A tecnologia da nuvem inclui o fornecimento de serviços de inteligência aos servidores, armazenamento, análises e bancos de dados, rede e software, tudo isso pela Internet para oferecer inovações mais rápidas. O engenheiro de dados da marca esportiva Nike, Thiago Corrêa, afirma que através dessa tecnologia se otimiza os custos e o tempo da sua empresa, estresse, além do dinheiro e mão de obra.
As grandes empresas de tecnologia Google, Microsoft e Amazon são fornecedoras do sistema de computação em nuvem. Com o uso diário da internet, hospedar documentos tornou-se algo benéfico tanto para a segurança — armazenando seus dados com a proteção da Lei Geral de Proteção — quanto para o transporte de informações. Ao contratar, as empresas deixam de arcar com mão de obra especializada e grandes servidores para armazenar, a Nuvem é elástica e fornece a quantidade adequada de recursos de Tecnologia da Informação, sempre que necessário.
Utilizado pela primeira vez no ano de 1997, o termo "computação na nuvem" foi adotado pelo professor de sistemas de informação Ramanath Chellappa, da Goizueta Business School. Em palestra, Chellappa se apropriou do termo por inspiração do símbolo da "nuvem" para representar algo que está "no ar", assim como a internet. Desde então, "a gente começou a virtualizar a própria infraestrutura" como pontuado por Corrêa. Tornou-se cada vez mais comum o uso da inteligência não só para cientistas da computação ou profissionais de TI (Tecnologia da Informação) mas também para o público geral.
Revigorada há pouco tempo no Brasil, a sanção da Lei Geral de Proteção de Dados, também conhecida como LGPD, traz para as empresas a obrigatoriedade de informar a finalidade da coleta (de dados) aos titulares.
Thiago Corrêa, engenheiro de dados/ acervo pessoal
A lei se aplica à tecnologia da Computação na Nuvem, já que sua principal função é o armazenamento de referências para as empresas. O engenheiro sinaliza que, quando um analista recebe a pesquisa, ele não tem acesso ao CPF do usuário, por exemplo. E acrescenta, "como sou o engenheiro de dados, ao ver esse tipo de informação (pessoal), preciso mascarar para que a empresa esteja dentro do combinado com a LGPD".
Com a fiscalização mais atenta através da LGPD, o cotidiano individual é facilitado, já que é informado ao usuário onde, porquê e para quem seus dados estão sendo coletados. Para as grandes corporações, a Nuvem fez com que muitos gastos fossem evitados, por não haver necessidade do uso de máquinas com servidores. O engenheiro explica que, "quando a gente fala de empresas, o serviço em nuvem é um benefício porque elas não vão ter aquela dor de cabeça de custos e perda de tempo que tinham antes."
O engenheiro aponta um diferencial positivo sobre o uso da tecnologia, explicando que o principal data center — o centro de processamento de dados — do Google fica na Finlândia e, a energia consumida é totalmente ecológica. Ainda pontua como sendo um benefício ambiental, "a computação em nuvem fornece não só diferencial para si mesmo, como para a natureza".
Migrar para o serviço de computação na nuvem é o começo da maior presença da tecnologia nas nossas vidas cotidianas. As empresas de grande porte abordam a inteligência como uma jornada de melhoria constante. De acordo com a Accenture Technology, em pesquisa realizada com mais de 4.000 respondentes, revelaram que o deslocamento para a nuvem entrega resultados positivos: quase 3/4 das empresas consultadas relataram cortes de custo de até 11% e puderam acelerar a carga de trabalho em resposta à pandemia, fornecendo melhor qualidade, segurança dos dados, e suporte aos profissionais da área.
A tecnologia chegou para facilitar diversos setores, "você não precisa mais ser especialista em configurações de equipamento" diz Corrêa, "muito mais fácil, ir no terminal da servidora e clicar (...) facilita, para todos, incluindo o especialista de TI." complementa. A inteligência de Computação na Nuvem, não é um mecanismo restrito aos servidores da área, e sim, para todos que fazem uso da internet seja para trabalho, estudo ou armazenamento de informações comuns.
Por Isabela Lago Miranda
Oxigenação por membrana extracorpórea, ou ECMO, é uma técnica que utiliza dispositivos mecânicos para dar suporte respiratório para um paciente, utilizados em casos de gravidade como uma forma de proporcionar tempo até que se estabeleça um tratamento ou um transplante de órgãos. Em casos graves da doença que não responderam bem à ventilação mecânica, ECMO foi utilizada no tratamento da Covid-19 em centros especializados com equipe multifuncional com treinamento específico. A tecnologia passou a ser conhecida pela população geral após ser utilizada pelo ator e comediante Paulo Gustavo quando foi internado pelo corona vírus, gerando comoção nacional, que não compreendia na época do que se tratava.
O processo se dá com a retirada do sangue através de uma veia para uma bomba e por uma membrana artificial que faz a função do pulmão, essa técnica ajuda a retirar o gás carbônico e oxigenar o sangue, que é devolvido para o organismo. “Tem como finalidade o repouso do pulmão afetado pelo covid até que se consiga tratar a doença e, com a melhora dos sintomas, vai se reduzindo a necessidade da ECMO até sua retirada final” explica Daniela Cristina, fisioterapeuta respiratória do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo.
Embora aumente as chances de sobrevida, a ECMO também oferece risco aos pacientes, como hemorragia, infecção, embolia pulmonar e acidente vascular cerebral; além disso, é custosa, por isso não é incorporada ao SUS por ordem da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema de Saúde (CONITEC). Mesmo assim, a CONITEC estima que 1 a 1,2% dos pacientes com Síndrome de Angústia Respiratória Aguda (SARA) pela covid-19 refratários ao tratamento convencional se beneficiariam da ECMO enquanto os outros 99% necessitariam de ventilação mecânica.
“Já usávamos ECMO no tratamento de pacientes com SARA e após o início da pandemia foi incorporado ao tratamento de pacientes de Covid19. Antes tínhamos poucos pacientes utilizando, mas a pandemia fez com que a máquina fosse mais usada e mais profissionais tenham que ser treinados para usar ela”. Daniela considera que há significantes benefícios para o uso dessa tecnologia, “A expectativa de vida, ou sobrevida, aumentou, tornando possível o tratamento até o final do Covid19, a recuperação total e a alta hospitalar”.
Por Ana Luiza Bessa
Há quase dois anos, a população lida com o medo da infecção pela Covid-19 e o impacto do distanciamento social na saúde mental. De acordo com o Mapa Brasileiro da Covid do portal Inloco, o Brasil chegou a ter 60% da população em isolamento social até abril do ano passado, sendo um dos maiores números registrados no País.
A distância e a necessária limitação social, principalmente no período pré-vacina, foram amenizadas por ferramentas tecnológicas disponíveis na Internet. Apesar de não serem exclusividades dos tempos atuais, recursos como as chamadas de vídeo se tornaram os principais meios de comunicação durante a pandemia, abrangendo desde os mais idosos até os mais jovens.
“Eu acho que nós estamos vivendo um momento muito difícil. Mas não só nós que estamos aqui. A saudade é grande, mas precisamos entender que tudo tem limites”. É o que diz Maria Inês*, paciente da casa de repouso Jardins de Hérmom, na Zona Sul de São Paulo. De acordo com o portal de assistência social do governo federal, mais de 88 idosos vivem em casas de repouso. Devido à saudade dos familiares, proibidos de realizarem visitas por conta da quarentena, a saúde mental desses pacientes - que já vivem isolados - começou a ser uma preocupação entre os especialistas.
“Hoje em dia, para suprir a falta dos familiares e fazer com que não haja uma brusca alteração na saúde mental dos pacientes, começamos a fazer mais festas para haver distração. Com músicas e com videochamadas, os familiares participam junto com a gente”, afirmou a enfermeira geriátrica Erika Machado em entrevista concedida para esta reportagem. Além das sessões com psicólogos e fisioterapeutas, a tecnologia foi essencial para reduzir a distância e a saudade entre familiares e pacientes e cuidar da saúde mental dos idosos.
O Projeto Doa Tempo, criado pela psicóloga Arielle Sagrillo, é outra iniciativa que usa a tecnologia para auxiliar no tratamento da saúde mental dos idosos. A plataforma permite que voluntários de todo o país possam doar seu tempo conversando com pacientes de casas de repouso através de videochamadas. Além do bate-papo, através do projeto é possível recitar poesia, contar histórias, tocar músicas e até dançar.
Mas não é só nas casas de repouso que as chamadas em vídeo são utilizadas pelos idosos. De acordo com um levantamento feito pela Integrar Gerações com 459 pessoas com mais de 50 anos, a participação de idosos em aulas on-line subiu de 22% para 53% na crise. Pós-pandemia, 45% dos entrevistados disseram que seguirão realizando as atividades de forma virtual.
No mundo universitário, jovens e adultos também têm utilizado os aplicativos de reuniões online para terem aulas à distância e apresentar seus trabalhos de conclusão de curso (TCC).
“Apesar de não ser o formato ideal para a apresentação de um trabalho tão importante e não ser acessível para toda a população, as videochamadas estão supriram as necessidades de garantir que os estudantes possam se formar mesmo em um momento tão complicado”, afirma o estudante de jornalismo da PUC-SP, Ulisses Lopresti.
A empresa Microsoft, dona da plataforma Microsoft Teams, registrou em um mês um aumento de 70% de usuários. Em março de 2020, no início da pandemia, as ações do aplicativo de videoconferência Zoom Video Communications passaram de US$ 120 para US$ 150 dólares, e a empresa chegou a atingir 200 milhões de usuários diários.
Segundo Eric Yuan, presidente do Zoom, o serviço foi usado por 90 mil escolas em 20 países diferentes. Porém, nem todos os alunos tiveram acesso às aulas online no Brasil, que foram impostas antes do país atingir um patamar de vacinação necessário para que as atividades presenciais voltassem com segurança.
De acordo com a pesquisa TIC Educação de 2019, apenas 16% dos alunos de escolas públicas e privadas declararam já ter participado de cursos online e somente 24% já haviam realizado simulados ou provas, o que pode indicar dificuldades no ambiente virtual de aprendizagem.
“No ensino à distância, o que eu mais senti de diferente foi que os professores, mesmo nos finais de semana, continuaram passando lição de casa. Se fosse na escola (presencial) não seria assim, pois eles têm outras formas de avaliar os alunos”, afirmou Sophia Pasternack, aluna do ensino médio na rede pública de São Paulo.
A estudante também indicou outras dificuldades na adaptação no ambiente virtual: “Não acompanhei as aulas online. Meus irmãos mais novos também estavam em casa. Na minha casa não tem condições de acompanhar todas as aulas”.
Mais um problema do Ensino à Distância pelas chamadas em vídeo é a desigualdade no acesso, situação notável entre escolas públicas e particulares. Ainda de acordo com a pesquisa da TIC Educação, 39% dos estudantes de escolas públicas urbanas não possuem computador ou tablets em casa. Já entre estudantes de particulares, o índice chega a somente 9%.
Professores também sofreram com a falta de preparo prévio para a inserção no mundo digital: 53% dos entrevistados pela pesquisa disseram que a ausência de curso específico para o uso do computador e da Internet nas aulas dificulta muito o trabalho e para 26%, dificulta um pouco. A soma entre os docentes que indicaram alguma dificuldade chega a 79% dos entrevistados.
Alice de Oliveira, diretora da escola estadual Isaltino de Mello, afirmou que o maior desafio foi incluir toda a comunidade escolar:
“A gente percebe que é muito desigual o acesso dos professores e o nível de conhecimento na área de informática. Nunca tivemos uma informação sistematizada para acesso às ferramentas digitais. Temos problemas de falta de equipamentos, Internet... conseguimos incluir todos (professores) mas foi longe do ideal”, explica a docente.
A diretora também detalhou a situação dos alunos da escola durante o período de aulas online: “Sobre os alunos, estamos nessa luta pelo acesso e inclusão digital desde que as aulas retornaram. Não conseguimos incluir todos os alunos. Temos alunos que não tem celular, Internet, que perderam a possibilidade de pagar um plano de Internet por conta da crise. É muito desigual também”, finaliza.
Por Ana Luiza Bessa
O Brasil está nos holofotes por conta do desmatamento de regiões florestais e de reservas ambientais há décadas. Nos últimos anos, o País tem batido recordes no número de queimadas ilegais e destruição do meio ambiente, principalmente no que diz respeito à Amazônia e ao Pantanal.
De acordo com o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisa e Espaciais), por exemplo, até o ano passado foram desmatados 24.915 km² do Pantanal, correspondente a 16,5% do bioma. O número é equivalente a pouco mais de quatro vezes a área total de Brasília. Os índices de poluição nunca estiveram tão altos, na margem de 3.300%, o que prejudica não só a vida do bioma, mas também a dos moradores que vivem ao redor.
Esses dados foram resultado de um dos eventos mais alarmantes causados por queimadas ilegais. Em outubro de 2020 o pantanal ficou por mais de 14 dias em chamas e há muitos motivos que ocasionaram a tragédia. Em 2020 houve uma enorme redução na umidade do ar e do solo da região, por isso o fogo se alastrou de forma muito intensa. Para acrescentar, o Pantanal é alvo de uma agropecuária extensiva, o que prejudica muito e deixa-o excessivamente seco.
O Ministério Público do Mato Grosso do Sul realizou um levantamento indicando que 40% do desmatamento no Pantanal brasileiro aconteceu de forma ilegal. De acordo com a legislação brasileira, há algumas áreas especificas que há permissão para desmatar. A lei é exercida a partir do Decreto 14.273, que estabelece um regramento florestal para que haja a preservação do ecossistema pantaneiro na região.
O decreto em questão determina que 50% da área das propriedades com vegetação arbórea e 40% de campo nativo sejam preservados, facultando aos proprietários rurais a venda ou permuta de áreas para suprir reservas legais inexistentes em propriedades de outras regiões, desde que sejam do mesmo bioma. Por mais que exista a regulamentação, o desmatamento ilegal ainda é muito frequente.
Com mestrado especializado em Geografia da Natureza, Maria Alice Oliva, explica o preocupante cenário das queimadas excessivas: “As queimadas resultam em uma perda de solo muito grande, muitos não fazem um manejo adequado do solo, e a parte perdida é a mais fértil, a superficial. O desmatamento provoca uma catástrofe ambiental, pois o solo exposto fica à mercê da chuva intensa e do calor intenso, então além da perda do solo se tem uma degradação do solo grande e rápida.”.
Com o intuito de conter o desmatamento ilegal, existe a fiscalização desses locais, que por sua vez não são eficientes. A fiscalização ambiental é um poder e dever do Estado, que tem como objetivo cumprir sua missão institucional de controle da poluição, dos recursos hídricos, florestais e detectar crimes ambientais.
Os avanços tecnológicos podem ser os principais aliados para o combate do desmatamento ilegal e na fiscalização dessas regiões. Com a ajuda dos mapas de satélite, por exemplo, é possível detectar imagens com nitidez que aproxima o ambiente a uma distância de meio metro e permite que se compare a cobertura vegetal de uma área com registros anteriores. Só em 2020 constatou-se 2.214,31 hectares de desmatamento ilegal por imagens de satélite.
Outro investimento tecnológico são os detectores de fumaça, que têm como objetivo criar sistemas que antecipem a detecção do fogo que estão em estágios iniciais. Há sensores capazes de identificar focos de fumaça, temperatura ambiente e umidade do solo. Eles realizarão a prevenção e o controle emitindo um alerta por mensagens aos órgãos competentes. O intuito é monitorar em tempo real as áreas de proteção ambiental contra queimadas.
Gerson Noberto é responsável pela inteligência de negócios da plataforma ARGOS, que trabalha com sensores que monitoram temperaturas, umidade, vibração, ruídos, para que seja feito uma análise comportamental de animais. Ele diz que esse formato antigo de gerenciar a natureza já mudou e que não é preciso ficar à mercê de um único satélite, pois estão investidos em recursos de drones (que transmitem imagens ao vivo) e recursos de inteligência artificial (que processam análises).
Embora haja uma série de opções tecnológicas de monitoramento ambiental é preciso que os órgãos de estudo estejam abertos a esta tecnologia. Caso contrário, a persistência em um formato mais caro e menos eficiente continuará e os problemas ambientais não serão solucionados com sucesso.
Em 2020 a tecnologia chegou no Brasil devido a série de problemas ambientais, com a intenção de baratear o custo das operações e para viabilizar uma variedade muito grande de análises que podem ser feitas de forma objetiva. Há muitos pesquisadores espalhados pelo país para compartilhar dados e buscar por melhorias no setor ecológico.
No que diz respeito a recuperação da natureza, os avanços tecnológicos podem ser muito efetivos. Com base nesses sistemas é possível verificar se para a regeneração do bioma é necessário que levem alguns animais de volta, os quais muitas vezes foram resgatados em condições trágicas. Para que essa adaptação seja feita é preciso que os órgãos estejam antenados nas inovações dos equipamentos.
Para Gerson, é preciso entrar em um estado de equidade com a natureza em que ambos consigam consumir o necessário para viver e não usar mais do que necessário, para tentar reerguer o equilíbrio ecológico.
Um exemplo deste formato de equilíbrio é o Japão. Há alguns anos a quantidade de jovens do país vem diminuindo, a partir desta realidade o governo conseguiu fazer uma reforma e estimulou a reprodução da população de forma responsável. Os japoneses consomem menos do que a natureza produz, desta forma eles vão se sustentar por muito mais tempo.
Investimentos em tecnologias para conter o desmatamento e a preservar biomas sãos de extrema importância e urgência, pois os equipamentos já se mostraram úteis, fazem parte de uma série de investigações sobre crimes ambientais e são mais eficientes do que apenas a fiscalização humana.
Por Isabela Lago Miranda
Caracterizada pelo medo extremo de interações sociais como falar em público ou sair com pessoas novas, a fobia "sócia" faz com que a pessoa sinta medo extremo de se colocar em evidência. Uma das formas de suas formas de tratamento é a terapia de exposição, que é parte da terapia cognitiva comportamental. Dificultada pelo fato de que a ansiedade de fóbicos sociais pode dificultar a exposição ao vivo de situações como as descritas. Como alternativa, o uso da tecnologia de realidade virtual (ou RV) possibilita a exposição do paciente ao cenário de uma forma controlada.
“Se expor com a imaginação do paciente não tem a mesma fixação e exposição ao vivo é dificultada pois o fóbico social foge dessas situações, então a realidade virtual vem como um método muito efetivo”, afirma Cristiane Gerbara, psicóloga clínica com abordagem cognitivo-comportamental e idealizadora do aplicativo SocialUP3D. O app é utilizado junto de um óculos de RV com o objetivo de garantir a imersão e interação de seu usuário com a simulação exibida junto de acompanhamento profissional. Possui seis cenas no total, situações como ser observado na rua e entrar numa festa, todas com personagens reais e não animações, uma inovação do trabalho de Gerbara.
“A gente pega essas situações em que o paciente tem fobia social e gradualmente ele vai se expondo por um tempo prolongado. Repete, repete, repete, vai diminuindo a ansiedade e aí depois vai para uma próxima e assim vai”. O site que abriga a tecnologia apresenta o dado de que a média de redução de ansiedade após o tratamento é de 72,5%. Sobre a popularização do uso da tecnologia para esse tratamento Cristiane afirma: “os efeitos são os mesmos do da terapia de exposição tradicionais, mas se por ser RV aumentar a adesão por ser algo diferente, seria interessante”.
De acordo com o Congresso Brasileiro de Psiquiatria, 26 milhões de brasileiros sofrem de fobia social- que dificulta seu sucesso acadêmico e interações sociais. Por esse motivo a profissional frisa a importância de que se ensine sobre psicologia para que a fobia social possa ser notada e tratada mais cedo.