A Inteligência Artificial é uma das tecnologias mais comentadas hoje em dia, principalmente em relação aos seus riscos e vantagens para a sociedade. Quando se trata de publicidade, a IA já está mais que confortável nesse meio e através de todas as suas ferramentas, conseguiu se tornar mais atrativa para os profissionais da área. Mas, mesmo que seja uma boa opção facilitadora, muito ainda se discute sobre o que pode ou não ser produzido por ela e quais os seus limites.
A IA surgiu como um ramo da ciência da computação, que a partir de algoritmos e análise de dados tenta simular a inteligência humana. Ela avançou muito desde que seu uso começou a ser frequente, conseguindo aperfeiçoar as tarefas e ser cada vez mais autônoma. Na publicidade, ela é muito utilizada na forma dos chatbots, por exemplo, que são os “robôs” que simulam uma pessoa real e conseguem conversar com o usuário. Hoje, esses chatbots também se transformaram em assistentes virtuais e avatares, que parecem ser tão reais quanto humanos.
A Lu da Magalu é um desses exemplos, ela se tornou a maior influenciadora virtual do mundo e alcançou mais de 55 milhões de seguidores no Instagram. Além disso, ela também interage com pessoas reais e cada vez mais é incrementada para se parecer com elas. Por mais tecnológica que a Lu seja, seu real objetivo desde 2003 - ano de sua criação - é conquistar o cliente e se tornar mais próximo dele, criando uma narrativa em múltiplas plataformas.
Assistentes virtuais, como Siri, Alexa e Google Assistant, também estão se tornando parte integrante da publicidade. Eles podem fornecer informações sobre produtos, fazer recomendações e até mesmo compras online com base nas solicitações dos usuários. Isso cria novas oportunidades para as marcas se envolverem com os consumidores em um nível mais vertical. O seu potencial para a produtividade nas tarefas é indiscutível, mas ainda existem dúvidas e questões éticas envolvidas e uma das maiores preocupações é se a IA poderá substituir postos de trabalho.
Para o professor do curso de Publicidade e Propaganda da PUC-SP, Claudir Segura, nenhum profissional dessa área vai ser substituído: “Eu não vejo desvantagem, mas eu vejo uma acomodação. Quando as pessoas deixarem a máquina trabalhar para elas, o olhar delas vai ser engessado pela tecnologia. Você jamais vai ser substituído por alguém sem criatividade”, argumenta o professor, doutor em Tecnologias da Inteligência e Design Digital (TIDD).
À medida que a IA se torna mais sofisticada na publicidade, a ética e a transparência se tornam questões cruciais. A coleta de dados pessoais e o uso de algoritmos para personalizar anúncios levantam preocupações sobre privacidade e manipulação. As empresas precisam ser transparentes sobre como usam os dados dos consumidores e garantir que estão em conformidade com as regulamentações de proteção de dados, além de pensar também no que pode ser criado a partir dela.
Uma das grandes discussões em torno do tema ocorreu após o lançamento do comercial comemorativo dos 70 anos da Volkswagen, em que recriaram a cantora Elis Regina, falecida há 41 anos. Nele, Elis aparece dirigindo a clássica Kombi, enquanto sua filha Maria Rita dirige a versão mais nova do automóvel, batizada de ID.Buzz e 100% elétrica. A técnica usada na propaganda foi o DeepFake, uma tecnologia que recria e faz alterações realistas em rostos.

O comercial foi aprovado por Maria Rita, o que incomodou muitos usuários das redes sociais, que julgaram a falta de questões éticas nesse processo. Até o Conar, Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária, abriu um processo em julho de 2023 para avaliar se a campanha da Volkswagen teria ferido o Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária. O caso foi arquivado e segundo o órgão, “por manifestações contrárias e favoráveis de consumidores”.
Para Segura, a campanha foi uma maneira de resgatar a memória de uma artista muito importante para o Brasil e não deveria ser vista como um impasse. “Elis Regina foi uma mulher incrível e resgatar a memória dela é mais incrível ainda. O jovem não conhece a Elis. Então é legal você trazer de volta essas pessoas. Olha que legal o que estão fazendo com a cultura. Existe uma diferença entre o que você considera ético e uma crítica sem fundamento. Não estão roubando a imagem dela”, completa o professor.
Pensando nessa discussão entre ética e tecnologia, a ABA (Associação Brasileira de Anunciantes) produziu um guia sobre os impactos da presença da inteligência artificial na publicidade. Nele, estão as mais urgentes questões jurídicas, éticas e aplicações práticas da IA na área. O guia não chega a ser uma regulação do que pode ou não ser utilizado e produzido, mas indica o que pode se tornar boas práticas no setor.
“O que se deve levar em consideração é o quanto isso pode afetar a vida das pessoas, em termos do que isso pode fazer bem ou mal . A tecnologia traz um olhar, uma percepção na maneira como as pessoas vão criar daqui pra frente.”, argumenta o professor, que é contra uma regulação da IA. Para ele, a regulação deve ocorrer em ambientes específicos, como empresas, e não na sociedade em geral. Se isso ocorrer, os limites éticos podem entrar em ação contra uma postura de “censura” na área de criação, não só da publicidade, mas do uso da ferramenta no Brasil.
Mesmo que a regulação ainda não exista, há questões que devem ser levadas em conta antes de usar a ferramenta. Evitar a disseminação de informações sensíveis ou confidenciais em plataformas não seguras, entender como e onde seus dados estão sendo coletados e utilizados, são etapas importantes. Além disso, é bom estar ciente do potencial de vieses algorítmicos, do colonialismo digital e a discriminação na IA.
O uso da inteligência artificial está redefinindo a publicidade, oferecendo oportunidades para a personalização, automação e interação mais significativa com os consumidores. E embora a IA possa revolucionar essa área, ainda existem muitos embates éticos e morais em sua aplicação prática, que devem receber atenção para um futuro que usufrui de seus benefícios e ao mesmo tempo se protege de possíveis riscos. “Para tratar de tecnologia, aquela máxima se encaixa muito bem: o que eu não consigo dominar eu rejeito, o que eu não entendo eu vou combater.”, finaliza Segura.
"Há exatos seis meses, o lançamento discreto de uma nova ferramenta mudou o mundo. O ChatGPT, modelo de inteligência artificial conversacional desenvolvido pela OpenAI, baseado na arquitetura GPT, chegou em 30 de novembro de 2022", diz reportagem do Olhar Digital. E talvez uma das inovações mais interessantes no mundo das artes digitais, é a criação de imagens feitas por essa tecnologia, que beiram o realismo. Desta forma, com um simples texto e alguns cálculos matemáticos, uma máquina poderá produzir tais retratos, utilizando sua rede neural. O designer gráfico José Luis Rodrigues, 56 anos, formado em marketing e publicidade pelo Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), afirmou utilizar a IA como uma ferramenta de ajuda para seu trabalho de criação. Ele produz ilustrações de desenhos conceituais artísticos, principalmente recriações de personagens de universos cinematográficos e de HQs.
Rodrigues também deixa claro que além de usar essa tecnologia profissionalmente, a Inteligência Artificial pode ser utilizada para entretenimento. “Elas [IA] podem ser úteis tanto para trabalho, quanto para divertimento. Um exemplo disso, é que algumas plataformas perguntam como o usuário irá utilizá-la, se de maneira profissional ou por diversão”, afirma Rodrigues. De fato, com o advento desta tecnologia, as IAs estão ganhando mais espaço na vida das pessoas e das grandes empresas, se tornando uma nova tendência no campo cultural e gerando alguns questionamentos. Com isso, é evidente que estamos presenciando uma nova era da revolução digital, impulsionada por enormes quantidades de dados, afetando diretamente nas criações artísticas que são influenciadas por essa inovação. Diversos artistas estão experimentando a inteligência artificial para ajudar, aprimorar, simular ou aumentar sua própria criatividade. Novos recursos permitem que esses profissionais criem trabalhos mais complexos.
Talvez você mesmo ou algum conhecido seu, já tenha mexido com ferramentas do tipo. O Dall-E 2 é o exemplo mais popular atualmente. Seu nome é um trocadilho da junção de WALL- E (robô protagonista do filme de mesmo nome da Pixar) e Salvador Dalí (famoso pintor espanhol do surrealismo). Mas também há outras plataformas, como Stable Diffusion e Midjourney. Vale mencionar que o Adobe Photoshop lançou recentemente uma ferramenta que permite transformar palavras em imagens, atualmente ela ainda está na versão Beta. Todas as ferramentas citadas acima, são softwares que utilizam IAs para transformar textos dos usuários em imagens que, exploram combinações de cores, formas e técnicas de composições variadas.
Os perigos das IAs
Com essa tecnologia sendo disponibilizada para o público, alguns questionamentos também surgem sobre perigos que podem surgir e causar grande impacto em nossa sociedade. Uma das preocupações mais importantes dos últimos tempos são relacionadas com as Fake News (notícias falsas), que a cada dia que passa vem sendo altamente disseminada nesta era digital. Com isso, uma tecnologia de alto nível de manipulação se cair em mãos erradas pode causar um grande dano. Esta realidade não está muito distante.
Recentemente, imagens manipuladas do Papa Francisco, vestindo casaco fashion e de Donald Trump, ex-presidente dos EUA, brigando com inúmeros seguranças, viralizaram na rede pelo alto nível de realismo nas fotos. Desta forma, caso a IA evolua ainda mais, com capacidade de criar estes estilos de imagens de maneira totalmente realista, se criará uma desordem midiática na qual nenhuma notícia será confiável. “As IAs podem ser usadas para causar algum mal se forem utilizadas sem princípios, morais e éticos. Existe uma gíria norte-americana chamada NSFW, no caso, “Not Safe for Work” (traduzindo para português: Não é seguro ver no trabalho), que seria uma mensagem restritiva, alertando os usuários sobre conteúdos impróprios para serem visualizados em um ambiente público.
Com isso, algumas pessoas usam a IA para fazer brincadeiras maldosas com outras pessoas, compartilhando imagens imorais feitas por esta tecnologia”, diz Rodrigues sobre os perigos da inteligência artificial.

Com o desenvolvimento da tecnologia, muitas ferramentas vêm surgindo e transformando os nossos métodos de trabalho. Um dos mais recentes debates acerca do assunto é o uso da Inteligência Artificial (IA). Esse campo da tecnologia é responsável por estudar o comportamento humano e desenvolver máquinas que se assemelham a tal, tornando-as capazes de desenvolver tarefas de forma independente.
O tema tem sido amplamente discutido, aprovado por uns e criticado por muitos. O recurso já chegou nos mais diversos campos da sociedade, e não foi diferente no jornalismo. Sistemas são capazes de escrever reportagens, transcrever textos e até mesmo definir o melhor método de publicação. Notícias que antes passavam por um sério rigor de apuração, escrita e publicação, agora são facilmente criadas por máquinas e espalhadas pela população. Algoritmos de IA podem processar grandes quantidades de dados e identificar padrões para apoiar a pesquisa jornalística e a escrita de histórias.
O debate se tornou ainda mais fervoroso em 2022, no período eleitoral onde apoiadores políticos eram responsáveis por criar “bots” (robôs capazes de executar diversas vezes tarefas automatizadas e pré definidas) que escreviam e disseminavam repetidamente notícias criadas favoráveis ao lado que defendiam. Essas notícias, publicadas normalmente no WhatsApp ou no Twitter e compartilhadas milhares de vezes, gerando uma teia de desinformação, uma vez que essas pessoas compartilham os links somente pelo título e muitas vezes não chegavam nem a ler e muito menos checar a veracidade da informação. Por isso, a incorporação de IA no jornalismo gera preocupações sobre a precisão e imparcialidade das notícias.
Os direitos de propriedade intelectual e a privacidade são dois pontos principais de discórdia no que diz respeito ao uso ético de ferramentas de IA. Muitos protótipos são alimentados por conteúdo criado por pessoas reais. Por exemplo, quais são as restrições à edição de textos, fotos ou ilustrações jornalísticas? Ou onde esses dados são armazenados e quem tem acesso a eles?
Por outro lado, muitos criadores de conteúdo acreditam que se usada de maneira correta, a IA pode se conectar com o jornalismo promovendo os debates sobre inclusão e direitos digitais e otimizando os processos de produção de conteúdo. Para a jornalista Monique Caroline, que atua com o jornalismo transmídia, a ferramenta pode ser benéfica se regulada, mas caso contrário, pode trazer prejuízos ao jornalismo. “Se tiver regulação, eu sou a favor. O ganho ilustrativo e até educativo de quem assiste seria enorme. A gente teria imagens feitas com inteligência artificial realistas para passar uma mensagem positiva. Porém, se não regulamentada, a IA poderá modificar um vídeo, texto ou foto sem princípios éticos", pontuou.
Uma outra preocupação dos produtores e conteúdo gira em torno de como ficaria a empregabilidade dos profissionais caso a automatização seja efetivamente implantada nas redações. “Eu acredito que no futuro a gente corre o risco de ter uma diminuição de profissionais nessa área. Por isso, a importância de regulamentar. Principalmente, porque não é tudo que está ali, que é 100% verdade. O nome já diz, né? Inteligência artificial não é humana, então pode acontecer muitas falhas com quem usa esse tipo de recurso”, afirmou Monique.
“Tendo uma visão bem realista, eu acho que esse debate para regulamentar essas ferramentas, ele acontece, mas ele está longe de ser colocado em prática. Então, logo a gente pode começar a ter perdas de emprego e muito espaço para fake news. Por mais que seja benéfico nos casos que eu citei acima, é uma ferramenta que pode ir para a mão de qualquer um, tanto para o bem quanto para o mal. Eu acredito, que as reportagens televisivas, por exemplo, vão ter um ganho imagético, mas, por exemplo, na internet, a gente terá perda e uma distorção de tudo que acontece ali, com fake news, deep fake (vídeo falso) e muito mais”, concluiu a jornalista.
Desde os primórdios da humanidade, as invenções sempre mudaram o dia a dia da vida humana. Foi assim com a eletricidade, a aviação, a chegada da internet, só para citar três exemplos. Atualmente, o uso da tecnologia facilita, e muito, a convivência humana, seja ela para trabalho, pesquisa ou entretenimento. A recente popularização do uso de inteligência artificial (IA) como ferramenta marca um novo avanço na história. Mas, como essa ferramenta pode afetar o futuro das profissões que conhecemos atualmente?
Apesar de recente, já é possível presenciar diversas ferramentas que utilizam a inteligência artificial para funcionar. Por exemplo, o restaurante Kentaro Yoshifuji, inaugurado em Tóquio em 2021, utiliza uma maneira diferente e inusitada de atender seus clientes. O estabelecimento contrata apenas pessoas com problemas de saúde, que não podem sair de suas casas. Logo, uma questão vem na sua cabeça: como eles podem atender os clientes se estão em casa? A resposta é simples e inovadora. Os funcionários controlam robôs, que anotam os pedidos e servem as mesas. O local ficou conhecido no Brasil depois da reportagem do programa Globo Repórter.

A forma mais conhecida de utilizar a IA são através de plataformas como o Chat GPT. Nele, é possível perguntar sobre diversos assuntos, pedir receitas e até mesmo, um roteiro de novela. Uma das profissões que mais pode sofrer no futuro é a de arquitetura e design. Com a utilização das novas ferramentas de inteligência artificial, é possível criar modelos, paisagens e até mesmo, adicionar ou remover elementos de uma foto em poucos cliques. Por exemplo, o Remodeled.AI é uma plataforma construída com inteligência artificial voltada para o design de interiores. A plataforma, por enquanto, só está disponível na língua inglesa, mas tem um funcionamento simples: basta utilizar uma foto de um cômodo o qual você deseja decorar. Em poucos segundos, o Remodeled.AI irá montar uma nova releitura ao cômodo de acordo com suas preferências, pré-definidas antes da criação da imagem.

Em entrevista, o designer Willian Luz comentou sobre como ele enxerga o futuro das profissões e se ele tem medo de ser substituído por uma inteligência artificial: “Com relação à tecnologia e com o que anda acontecendo (introdução da IA ao dia a dia), isso é um ato natural do próprio desenvolvimento humano. Como exemplo, ninguém imaginaria que os CDs tomariam o lugar dos discos de vinil. Depois, foi lançado o MP3 foi lançado e tomou o lugar do CD. O Uber tomou o lugar do táxi e por aí vai. As coisas são modernizadas. Não tem como isso não acontecer, é um ato natural do ser humano porque as coisas vão avançando.” comentou William, que acrescenta. “Com relação a inteligência artificial, o meu receio é que uma hora as encomendas vão diminuir, porém, eu acredito que as pessoas vão ter que entender que irão existir novos trabalhos, então eu vou ter que me adequar com a necessidade do mercado.” prossegue.
“No meu caso, a inteligência artificial é uma aliada hoje. Eu a utilizo para criar imagens, designs e outras coisas. O meu trabalho é muito mais manual. Pode ser que um dia exista uma máquina que já produza, por exemplo, adesivos que são feitos direto na parede, ou que envelope uma geladeira sem a necessidade de o profissional ir até o local, tirar as medidas e criar o modelo. Acho que trabalhos manuais podem ser substituídos num futuro próximo.” conclui William.
A inteligência artificial tende, nas próximas décadas, a “dominar” e fazer ainda mais parte do dia a dia da população. Este aliado, que em muitas vezes é um grande facilitador, futuramente poderá ser utilizado para mudar o patamar da humanidade em áreas pouco exploradas, como um “mapeamento” do fundo dos oceanos ou a possibilidade de explorar novos planetas.
Sendo um dos mais tradicionais eventos da indústria automotiva mundial, responsável por grandes novidades das principais marcas, a IAA Mobility, antigo Salão do Automóvel de Frankfurt, acontece a cada dois anos. Em sua segunda edição, ela abrirá as suas portas no próximo dia 5 de setembro, com um novo formato focado em mobilidade.
O evento contará com 39 marcas de automóveis ao todo, como BMW, Ford, Honda, Mercedes e Renault, mas ausências importantes foram notadas como Fiat, Nissan, Peugeot e Toyota. Apesar disso, o que mais chama atenção é o aumento de marcas chinesas, que duplicou quando comparado a 2021, dando destaque a BYD, que apresentará os seus próximos passos na conquista do mercado europeu e mundial.
Além das fabricantes de veículos, a feira também contará com empresas como LG, Samsung e CATL, importantes fabricantes de baterias, reforçando o foco nos elétricos da exposição. Fornecedoras como Bosch e Continental, e as últimas novidades em relação a condução autônoma e inteligência artificial também estarão presentes.
BMW

A marca alemã, após o i Vision Circular e o i Vision Dee, apresentará o conceito Vision Neue Klasse. O protótipo, que completa a trilogia de conceitos que guiarão o futuro da marca bávara em relação a design e abordagem, será a estrela do stand.
Tal importância se deve pois ele será o responsável por apresentar a nova plataforma modular da marca, muito mais eficiente que a atual, que será usada a partir de 2025 em modelos totalmente elétricos de todos os tamanhos e formatos.
A empresa também usará o evento para lançar novas versões de modelos já vendidos, como o novo Série 5 Sedã com motorizações híbridas plug-in de última geração, o novo iX5 movido a hidrogênio, e uma versão blindada do novo i7, chamada Protection.
Além disso, a MINI, marca pertencente ao grupo BMW, fará o lançamento mundial de dois novos modelos muito aguardados: o novo Cooper em sua versão elétrica e o SUV Countryman, – com uma versão a combustão e uma totalmente elétrica – agora medindo 4.5m sob a mesma base do novo X1 e iX1, para disputar mercado no segmento C de SUVs premium, o mesmo do Volvo XC40 e Audi Q3 por exemplo.
BYD
Como já destacado, a presença chinesa está garantida e a BYD será a principal representante do país asiático em terras germânicas. A gigante já confirmou que apresentará a versão europeia do hatch elétrico Dolphin, que sacudiu o mercado brasileiro recentemente.
Também acontecerá o lançamento do novo sedã do segmento D, Seal, que disputará mercado com o Tesla Model 3, e sua versão SUV chamada Seal U, rival do Tesla Model Y, ambos totalmente elétricos com uma autonomia estimada de 500km.
Além disso, estarão presentes marcas como Avatr, uma colaboração entre as chinesas Changan e Haweii, Hiphi, Hongqui, Seres, Xpeng e Denza, uma submarca premium da própria BYD.
Honda
A única marca japonesa que estará no evento se restringirá a trazer apenas os seus modelos já anunciados, começando pelo novo e:ny1, versão elétrica do HR-V. Outros dois modelos recém-lançados no mercado europeu, e que serão também vendidos no brasil segundo a montadora são o ZR-V, o SUV do Civic, e a nova geração do CR-V.
Mercedes
Outra grande construtora alemã que vai se destacar tanto com carros conceitos e carros de produção será a Mercedes. Seu lançamento mais importante será um sedã conceito 100% elétrico que prevê a próxima geração dos carros de entrada da marca.
Em relação aos modelos de produção, o novo Classe E All-Terrain, uma versão aventureira do novo Classe E em carroceria perua será apresentada. O evento será palco dos SUVs reestilizados EQA e EQB, e da van EQV, os quais contam com melhorias na eficiência, mudanças estéticas sutis, e melhorias nos equipamentos.
Quem também marcará presença será a smart, agora 50% da Mercedes e 50% da Geely, dona da Volvo. A empresa apresentará o #3 para o mercado europeu, que nada mais é que uma versão em estilo cupê do seu SUV #1.
Renault

Única representante da aliança Renault-Mitsubishi-Nissan na feira, a marca francesa fará a revelação da versão de produção do aguardado Scenic, agora não mais um monovolume, mas um crossover elétrico para o segmento C.
O modelo faz parte do programa de transformação da marca chamado Renaulution, o qual tem como foco a eletrificação da marca nos próximos anos, de forma sustentável. Além do novo Scenic, é esperado que o Renault 5 e o Renault 4L, ainda como concept cars, também estejam presentes, ambos elétricos.
Tesla
Uma grande surpresa no evento será a marca americana, que quase nunca participou de salões de automóveis. A empresa de Elon Musk não disse quais modelos estarão presentes, mas especula-se que serão as versões reestilizadas do Model 3 e Model Y, já que dificilmente o novo Model 2 está em um ponto tão avançado de desenvolvimento para ser apresentado e há dúvidas se a Cybertruck será vendida no velho continente, devido a sua estrutura, incompatível com os padrões de segurança do Euro Ncap.
Grupo Volkswagen

Apesar da grande importância do evento, as marcas do grupo que estarão presentes, não apresentarão grandes novidades. A Audi confirmou sua participação, mas não quais modelos irá levar a feira, no entanto, espera-se que o tão aguardado Q6 e-tron finalmente seja revelado integralmente, assim como as suas especificações finais.
A mais nova marca independente do grupo, separada da Seat em 2021, a Cupra, marcará presença com o Tavascan. O SUV elétrico com autonomia de mais de 500km, estilo cupê e tração integral, é o modelo mais potente já produzido na plataforma MEB, a mesma dos Volkswagen ID.3 e ID.4.
A Porsche também confirmou sua presença, mas não apresentará o novo Macan elétrico, que apesar de usar a nova plataforma do Audi Q6 e-tron teve seu lançamento adiado para novembro, no salão de Las Vegas (EUA). Porém, trará o conceito Mission X para ser apreciado pelo público, modelo que prevê o futuro elétrico da marca.
Por fim, a Volkswagen irá revelar o novo ID.7 GTX, versão esportiva do sedan elétrico que além de adereços estéticos, contará com um aumento de potência. Ainda trará o recém revelado Passat Estate, agora apenas em carroceria perua.