Na Avenida Paulista neste sábado (16), em um imponente prédio com o letreiro Club Homs, uma aglomeração sugeria algo especial. Ao entrar e subir as escadas, um forte odor de especiarias atiçava o olfato dos visitantes, e um mundo de cores e sons animavam a todos. Ali acontecia um festival indiano totalmente vegano. A feira anual de entrada gratuita trouxe um pedaço do país asiatico ao centro de São Paulo. Por meio da sua culinária intensa; música tradicional "kirtana"; rituais religiosos e muitas bancas de diversos produtos artesanais.
Tendo seu início às 11h e término às 22h , o evento possibilitou uma imersão na cultura indiana, tão rica e diferente aos olhos ocidentais. No entanto, vários idiomas se misturavam no ar, e à medida que se avançava pelo grande salão do tradicional clube paulista, bandeiras e símbolos de vários países, levavam os presentes a uma viagem pelo mundo.
Servindo como deliciosos aperitivos para abrir o apetite, em meio a uma mesa de doces árabes e uma de mini pizzas, estava o quiosque do Nega Fulô. O restaurante, localizado na zona leste da capital paulista, levou até o evento um churrasco sem crueldade animal, com opções de espetinhos de calabresa, frango, camarão, kafta e cogumelos. Com a maioria dos sabores tendo como base proteína de soja, fécula de mandioca e condimentos diversos, os preços variavam entre R$14 e R$17 cada, com direito a três acompanhamentos: uma deliciosa veganese, uma farofa com ou sem pimenta e um pouco de salada de repolho com acelga.
Para beber, uma ótima opção era a Kombucha da barraca Amigos da vida, empresa do interior de São Paulo que desde 2014 produz artesanalmente as bebidas, as quais são orgânicas, veganas e sem aditivos artificiais. Custando R$14 a garrafa de 300ml, a bebida levemente gaseificada e com propriedades medicinais, é obtida a partir da fermentação dos seus ingredientes. Os sabores disponíveis eram: uva, hibisco e gengibre, e romã.
A maioria das opções de comida enfrentavam filas. Depois do pedido feito, o tempo de espera era de até 50 minutos, mas muitas outras atrações encantavam o público e faziam o tempo voar. Na feira estavam presentes camisetas indianas e hijabs; cosméticos naturais brasileiros; semijoias peruanas; e perfumes e livros árabes, todos esses artesanais, veganos e com uma história diferente para contar.
Além dos vários produtos à venda, atrações gratuitas ocorreram, aulas de yoga, rodas de meditação, sessões de pintura facial e um enorme ritual hindu de bênçãos com o guru indiano Paramahamsa Vishwananda. A trilha sonora ficou com as apresentações ao vivo de "kirtana", uma música tradicional do país asiatico.
A estrela do festival foi a refeição indiana completa, oferecida pelo restaurante Estação Vegana, com unidade fixa na Liberdade. O prato de R$40 era composto pelo Jeera Rice (arroz com açafrão e cominho), Dahl de lentilhas com especiarias, samosas de legumes, um salgado típico indiano e uma porção de salada para equilibrar a picância. Para beber, havia o Nimbu Pani, suco de limão, hortelã e cominho; e o Chai, bebida quente de leite vegetal com especiarias, ambos por R$12. No quesito sobremesa, o quiosque de temática anime, Xoxurros, oferecia churros ou açaí entre R$14 e R$20, dependendo do tamanho e adicionais. Havia também em outras bancas, brownies artesanais por R$10, ou brigadeiros por R$5.
Em um mar de pessoas tão diferentes, e ecobags com “somos parte do futuro” escrito, a valorização da diversidade e a mistura cultural prevaleciam, além do respeito pelas etnias e animais. O festival indiano organizado pela Vegnice acontece anualmente, mas outras feiras ocorrem ao longo do ano, demonstrando a versatilidade e sabor da comida vegana.
Para ter um gostinho do que rolou, confira o vídeo no Instagram da AGEMT.
Legenda: O carro-chefe Pad Thai / Por: Camila Stockler
Subindo a rua Galvão Bueno e virando à esquerda na rua Barão de Iguape, no bairro da Liberdade, em São Paulo, já é possível notar algumas bandeiras tailandesas. E apesar delas, a porta é simples e durante a semana é preciso tocar a campainha. Ao entrar, tudo acontece ao mesmo tempo: o cheiro agridoce invade as narinas, as atendentes tailandesas perguntam “quantas pessoas?”, e em todo o salão há decorações budistas, souvenires tailandeses e até retratos da monarquia desse país do Sudeste Asiático. Depois de um primeiro choque, é possível notar que este lugar além de um restaurante é um local de divulgação da cultura tailandesa. E é assim que se entra no restaurante Thai E-San, da chef tailandesa Tookta Chomnuk.
Assim, a recomendação da AGEMT para quem nunca experimentou comida tailandesa, é o pad thai. Esse prato é o carro chefe de qualquer restaurante tailandês que se preze, e é o prato mais famoso da Tailândia. Sendo uma combinação agridoce de macarrão de arroz, legumes, tofu, ovo e a carne da sua escolha (frango, bovino, camarão ou tofu), tem o preço variando de 45 a 52 reais dependendo da carne.
Além disso, tradicionalmente a culinária tailandesa é caracterizada pela presença do camarão, pimenta e arroz, mas o restaurante demonstra que a culinária tailandesa é muito mais que isso. E além de poder escolher o tipo da carne, é possível tornar a maioria dos pratos vegetarianos ou inclusive, veganos. Para quem não lida bem com a pimenta: fique tranquilo que a maioria dos pratos é possível regular o nível dela.
Legenda: O Khaw Ung sticky rice na vasilha de bambu/ Por: Camila Stockler
Com currys e sopas distintas é possível experimentar desde um prato executivo como o Pad Kra Paw, que custa entre R$35,00 e R$40,00, para quem gosta de pimenta. Ou até o Khao Pad Sapparod, entre R$62,00 e R$72,00, que é apresentado em um abacaxi. Há o Khaw Ung (sticky rice - R$12). Esse acompanhamento vem em uma vasilha de bambu feito no vapor, e por ser feito com arroz do tipo moti, é bem grudento (e muito saboroso) e é ótimo com currys.
Legenda: O Pad Kra Paw e o Thai Tea com leite / Por: Camila Stockler
Mas não é só de pratos que sobrevive a culinária tailandesa. Outro carro-chefe é o thai tea (R$13), um chá gelado de coloração laranja e especiarias que faz qualquer um se apaixonar, trazendo até um gosto de infância. Aliás, há duas opções: com leite e sem, ambas igualmente boas e ótimas para o calor. Além disso, a sobremesa mais tradicional é a Khaoeni Mamuang (R$23), um arroz moti adocicado e com extrato natural de folha de pandan, coberto com leite de coco e manga.
E neste ano, o Thai e San abriu outra casa em Pinheiros na Rua Cunha Gago, 399. Ambos os endereços fazem entregas pelo Ifood, Rappi e Vou de Nekô. Além disso, recentemente, o Thai tea entrou para o cardápio do delivery. Para saber mais, confira o vídeo no instagram da AGEMT.
No ultimo sábado, dia 26, apesar de todas as condições do clima para deixar a população em casa, com a grande queda de temperatura, não foi o suficiente para atrapalhar o final de semana dos cidadãos da grande São Paulo, um dos locais que não foram afetados foi na Liberdade. Atualmente este bairro é um dos pontos mais marcantes da capital São Paulo que não tiveram o movimento diminuído. Liberdade é um bairro de cultura oriental que não importa o dia da semana ou seu tempo, está sempre movimentada pelos diversos motivos; passeio, culinário, conhecimento cultural e procura de produtos.
O quiosque Momu, de 7m², em Pinheiros. (Foto: Fernanda Querne)
Saia da estação Fradique Coutinho, vire à esquerda e ande reto por dois minutos. Assim, encontrará as trouxinhas de massa leve nepalesas, conhecidas como momos - e não os confunda com os guiozas. Ao lado da hamburgueria Patties, o quiosque Momu transformou sete metros quadrados em uma experiência gastronômica ao compartilhar a diversidade do seu país.
Havia pessoas em pé, outras sentadas em volta da árvore. Esperavam que a Luz, funcionária do Momu, anunciasse seus nomes para que pudessem, finalmente, se deleitar com a variedade dos bolinhos: os recheios de carne de porco, carne bovina e shimeji, a opção vegana. A clientela aparentava ter saído direto do expediente. Os bolinhos pareciam recém-chegados do Nepal.
Momu e a hamburgueria Patties em Pinheiros (Foto: Fernanda Querne)
Em entrevista à Agemt, Luz explicou como é o procedimento ao fazer as trouxinhas: "O momu não é feito aqui nessa loja, devido às condições do espaço. É feito pelo Amar, o nosso chefe, lá na casa dele". Junto com a Anusha Ale, sua esposa, comandam o Momu graças ao Projeto Vizinho, um concurso no qual a hamburgueria Patties cederia um “puxado” da sua unidade, em Pinheiros, para um microempreendedor que não tivesse condições de investir no ramo gastronômico.
Os funcionários finalizam o preparo dos momos. (Foto: Fernanda Querne)
O casal nepalês surpreendeu o cenário gastronômico paulista com seus temperos e especiarias moldados manualmente em bolinhos. Ao finalizarem o cozimento, ali no quiosque mesmo, regam os momus com um molhinho apimentado de tomate e uma chuva fina de gergelim. Assim, um pouco da influência da região do Himalaia recai sobre a cultura de rua da América Latina, onde sempre cabe mais um tempero.
O quiosque Momu é quase como uma embaixada gastronômica do Nepal, em São Paulo. O prato típico colabora com a diversidade da culinária paulista, que abraçou os momus após viralizarem no TikTok. É uma experiência que te viaja até os Himalaias, num “puxadinho” que faz caber a cultura da maior região montanhosa do mundo numa amostra de bolinho.
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A morte é vista de maneira diferente em diversas culturas. Para os cristãos, a vida na Terra é apenas passageira, na qual o paraíso ou inferno será sua nova e eterna morada dependendo dos seus atos enquanto vivo. É comum ver inúmeras estátuas ou símbolos referentes à religião cristã em seus túmulos, como descrição de fé. O Cemitério Protestante da Consolação, zona central de São Paulo, não é diferente nesse quesito.
Veja a seguir algumas imagens de sepultamentos de um Cemitério Protestante: