O Counter-Strike brasileiro vive uma fase de afirmação no BLAST.tv Austin Major 2025. Após o avanço histórico da Legacy, foi a vez de FURIA e paiN confirmarem vaga no Stage 3 do campeonato, última etapa suíça antes dos playoffs. Agora, o Brasil tem três representantes garantidos na próxima fase — e um quarto na luta: o MIBR.
A FURIA conquistou a vaga em uma virada emocionante sobre a B8 nesta segunda-feira (9). Depois de perder o primeiro mapa, Mirage, por 13 a 3, a equipe liderada por “FalleN” respondeu com autoridade em Train (13 a 6) e manteve o embalo na decisão. Em Ancient, a FURIA assumiu o controle do jogo ainda no primeiro half e garantiu a vitória por 13 a 7.
Mais cedo, foi a paiN quem cravou presença no Stage 3. Em uma série sólida contra a Lynn Vision, os brasileiros venceram por 2 a 0, com destaque para o desempenho dominante em Dust2 e Nuke. Mesmo com uma breve reação chinesa no segundo tempo do primeiro mapa, a paiN soube recuperar o controle e fechou o duelo com autoridade.
Já a Legacy havia se tornado a primeira equipe brasileira classificada ainda no domingo (8), ao superar a FaZe, do astro s1mple, por 2 a 0. Com boas execuções táticas e sangue frio nos momentos decisivos, os brasileiros fecharam Mirage por 13 a 7 e viraram Dust2 em um apertado 13 a 11, selando a classificação com campanha invicta no Stage 2.
MIBR sobrevive com vitória heroica
Na luta pela sobrevivência, o MIBR venceu a Falcons, uma das favoritas ao título e atual top 4 do ranking mundial, em uma série emocionante e segue vivo no Major. Após começar o Stage 2 com duas derrotas, a equipe brasileira mostrou força mental para virar a série nesta segunda-feira, garantindo a segunda vitória e ficando a um triunfo de avançar ao Stage 3.
A vitória veio de forma heroica: no terceiro mapa da série, o MIBR precisou de três overtimes para superar a Falcons e manter vivo o sonho de seguir no campeonato.
Se por um lado o Brasil brilha, outros nomes se despedem do torneio. A M80, a TYLOO, OG e a Falcons foram eliminadas nesta rodada e se juntam à lista de equipes que já deixaram o Major, como Imperial, Fluxo e Complexity.
O BLAST.tv Austin Major 2025 segue até o dia 22 de junho, nos Estados Unidos, reunindo as 32 melhores equipes de Counter-Strike do mundo. A premiação total do torneio é de US$ 1,25 milhão, cerca de R$ 6,95 milhões.
Glossário Counter-Strike
Mirage / Dust2 / Train / Ancient / Nuke / Inferno: Mapas do jogo, cada um com estilo e táticas diferentes. As equipes se enfrentam neles durante as séries.
Melhor de três mapas (MD3): Formato em que duas equipes disputam até três mapas. Vence quem conquistar dois mapas primeiro.
Troca de lados: Momento em que as equipes mudam de função: quem estava atacando (TR) passa a defender (CT) e vice-versa, geralmente após a metade do mapa.
Rating: Métrica usada para avaliar o desempenho individual dos jogadores. Um rating de 1.00 é considerado mediano; acima disso indica performance acima da média.
Overtime: Prorrogação. Ocorre quando uma partida empata no tempo regulamentar. São disputados rounds extras até que uma equipe abra a vantagem necessária.
Stage: Etapa do campeonato. O Major é dividido em stages com formatos de disputa diferentes (sistema suíço e playoffs)
Com o fim da temporada regular de 2024/25 e a continuidade dos Playoffs da National Basketball Association (NBA), as premiações individuais da liga foram anunciadas. O destaque foi para o prêmio de Most Valuable Player, Jogador Mais Valioso em português, que ficou com Shai Gilgeous-Alexander, armador do Oklahoma City Thunder. O canadense desbancou o sérvio Nikola Jokic, do Denver Nuggets, e o grego Giannis Antetokounmpo, do Milwaukee Bucks, para conquistar o prêmio. Confira outros vencedores:
Rookie of The Year – Novato do Ano: Stephon Castle
O armador de 20 anos do San Antonio Spurs conquistou o prêmio de Novato do Ano, desbancando Zaccharie Risacher, do Atlanta Hawks, e Alex Sarr, do Washington Wizards, primeira e segunda escolhas gerais do draft de 2024 após uma boa temporada com 14.7 pontos de média sendo a terceira opção do time, atrás do veterano Chris Paul e do grande prospecto Victor Wembanyama.
O jogador, que foi escolhido como a quarta escolha geral no draft, aumentou seu desempenho ao longo da temporada e, após lesão de Wemby e mau momento de Chris Paul, chegou a ser o protagonista da equipe, mesmo com os Spurs não brigando por Playoffs.
Na entrega do prêmio, o jogador se juntou com as lendas da franquia David Robinson, Tim Duncan e Wembanyama, que também conquistaram o prêmio pelo time do Texas.

Defensive Player of The Year (DPOY) – Defensor do Ano: Evan Mobley
Sendo, discutivelmente, o prêmio mais aberto para um vencedor até os últimos dias da temporada, o DPOY acabou nas mãos do pivô Evan Mobley, do Cleveland Cavaliers. Desde a lesão de Wembanyama em fevereiro, não se tinha certeza de quem conquistaria o prêmio. A disputa ficou entre o veterano Draymond Green, que chegou a liderar a corrida do prêmio com a arrancada do Golden State Warriors no final da temporada regular, Dyson Daniels, do Atlanta Hawks, e Mobley. A organização decidiu premiar o pivô, que foi um dos protagonistas dos Cavs com médias de 9.3 rebotes e 1.6 tocos, que terminaram a temporada com mais de 60 vitórias.

Most Improved Player – Jogador que Mais Evoluiu: Dyson Daniels
Com muitas polêmicas, o ala-armador Dyson Daniels, do Atlanta Hawks, foi eleito o jogador que mais evoluiu na temporada. O que gerou discussões foi o jogador do Hawks desbancar Cade Cunningham, que teve uma temporada histórica liderando o Detroit Pistons para os Playoffs, transformando uma franquia que havia perdido 68 jogos na última temporada para uma equipe competitiva.
A comparação de Cade e Daniels e o motivo para o prêmio ter ido para o Guard de Atlanta é a diferente expectativa que os jogadores carregavam quando chegaram na liga. Cunningham foi a primeira escolha geral do draft de 2021 sendo um prospecto altíssimo, a atuação dele nessa temporada foi vista pela liga como apenas seu potencial sendo naturalmente alcançado, não uma evolução inesperada como a de Dyson Daniels, que também brigou pelo título de defensor do ano.
Coach of The Year - Técnico do Ano: Kenny Atkinson
Em sua primeira temporada como treinador principal de uma equipe, Kenny Atkinson levou o prêmio de melhor técnico da temporada, comandando o Cleveland Cavaliers para 64 vitórias na temporada regular. Kenny já havia se destacado como técnico assistente, com bons trabalhos em Atlanta e em São Francisco com o Warriors, onde foi campeão em 2022. O treinador com o melhor recorde da temporada, Mark Daigneault, do Thunder, não poderia ganhar o prêmio por ter sido eleito melhor técnico na temporada passada.
Clutch Player of The Year – Jogador Mais Decisivo do Ano: Jalen Brunson
A premiação mais recente da liga, a de jogador mais decisivo do ano, foi conquistada por Jalen Brunson, armador do Knicks. Sendo o jogador que mais fica com a bola no famoso “Clutch Time”, os últimos cinco minutos de um jogo com a diferença sendo de no máximo cinco pontos. Além disso, Brunson foi o jogador com maior média de pontuação nesse tempo (5.5), com 37 arremessos convertidos e mais de 50% de aproveitamento no arremesso. Os Knicks foram o quinto time com mais vitórias em jogos que alcançaram o “Clutch Time”, com 19 vitórias em 31 jogos.
Six Man of The Year – Sexto Homem do Ano: Payton Prichard
Com o grande elenco do Boston Celtics, o armador Payton Prichard se consolidou como um grande jogador vindo do banco da franquia para conquistar o prêmio. Especialista na bola tripla, o jogador teve uma evolução progressiva desde que foi selecionado no draft pelo próprio Celtics em 2020, chegando nessa temporada a 14.3 pontos de média, com 40% no perímetro.
Most Valuable Player – Jogador Mais Valioso: Shai Gilgeous-Alexander
A disputa de MVP deste ano foi, para grande parte da mídia americana, a mais parelha de toda a história da NBA desde a sua modernização. De um lado, Nikola Jokic, pivô do Denver Nuggets que, mesmo conquistando o prêmio três vezes, chegou em seu auge apenas na última temporada, com médias de triplos-duplos e com atuações nunca vistas na história do basquete. Do outro, Shai Gilgeous-Alexander, armador e protagonista do Oklahoma City Thunder, melhor equipe da temporada.
A discussão sobre quem deveria sair vencedor se manteve por toda a temporada, levantando um debate na mídia e no meio dos próprios jogadores da liga: “Qual a definição de Valioso na NBA?”. Se o mais valioso é ser um jogador que quebra recordes e carrega sua equipe o ano todo, ou ser o melhor jogador do melhor time? Revolucionar a sua posição e se tornar a referência como um pivô deveria jogar na atualidade ou ter uma das temporadas mais dominantes de um armador no século? Shai acabou levando a melhor na temporada regular e, após os dois times se enfrentarem nos Playoffs da conferência oeste, série em que o canadense também conquistou, a NBA anunciou que o jogador havia sido eleito o MVP.

Vivemos tempos de renovação no tênis mundial. O fim da era de Nadal, Federer e Djokovic, o último que segue na ativa em claro fim de carreira. Esses talvez sejam os três maiores tenistas de toda a história. O fim dessas estrelas abre caminho para novas brilharem e pouco a pouco, atletas jovens tomam posições do alto escalão do tênis e desbancam gradativamente uma geração de atletas que já passaram do seu auge. Janick Sinner, Carlos Alcaraz, Ben Shelton, Jack Draper são alguns nomes que compõem essa nova geração.
No entanto, a recente vitória de Jakub Mensik sobre Novak Djokovic na final do Miami Open e seus bons números no Aberto de Madri, também extraindo bons resultados no Roland Garros, evidenciam um fenômeno ainda mais recente que começa a dar seus primeiros e fundamentais passos na melhor categoria de tênis do planeta.

Foto por: The Guardian - Rebecca Blackwell/AP
Neste contexto surge uma supernova geração do tênis. Uma, ainda muito jovem (sub 20), classe de tenistas do mais alto nível que nem sequer atingiram seu auge, mas que já mergulham no top 100 da ATP e da WTA, as duas principais categorias federativas do Tênis mundial, e dão os primeiros lampejos do que poderemos ver no futuro.
Como primeiro destaque desta supernova geração, o já citado, atual campeão do Master 1000 de Miami, Jakub Mensik. O Tcheco, que tem apenas 19 anos, chocou o mundo recentemente ao vencer o maior campeão da história do torneio americano e um dos melhores tenistas de todos os tempos (Novak Djokovic) por dois sets a zero.
Mesmo sendo ainda muito jovem, Mensik é o tipo de atleta que tem um jogo mental forte, muito difícil de se desestabilizar. O prematuro campeão de Miami também é tecnicamente apurado, tanto no saque quanto no jogo de fundo de quadra, e é capaz de apresentar performances deslumbrantes, especialmente em superfícies mais rápidas, que são os casos de quadras de grama e de quadras duras. Em entrevista à Agemt o ex-tenista profissional e ex-comentarista do SporTV, Dácio Campos, explica: “Mensik é um tenista alto, joga fundo, agressivo, tem bons golpes, um ótimo saque, tenista que promete”.
Por outro lado, na WTA, a russa Mirra Andreeva, com dezessete anos, vem em uma das ascensões mais meteóricas já vistas no esporte e é uma das principais atletas do circuito. Ela tem apresentado boas performances em superfícies de saibro ao longo de 2025, tipo de quadra em que a tenista performa bem e já provou que é uma das favoritas, vencendo a última edição do Iasi Open.
A jovem, que é considerada uma promessa, já ocupa a posição de número 7 no ranking feminino e prova que novos ares contemplam a modalidade, que vive um processo de renovação. “A evolução do tênis sempre gera uma nova classe, não tem entressafra", comenta Dácio. Andreeva é uma exímia sacadora e tem um dos melhores forehands (golpe executado com a mão dominante) da classe feminina atualmente, além de ser uma atleta muito completa no geral.

Foto por: Iasi Open Facebook
Muitos especialistas alegam que Mirra representa um fenômeno nunca antes visto na história do esporte feminino, um potencial inédito, tamanho, que nem se torna possível usar alguma referência histórica como critério de comparação.
Ainda na divisão feminina, outra atleta com destaque é Maya Joint, a australiana vem em crescente exponencial. Ela saiu da posição de número 1371 em 2023, para a 78 em 2025. A garota tem conquistado resultados relevantes em eventos da WTA e é uma das grandes promessas da sua geração.
Já os rankings da ATP contam com duas novas estrelas que conquistam os fãs e propagam uma verdadeira revolução no esporte, Learner Tien e João Fonseca. O americano, que completou 19 anos em dezembro do ano passado, é um atleta extremamente inteligente, técnico e tático. Apesar de não contar com um bom saque, a promessa estadunidense tem uma leitura de jogo excelente, antecipa muitas jogadas e explora os pontos fracos do adversário para consolidar seu estilo de jogo. Hoje ocupa a posição de número 68 na categoria masculina.
Por fim, o brasileiro João Fonseca é o grande destaque esportivo masculino desta supernova geração do tênis. O carioca é o atual campeão do US Open NextGen, evento que catapultou sua imagem pública e o introduziu às grandes competições.
Para além de muito completo e técnico, João tem um estilo de jogo absurdamente ofensivo, com um poderoso forehand, que mesmo vindo de um garoto de apenas 18 anos, já é verdadeiramente potente para o top 10 da ATP atual. Ao ser perguntado sobre as principais qualidades que o brasileiro apresenta, Dácio diz com entusiasmo: “Ele tem todas. Ele tem um bom saque, ele tem um belíssima direita, um boa esquerda, voleia bem, antecipa bem as jogadas, ele tem umas ferramentas boas pra jogar, né?”.

Foto de: Exame
Fonseca ainda vem em uma ascensão meteórica, com um salto da posição 727 em 2023 para a 57 em 2025, após boas performances no Roland Garros. Como se não bastasse a evolução significativa, o brasileiro também conquistou seu primeiro título na ATP (ATP 250) em Buenos Aires, batendo diversos atletas do top 100.
Por sinal, o cartel do golden-boy já conta com vitórias sobre personagens importantes do ranking atual, dentre eles, Ugo Humbert (20°), Fran Cerundolo (18°), Navonne (89°), Etcheverry (62°), Andrey Rublev (15°), bem como sobre seu rival histórico, Learner Tien (68°). “O moleque é craque, tem uma boa cabeça, humilde, ou seja, ele tem todas as ferramentas” finaliza Dácio Campos.
O desempenho de vários desses atletas no Roland Garros, um dos quatro Grand Slams do ano, excederam as expectativas, bem como reacenderam o entusiasmo de fãs e profissionais do tênis. Com o decorrer do tempo, novos atletas e novas gerações vêm a surgir e o esporte se renova. Agora, tudo o que resta é acompanhar atentamente e ver esses fenômenos prematuros se tornando realidade pouco a pouco, contemplar a beleza desse processo e o brilho dessas novas estrelas.
Neste domingo (8), após cinco horas de um jogo marcante em Paris, Carlos Alcaraz foi bicampeão do torneio de Roland Garros. O espanhol aplicou uma virada inesquecível para cima de Jannik Sinner e a partida entrou para a biblioteca de jogos históricos da competição. Após começar perdendo por 2 a 0, Alcaraz venceu por 3 sets a 2, com parciais de 4/6, 6/7(4-7), 6/4, 7/6(7-3) e 7/6(10-2), conquistando o segundo título consecutivo do Grand Slam francês.
Além da mágica virada, a partida durou 5 horas e 29 minutos, tornando-se a mais longa da história do torneio, superando o confronto entre Mats Wilander e Guillermo Vilas, em 1982, que chegou a 4 horas e 42 minutos.
O jogo
A partida começou com Sinner e o príncipe do saibro disputando ponto a ponto, mostrando grande nível técnico aos fãs. Mas o tenista italiano tomou conta da situação e fechou o primeiro set em 6 a 4. A segunda parcial foi mais emocionante, Alcaraz melhorou na partida e mostrou uma prévia do que viria mais tarde. Perdendo por 5 a 3, o espanhol se recuperou e levou a decisão do segundo set para o tie-break., Jannik se manteve calmo e fechou por 7 a 4, fazendo um 7 a 6 dentro da parcial.

E quando tudo parecia encaminhado para a vitória do italiano, muda-se o enredo da história. Alcaraz “renasce das cinzas” e inicia uma reação histórica. Ele surpreendeu no terceiro set e fez 6 a 4, derrubando a sequência de Sinner, que não tinha perdido nenhum set em Roland Garros até aquele momento.
Na quarta parcial, a emoção aumentou. O italiano viu a vitória bem próxima quando abriu 5 a 3 sobre o espanhol, só não contava com a genialidade do seu adversário. Alcaraz fechou o set em 7 a 6, no tie-break impôs um 7 a 3.
Com o emocional e a torcida ao seu favor, o príncipe do saibro iniciou muito bem a parcial decisiva. Jannik não se entregou e buscou o empate do set, que estava 5 a 3 para seu adversário. A decisão foi para o tie-break, e na melhor forma possível de construir uma virada épica, Carlos Alcaraz fez 10 a 2 em mais um tie-break e conquistou seu segundo Roland Garros.
No dia 14 de Junho, a Copa do Mundo de Clubes da FIFA se iniciará. Em uma produção audiovisual e com entrevista de Henrique Vigliotti, jornalista na Rádio Craque Neto, informamos tudo o que você precisa saber sobre o torneio para acompanhá-lo. Assista agora