Com emoção até os últimos minutos, segunda divisão do Campeonato Brasileiro terminou com o Coritiba campeão
por
Jalile Elias
Isabelle Maieru
Marcela Rocha
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25/11/2025 - 12h
Coritiba conquistou a Série B pela terceira vez. (Foto: Bruno Kelly/AGIF)
Coritiba conquistou a Série B pela terceira vez. (Foto: Bruno Kelly/AGIF)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O Brasileirão Série B 2025 se encerrou no último domingo (23) com emoção até a última rodada. Seja na luta pelo acesso ou na briga contra o rebaixamento, os jogos da 38ª rodada foram eletrizantes. O Coritiba, que já havia conquistado o acesso com antecedência, foi o campeão, conquistando o título da segunda divisão do Campeonato Brasileiro pela terceira vez em sua história. 

A equipe comandada por Mozart confirmou a liderança mesmo longe de casa. O Coritiba foi até Manaus e venceu o Amazonas por 2 a 1 com gols de Sebastián Gómez e Iury Castilho. Luan Silva descontou para os donos da casa no Carlos Zamith. Com a vitória, o Coxa fechou o torneio na ponta da tabela, somando 68 pontos.

A briga pelo acesso também teve seus momentos de tensão: Athletico-PR, Chapecoense e Remo completaram o grupo dos times que subiram à Série A de 2026. 

O Athletico Paranaense também carimbou seu retorno à elite. Com a Arena da Baixada lotada, o time conseguiu a quinta vitória seguida ao derrotar o América-MG por 1 a 0. O herói da noite foi o garoto João Cruz, revelado no próprio clube, que marcou o gol que selou o acesso e assegurou a equipe na segunda colocação, com 65 pontos.

A Chapecoense confirmou sua vaga com um triunfo magro, porém decisivo, diante do Atlético-GO: 1 a 0 na Arena Condá, em cobrança de pênalti convertida pelo paraguaio Walter Clar. Já o Remo contou com a força do Mangueirão para virar sobre o Goiás por 3 a 1. Willean Lepo até colocou os goianos em vantagem, mas Pedro Rocha empatou e João Pedro, com dois gols, comandou a reação azulina. Tanto a Chape quanto o Remo fecharam a competição com 62 pontos, na terceira e quarta colocação, respectivamente.

Chapecoense está de volta à elite do futebol brasileiro. Foto: Rafael Bressan / ACF
Chapecoense está de volta à elite do futebol brasileiro. Foto: Rafael Bressan / ACF

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O Goiás, que chegou a liderar a Série B e permaneceu no G4 durante boa parte do campeonato, acabou ficando a um passo do retorno à elite. A derrota para o Remo deixou o time estacionado nos 61 pontos e fora da zona de acesso.

Quem também viu o sonho escapar foi o Criciúma. Após ter sido rebaixado na última temporada, a equipe catarinense chegou à rodada final com chances reais de voltar à primeira divisão, mas a derrota por 1 a 0 para o Cuiabá, na Arena Pantanal, encerrou qualquer possibilidade.

Na outra ponta da classificação, Paysandu, Volta Redonda, Amazonas e Ferroviária não conseguiram evitar o rebaixamento e disputarão a Série C na próxima temporada.

O Paysandu encerrou sua participação na Série B com uma derrota por 2 a 1 diante do Athletic. O resultado serviu para salvar o time mineiro do rebaixamento. Já o Amazonas caiu diante do campeão Coritiba, enquanto o Volta Redonda apenas empatou com o Vila Nova, em Goiânia.

A briga contra a queda também teve seus capítulos finais nesta rodada. A última vaga na zona de rebaixamento estava entre Athletic, Botafogo-SP e Ferroviária. E foi a equipe de Araraquara (SP) que acabou levando a pior: perdeu por 2 a 1 para o Operário-PR, em Ponta Grossa, e acabou confirmando o rebaixamento para a Série C. O Botafogo-SP, que empatou sem gols com o Avaí, conseguiu se manter por mais uma temporada na Série B.

A seleção domina a posse, mas para em retranca adversária e desperdiça chance de vitória com pênalti perdido
por
CRISTIAN FRANCISCO BUONO COSTA
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25/11/2025 - 12h

A Seleção Brasileira encerrou seu calendário de 2025, na França, com um resultado que deixa mais dúvidas do que certezas: empate em 1 a 1 com a Seleção da Tunísia, no estádio em Lille, em amistoso que tinha perspectiva de servir como trampolim para a preparação da Copa do Mundo de 2026.

Aos 22 minutos do primeiro tempo, a Tunísia abriu o marcador com um contragolpe rápido, aproveitando falha de domínio de Wesley pelo Brasil e finalização de Hazem Mastouri para fazer 1 a 0. Pouco antes do intervalo, aos 43 minutos, a Seleção reagiu: pênalti assinalado após mão na bola de Bronn e convertido por Estêvão, colocando o placar em 1 a 1.
 

Estevão durante a partida contra a Tunísia
Estevão chegou a 5 gols com a camisa da seleção brasileira. Foto: Rafael Ribeiro / CBF

Na segunda etapa, o Brasil buscou mais intensidade ofensiva e teve abertura para vencer. Contudo, desperdiçou a chance em nova cobrança de pênalti, desta vez batida por Lucas Paquetá, que mandou por cima. Apesar de dominar a posse de bola e o volume de finalizações, foram poucos os arremates efetivos no alvo para superar o adversário.

A partida mostrou caminhos promissores, como a persistência ofensiva e a mudança de ritmo na etapa final, mas também expôs fragilidades preocupantes. A Tunísia, recuada e organizada, neutralizou boa parte da criatividade brasileira, obrigando o time a forçar jogadas externas ou finalizações de longa distância. Além disso, a Seleção segue sem mostrar um “camisa 9” definido, com critério e precisão na hora de atacar posições centrais.

Para Ancelotti, o resultado levanta duas grandes questões. Primeiro, a definição do elenco titular e das peças em cada setor. Segundo, a transição entre bons jogos e atuações abaixo do esperado. Após vitória convincente por 2 a 0 diante da seleção de Senegal no sábado, dia 15, esperava-se evolução, mas o desempenho contra a Tunísia ficou aquém da projeção.

Resta à Seleção, agora, as janelas de amistosos de março de 2026 como última chance de ajustes antes do Mundial. A tarefa será transformar o domínio de posse e volume ofensivo em gols concretos, com menos falhas individuais e mais objetividade diante de defesas bem postas. O empate em Lille serviu como um alerta: ter grandes nomes não basta, é preciso consistência, precisão e “matar” os jogos.

Após o 0x0 no tempo normal e na prorrogação, o clube de Minas Gerais foi batido nos pênaltis
por
Pedro Lima
Renan Barcellos
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24/11/2025 - 12h

 

No último sábado (22), Atlético Mineiro e Lanús, da Argentina, decidiram a final da Copa Sul-Americana em Assunção, capital paraguaia, no estádio Defensores del Chaco. O clube brasileiro havia eliminado o Independiente del Valle nas semifinais, já o clube argentino havia passado pela Universidad de Chile. 

O Atlético tinha alguns desfalques de peso para a grande final, como Tomás Cuello e o zagueiro Lyanco. O técnico Jorge Sampaoli optou por uma formação com três zagueiros e Hulk como homem de referência no ataque.  

A partida começou disputada e equilibrada. O juiz Piero Maza deixava o jogo rolar, apitando poucas faltas. Após os primeiros 20 minutos, o jogo passou a ser dominado pelo Atlético, sem criar grandes chances, porém, mantendo a bola no campo de defesa do Lanús. O time argentino pouco ameaçava e a melhor chance brasileira do primeiro tempo saiu dos pés do meia atacante Bernard, arriscando em uma cobrança de falta sem ângulo, acertou a trave. 

Já na segunda etapa, o jogo ficou mais morno do que no primeiro tempo, eram pouquíssimas as chances criadas pelos dois times e a partida tomava o rumo da prorrogação, com os argentinos se defendendo muito bem e o Atlético Mineiro pouco produtivo. 

Os 90 minutos regulamentares acabaram, e o Atlético teria mais 30 minutos para furar a defesa do Lanús, evitando a disputa de pênaltis. Aos 4 minutos do primeiro tempo da prorrogação, Sampaoli colocou o atacante Biel, o grande personagem da noite, impactando de maneira negativa no restante da partida. Biel desperdiçou as duas oportunidades mais claras dos atleticanos no jogo inteiro, uma cabeçada na entrada da pequena área, livre de marcação e uma oportunidade clara perdida cara a cara com o goleiro Losada, que fez uma ótima defesa evitando o gol do título dos brasileiros, já no segundo tempo da prorrogação. Com as chances desperdiçadas e a forte defesa argentina, a final da Sul-Americana foi definida na disputa de pênaltis. 

Os argentinos desperdiçaram a primeira cobrança com o atacante Walter Bou, mas o Atlético também, Hulk bateu mal e o goleiro Losada defendeu o primeiro pênalti brasileiro. Os dois times foram acertando suas cobranças, mas novamente, Biel errou e desperdiçou para o Galo, por sorte, os argentinos também desperdiçaram sua cobrança decisiva, levando a disputa para as penalidades alternadas. Agustín Cardozo marcou, Alexsander fez para o galo, Franco Watson converteu para o Lanús, mas Victor Hugo errou, consagrando o time do Lanús como campeão da Copa Sul-Americana de 2025. 

O goleiro Nahuel Losada com a taça da Copa Sul-Americana. Foto: Divulgação/X/@clublanus
O goleiro Nahuel Losada com a taça da Copa Sul-Americana. Foto: Divulgação/X/@clublanus

Com a derrota na final, o Atlético Mineiro teve um fim de temporada frustrado apesar do alto investimento. O técnico Jorge Sampaoli relatou na coletiva de imprensa pós jogo que pretende cumprir o contrato de dois anos que ele tem com o clube brasileiro e pensa em um projeto a longo prazo, já que o treinador não chegou a completar nem 3 meses no cargo. Por fim, lamentou a derrota e afirmou que seu time foi superior e os torcedores não mereciam este vice-campeonato. 

O Atlético tem apenas mais quatro partidas na temporada, todas válidas pelo campeonato brasileiro. O time mineiro já não briga por mais nada na competição.

Em sua estreia contra o Utah Jazz, James superou Vince Carter (22) como o único atleta a entrar em quadra por 23 temporadas.
por
RODOLFO SOARES DIAS
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21/11/2025 - 12h

Na madrugada de quarta-feira (19), LeBron James fez seu primeiro jogo na temporada 2025–2026 da NBA e se tornou o primeiro jogador da história a disputar 23 temporadas na liga. Em sua volta, o Los Angeles Lakers venceu o Utah Jazz por 140 a 125.

Ausente nos 14 primeiros jogos dos Lakers devido a uma lesão no ciático, o astro iniciou sua estreia de forma discreta, jogando sete minutos do primeiro quarto, registrando apenas um rebote e duas assistências, sem pontuar. Mas o cenário mudou no início do segundo período. Com Luka Dončić fora da quadra, LeBron fez sua primeira cesta da temporada e passou a comandar as ações ofensivas do time, encerrando o quarto com sete pontos, dois rebotes e quatro assistências, dando sinais de que o ritmo voltava ao habitual.

A partir do terceiro quarto, LeBron adicionou mais um feito à sua coleção. Ao ultrapassar a marca de 10 pontos no jogo, manteve viva sua impressionante sequência de 1.293 partidas com pontuação em dígitos duplos. No período final, o camisa 23 assumiu o controle absoluto do ataque, distribuindo seis assistências consecutivas que abriram 15 pontos de vantagem para os Lakers. 

A torcida reconheceu o espetáculo e, sob aplausos, o "rei" deixou a quadra faltando seis minutos para o fim, com 11 pontos, três rebotes e 12 assistências. Reforçando que, mesmo após 23 temporadas, continua redefinindo padrões de longevidade e excelência na NBA.

Lakers vence
LeBron comemora com companheiros, após vitória sobre Utah Jazz Reprodução: Instagram/@Lakers

 

Na temporada anterior, sua 22ª na liga, o atleta natural de Ohio registrou médias de 24 pontos, oito assistências e oito rebotes em aproximadamente 35 minutos por partida, desempenho que lhe garantiu vaga no segundo “time ideal” da NBA. Para efeito de comparação, Vince Carter, até então o único atleta a jogar 22 temporadas, encerrou sua carreira com médias de cinco pontos, uma assistência e dois rebotes em cerca de 15 minutos por jogo.

LeBron é um dos jogadores mais vitoriosos da história do basquete e acumula feitos impressionantes ao longo da carreira. Ele figura no top 10 da NBA em três estatísticas essenciais para o jogo: é o maior pontuador da história, o 4º colocado em assistências e o 6º em roubos de bola.

O futuro do rei

Apesar do título conquistado em 2020, sua passagem pelo Los Angeles Lakers tem sido alvo de debates. Lesões, instabilidade da equipe e desempenhos abaixo das expectativas na pós-temporada alimentaram questionamentos sobre até que ponto o multicampeão ainda poderia levar o time. Ao longo de sete anos, os Lakers foram eliminados na primeira rodada em duas ocasiões e ficaram fora dos playoffs em duas, sob o comando de quatro técnicos diferentes .

A chegada de Luka Dončić, em fevereiro de 2025, renovou o otimismo da equipe e da torcida. O esloveno desembarcou em Los Angeles como uma das grandes estrelas da atualidade, trazendo médias de 28 pontos, oito rebotes e oito assistências em 35 minutos por partida. Ainda assim, poucos meses após sua chegada, os Lakers não foram capazes de superar o Minnesota Timberwolves e foram eliminados novamente na primeira rodada dos playoffs.

 

Lebron campeão
LeBron com troféu de MVP e Anthony Davis com troféu de campeão em 2020 Reprodução: X/@NBABrasil

Para a temporada atual, o time de Los Angeles conta com um elenco mais experiente e sem grandes lesões. Figurando entre uma das principais equipes da Conferência Oeste, a franquia deposita em seus astros a expectativa de uma grande campanha que possa conduzir o Lakers às glórias de um 18° título da NBA.

Palestrinas vencem primeira edição pós-hiato do torneio e marcam momento histórico no futebol feminino brasileiro
por
Fábio Pinheiro
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20/11/2025 - 12h

O Palmeiras derrotou a Ferroviária por 4 a 2 na tarde de quinta-feira (20), na Arena Fonte Luminosa, em Araraquara (SP), e sagrou-se campeão da Copa do Brasil Feminina pela primeira vez em sua história. A decisão marcou o retorno do torneio após oito anos de paralisação, reforçando o investimento crescente das equipes e da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) na modalidade.

A partida foi movimentada desde os primeiros minutos. O Palmeiras abriu o placar após uma jogada construída pela esquerda, quando Amanda Gutierres apareceu livre na área para completar cruzamento rasteiro. A Ferroviária reagiu rapidamente e empatou após pressão alta que terminou com finalização precisa de Andressa. A virada palmeirense veio ainda no primeiro tempo, em cobrança de falta que Brena Carolina colocou no ângulo. 

No segundo tempo, Tainá Maranhão ampliou para as palestrinas em contra-ataque veloz, enquanto Raquel diminuiu para a Ferroviária em chute de fora da área. O gol que sacramentou o título do Palmeiras saiu nos acréscimos, quando Greicy Landazury aproveitou rebote da goleira e fechou o placar em 4 a 2. Além dos gols, o jogo teve grandes defesas, como a intervenção de Amanda Coimbra em chute à queima-roupa de Duda Santos, e chances claras criadas pelas duas equipes, que mantiveram o ritmo intenso até o fim.
 

Jogadora do Palmeiras erguendo o troféu da Copa do Brasil
Palmeiras comemora o título da Copa do Brasil Feminina 2025. Foto: Rebeca Reis/Staff Images Woman/CBF

A final também simbolizou o encontro de duas das equipes mais tradicionais do futebol feminino brasileiro. Enquanto o Palmeiras celebra a conquista inédita da Copa do Brasil Feminina, a Ferroviária reafirma sua força histórica, chegando a mais uma decisão nacional e mantendo o protagonismo construído ao longo de décadas. O duelo, marcado por bom nível técnico e intensidade, reforçou a evolução tática do futebol feminino no país.

O desempenho na final refletiu uma trajetória convincente do clube ao longo do torneio. Para além do título, a conquista reforça o crescimento e a valorização do futebol feminino no Brasil, em linha com a retomada da competição após anos de interrupção e com o aumento do interesse do público e da mídia.

A equipe brasileira não tomou conhecimento da nº 1 do mundo e garantiu o terceiro título em sequência
por
Davi Garcia
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11/11/2025 - 12h

Neste domingo (9), a FURIA venceu a Vitality por 3 a 0 e conquistou o título da IEM Chengdu, campeonato de Counter-Strike disputado na China. A equipe brasileira não tomou conhecimento da atual melhor do mundo e chegou ao seu terceiro título seguido, após vencer a Fissure Playground e a Thunderpick.

FURIA levantando o troféu de campeão da IEM Chengdu. Foto: HLTV.org/@brcho_
FURIA levantando o troféu de campeão da IEM Chengdu. Foto: HLTV.org/@brcho_

A série começou de maneira diferente para os brasileiros, com a FURIA escolhendo a Ancient, mapa fixo de veto da equipe. A decisão arriscada se mostrou acertada e  o primeiro jogo da série começou bem para os brasileiros, garantindo um 8 a 4 na primeira metade da Ancient. Mesmo com a Vitality encostando no placar, a ‘Pantera’ fechou com um 13 a 11. Destaque para as atuações de Yuri ‘yuurih’ Santos e Danil ‘Molodoy’ Gulobenko.

No mapa seguinte, na Inferno, a FURIA se destacou pela resiliência. Mesmo sendo escolha da Vitality e chegando a perder por 7 a 2, o time de Gabriel ‘FalleN’ Toledo se aproveitou das pausas técnicas e reagiu na partida, conquistando a vitória por 13 a 10. O jovem do Cazaquistão, ’Molodoy’ foi novamente o destaque, garantindo 21 abates e apenas 13 mortes.

Time da FURIA durante a final da IEM Chengdu contra a Vitality. Foto: HLTV.org/@brcho_
Time da FURIA durante a final da IEM Chengdu contra a Vitality. Foto: HLTV.org/@brcho_

Por fim, na Overpass, conhecida como uma das especialidades do Counter-Strike brasileiro, não poderia ser diferente. Apesar de um começo difícil, a FURIA voltou a reagir e empilhou rounds. Nas últimas rodadas do mapa, os gringos Mareks ‘Yekindar’ Galinls e ‘Molodoy’ fizeram a diferença para a ‘Pantera’, garantindo a vitória por 13 a 11 e confirmando o título da IEM Chengdu. Vale destacar também as atuações de Kaike ‘Kscerato’ Cerato na grande decisão, com clutchs e rounds importantíssimos para a equipe brasileira.

Com apenas 20 anos, Danil ‘Molodoy’ Gulobenko foi eleito o MVP da competição, tendo um rating de 1.27  ao longo do campeonato. O troféu de melhor jogador de um campeonato é o segundo do cazaque, que vem empilhando atuações de alto nível, ajudando a  colocar a organização brasileira no topo do mundo.

Danil ‘Molodoy’ Gulobenko com o troféu de MVP da IEM Chengdu. Foto: HLTV.org/@brcho_
Danil ‘Molodoy’ Gulobenko com o troféu de MVP da IEM Chengdu. Foto: HLTV.org/@brcho_

O próximo compromisso da FURIA será a BLAST Rivals, no dia 12 de novembro, em Hong Kong. Depois, em 4 de dezembro, entrará no servidor para disputar o Major de Counter-Strike, a “Copa do Mundo” do game, em Budapeste.

Glossário

Counter-Strike: Jogo do modelo FPS (first person shooter/jogo de tiro em primeira pessoa).

IEM Chengdu: Campeonato de nível Mundial de Counter-Strike 2.

Round: Rodada. Quem fizer 13 rodadas primeiro, vence. 

MVP: Melhor jogador do campeonato.

Overpass/Inferno/Ancient: Mapas de Counter-Strike 2. Em uma melhor de cinco, quem vencer três mapas primeiro, vence.

Rating: Estatística que mede a eficiência do jogador no balanço abates/mortes. Para se ter um rating positivo, precisa ter um número acima de 1.0.

 

Com avanços nas tecnologias e maior visibilidade, jogadores com deficiência conquistam cada vez mais espaço nos mundos dos games e no e-sports.
por
Lucas Leal
Ian Ramalho
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08/11/2025 - 12h

Os eSports vêm se consolidando como um dos maiores fenômenos do entretenimento mundial nos últimos anos, e a presença de jogadores com deficiência só destaca mais a importância da inclusão no cenário competitivo. Com o apoio de novas tecnologias adaptativas, atletas brasileiros e internacionais começam a transformar o conceito de acessibilidade nos games, provocando grandes mudanças e avanços na indústria dos jogos, quebrando diversas barreiras físicas e sociais.

 

“A evolução dos controles, com cada vez mais botões, ficou mais difícil a jogatina, mas sempre me desdobrava, jogando até com os pés” disse o jornalista do portal Nintendo Blast, Daniel Morbi. Evidenciando a falta de percepção dos desenvolvedores para esse grupo ao longo do tempo. 

Histórias como a de jogadores como RockyNoHands e BlindWarriorSven mostraram ao mundo que o talento vai muito além das limitações físicas.

Rocky ‘RockyNoHands’ Stoutenburgh, jogador norte-americano, ficou tetraplégico após um acidente, porém graças a inovação na indústria dos jogos conseguiu continuar sua paixão. Jogando com a boca por meio de um controle adaptado, ele não apenas voltou a competir, mas conquistou duas vitórias na Twitch Rivals uma série de torneios organizados por uma das maiores plataformas de criação de conteúdo no mundo, entrando para o Guinness World Records como o primeiro streamer tetraplégico a atingir o status de afiliado na plataforma.

Sven 'BlindWarriorSven' Van de Wege, jogador holandês cego desde os seis anos, é uma lenda viva no cenário de Street Fighter. Usando apenas o som do jogo para se orientar, ele compete de igual para igual com adversários de alto nível e de destaque no cenário do jogo. Sven se tornou símbolo global de acessibilidade e inspiração, mostrando que a leitura visual não é pré-requisito para compreender o ritmo da competição.

Setup de jogo Rocky ‘RockyNoHands’ Stoutenburgh usando controle adaptado quadstick (Imagem: PC Gamer UK/Divulgação)

 

Esses atletas provaram que a deficiência não limita a performance, apenas exige novas formas de alcançá-la. E seus feitos abrem caminho para que mais jogadores PCD encontrem seu espaço nos palcos dos e-sports.

Apesar dos avanços, o cenário competitivo ainda está longe de ser totalmente inclusivo. Eventos internacionais continuam apresentando barreiras físicas, desde palcos inacessíveis até a ausência de intérpretes de Libras e equipamentos adaptados. Além disso, o custo elevado de dispositivos como controles especiais e adaptados, que podem ultrapassar os R$1.500, dificulta o acesso de jogadores brasileiros, que em sua maioria dependem de iniciativas comunitárias para competir.

Outro obstáculo é o preconceito velado. Muitos atletas PCD relatam terem sido tratados com surpresa ou desdém, como se sua presença fosse exceção, e não parte legítima do ecossistema dos games. A inclusão, portanto, vai além da tecnologia e adaptações de acessibilidade, ela exige empatia, respeito e visibilidade, precisando ser mais discutida e pautada nessas comunidades.

Os e-sports, diferentemente dos esportes convencionais, são mais abertos a essa população, muito marginalizada em atividades físicas. Essa barreira é desconstruída a partir dos jogos eletrônicos, que na teoria equalizam as condições tanto para um PCD quanto um não PCD. Segundo o Estatuto da Pessoa com Deficiência também é direito possuir a inclusão ao lazer, e o mundo dos videogames entra nesta questão. Mas há um outro desafio: adaptabilidade dos joysticks e mouse e teclado para todos. 

A reivindicação para controles adaptáveis aumentou com a popularização dos games em competições de e-sports. Além disso, legendas ou audiodescrição não estão incluídas em diversos jogos, dificultando a vida dos jogadores.  

Em 2021, a Microsoft lançou no Brasil um controle adaptável para jogadores com mobilidade reduzida, compatível com Xbox Series, Xbox One e PC. “Quando todos jogam, todos ganham”, foi a marca da empresa na campanha de lançamento. O controle é uma base fixa para dispositivos, permitindo montar um controle personalizado conforme as necessidades do usuário. Outro equipamento é o QuadStick, que funciona por movimentos da boca, voz e respiração do usuário, principalmente para tetraplégicos.  

Controle adaptado criado pela Xbox para jogadores com deficiência Imagem: GQ Brasil/Reprodução)

 

“Ao passar do tempo começou a existir um movimento na indústria abrangendo os PCDs, mas também muito por lucro, onde equipamentos adaptados chegaram ao Brasil custando mais de mil reais, ou até mesmo precisando importar esses produtos, desincentivando um grupo que já é marginalizado na sociedade” , completou Morbi. 

O relatório State of the Game Industry 2024 da GDC revelou que os desenvolvedores de jogos estão cada vez mais preocupados com os esforços de inclusão e igualdade na indústria em geral. No Brasil, a Able Gamers, uma ONG vem proporcionando inclusão desenvolvendo dispositivos adaptados por meio de arrecadação de fundos a mais de 20 anos. Democratizando o acesso aos jogos eletrônicos e combatendo o isolamento social dessa população.   

Existem algumas normas a respeito da acessibilidade no Brasil que garante uma boa experiência em meios digitais e jogos eletrônicos para pessoas com deficiência: 

  • ABNT NBR 17060: estabelece requisitos para em aplicativos em dispositivos móveis, sendo um guia técnico para eliminar barreiras digitais. 

  • Lei de acessibilidade (Lei nº 10.098/2000, regulamentada pelo decreto nº 5.296/2004): determina normas e critérios para promover acessibilidade que não se limita a tratar da acessibilidade apenas em aspectos físicos, mas também em qualquer aspecto de comunicação, como na área digital.  

  • Lei nº 10.436/2002: Institui a Língua Brasileira de Sinais (Libras) como meio legal de comunicação e expressão da comunidade surda no Brasil. 

  • Decreto nº 6.949/2009: Incorporou à Constituição Federal o Direito das Pessoas com Deficiência, obrigando o Brasil a promover acessibilidade às tecnologias da informação e comunicação.  

  • Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência, lei nº 13.146/2015): tem como objetivo assegurar e promover a inclusão social e a cidadania das pessoas com deficiência em todos os aspectos da vida.




 

Loud, G3X, Furia, Nyvelados, Funkbol, Desimpedidos e Dendele carimbaram a vaga para o mata-mata
por
Davi Garcia
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04/11/2025 - 12h

Na última segunda-feira (3), a Kings League Brasil, campeonato de futebol 7 realizado em São Paulo, conheceu seus classificados para o mata-mata da competição. Loud, G3X, Funkbol e Furia entraram na última rodada já classificadas, jogando por posições e pela liderança geral, que assegurava vaga direta nas semifinais. Nyvelados, Desimpedidos e Dendele também estarão nas fases finais da liga, criada por Gerard Piqué, ex-jogador do Barcelona.

Luqueta, presidente do Dendele, comemora classificação na Kings League com Lucas Hector, jogador do Dendele. Foto: Rebeca Schumaker/Ag. Enquadrar/Kings League
Luqueta, presidente do Dendele, comemora classificação na Kings League com Lucas Hector, jogador do Dendele. Foto: Rebeca Schumaker/Ag. Enquadrar/Kings League

Na primeira partida do dia, Funkbol e Real Elite se enfrentaram sem grandes pretensões. Afinal, o “time da quebrada e do funk”, presidido por MC Hariel, Michel Elias e Kond, já estava classificado em primeiro lugar no seu grupo. Enquanto isso, o “Elite”, de Whindersson Nunes, Ludmilla e Lucas Freestyle, lutava para evitar a pior campanha da competição. No entanto, o Funkbol confirmou o favoritismo e venceu por 6 a 3.

No confronto seguinte, a Loud encarou o Desimpedidos buscando também encerrar a fase de grupos com chave de ouro. A equipe dos streamers Coringa e Renato Vicente chegou como uma das melhores equipes da atual Kings League. Por outro lado, o Desimpedidos, do influenciador Toguro, amargava um turno decepcionante, com apenas três pontos. Apesar disso, chegou com chances de classificação para o mata-mata. A partida foi tranquila para a Loud, que goleou o ‘DEC’ por 10 a 4. Mesmo assim, o Desimpedidos se classificou para a próxima fase graças à derrota do Real Elite. 

Em sequência, Furia e G3X protagonizaram o clássicoentre as equipes mais tradicionais da competição. A “Pantera”, presidida por Neymar e Cris Guedes, precisava de uma vitória no tempo normal para se classificar com a melhor campanha da competição. Enquanto isso, a equipe de Gaules necessitava dos três pontos para carimbar o segundo lugar geral. O jogo foi quente do início ao fim, contando com brilho dos craques Leleti e Chaveirinho. No entanto, foi o “rei da Kings League”, Kelvin Oliveira, que decidiu para o G3X. ‘K9’ anotou três gols para vencer a Furia por 6 a 4. A partida ainda ficou marcada por provocações entre os presidentes das equipes.

Kelvin Oliveira, do G3X, comemora gol marcado contra a Furia. Foto: Rebeca Schumaker/Ag. Enquadrar/Kings League
Kelvin Oliveira, do G3X, comemora gol marcado contra a Furia. Foto: Rebeca Schumaker/Ag. Enquadrar/Kings League

No quarto duelo da rodada, o Nyvelados, de Nyvi Estephan, encarou o Fluxo, dos streamers Cerol e Nobru. O confronto era um verdadeiro ‘jogo de seis pontos’, afinal, quem vencesse estaria nos playoffs. O ‘FX’ liderou o placar por grande parte do jogo, até que Ivo, goleiro do time de Nyvi, anotou uma pintura de sua própria área para empatar e, consequentemente, embalar a virada. LeoGol, camisa 10 do Nyvelados, fechou a conta para classificar a equipe ao mata-mata, enquanto o Fluxo acabou eliminado da Kings League.

Por fim, Dendele, de Luqueta e Paulinho ‘o Loko’, e Capim, de Jon Vlogs e Luva de Pedreiro, se enfrentaram em busca da última vaga para a próxima fase. O jogo, marcado por um verdadeiro duelo de torcidas, teve os presidentes como protagonistas. Paulinho converteu o ‘pênalti presidente’ logo no início, deixando tudo igual no placar. Jon não deixou barato e também converteu em uma linda cobrança. Porém, com uma defesa sólida, o Dendele venceu o Capim por 4 a 2 e se classificou para os playoffs.

Na próxima segunda-feira (10), Furia e Nyvelados abrem a disputa do mata-mata. Quem vencer, enfrentará a líder Loud. Em seguida, o vencedor de Funkbol e Desimpedidos encara G3X ou Dendele. A Kings League Brasil tem transmissão em seu canal oficial do Youtube.

Confrontos do mata-mata da Kings League. Foto: Divulgação/Kings League
Confrontos do mata-mata da Kings League. Foto: Divulgação/Kings League

 

Verdão supera LDU com atuação dominante no Allianz Parque e assegura vaga após vitória por 4 a 0
por
Renan Barcellos
Pedro Lima
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31/10/2025 - 12h

Nesta quinta-feira (30), o Palmeiras venceu a LDU por 4 a 0 no Allianz Parque, em São Paulo, e garantiu vaga na final da Copa Libertadores. O time paulista reverteu a derrota por 3 a 0 sofrida na ida, em Quito, e avançou para a decisão contra o Flamengo.

O primeiro tempo foi de imposição e intensidade do Palmeiras desde o apito inicial. A equipe pressionou a saída de bola e criou as principais oportunidades pelos lados do campo, com Allan participando ativamente das jogadas ofensivas. Aos 20 minutos, o atacante Ramón Sosa abriu o placar após cruzamento preciso do camisa 40. A LDU tentou responder em contra-ataques, mas parou nas intervenções de Carlos Miguel. Nos acréscimos da primeira etapa, aos 45+5, o zagueiro Bruno Fuchs ampliou após bola rebatida em cobrança ensaiada de falta.

Na volta do intervalo, o Palmeiras manteve o ritmo e controlou o jogo com posse e velocidade. O meio-campista Raphael Veiga, que começou no banco, entrou e mudou a dinâmica da partida: marcou aos 23 minutos, após tabela com o atacante Vitor Roque, em jogada de infiltração pelo centro. Mais tarde, aos 37, converteu pênalti sofrido por Allan e consolidou a virada histórica. A LDU tentou reagir nos minutos finais, mas encontrou uma defesa bem postada e pouco espaço para criar.

jogadores comemoram gol
Jogadores do Palmeiras comemorando o gol de Raphael Veiga. Foto: Divulgação / Conmebol

A vitória marcou um dos desempenhos mais consistentes da equipe nesta edição da Libertadores. O conjunto manteve equilíbrio tático, intensidade e precisão nas jogadas de ataque, com destaque para a atuação de Raphael Veiga, decisivo em um momento que exigia frieza e controle técnico.

A partida teve domínio técnico do Palmeiras. A equipe buscou as laterais e acelerou transições com Allan e Vitor Roque, além de explorar trocas rápidas no meio. As estatísticas confirmaram a superioridade: 68% de posse de bola, 25 finalizações e oito chutes no alvo pelo Palmeiras, contra duas finalizações da LDU.

A virada histórica coroou uma reação coletiva. Raphael Veiga foi o nome da noite ao transformar a entrada em contribuição direta na construção do placar. Após o apito final, o técnico Abel Ferreira destacou o comprometimento do elenco e a força mental da equipe para reverter o resultado.

O Palmeiras alcança agora a final da Copa Libertadores, que será disputada no dia 29 de novembro, no Estádio Monumental de Lima, no Peru, contra o Flamengo.

Seleção reage, confirma ótimo 2025 e já projeta o próximo confronto
por
CRISTIAN FRANCISCO BUONO COSTA
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30/10/2025 - 12h

 

A seleção brasileira feminina derrotou a Itália por 1 a 0 nesta terça-feira (28), no estádio Ennio Tardini, em Parma, na Itália. O gol da vitória saiu no segundo tempo, marcado por Luany após cruzamento de Dudinha. O resultado encerrou a Data-Fifa brasileira de outubro com 100% de aproveitamento.

O Brasil começou com dificuldades para encontrar seu ritmo, mas se ajustou ao longo da partida. As melhores chances vieram em cobranças de falta e jogadas pelo meio-campo, exigindo boas defesas da goleira italiana. Na etapa final, a equipe controlou as ações e aproveitou a oportunidade para definir o placar, segurando a vantagem até o fim.

Seleção brasileira enfrenta a Itália em amistoso
Lance do amistoso entre Itália e Brasil. Foto: Lívia Villas Boas/CBF

 

No balanço da partida, o Brasil finalizou 12 vezes contra 8 da Itália e mostrou solidez defensiva, reduzindo as chegadas perigosas das adversárias na etapa final. A posse de bola foi equilibrada, mas a seleção brasileira se mostrou mais eficiente nos momentos decisivos.

Com a vitória, a equipe soma apenas duas derrotas em 2025 e confirma o bom desempenho no ano. O resultado reforça a combinação de experiência e juventude sob o comando de Arthur Elias, com equilíbrio defensivo e velocidade nas transições. O triunfo também reafirma a superioridade brasileira diante da Itália, consolidando a fase positiva contra rivais europeias.

O próximo compromisso da seleção será em 2 de dezembro, em amistoso contra Portugal, na cidade de Aveiro, com horário ainda a ser definido.