Equipe vence o MInas e amplia a liderança no basquete brasileiro por mais um ano
por
Rafael Jorge
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26/06/2025 - 12h

 

A equipe do Sesi Franca conquistou na última quarta-feira (18) o tetracampeonato consecutivo do Novo Basquete Brasil (NBB) , principal competição do país, o que confirmou de vez sua hegemonia no cenário nacional. O time da “capital do basquete”, como é conhecida a cidade paulista no meio esportivo, conquistou o título jogando em casa contra o Minas Tênis Clube por 86 x 73.

Franca liderava a série por 2x1, e teve a oportunidade de fechá-la no Pedrocão, seu ginásio. O jogo foi marcado por algumas trocas no placar, porém, um último quarto dominante vencido por 21 x 4 pelos mandantes decidiu a partida. O americano David Jackson foi o destaque do elenco com 15 pontos e um arremesso decisivo com poucos minutos para o fim. Além disso, o ala Didi foi eleito o MVP das finais.

Jogadores comemorando no ginásio
Comemoração do título em quadra. Foto: João Pires/ LNB.

Helinho Garcia, técnico do time, comemorou o tetra: “É talvez uma das maiores alegrias da minha vida. Não tenho palavras para descrever tudo o que nós vivenciamos nesse tetracampeonato”, também declarou que a equipe poderia ter desistido depois de uma temporada com diversas lesões que atrapalharam o planejamento e ressaltou os valores e disciplina do plantel.

O comandante fez uma homenagem a duas figuras históricas do basquete francano: Pedro Morilla Fuentes, o Pedroca, precursor do basquete na cidade, além de ter sido o primeiro treinador da equipe e Hélio Rubens, seu pai, vitorioso como jogador e técnico em Franca. “O nosso maior desafio, do técnico, dos jogadores, é não abrir mão dos valores que temos como grupo. Isso foi um legado que eu recebi do meu pai e do Pedroca, que leva o nome desse ginásio”, afirma Helinho.

Técnico tirando foto com a taça
Helinho no media day da conquista. Foto: João Pires/ LNB.

É a primeira vez que o time do interior paulista é quatro vezes campeão de forma consecutiva. Nos anos 1990, quando o torneio nacional era organizado pela Confederação Brasileira de Basquete (CBB) , os francanos chegaram a conquistar um tricampeonato seguido (1997,1998,1999) mas não conseguiram o tetra. Agora, a torcida comemora mais um feito na história do clube.

Apesar do sucesso recente, a tradicional equipe do interior ficou próxima de fechar as portas em 2015, com dívidas e a falta de patrocinadores fortes. A paixão pelo clube, no entanto, não permitiu o encerramento das atividades, torcedores fizeram vaquinhas e empresas da cidade se engajaram no projeto para reerguer o basquete, a principal delas foi a Magazine Luíza, que se tornou fundamental para manter o time. O Franca hoje conta com mais de 60 anos ininterruptos no basquete, algo incomum da modalidade no Brasil.

Após alguns anos de sofrimento, as dívidas foram controladas e investimentos aconteceram para fortalecer o elenco. O SESI, um dos principais parceiros do projeto até hoje, também foi essencial para melhorar a estrutura do clube, que hoje é de primeira linha, um marco dessa parceria foi a construção de um CT para o time, que leva o nome de um de seus principais ídolos, Hélio Rubens Garcia.

Jovem Hélio Rubens com Helinho criança
Hélio Rubens como jogador com seu filho Helinho, atual treinador do Franca. Foto: Antônio Lúcio/ Estadão.

A cidade de Franca voltou a se acostumar com títulos e glórias. O munícipio que tem o basquete como principal esporte viu a equipe conquistar diversas taças nos últimos anos, dentre elas, 5 campeonatos paulistas (2018,2019,2020,2022 e 2024), 4 títulos do NBB (2022, 2023, 2024, 2025), 2 Copas Super 8 (2020 e 2023), uma Liga Sul-Americana (2018), uma Basketball Champions League Américas (2023) e mais um título mundial (2023). 

Anúncio foi feito por Dana White, presidente do UFC
por
Caio Moreira
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25/06/2025 - 12h

O lutador americano Jon Bones Jones, de 37 anos e ex-campeão da categoria peso-pesado do Ultimate Fighting Championship (UFC), confirmou sua aposentadoria do Mixed Martial Arts (MMA). Dana White, atual presidente do UFC, anunciou neste sábado (21), em coletiva após o evento da organização. No domingo (22), Bones se pronunciou em suas redes sociais. Ele agradeceu aos fãs pelo apoio, ao UFC e seus organizadores, sua família e aos companheiros de equipe.

O mundo do MMA se chocou com a confirmação da sua aposentadoria, pois o lutador estava prestes a marcar a luta que unificaria o cinturão do peso-pesado com Tom Aspinall, inglês que detinha o cinturão interino da divisão. Dana deixou claro que a luta já estava fechada, com o Madison Square Garden como possível palco da decisão, até o americano mudar os planos. 

jones e dana
Jon Jones e Dana White em entrevista coletiva do UFC 309. Foto: Josh Hedges/Zuffa LLC/Getty Images

Muitos lutadores reagiram à notícia. Anderson Silva, ex-campeão do peso-médio e Hall da Fama do UFC, fez questão de exaltar Jones em suas redes sociais. “Meu irmão, obrigado por todos os momentos mágicos. Seu domínio dentro do cage é inigualável, e isso marca o fim de outra era lendária”. Já Renato Moicano, brasileiro lutador do peso-leve do UFC, teve uma opinião contrária à lenda dos médios. Em seu canal no Youtube, ele esclareceu que o americano manchou sua carreira. “O Jon Jones, foi um monstro na categoria 93kg, mas subiu com adversários escolhidos a dedo. Esperou o Francis Ngannou se aposentar, lutou com o Ciryl Gane, depois lutou com o Stipe Miocic e agora ficou dois anos sentado no cinturão, dizendo que iria lutar”. Moicano reforça sua ideia, mas explica que sua crítica não é sobre o aspecto técnico do ex-campeão, e sim pelo fato dele ter “cozinhado a categoria”. O brasileiro finaliza ressaltando que Jones caiu no doping e isso manchou o legado dele. 

Ao longo do anos, Bones empilhou polêmicas e grandes performances. Sua ascensão iniciou quando venceu Brandon Vera, Vladimir Matyushenko e Ryan Bader antes de receber a chance de enfrentar Mauricio Shogun pelo cinturão do meio-pesado no UFC 128, em março de 2011, após a lesão de Rashad Evans. O americano venceu por nocaute técnico a 2:37 do terceiro round e consagrou o título da categoria meio-pesado. Na sequência desses triunfos, ele  defendeu seu cinturão com sucesso contra Quinton Rampage Jackson, Lyoto Machida, Rashad Evans, Vitor Belfort, Chael Sonnen, Alexander Gustafsson e Glover Teixeira. 

jones
Jon Jones com seu primeiro cinturão. Foto: Al Bello/Zuffa LLC / Getty Images

A primeira grande polêmica dá início com seu maior rival na organização, Daniel Cormier. Durante um evento promocional, os dois fizeram uma encarada que resultou em socos e empurrões, a confusão terminou com Jon sendo punido em U$50 mil, e cumprindo 40 horas de serviço comunitário. As suspensões geraram mais um tumulto na sua carreira, a primeira foi causada após estar envolvido com um acidente onde bateu o carro e fugiu sem prestar assistência a uma mulher grávida, resultando em 6 meses de suspensão. As outras duas suspensões foram motivadas por uso de substâncias não permitidas pela USADA (Agência Antidoping dos Estados Unidos), foram elas clomifeno, letrozol e turinabol.

Campeão em duas divisões diferentes, no meio-pesado e no pesado, Jon Bones Jones encerrou sua carreira como um dos melhores de todos os tempos. Ele se despede com o cartel de 28 vitórias, uma luta sem decisão e nenhuma derrota. O americano é o lutador com mais defesas de cinturão na história (12). Além disso, é o campeão mais jovem do UFC, vencendo o título do meio-pesado em 19 de março de 2011, com 23 anos e 243 dias, quebrando o recorde do brasileiro José Aldo, campeão do peso pena aos 24 anos e 72 dias.




 

Camisas em homenagem a artistas e movimentos viram tendência no mercado mundial
por
Yan Gutterres Ricardi
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25/06/2025 - 12h

 

No dia 11 de Maio, em partida válida pelo Campeonato Espanhol, o Barcelona entrou em campo para o clássico contra o Real Madrid com uma novidade em seu uniforme: ao invés da logo do seu patrocinador, o serviço de streaming de música Spotify, o time espanhol estampou a marca da Cactus Jack, gravadora do rapper americano Travis Scott. A parceria, que também contou com uma linha de roupas e um show intimista para os fãs, fez parte de uma estratégia de colaboração entre o clube e seu patrocinador, divulgando diversos artistas de renome, já que além de Travis, nomes como Rolling Stones, Coldplay, Drake e Rosalía já estamparam o uniforme da equipe, cada um trazendo sua identidade para o esporte.

 

Raphinha, atacante brasileiro do Barcelona, comemorando gol com os braços levantados
Raphinha, atacante brasileiro do Barcelona, comemorando gol contra o Real Madrid; na camisa, patrocínio da Cactus Jack. Foto: Albert Gea/Reuters

 

Essa, porém, não foi a primeira vez que o futebol e a música se encontraram por meio dos uniformes. Ao longo dos últimos anos, diversos clubes ao redor do mundo lançaram camisas em homenagem a artistas e a movimentos culturais, como forma de celebrar raízes, e fortalecer laços com sua comunidade. Marcelo Coleto, produtor de conteúdo e colecionador de camisas, relata como essas ações ajudam a fortalecer esse vínculo e contribuem para a chegada de um novo público: “Essa mistura estampada nas camisas, atrelado ao uso no bom sentido da moda, atrai novos públicos, bem como torna essa ligação ainda mais crível. O fã de música quer ter a camisa por causa do artista e o torcedor por se identificar com o time que torce”

No Brasil, esses lançamentos vêm se tornando cada vez mais comuns. Em 2022, o Santos lançou uma coleção em homenagem à banda Charlie Brown Jr, que ganhou o Brasil após fazer sucesso na cidade, especialmente nos anos 1990 e 2000. Chorão, que morreu em 2013 e era vocalista da banda, era santista declarado. O músico, inclusive, estrelou um show na Vila Belmiro em 2010, durante apresentação do atacante Robinho, que chegou de helicóptero ao lado de Pelé. A linha contava com camisas parecidas com o uniforme 1 do Santos, branco, além de casacos e regatas. Quase todas as peças tinham a marca do Charlie Brown Jr. estampada no espaço principal do uniforme, como um patrocinador master.

 

Coleção de camisas do Santos em homenagem ao Charlie Brown jr, com camisas em um vestiário
Coleção do Santos em homenagem ao Charlie Brown Jr. Foto: Divulgação

Em 2023, foi a vez do Fluminense lançar uma camisa em homenagem à um notável torcedor. Com as cores verde e rosa, a equipe carioca homenageou o sambista Cartola, ilustre torcedor do clube, além da Estação Primeira de Mangueira, uma das mais tradicionais escolas de samba do Rio de Janeiro, da qual Cartola foi um dos fundadores. A camisa trazia em toda a parte frontal e nas costas a letra completa de “Corra e olhe o céu”, samba clássico do artista em parceria com Dalmo Castello, em 1974. E a fonte escolhida para estampar o poema no uniforme foi inspirada na caligrafia do próprio Cartola.

A relação do sambista com o Fluminense começou ainda na infância. Nascido em 1908, no bairro do Catete, Cartola cresceu frequentando as Laranjeiras com o pai, torcedor fanático do clube, e era espectador assíduo dos treinos do time profissional - que já era tricampeão carioca de 1917/ 18/ 19. Na mesma época em que jogava bola em um terreno próximo ao clube, Cartola precisou se mudar para o Morro da Mangueira, onde mais tarde fundaria a Mangueira e escolheria as cores da escola em homenagem ao clube de coração. Em 1969, já consagrado como artista, foi convidado pelo então presidente tricolor Francisco Laport para um almoço em sua homenagem, com toda a diretoria do Fluminense.

Jogadores posando para divulgação da camisa do Fluminense em homenagem ao sambista Cartola
Uniforme do Fluminense em homenagem ao sambista Cartola e à Mangueira. Foto: Divulgação

 

A moda no exterior

Fora do Brasil, dois rivais da mesma cidade já fizeram homenagens a movimentos culturais. O Manchester United lançou uma coleção inspirada no cenário musical e cultural de Manchester no início dos anos 1990, que ficou conhecido como ‘Madchester’, movimento do rock alternativo e fenômeno cultural que projetou Manchester para o mundo. Uma das influências mais marcantes desse período na cidade foi a banda The Stone Roses, e a peça central da coleção é a camisa Manchester United x Stone Roses Originals Icon, uma homenagem para a capa do álbum de estreia homônimo da banda, lançado em 1989. Para Marcelo, esse tipo de lançamento vem fazendo com que a indústria de uniformes enxergue cada vez mais o torcedor como um consumidor cultural, além do âmbito esportivo apenas: “As marcas esportivas têm trazido cada vez mais conceitos e culturas para as camisas por entender que, além do time ou uma torcida, elas podem representar outros valores. Através de uma camisa de futebol hoje é possível conhecer inúmeros tipos de culturas.” 

Já no lado azul da cidade, o Manchester City lançou no ano passado uma camisa em homenagem a banda Oasis, principal representante do ‘Britpop’, movimento cultural e musical do Reino Unido que surgiu também na década de 1990, visando celebrar a cultura britânica e colocar a música do país de volta no topo das paradas mundiais, em resposta ao grunge e ao rock alternativo norte-americano da época. Batizado de “Definitely City”, em referência ao álbum de estreia da banda inglesa, lançado em 1994, a peça foi criada em colaboração com Noel Gallagher, vocalista e guitarrista da banda, e torcedor fanático do City. A “magia” do lançamento da camisa se dá pelo fato da parceria entre o clube e a banda para comemorar os 30 anos do lançamento do primeiro álbum, mas também por coincidir com o retorno do Oasis aos palcos, após 15 anos de hiato. 

Jogadores do Manchester City e do Manchester United posando para divulgação de camisas
Equipes de Manchester e suas camisas; City com homenagem para o Oasis e o britpop e United relembrando o Madchester e o Stone Roses, banda que inspirou o próprio Oasis. Foto: Divulgação

Esses lançamentos mostram como o futebol está cada vez mais aberto a conexões que vão além das quatro linhas. Seja ao homenagear ídolos, ou ao se unir a grandes nomes da música internacional, os clubes reforçam sua identidade, aproximam-se dos torcedores e ampliam seu alcance cultural, se tornando um símbolo de memória afetiva e expressão artística. Sobre planos futuros, Marcelo comenta: “Pensando em música, tivemos movimentos como a Tropicália que foi significativo em seu tempo, ou a MPB que é atemporal, e até mesmo o sertanejo raiz dos anos 1980 e 90 são estilos que poderiam ser temas de camisas e coleções dos times. Acho que uma outra vertente, por exemplo, poderia ser a parceria entre times e marcas esportivas com eventos nascidos no Brasil. Pensando na recente parceria entre Adidas e Glastonbury [festival de música realizado na Inglaterra]. Por que não algo pensado entre uma marca esportiva e o Rock In Rio?”

Uma breve análise do desempenho dos atletas estreantes da F1 2025
por
Felipe Achoa
Anderson Santos
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25/06/2025 - 12h

Este ano trouxe novos ares para a principal divisão automobilística do planeta até agora. Com seis novos rookies (calouros) que têm chamado atenção nas pistas em meio a resultados expressivos, entre desempenhos deslumbrantes e algumas decepções, a categoria parece respirar com lampejos de renovação. 

A conquista do terceiro lugar de Andrea Kimi Antonelli na última edição do GP do Canadá, o que o coloca como terceiro atleta mais jovem da história a atingir um pódio de F1, reacendeu a discussão à respeito do desempenho dos atletas estreantes, principalmente com o meio da temporada se aproximando.

A Fórmula 1 de 2025 já ficou marcada como a sessão de novatos. Nunca antes na história recente, tantos pilotos juntos estrearam na categoria, em especial pelas características da modalidade em si; até o ano corrente são 20 assentos com rotatividade baixíssima e que partem do pressuposto de que não existe rebaixamento, nem de equipes, nem de pilotos. Esta é uma divisão esportiva de acessibilidade reduzida. 

Dentro do intervalo de 2020 - 2024, de todos os atletas que estrearam na categoria, apenas o atual líder do campeonato, Oscar Piastri, segue como titular.

Ainda assim, essa nova classe de pilotos que acaba de entrar demonstra um futuro muito promissor, com atletas que, inclusive, já desempenharam bem na Formula 1 como substitutos.

Para iniciar,  o golden boy da Ferrari, Oliver Bearman. O piloto britânico se destacou ao demonstrar grande talento durante o início da temporada da Formula 2 no ano de 2023.

Com batalhas incríveis contra o “tubarãozinho” Enzo Fittipaldi e o campeão da temporada, Theo Pourchair, Bearman garantiu seu futuro na equipe rossonera, encerrando o ano com 5 pódios. 

Apesar do pouco destaque na sua segunda passagem pela F2, o destino o premiou com duas  oportunidades em que correu na F1, em substituição aos pilotos Carlos Sainz (Ferrari) e Kevin Magnussen (Haas/Ferrari); o jovem entregou muito mais do que as equipes esperavam, com pontos em ambas as rodadas. 

Os resultados relevantes garantiram o acesso expresso à categoria principal na equipe Haas. Mesmo com um carro limitado e uma equipe menor, o britânico tem evoluído bem, demonstra, cada vez mais, confiança e já finalizou dentro da zona de pontuação em quatro corridas, incluindo o GP de abertura, no Azerbaijão.

 

Oliver Bearman em substituição a Carlos Sainz no GP da Arábia Saudita de F1 em 2024  Foto por: David Davies/PA Images
Oliver Bearman em substituição a Carlos Sainz no GP da Arábia Saudita de F1 em 2024 
Foto por: David Davies/PA Images 

 

A nova estrutura da equipe, a “Super” Haas/Toyota Gazoo Racing, que ainda tem como principal parceiro a Ferrari, também tem se mostrado um caminho benéfico para a evolução de Ollie, que precisa de tempo para se adaptar às novas condições de corrida e às diferentes pistas do calendário.

A expectativa no paddock é que com, aproximadamente, dois anos de maturação, o piloto já esteja apto para assumir um possível assento na Escuderia Ferrari.

Dentre os estreantes de melhor desempenho no ano corrente, está Isack Hadjar. O vice campeão da F2 no ano passado chegou a maior categoria automobilística do planeta repleto de contestações. Mesmo com resultados positivos nas categorias de base, a inconstância apresentada pelo jovem gerava dúvidas, não apenas com o público geral, mas entre os principais mandantes da RedBull. 

Ainda assim, com um cartel de opções limitado, Helmut Marko e companhia apostaram no francês que está desempenhando extremamente bem em circuitos mundo afora.

Hadjar é o único entre os estreantes que foi para todos os Q3 (fase final da classificação que contém apenas os 10 mais velozes) e inegavelmente é o que mais tem superado expectativas, uma vez que conta com um carro limitado, tem finalizado melhor que ambos os companheiros que teve até o momento e é o piloto em atuação pela matriz da RedBull em melhor fase, depois de Max Verstappen, o que o coloca na posição de um possível assento na equipe principal em um futuro não tão distante.

Outro que briga pelo título de melhor atleta ingressante em 2025 é Andrea Kimi Antonelli. Estreante pela Mercedes, a pressão por resultados já se tornou vívida desde o início; mesmo com o infortúnio, o bom carro e estrutura fornecidos pela equipe, aliados à performance inacreditável do jovem, têm não só trazido resultados à fabricante, como ao piloto. 

O Italiano, que tem uma passagem muito breve e vitoriosa pelas categorias de base do automobilismo, teve acesso prematuro dado seu enorme talento. 

Antonelli é uma aposta da Mercedes em criar um novo Max Verstappen. Não literalmente, mas criar um novo fenômeno que seria capaz de virar o jogo para a montadora, que não vive as mesmas glórias do passado.
 

Andrea Kimi Antonelli no GP da Itália de F1 em 2024  Foto por: Bryn Lennon - Formula 1
Andrea Kimi Antonelli no GP da Itália de F1 em 2024 
Foto por: Bryn Lennon - Formula 1

 
A aposta tem se provado um acerto, uma vez que Kimi tem conseguido posições expressivas em pistas importantes, pontos constantes e, recentemente, no Grande Prêmio do Canadá, se tornou o terceiro atleta mais jovem da história a conquistar uma das três primeiras posições em um circuito de Formula 1. A expectativa é alta para o futuro do emiliano-romagnolo e a Mercedes espera que o jovem traga muito sucesso à equipe.

Membro da academia de pilotos da Red Bull desde 2019, Liam Lawson foi promovido à equipe no começo deste ano, substituindo Sergio Pérez.

O piloto neozelandês competiu em seis etapas do campeonato do ano passado pela equipe Racing Bulls, pontuando em duas ocasiões. O seu estilo de pilotagem agressivo e rápida adaptação a categoria impressionaram a direção da Red Bull, principalmente o chefe da equipe, Christian Horner.

Neste ano, Lawson teve muitas dificuldades em adaptar-se ao carro da equipe, que foi projetado para o estilo de pilotagem de Max Verstappen. E após somente duas etapas, onde não conseguiu ter bons desempenhos, foi substituído por Yuki Tsunoda e voltou para a Racing Bulls.

Por outro lado, Jack Doohan foi contratado pela Alpine em agosto do ano passado, após o anúncio da saída de Esteban Ocon para a Haas.

O australiano entrou na academia de pilotos da equipe francesa em fevereiro de 2022, cinco meses após ser vice-campeão da Fórmula 3 do ano anterior.

Depois de uma passagem sólida pela Fórmula 2, mas sem grandes conquistas, Doohan recebeu a oportunidade de realizar seis etapas na Fórmula 1, começando no Grande Prêmio da Austrália, em seu país natal.

Já sabendo que dependia de boas performances para seguir na equipe após receber um ultimato de seu chefe, Flavio Briatore, o piloto não conseguiu adquirir confiança e ter boas performances. 

Depois de abandonar o Grande Prêmio de Miami por conta de um acidente na primeira volta, Doohan foi comunicado por Briatore que seria substituído por Franco Colapinto para a sequência da temporada. Ele segue na Alpine como piloto reserva e de testes.

 

Jack Doohan (esquerda) seguirá como piloto reserva, com a dupla titular: Colapinto e Gasly (Foto: RevistaHG)
Jack Doohan (esquerda) seguirá como piloto reserva, com a dupla titular: Colapinto e Gasly (Foto: RevistaHG)

 

Colapinto, assim como o seu antecessor, correrá seis etapas no segundo carro da Alpine. Após esse período, sua performance será avaliada por Flavio Briatore, que definirá o seu futuro na Fórmula 1.

O argentino fez a sua estreia na Fórmula 1 no ano passado, correndo a segunda metade da temporada pela Williams, onde conseguiu um impressionante oitavo lugar no Grande Prêmio do Azerbaijão.

Mas apesar do ótimo resultado, Franco mostrou sinais de inconsistência na parte final do campeonato, abandonando três das últimas quatro corridas do ano. No entanto, o garoto ainda tem muita experiência a ganhar e também apresentou velocidade, ainda que de forma inconstante, com bons desempenhos e posições próximas à zona de pontuação no ano de 2025.

Por fim, o maior destaque recente das categorias de base, Gabriel Bortoleto fecha o grid dos calouros. Principal destaque da F3 2023, campeão em seu primeiro ano de participação e campeão da F2 logo no ano seguinte, também em sua primeira passagem pela categoria, o brasileiro se provou o grande talento de sua geração e assinou com Stake Kick Sauber.

A equipe, que tem a atual menor estrutura do Grid, vive um processo de reconstrução para em 2026 se tornar Audi F1 Team. 

Com um carro fraco e predominância no fundo do Grid, o time tem sido um bom caminho para que Gabriel conquiste experiência, mas uma experiência difícil para alguém acostumado a vencer.

 Ainda assim, a clara prioridade à Nico Hulkenberg e as falhas estratégicas do time influenciaram no desempenho pouco animador do brasileiro, que ainda não conta com ponto algum.

A jovem promessa tem demonstrado maturidade e é constantemente elogiada pelo time e outros pilotos. O estilo seguro de Bortoleto, aliado à sua velocidade, com ultrapassagens inteligentes, trazem a esperança de futuros pontos para o brasileiro, que tem desempenhado um ótimo trabalho.

 

Gabriel Bortoleto no GP de Miami de F1  Foto por: Chandan Khanna / AFP
Gabriel Bortoleto no GP de Miami de F1 
Foto por: Chandan Khanna / AFP

 

Muito cedo para cravar o futuro de qualquer um, mas um ótimo momento para analisar o desempenho destes jovens, fica evidente que a categoria tem se renovado e novos nomes devem assumir posições do alto escalão da Formula 1 logo.

Organização venceu seu primeiro título na modalidade
por
Pedro Premero
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24/06/2025 - 12h
Jogadores da FURIA levantam a taça após derrotarem a paiN - Foto: LTA Sul/flickr
Jogadores da FURIA levantam a taça após derrotarem a paiN - Foto: LTA Sul/flickr

 

Neste domingo (15) a FURIA se consagrou como a primeira equipe a vencer a LTA Sul, após o fim do CBLOL, com um 3 a 0 em cima da paiN Gaming. Os panteras entraram no cenário de League of Legends em 2020, mas nunca conseguiram alcançar grandes resultados. Depois de cinco anos e muitos projetos que bateram na trave, eles enfim conquistaram o título. Confira mais detalhes da série:

 

Jogo 1 - Virada Furiosa

O early game foi bem movimentado, com um foco da FURIA de jogar pelo lado superior do mapa para abater o Wizer (Sion), deixar o Guigo (Camille) com vantagem e a paiN respondendo a essas jogadas. A partida começou a ganhar forma para os Tradicionais após um bom controle dos objetivos e utilização do Arauto para levar as torres da rota inferior.

Com boas lutas, a paiN se manteve na liderança do jogo, apesar de perder alguns objetivos, alcançando 6k de gold na frente de seus adversários. Porém, aos 36 minutos de partida, Os Panteras deram um pickoff no Wizer, que desencadeou em uma team fight na qual a FURIA saiu vitoriosa. Com apenas uma luta, eles conseguiram virar a partida e abrir o placar da final.

 

Jogo 2 - A um passo da história

A segunda partida da final pareceu um replay da primeira, as duas equipes movimentaram o mapa com muitos abates e disputas de objetivos. O jogo estava muito parelho e era muito difícil definir quem venceria, já que nenhum dos times conseguiu uma vantagem expressiva. 

A partida foi definida em mais uma luta imprevisível, que foi decidida no por Ayu (Senna) atirador da FURIA. Como no jogo anterior, os Panteras precisaram de apenas uma team fight para ganhar e buscar o match point.

 

Jogo 3 - HOJE É DIA DE FURIA

Diferente dos outros dois jogos, a FURIA não deu chances para paiN no terceiro e último jogo da final. Os Panteras dominaram do começo ao fim. Eles puniram bem os tradicionais nas rotas laterais e obtiveram muitos abates por lá. Além disso, a FURIA buscou lutas nos objetivos, respondendo a jogadas da paiN e evitando que eles se recuperassem na partida. Com isso, eles chegaram a uma vantagem de mais de 12k de ouro e foi só questão de tempo para conquistarem seu primeiro troféu na modalidade. 

 

MVP da Final: Guigo

 

Coletiva

Conquistando um título pela segunda vez na carreira, Tutsz contou o sentimento de voltar ao topo do cenário após cinco anos:

“O sentimento é muito bom. É gratificante saber que, se eu estiver trabalhando com as pessoas certas, com a comissão certa, eu consigo ser um dos melhores”

Tutsz foi campeão no 1º split de 2020, em sua primeira temporada da carreira - Foto: LTA Sul/flickr
Tutsz foi campeão no 1º split de 2020, em sua primeira temporada da carreira - Foto: LTA Sul/flickr

 

O midlaner também agradeceu a confiança que a organização deu a ele desde sua chegada:

“Quando eles me contrataram, me trouxeram do Academy (Tier 2). Então desde sempre foi uma relação de confiança muito grande da FURIA comigo e queria agradecer esse laço que foi criado”, finalizou.

 

Glossário

Team fights: Lutas em equipe

TF: Abreviação de team fight

Early game: começo de jogo

MVP: Sigla de Most Valuable Player, que indica o melhor jogador da partida

Ouro: dinheiro do jogo

pickoff: Abater um adversário que está fora de posição

Objetivos: Monstros neutros em que as equipes podem abater para conseguir melhorias, ouro e experiência.

Midlaner: Jogador que atua pela rota do meio

Rotas laterais: rota que estão na extremidade do mapa, o top (rota superior) e bot (rota inferior)

Três equipes brasileiras já estão no Stage 3, enquanto o MIBR sobrevive com vitória histórica
por
Henrique Baptista
João Pedro Lindolfo
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10/06/2025 - 12h

O Counter-Strike brasileiro vive uma fase de afirmação no BLAST.tv Austin Major 2025. Após o avanço histórico da Legacy, foi a vez de FURIA e paiN confirmarem vaga no Stage 3 do campeonato, última etapa suíça antes dos playoffs. Agora, o Brasil tem três representantes garantidos na próxima fase — e um quarto na luta: o MIBR.

A FURIA conquistou a vaga em uma virada emocionante sobre a B8 nesta segunda-feira (9). Depois de perder o primeiro mapa, Mirage, por 13 a 3, a equipe liderada por “FalleN” respondeu com autoridade em Train (13 a 6) e manteve o embalo na decisão. Em Ancient, a FURIA assumiu o controle do jogo ainda no primeiro half e garantiu a vitória por 13 a 7.

Mais cedo, foi a paiN quem cravou presença no Stage 3. Em uma série sólida contra a Lynn Vision, os brasileiros venceram por 2 a 0, com destaque para o desempenho dominante em Dust2 e Nuke. Mesmo com uma breve reação chinesa no segundo tempo do primeiro mapa, a paiN soube recuperar o controle e fechou o duelo com autoridade.

Já a Legacy havia se tornado a primeira equipe brasileira classificada ainda no domingo (8), ao superar a FaZe, do astro s1mple, por 2 a 0. Com boas execuções táticas e sangue frio nos momentos decisivos, os brasileiros fecharam Mirage por 13 a 7 e viraram Dust2 em um apertado 13 a 11, selando a classificação com campanha invicta no Stage 2.

MIBR sobrevive com vitória heroica

Na luta pela sobrevivência, o MIBR venceu a Falcons, uma das favoritas ao título e atual top 4 do ranking mundial, em uma série emocionante e segue vivo no Major. Após começar o Stage 2 com duas derrotas, a equipe brasileira mostrou força mental para virar a série nesta segunda-feira, garantindo a segunda vitória e ficando a um triunfo de avançar ao Stage 3.

A vitória veio de forma heroica: no terceiro mapa da série, o MIBR precisou de três overtimes para superar a Falcons e manter vivo o sonho de seguir no campeonato.

Se por um lado o Brasil brilha, outros nomes se despedem do torneio. A M80, a TYLOO, OG e a Falcons foram eliminadas nesta rodada e se juntam à lista de equipes que já deixaram o Major, como Imperial, Fluxo e Complexity.

O BLAST.tv Austin Major 2025 segue até o dia 22 de junho, nos Estados Unidos, reunindo as 32 melhores equipes de Counter-Strike do mundo. A premiação total do torneio é de US$ 1,25 milhão, cerca de R$ 6,95 milhões.


Glossário Counter-Strike

Mirage / Dust2 / Train / Ancient / Nuke / Inferno: Mapas do jogo, cada um com estilo e táticas diferentes. As equipes se enfrentam neles durante as séries.

Melhor de três mapas (MD3): Formato em que duas equipes disputam até três mapas. Vence quem conquistar dois mapas primeiro.

Troca de lados: Momento em que as equipes mudam de função: quem estava atacando (TR) passa a defender (CT) e vice-versa, geralmente após a metade do mapa.

Rating: Métrica usada para avaliar o desempenho individual dos jogadores. Um rating de 1.00 é considerado mediano; acima disso indica performance acima da média.

Overtime: Prorrogação. Ocorre quando uma partida empata no tempo regulamentar. São disputados rounds extras até que uma equipe abra a vantagem necessária.

Stage: Etapa do campeonato. O Major é dividido em stages com formatos de disputa diferentes (sistema suíço e playoffs)

Armador do Thunder conquista prêmio pela primeira vez na carreira
por
Enrico Peres
|
09/06/2025 - 12h

 

Com o fim da temporada regular de 2024/25 e a continuidade dos Playoffs da National Basketball Association (NBA), as premiações individuais da liga foram anunciadas. O destaque foi para o prêmio de Most Valuable Player, Jogador Mais Valioso em português, que ficou com Shai Gilgeous-Alexander, armador do Oklahoma City Thunder. O canadense desbancou o sérvio Nikola Jokic, do Denver Nuggets, e o grego Giannis Antetokounmpo, do Milwaukee Bucks, para conquistar o prêmio. Confira outros vencedores:

 

Rookie of The Year – Novato do Ano: Stephon Castle 

O armador de 20 anos do San Antonio Spurs conquistou o prêmio de Novato do Ano, desbancando Zaccharie Risacher, do Atlanta Hawks, e Alex Sarr, do Washington Wizards, primeira e segunda escolhas gerais do draft de 2024 após uma boa temporada com 14.7 pontos de média sendo a terceira opção do time, atrás do veterano Chris Paul e do grande prospecto Victor Wembanyama.

O jogador, que foi escolhido como a quarta escolha geral no draft, aumentou seu desempenho ao longo da temporada e, após lesão de Wemby e mau momento de Chris Paul, chegou a ser o protagonista da equipe, mesmo com os Spurs não brigando por Playoffs.  

Na entrega do prêmio, o jogador se juntou com as lendas da franquia David Robinson, Tim Duncan e Wembanyama, que também conquistaram o prêmio pelo time do Texas. 

Duncan, Robinson, e Wemby dando o prêmio de ROTY para Stephon Castle. Foto: Divulgação/X/@KSATMartRom
Duncan, Robinson, e Wemby dando o prêmio de ROTY para Stephon Castle. Foto: Divulgação/X/@KSATMartRom

 

 

Defensive Player of The Year (DPOY) – Defensor do Ano: Evan Mobley 

Sendo, discutivelmente, o prêmio mais aberto para um vencedor até os últimos dias da temporada, o DPOY acabou nas mãos do pivô Evan Mobley, do Cleveland Cavaliers. Desde a lesão de Wembanyama em fevereiro, não se tinha certeza de quem conquistaria o prêmio. A disputa ficou entre o veterano Draymond Green, que chegou a liderar a corrida do prêmio com a arrancada do Golden State Warriors no final da temporada regular, Dyson Daniels, do Atlanta Hawks, e Mobley. A organização decidiu premiar o pivô, que foi um dos protagonistas dos Cavs com médias de 9.3 rebotes e 1.6 tocos, que terminaram a temporada com mais de 60 vitórias. 

 

Evan Mobley segurando o troféu de DPOY. Foto: Divulgação/X/@cavs
Evan Mobley segurando o troféu de DPOY. Foto: Divulgação/X/@cavs

 

 

Most Improved Player – Jogador que Mais Evoluiu: Dyson Daniels 

Com muitas polêmicas, o ala-armador Dyson Daniels, do Atlanta Hawks, foi eleito o jogador que mais evoluiu na temporada. O que gerou discussões foi o jogador do Hawks desbancar Cade Cunningham, que teve uma temporada histórica liderando o Detroit Pistons para os Playoffs, transformando uma franquia que havia perdido 68 jogos na última temporada para uma equipe competitiva.

A comparação de Cade e Daniels e o motivo para o prêmio ter ido para o Guard de Atlanta é a diferente expectativa que os jogadores carregavam quando chegaram na liga. Cunningham foi a primeira escolha geral do draft de 2021 sendo um prospecto altíssimo, a atuação dele nessa temporada foi vista pela liga como apenas seu potencial sendo naturalmente alcançado, não uma evolução inesperada como a de Dyson Daniels, que também brigou pelo título de defensor do ano. 

 

Coach of The Year - Técnico do Ano: Kenny Atkinson 

Em sua primeira temporada como treinador principal de uma equipe, Kenny Atkinson levou o prêmio de melhor técnico da temporada, comandando o Cleveland Cavaliers para 64 vitórias na temporada regular. Kenny já havia se destacado como técnico assistente, com bons trabalhos em Atlanta e em São Francisco com o Warriors, onde foi campeão em 2022. O treinador com o melhor recorde da temporada, Mark Daigneault, do Thunder, não poderia ganhar o prêmio por ter sido eleito melhor técnico na temporada passada. 

 

Clutch Player of The Year – Jogador Mais Decisivo do Ano: Jalen Brunson 

A premiação mais recente da liga, a de jogador mais decisivo do ano, foi conquistada por Jalen Brunson, armador do Knicks. Sendo o jogador que mais fica com a bola no famoso “Clutch Time”, os últimos cinco minutos de um jogo com a diferença sendo de no máximo cinco pontos.  Além disso, Brunson foi o jogador com maior média de pontuação nesse tempo (5.5), com 37 arremessos convertidos e mais de 50% de aproveitamento no arremesso. Os Knicks foram o quinto time com mais vitórias em jogos que alcançaram o “Clutch Time”, com 19 vitórias em 31 jogos. 

 

Six Man of The Year – Sexto Homem do Ano: Payton Prichard 

Com o grande elenco do Boston Celtics, o armador Payton Prichard se consolidou como um grande jogador vindo do banco da franquia para conquistar o prêmio. Especialista na bola tripla, o jogador teve uma evolução progressiva desde que foi selecionado no draft pelo próprio Celtics em 2020, chegando nessa temporada a 14.3 pontos de média, com 40% no perímetro. 

 

Most Valuable Player – Jogador Mais Valioso: Shai Gilgeous-Alexander 

A disputa de MVP deste ano foi, para grande parte da mídia americana, a mais parelha de toda a história da NBA desde a sua modernização. De um lado, Nikola Jokic, pivô do Denver Nuggets que, mesmo conquistando o prêmio três vezes, chegou em seu auge apenas na última temporada, com médias de triplos-duplos e com atuações nunca vistas na história do basquete. Do outro, Shai Gilgeous-Alexander, armador e protagonista do Oklahoma City Thunder, melhor equipe da temporada. 

A discussão sobre quem deveria sair vencedor se manteve por toda a temporada, levantando um debate na mídia e no meio dos próprios jogadores da liga: “Qual a definição de Valioso na NBA?”. Se o mais valioso é ser um jogador que quebra recordes e carrega sua equipe o ano todo, ou ser o melhor jogador do melhor time? Revolucionar a sua posição e se tornar a referência como um pivô deveria jogar na atualidade ou ter uma das temporadas mais dominantes de um armador no século? Shai acabou levando a melhor na temporada regular e, após os dois times se enfrentarem nos Playoffs da conferência oeste, série em que o canadense também conquistou, a NBA anunciou que o jogador havia sido eleito o MVP.

 Shai com o prêmio de MVP. Foto: Divulgação/X/@okcthunder
 Shai com o prêmio de MVP. Foto: Divulgação/X/@okcthunder

 

João Fonseca, Mirra Andreeva, Jakub Mensik… Conheça os principais talentos estreantes em Roland Garros
por
Felipe Achoa
|
09/06/2025 - 12h

Vivemos tempos de renovação no tênis mundial. O fim da era de Nadal, Federer e Djokovic, o último que segue na ativa em claro fim de carreira. Esses talvez sejam os três maiores tenistas de toda a história. O fim dessas estrelas abre caminho para novas brilharem e pouco a pouco, atletas jovens tomam posições do alto escalão do tênis e desbancam gradativamente uma geração de atletas que já passaram do seu auge. Janick Sinner, Carlos Alcaraz, Ben Shelton, Jack Draper são alguns nomes que compõem essa nova geração. 

No entanto, a recente vitória de Jakub Mensik sobre Novak Djokovic na final do Miami Open e seus bons números no Aberto de Madri, também extraindo bons resultados no Roland Garros, evidenciam um fenômeno ainda mais recente que começa a dar seus primeiros e fundamentais passos na melhor categoria de tênis do planeta. 

Novak Djokovic parabeniza Jakub Mensik após ser derrotado pelo jovem por 7-6 (4), 7-6 (4) na final do Miami Open.  Foto por: The Guardian - Rebecca Blackwell/AP
Novak Djokovic parabeniza Jakub Mensik após ser derrotado pelo jovem por 7-6 (4), 7-6 (4) na final do Miami Open. 
Foto por: The Guardian - Rebecca Blackwell/AP


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Neste contexto surge uma supernova geração do tênis. Uma, ainda muito jovem (sub 20), classe de tenistas do mais alto nível que nem sequer atingiram seu auge, mas que já mergulham no top 100 da ATP e da WTA, as duas principais categorias federativas do Tênis mundial, e dão os primeiros lampejos do que poderemos ver no futuro.

Como primeiro destaque desta supernova geração, o já citado, atual campeão do Master 1000 de Miami, Jakub Mensik. O Tcheco, que tem apenas 19 anos, chocou o mundo recentemente ao vencer o maior campeão da história do torneio americano e um dos melhores tenistas de todos os tempos (Novak Djokovic) por dois sets a zero. 

Mesmo sendo ainda muito jovem, Mensik é o tipo de atleta que tem um jogo mental forte, muito difícil de se desestabilizar. O prematuro campeão de Miami também é tecnicamente apurado, tanto no saque quanto no jogo de fundo de quadra, e é capaz de apresentar performances deslumbrantes, especialmente em superfícies mais rápidas, que são os casos de quadras de grama e de quadras duras. Em entrevista à Agemt o ex-tenista profissional  e ex-comentarista do SporTV, Dácio Campos, explica:  “Mensik é um tenista alto, joga fundo, agressivo, tem bons golpes, um ótimo saque, tenista que promete”. 

Por outro lado, na WTA, a russa Mirra Andreeva, com dezessete anos, vem em uma das ascensões mais meteóricas já vistas no esporte e é uma das principais atletas do circuito. Ela tem apresentado boas performances em superfícies de saibro ao longo de 2025, tipo de quadra em que a tenista performa bem e já provou que é uma das favoritas, vencendo a última edição do Iasi Open. 

A jovem, que é considerada uma promessa, já ocupa a posição de número 7 no ranking feminino e prova que novos ares contemplam a modalidade, que vive um processo de renovação. “A evolução do tênis sempre gera uma nova classe, não tem entressafra", comenta Dácio. Andreeva é uma exímia sacadora e tem um dos melhores forehands (golpe executado com a mão dominante) da classe feminina atualmente, além de ser uma atleta muito completa no geral. 

Mirra Andreeva é campeã do Iasi Open 2024. Foto por: Iasi Open Facebook
Mirra Andreeva é campeã do Iasi Open 2024.
Foto por: Iasi Open Facebook

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Muitos especialistas alegam que Mirra representa um fenômeno nunca antes visto na história do esporte feminino, um potencial inédito, tamanho, que nem se torna possível usar alguma referência histórica como critério de comparação.

Ainda na divisão feminina, outra atleta com  destaque é Maya Joint, a australiana vem em crescente exponencial. Ela saiu da posição de número 1371 em 2023, para a 78 em 2025. A garota tem conquistado resultados relevantes em eventos da WTA e é uma das grandes promessas da sua geração.

Já os rankings da ATP contam com duas novas estrelas que conquistam os fãs e propagam uma verdadeira revolução no esporte, Learner Tien e João Fonseca. O americano, que completou 19 anos em dezembro do ano passado, é um atleta extremamente inteligente, técnico e tático. Apesar de não contar com um bom saque, a promessa estadunidense tem uma leitura de jogo excelente, antecipa muitas jogadas e explora os pontos fracos do adversário para consolidar seu estilo de jogo. Hoje ocupa a posição de número 68 na categoria masculina. 

Por fim, o brasileiro João Fonseca é o grande destaque esportivo masculino desta supernova geração do tênis. O carioca é o atual campeão do US Open NextGen, evento que catapultou sua imagem pública e o introduziu às grandes competições. 

Para além de muito completo e técnico, João tem um estilo de jogo absurdamente ofensivo, com um poderoso forehand, que mesmo vindo de um garoto de apenas 18 anos, já é verdadeiramente potente para o top 10 da ATP atual. Ao ser perguntado sobre as principais qualidades que o brasileiro apresenta, Dácio diz com entusiasmo: “Ele tem todas. Ele tem um bom saque, ele tem um belíssima direita, um boa esquerda, voleia bem, antecipa bem as jogadas, ele tem umas ferramentas boas pra jogar, né?”. 

João Fonseca em atuação durante o Rio Open 2023.  Foto de: Exame
João Fonseca em atuação durante o Rio Open 2023. 
Foto de: Exame

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonseca ainda vem em uma ascensão meteórica, com um salto da posição 727 em 2023 para a 57 em 2025, após boas performances no Roland Garros. Como se não bastasse a evolução significativa, o brasileiro também conquistou seu primeiro título na ATP (ATP 250) em Buenos Aires, batendo diversos atletas do top 100. 

Por sinal, o cartel do golden-boy já conta com vitórias sobre personagens importantes do ranking atual, dentre eles, Ugo Humbert (20°), Fran Cerundolo (18°), Navonne (89°), Etcheverry (62°), Andrey Rublev (15°), bem como sobre seu rival histórico, Learner Tien (68°). “O moleque é craque, tem uma boa cabeça, humilde, ou seja, ele tem todas as ferramentas” finaliza Dácio Campos. 

O desempenho de vários desses atletas no Roland Garros, um dos quatro Grand Slams do ano, excederam as expectativas, bem como reacenderam o entusiasmo de fãs e profissionais do tênis. Com o decorrer do tempo, novos atletas e novas gerações vêm a surgir e o esporte se renova. Agora, tudo o que resta é acompanhar atentamente e ver esses fenômenos prematuros se tornando realidade pouco a pouco, contemplar a beleza desse processo e o brilho dessas novas estrelas.
 

Em decisão na França, tenista espanhol bate o número 1 do mundo em uma virada histórica
por
Caio Moreira
|
09/06/2025 - 12h

Neste domingo (8), após cinco horas de um jogo marcante em Paris, Carlos Alcaraz foi bicampeão do torneio de Roland Garros. O espanhol aplicou uma virada inesquecível para cima de Jannik Sinner e a partida entrou para a biblioteca de jogos históricos da competição. Após começar perdendo por 2 a 0, Alcaraz venceu por 3 sets a 2, com parciais de 4/6, 6/7(4-7), 6/4, 7/6(7-3) e 7/6(10-2), conquistando o segundo título consecutivo do Grand Slam francês. 

Além da mágica virada, a partida durou 5 horas e 29 minutos, tornando-se a mais longa da história do torneio, superando o confronto entre Mats Wilander e Guillermo Vilas, em 1982, que chegou a 4 horas e 42 minutos. 

O jogo 

A partida começou com Sinner e o príncipe do saibro disputando ponto a ponto, mostrando grande nível técnico aos fãs. Mas o tenista italiano tomou conta da situação e fechou o primeiro set em 6 a 4. A segunda parcial foi mais emocionante, Alcaraz melhorou na partida e mostrou uma prévia do que viria mais tarde. Perdendo por 5 a 3, o espanhol se recuperou e levou a decisão do segundo set para o tie-break., Jannik se manteve calmo e fechou por 7 a 4, fazendo um 7 a 6 dentro da parcial.

alcaraz
Alcaraz é bicampeão de Rolland Garros, aos 22 anos - Foto: Reuters 

E quando tudo parecia encaminhado para a vitória do italiano, muda-se o enredo da história. Alcaraz “renasce das cinzas” e inicia uma reação histórica. Ele surpreendeu no terceiro set e fez 6 a 4, derrubando a sequência de Sinner, que não tinha perdido nenhum set em Roland Garros até aquele momento. 

Na quarta parcial, a emoção aumentou. O italiano viu a vitória bem próxima quando abriu 5 a 3 sobre o espanhol, só não contava com a genialidade do seu adversário. Alcaraz fechou o set em 7 a 6,  no tie-break impôs um 7 a 3. 

Com o emocional e a torcida ao seu favor, o príncipe do saibro iniciou muito bem a parcial decisiva. Jannik não se entregou e buscou o empate do set, que estava 5 a 3 para seu adversário. A decisão foi para o tie-break, e na melhor forma possível de construir uma virada épica, Carlos Alcaraz fez 10 a 2 em mais um tie-break e conquistou seu segundo Roland Garros. 


 

Tudo o que você precisa saber sobre o torneio que movimenta a Europa
por
Theo Ortiz Fratucci
João Palhares
Nicolas Beneton
|
08/06/2025 - 12h

No dia 14 de Junho, a Copa do Mundo de Clubes da FIFA se iniciará. Em uma produção audiovisual e com entrevista de Henrique Vigliotti, jornalista na Rádio Craque Neto, informamos tudo o que você precisa saber sobre o torneio para acompanhá-lo. Assista agora