Augusto Melo terá oportunidade de apresentar sua defesa antes da decisão dos conselheiros sobre o impeachment
por
Marcelo Victorio
João Pedro Lindolfo
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23/11/2024 - 12h

 

augusto melo no dia de sua eleição para presidência do corinthians
Augusto Melo no dia em que foi eleito presidente do Corinthians (Foto: Divulgação/Agência Corinthians)

O presidente do conselho, Romeu Tuma Jr, oficializou nesta quinta-feira (21) a data de votação para o impeachment do presidente do clube, Augusto Melo. Tuma oficializou por meio de um ofício como que a votação, apresentação de argumentos e defesa acontecerá no mesmo dia, 28 de novembro às 18h, no Parque São Jorge.

Tendo tomado posse no início deste ano, o mandato de Augusto Melo vai até 2026. A decisão do impeachment vem, no entanto, por uma investigação em cima da comissão de ética do clube em relação ao contrato assinado esse ano com a casa de apostas VaideBet.

Na votação, o presidente do Conselho abrirá a reunião explicando os motivos para a convocação da votação, destacando a importância do tema em discussão. Em seguida, os conselheiros farão uma avaliação inicial sobre o assunto, compartilhando suas opiniões e considerações. Haverá espaço para a manifestação dos representantes, incluindo a defesa do pedido de impeachment pela Comissão de Justiça ou pelos conselheiros requerentes. O relatório da Comissão de Ética e Disciplina será apresentado, acompanhado da defesa do parecer. Também será reservado um momento para que Augusto Melo ou seu representante possa apresentar sua defesa. Por fim, ocorrerá a votação secreta, que decidirá pela permanência ou destituição do presidente.

Romeu Tuma Jr., autor do pedido de impeachment
 Romeu Tuma Jr., presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians. Foto: GE

A aprovação do impeachment depende da maioria entre os conselheiros presentes. Caso isso ocorra, Augusto Melo será afastado preventivamente, e o Conselho terá cinco dias para organizar uma Assembleia Geral, onde os sócios do clube terão a palavra final. Na Assembleia, os sócios decidirão, também por maioria, se confirmam ou não o afastamento. Durante esse período, o 1º vice-presidente, Osmar Stábile, assumirá o comando temporariamente e terá 30 dias para convocar uma eleição indireta, destinada a conselheiros vitalícios ou com, no mínimo, dois mandatos.

Os times têm chances reais de conquistarem as vagas restantes para o acesso ao Brasileirão Série A 2025
por
Marcelo Victorio
João Pedro Lindolfo
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23/11/2024 - 12h
Partida entre Mirassol e Novorizontino
Vitória do Mirassol em duelo direto contra seu rival Novorizontino, em outubro. Créditos: Eduardo Basso/Novorizontino

 

Mirassol e Novorizontino têm feito história no futebol brasileiro nos últimos anos. Apesar de serem clubes com pouca relevância no cenário nacional, estão conseguindo alcançar resultados poucas vezes vistos para os times do interior de São Paulo. Com exceção do Bragantino, o último clube paulista a figurar na primeira divisão foi a Ponte Preta, em 2017.  Com apenas uma rodada para o término do Brasileirão Série B, ambos dependem apenas de si para conseguirem alcançar o feito inédito em suas respectivas histórias.

Entre os 60 clubes que se dividem entre as séries A, B e C do Campeonato Brasileiro, 13 deles são paulistas. Ou seja, 22% dos clubes que estão nas três principais divisões do país. Palmeiras, São Paulo, Corinthians e Bragantino encontram-se na Série A; Santos, Mirassol, Novorizontino, Botafogo-SP, Ponte Preta, Ituano e Guarani estão na segunda; e na Série C (já finalizada), Ferroviária e São Bernardo representaram o estado de São Paulo.

A chance de acesso de Mirassol e Novorizontino não vem do acaso. O estado de São Paulo é o que mais ganhou títulos e teve grandes campanhas ao longo da história do futebol brasileiro. Além disso, os times paulistas são os que mais investem em competições de base como a Taça São Paulo (Copinha). Dos 22 times que já levantaram o troféu, 14 deles eram paulistas. Além disso, 5 dos 10 clubes mais valiosos do país pertencem ao estado: Palmeiras, São Paulo, Corinthians, Bragantino e Santos, de acordo com a Sports Value.

Mirassol: a década de ouro

Mirassol campeão do Brasileiro Série D 2020
Conquista do Campeonato Brasileiro Série D do Mirassol, em 2020. Créditos: Célio Messias/CBF

 

O clube que homenageou a cidade de mesmo nome se figurou entre os principais clubes paulistas nos últimos anos. Nas últimas cinco temporadas do Campeonato Paulista, esteve presente em duas semifinais e em uma final do Troféu Independência (para os clubes do interior). Desde sua estreia na elite do futebol paulista, em 2008, a melhor posição da equipe foi o 3° lugar, em 2020.

Depois de amargar nove temporadas no Campeonato Brasileiro Série D - ou até mesmo sem jogar uma competição nacional - o Mirassol conseguiu seu acesso e, além disso, seu primeiro título nacional. Dois anos depois, o time mirassolense venceu a Série C e conquistou a vaga na segunda divisão nacional.

Em 2023, já na Série B, o Mirassol terminou a competição em sexto lugar, a 1 ponto de diferença do Atlético-GO, último time a ficar com a vaga para o Brasileirão desta temporada. Atualmente, o clube só depende de si para conquistar o acesso inédito para o Campeonato Brasileiro de 2025.

Novorizontino em jogo de acesso em 2023
Novorizontino em jogo que valeu seu acesso à Série B de 2023. Créditos: Redes Sociais/X

 

O clube de Novo Horizonte é outro que tem conquistado seu espaço ao longo das últimas temporadas no cenário paulista. Mesmo com alguns tropeços - como rebaixar para o Paulistão A2 e quase cair novamente para a Série C -, venceu um Campeonato Paulista do Interior, um acesso para a primeira divisão do Paulistão e uma semifinal perdida contra o Palmeiras nesta temporada. 

Com apenas 14 anos de fundação, o Novorizontino está perto de chegar à elite em poucas temporadas. Disputou a última divisão nacional por três temporadas até sua chegada à Série C de 2021 e logo em seguida para a segunda divisão. Em 2022, o clube conseguiu a manutenção na Série B. Na temporada passada, assim como seu rival Mirassol, ficou a 1 ponto de ser um dos 20 clubes da Série A 2024.

Resultados de Mirassol e Novorizontino nas últimas temporadas

Mirassol

  • 2020: Campeão do Brasileirão Série D; 3° lugar no Campeonato Paulista

  • 2021: 16° lugar do Brasileirão Série C; 1ª fase na Copa do Brasil; e 4° lugar no Campeonato Paulista

  • 2022: Campeão do Brasileirão Série C; 2ª fase na Copa do Brasil; e 10ª lugar no Campeonato Paulista

  • 2023: 6° lugar do Brasileirão Série B; 7° lugar no Campeonato Paulista

 

Novorizontino

  • 2020: 3° lugar do Brasileirão Série D; 1ª fase na Copa do Brasil; e 9° lugar no Campeonato Paulista

  • 2021: 3° lugar do Brasileirão Série C; 9° lugar no Campeonato Paulista

  • 2022: 16° lugar do Brasileirão Série B; 1ª fase na Copa do Brasil; e 16° lugar no Campeonato Paulista (rebaixado)

  • 2023: 5° lugar do Brasileirão Série B; vice-campeão do Campeonato Paulista Série A2


 

Novo formato promete revolucionar o cenário competitivo do jogo nas Américas em 2025
por
Bruna Zanella
Caramelo Damin
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21/11/2024 - 12h

A Riot Games — desenvolvedora de League of Legends, o LOL — está prestes a transformar completamente o cenário competitivo do jogo nas Américas, com a chegada da Liga das Américas em 2025. A competição substituirá o tradicional CBLOL, unificando as melhores equipes do Brasil, da América Latina e da América do Norte. Mais do que uma simples mudança de nome, o novo formato representa um marco na história dos e-sports nas continentes, levantando uma série de expectativas que, para muitos, ainda estão por ser atendidas — ou não.

Uma liga unificada

Equipes que representarão a conferencia Norte na nova liga. Foto: Divulgação/LoL Esports.

Equipes que representarão a conferencia Norte na nova liga. Foto: Divulgação/LoL Esports.

 

A Liga das Américas será dividida em duas conferências: a LTA Norte e a LTA Sul. Cada conferência contará com oito times — seis da sua respectiva região, uma equipe convidada e uma da América Latina, o que forma uma competição dinâmica e conectada com os diversos públicos do continente.

Equipes que representarão a conferencia Sul na nova liga. Foto: Divulgação/LoL Esports.

Equipes que representarão a conferencia Sul na nova liga. Foto: Divulgação/LoL Esports.

 

Na Conferência Norte, times da América do Norte e da parte norte da América Latina terão sua chance de brilhar, com nomes tradicionais da LCS e novas caras como a Disguised, que fará sua estreia no circuito Tier 1. Já na Conferência Sul, o CBLOL permanece forte, com seis equipes brasileiras, incluindo a atual campeã, LOUD, e a histórica paiN Gaming, agora competindo ao lado de uma equipe latino-americana e uma convidada.

Com essa reestruturação, a Riot não só busca criar rivalidades regionais mais acentuadas, mas também proporcionar uma experiência mais imersiva para os fãs. “Cada conferência será uma verdadeira arena de disputas”, afirmam os responsáveis pelo evento. E, sem dúvida, o público pode esperar muita ação e momentos épicos.

 

O que esperar para 2025?

A Liga das Américas trará uma abordagem inovadora, com três grandes etapas anuais, o que promove espaço para que as equipes evoluam ao longo da temporada. Com partidas presenciais, a energia da competição será ainda mais intensa, criando uma proximidade entre jogadores e fãs — que é a essência da comunidade gamer.

As equipes das conferências LTA Norte e LTA Sul competirão em torneios eliminatórios, de eliminação dupla, e outros formatos, destacando-se o Fearless Draft, uma mecânica estratégica que promete mudar a dinâmica das escolhas de campeões, adicionando mais imprevisibilidade e emoção ao jogo.

O impacto dessa mudança vai muito além do formato. A Liga das Américas também traz à tona uma reflexão sobre a evolução das organizações, suas estruturas e como elas enfrentam os desafios do cenário competitivo. Ao incluir apenas times que já fazem parte do CBLOL e da LCS, a Riot reforça sua intenção de manter parcerias sólidas com clubes que compartilham sua visão de longo prazo. Com isso, o debate sobre novos times entrando na competição sem um processo seletivo rigoroso chega ao fim.

 

O que está em jogo?

Além da visibilidade internacional que a nova liga oferece, as equipes também terão a chance de conquistar ainda mais prestígio dentro e fora do jogo. Organizações como a FURIA e a Vivo Keyd Stars, tradicionais do CBLOL, se preparam para a disputa com o peso da história, enquanto novas organizações latino-americanas como a Leviatán buscam conquistar seu espaço no palco global.

A maior curiosidade, no entanto, fica com as "equipes convidadas", um conceito inédito para a competição. A 100 Thieves, um dos times mais emblemáticos da LCS, estará presente, mesmo em uma posição provisória. Isso serve como um indicativo da flexibilidade da Riot e sua capacidade de adaptação aos novos formatos, algo que pode ser essencial para o sucesso da Liga das Américas.

 

Desafios e oportunidades

A Liga das Américas está pronta para marcar uma nova era, mas, como em toda grande mudança, surgem novos desafios. A diversidade de culturas, a adaptação ao novo formato e o equilíbrio competitivo entre as regiões são apenas alguns dos aspectos que as equipes terão que lidar. Além disso, a construção de rivalidades saudáveis, o cuidado com a saúde mental dos jogadores e a manutenção de uma comunidade unida serão fundamentais para o sucesso da liga.

A Riot já deixou claro que este é apenas o começo e que muitos detalhes sobre o design das conferências e a forma de disputa ainda estão sendo ajustados para 2025. Mas uma coisa é certa: a Liga das Américas chegou para deixar sua marca. E, em um ano em que o futuro das ligas de esports está em jogo, essa competição promete ser o espetáculo que todos estavam esperando.

 

Mas e o CBLOL?

Arena CBLOL dando exemplo de ânimo e torcida. Reprodução: Bruno Alvares/CBLOL.

Arena CBLOL dando exemplo de ânimo e torcida. Reprodução: Bruno Alvares/CBLOL.

 

Com a chegada da Liga das Américas, muitos se perguntam: "E o CBLOL? Acabou mesmo?". A resposta, embora não definitiva, é que o CBLOL como conhecemos tem seus dias contados. A unificação das ligas e o formato mais global da competição sugerem que o futuro do League of Legends nas Américas passará a ser jogado sob um novo modelo — mas será que as novas conferências conseguem manter o espírito competitivo e as raízes da cultura do CBLOL? O tempo e os jogos dirão.

 

Com as vitórias, Leão mantém invencibilidade em casa no torneio e Tricolor Paulista segue na busca pelo G4
por
Ana Clara Souza
Chloé Dana
Daniel Dias
Isabella Santos
Pedro Rossetti
|
18/11/2024 - 12h

A 33ª rodada do Brasileirão teve início na sexta-feira (08) e encerrou na quarta-feira (13), com movimentações no Z4 e disputas acirradas por vagas para a Libertadores de 2025. Confira como foram os jogos:

 

INTERNACIONAL 2 X 0 FLUMINENSE

Na abertura da rodada, o Internacional recebeu o Fluminense em casa e venceu a equipe carioca, que estava cheia de desfalques por suspensão, por 2 a 0, na sexta-feira (08). Com o resultado, o Inter chegou aos 59 pontos, ultrapassando o Flamengo e entrando no G4. Já o Fluminense manteve os 37 pontos e ocupa o 14º lugar, apenas três pontos à frente da zona de rebaixamento.

O Internacional dominou as principais ações do jogo na primeira etapa, criando as melhores oportunidades. Aos 19 minutos, Wanderson recebeu na ponta esquerda da área e finalizou de chapa, buscando o ângulo. Vitor Eudes, que estava substituindo Fábio, fez uma ótima defesa.

A equipe gaúcha continuou no ataque e, aos 33 minutos, Bruno Tabata fez um cruzamento na área, e Borré subiu sozinho para cabecear e abrir o placar. No entanto, o VAR anulou o gol por impedimento do atacante.

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Jogadores do Internacional comemoram gol da vitória que garantiu a volta ao G4. Foto: Ricardo Duarte/Internacional

O segundo tempo seguiu o mesmo ritmo do primeiro, com o Fluminense tendo dificuldades para criar chances e cada vez mais pressionado a sofrer um gol. E foi o que aconteceu logo aos cinco minutos, quando Bernabei cruzou para a segunda trave e Borré, novamente livre, completou de sola e em posição regular, fazendo 1 a 0 no placar.

O domínio do Internacional seguiu, e aos 50 minutos, com mais uma assistência de Bernabei, Bruno Henrique apareceu como elemento surpresa no meio da área para completar o cruzamento. A bola desviou na marcação antes de entrar no gol e selou a vitória da equipe gaúcha. Nos minutos finais, o Fluminense até tentou levar perigo quando John Kennedy aproveitou uma bola sobrada na grande área, mas chutou no travessão.

Na próxima rodada, a equipe gaúcha volta a campo na quinta-feira (21), às 20h (horário de Brasília), contra o Vasco em São Januário, enquanto na sexta (22), às 21h30 (horário de Brasília), o Fluminense recebe o Fortaleza no Maracanã.

PALMEIRAS 1 X 0 GRÊMIO

Ainda na sexta-feira (08), o Palmeiras enfrentou o Grêmio no Allianz Parque e venceu os gaúchos por 1 a 0. Com o resultado, o Palmeiras chegou a 64 pontos, diminuindo a distância para quatro pontos do atual líder, Botafogo.

O primeiro tempo foi marcado pelo domínio da equipe paulista, que manteve o controle da posse de bola e teve algumas chances de gol, mas sem sucesso. E foi aos 34 minutos, que o Verdão balançou as redes, depois de uma bola espirrada dentro da área do Grêmio, mas o gol foi anulado pelo árbitro por impedimento.

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Estêvão, atacante do Palmeiras, durante a partida contra o Grêmio. Foto: Anderson Romao/AGIF

Após vaias na saída para o intervalo, o Palmeiras voltou para o segundo tempo com uma postura diferente, buscando a vitória. O time criou diversas chances de gols, e a maioria delas foi impedida pelo goleiro do Grêmio, Marchesín, que vivia uma noite inspirada. Mas, aos 26 minutos, após o rebote de uma tentativa de gol feita por Dudu, Estêvão empurrou para dentro das redes, marcou o único gol da partida e assumiu a artilharia isolada da competição, com 12 gols marcados.

Ao todo, o Palmeiras finalizou 35 vezes ao gol, mas o 1 a 0 se perpetuou até o final do jogo graças a Marchesín, que foi o melhor jogador da equipe gaúcha.

Após a Data Fifa, o Palmeiras volta a campo na quarta-feira (20) contra o Bahia, na Arena Fonte Nova, às 20h (horário de Brasília). No mesmo dia, o Grêmio recebe o Juventude em casa, às 19h (horário de Brasília).

VITÓRIA 1 X 2 CORINTHIANS

Na tarde do último sábado, (09), o Vitória recebeu o Corinthians no Barradão, em Salvador (BA), e os visitantes arrancaram uma vitória importante por 2 a 1, de virada, e engatou o quinto jogo sem derrota na competição. Com o resultado, o Corinthians chega a 10ª posição, com 41 pontos, três a mais que o Vitória, que cai para 13º, com 38 pontos.

O Timão começou com uma posse de bola maior que os donos da casa, porém, o Vitória se sobressaiu nos primeiros nove minutos de jogo e aproveitou a falha de Hugo Souza para abrir o placar. Em troca de passes entre o goleiro e os zagueiros, Hugo chutou o chão e deu a bola de graça para Alerrandro marcar o primeiro gol da partida. Após sair atrás no marcador, o Corinthians teve mais cuidado em suas ações e manteve um bom domínio nas trocas de passes, com uma boa organização de ataque.

A jogada crucial do Timão veio aos 23 minutos com atuação de Garro, Yuri Alberto e Memphis, que empataram o jogo. O holandês subiu para o ataque, encontrou Garro na entrada da área, que conseguiu deixar Yuri Alberto de frente para o gol, marcando com a perna esquerda. O jogo seguiu lá e cá, mas as equipes levaram o empate para os vestiários.

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Memphis, Félix Torres, Igor Coronado e Garro comemoram o primeiro gol do Corinthians. Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians

Já no segundo tempo, o Vitória voltou a pressionar o Timão e teve duas grandes chances no mesmo lance com Gustavo Mosquito aos cinco minutos, mas Hugo Souza defendeu os chutes. Aos 24 minutos, o camisa 10, Garro, abriu espaço e fez um ótimo passe, encontrando Memphis dentro da área. O atacante saiu cara a cara com o goleiro para fazer 2 a 1 e dar a vitória ao Timão. Nos últimos minutos de jogo, o Vitória demonstrou dificuldades em abrir espaços e o Corinthians se defendeu sem sofrer.

Pela 34ª rodada do Brasileirão, os corinthianos voltam a campo na quarta (20), contra o Cruzeiro, às 11h (horário de Brasília), na Neo Química Arena. No mesmo dia, o time baiano visita o Criciúma, às 19h30 (horário de Brasília), no Estádio Heriberto Hülse.

BOTAFOGO 0 X 0 CUIABÁ

O Botafogo recebeu o Cuiabá  no sábado (09), no Estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro, na intenção de abrir vantagem para o vice-líder Palmeiras. Apesar do empate, o Botafogo segue na liderança do Brasileirão, agora com 68 pontos. Já o Cuiabá ganhou um ponto fora de casa, mas se aproxima ainda mais da Série B, estando na 19ª posição com 29 pontos.

O primeiro tempo foi complicado devido às fortes chuvas que se agravaram no Rio de Janeiro, porém não impediu que o Cuiabá começasse o jogo pressionando, enquanto o Botafogo tentava. Alexander Barbosa e Almada arriscaram pelo lado Alvinegro e após cobrança de escanteio, o Dourado assustou os donos da casa quando o zagueiro Marllon cabeceou para fora. Após o susto, o Fogão apostou com Igor Jesus aos 40 minutos, que cabeceou perigosamente, e viu Marlon Freitas acertar a trave em finalização da entrada da área, aos 50 da primeira etapa.

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Savarino no resgate da bola durante partida contra o Cuiabá. Foto: Jorge Rodrigues/AGIF

No segundo tempo, o Glorioso voltou ao campo com mais precisão, pressionando o adversário e criando chances. O Cuiabá, que precisava marcar para sair do rebaixamento, jogou com mais perigo e passou a fazer mais faltas para parar o time carioca. O Botafogo seguiu forte e aproveitou diversas oportunidades com Savarino, que aos 33 minutos deu um bom chute da entrada da área, mas foi para fora. Chegando ao final do jogo, aos 38 minutos, Igor Jesus cruzou rasteiro e Júnior Santos finalizou, mas o zagueiro Marllon salvou praticamente em cima da linha. No rebote, Marlon Freitas finalizou, mas foi por cima do gol. Já nos acréscimos, o Glorioso aproveitou grande oportunidade com jogada de cabeça de Tiquinho Soare, mas foi anulado por impedimento pelo VAR.

Pela 34ª rodada do Brasileirão, os times voltam a campo na quarta-feira (20). O Botafogo joga contra o Atlético-MG, em Belo Horizonte (MG), às 21h30 (horário de Brasília). Já o Cuiabá recebe o Flamengo na Arena Pantanal, às 19h (horário de Brasília).

CRUZEIRO 2 X 1 CRICIÚMA

No último sábado (09), o Cruzeiro recebeu o Criciúma, no Mineirão, e venceu por 2 a 1. O time de Fernando Diniz vinha de sete jogos sem vitória na competição e venceu com sobras a equipe catarinense, que fica em situação complicada na parte debaixo da tabela.

A primeira etapa foi dominada pelos donos da casa, e logo aos oito minutos, Kaio Jorge abriu o placar após receber cruzamento e antecipar a saída do goleiro. O time criou mais chances ainda no início, com bolas na trave de Gabriel Veron e Kaio Jorge, além de finalizações dos meio campistas, que pararam no goleiro Alisson. O Criciúma até chegou ao gol mineiro, mas parou em Cássio, que fez ótima partida, principalmente na segunda parte do jogo.

No início do segundo tempo, logo aos dois minutos, a torcida da casa tomou um susto com gol de Mateusinho, porém foi anulado por impedimento. Aos 24, foi a vez do Cruzeiro ir para cima e ampliar o placar com Gabriel Veron. Ainda teve tempo de Allano descontar para a equipe visitante nos minutos finais, com o time se lançando ao ataque em busca do empate, mas parou em Cássio, que fez pelo menos três defesas difíceis.

O placar final foi de 2 a 1 e com a vitória o Cruzeiro chega a 47 pontos na sétima colocação, buscando entrar no G6, que garante vaga para a próxima Libertadores. Já o Criciúma está em 15° com 37 pontos, a um do RB Bragantino, que abre a zona de rebaixamento.

Com a Data Fifa, ambas as equipes têm dez dias de trabalho visando a próxima rodada. O time mineiro vai a São Paulo enfrentar o Corinthians na quarta-feira (20), às 11h (horário de Brasília), na Neo Química Arena, enquanto o Tigre recebe o Vitória no Heriberto Hulse, às 16h30 (horário de Brasília) do mesmo dia.

JUVENTUDE 2 X 1 BAHIA

O Juventude venceu o Bahia por 2 a 1, de virada, no Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul (RS). Os gols do confronto foram marcados por Cauly, no primeiro tempo, e por Lucas Barbosa e Taliari, ambos na etapa final. Com o resultado, o Bahia permaneceu com 46 pontos, sendo ultrapassado pelo Cruzeiro na tabela e caindo para a oitava posição. Já o Juventude, com 37 pontos, segue na luta para sair da zona de rebaixamento, ocupando a 16ª colocação.

Logo no primeiro minuto de jogo, Arias encontrou Lucho Rodríguez, que fez uma jogada genial, dominou de chaleira, driblou duas vezes o zagueiro Rodrigo Sam e encontrou Cauly na pequena área. O atacante, então, bateu de primeira para abrir o placar. O Bahia continuou pressionando o Juventude com boas chances e apenas aos 15 minutos o time da casa criou sua primeira oportunidade.

Gilberto recebeu pela direita, fez boa jogada e cruzou rasteiro para Lucas Freitas, que acertou a trave de Marcos Felipe. Os Jaconeros voltaram a assustar aos 42 minutos, quando o zagueiro Danilo Boza acertou um belo voleio, mas a bola bateu na trave. No rebote, Rodrigo Sam teve a chance de marcar, mas perdeu o gol livre, já que o impedimento foi assinalado.

No segundo tempo, o Juventude voltou melhor e pressionando. Logo no primeiro minuto, Nenê conseguiu um escanteio. Na cobrança, Lucas Cardoso subiu mais que todo mundo e cabeceou no canto, mas Marcos Felipe fez uma defesa extraordinária, realizando um milagre. A pressão continuou, e aos 24 minutos, em mais uma boa jogada de Nenê, que cruzou na medida para Lucas Barbosa dentro da área, o atacante, apesar de perder o domínio da bola, conseguiu acertar um belo chute de cobertura, surpreendeu o goleiro Marcos Felipe e colocou o Juventude em vantagem.

A virada veio aos 33 minutos, quando Ronaldo fez um lançamento preciso para Taliari, que, em velocidade, superou a defesa do Bahia, deu um belo chapéu em Marcos Felipe e empurrou a bola para o fundo das redes. O último lance importante do jogo aconteceu aos 40 minutos, quando o centroavante do Bahia, Everaldo, recebeu dentro da área, girou e finalizou, mas a bola acertou a trave.

O próximo desafio do Bahia será contra o Palmeiras, na quarta-feira (20), às 20h (horário de Brasília), na Arena Fonte Nova. O Juventude, por sua vez, enfrentará o Grêmio no mesmo dia, às 19h (horário de Brasília), em Porto Alegre (RS).

FORTALEZA 3 X 0 VASCO

O Fortaleza derrotou o Vasco por 3 a 0 neste sábado (09), na Arena Castelão, e manteve sua invencibilidade como mandante no Campeonato Brasileiro, mesmo com as condições ruins do gramado. Sem conseguir criar jogadas ofensivas, o Vasco foi dominado pelo ritmo intenso imposto pelos donos da casa. Com a vitória, o Leão segue firme na disputa pelo título,  com apenas um ponto do vice-líder Palmeiras, que tem 64 pontos, e a cinco do líder Botafogo, com 68.

O Fortaleza abriu o placar aos 12 minutos do primeiro tempo, após um erro de Lucas Piton. Tinga aproveitou a sobra, cruzou para a área e Emmanuel Martínez cabeceou firme para as redes. Antes do intervalo, o time cearense desperdiçou uma chance clara com Marinho e Hércules em um mesmo lance e teve um gol anulado por impedimento. No segundo tempo, o Vasco adiantou seus laterais para aumentar a presença ofensiva, mas só apresentou perigo infiltrando a área uma vez.

Breno Lopes fez o segundo em uma jogada individual para cima de Maicon, pelo lado esquerdo, ele driblou o zagueiro e chutou cruzado no gol. Nos acréscimos, o Fortaleza ainda teve tempo para carimbar a vitória: o meia-campista Pochettino cruzou rasteiro dentro da área e Renato Kayzer só teve o trabalho de empurrar a bola para o gol.

Na 34ª rodada, o Vasco volta a campo na quinta-feira (21), às 20h (horário de Brasília), quando enfrenta o Internacional em São Januário. Já o Fortaleza terá pela frente o Fluminense, no Maracanã, na sexta-feira (22), às 21h30 (horário de Brasília).

ATLÉTICO-GO 0 X 0 RB BRAGANTINO

No Estádio Antônio Accioly, em Goiânia (GO), Atlético-GO e RB Bragantino empataram em 0 a 0. Em jogo sem muitas emoções, ambas as equipes estão com situação complicada no campeonato, com o time da casa na lanterna da competição e a equipe de Bragança Paulista lutando contra a zona da degola.

O primeiro tempo foi dominado pelo RB Bragantino, que teve chances claras de gol e duas bolas na trave, com Sasha e Vitinho. Ainda tiveram finalizações que pararam no goleiro Ronaldo, que foi o único exigido na etapa inicial, já que Cleiton pouco trabalhou em ataques de pouca intensidade do Dragão.

O segundo tempo mudou de mãos, com o Atlético-GO fazendo três alterações e indo para cima, exigindo ao menos quatro defesas do goleiro do Massa Bruta. Ainda deu tempo de chegadas do time visitante no fim do jogo, mas sem sucesso, placar final: 0 a 0.

Com o resultado, o time goiano se vê sem grandes chances de permanecer na primeira divisão, estando em último lugar, com 26 pontos. Já a equipe paulista entra na zona de rebaixamento com 36 pontos, mas segue a apenas um ponto de Juventude e Criciúma, times fora do Z4.

Com a Data Fifa, ambas as equipes têm seus próximos compromissos na quarta-feira (20). O Dragão enfrenta o Athletico-PR na Ligga Arena, às 16h30 (horário de Brasília), enquanto o RB Bragantino recebe o São Paulo no Nabi Abi Chedid, no mesmo horário.

SÃO PAULO 2 X 1 ATHLETICO-PR

No último jogo do sábado (09), o São Paulo enfrentou o Athletico Paranaense no Morumbis e venceu o adversário por 2 a 1. A vitória marcou a volta do time ao estádio após 45 dias sem jogar em casa devido a agenda de shows.

O primeiro tempo da partida foi morno, com poucas chances de gol dos dois lados. O São Paulo controlou a posse de bola e teve algumas chances com jogadas de Lucas Moura. Já o Furacão só teve uma chance de gol durante os primeiros 45 minutos com chute na entrada da área de João Cruz e após defesa de Rafael, Pablo finalizou, mas o impedimento foi assinalado.

A segunda etapa teve direito a gols dos dois lados. Logo no início, aos seis minutos, Lucas cruzou para a área e Luciano cabeceou para fazer o primeiro gol da partida. O São Paulo continuou no ataque, mas aos 23 minutos, o Furacão buscou o empate após escanteio de Zapelli e gol de cabeça de Julimar. O jogo parecia estar definido pelo empate, mas o Tricolor Paulista não desistiu e aos 43 minutos, André Silva, que tinha acabado de entrar, aproveitou um desvio de cabeça e empurrou para o gol, garantindo a vitória São-Paulina.

Com a derrota, o Athletico-PR caiu para o 18° lugar, com 34 pontos e segue na luta contra o rebaixamento. Já o São Paulo permaneceu em sexto, agora com 57 pontos e sonha com a vaga direta para a Libertadores de 2025.

Na próxima rodada, o São Paulo enfrentará o RB Bragantino na quarta-feira (20), no Nabi Abi Chedid, às 16h30 (horário de Brasília). Já o Furacão volta a campo no sábado (16), às 18h30 (horário de Brasília), na Ligga Arena, contra o Atlético MG, em partida atrasada da 19ª rodada.

FLAMENGO 0 X 0 ATLÉTICO-MG

Na quarta-feira (13), Flamengo e Atlético-MG se reencontraram após a decisão da Copa do Brasil no início da semana, desta vez pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro. O confronto terminou empatado e sem gols. Com o resultado, a equipe mineira chegou à 10ª posição, com 42 pontos, enquanto o time Rubro-Negro voltou a assumir a quarta colocação, somando 59 pontos.

O primeiro tempo foi marcado pelas investidas ofensivas do Flamengo, que completou 14 finalizações contra somente duas do Atlético. O goleiro Everson trabalhou muito para garantir o empate ao time mineiro. Em um dos momentos decisivos, aos 35 minutos, ele defendeu um pênalti cobrado por David Luiz.

A segunda etapa do jogo se manteve intensa, mas o desgaste do time carioca tornou a partida mais equilibrada. O Atlético-MG passou a ocupar mais o campo de ataque e, aos 39 minutos do segundo tempo, o atacante Paulinho arriscou um chute de dentro da área que passou rente à trave, criando a melhor chance de gol — que, no entanto, não se concretizou. Ao final da partida, os cariocas finalizaram 25 vezes e os mineiros, 15.

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Jogadores do Cruzeiro comemoram gol de Kaio Jorge. Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro
A competição contará com nomes conhecidos, como os medalhistas olímpicos Rayssa Leal e Jagger Eaton
por
Larissa Isabella Araujo De Sousa
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11/11/2024 - 12h
Rayssa Leal com a bandeira do Brasil nas costas enquanto segura o troféu de campeã
Rayssa Leal com o troféu do SLS Super Crown World Championship de 2023
Foto: Reprodução/Instagram/@rayssalealsk8

Os fãs de skate de São Paulo podem se preparar para acompanhar de perto os atletas na final da Street League Skateboarding (SLS). A competição conhecida como Super Crown World Championship vai acontecer no Ibirapuera, na zona sul da cidade, nos dias 14 e 15 de dezembro. 
Esta será a terceira vez em que a final de skate street será feita no Brasil. Na edição de 2023, dois brasileiros garantiram o título da competição, Giovanni Vianna no masculino e Rayssa Leal no feminino. Agora, a fadinha do skate vai atrás do tricampeonato, para conquistar mais um troféu ela terá que apresentar duas linhas com movimentos e cinco manobras individuais, dessas notas apenas as quatro melhores são somadas para a pontuação.
Os ingressos para acompanhar o final de semana de apresentações dos atletas, com direito a medalhistas olímpicos como Jagger Eaton, já estão disponíveis. Os valores variam de 75 reais para um dia, até pacotes especiais que chegam a mais de cinco mil reais. Em 2023, o público lotou o Ginásio do Ibirapuera, com 15 mil pessoas curtindo a final.
Em 2024, algumas novidades foram introduzidas na liga de skate, entre elas a maior quantidade de etapas até a final em São Paulo. Foram seis disputas já realizadas, a próxima será sediada em Tóquio, no Japão, no dia 23 de novembro, e então o Super Crown World Championship para finalizar o calendário do ano.
Além disso, nesta temporada o retorno da classificação por pontos adquiridos ao longo das etapas foi outra marca. Fechando as atualizações na competição, os campeões da final receberão o maior prêmio individual da liga, garantindo 100 mil dólares para casa, aproximadamente 577 mil reais. 
 

A importância de jogadores e times que impuseram suas presenças diante um cenário dominado pela elite brasileira
por
Luis Henrique Oliveira
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29/10/2024 - 12h

Após oito meses fechado para reforma, o Museu do futebol, no Pacaembu, reabriu suas portas em julho deste ano. De cara nova, o estabelecimento faz uma homenagem aos jogadores e times que foram essenciais para a história do esporte, dentre eles o Vasco da Gama, equipe de futebol que foi essencial para a luta contra o racismo na modalidade. 

 

Primeira formação do Ponte Preta
Time Ponte Preta com sua primeira formação. Foto: Up9/Reprodução

 

O futebol chegou ao Brasil no final do século dezenove, alguns anos após a abolição da escravidão, sendo algo exclusivo da elite branca do país. A inserção de pessoas negras no esporte era vista com maus olhos pela aristocracia brasileira, que não desejava dividir espaço com eles e por isso impuseram regras que dificultaram a participação desse grupo – e os que entravam estavam sujeitos a maus tratos dentro das equipes. 

Não tardou para que a luta pela inserção dessa minoria começasse: em 1900 o time Ponte Preta foi fundado por Miguel do Carmo, Migué, conhecido como o primeiro afrodescendente a jogar em um clube de futebol. O time era originalmente um clube de bairro e tinha como marca dar oportunidade a jogadores negros que não eram admitidos em outras equipes, motivo esse que levou as torcidas rivais chamarem o time de “macacas”, que, em resposta, acatou com bom-humor como mascote do time até hoje. 

O time Bangu também foi essencial na luta por igualdade racial no esporte. Em 1905, a equipe escalou o tecelão Francisco Carregal como um dos onze jogadores no elenco principal, sendo o primeiro de muitos negros que viriam a integrar o time, como Leônidas da Silva, por exemplo. Outro grande nome para o futebol afrodescendente brasileiro é Arthur Friedenreich ou El Tigre, como também era conhecido. Filho de pai imigrante alemão e mãe brasileira, Arthur conquistou o título da Sul-Americana para o Brasil em 1919, em uma partida contra o Uruguai. Por mais que fosse um nome grande, El tigre não estava livre do racismo no esporte, fato que o fazia alisar o cabelo e usar pó de arroz na intenção de parecer mais “europeu”. Em 1921 ele foi impossibilitado, junto de outros jogadores, a participar do Sul-Americano após decreto de Epitácio Pessoa, então presidente da época, que impossibilitava atletas negros e mulatos a representarem o país na seleção brasileira.  

Mesmo o Vasco da Gama não sendo o primeiro time a ter negros em sua formação, sua atuação na democracia racial no esporte foi imprescindível. Em 1922, o clube disputava a segunda divisão com um time composto por afrodescendentes e operários, um ano depois já disputava a primeira junto de times consagrados, se tornando o campeão carioca de 1923. Em 1924, a AMEA (Associação Metropolitana de Esportes Atléticos) – fundada por clubes de elite, como Fluminense e Botafogo, impôs a exclusão de 12 jogadores do Vasco para aceitarem sua integração na associação, usando de justificativa a desculpa de que esses atletas não atendiam “condições sociais apropriadas para convívio esportivo”. Curiosamente, os nomes pertenciam a atletas negros e pobres. 

José Augusto Prestes, presidente do clube na época, não concordou com as exigências pedidas e redigiu uma carta a próprio punho dizendo que o time estava desistindo da participação na AMEA, preferindo disputar em campeonatos com ligas alternativas, sem os clubes de elite. A decisão acabou no desmanche da associação e a volta do Vasco da Gama no campeonato de 1925. 

A carta, que veio a ser conhecida como “Resposta Histórica”, se tornou um símbolo da luta antirracista no esporte por defender a permanência de afrodescendentes em uma época comandada pela aristocracia branca, o que culminou na popularidade do time, lotando arquibancadas sobretudo de torcedores oriundos de bairros suburbanos do Rio. Mantida hoje na sala de troféus de São Januário, a carta é o grande orgulho dos vascaínos. 

Resposta histórica do Vasco da Gama
“Resposta histórica”, escrita por José Augusto Prestes. Foto: Site do Vasco/Reprodução

 

Entretanto, a renumeração de jogadores negros só aconteceu em 1930, após clubes de elite perceberem o quão vantajoso era economicamente e estrategicamente ter atletas afrodescendentes em sua formação, pegando de referência as vitórias do Vasco. “Até então o futebol era um esporte de elite, você jogava pelo seu clube porque era rico ou de graça no amador porque não precisava do dinheiro, os negros não participavam disso, eles precisavam de um salário. Em algum momento, percebe-se que o talento desses jogadores era incontornável, os campeonatos cresceram e eles precisavam ser incorporados aos clubes” diz Renata Beltrão, monitora do museu, ao explicar a sala “origens”, incorporada ao local para contar a história do futebol, dentre elas a inserção de afrodescendentes no esporte enquanto apresenta personalidades importantes para a luta da igualdade racial, como Leônidas da Silva, jogador do Vasco mencionado acima que ganhou notoriedade durante a Copa do Mundo de 1928, na França.  

Apesar dos negros terem se inserido na modalidade e conquistado muitos títulos ao longo dos anos, a discriminação racial ainda está presente no esporte. Em 2023, os ataques racistas contra Vinicius Junior no jogo contra o time espanhol Valencia chocaram o Brasil. No ocorrido, torcedores do time rival usaram palavras de baixo calão e sons de macaco para se referirem ao jogador brasileiro.  

O caso resultou na prisão de três torcedores que praticaram a injúria racial e um pedido de desculpas para Vinicius Jr., além de uma multa para o Valencia. Aqui no Brasil se seguiram manifestações em prol do jogador na frente da baixada espanhola, enquanto na Espanha um cartaz com a foto de Vinicius foi vandalizado. 

Desde sua chegada no país, o futebol progrediu em muitos aspectos. Entretanto, os casos de injuria racial mostram que parou no tempo em alguns pontos, tendo muito o que evoluir ainda. Ao propor essa volta ao passado, o museu abre essas questões sobre a origem da negritude no esporte brasileiro e sua importância para a propagação. 

Confira os destaques e os resultados que definiram os finalistas da competição
por
Amanda Campos
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24/10/2024 - 12h

As semifinais da Copa do Brasil 2024 foram o destaque do futebol nacional neste fim de semana, reunindo quatro gigantes do esporte em confrontos empolgantes. Vasco, Atlético-MG, Flamengo e Corinthians entraram em campo com um único objetivo: conquistar uma vaga na final do torneio. Os duelos de ida aconteceram no dia 02 de outubro e os de volta nos dias 19 e 20.

 

Vasco x Atlético-MG

No jogo de ida, na Arena MRV, casa do Galo, o início foi marcado por intensa disputa física. O Vasco teve boas oportunidades pelos lados, mas não conseguiu finalizar. O Atlético-MG assustou primeiro com Hulk, aos 10’, mas a resposta do cruz-maltino foi imediata. Após um contra-ataque, Rodríguez deu um passe para Coutinho na entrada da área que abriu o placar aos 14’. 1 a 0.

O Galo respondeu aos 37’ com Arana, que, após algumas tentativas, aproveitou uma bola viva dentro da área e finalizou de primeira, com a canhota, na gaveta: 1 a 1. Seis minutos depois, a virada. Arana recebeu na esquerda e cruzou na medida para Paulinho cabecear, marcar e encerrar o primeiro tempo: 2 a 1.

Na segunda etapa, o Atlético pressionou, mas o Vasco também teve boas chances, com Sforza e Rodríguez se destacando. O Galo continuou a buscar o gol, com oportunidades de Hulk e Battaglia, mas não conseguiu ampliar a vantagem. Fim da partida.

Agora em São Januário, no Rio de Janeiro, os times tiveram mais 90 minutos para definir o jogo. 

 

Momento da partida Vasco x Atlético-MG
Foto: Matheus Lima/Vasco

 

O Vasco começou a partida tentando pressionar, mas sem chances claras. Foi o Atlético-MG que levou perigo primeiro, com uma defesa espetacular de Léo Jardim em um chute de Battaglia que bateu na trave aos 20’. O momento decisivo veio nove minutos depois, quando o VAR confirmou um pênalti após toque de braço de Otávio. Vegetti converteu e empatou a disputa. 

Aos 38’ Após o gol, o Vasco teve duas boas chances, com Puma e Léo. Já nos acréscimos, Lyanco quase empatou na sobra após Piton cabecear mal para o meio da área, mas a bola saiu por cima do gol de Léo Jardim. O segundo tempo começou intenso, com oportunidades para ambos os lados, mas foi aos 36’ que Hulk colocou o Atlético de volta à frente no placar agregado. Gustavo Scarpa deu boa bola para o camisa 7 do Galo mandar um chutaço de fora da área. 1 a 1 no jogo, 3 a 2 no placar agregado. O time mineiro administrou a vantagem até o fim, garantindo a classificação para a final da Copa do Brasil.

 

Comemoração do gol da classificação do Atlético-MG
Foto: Pedro Souza/Atlético

 

 

 

Flamengo x Corinthians

O Flamengo dominou o primeiro tempo da partida, pressionando o Corinthians e criando diversas oportunidades. O time comandado por Filipe Luís encurralou o de Ramon Díaz e só não abriu larga vantagem no placar devido a duas ótimas defesas do goleiro Hugo Souza: um chute de fora da área de Arrascaeta aos 3’, e um toque de calcanhar de Gabigol, aos 31’. 

O único gol da etapa inicial ocorreu aos 32 minutos, quando um chute inesperado de Alex Sandro surpreendeu o goleiro, que estava preparado para um cruzamento.

O segundo tempo foi mais equilibrado. Com três substituições, o clube alvinegro deixou o meio-campo mais forte, mas ainda estava vulnerável: com 69 minutos de jogo, Gabigol chegou a marcar o segundo gol, anulado pela posição de impedimento do atacante.

Cada equipe alcançou a trave duas vezes, Arrascaeta e De la Cruz pelo Flamengo e Romero e Matheuzinho pelo Corinthians. Fim de jogo com vantagem para o time carioca.

 

Momento da partida Corinthians x Flamengo
Foto: Marcelo Cortes/Flamengo

 

No primeiro tempo, o Flamengo dominou o meio-campo e anulou as jogadas do adversário. O rubro-negro abriu o placar aos 8 minutos com um gol de Alex Sandro, mas o árbitro anulou o lance após análise do VAR. A situação se complicou para o Flamengo com a expulsão de Bruno Henrique aos 28 minutos, quando ele levantou o pé e acertou a cabeça de Matheuzinho, recebendo cartão vermelho direto.

 No lado do Corinthians, Yuri Alberto se destacou, criando perigo em duas ocasiões que exigiram defesas do goleiro Rossi. Na segunda metade da partida, o Corinthians partiu para o ataque e ameaçou novamente com uma cabeçada de Pedro Henrique aos 30 minutos (que estava impedido) e um chute rasteiro de Giovane aos 42 minutos, mas nenhuma das tentativas resultou em gol. 

O Flamengo apenas controlou o jogo para garantir sua vaga na final. Fim de jogo, 0 a 0 na Neo Química Arena, 1 a 0 no agregado a favor dos rubro-negros.

 

Falta que resultou na expulsão de Bruno Henrique
Falta que resultou na expulsão de Bruno Henrique. Foto: Anderson Romano/AGIF

 

A Final

Com os resultados, Atlético-MG e Flamengo irão se enfrentar na final da Copa do Brasil em busca do título. O clube carioca chega a sua décima final e, até agora, possui quatro taças (1990, 2006, 2013 e 2022).

Já o clube mineiro, por sua vez, obtém duas taças (2014 e 2021), e está na final pela quarta vez. Os confrontos decisivos acontecerão nos dias 03 e 10 de novembro. O sorteio dos mandos de campo foram realizados nessa quinta-feira (24). O primeiro jogo será mandado pelo Flamengo, no Maracanã. A partida de volta será na Arena MRV, casa do Atlético-MG.


 

Após falhas expressivas nas últimas partidas, Gabriel Brazão faz um excelente jogo
por
Gustavo Zarza
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24/10/2024 - 12h

Na terça-feira (22), o Santos recebeu o Ceará na Vila Viva Sorte, pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série B. A equipe santista saiu vitoriosa com gol do meia Diego Pituca. 

 

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Guilherme indo ao ataque (Foto: Reinaldo Campos/AGIF)

 

PRIMEIRO TEMPO

O alvinegro praiano começou a partida pressionando a saída do Ceará e conseguiu emplacar boas chances. Não demorou para o meia Serginho acertar um belo lançamento na cabeça de Diego Pituca, que abriu o placar aos 14 minutos. A frente no resultado, o Santos enrolou o jogo do Vozão, dificultando a chegada do time visitante, mas a equipe da casa não criou boas oportunidades. 

 

SEGUNDO TEMPO

No começo da segunda etapa o Peixe teve uma chance desperdiçada por Serginho, depois o Ceará tomou conta das ações. O atacante Erik Pulga chutou forte para uma grande defesa do goleiro Gabriel Brazão. A segunda oportunidade veio com o atacante Saulo Mineiro, que saiu de frente para o gol, mas adiantou muito a bola. Por último, em uma falta cobrada na área, o zagueiro João Pedro cabeceou no cantinho para consagrar Brazão, que salvou a equipe santista de mais um empate. No fim, o Santos venceu pelo placar de 1 a 0. 

 

DESEMPENHO GERAL

O Vozão, que ainda busca o acesso para a Série A, sabia que tinha um grande desafio pela frente, não é fácil jogar contra o Santos na Vila. A equipe conseguiu fazer uma partida equilibrada e mesmo não pontuando, o time promete para as próximas rodadas. O Peixe mais uma vez jogou o seu futebol burocrático, fez o seu gol e garantiu um resultado importante na briga pelo G4, ao menos nesta oportunidade foi o suficiente para sair com a vitória. 

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Pituca marcou o único gol do jogo, disputado na Vila Belmiro, ainda no 1° tempo (Foto: Reinaldo Campos/AGIF)

 

PRÓXIMOS JOGOS

O Santos volta a campo na segunda-feira (28), às 19h (horário de Brasília), contra o Ituano, no Novelli Júnior, pela 34ª rodada da Série B. Já o Ceará recebe o Paysandu, no sábado (26), às 17h (horário de Brasília), pela mesma rodada.
 

A equipe disputa o campeonato desde sua primeira edição, em 2022
por
Ana Clara Souza
Pedro Premero
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24/10/2024 - 12h
Jogadoras da Rise comemoram a conquista da Ignis Cup - Foto: Riot Games Brasil/flickr
Jogadoras da Rise comemoram a conquista da Ignis Cup - Foto: Riot Games Brasil/flickr

Depois de perder duas decisões para a paiN, em 2023 e no começo desse ano, a Rise enfim se tornou campeã da Ignis Cup — o campeonato inclusivo de League of Legends (LoL), onde jogam somente mulheres e membros da comunidade LGBTQIAPN+. A equipe de Sorocaba venceu a Vivo Keyd Stars por 3 a 2, em uma série pegada e com picks diferentes. A organização ainda conquistou vinte mil reais de premiação. Confira mais detalhes da final:

 

Jogo 1 - Rise na frente

O early game foi marcado por muitos abates solos e lutas nos objetivos, um começo bem disputado. A Rise saiu na frente da VKS, com boas movimentações, levou as torres e abriu o mapa para o controle de visão. Com uma team fight vencida no barão, elas conseguiram ampliar sua vantagem e cadenciar o jogo para chegar à vitória.

MVP: Millicent (Jax) 5/3/3

 

Jogo 2 - As guerreiras vieram para a batalha!

A VKS não deu chances para a Rise impor seu jogo. A Keyd teve um começo de jogo bem agressivo e, com isso, conseguiu um ótimo controle de visão e de objetivo. Ryuko acertou belas ultimates com sua Miss Fortune e garantiu que a Rise não voltasse para a partida. Com o segundo barão da partida, as Guerreiras marcharam para a base inimiga e  empataram a série.

MVP: Cristal (Orianna) 7/0/2

 

Jogo 3 - Foi no detalhe…

A Vivo Keyd esteve com vantagem no início do jogo, graças a Crystal (Diana) que fez uma lane fase agressiva para cima da Strangers (LeBlanc). Contudo, o Viego (Junny) acumulou abates e favoreceu o scaling da composição da Rise. Aos 29 minutos, as guerreiras encaixaram uma luta, conquistaram o Barão e começaram a dominar o mapa. O terceiro jogo foi decidido em um backdoor da Exiladissima (Renekton),  depois de 45 minutos e com várias reviravoltas, garantindo a vitória para a VKS.

MVP: Ryuko (Ashe) 10/1/9

 

Jogo 4 - Volta por cima

A Rise não se mostrou abalada com as duas derrotas anteriores e fez uma partidaça. A Juny trouxe uma escolha diferente para esse game, a Briar, e mostrou seu domínio com a campeã. Entre roubo de dragão e ótimas lutas, a equipe de Sorocaba dominou a VKS por completo e levou a série para o último jogo.

MVP: Juny (Briar) 5/2/9

 

Jogo 5 - Ascensão coroada!

No último jogo da série, a Rise não deixou dúvidas de quem seria a campeã. O time foi dominante desde o começo, anulando completamente a principal ameaça adversária, a Crystal (Azir), impedindo qualquer chance de reação das guerreiras. Após garantir a alma do dragão e o dragão Ancião, a Rise marchou diretamente para a base inimiga e, depois de duas finais seguidas sem sucesso, a equipe venceu e conquistou o título do segundo split do campeonato. 

MVP: Junny (Vi) 6/0/8

 

Coletiva

Junny (jungler) abriu a coletiva falando sobre a sinergia com sua equipe para conseguir um bom desempenho na série:

 

“O que mais ajuda na hora de jogar é a boa convivência que tenho com o meu time. Todo mundo costuma se ajudar muito, dentro e fora do treino, e isso é o que mais importa. Eu estava bastante confiante para jogar.’’, falou a tricampeã da Ignis Cup

Junny, jungler da Rise Gaming, eleita a melhor jogadora da final do segundo split da Ignis Cup 2024. Foto: CBLOL/flickr
Junny, jungler da Rise Gaming, eleita a melhor jogadora da final do segundo split da Ignis Cup 2024. Foto: CBLOL/flickr

 

A MVP da série também contou como é lidar com a pressão de ser uma peça chave:

 

“Eu sinto pouca [pressão], porque todo mundo espera que eu jogue sempre bem, falo para mim que ‘eu não posso jogar abaixo’, porque quero mais do que isso. É um pouco de pressão, mas tenho que deixar isso de lado.”, complementou.

 

Perguntado sobre a diferença entre as lines que já passou na Riise, Yato (adcarry) destacou a união que a equipe tem:

 

“A diferença é que nesse time a gente tem realmente um entrosamento muito grande, por que a gente realmente tem essa amizade. São pessoas que se conhecem há anos, com exceção da Millicent. Mas ela entrou no time, sabia que tinha que correr atrás e correu e entrosou com a gente e deu tudo certo . Acho que  essa é a maior diferença, o clima é realmente muito bom.”, disse

Yato entrou na Rise no segundo semestre de 2023. Foto: CBLOL/flickr
Yato entrou na Rise no segundo semestre de 2023. Foto: CBLOL/flickr

 

Glossário

Ace: Quando uma equipe abate todos os jogadores do time adversário

Barão: um dos principais objetivos do jogo, após sua execução, cada jogador aliado recebe mais dano de ataque, e retorno acelerado à base.

Bot: posição no mapa.

Buff: mais forte

Dive: Tentativa de matar o adversário na torre dele

Engage: Iniciação

Even: igual

Farm: quantidade de tropas e monstros da selva abatido pelo jogador

Fight: luta

Gold: ouro

Jungler: caçador

Lane: Rota na qual os jogadores se deslocam

Late game: terceira fase do jogo, quando passa dos 30 minutos, campeões que precisam de mais itens para ficar forte, ou personagens como Smolder, Veigar e Nasus, são mais fortes nessa etapa da partida

Match up: Confronto direto entre os campeões de cada rota, por exemplo, Garen x Darius (Top), Orianna x Syndra (Mid)…

MVP: Sigla de Most Valuable Player, que indica o melhor jogador da partida

Nexus: Estrutura na qual a equipe precisa destruir para ganhar a partida

Over: Quando uma das equipes estende demais uma jogada que já era para ter acabado.

Patch: Atualizações que ocorrem a cada duas semanas para balancear o jogo e adicionar conteúdo

Pick off: emboscar e matar um jogador isolado da equipe adversária

Play: Jogada

Reverse sweep: quando um time está perdendo em uma série de partidas, mas consegue virar o placar e vencer todas as partidas restantes

Seed: classificação inicial de uma equipe em um torneio, com com base no desempenho regional e ou internacional anterior

Snowball: Efeito bola de neve

Summoner's Rift: é um dos mapas mais importantes em que acontece o jogo,  utilizado nos campeonatos profissionais

Vastilarva: criatura associada à campeã Bel'Veth, que vem do Vazio, uma região destrutiva no universo do jogo; essas criaturas, quando abatidas, concedem ao jogador e aos colegas de equipe um acúmulo do fortalecimento que chega a 6. A melhoria ajuda a derrubar mais rápido as torres

Winners bracket: Chave dos vencedores

Elder: Ancião, em inglês (Elder Dragon)

Leclerc conseguiu sua terceira vitória na temporada e Sainz o acompanhou no pódio
por
Juliana Bertini de Paula
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23/10/2024 - 12h

 

Depois de um mês sem corridas, a Fórmula 1 voltou aos Estados Unidos para o GP de Austin, no Texas. O fim de semana foi marcado pela imprevisibilidade nos resultados, que variou entre equipes. Sainz liderou o treino, Verstappen era pole e venceu a Sprint e Norris conseguiu a primeira posição no grid da corrida de domingo.

 

Antes de qualquer disputa na pista, durante a semana, a Red Bull foi centro de especulações e discórdias por conta de um dispositivo que permitia ajustar a altura da parte dianteira por meio de uma mudança nas configurações do cockpit. Isso, se feito durante os treinos, seria permitido. 

 

Todas as equipes possuem um dispositivo desse tipo, porém, o design que permite alterar o carro pelo cockpit fez com que as outras equipes suspeitassem que o ajuste estava sendo feito em parque fechado, — período entre a classificação e a corrida — o que é estritamente proibido. As suspeitas iniciaram logo após o GP de Singapura, mais de um mês atrás, porém só vieram à tona na última semana. 

 

Carro de Max Verstappen da Red Bull no GP de Austin. Foto: Kaylee Greenlee Beal/Reuters
Carro de Max Verstappen da Red Bull no GP de Austin. Foto: Kaylee Greenlee Beal/Reuters

Um representante da equipe confirmou a existência do dispositivo, mas negou que seria possível utilizá-lo depois da montagem do carro. Outras equipes como Mercedes e McLaren exigiram uma investigação minuciosa, mas depois da Red Bull anunciar que iria mudar o carro, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) decidiu acabar com as discussões. “Honestamente, posso dizer com total certeza se alguma vez houve algo irregular? Não. Posso dizer que o assunto está encerrado? Sim, absolutamente", disse Nikolas Tombazis, representante da FIA.

 

Com a corrida Sprint e a corrida de domingo, 137 pontos estavam em jogo para as equipes, importantes principalmente para Red Bull, McLaren e Ferrari que disputam a liderança e vice-liderança do Campeonato Mundial de Construtores.

 

A Ferrari se demonstrou dominante no único treino em Austin, com Carlos Sainz em primeiro e Leclerc como segundo mais rápido. Em terceiro ficou o tricampeão Max Verstappen, que diferente do ano passado, em que conseguiu dez vitórias em sequência, já está a nove corridas longe do primeiro degrau do pódio. 

 

Durante o treino, muitos pilotos rodaram e extrapolaram os limites de pista por conta do asfaltamento novo, logo nas primeiras curvas.

 

George Russell rodou e escapou da pista no primeiro e único treino do final de semana. Foto: Reprodução/F1TV
George Russell rodou e escapou da pista no primeiro e único treino do final de semana. Foto: Reprodução/F1TV

Mais tarde, ainda na sexta-feira (18), aconteceu a qualificação para a corrida Sprint. A Ferrari dominou boa parte da classificação, porém Max Verstappen fez a volta mais rápida no SQ3 e conseguiu a pole. Russell foi o segundo e completou a primeira fila. Os carros da Scuderia ficaram em terceiro e quinto, com Lando Norris entre eles. Oscar Piastri (McLaren), que não teve um bom desempenho, caiu logo no SQ1 e acabou na 16ª posição.

 

Outros destaques incluem os dois pilotos da Haas, que chegaram no SQ3 e qualificaram em sexto e oitavo. Franco Colapinto, novato da Williams, chegou à última etapa da classificação e ficou na 10ª colocação. 

 

Sábado (19) foi o dia da Sprint e da classificação para a corrida no domingo. Verstappen, que largou na dianteira, se manteve ali até a bandeirada. O holandês é recordista na modalidade e chega a 11 vitórias desde 2021. 

 

Logo na largada, Norris subiu de quarto para segundo e durante a prova, tentou se aproximar da Red Bull, mas sem sucesso. Sainz e Leclerc disputaram a posição por algumas voltas, mas quando o espanhol conseguiu ultrapassar, acelerou e passou Russell, em seguida Leclerc também deixou o britânico para trás. No final da corrida, Lando travou os pneus ao frear, o que permitiu que Carlos Sainz conseguisse a segunda posição no pódio.

 

Norris, Verstappen e Sainz após a corrida Sprint em Austin. Foto: Angela Weiss/AFP
Norris, Verstappen e Sainz após a corrida Sprint em Austin. Foto: Angela Weiss/AFP

Na classificação da corrida principal o destaque negativo ficou com as Mercedes: Lewis Hamilton caiu logo no Q1 e largou em 17°, e George Russell bateu na curva 19, depois do conserto do carro ele foi obrigado a largar do pitlane. 

 

Nos dois minutos finais do Q3, Norris estava com a volta mais rápida e Max a 0s031 atrás, seguidos de Sainz e Leclerc. Russell atingiu o muro e garantiu a pole da McLaren de Lando. Essa foi a sexta pole do inglês, porém, apenas em uma dessas oportunidades, ele conseguiu se manter na posição e garantir a vitória.

 

No domingo (19), logo na largada, Charles Leclerc fez uma ultrapassagem tripla quando seu companheiro de equipe abriu caminho para a curva e Verstappen brigava com Norris pela posição. Sainz quase foi junto, mas o holandês voltou à pista a tempo de se defender do espanhol. Lando, que largou em primeiro, ficou atrás dos três.

 

Leclerc ultrapassando seu companheiro de equipe, Max Verstappen e Norris. Foto: David Buono/Icon Sportswire via Getty Images
Leclerc ultrapassando seu companheiro de equipe, Max Verstappen e Norris. Foto: David Buono/Icon Sportswire via Getty Images

Com a estratégia certa, Carlos Sainz fez um undercut em Verstappen, — quando o piloto entra para os boxes algumas voltas antes, para ultrapassar enquanto o adversário está trocando os pneus — e garantiu a segunda posição até a bandeirada. 

 

A Mercedes teve um final de semana para esquecer. Além do mau resultado na Sprint e a batida de Russell, Lewis precisou abandonar a prova depois de rodar e ficar preso na brita. O Safety Car foi acionado novamente depois de dez corridas — não entrava em cena desde o Grande Prêmio do Canadá. George, que largou dos boxes, apesar de levar cinco segundos de punição, por empurrar Valtteri Bottas (Kick Sauber) para fora da pista, conseguiu terminar a corrida em sexto, marcando oito pontos. 

 

Os dois pilotos que entraram na metade deste ano, Liam Lawson (Racing Bulls), que substituiu Daniel Ricciardo, e Colapinto da Williams, que substituiu Logan Sargent, terminaram a corrida na zona de pontuação, em nono e décimo, respectivamente. 

 

Nas últimas dez voltas, Norris se aproximou muito de Verstappen e os dois travaram uma batalha pelo terceiro lugar do pódio até o último segundo. Apesar das defesas espetaculares da Red Bull, a McLaren conseguiu fazer a ultrapassagem na volta 52, das 56 da corrida, porém ambos acabaram saindo do traçado, o que gerou reclamações do holandês, pedindo que o britânico fosse punido por passar por fora da pista.

 

Norris se defendeu dizendo que, como ambos estavam fora da pista, ele não deveria ser punido. Na última volta, quando Leclerc e Sainz consagraram a dobradinha da equipe, foi anunciada a punição de cinco segundos para Norris. Verstappen então herdou a posição e completou o pódio. 

 

Engenheiro de Leclerc, Sainz, Charles e Verstappen no pódio de Austin. Foto: XPB Images
Engenheiro de Leclerc, Sainz, Charles e Verstappen no pódio de Austin. Foto: XPB Images

A decisão de punir o britânico foi muito debatida, pois outras situações semelhantes ocorreram durante a mesma corrida e as consequências foram diferentes. Na primeira volta, Verstappen empurrou Norris na mesma curva e não teve consequência. Russell empurrou Bottas no mesmo ponto e foi punido com cinco segundos.

 

A primeira vista, acreditava-se que a punição seria por sair do limite de pista pela quarta vez, porém, quando o documento oficial saiu, os comissários informaram que seria pela ultrapassagem e que a pena deveria ser de dez segundos, mas como Norris não tinha como reagir, diminuíram para cinco. 

 

Norris ultrapassando Verstappen nas voltas finais do GP de Austin. Foto: Reprodução/F1
Norris ultrapassando Verstappen nas voltas finais do GP de Austin. Foto: Reprodução/F1

 

 

A Fórmula 1 volta na próxima sexta-feira (25) para o Grande Prêmio do México.