O Instituto Moreira Salles (IMS), em São Paulo (SP), apresenta a exposição “Pequenas Áfricas: o Rio que o samba inventou”. Em cartaz até 21 de abril, a exibição celebra as comunidades afrodescendentes que, entre os anos 1910 e 1940, criaram e consolidaram o samba urbano no Brasil e no mundo.
Através de fotos, gravações, áudios, documentos e obras dos acervos do IMS e de outras instituições, a mostra dialoga para além dos aspectos históricos. As complexas redes de trabalho, solidariedade, espiritualidade e a música: dos terreiros, quintais e escolas de samba são só alguns dos temas abordados.
“Esta exposição parte da música para percorrer a intrincada rede de encontros, trocas e conflitos que ali se formou na primeira metade do século 20. Consciência política, religiosidade e solidariedade são inseparáveis da sofisticada produção artística que se espraia no espaço - ganhando uma cidade, o país e o mundo - e no tempo, ainda hoje pulsante em seu espírito dissidente de um país racista e desigual,” pontua o time de curadoria no começo da exposição.
DO PORTO AS ESCOLAS DE SAMBA
O título da mostra faz alusão ao termo criado pelo artista Heitor dos Prazeres para se referir à região da Zona Portuária do Rio de Janeiro, no século 20. Ao longo dos aproximadamente 380 itens, o conceito é compreendido como uma construção política e ampliado para outras áreas da cidade.
O primeiro andar apresenta o lugar onde tudo começou: o Complexo do Cais do Valongo, maior porto escravista da história, que recebeu cerca de 1 milhão de africanos escravizados e vindos forçados para o Rio de Janeiro.
A exposição reúne documentos, imagens e reportagens da Praça Onze, capital da Pequena África. O local foi habitado, no começo do século 20, por uma população de afrodescendentes, imigrantes judeus, italianos e ciganos. Foi nas regiões próximas dali que se fundou a primeira escola de samba e onde aconteceu o primeiro desfile das agremiações.
Além disso, são mostrados itens, documentos e reportagens como: o violão de Donga, a partitura de Pelo Telefone, os registros da turnê dos Oito Batutas em Paris em 1922 e algumas pinturas do artista Heitor Prazeres. Também é evidenciada a atuação das “Tias” – mulheres negras e mais velhas – na construção do samba carioca.
O segundo andar é focado nas práticas cotidianas da época. Reunindo fotos, auto falantes, discos de vinil, máquinas de escrever, medalhas, entre outros itens de valor histórico, a exposição mostra a influência das escolas de samba no passado e presente. A mostra termina com um grande painel que evidencia as conexões entre sambistas de diferentes gerações.
FOTOS
SAIBA MAIS
Visitação: até 21 de abril de 2024
Terça a domingo e feriados (exceto segundas), das 10h às 20h
Local: IMS Paulista, 7º e 8º andar | Entrada gratuita
Nova exposição do Centro Cultural Coreano “Minha Viagem à Coreia” traz os registros turísticos de 292 brasileiros que já foram ou desejam visitar o país.
“Nosso objetivo é transmitir vividamente a beleza e o charme da Coreia pela visão dos brasileiros. Por meio de seus valiosos registros, além de pôsteres de pessoas que sonham em visitar o nosso país” explicou o diretor do centro, Cheul Hong Kim, em comentário oficial. Com o apoio da Organização de Turismo da Coreia, de 17 de março a 28 maio, o Centro Cultural Coreano contará com a exposição gratuita de fotos, vídeos e cartazes enviados por brasileiros durante seu período na Coreia do Sul.
Responsável pela curadoria da exibição, Sang Hyop Park, selecionou registros das viagens de mais de 290 brasileiros das muito mais que foram enviadas ao concurso público de seleção que ocorreu entre janeiro e fevereiro de 2024. A exibição funciona de forma imersiva ao expor os visitantes a registros por todos os lados. Fotografias ficam expostas em pilares, posteres ficam nas paredes. Enquanto as televisões espalhadas passam ciclicamente os pequenos vídeos.
Durante a inauguração, foram anunciados os melhores de cada categoria que foram premiados com dinheiro. Carolina Ribeiro ganhou melhor pôster, categoria exclusiva para aqueles que não conhecem, mas desejam visitar a Coreia do Sul. Melhor vídeo foi para Amanda Lippert Silva, já Vitor Barros Quinet levou a melhor foto. “É para você que já conhece a Coreia, e para você que não conhece abrir todo um mar de possibilidades, de conteúdo para absorver. Acho que tá imperdível” disse ele durante a inauguração. Assim, a visita traz a experiência de conhecer outro país por meio das obras. É o convite para uma viagem internacional no meio de uma das avenidas mais movimentadas de São Paulo.
- Endereço: Av. Paulista, 460
- Horário de Funcionamento: Seg-Sex: 10:00 – 19:00 e Sábado: 12:00 - 18:00
Invisíveis por trás de suas câmeras, os fotógrafos em treinamento são colocados em evidência neste ensaio sobre os bastidores da busca por uma matéria fotográfica.
Durante a aula de fotografia, os alunos do terceiro semestre de jornalismo da PUC-SP receberam uma missão: encontrar uma pauta para fotografar dentro do campus. Hoje, com a maioria das pessoas tendo acesso a fotografar com seus celulares a qualquer momento, nos tornamos indiferentes ao ato de fotografar.
Nos primórdios da fotografia, as fotos eram difíceis e demoradas assim sendo feitas quase que exclusivamente em ocasiões especiais. Os avanços tecnológicos, como a possibilidade da foto instantânea, foram tornando o processo fotográfico cada vez mais simples e rápido e por consequência tornando as fotos mais corriqueiras.
Entretanto, para os futuros jornalistas, o treinamento fotográfico e o uso de câmeras profissionais são fundamentais ao aprendizado. A cena é tão comum aos demais alunos da universidade, que ninguém presta atenção neles por muito tempo. Contrário a isso este ensaio, busca coloca-los em foco. Afinal: quem são os donos dos olhares por trás das futuras matérias? No que eles estavam pensando e como tiraram suas fotos?
O Bar da Dona Iva, localizado na Vila Leopoldina, recebe amigos de todas as idades - sejam os jovens da região escutando rock alternativo, ou os mais velhos que tomam uma ao som da moda de viola.
O estilo único do barzinho e de seus frequentadores atrai cada vez mais os moradores e frequentadores da região, aumentando a popularidade do lugar.
A 15ª Retomada Indígena ocorreu nos dias 9 e 10 de novembro na PUC-SP, no Campus Monte Alegre. O evento, que teve como tema “Decolonialidade, Terra e Ancestralidade”, tem um papel importante para os indígenas que estudam na universidade, e o ato procura mostrar a diversidade que a cultura do grupo traz para o ambiente acadêmico. Assim, a reportagem em vídeo a seguir mostra como foi a décima quinta retomada, e sua magnitude.
Em 1986, o fotografo mineiro Sebastião Salgado foi ao Pará retratar a situação em que se encontravam as pessoas que trabalhavam e viviam na região de Serra Pelada. As imagens reverberaram na grande ídia, inclusive na internacional, assim, em 2019 a jornalista Naiara Galarraga Gortázar do El País Espanha escreveu uma matéria analisando os acontecimento retratado por Sebastião e suas fotos.
No vídeo a seguir, a notícia citada acima é narra na integra e as fotografias tiradas no "formigueiro humano" ilustram o áudio.