em relação a outras peças teatrais, graças à presença do audiovisual que auxilia na composição da história. A utilização de uma tela como parte do cenário permite a exibição de cenas que transportam o espectador para o contexto narrado.
Além disso, o palco foi adaptado em uma plataforma redonda que se movimenta constantemente para apresentar todos os cenários da casa de Annie, desde o quarto em que Paul Sheldon está, até a sala, cozinha e quintal.
E, por um lado que a iluminação é um elemento importante na peça e ajuda a criar efeitos que conduzem o clima hostil que permeia o espetáculo, por outro, a presença da trilha sonora intensifica a experiência de estar lá e provoca emoções arrebatadoras no espectador.
O funk chegou ao Brasil na década de 70, e logo nessa época ganhou destaque nos bailes da zona sul do Rio de Janeiro, área nobre da cidade.
Com o passar do tempo, naturalmente o gênero foi se espalhando por mais áreas do estado, e o crescimento de outro gênero musical, a MPB, fez com que os espaços que antes eram destinados para então os bailes “nobre” de funk fossem agora utilizados para a música popular brasileira. Sendo assim, o funk começou a adentrar os subúrbios cariocas.
No decorrer da década de 80, permanecia a grande influência dos Estados Unidos, o funk ia se espalhando pelo Brasil, porém com todas as suas composições ainda em inglês. No final dos anos 80 surgiu o primeiro disco de funk totalmente em português, chamado “Funk Brasil”.
E desde a década 80 até os anos 2000 o funk era muito visto ainda apenas como “ritmo musical periférico”.
A partir dos anos 2000 (e até hoje) o funk começou a ser visto como grande movimento social, ganhando força também fora das periferias, entre as classes altas e médias, além de, junto com o RAP, servir como uma forma de alertar e afastar os jovens que vêm de comunidades do crime que acontece no local.
Apesar de muitas críticas às letras das músicas, por serem frequentemente machistas ou fazerem em alguns casos apologia ao crime e ao tráfico, existe também um certo “ativismo social” no funk, que com o passar dos anos deu origem ao famoso “funk consciente” que se conhece hoje: mesma batida, mesma levada, porém com mensagens diferentes e que buscam inspirar os jovens da periferia para uma vida longe do crime.
Funk na atualidade
Hoje, o funk tem quebrando barreiras, vencido prêmios internacionais e cada vez mais derrubados preconceitos, que mesmo assim persistem.
Uma prova desse avanço do funk entre as classes sociais é como ele se popularizou entre os jovens universitários, nas festas de faculdade, que sempre tiveram sua força no Brasil, e nos dias atuais quase sempre são acompanhadas de muito funk.
O exemplo da popularização do funk periférico, o famoso “mandelão”, está nessas festas privadas, onde o público paga ingressos caros para experimentar as mesmas coisas que existem em um baile de rua: as mesmas músicas, as mesmas bebidas e os mesmos DJs que tocam nas comunidades. A principal diferença é justamente o público que frequenta ambos os locais. Quem não tem condição de comprar os ingressos para os eventos, não tem a possibilidade deter um momento de lazer em algo diferente, ficando limitado apenas aos bailes de rua. Em contrapartida, quem frequenta as festas universitárias na maioria das vezes não vai nos bailes, mesmo que eles ofereçam, de graça, os mesmos atrativos que eles buscam nas festas. O por quê dessa disparidade é uma questão a ser levantada.
Vale explicar que quem frequenta os bailes de rua muitas vezes é por ver neles a única opção de lazer viável, e não necessariamente pela música alta ou pela simplicidade (já que acontece nas ruas). O que atrai os jovens é oportunidade de um momento de lazer, visto que nos lugares privados os “bailes” acontecem com segurança, estrutura e palcos, porém com preços abusivos.
Motivos de a elite não frequentar os bailes
Suposto medo
Um dos principais motivos para que ocorra essa disparidade entre classes em eventos do mesmo gênero, é que muitas vezes as pessoas das classes altas expressam um suposto medo do perigo nas ruas ou das regiões onde ocorrem os bailes. Algo que pode ser meio contraditório, visto que, nos eventos privados, também existem diversos casos de roubos, furtos e brigas.
Preconceito
Algo que também é muito visto, e não somente em festas, é o preconceito entre as classes., Não é de hoje que é possível ver que existem julgamentos da elite em relação às pessoas de classes mais baixas, e na maioria das vezes, além de julgar, dizem que não querem frequentar os mesmos lugares.
"Maré de Cheiro" o segundo disco de estúdio da carioca Amanda Magalhães, conta com 8 faixas e foi lançado na última quarta (10), nas plataformas digitais. O disco transborda as expectativas criadas pelos visuais de divulgação. É escrito e produzido por Amanda e o engenheiro de som Tuto Ferraz. Conta com colaborações de Vico, Assucena, Lurdez da Luz, As Filhas de Baracho e da Banda Black Rio, fundada pelo avô da artista. O projeto é lançado com o selo "Boia Fria Produções" e conta com apoio da 5ª edição do programa de fomento à música do município de São Paulo.

Amanda, 31 anos, ganhou destaque como atriz na série "3%", produção brasileira da Netflix. Formada pela Escola de Arte Dramática da Universidade de São Paulo (EAD-USP), começou sua carreira musical em 2018 com o single “Fazer Valer” com Rincon Sapiência e mais tarde em 2020, lançou “Fragma” seu primeiro disco autoral.
O projeto “Brasil em Brasa” do qual a gravação faz parte, foi contemplado pela 5ª edição do programa de fomento à música do município de São Paulo. Esse programa fomenta a criação de obras musicais, que serão apresentadas em centros culturais, por essa razão, a musicista fez apresentações gratuitas na Casa de Cultura do Campo Limpo e no Teatro Sérgio Cardoso.

Composto por 8 faixas, o álbum é construído por uma produção intimista, com a proposta de apresentar o amadurecimento musical da artista. A gravação busca referências brasileiras de norte a sul, mescladas por elementos de música eletrônica. O repertório tropical tem instrumentação potente e vocais bem trabalhados, cheios de camadas e texturas, descrito por Amanda como "minha mais doce pira de verão" em publicação no seu Instagram.
A faixa “Doce Encanto”, na qual Amanda evoca afetividade, amor e a guia Oxum, rainha das águas doces, inicia o álbum. O lead-single é a faixa principal do projeto e já conta com videoclipe.
Amanda constrói um repertório novo, que fala sobre amor, ancestralidade e religiosidade de forma expressiva, bem construída e fiel a seus próprios sentimentos. A versatilidade encontrada nas canções é surpreendente, a diversidade identitária é construída faixa a faixa, como em “Queria te Ter”, onde os vocais da artista são mais inerentes, ou em “Com Ela Eu Vou”, colaboração com a Banda Black Rio, que encerra o disco em alto-astral.
Em sua 76ª edição, o Festival de Cannes é um dos maiores eventos de cinema do mundo. Todos os anos, a cidade de aproximadamente 75 mil habitantes reúne os maiores nomes da sétima arte mundial e costuma revelar cineastas para o estrelato. Em 2023, o evento ocorre de 16 a 27 de maio e conta com exibições de Pedro Almodóvar, Jean-Luc Godard, Martin Scorsese, Wes Anderson e Kleber Mendonça Filho.
A cerimônia de abertura, no Grand Théâtre Louis Lumière, foi marcada pela estreia do filme "Jeanne du Barry", escrito, dirigido e estrelado pela atriz francesa Maïwenn. Ao seu lado na tela, Johnny Depp também é o protagonista, interpretando o rei Luís XV. Durante sete minutos, a plateia aplaudiu a obra em pé.
A internet foi tomada pelo assunto quase imediatamente. Portais de notícias especializados em cinema e entretenimento trouxeram a reação da plateia junto à lembrança de que, durante a edição do festival de 2022, Depp estava no meio do julgamento por violência doméstica contra sua ex-esposa Amber Heard. Apesar de Depp ter perdido o primeiro processo, em 2020 no Reino Unido, em 2022 o júri popular dos EUA votou a favor do ator.

No debate popular on-line, novamente os internautas se dividiram como torcedores rivais no futebol - da mesma maneira que fizeram durante o julgamento de 2022. De um lado, fãs de Heard e outras pessoas que se posicionam contra Depp apontam como hipócrita a organização do festival, que declarou levar acusações de abuso seriamente à época do escândalo de múltiplos abusos do produtor hollywoodiano Harvey Weinstein, mas escolheu o filme de Depp para abrir o evento. A hashtag "CannesYouNot", uma jogada de palavras entre "Cannes" e "can", que se traduz em algo parecido com "Por Favor, Não", foi utilizada na internet para demonstrar a insatisfação.
https://t.co/Pkq6FwQoRL pic.twitter.com/xJmyKq8RCf
— Eve Barlow (@Eve_Barlow) May 13, 2023
Eve Barlow é jornalista, ativista da causa feminista e amiga de Amber Heard.
Do outro lado, fãs de Depp e pessoas que concordam com o júri popular estadunidense retaliaram com "YesYouCannes", utilizando o mesmo jogo de palavras, mas agora se referenciando à um bordão associado ao feminismo, que significa "Sim, Você Pode" em português. O conteúdo predominante diz respeito ao retorno triunfante de Depp, com elogios e mensagens de apoio a ele, desdém a Heard, além de registros do ator atendendo aos fãs que estavam presentes em Cannes.
Johnny Depp signed autographs and took pictures with fans before the premiere of the Cannes Film Festival's opening film 'Jeanne du Barry' https://t.co/OVzISBMJvS pic.twitter.com/sRCj7cV0Qi
— Reuters (@Reuters) May 17, 2023
As controvérsias ao redor de Depp ofuscaram a cerimônia de abertura do festival. Pouco se falou das peças de moda desfiladas nos degraus vermelhos, da emocionante declamação do poema "Esperança", escrito pela poetisa ucraniana Lesya Ukrainka em 1879, pela atriz Catherine Deneuve, ou da homenagem ao ator Michael Douglas, que recebeu o prêmio Palma de Honra.

Também não trouxe de volta à luz o debate sobre violência doméstica nem sobre as estruturas de poder da indústria do cinema, que acobertam e naturalizam casos de abuso sexual. Porém, o Festival de Cinema de Cannes, que há muitos anos passava despercebido pelo público geral, parece ter se beneficiado dos tristes temas para reaver um pouco da sua relevância na cultura pop, buscando assim deixar de ser um evento de nicho.














