Do pastelzinho com caldo de cana à hora da xepa, as feiras livres fazem parte do cotidiano paulista de domingo a domingo.
por
Manuela Dias
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29/11/2025 - 12h

Por décadas, São Paulo acorda cedo ao som de barracas sendo montadas, caminhões descarregando frutas e vendedores afinando o gogó para anunciar promoções. De norte a sul, as feiras livres desenham um dos cenários mais afetivos da vida paulistana. Não é apenas o lugar onde se compra comida fresca: é onde se conversa, se briga pelo preço, se prova um pedacinho de melancia e se encontra o vizinho que você só vê ali, entre uma dúzia de banana e um pé de alface.

Juca Alves, de 40 anos, conta que vende frutas há 28 anos na zona norte de São Paulo e brinca que o relógio dele funciona diferente. “Minha rotina é a mesma todos os dias. Meu dia começa quando a cidade ainda está dormindo. Se eu bobear, o morango acorda antes de mim”.

Nas bancas de comida, o pastel é rei. “Se não tiver barulho de óleo estalando e alguém gritando não tem graça”, afirma dona Sônia, pasteleira há 19 anos junto com o marido e filhos. “Minha família cresceu ao redor de panelas de óleo e montes de pastéis. E eu fico muito realizada com isso.  

Quando o relógio se aproxima do meio dia, começa o momento mais esperado por parte do público: a famosa xepa. É quando o preço cai e a disputa aumenta. Em uma cidade acelerada como São Paulo, a feira livre funciona como uma pausa afetiva, um lembrete de que existe vida fora do concreto. E enquanto houver paulistanos dispostos a acordar cedo por um pastel quentinho e uma conversa boa, as feiras continuarão firmes, coloridas, barulhentas e deliciosamente caóticas.

Os cartazes com preços vão mudando conforme o dia.
Os cartazes com preços vão mudando conforme o dia. Foto: Manuela Dias/AGEMT
Vermelha, doce e gigante: a melancia é o coração das bancas nas feiras paulistanas.
Vermelha, doce e gigante: a melancia é o coração das bancas nas feiras paulistanas. Foto: Manuela Dias/AGEMT
A dupla que move a feira da Zona Norte de São Paulo.
A dupla que move a feira da Zona Norte de São Paulo. Foto: Manuela Dias/AGEMT
Entre frutas e verduras um respiro delicado: o corredor das flores.
Entre frutas e verduras um respiro delicado: o corredor das flores. Foto: Manuela Dias/AGEMT

 

Apresentação exclusiva acontece no dia 7 de setembro, no Palco Mundo
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Jalile Elias
Lais Romagnoli
Marcela Rocha
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26/11/2025 - 12h

Elton John está de volta ao Brasil em uma única apresentação que promete marcar a edição de 2026 do Rock in Rio. O festival confirmou o britânico como atração principal do dia 7 de setembro, abrindo a divulgação do line-up com um dos nomes mais celebrados da música mundial.

A presença de Elton carrega um peso especial. Em 2023, o artista anunciou que deixaria as grandes turnês para ficar mais perto da família. Por isso, sua performance no Rock in Rio será a única na América Latina, transformando o show em um momento raro para os fãs de todo o continente.

Em um vídeo publicado na terça-feira (25) nas redes sociais, Elton John revelou o motivo para ter aceitado o convite de realizar o show em solo brasileiro. “A razão é que eu não vim ao Rio na turnê ‘Farewell Yellow Brick Road’, e eu senti que decepcionei muitos dos meus fãs brasileiros. Então, eu quero compensar isso”, explicou o britânico.

No mesmo dia de festival, outro grande nome da música sobe ao Palco Mundo: Gilberto Gil. Em clima de despedida com a turnê Tempo-Rei, que termina em março de 2026, o encontro dos dois artistas lendários torna a programação do festival ainda mais especial. 

Gilberto Gil se apresentará no Palco Mundo do Rock in Rio 2026 (Foto: Reprodução / Facebook Gilberto Gil)
Gilberto Gil se apresentará no Palco Mundo do Rock in Rio 2026 (Foto: Divulgação)

Além das atrações, o Rock in Rio prepara mudanças importantes na Cidade do Rock. O Palco Mundo, símbolo do festival, será completamente revestido de painéis de LED, somando 2.400 metros quadrados de tecnologia. A ideia é ampliar a imersão visual e criar novas possibilidades para os artistas.

A próxima edição também terá uma homenagem especial à Bossa Nova e um benefício pensado diretamente para o público, em que cada visitante poderá receber até 100% do valor do ingresso de volta em bônus, podendo ser usado em hotéis, gastronomia e experiências turísticas durante a estadia na cidade.

O Rock in Rio 2026 acontece nos dias 4, 5, 6, 7 e 11, 12 e 13 de setembro, no Parque Olímpico, no Rio de Janeiro. A venda geral dos ingressos começa em 9 de dezembro, às 19h, enquanto membros do Rock in Rio Club terão acesso à pré-venda a partir do dia 4, no mesmo horário.

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A socialite continuou tendo sua moral julgada no tribunal, mesmo após ter sido assassinada pelo companheiro
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Lais Romagnoli
Marcela Rocha
Jalile Elias
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26/11/2025 - 12h
Marjorie Estiano interpreta Ângela Diniz. Foto: Divulgação
Marjorie Estiano interpreta Ângela Diniz em nova série. Foto: Reprodução/Divulgação HBO Max

Figurinha carimbada nas colunas sociais da época, Ângela Diniz virou capa das manchetes policiais após ser morta a tiros pelo então namorado, Doca Street. O feminicídio que marcou o país na década de 1970 ganha agora um novo olhar na série da HBO Ângela Diniz: Assassinada e Condenada.

Na produção, Marjorie Estiano interpreta a protagonista, enquanto Emilio Dantas assume o papel de Doca. O elenco ainda conta com Thelmo Fernandes, Maria Volpe, Renata Gaspar, Yara de Novaes e Tóia Ferraz.

Sob direção de Andrucha Waddington, a série se inspira no podcast A Praia dos Ossos, de Branca Viana. A obra, que leva o nome da praia onde o crime ocorreu, reconstrói não apenas o caso, mas também o apagamento em torno da própria vítima. Depoimentos de amigas de Ângela, silenciadas à época, servem como ponto de partida para revelar quem ela realmente era.

Seja pela beleza ou pela independência, a mineira chamava atenção por onde passava. Já os relatos sobre Doca eram marcados pelo ciúme obsessivo do empresário. O casal passava a véspera da virada de 1977 em Búzios quando, ao tentar pôr fim à relação, Ângela foi assassinada pelo companheiro.

Por dias, o criminoso permaneceu foragido, até que sua primeira aparição foi numa entrevista à televisão; logo depois, ele se entregou à polícia. Foram necessários mais de dois anos desde o assassinato para que Doca se sentasse no banco dos réus, num julgamento que se tornaria símbolo da luta contra a violência de gênero.

Marjorie Estiano interpreta Ângela Diniz, , enquanto Emilio Dantas assume o papel de Doca. Foto: Divulgação
Marjorie Estiano interpreta Ângela Diniz, enquanto Emilio Dantas assume o papel de Doca. Foto: Reprodução/Divulgação HBO Max

As atitudes, roupas e relações de Ângela foram usadas pela defesa como supostas “provocações” que teriam motivado o crime. Foi nesse episódio que Carlos Drummond de Andrade escreveu: “Aquela moça continua sendo assassinada todos os dias e de diferentes maneiras”.

Os advogados do réu recorreram à tese da “legítima defesa da honra” — proibida somente em 2023 pelo STF — numa tentativa de inocentá-lo. O argumento foi aceito pelo júri, e Doca recebeu pena de apenas dois anos de prisão, sentença que gerou revolta e fortaleceu movimentos feministas da época.

Sob forte pressão popular, um segundo julgamento foi realizado. Nele, Doca foi condenado a 15 anos, dos quais cumpriu cerca de três em regime fechado e dois em semiaberto. Em 2020, ele morreu aos 86 anos, em decorrência de um ataque cardíaco.

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Exposição reúne obras que exploram o inconsciente e a natureza como caminhos simbólicos de cura
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KHADIJAH CALIL
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25/11/2025 - 12h

A Pinacoteca Benedicto Calixto, em Santos, apresenta de 14 de novembro a 14 de dezembro de 2025 a exposição “Bosque Mítico: Katia Canton e a Cura pela Arte”, que reúne um conjunto expressivo de pinturas, desenhos, cerâmicas, tapeçarias e azulejos da artista, sob curadoria de Carlos Zibel e Antonio Carlos Cavalcanti Filho. A Fundação que sedia a mostra está localizada no imóvel conhecido como Casarão Branco do Boqueirão em Santos, um exemplar da época áurea do café no Brasil. 

Ao revisitar o bosque dos contos de fadas como metáfora de transformação interior, Katia Canton revela o processo criativo como gesto de cura, reconstrução e transcendência.
 

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       “Casinha amarela com laranja” de Katia Canton. Foto: Khadijah Calil.

 

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                 “Chapeuzinho triste” de Katia Canton. Foto: Khadijah Calil.
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                 “O estrangeiro” de Katia Canton. Foto: Khadijah Calil.         
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                                                            “Menina e pássaro” de Katia Canton. Foto: Khadijah Calil.
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                                                     “Duas casinhas numa ilha” de Katia Canton. Foto: Khadijah Calil.
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                                                             “Os sete gatinhos” de Katia Canton. Foto: Khadijah Calil.
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                                                                         “Floresta” de Katia Canton. Foto: Khadijah Calil.

 

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Festival celebra os três anos de existência com homenagem ao pensamento de Frantz Fanon e a imaginação radical da cultura periférica
por
Marcela Rocha
Jalile Elias
Isabelle Maieru
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25/11/2025 - 12h

Reconhecido como um dos principais espaços da cultura periférica em São Paulo, o Museu das Favelas completa três anos de atividades no mês de novembro. Para comemorar, a instituição elaborou uma programação especial gratuita que combina memória, arte periférica e reflexão crítica.

Segundo o governo do Estado, o Museu das Favelas já recebeu mais de 100 mil visitantes desde sua fundação em 2022. Localizado no Pátio do Colégio, a abertura da agenda de aniversário ocorre nesta terça-feira (25) com a mostra “ImaginaÇÃO Radical: 100 anos de Frantz Fanon”, dedicada ao médico e filósofo político martinicano.

Fachada do Museu das Favelas. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
Fachada do Museu das Favelas. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Autor de “Os condenados da terra” e “Pele negra, máscaras brancas”, Fanon contribuiu para a análise dos efeitos psicológicos do colonialismo, considerando algumas abordagens da psiquiatria e psicologia ineficazes para o tratamento de pessoas racializadas. A exposição em sua homenagem ficará em cartaz até 24 de maio de 2026.

Ainda nos dias 25 e 26 deste mês, o festival oferecerá o ciclo “Papo Reto” com debates entre intelectuais francófonos e brasileiros, em parceria com o Instituto Francês e a Festa Literária das Periferias (Flup). A programação continua no dia 27 com a visita "Abrindo Fluxos da Imaginação Radical”. 

Em 28 de novembro, o projeto “Baile tá On!” promove uma conversa com o artista JXNV$. Já no dia 29, será inaugurada a sala expositiva “Esperançar”, que apresenta arte e tecnologia como forma de mapear territórios periféricos.

O encerramento do festival será no dia 30 de novembro com a programação “Favela é Giro”, que ocupa o Largo Pátio do Colégio com DJs e performances culturais.

 

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Museus em São Paulo apresentam mostras imperdíveis neste mês; confira!
por
Giulia Palumbo
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14/11/2023 - 12h

Com destaque para Melissa Cody no MASP, 35 anos da Mão Afro-Brasileira no MAM,  BLOW-UP no Parque Ibirapuera e Van Gogh Live 8k no Shopping Lar Center, confira cinco exposições que você não pode deixar de visitar na capital paulista.

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Procurando um programa cultural em SP hoje? Bora aproveitar a exposição “Marta Minujín

1. Melissa Cody: céus tramados – MASP 

De 20 de outubro a 21 de janeiro de 2024, o MASP recebe a mostra “Melissa Cody: céus tramados”, que reúne 26 obras têxteis da artista norte-americana, mesclando símbolos e padrões tradicionais da tapeçaria navajo com referências pessoais que vão do mundo pixelado dos computadores às paisagens do Arizona. 

A artista, nascida em 1983 na reserva Navajo no Arizona, EUA, cresceu entre sua cultura navajo e a era digital dos anos 1980. Atualmente, vive na Califórnia e é uma artista da quarta geração de sua família, destacando-se na tecelagem transmitida às mulheres pela figura sagrada da Mulher-Aranha na cosmovisão navajo. Sua exposição no Brasil custa 30 reais para meia entrada, e 60 para inteira.

2. Mãos: 35 anos da Mão Afro-Brasileira – MAM e Museu Afro Brasil Emanoel Araújo  

A partir de 19 de outubro (até março de 2024), o Museu de Arte Moderna de São Paulo e o Museu Afro Brasil Emanoel Araújo apresentam a exposição “Mãos: 35 anos da Mão Afro-Brasileira“, que estará exposta simultaneamente nas duas instituições, reunindo pinturas, gravuras, fotografias, esculturas e documentos de mais de 30 artistas afrodescendentes brasileiros, populares, acadêmicos, modernos e/ou contemporâneos.

A exposição celebra e revisita o legado de A Mão Afro-Brasileira, mostra realizada no MAM, em 1988 – ano do centenário da abolição da escravidão – com curadoria de Emanoel Araújo e que marcou a história da arte no pais. 

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3. “Marta Minujín: Ao vivo” – Pinacoteca 

A exposição “Marta Minujín: Ao vivo” é a primeira mostra panorâmica no Brasil de uma das artistas latino-americanas mais relevantes da sua geração. Exposta na Pinacoteca de São Paulo, a mostra articula mais de 100 obras da argentina Marta Minujín, que transitam entre diversas linguagens, escalas, circuitos artísticos e sociais.

A artista se transformou em um grande fenômeno ainda nos primeiros anos de carreira, na  década de 1960. Reconhecida internacionalmente como a pioneira do happening e da arte  participativa, Minujín produz incansavelmente até os dias de hoje, transitando entre diversas  linguagens, escalas, circuitos artísticos e sociais. Com seus óculos espelhados e a personalidade  extravagante, a artista-personagem figura em capítulos importantes da história da arte, passando pelo  novo realismo, pela pop art, pelos conceitualismos, pela arte pública e multimeios. Dessa vez, a exposição da artista fica na Pinacoteca até dia 28 de janeiro de 2024, e os ingressos custam a partir de 150 reais. 

4. BLOW-UP: um sopro de diversão – OCA, Parque Ibirapuera 

BlowUp: um sopro de diversão é um passeio que passa por diversas e gigantescas estruturas infláveis e projeções que unem criatividade e interatividade em um ambiente multissensorial. O público será convidado a embarcar e percorrer um espaço imersivo de mais de 10 mil metros quadrados, organizados em 15 módulos temáticos que apresentam um universo de fantasia, lúdico e interativo. 

A exposição acontece de terça a sexta-feira, das 11h às 20h, e aos sábados, domingos e feriados, das 10h às 21h. Os ingressos custam R$ 50,00 durante a semana e R$ 70,00 nos fins de semana e feriados. Pacotes de ingressos estão disponíveis, e a exposição fica em cartaz até 11/2/24.


5. Van Gogh Live 8k – Shopping Lar Center 

Van Gogh retorna a São Paulo em nova exposição imersiva com tecnologia inédita no Shopping Lar Center. Com primeira temporada de grande sucesso na exposição “Beyond Van Gogh”, por onde passaram mais de 380 mil pessoas, a nova exposição Van Gogh Live 8k chega a São Paulo e funciona até o dia 30 de novembro, de segunda a sábado, das 10h às 22h, e aos domingos e feriados, das 11:00 às 21:00. 

Foto Reprodução

Os ingressos para a exposição variam de R$ 60,00 a R$ 90,00 (inteira) e de R$ 30,00 a R$ 45,00 (meia) de segunda a quinta-feira e nos fins de semana, respectivamente. Para uma experiência VIP, que inclui acesso rápido sem filas e um presente especial, os valores são de R$ 100,00 e R$ 130,00 durante a semana e nos fins de semana, respectivamente. A variedade de opções visa atender às preferências dos visitantes.

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Dj 's como Alok, Mochakk, Valentina Luz e outros vem cada vez mais agitando as pistas mundo afora e a busca por brasileiros parece estar cada vez mais.
por
Ian Valente
José Pedro dos Santos
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13/11/2023 - 12h

A música eletrônica no Brasil experimentou um crescimento notável nas últimas décadas e se consolidou como um dos gêneros musicais mais populares do país. Esse fenômeno é resultado de uma combinação de fatores, que incluem a influência da cultura local, a criatividade de produtores e artistas, bem como o poder das festas e festivais de música eletrônica. 

Evolução da Música Eletrônica no Brasil:

A música eletrônica chegou ao Brasil na década de 1980, trazida por meio de fitas cassetes e vinis importados. Inicialmente, o gênero era associado a clubes underground e uma cena musical de nicho. No entanto, ao longo dos anos, a música eletrônica se espalhou por todo o país, encontrando um público cada vez maior e mais diversificado.

capa do album do Dj Patife
Capa do álbum Cool Steps Drum ‘N’ Bass Grooves do Dj Patife, um dos maiores expoentes brasileiros do DnB em terras brasileiras / foto: reprodução

Na década de 1990, o Brasil testemunhou o surgimento de uma cena eletrônica que inclui subgêneros como o House, Trance, o Techno e o Drum 'N' Bass, entre outros estilos. Isso coincidiu com o crescimento de festas ao ar livre, conhecidas como "raves", que rapidamente se tornaram parte da cultura jovem brasileira.

Glossário de termos relacionados à música eletrônica:

DJ (Disc Jockey): Um indivíduo que mixa e reproduz músicas eletrônicas ao vivo

em festas, clubes e eventos.

Produtor Musical: A pessoa que cria, grava, mixa e masteriza músicas. Eles são responsáveis pela produção das faixas.

DJ Set: Um DJ cria um set escolhendo e mixando faixas pré-gravadas em um conjunto contínuo de música, muitas vezes usando equipamento como CDJs (reprodutores de CD) ou controladores de software.

B2B (Back-to-Back): Dois ou mais DJs atuam juntos em um mesmo set, compartilhando o controle das mixagens. Eles frequentemente alternam entre si durante o set.

Drop: O ponto de uma música onde a batida principal e os elementos sonoros mais intensos entram em ação, muitas vezes acompanhados por uma grande energia na pista de dança.

Remix: Uma versão alternativa de uma música existente, geralmente criada por um produtor para adicionar elementos novos ou modificar o arranjo original.

Synth (Sintetizador): Um instrumento eletrônico que gera sons por meio de osciladores, filtros e moduladores, permitindo a criação de uma ampla variedade de timbres.

BPM (Batidas Por Minuto): Uma medida da velocidade ou ritmo de uma música eletrônica, indicando quantas batidas ocorrem em um minuto.

Samples: Muitas músicas eletrônicas usam trechos de áudio de outras fontes, como gravações antigas, filmes ou gravações de campo.

Efeitos Sonoros: Efeitos como reverb, delay e filtros são comuns na música eletrônica, criando atmosferas e texturas únicas.

Principais Gêneros:

O Brasil desenvolveu uma cena eletrônica diversificada, abraçando uma ampla variedade de gêneros. Alguns dos principais gêneros e suas características incluem:

Tropical Bass: Uma fusão de música eletrônica com elementos de música brasileira e latina, resultando em batidas exuberantes e vibrantes.

Techno: Conhecido por suas batidas repetitivas e hipnóticas, o techno tem uma base sólida de fãs no Brasil, com diversos clubes e festivais dedicados a esse gênero.

House: O house é um gênero com raízes profundas no Brasil, e suas variações, como o deep house e o tech house, são muito populares.

Trance: O trance é um dos gêneros mais icônicos das festas ao ar livre, e suas melodias envolventes atraem multidões para festivais de música em todo o país.

Drum and Bass: Com uma cena dedicada, o drum and bass é apreciado por seus ritmos acelerados e baixos poderosos.

Bass Music: Inclui subgêneros como dubstep, trap e future bass, que se tornaram populares entre os jovens.

O Brasil produziu diversos artistas de renome internacional na cena eletrônica. Alguns deles incluem:

Alok: Um dos DJs mais famosos do Brasil, conhecido por seus hits de música eletrônica que alcançaram as paradas em todo o mundo, apesar de ser taxado como  um DJ que toca músicas muito comerciais que ficam populares entre os não ouvintes de música eletrônica, o produtor é respeitado internacionalmente, classificado como o quarto melhor DJ do mundo segundo a reconhecida revista sobre música eletrônica DJ Mag, foi o primeiro DJ a se apresentar no palco mundo, principal palco do Rock in Rio , maior festival do Brasil. 

Vintage Culture: Celebrado por sua fusão de house e techno, Vintage Culture é uma figura proeminente na cena eletrônica global, graças a sua essência brasileira que mistura samba e batidas ancestrais em suas músicas, ele é classificado como o décimo primeiro pela revista DJ Mag, além disso ele é uma das principais caras do festival Só Track Boa, que tem diversas versões incluindo fora do país.

DJ Vhoor: Natural de Belo Horizonte, o DJ vem ganhando reconhecimento mundial pela sua musicalidade em que mistura funk e disco, apresentando-se no Primavera Sound em Barcelona neste ano, esse set foi gravado para o conhecido canal Boiler Room. Produziu o álbum “BAILE” do rapper FBC que dominou as paradas musicais.

Valentina Luz: Ficou conhecida primeiramente como modelo, que esteve por muitos anos nas passarelas e que foi se envolvendo com a música eletrônica a partir do momento em que ela se mudou para São Paulo e começou a dançar em algumas festas da cidade, como a Mamba Negra, Odd e no festival Dekmantel. Agora se aventura como DJ misturando house com funk, este ano Valentina foi convidada a fazer um set para o DGTL de Amsterdam em parceria com o Boiler Room, plataforma de streaming de sets que fazem set transmitidos pela internet, ao vivo, sendo gravado em diversos lugares do mundo, além disso ela fez um set B2B com a Eli Iwasa na Tomorrow Land Brasil deste ano. 

Mochakk: É a última revelação da música eletrônica brasileira, sua forma de dançar e conduzir  seus shows cativaram o público. Pedro tem uma sonoridade única que mistura batidas latinas com house, soul com funk e diversas outras alquimias. Hoje possui uma agenda lotada passando pelas melhores festas e clubs do mundo, além de ter sido o segundo brasileiro a fazer um set para a produtora Cercle, produtora francesa que faz show em diversas localidades do mundo, sempre buscando misturar o som com ambiente maravilhoso, o seu set foi na Plaza de Spaña em Sevilla.

Além da turnê e do grande sucesso de bilheteria, o filme aproxima o público da cantora
por
Giulia Cicirelli
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13/11/2023 - 12h

Após a grande demanda por ingressos da "The eras tour", a equipe da cantora Taylor Swift resolveu criar uma alternativa que aproximasse os fãs da cantora, o filme, que está sendo exibido em mais de 100 países, faz com que os admiradores da cantora que não conseguyiram ingressos para a tour, tenham a oportunidade de presenciar esse grande marco na carreira da cantora.

Com direito à cantorias ao vivo acompanhando as músicas, pulseiras da amizade e muita emoção, milhares de fãs já se reuniram nos cinemas para ver Taylor nas telonas.

Atualmente o filme já arrecadou cerca de R$ 485 milhões de bilheteria só no Canadá e nos Estados Unidos. 

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https://x.com/herfightandfury/status/1723016184793333802?s=46&t=lKvkS3pcKb9yISM3U587jw

 

 

Cantor passou pelo Rio de Janeiro e São Paulo em outubro com ingressos esgotados
por
Sophia Pietá Milhorim
Isabella Santos
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13/11/2023 - 12h

Um dos maiores cantores da atualidade, The Weeknd, trouxe para o Brasil a sua tão esperada turnê “After Hours Til Dawn”, passando pelas capitais Rio de Janeiro e São Paulo. Esgotando os ingressos apenas nos primeiros dias de venda, o artista criou um espetáculo distópico e tecnológico com estrutura gigantesca nos estádio de Nilton Santos e Allianz Parque.

 

Para mais de 150 mil pessoas, The Weeknd cantou seus maiores sucessos e proporcionou um show grandioso com os recursos de efeitos especiais e fashionistas. Abel Tesfaye utilizou uma máscara prata e um braço de ferro para adentrar no universo futurista em que seu show se passa. A turnê no Brasil começou pelo Rio de Janeiro, o show aconteceu no dia 07 de outubro para mais de 61 mil pessoas em apresentação única na cidade, lotando o estádio.

Já em São Paulo, The Weeknd lotou dois dias seguidos, 10 e 11 de outubro, com mais de 48 mil pessoas em cada um e diversos famosos marcando presença. A turnê era para ter sido realizada em 2020 mas devido a pandemia de COVID-19 foi adiada para 2023. Já em 2022, o artista fez uma pausa para se dedicar a uma outra paixão: o cinema.

O nome de sua turnê faz referência aos últimos dois álbuns do cantor: After Hours (2020) e Dawn FM (2022). Mas a setlist traz muito além desses dois projetos, The Weeknd passa por canções desde o início de sua carreira, feats com outros artistas como a Rosália e os mais recentes lançamentos. O total são 42 faixas em um show espetacular e de grandiosidade absurda.

 

Os três shows no Brasil contarão com uma série de novidades como realidade aumentada, NFTs, benefícios exclusivos para o público e estruturas tecnológicas nunca vistas no país antes. The Weeknd proporcionou um verdadeiro espetáculo ao milhares de fãs e trouxe o poder da magia das músicas aos estádios brasileiros em shows viralizados na internet.

https://vm.tiktok.com/ZMjcwc31L/

https://vm.tiktok.com/ZMjcwWdG4/

 

Autora Rafaela Silva aponta dificuldades para a representatividade de negros na literatura
por
Raissa Santos Cerqueira
Ana Clara Farias
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09/11/2023 - 12h

“Quando há pessoas falando sobre nós, sobre nossas vivências e sobre nossos corpos podemos nos ver naquele espaço”, afirmou Rafaela Silva (24) sobre a crescente produção de obras literárias que têm enfoque na representação positiva da população negra. O crescimento de livros com protagonistas negros e o aumento da procura por eles nos mercados levou títulos como “Lendários”, de Tracy Deonn e “Agora que ele se foi”, por Elizabeth Acevedo a ganharem espaço nas estantes de leitores pelo mundo todo. A divulgação que livros com protagonismo negro receberam durante os temos de confinamento fez com que mais livros que abordam a vida de pessoas afrodescendentes se tornassem cada vez mais populares. 

Nos últimos anos, houve um crescimento exponencial na quantidade de personagens negros, tanto em obras literárias, quanto cinematográficas, os personagens vêm ganhando destaque se tornando protagonistas, ou pontos importantes da história. Ainda assim a comunidade enfrenta alguns desafios para que sejam devidamente representados “Alguns conseguimos perceber que a pessoa apenas colocou um personagem de minoria para dizer que tem” Ressalta a escritora, e completa “Ainda precisamos cobrar das pessoas escreverem sobre pessoas pretas e isso é cansativo”. 

O número de autores negros publicados no Brasil ainda é considerado baixo, se comparado com a quantidade de autores brancos. Por consequência, os personagens desses autores também são brancos, o que aponta a falta de representatividade. De acordo com os dados das maiores editoras brasileiras, segundo uma pesquisa da Universidade de Brasília (UnB), entre 1965 e 2014, 70% dos autores são homens e, dessa porcentagem, 90% são brancos. Esse estudo revela que a escalada para uma cultura representativa de autores negros ainda é uma longa caminhada.

Rafaela, nascida em São Carlos e formada em Linguística pela Ufscar (Universidade Federal de São Carlos), também ressalta que, mesmo com os pontos negativos, a inserção de pessoas negras nessas obras é algo a se comemorar, além de se esforçar para sempre ter negros em suas obras. Em todas as suas histórias publicadas na Amazon, sendo elas: “Apito final”, “Meu lugar” e “As cores do nosso amor”, Rafaela colocou personagens negros em posição de protagonismo “É a minha reparação histórica” afirmou ela. “Todas as minhas obras escritas até aqui abordam o racismo, sei que parece cansativo, mas sempre que vou escrever trago minhas vivências e isso reflete muito nas minhas obras” explicou a autora. 

Livro 1
Ilustração dos personagens de "Apito Final" por: Maria Luísa Pitombeira

Além da questão da inclusão, a literatura negra também é necessária porque ela é capaz de desbancar padrões e estereótipos relacionados à cultura e ao povo afro-brasileiro. Quando contadas por escritores negros, as histórias têm um ponto de vista próprio de pessoas que vivem diariamente essa cultura sem reforçar os padrões criados pelo ponto de vista branco e eurocêntrico.

Apesar da pouca representatividade, existem autores negros relevantes e essenciais para a história literária do Brasil. Entre eles, podemos citar Carolina Maria de Jesus, Conceição Evaristo, Machado de Assis — considerado o maior escritor brasileiro —, Lima Barreto, entre muitos outros grandes nomes da literatura no país. Esses autores, que são atemporais, trazem em suas obras histórias com perspectivas únicas, contando sobre suas vivências e acontecimentos por eles presenciados.