Exposição no IMS Paulista explora o passado e presente do samba urbano carioca e a origem do samba no RJ
por
Maria Elisa Tauil
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12/04/2024 - 12h

O Instituto Moreira Salles (IMS), em São Paulo (SP), apresenta a exposição “Pequenas Áfricas: o Rio que o samba inventou”. Em cartaz até 21 de abril, a exibição celebra as comunidades afrodescendentes que, entre os anos 1910 e 1940, criaram e consolidaram o samba urbano no Brasil e no mundo.

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Abertura da exposição. Foto: Maria Elisa Tauil

Através de fotos, gravações, áudios, documentos e obras dos acervos do IMS e de outras instituições, a mostra dialoga para além dos aspectos históricos. As complexas redes de trabalho, solidariedade, espiritualidade e a música: dos terreiros, quintais e escolas de samba são só alguns dos temas abordados.

“Esta exposição parte da música para percorrer a intrincada rede de encontros, trocas e conflitos que ali se formou na primeira metade do século 20. Consciência política, religiosidade e solidariedade são inseparáveis da sofisticada produção artística que se espraia no espaço - ganhando uma cidade, o país e o mundo - e no tempo, ainda hoje pulsante em seu espírito dissidente de um país racista e desigual,” pontua o time de curadoria no começo da exposição.

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Núcleo dedicado a mostrar a importância das “Tias” na construção do universo do samba. Foto: Maria Elisa Tauil/AGEMT

DO PORTO AS ESCOLAS DE SAMBA

O título da mostra faz alusão ao termo criado pelo artista Heitor dos Prazeres para se referir à região da Zona Portuária do Rio de Janeiro, no século 20. Ao longo dos aproximadamente 380 itens, o conceito é compreendido como uma construção política e ampliado para outras áreas da cidade.   

O primeiro andar apresenta o lugar onde tudo começou: o Complexo do Cais do Valongo, maior porto escravista da história, que recebeu cerca de 1 milhão de africanos escravizados e vindos forçados para o Rio de Janeiro.

A exposição reúne documentos, imagens e reportagens da Praça Onze, capital da Pequena África. O local foi habitado, no começo do século 20, por uma população de afrodescendentes, imigrantes judeus, italianos e ciganos. Foi nas regiões próximas dali que se fundou a primeira escola de samba e onde aconteceu o primeiro desfile das agremiações.

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“Carnaval na Praça Onze.” Foto: Maria Elisa Tauil/AGEMT

Além disso, são mostrados itens, documentos e reportagens como: o violão de Donga, a partitura de Pelo Telefone, os registros da turnê dos Oito Batutas em Paris em 1922 e algumas pinturas do artista Heitor Prazeres. Também é evidenciada a atuação das “Tias” – mulheres negras e mais velhas – na construção do samba carioca.

O segundo andar é focado nas práticas cotidianas da época. Reunindo fotos, auto falantes, discos de vinil, máquinas de escrever, medalhas, entre outros itens de valor histórico, a exposição mostra a influência das escolas de samba no passado e presente. A mostra termina com um grande painel que evidencia as conexões entre sambistas de diferentes gerações.

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Painel que evidencia as conexões entre sambistas de diferentes gerações. Foto: Maria Elisa Tauil/AGEMT

FOTOS

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Foto do século 20. Foto: Maria Elisa Tauil/AGEMT
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Começo da exposição. Foto: Maria Elisa Tauil/AGEMT
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Fotografias que compõem a mostra. Foto: Maria Elisa Tauil/AGEMT

SAIBA MAIS

Visitação: até 21 de abril de 2024

Terça a domingo e feriados (exceto segundas), das 10h às 20h

Local: IMS Paulista, 7º e 8º andar | Entrada gratuita

Avenida Paulista, 2424 – São Paulo

Nova exposição do Centro Cultural Coreano “Minha Viagem à Coreia” traz os registros turísticos de 292 brasileiros que já foram ou desejam visitar o país.
por
Natália Perez
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10/04/2024 - 12h

“Nosso objetivo é transmitir vividamente a beleza e o charme da Coreia pela visão dos brasileiros. Por meio de seus valiosos registros, além de pôsteres de pessoas que sonham em visitar o nosso país” explicou o diretor do centro, Cheul Hong Kim, em comentário oficial. Com o apoio da Organização de Turismo da Coreia, de 17 de março a 28 maio, o Centro Cultural Coreano contará com a exposição gratuita de fotos, vídeos e cartazes enviados por brasileiros durante seu período na Coreia do Sul.

Responsável pela curadoria da exibição, Sang Hyop Park, selecionou registros das viagens de mais de 290 brasileiros das muito mais que foram enviadas ao concurso público de seleção que ocorreu entre janeiro e fevereiro de 2024. A exibição funciona de forma imersiva ao expor os visitantes a registros por todos os lados. Fotografias ficam expostas em pilares, posteres ficam nas paredes. Enquanto as televisões espalhadas passam ciclicamente os pequenos vídeos. 

Durante a inauguração, foram anunciados os melhores de cada categoria que foram premiados com  dinheiro. Carolina Ribeiro ganhou melhor pôster, categoria exclusiva para aqueles que não conhecem, mas desejam visitar a Coreia do Sul. Melhor vídeo foi para Amanda Lippert Silva, já Vitor Barros Quinet levou a melhor foto. “É para você que já conhece a Coreia, e para você que não conhece abrir todo um mar de possibilidades, de conteúdo para absorver. Acho que tá imperdível” disse ele durante a inauguração. Assim, a visita traz a experiência de conhecer outro país por meio das obras. É o convite para uma viagem internacional no meio de uma das avenidas mais movimentadas de São Paulo.

- Endereço: Av. Paulista, 460

- Horário de Funcionamento: Seg-Sex: 10:00 – 19:00 e Sábado: 12:00 - 18:00

- Para mais informações acesse: https://brazil.korean-culture.org/pt

 

minha viagem a coreia
No canto da exposição, mãe e filha aproveitam um momento vazio para usar o cenário montado para tirar fotos. Na parede atrás delas há uma fotografia das lanternas de Yeondeunghoe, festival coreano que celebra o aniversário de Buda. Foto: Natália Perez/AGEMT

 

minha viagem a coreia
As fotos estão em todos os lugares. Dispostas em pilares inclinados e no teto, as  imagens de diferentes autores  mostram comidas, paisagens e aspectos culturais marcantes do turismo na Coreia do Sul. Foto: Natália Perez/AGEMT

 

minha viagem a coreia
Diferente das fotos e vídeos, os pôsteres foram feitos por pessoas que ainda não estiveram na Coreia, mas que contribuem para a exposição expressando seu sonho de visitar o local. Foto: Natália Perez/AGEMT

 

minha viagem a coreia
Além de observar as obras, os visitantes podem tirar suas próprias fotos nos cenários “instagramaveis”. Uma possibilidade é se sentar no coração do “Eu amo a Coreia” ou usar os próprios posters como fundo. Ao lado, em caixas empilhadas, pequenas curiosidades sobre viajar à Coreia estão escritas, como a distância de lá até o Brasil. Foto: Natália Perez/AGEMT

 

minha viagem a coreia
Entre as imagens de paisagem das principais cidades sul-coreanas estão televisores, cada qual com sua própria coletânea de vídeos curtos em formato de Shorts/Reels. Por terem sido gravados e editados pessoalmente por seus autores, os vídeos mostram diferentes facetas da Coreia. Foto: Natália Perez/AGEMT

 

minha viagem a coreia
Assim como os parisienses, os coreanos também têm a tradição de colocar cadeados do amor. Em Seul, pessoas de todo mundo colocam cadeados no caminho para a torre Namsan como forma de selar um amor ou para fazer um pedido. A exibição adaptou a ideia para pulseiras coloridas que além de trazerem mais cor, podem ser facilmente disponibilizadas aos visitantes. Foto: Natália Perez/AGEMT

 

minha viagem a coreia
Imagens da Ilha de Jeju, Seul, Busan e outras cidades dividem espaço com vídeos de passeios, dicas, paisagens e comidas feitos por brasileiros que as vivenciaram. Foto: Natália Perez/AGEMT

 

minha viagem a coreia
Com o apoio da organização de turismo coreana, a seleção dos registros para a exposição foi feita por meio de um concurso online divulgado pelo centro entre janeiro e fevereiro de 2024. Foto: Natália Perez/AGEMT

 

minha viagem a coreia
Imagens por todos os lados, em todas as paredes e até no teto misturadas a curiosidades escritas em caixinhas e os vídeos de fundo, transportam o visitante para uma viagem imersiva pela Coreia sem sair da capital paulista. Foto: Natália Perez/AGEMT

 

Invisíveis por trás de suas câmeras, os fotógrafos em treinamento são colocados em evidência neste ensaio sobre os bastidores da busca por uma matéria fotográfica.
por
Natália Perez
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03/04/2024 - 12h

Durante a aula de fotografia, os alunos do terceiro semestre de jornalismo da PUC-SP receberam uma missão: encontrar uma pauta para fotografar dentro do campus. Hoje, com a maioria das pessoas tendo acesso a fotografar com seus celulares a qualquer momento, nos tornamos indiferentes ao ato de fotografar.

Nos primórdios da fotografia, as fotos eram difíceis e demoradas assim sendo feitas quase que exclusivamente em ocasiões especiais. Os avanços tecnológicos, como a possibilidade da foto instantânea, foram tornando o processo fotográfico cada vez mais simples e rápido e por consequência tornando as fotos mais corriqueiras.

Entretanto, para os futuros jornalistas, o treinamento fotográfico e o uso de câmeras profissionais são fundamentais ao aprendizado. A cena é tão comum aos demais alunos da universidade, que ninguém presta atenção neles por muito tempo. Contrário a isso este ensaio, busca coloca-los em foco. Afinal: quem são os donos dos olhares por trás das futuras matérias? No que eles estavam pensando e como tiraram suas fotos?

 

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Na busca pela melhor foto, uma aluna se abaixa e com cuidado segura a câmera pelas grades do pátio focando em um grafite pintado no prédio novo da PUC-SP. Seu objetivo é capturar as expressões artísticas que os alunos espalharam pelo campus. Foto: Natália Perez

 

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Durante a execução da atividade, o jornalista e professor de fotografia Cristiano Burmester (a direita) encontrou com dois estudantes e os três conversaram sobre o andamento da tarefa. O menino do meio, Pedro Premero (Dino) pretende contrastar as escadas do prédio novo enfeitadas de grafites com as do prédio antigo, rodeadas de vitrais. Foto: Natália Perez

 

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Enquanto alunos passam ao redor, indiferentes ao que Vitória Nascimento está fazendo, a aluna checa o resultado das fotos recém tiradas. Sua ideia é destacar a natureza que adorna a universidade.

 

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De pé na "prainha" - nome dado pelos alunos para a região entre os prédios antigo e novo da PUC-SP - João Lopes, aponta sua câmera para o muro a sua frente. Ele pretende fazer um ensaio sobre os grafites pelo campus que relembram os sombrios tempos da ditadura militar. Foto: Natália Perez

 

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A estudante Beatriz Alencar abaixada e com uma câmera na mão checa a foto que tirou. Como os alunos do terceiro semestre estão tendo aula de fotografia desde o início do curso, eles já têm boa noção das funções da câmera e por isso é fundamental para eles conseguir uma foto de qualidade. Foto: Natália Perez

 

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Contraluz uma aluna tira fotos da rua pela janela. Como essa atividade deveria ser realizada somente dentro ou nos arredores próximos, uma aluna buscou uma foto de paisagem tirada ainda do lado de dentro da universidade. Foto: Natália Perez

 

Militar enforcado no séc. XIX movimenta muitos fiéis até o bairro da Liberdade
por
Carlos Englert
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29/11/2023 - 12h
Preservando o passado, o espaço é um centro cultural para os amantes da sétima arte
por
Beatriz Yamamoto
Arthur Campos
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25/11/2023 - 12h
Não só de doses e porções é formado um bom boteco
por
Melissa Joanini
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21/11/2023 - 12h

O Bar da Dona Iva, localizado na Vila Leopoldina, recebe amigos de todas as idades - sejam os jovens da região escutando rock alternativo, ou os mais velhos que tomam uma ao som da moda de viola.

O estilo único do barzinho e de seus frequentadores atrai cada vez mais os moradores e frequentadores da região, aumentando a popularidade do lugar.

 

Jovens curtindo o bar. Crédito: Melissa Joanini
Jovens do Sesi curtindo o bar. Crédito: Melissa Joanini

 

Andrea e Mônica. Crédito: Melissa Joanini
Andrea e Mônica. Crédito: Melissa Joanini
Erasmo, Paulo e Mônica. Crédito: Melissa Joanini
Paulo, Erasmo e Mônica. Crédito: Melissa Joanini
Paulo e Erasmo. Crédito: Melissa Joanini
Erasmo e Paulo. Crédito: Melissa Joanini

 

Erasmo e Paulo. Crédito: Melissa Joanini
Erasmo e Paulo. Crédito: Melissa Joanini
Dona Iva. Crédito: Melissa Joanini
Dona Iva. Crédito: Melissa Joanini

 

Cerveja gelada. Crédito: Melissa Joanini
Cerveja gelada, cadeira de plástico e banco de madeira. Crédito: Melissa Joanini
Entenda por quê a 15a. retomada indígena foi marcada pela resistência e quais as dificuldades encontradas por alunos indígenas da PUC-SP
por
Eduarda Teixeira Basso
Gusthavo Sampaio
Maria Clara Aoki
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21/11/2023 - 12h

A 15ª Retomada Indígena ocorreu nos dias 9 e 10 de novembro na PUC-SP, no Campus Monte Alegre. O evento, que teve como tema “Decolonialidade, Terra e Ancestralidade”,  tem um papel importante para os indígenas que estudam na universidade, e o ato procura mostrar a diversidade que a cultura do grupo traz para o ambiente acadêmico. Assim, a reportagem em vídeo a seguir mostra como foi a décima quinta retomada, e sua magnitude.

 

Mostrar um pouco da cultura japonesa na cidade de São Paulo, no parque do Ibirapuera, e como surgiu este espaço.
por
Octávio Alves
Fabrizio Delle Serre
Caio Batelli
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21/11/2023 - 12h
Um documentário fotográfico na Livraria Mandarina
por
Felipe Assis Pereria da Silva
Amanda da Costa Furneil
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21/11/2023 - 12h

Em uma visita ao Mandarina, Daniela, uma das sócias do local, conta um pouco do lugar e da importância da livraria. 

Projeto de artista brasileiro vira notícia ao redor do mundo
por
Mariana Castilho
Pedro Henrique Araújo
Stefany Santos
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13/11/2023 - 12h

Em 1986, o fotografo mineiro Sebastião Salgado foi ao Pará retratar a situação em que se encontravam as pessoas que trabalhavam e viviam na região de Serra Pelada. As imagens reverberaram na grande ídia, inclusive na internacional, assim, em 2019 a jornalista Naiara Galarraga Gortázar do El País Espanha escreveu uma matéria analisando os acontecimento retratado por Sebastião e suas fotos. 

No vídeo a seguir, a notícia citada acima é narra na integra e as fotografias tiradas no "formigueiro humano" ilustram o áudio. 

Link para o Tiktok: 

@trab.cris

 

♬ som original - trab Cris