Seleção goleia a Itália fora de casa e confirma a liderança do grupo
por
Antônio Bandeira
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19/11/2025 - 12h

A Noruega garantiu seu retorno à Copa do Mundo depois de 28 anos. Em casa, mesmo abrindo o placar, a Itália  não resistiu à pressão norueguesa. A vaga veio com a vitória por 4 a 1 sobre os tetra campeões do mundo, em Milão, no jogo que confirmou a liderança do grupo europeu. A seleção nórdica virou a partida no segundo tempo e fechou a campanha de volta de forma segura. Para os italianos, o resultado significou a ida a mais uma repescagem, a terceira seguida. 

A classificação teve direito à dois gols de Erling Haaland, que conduziu o time nos momentos de maior pressão. Ele terminou as eliminatórias europeias com números incomuns até mesmo para um jogador do nível dele. Haaland marcou 16 vezes em oito jogos e alterou o placar em todas as partidas disputadas, tendo uma média de dois gols por partida. Isso garantiu ao atacante a artilharia das eliminiatórias e o recorde compartilhado de jogador com mais gols em uma única edição das classificatórias europeias. Os números se igualam aos de Robert Lewandowski, pela Polônia, nas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018.

Outros nomes também apareceram na reta final. Nusa e Larsen fecharam o placar contra a Itália e mostraram que o time não depende apenas de Haaland para decidir. Mesmo assim, o atacante concentrou grande parte das ações ofensivas e influenciou o ritmo da equipe em praticamente todos os jogos. 

Seleção Norueguesa comemora na partida de classificação para a Copa do Mundo. Foto: Reprodução/X/@Uefaeuro
Seleção Norueguesa comemora na partida de classificação para a Copa do Mundo. Foto: Reprodução/X/@Uefaeuro

O resultado encerrou um afastamento da equipe do maior campeonato do mundo, que já durava quase três décadas. A última participação da Noruega em uma Copa havia sido em 1998, quando a seleção avançou na fase de grupos e chamou atenção ao vencer o Brasil. Naquele Mundial, porém, a equipe caiu para a própria Itália nas oitavas de final. Desde então, a seleção colecionava campanhas irregulares e mudanças de geração que não se firmavam. 

A classificação de agora tem peso simbólico. O atual grupo combina jovens em crescimento com jogadores já consolidados no futebol europeu. Haaland é o nome mais visível, mas a volta ao Mundial também passa pela evolução coletiva e por um ataque que funcionou de forma constante nas eliminatórias. 

A Noruega chega ao Mundial de 2026 com a expectativa de mostrar esse progresso em campo. O desempenho até aqui mostra que o time recuperou identidade e encontrou um caminho que não aparecia desde 1998. A partir de agora, o desafio é transformar essa campanha de volta em resultados também na Copa do Mundo.

 

Estêvão e Casemiro marcam na vitória em Londres; seleção encara a Tunísia na terça-feira (18)
por
Antônio Bandeira
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18/11/2025 - 12h

O Brasil venceu o Senegal por 2 a 0 neste sábado (15), em Londres, na Inglaterra, e apresentou evolução na preparação para a Copa do Mundo de 2026. A seleção começou o jogo com ritmo alto, pressionou a saída de bola do adversário e criou boas chances nos primeiros minutos. Na segunda etapa, manteve a boa organização para garantir a vitória.

No início, Estêvão perdeu a primeira oportunidade clara e Matheus Cunha acertou a trave logo depois. O gol saiu aos 27 minutos da primeira etapa, quando Casemiro recuperou a bola no meio de campo e o jovem Estêvão finalizou de esquerda para abrir o placar. O segundo gol veio sete minutos depois, aos 35 minutos, com uma cobrança de falta de Rodrygo pela direita que encontrou Casemiro na área. A vantagem deu controle ao Brasil até o intervalo.

 

Estêvão foi um dos destaques do jogo. Foto: Rafael Ribeiro/CBF
Estêvão foi um dos destaques do jogo. Foto: Rafael Ribeiro/CBF

 

 

No segundo tempo, o time diminuiu a intensidade mas manteve a organização. A seleção de Senegal encontrou mais espaços e obrigou Ederson a fazer boas defesas. A chance mais perigosa veio em finalização de Iliman Ndiaye, que acertou a trave. Porém, mesmo com o avanço do adversário, a seleção administrou o resultado com segurança.

Carlo Ancelotti aproveitou o amistoso para testar os jogadores. Éder Militão atuou como lateral-direito e teve atuação equilibrada entre marcação e apoio. Casemiro jogou mais adiantado e participou diretamente dos dois gols, reforçando a ideia de aumentar a presença ofensiva pelo meio. O Brasil nunca havia vencido o Senegal em jogos oficiais, mas o histórico entre as equipes ainda é curto e não representa um peso significativo no cenário geral.

O desempenho também representou evolução em comparação a apresentação na última Data Fifa, quando a seleção enfrentou Estados Unidos e Japão. Naquele período, o Brasil alternou bons momentos com dificuldades defensivas e buscou soluções para melhorar a compactação e a criação de jogadas. A comissão técnica avaliou que as atuações foram positivas para ajustes, especialmente na movimentação do ataque e na coordenação do meio-campo, pontos que voltaram a aparecer de forma mais consistente no jogo contra o Senegal.

Mais de 58 mil torcedores acompanharam a partida no Emirates Stadium. A principal preocupação da noite foi a saída de Gabriel Magalhães, que sentiu dores na coxa direita e passou por exames após o jogo. Foi constatada uma lesão muscular na região e o zagueiro do Arsenal foi cortado. Para fazer dupla com Marquinhos, Ancelotti tem como opção Militão, Fabrício Bruno e Danilo.

O Brasil volta a campo na terça-feira (18) para enfrentar a Tunísia, em Lille, na França. O amistoso encerra a Data Fifa e os amistosos de 2025, além de servir para novos testes antes da fase final de preparação para o Mundial.

 

Shohei Ohtani, do Los Angeles Dodgers, garantiu a nomeação de forma unânime pelo terceiro ano consecutivo, vencendo Kyle Schwarber e Juan Soto
por
RODOLFO SOARES DIAS
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14/11/2025 - 12h

 

Na noite da última quinta-feira (13), o jogador japonês Shohei Ohtani foi eleito, de forma unânime, o MVP da liga nacional da maior organização de beisebol do mundo, a Major League Baseball (MLB). Ohtani já soma quatro troféus de jogador mais valioso e se junta a Barry Bonds, que tem sete, como os únicos a conquistarem tal feito.

O prêmio de MVP é concedido a um jogador de cada liga – Liga Americana (AL) e Liga Nacional (NL) – que seja considerado o mais valioso para sua equipe durante a temporada regular e a votação é feita por membros da Baseball Writers’ Association of America (BBWAA), composta por jornalistas que cobrem o esporte de forma independente. Ohtani se tornou o primeiro jogador da história a vencer duas vezes tanto na Liga Americana, quanto na Liga Nacional.

Ohtani MVP
Poster de MVP divulgado pela MLB Reprodução: Instagram/@mlb

 

Durante a temporada regular, o astro atuou em alto nível como um jogador de “duas vias”, ou seja, alguém capaz de arremessar e rebater no mesmo jogo. Atualmente, o jogador japonês é o único que desempenha ambas funções estando entre os melhores nas duas.

 

No topo do mundo

 

Além dos prêmios individuais, Shohei liderou o Los Angeles Dodgers, pelo segundo ano consecutivo, para a World Series, o maior título do beisebol profissional de equipes. A equipe norte-americana derrotou o Toronto Blue Jays por quatro vitórias a três e conquistou seu nono campeonato, o segundo da carreira de Ohtani.

Ohtani com troféu
Shohei Ohtani segurando troféu de campeão da World Séries Reprodução: Instagram/@dodgers

 

Messi e Lautaro marcam nos dois tempos e garantem vitória da seleção sul-americana
por
Renan Barcellos
Pedro Lima
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14/11/2025 - 12h

 

A Argentina venceu Angola por 2 a 0 nesta sexta-feira (14), no Estádio 11 de Novembro, em Luanda, confronto que marcou as celebrações pelos 50 anos da independência do país africano. Lautaro Martínez abriu o placar ainda no primeiro tempo, e Lionel Messi ampliou na etapa final. O resultado encerrou o ano da equipe de Lionel Scaloni com vitória.

O primeiro gol saiu aos 43 minutos da etapa inicial. A jogada começou pelo lado direito, com troca de passes curtos até Messi receber por dentro e acionar Lautaro na área. O atacante dominou e finalizou colocado, abrindo o placar. A Argentina teve controle da posse durante todo o primeiro tempo e trabalhou a circulação de bola com aproximações constantes, enquanto Angola manteve linhas compactas e tentou responder em transições rápidas.

No segundo tempo, os argentinos seguiram impondo ritmo. Messi passou a recuar para participar da construção e conectar o time ao ataque, enquanto Lautaro alternou entre infiltrações e pressão na saída de bola angolana. A seleção albiceleste voltou a criar oportunidades pelos lados do campo, principalmente com ultrapassagens dos laterais. O segundo gol foi marcado aos 37 minutos, quando Lautaro recuperou a bola no campo ofensivo e encontrou Messi livre na entrada da área. O camisa 10 dominou e finalizou na saída do goleiro, ampliando a vantagem.

Messi e Beni disputando bola durante amistoso
Lionel Messi conduz a bola marcado por Beni durante o amistoso. Foto: Divulgação / AFA

Scaloni aproveitou o amistoso para realizar ajustes no meio-campo e observar jogadores que buscam espaço na rotação da equipe. Enzo Fernández ficou fora por lesão, enquanto Julián Álvarez, Nahuel Molina e Giuliano Simeone não viajaram por questões relacionadas à documentação médica exigida para entrada no país. Com isso, o treinador distribuiu mais minutos a atletas de função semelhante e testou variações de posicionamento, sobretudo na linha de volantes.

Angola tentou equilibrar o duelo na base da velocidade e chegou algumas vezes ao campo ofensivo, principalmente em lançamentos longos para as pontas. A defesa argentina, porém, conseguiu controlar as ações e manteve segurança ao longo dos 90 minutos. Dibu Martínez participou pouco do jogo e foi exigido apenas em finalizações de média distância.

A vitória encerrou o calendário da Argentina em 2025. A equipe volta a atuar apenas nas próximas datas internacionais e mantém a preparação para os compromissos do próximo ano após boa atuação coletiva no amistoso em Luanda.

Com domínio em Interlagos, Lando abre vantagem na liderança do campeonato
por
Maria Clara Palmeira
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11/11/2025 - 12h

No Último final de semana, aconteceu o Grande Prêmio de São Paulo no Autódromo José Carlos Pace. Após vencer a Sprint e garantir a pole position no sábado (8), o piloto britânico da Mclaren, Lando Norris, venceu em Interlagos neste domingo (9), ampliando sua vantagem na liderança do mundial de Fórmula 1 de 2025. O italiano Kimi Antonelli, da Mercedes, terminou em segundo lugar, enquanto o tetracampeão Max Verstappen (Red Bull Racing) cruzou a linha de chegada em terceiro, completando o pódio. 

A largada começou triste para a torcida brasileira. O piloto da casa, Gabriel Bortoleto, da Kick Sauber, se envolveu em um acidente com o canadense Lance Stroll (Aston Martin) ainda na primeira volta e precisou abandonar a prova. Assim, o safety car foi acionado logo nos primeiros minutos de prova.

“Não conseguir completar a corrida em frente a vocês foi uma dor enorme, pois sempre foi um sonho de criança meu correr em casa, mas tenho certeza que isso vai me tornar um piloto mais forte, tiro muitos aprendizados deste final de semana, erros e acertos”, relatou Bortoleto em suas redes sociais após a corrida.

Gabriel Bortoleto no Grande Prêmio de São Paulo. Reprodução: Instagram/@gabrielbortoleto_
Gabriel Bortoleto no Grande Prêmio de São Paulo. Foto: Reprodução/Instagram/@gabrielbortoleto_

O brasileiro, que havia sofrido um acidente semelhante na corrida Sprint, deixou Interlagos sem completar nenhuma volta no domingo.

Outro abandono foi o do britânico Lewis Hamilton (Ferrari), que enfrentou dificuldades na tentativa de ultrapassar o argentino Franco Colapinto (Alpine). Danificando o bico do carro na disputa, foi obrigado a fazer um pit stop de emergência e caiu para a 19ª colocação. O heptacampeão abandonou definitivamente a prova na 37ª volta.

Charles Leclerc, companheiro de Hamilton na Ferrari, foi atingido por Antonelli na disputa por posição e perdeu uma das rodas, sendo forçado a abandonar. A direção de prova acionou novamente a bandeira amarela, encerrando um final de semana desastroso para a equipe italiana, que deixou o Brasil sem pontuar com nenhum dos seus pilotos.

Após a relargada, Norris manteve a liderança. Oscar Piastri, seu companheiro de equipe, segurava o segundo lugar, mas acabou punido com dez segundos pelo toque com Antonelli que provocou o abandono de Leclerc. A penalidade comprometeu o ritmo do australiano, que precisou administrar o carro e se contentar com o quinto lugar.

Enquanto isso, Verstappen, que largou dos boxes após a Red Bull modificar o carro em parque fechado, escalou o pelotão de forma impressionante. Em poucas voltas, o holandês já estava entre os dez primeiros colocados. A diferença entre Kimi, Lando e Max permaneceu estável até as voltas finais, quando Verstappen passou a tirar quase um segundo por volta do piloto da Mercedes.

Verstappen e Antonelli comemorando o pódio em Interlagos. Reprodução/X/@F1
Verstappen e Antonelli comemorando o pódio em Interlagos. Foto: Reprodução/X/@F1

Com o resultado final, Lando Norris chegou a 390 pontos, seguido por seu companheiro de equipe, Oscar Piastri, que foi o quinto e agora soma 366 pontos. Restam apenas três etapas para o encerramento da temporada.

A próxima etapa acontecerá no dia 23 de novembro, com o Grande Prêmio de Las Vegas, à 1h da manhã (horário de Brasília).

O Rubro-Negro segurou o empate sem gols na Argentina e se classificou com a vantagem mínima do placar agregado
por
Pedro Lima
Renan Barcellos
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30/10/2025 - 12h

 

Nesta quarta-feira (29), o Flamengo foi a Avellaneda, na Argentina, enfrentar o Racing pelo jogo da volta das semifinais da Libertadores. Com a vantagem de 1x0 construída no jogo passado, no Rio de Janeiro, o clube carioca tinha a missão de segurar o time argentino, que contava com o apoio de sua torcida. 

Sem Pedro, cortado do jogo por uma fratura no antebraço, o técnico Filipe Luís optou por utilizar o atacante equatoriano Gonzalo Plata. A outra troca executada pelo técnico rubro-negro foi na zaga, Leo Ortiz no lugar de Danilo. O Racing por sua vez entrou com uma formação mais ofensiva, desta vez sem os cinco zagueiros, já que necessitava da vitória. 

O primeiro tempo começou elétrico, o Flamengo não se contentava com a vantagem no placar agregado e criou ótimas oportunidades de gol, Luiz Araújo tentou duas vezes, chutando de fora da área e levando muito perigo. Mas o jogo era lá e cá, o Racing também criava suas chances, forçando grandes defesas do goleiro Rossi e pressionando a zaga do Flamengo. Ainda no primeiro tempo, os uruguaios Varela e Arrascaeta desperdiçaram oportunidades claríssimas a favor do Flamengo, deixando escapar o que seria uma vantagem quase que irreversível para o time argentino. O primeiro tempo acabou, e o Flamengo segurava sua classificação fazendo um ótimo jogo tanto ofensivo quanto defensivo. 

Na volta do intervalo, o jogo estava mais pegado e faltoso, diferente do primeiro tempo. Aos 9 minutos da segunda etapa veio o grande divisor de águas da partida, em um lance duvidoso com o zagueiro Marcos Rojo, o juiz Piero Maza expulsou Gonzalo Plata por agressão e o Flamengo ficou com 10 jogadores em campo. 

A partir daí, a pressão do Racing foi constante. Já nos acréscimos, o atacante Vietto forçou a melhor defesa de Rossi em toda a partida, consagrando o goleiro rubro negro como o melhor jogador em campo. Com a zaga e o goleiro inspirados, o Flamengo segurou o resultado de 0x0 até o fim, evitando qualquer chance de empate do time argentino no placar agregado. 

Léo Pereira e Léo Ortiz comemorando a classificação. Foto: Divulgação/X/@Flamengo
Léo Pereira e Léo Ortiz comemorando a classificação. Foto: Divulgação/X/@Flamengo 

Depois de dois anos seguidos com eliminações amargas, para o Olimpia (do Paraguai) e para o Peñarol (do Uruguai), o Flamengo volta a final da Libertadores, o que não acontecia desde 2022, com a missão de ser o único time brasileiro com quatro troféus da competição. 

Filipe Luís destacou na coletiva de imprensa como o seu time foi aguerrido e competitivo durante os 90 minutos. Está é a quarta final de Libertadores de Filipe Luís pelo Flamengo, sua primeira como técnico. A decisão da competição está marcada para o dia 29 de novembro, em Lima, no Peru. O Flamengo aguarda o seu adversário do confronto entre Palmeiras x LDU. 

Aos 19 anos, brasileiro supera Davidovich Fokina em Basileia, entra no top-30 e garante maior título do país desde Guga
por
CRISTIAN FRANCISCO BUONO COSTA
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29/10/2025 - 12h

 

 

O tenista brasileiro João Fonseca venceu Alejandro Davidovich Fokina por 2 sets a 1 (6/3 e 6/4) e levantou o troféu do ATP 500 da Basileia, na Suiça, neste domingo (26). É o maior título de um brasileiro em simples desde Gustavo Kuerten, o Guga, em 2001. O carioca dominou a final desde o início e não deu chances ao espanhol, então 18º do ranking.

João Fonseca no ATP 500
João Fonseca comemora ponto durante ATP 500. Foto: Divulgação/@ATPTour


O resultado colocou Fonseca no 28º lugar do ranking mundial, a melhor posição da carreira. O salto confirma a temporada de afirmação do jovem de 19 anos, que começou o ano fora do top-100 e agora está entre os 30 melhores. Dentro de quadra, a vitória veio com saque potente e boa leitura dos momentos de pressão. Fonseca conseguiu quebras logo no início dos dois sets e manteve a vantagem até o fim. Na campanha, chegou a registrar um serviço de 232 km/h.

O título em Basileia rendeu 500 pontos e consolida o nome do brasileiro entre os principais do circuito. O feito encerra o jejum do tênis brasileiro em torneios acima de ATP 250 e reacende a confiança do torcedor.

O feito também teve reflexo financeiro. Com a premiação de 471 mil euros, Fonseca ultrapassou R$ 13 milhões acumulados em prêmios na carreira, marca alcançada antes de completar 20 anos. Emocionado na cerimônia, agradeceu à família e lembrou Roger Federer, dez vezes campeão no torneio suíço. Também prometeu que irá cumprir a promessa feita ao staff: raspar o cabelo após a vitória.

O calendário segue intenso. Depois de Basileia, Fonseca disputa o Masters 1000 de Paris, na França. A sequência mantém o ritmo de quem deixou o rótulo de promessa e passou a colecionar resultados contra adversários de peso. Em um ano, o brasileiro saltou do 145º lugar para o top-30. O título na Suíça é o ponto mais alto até agora e João Fonseca já projeta um 2026 com ambições ainda maiores.

Resultado deixa o Verdão pressionado após derrota em Quito e amplia a responsabilidade para a volta
por
Renan Barcellos
Pedro Lima
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24/10/2025 - 12h

 

Na última quinta-feira (24), a LDU venceu o Palmeiras por 3 a 0 no Estádio Rodrigo Paz Delgado, em Quito (Equador), pelo jogo de ida da semifinal da Copa Libertadores. A equipe equatoriana construiu o placar ainda no primeiro tempo e abriu vantagem para o confronto decisivo no Brasil.

O meio-campista Gabriel Villamíl marcou o primeiro gol aos 16 minutos do primeiro tempo, em finalização de fora da área após jogada pelo lado esquerdo. Aos 27, o atacante Lisandro Joel Alzugaray ampliou em cobrança de pênalti. Nos acréscimos da etapa inicial, Villamíl voltou a marcar aos 47 minutos e ampliou a vantagem antes do intervalo.

jogadores da LDU comemoram gol
Jogadores da LDU comemorando o gol de Gabriel Villamíl. Foto: Divulgação / Conmebol

O Palmeiras tentou reagir no segundo tempo, mas encontrou dificuldade para criar espaços diante de um adversário que controlou o ritmo e aproveitou o desgaste físico causado pelas condições de altitude da capital equatoriana. A equipe paulista finalizou pouco e teve pouca presença ofensiva dentro da área rival.

A LDU apresentou maior volume de jogo durante a maior parte do confronto. O time equatoriano concluiu mais vezes ao gol e teve melhor aproveitamento nas transições, enquanto o Palmeiras registrou participação ofensiva limitada. A posse de bola ficou equilibrada por alguns momentos, mas sem efetividade que revertesse o cenário.

O resultado amplia a pressão sobre o Palmeiras para o jogo de volta. Além do placar adverso, pesa o histórico recente: o clube brasileiro nunca conseguiu reverter uma desvantagem de três gols em mata-mata de Libertadores. Em caso de classificação, o time paulista precisará realizar uma atuação em alto nível diante de sua torcida para seguir no torneio.

O duelo de volta será disputado na quinta-feira (30), às 21h30 (horário de Brasília), no Allianz Parque, em São Paulo, com o Palmeiras precisando vencer por três gols de diferença para levar a decisão aos pênaltis ou por quatro ou mais para avançar no tempo normal.

 

O Rubro-Negro constrói vantagem magra em casa, porém muito importante para o segundo jogo na Argentina
por
Pedro Lima
Renan Barcellos
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23/10/2025 - 12h

Nesta quarta-feira (22), o Flamengo recebeu o time argentino, Racing, no Maracanã, válido pelo jogo de ida da semifinal da Libertadores. Foi uma missão difícil para o time carioca, que precisava construir um bom resultado em casa, tendo em vista as tendências de uma partida mais difícil, na semana que vem, em Avellaneda.

O técnico, Filipe Luís, optou por uma escalação com Pedro e Jorge Carrascal, sendo assim, um ataque menos “móvel” como o de costume. O time Argentino apostou na eficiência de sua forte defesa, com uma linha de cinco zagueiros, contando com a presença do experiente Marcos Rojo.

Com a bola rolando no Maracanã lotado, o rubro-negro tomou a iniciativa da partida. Mesmo sem oportunidades claras de gol, a pressão do Flamengo era constante e Carrascal dominava as ações ofensivas do clube carioca. Aos 20 minutos, o Flamengo teve a oportunidade mais clara ao seu favor no primeiro tempo, um cruzamento na área, o lateral Varela escorou para Arrascaeta, que acertou a trave. O Racing respondeu minutos depois com sua maior chance de gol de todo o jogo, escanteio no primeiro pau e Solari, meia atacante da equipe argentina, desviou forçando uma defesa plástica de Rossi.

Ainda no primeiro tempo, Pedro tentou algumas vezes, mas o Flamengo teve dificuldade para furar o bloqueio e a defesa muito bem treinada do time Argentino, com isso, a primeira etapa acabou sem gols.

Com o segundo tempo em andamento, o Flamengo ainda tinha dificuldade para chegar ao gol do Racing. O time argentino marcou aos 11 minutos da segunda etapa, mas uma falta no mesmo lance salvou o time carioca.

Aos 27 do segundo tempo, Filipe Luís colocou Samuel Lino e Bruno Henrique no jogo, com essa mudança no ataque o Flamengo teve mais oportunidades, empilhou chances e conseguiu furar a defesa do Racing com um ataque mais rápido. O próprio Samuel Lino marcou para o time carioca, mas devido a marcação de impedimento o gol foi anulado. Mesmo assim, a pressão rubro-negra no fim do jogo deu frutos, Jorge Carrascal fez o gol do Flamengo já aos 42 minutos, dessa vez sem falta e sem impedimento. Com o gol marcado e uma ótima atuação no geral, Carrascal foi nomeado o “herói da partida”, prêmio entregue ao melhor jogador em campo. 

Jogadores do Flamengo comemorando o gol de Carrascal. Foto: Divulgação/X/@Flamengo
Jogadores do Flamengo comemorando o gol de Carrascal. Foto: Divulgação/X/@Flamengo

1x0 Flamengo no Maracanã, um primeiro passo importante em busca do tetracampeonato rubro negro na copa Libertadores. O Flamengo teve um total de 20 finalizações e 72% de posse de bola, escancarando o amplo domínio da partida. Filipe Luís ressaltou que a vantagem construída é apenas “simbólica” e que o time não vai jogar pelo empate na Argentina, e sim pela vitória. 

O jogo de volta acontece na quarta que vem (29) na Argentina, às 21:30 no estádio “El Cilindro”.

28 das 48 vagas para a Copa do Mundo estão preenchidas e a competição começa a ganhar forma
por
João Paulo Di Bella Soma
Pedro José de Oliveira Zolési
Gabriel Ferro Agostini
Gabriel Dalto Borelli
Pedro Rodrigues Rossetti
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17/10/2025 - 12h

Nesta terça (14), chegou ao fim mais uma Data FIFA, na qual dez seleções garantiram vaga na Copa. Com isso, restam apenas 20 lugares. Os três países que vão sediar o torneio, México, Estados Unidos e Canadá, têm vaga garantida no Mundial. As demais seleções seguem se classificando aos poucos por meio das eliminatórias continentais.

O próximo Mundial, que ocorrerá de 11 a 19 de julho de 2026, será o primeiro com 48 seleções. As equipes serão divididas em 12 grupos de quatro times. As duas melhores de cada grupo, além dos oito melhores terceiros colocados, avançam para a fase eliminatória.

O aumento no número de seleções alterou a distribuição de vagas definida pela FIFA, da seguinte forma: Europa com 16; África com 9; Ásia com 8; América do Sul, América do Norte e América Central com 6 cada; Oceania com 1; e mais 2 por repescagem internacional.

EUROPA (UEFA QF)

Kane converte pênalti para inglaterra
Kane converte seu pênalti e faz 3 a 0 para a Inglaterra (Foto: England Football)

A seleção liderada por Harry Kane goleou a Letônia por 5 a 0 fora de casa, disparou na liderança do grupo com 18 pontos e garantiu a primeira vaga do continente europeu. Kane marcou duas vezes, Gordon e Eze também balançaram a rede, e houve ainda um gol contra. Nesse jogo, Kane quebrou um recorde histórico da seleção inglesa ao marcar mais de um gol em uma mesma partida pela 13ª vez na carreira, superando Nat Lofthouse, que havia alcançado a marca em 12 jogos. 

Depois de serem rebaixados para a segunda divisão da Liga das Nações e ficarem com o vice-campeonato da Eurocopa, os ingleses tiveram uma grande mudança na sua comissão técnica e elenco. A demissão de Gareth Southgate e a chegada de Thomas Tuchel como novo técnico da seleção não agradaram nada os fãs. Tuchel foi muito criticado por ser de origem alemã, maior rival da Inglaterra, porém vem mostrando um trabalho sólido e promissor à frente da seleção. 

Sob o comando dos ingleses, Tuchel tem sete vitórias e uma derrota. Derrota essa que aconteceu em um amistoso contra Senegal, em que os ingleses perderam de 3 a 1. A campanha nas eliminatórias é perfeita. Em um grupo com Albânia, Sérvia, Letônia e Andorra, a seleção não perdeu um jogo e é líder isolada do grupo K. Outras seleções, como Holanda, Portugal, França, Espanha, Áustria, Croácia, Noruega e Suíça, devem garantir vaga na próxima Data FIFA, em novembro.

 

ÁFRICA (CAF QF)

As Eliminatórias Africanas definiram os últimos classificados de forma direta para a Copa do Mundo. África do Sul, Argélia, Cabo Verde, Costa do Marfim, Egito, Gana e Senegal garantiram suas vagas.

Em uma disputa ponto a ponto com Burkina Faso, os egípcios foram os primeiros a se classificar. Venceram Djibuti por 3 a 0 e Guiné-Bissau por 1 a 0, somando 26 pontos, cinco a mais que o segundo colocado. A seleção participará pela quarta vez de sua história na Copa do Mundo. Destaque para Mohamed Salah, jogador do Liverpool e estrela do time, que marcou dois gols na vitória sobre o Djibuti.

A segunda seleção a se classificar foi a Argélia, que não disputava o torneio desde 2014 e quebrou um jejum de mais de uma década sem ir ao Mundial. Os argelinos derrotaram a Somália por 3 a 0 e Uganda por 2 a 1, com um gol de pênalti nos acréscimos do segundo tempo, que garantiu com folga a liderança do Grupo G. As raposas do deserto voltam com grandes expectativas, apostando em seus principais jogadores, Riyad Mahrez, ex-jogador do Manchester City, e Farès Chaïbi, do Eintracht Frankfurt.

Com 25 pontos e larga vantagem na liderança do Grupo I, os ganeses também carimbaram vaga ao golear, por 5 a 0, a República da África Central e vencer por 1 a 0 as Comores. Gana vai para o seu quinto Mundial seguido e aposta em seu maior talento, Mohammed Kudus, destaque do Tottenham.

Entre as classificadas, a surpresa foi Cabo Verde, que disputava com o forte time de Camarões a primeira colocação do Grupo D. A seleção empatou por 3 a 3 com a Líbia e venceu por 3 a 0 Eswatini, abrindo quatro pontos de vantagem sobre os camaroneses. É a primeira vez que o país se classifica para um Mundial, o que o torna a nação com a menor área territorial a disputar o torneio, superando Trinidad e Tobago, que competiu em 2006.

 Jogadores do Cabo Verde comemorando a classificação
Jogadores do Cabo Verde comemorando a classificação (Foto: FIFA/ND)

Outra seleção que surpreendeu foi a África do Sul. Depois de sediar a competição em 2010, o país não disputou outra edição. Quinze anos depois, está de volta para participar pela segunda vez em sua história. Nigéria e Benim brigaram até a última rodada. A seleção empatou em 0 a 0 com o Zimbábue e venceu por 3 a 0 Ruanda, finalizando com um ponto de vantagem sobre o segundo e o terceiro colocados.

Senegal foi a penúltima a se classificar. Liderada por Koulibaly e Sadio Mané, a equipe goleou nas duas partidas, 5 a 0 contra o Sudão do Sul e 4 a 0 contra a Mauritânia, e terminou com 24 pontos na liderança do Grupo B. A última seleção a se classificar foi a Costa do Marfim. Sem disputar as duas edições mais recentes do torneio, os marfinenses estão de volta após uma disputa acirrada com o Gabão. A seleção goleou as Seicheles por 7 a 0 e venceu o Quênia por 3 a 0, assim garantiu um ponto de vantagem sobre o segundo colocado.

Mesmo com os nove classificados, as Eliminatórias Africanas ainda não terminaram. Os quatro melhores segundos colocados dos grupos Nigéria, Burkina Faso, Gabão e Camarões disputarão uma semifinal e uma final entre si para definir quem representará a África na repescagem para a Copa. Esses jogos estão previstos para os dias 13 e 16 do próximo mês.

 

ÁSIA (AFC QF)

Sem conseguir vaga na terceira fase das Eliminatórias, Catar e Arábia Saudita precisaram disputar uma quarta fase para se classificar. O Catar empatou o primeiro jogo em 0 a 0 com Omã e, mesmo com um a menos, venceu os Emirados Árabes por 2 a 1. A seleção que foi anfitriã da última Copa do Mundo volta a disputar o torneio pela segunda vez em sua história. 

Os catarianos vêm de um bom retrospecto após a terrível campanha na Copa do Mundo de 2022, sendo campeões em 2024 da Taça AFC Asiática, batendo por 3 a 1 a Jordânia. A seleção ainda conta com os destaques Akram Afif, artilheiro da competição com 8 gols, e de Almoez Ali, artilheiro das eliminatórias com 12 gols. Sem contar o brasileiro naturalizado Pedro Miguel, que se tornou peça fundamental do time de Julen Lopetegui, ex-treinador do Real Madrid.

Seleção do Catar
Seleção do Catar ouvindo o hino antes da partida (Foto: Qatar Football Association)

No outro grupo, com Iraque e Indonésia, a Arábia Saudita teve dificuldades para conquistar sua vaga. Venceu os indonésios por 3 a 2 e empatou em 0 a 0 com o Iraque. Os árabes contam com o experiente Hervé Renard, treinador francês que conquistou a Copa das Nações Africanas duas vezes por Zâmbia e Costa do Marfim. Os segundos colocados dos grupos Iraque e Emirados Árabes disputarão um playoff para definir quem irá à fase de repescagem da Copa. 

Países mais famosos do continente asiático, como Japão, Coreia do Sul e Irã, se classificaram na fase anterior como líderes das suas chaves. Além deles, as novatas Jordânia e Uzbequistão também garantiram vaga no torneio.