A Livraria Travessa foi preenchida de pessoas na terça-feira, 5, mesmo com a tempestade torrencial que atingiu a cidade de São Paulo. O perigo que deixou diversas pessoas ilhadas não foi o suficiente para impedir o público de apreciar o lançamento da nova obra de Raul Juste Lores.
A loja foi o berço da noite de autógrafos do livro “São Paulo nas Alturas”. O autor permaneceu no local até tarde e foi prestigiado por uma grande fila de fãs. O lançamento, nas palavras do escritor: “foi um sucesso!”.
Chuva intensa em São Paulo marcou a noite de autógrafos Foto: Luiza Fernandes
Lores é colunista da rádio CBN. Mas foi, por muitos anos, correspondente da Folha de São Paulo nos Estados Unidos e teve o mesmo cargo na Veja, enquanto morava na Argentina. São Paulo nas Alturas foi o seu primeiro livro.
A livraria Travessa ficou cercada por grandes filas Foto: Luiza Fernandes
Raul relatou que um dos seus sonhos era que pessoas comuns - não apenas arquitetos e especialistas - se interessassem pelo tema “cidades”. O encontro reuniu estudantes e profissionais de diversas áreas, demonstrando a realização de seu imaginário.
Loures assinou exemplares daqueles que resistiram as grandes filas Foto: Luiza Fernandes
A obra, publicada pela Companhia das Letras, conta a história de grandes projetos e prédios da cidade mais populosa da América Latina. O pesquisador também fala sobre os bastidores destas construções dos anos 50 e 60, assim como detalhes da vida dos seus planejadores.
Foi nesse período que edifícios icônicos e que definem a cidade foram construídos, como o Copan, o Conjunto Nacional, a Galeria do Rock e o edifício Itália. “‘São Paulo nas Alturas’ apresenta a trajetória de arquitetos e empreendedores que deixaram sua marca na capital paulista, além de lançar luz sobre erros e acertos nas escolhas urbanas que desenharam a cidade”, expõe a editora em suas redes sociais. O livro de Loures nos revela que a influência da arquitetura na cidade vai além do aspecto estético. Ela molda nossa maneira de viver, interagir e perceber o espaço urbano.
O relançamento de "São Paulo nas Alturas" nos convida a refletir sobre como a arquitetura não apenas reflete, mas também impulsiona o desenvolvimento social, cultural e econômico de uma metrópole em constante evolução.
A 96ª edição do Oscar aconteceu no domingo (10), em Los Angeles, no Dolby Theatre. O evento contou com a apresentação de Jimmy Kimmel, Jessica Lange, Sally Field, Danny DeVito, Arnold Schwarzenegger e Nicolas Cage. No Brasil, a transmissão aconteceu pelo canal de TV fechada, TNT, e pelo streaming MAX (antiga HBO), com tradução simultânea feita por Robert Greathouse e comentários de Ana Furtado, Aline Diniz e Andréia Horta.
Os filmes com mais indicações durante a noite foram: Oppenheimer, liderando com 13 nomeações, Pobres Criaturas e Assassinos da Lua das Flores com 11 e Barbie com 8.
A começar pela categoria de Melhor Filme, os indicados foram: Ficção Americana, Anatomia de Uma Queda, Barbie, Os Rejeitados, Assassinos da Lua das Flores, Maestro, Oppenheimer, Vidas Passadas, Pobres Criaturas e Zona de Interesse.
O vencedor da categoria foi Oppenheimer, que já vinha carimbando como vencedora em quase todas as premiações anteriores, SAG (sigla para Screen Actors Guild), BAFTA (British Academy Film Awards), Critics Choice e Globo de Ouro.
O ator Al Pacino chamou atenção nas redes sociais, pois enquanto apresentava os indicados da categoria de Melhor Filme, o ator foi direto ao ponto, dando a vitória para o longa de Nolan, sem firulas. A quebra da tradição deixou os espectadores surpresos.
Os concorrentes à estatueta de Melhor Ator eram: Bradley Cooper por ‘’Maestro’’, Colman Domingo por ‘’Rustin’’, Paul Giamatti por ‘’Os Rejeitados’’, Cillian Murphy por ‘’Oppenheimer’’ e Jeffrey Wright por ‘’Ficção Americana’’.
O vencedor foi Cillian Murphy, que interpretou Robert Oppenheimer, coroando mais uma vitória para o ator na temporada de premiações.

Em Melhor Atriz, as indicadas foram: Annette Bening por ‘’NYAD’’, Lily Gladstone por ‘’Assassinos da Lua das Flores’’, Sandra Hüller por ‘’Anatomia de Uma Queda’’, Carey Mulligan por ‘’Maestro’’ e Emma Stone por ‘’Pobres Criaturas’’.
A vencedora foi Emma Stone. A atriz recebeu o seu segundo Oscar pelo papel de ‘’Bella Baxter’’ em Pobres Criaturas.

Lily Gladstone era uma forte candidata à estatueta por ter levado previamente o SAG (Screen Actors Guild) e o Globo de Ouro por sua atuação como ‘’Mollie Burkhart’’.
Em entrevista para a revista The New Yorker, ela disse: "é circunstancial que eu seja a primeira, mas certamente não serei a última. Se eu ‘chutei a porta’, eu vou apenas tentar continuar aqui e deixá-la aberta para todos os outros".
Se por um lado a categoria de Melhor Ator Coadjuvante ficou com Robert Downey Jr, por sua atuação em Oppenheimer, contra os indicados Sterling K. Brown (Ficção Americana), Robert de Niro (Assassinos da Lua das Flores), Robert Downey Jr. (Oppenheimer), Ryan Gosling (Barbie) e Mark Ruffalo (Pobres Criaturas), por outro, a de Melhor Atriz Coadjuvante foi para Da'Vine Joy Randolph, por Os Rejeitados. A estatueta não fugiu muito do roteiro já previsto em premiações anteriores na temporada. Da’Vine concorreu contra Emily Blunt (Oppenheimer), Danielle Brooks (A Cor Púrpura), America Ferrera (Barbie), Jodie Foster (NYAD), Da'Vine Joy Randolph (Os Rejeitados).


Em Melhor Direção, a competição parecia já ter sido decidida em premiações anteriores: Christopher Nolan (Oppenheimer) foi o vencedor da noite nesta categoria, contra Justine Triet (Anatomia de Uma Queda), Martin Scorsese (Assassinos da Lua das Flores), Yorgos Lanthimos (Pobres Criaturas) e Jonathan Glazer (Zona de Interesse).

Apesar da filmografia do diretor não ser pequena, este é seu primeiro Oscar. Nolan conseguiu construir uma narrativa em Oppenheimer que crie pequenos momentos de tensão, fazendo com que o espectador tenha toda a atenção voltada para a linha do tempo, e não só mergulhe no enredo principal da criação da bomba atômica, mas também na trajetória política de Robert Oppenheimer.
Na categoria de Melhor Filme Internacional, tivemos os longas: Io Capitano (Itália), Dias Perfeitos (Japão), A Sociedade da Neve (Espanha), The Teacher’s Lounge (Alemanha) e Zona de Interesse (Reino Unido), sendo Zona de Interesse o vencedor.
Em seu discurso, o diretor, Jonathan Glazer, defendeu o povo palestino e pediu pelo cessar-fogo em Gaza.
Em Melhor Roteiro Original, o filme Anatomia de Uma Queda ganhou de Os Rejeitados, Maestro, Segredos de um Escândalo e Vidas Passadas. E em Melhor Roteiro Adaptado, foi a vez de Ficção Americana levar o prêmio para casa.
Para Melhor Fotografia, os votantes da Academia escolheram Oppenheimer, mais uma vez. Os outros filmes indicados eram: El Conde, Assassinos da Lua das Flores, Maestro e Pobres Criaturas.
Na categoria de Melhor Montagem, entre Anatomia de Uma Queda, Os Rejeitados, Assassinos da Lua das Flores, Oppenheimer e Pobres Criaturas, o vencedor foi Oppenheimer.
Zona de Interesse levou a estatueta de Melhor Som, após muitas críticas positivas. O que Jonathan Glazer fez com nossos ouvidos durante o longa-metragem foi impressionante, a qualidade do instrumental que escutamos o tempo todo era capaz de nos teletransportar para a atmosfera do horror da Segunda Guerra Mundial.
Os indicados eram: Resistência, Maestro, Missão Impossível - Acerto de Contas Parte 1 e Oppenheimer.
Em Melhores Efeitos Visuais, Resistência, Godzilla Minus One, Guardiões da Galáxia Vol.3, Missão Impossível - Acerto de Contas Parte 1 e Napoleão disputavam pelo prêmio, mas o Godzilla Minus One foi o ganhador, provando que é possível fazer um bom filme com apenas 15 milhões de dólares de orçamento, valor bem inferior se comparado à outras produções indicadas. Essa foi a primeira vez, em 70 anos de franquia, que o filme japonês foi premiado.
Na categoria de Melhor Design de Produção estavam: Barbie, Assassinos da Lua das Flores, Napoleão e Oppenheimer, mas quem subiu no palco foi Pobres Criaturas.
Pobres Criaturas também ganhou em Melhor Cabelo e Maquiagem. O ator Willem Dafoe comentou em entrevistas que o processo da maquiagem para entrar no personagem demorava cerca de seis horas. Emma, por sua vez, revelou que usava um mix de extensões no cabelo, e sua maquiagem ou era “nada” ou tinha cores arroxeadas (para simular hematomas), verdes (para as veias que saltavam, de forma sutil) e rosas (para uma cor de saúde na pele). Pobres Criaturas levou também Melhor Figurino.
A figurinista Holly Waddington se inspirou na era vitoriana para criar os visuais de Bella Baxter, mas deixou de lado os espartilhos. Segundo ela, “se a intenção era fazer um filme feminista, colocá-la vestindo a peça só reforçaria ainda mais o estereótipo que todos conhecem do corpo da mulher visto de um jeito totalmente idealizado”. Com silhuetas bem ajustadas, roupas disruptivas, coloridas e exageradas, Holly fez com que o prêmio não pudesse pertencer a mais ninguém, se não a Pobres Criaturas.
Nas categorias de Melhor Trilha Sonora Original, a música instrumental de Ludwig Göransson fez Oppenheimer ganhar de Ficção Americana, Indiana Jones e a Relíquia do Destino, Assassinos da Lua das Flores e Pobres Criaturas; e em Melhor Canção Original, foi a vez de ‘’What Was I Made For’’ de Billie Eilish (que se tornou a pessoa mais jovem a ter duas estatuetas) para Barbie, que disputava com ‘’I’m Just Ken’’ do mesmo filme, ‘’The Fire Inside’’ de Flamin’ Hot: O Sabor que Mudou a História, ‘’It Never Went Away’’ de American Symphony e ‘’Wahzhazhe’’ (A Song For My People) de Assassinos da Lua das Flores.
O Menino e a Garça, Elementos, Nimona, Meu Amigo Robô, Homem Aranha: Além do Aranhaverso, estavam em Melhor Animação em Longa-Metragem. O Menino e a Garça, de Hayao Miyasaki, foi o vencedor nesta categoria.
O último Oscar do diretor foi há 21 anos, com ‘’A Viagem de Chihiro’’ (2001). No ano de 2003, ele também se recusou a ir presencialmente receber o prêmio, pois no passado, chegou a ir na contramão com atitudes dos Estados Unidos relacionadas à invasão do país no território do Iraque.
E War Is Over! Inspired by the Music of John & Yoko ganhou em Melhor Animação em Curta-Metragem, em que concorria com: Letter to a Pig, Ninety-Five Senses, Our Uniform, Pachyderme.
Em Melhor Curta-Metragem em Live Action, A Incrível História de Henry Sugar levou a estatueta. Os outros indicados foram The After, Invincible, Knight of Fortune, Red, White and Blue.
Esse foi o primeiro Oscar do diretor Wes Anderson em sua carreira.
A categoria Documentário contemplava duas categorias:
- Longa-Metragem, com 20 Dias em Mariupol sendo o vencedor, contra Bobi Wine: The People's President, The Eternal Memory, Four Daughters, To Kill a Tiger.
- Curta-Metragem, com A Última Loja de Reparações recebendo o prêmio contra: O ABC da Proibição de Livros, The Barber of Little Rock, Island in Between,Ni Nai & Wài Pó (Grandma & Grandma).
Houveram performances de canções de filmes indicados, com a de Ryan Gosling em destaque. Ele cantou a música-tema de seu personagem, ‘’I’m Just Ken’’, com a participação de Slash na guitarra.

Messi, o cachorro ator de Anatomia de Uma Queda, também marcou presença na cerimônia, mesmo após boatos nas redes sociais de que não compareceria. Tudo começou depois que o portal The Hollywood Reporter relatou que alguns estúdios de filmes indicados alegavam que a presença de Messi poderia ter aberto algum tipo de vantagem sobre o longa, ofuscando os outros atores humanos, durante o almoço dos indicados. Porém sua participação foi permitida, além de ter “roubado a cena”, ao aparecer “aplaudindo” Robert Downey Jr., por meio de uma edição gravada antecipadamente.


Ryan Gosling and the cast of "Barbie" perform "I'm Just Ken" at the #Oscars. https://t.co/UNgGySGz3r pic.twitter.com/00hd0Jw8cy
— Variety (@Variety) March 11, 2024
CURIOSIDADE: eles gravaram as cenas do messi antes da premiação para nao estressar o dog 🥰 #Oscars pic.twitter.com/cfH1NWHbwq
— @babevivis) March 11, 2024
Oppenheimer e Pobres Criaturas foram os mais premiados da noite, com sete e três estatuetas, respectivamente
No dia 1° de março, Akira Toriyama morreu com 68 anos. A causa do óbito foi um coágulo sanguíneo no cérebro. A morte só foi anunciada no dia 8 de março, pelo estúdio Bird, onde o artista trabalhava. O criador é reconhecido internacionalmente por sua série de mangás (revistas em quadrinhos japonesas), Dragon Ball, lançada em 1984, além da série de jogos Dragon Quest e Chrono Trigger.
Entrou na empresa Shonen Jump graças a um concurso da Revista Infanto juvenil Weekly Shonen Jump, quando Toriyama foi premiado com uma vaga na empresa. Contratado em 1977, ele fez pequenos trabalhos pela revista, quando conheceu Kazuhiko Torishima, que futuramente iria se tornar seu editor em quase todos os seus trabalhos manuscritos.
Em 1980, Toriyama lançou junto com Torishima o mangá Dr Slump, uma série sobre Arle, uma androide, e suas confusões com o seu criador. A série foi um sucesso e vendeu um milhão de cópias durante a primeira semana. Apesar disso, o mangaká (artista que desenha mangás) queria fazer algo novo.
Toriyama e Torishima aceleraram sua produção para a próxima edição do mangá. Influenciados pelo conto chinês da jornada do leste, e depois de uma dica de sua esposa, Yoshimi Katō, Akira começou a desenhar visando principalmente os filmes de Jackie Chan. Depois de alguns meses, lançou a história de 13 páginas “Dragon Boy”.
Foi em 1985 que criou a história de Son Goku, um menino com cauda de macaco, que junto de seus amigos Kuririn, Piccolo e Bulma saem em busca das Esferas do Dragão, que na trama concedem um pedido ao usuário. Dragon Ball foi um sucesso. Os paineis animados e a mistura de humor, ação e história trouxeram uma rápida adaptação para a televisão. Até 2024, Dragon Ball já recebeu 24 filmes e pelo menos 800 episódios para a televisão, divididos entre: Dragon Ball, Dragon Ball Z, Dragon Ball GT, Dragon Ball Kai e Dragon Ball Super. A franquia também possui 53 jogos digitais.
No mundo dos jogos, Toriyama foi o designer e roteirista de Dragon Quest, lançado em 1986. Ele foi comissionado pelo amigo e colega, Yuji Horii, para criar uma série de fantasia medieval com o traço do mangaká. Toriyama foi o designer de todos os principais jogos da franquia. A série de RPG digital é considerada pela revista Gamespot a mais importante franquia dentro de seu gênero. Anos depois, em 1995, a mesma equipe escreveu e projetou Chrono Trigger, que foi best seller naquele ano. Para muitas revistas, como IGN, GameSpot, e Famitsu, o jogo está entre os dez melhores de todos os tempos.
No Brasil, o anime de Dragon Ball foi transmitido na televisão aberta em 1996, passando pelo SBT no programa Bom dia e CIA. Em 2001, a continuação, Dragon Ball Z, foi transmitida pela rede Globo na TV Globinho. Graças à facilidade de acesso, se tornou um dos desenhos mais populares no Brasil.
Toriyama deixou dois filhos, Sasuke Toriyama e uma filha da qual ele manteve a privacidade do nome. Além disso, o autor deixa inúmeros projetos inacabados, entre eles Dragon Ball Daima, Dragon Quest XII e alguns episódios de Dragon Ball Super.
A dubladora Masako Nozawa, que interpreta o personagem Son Goku, postou no X (antigo Twitter): "Não quero acreditar. Minha cabeça está vazia porque não quero pensar nisso”. Ela conta sobre um pedido pessoal do autor para o personagem: “Toriyama me disse: 'Você vai cuidar de Goku, não vai?’ Eu valorizo aquele momento, pois penso ‘Eu vou ficar junto do Goku até que minhas forças se esgotem"'.
Eiichiro Oda, criador de One Piece, lamentou a perda de Toriyama, comentando sobre sua admiração: “ até me lembro do dia em que você me chamou pelo nome pela primeira vez. Também me lembro da última conversa que tivemos”. O artista também falou sobre a influência de Toriyama no mundo dos quadrinhos: “Criou uma era onde adultos e crianças leem e gostam de mangá”.
Masashi Kishimoto, criador de Naruto escreveu: “Gostaria de expressar meus pensamentos e sentimentos sobre o Toriyama. Para mim, ele era o deus da salvação e o deus do mangá”O Mangaká por fim agradeceu ao criador de Dragon Ball por toda sua obra: “Obrigado, Akira Toriyama, por todos os trabalhos divertidos que você realizou nos últimos 45 anos”.

Após os fã clubes da cantora começarem a especular sobre sua vinda ao Brasil, o portal Madonna Online (que desde de novembro já vinha supondo a vinda da cantora), publicou no dia 5 de fevereiro mais detalhes sobre o suposto show. Segundo o portal, a diva do pop realizará um show gratuito no dia 4 de maio em Copacabana (Rio de Janeiro, RJ), convidada pelo Itaú Unibanco, em nome da campanha “Hoje, amanhã e pelos próximos 100 anos”, que celebra os 100 anos do banco.
A cantora, que recentemente estreou em uma campanha publicitária com a mesma empresa, deu esperança sobre a parceria que, ao que tudo indica, está por vir.
Ainda hoje (07/03), o jornalista Lauro Jardim, do O Globo, confirmou as especulações e afirmou que o show será o maior da carreira da cantora. Madonna está completando 40 anos de carreira e teria escolhido o Brasil para encerrar os shows da sua turnê The Celebration, que recorda os maiores sucessos de sua carreira.
Segundo informações do portal Madonna Online, o hotel Copacabana Palace estaria todo ocupado na semana da suposta preparação para o grande show, o que deixou os fãs ainda mais intrigados.
Quanto aos órgãos governamentais, nada de confirmação, mas as especulações por parte do prefeito Eduardo Paes também são altas. Recentemente, o então atual prefeito do Rio de Janeiro teria republicado no X (antigo twitter) uma postagem em que citava a vinda da diva pop para o Brasil. Em seu Instagram também brincou:

Mesmo sem a certeza de sua vinda, os fãs continuam esperançosos, e alguns já reservaram suas estadias para o final de semana do show. Os hotéis da região já estão praticamente com 100% de lotação para o dia, e os preços não param de subir. Cogita-se aproximadamente a presença de 1 milhão de pessoas para o megashow.
“Fui reservar um hotel em copacabana e já tá tudo esgotado” desabafa fã no X (antigo twitter):
fui reservar um hotel em copacabana e já tá tudo esgotado 🤡🤡
— Pedro (@mepedrohenrique) March 7, 2024
MADONNA, ME AJUDAAA
O Réveillon de 2023 em Copacabana teve mais de 3 milhões de pessoas nas areias, repetindo os sucessos de público das viradas com Jorge Ben Jor, em 1993, e Rod Stewart, em 1995. Se o show de fato acontecer, será o quarto da cantora no país e o maior público da carreira da americana.
É praticamente inexistente registros de performances gratuitas da Madonna, uma cantora que atingiu um status estratosférico e que arrasta multidões mundo afora. O suposto show na praia de Copacabana tem tudo para entrar na história do país e da artista.
Doze bandas de emocore, popular gênero de rock dos anos 2000, lotaram o Allianz Parque, em São Paulo, para a estreia do festival I Wanna Be Tour, neste sábado (2). Diante dos palcos chamados "It's not a phase" e "It's a life style" ("não é uma fase" e "é um estilo de vida", respectivamente), 42 mil pessoas se reuniram para criar uma máquina do tempo movida a música.
“Eu queria vir porque são bandas que fizeram parte da minha adolescência e quando eu era adolescente e não trabalhava, não tinha condição de assistir a esses shows”, conta Kaio Gomes, doutor em química orgânica, de 30 anos. A maioria dos grupos internacionais que se apresentaram no sábado (2) já tinham vindo ao Brasil em outras ocasiões. Já Fresno, Pitty e NX Zero representaram a cena nacional nos palcos. “Foi uma oportunidade do eu do presente agraciar meu eu do passado”, completa.
Apesar da euforia nostálgica do line-up, composto por Plain White T’s, Mayday Parade, Boys Like Girls, Asking Alexandria, The Used, All Time Low, The All-American Rejects, A Day To Remember e Simple Plan, além das bandas brasileiras, os pecados de organização do festival não conseguiram passar despercebidos. Kaio comenta que o horário de entrada no estádio foi seu primeiro desagrado: “é impossível para um evento que deu sold out [ingressos esgotados] no Allianz Parque abrir os portões uma hora antes do início do primeiro show. Era óbvio que todas as pessoas que quisessem assistir ao primeiro show não iam conseguir entrar”. Para ele, a quantidade de catracas e de seguranças para realizar a revista também foram insuficientes.
A falta de sinalização, de pontos de hidratação gratuita e de comida nas lanchonetes dentro do Allianz também entraram na lista de reclamações. A pontualidade dos shows e a ativação da marca de calçados Vans, entretanto, balancearam a conta.
Com tênis destinados especialmente a skatistas, esporte que também compõe a cultura emo, a Vans aproveitou o evento para relançar um modelo dos anos 1990, se valendo do saudosismo do público com cabine para fotos instantâneas, adesivos com arte em grafite e um tênis gigante em branco onde as pessoas poderiam escrever com canetas coloridas – como os jovens do começo do milênio costumavam fazer na escola.

Durando por volta de 40 minutos, todas as apresentações cativaram o público, ainda que as bandas tivessem estilos diferenciados. Plain White T’s, Boys Like Girls, All Time Low e The All-American Rejects com batidas mais pop e letras sobre romances bem-sucedidos e frustrados; Mayday Parade, The Used e Asking Alexandria dentro do chamado hardcore, estilo mais próximo do punk e que beira o metal rock, com vocais guturais – técnica utilizada pelos cantores para gritar –, guitarras mais graves e ritmo mais acelerado.
Mesmo com o apelo da presença de bandas internacionais - muitas não vinham ao país há mais de dez anos -, Fresno, Pitty e NX Zero não apenas entregaram apresentações de calibre tão alto quanto de seus colegas estrangeiros, como relembraram a todos da força e da qualidade do pop rock nacional.
Gabriella de Carvalho, gestora ambiental de 29 anos, coloca o show da Fresno na sua prateleira de favoritos do dia: “é uma das minhas bandas preferidas e também uma das maiores representantes do emo nacional”. Esse título é verificável não apenas pelo sucesso da turnê solo do grupo, a “Vou Ter Que Me Virar”, em promoção do álbum homônimo e mais recente, mas também pelas complicações que o público teve para passar pelos portões com pressa, já que a Fresno era a primeira a se apresentar, às 11h. “Infelizmente eu não consegui assistir o show inteiro por conta dos atrasos na entrada, mas com certeza esse tem um espaço especial no meu coração”, lamenta a fã.
Com o show da turnê de celebração dos vinte anos de “Admirável Chip Novo”, seu álbum de estreia, a baiana Pitty exibiu toda sua versatilidade entoando músicas que adolescentes e seus pais gostavam e comandando um bate-cabeça tradicional. “Foi o melhor de todos”, comenta Kaio. “Ela toca na questão da nostalgia. Meu eu de 13, 14 anos gostava demais de Pitty e foi a minha trilha sonora de vários momentos de descoberta”, continua.
A Day To Remember, uma das atrações principais, é um dos grandes nomes do hardcore. Composta por Jeremy McKinnon (vocalista), Neil Westfall, Kevin Skaff (guitarristas) e Alex Shelnutt (baterista), a banda contou com a voz do público no palco “It’s a lifestyle” durante todo o show, mas também investiram em artifícios técnicos como chuva de fitilhos na abertura, com sua música mais ouvida nas plataformas digitais “The Downfall Of Us All”, e bolas gigantes lançadas à plateia durante “Rescue Me”.
O dia se encerrou com Simple Plan, banda canadense com público cativo no Brasil. Esta é a nona passagem do grupo pelo país, que inclusive se apresentou no programa Big Brother Brasil em 2007.
Além dos clássicos que foram trilha sonora das revoltas hormonais da adolescência dos (agora) adultos de 30 e 40 anos que os assistiram, como “Welcome To My Life”, “Perfect World”, “Jump”, “I’d Do Anything” e “Perfect”, o Simple Plan fez questão de homenagear outros nomes do pop punk com um pot-pourri de “All Star” (Smash Mouth), “Sk8r Boy” (Avril Lavigne) e “Mr. Brightside” (The Killers).
Gabriella conta que foi uma surpresa para todos quando o guitarrista Jeff Stinco tocou os primeiros acordes de “Vira-Vira”, música do Mamonas Assassinas, e Pierre Bouvier, o vocalista, pediu que a plateia o ajudasse a cantar. “Mostrou o tamanho do carinho que eles têm pelos fãs e também os fãs por eles”, ela completa.
A banda deu espaço para “What’s New Scooby-Doo?”, tema do desenho de mesmo nome, da Warner Bros., dividindo palco com fãs vestidos como o cachorro protagonista. E quem achou que essa seria a parte mais inusitada da apresentação, certamente demorou para acreditar quando o baterista Chuck Comeau, vestindo uma camisa da seleção brasileira, literalmente se jogou ao público.
“Foi um show impecável para fechar esse dia que com certeza vai ficar na memória. Absolutamente tudo foi pensado para entregar uma energia incrível, né?”, Gabriella se empolga no relato. “O festival para mim foi incrível, foi nostalgia pura do início ao fim. Todos os shows pensados justamente em trazer para o público a mesma emoção que era sentida lá atrás na nossa adolescência”.
“Você era uma daquelas crianças que escutavam a mesma música sem parar no seu quarto na casa dos pais? E eles diziam ‘pelo amor de Deus, desliga essa droga?’”, disse Pierre de cima do palco “It’s not a phase”, vestindo uma camiseta que adaptava o nome da música “I’m Just A Kid” para a realidade dele e do público: “I’m just an adult” (sou apenas um adulto). “Você então respondia algo como ‘vocês não entendem, eu amo essa música, essa banda’. E aí eles falavam ‘não se preocupe, é só uma fase’. Nunca foi uma fase!”

A I Wanna Be Tour esteve em Curitiba no domingo (3) e ainda passará por Recife na quarta-feira (6), Rio de Janeiro no sábado (9) e Belo Horizonte no domingo (10). Tanto Kaio quanto Gabriella (e os outros milhares de emos no Allianz Parque) aguardam ansiosos pelas próximas edições.