A candidata à prefeitura de São Paulo Tábata Amaral, do Partido Socialista Brasileiro (PSB), conta com o apoio de figuras relevantes do partido como o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, e o ministro do Empreendedorismo, Márcio França

Formada em Ciências Políticas pela Universidade de Harvard, sempre teve como principal pauta política a educação. Antes de iniciar seu mandato, fundou o Mapa Educação, que incentiva jovens a também atuarem em projetos educacionais. Também foi comentarista sobre o tema na rádio CBN e atuou como especialista em educação no Global Manager Trainee da Ambev.
Em 2018, foi eleita deputada federal por São Paulo com 264 mil votos, sendo a sexta deputada mais votada no estado. Em 2022, foi reeleita com 337,8 mil votos. Durante o seu mandato, de acordo com dados disponibilizados no site da Câmara dos Deputados, em 2022, de 17 emendas, 7 foram de educação e 6 de saúde, já em 2023 de 25 foram 7 e 5, respectivamente. Outras pautas passaram a ser recorrentes nesse ano, como o direito das mulheres que tiveram 6 emendas aprovadas, ultrapassando as de saúde.
Principais propostas
As principais ideias da chapa Tábata Amaral e Lúcia França podem ser encontradas no site criado pela campanha, com o título do plano de governo: São Paulo em Primeiro Lugar. O material apresenta a candidata ao eleitor, além de mostrar os dez principais valores da candidatura e suas propostas para os mais variados setores paulistanos.
Um dos principais focos da candidata a área da educação tem como propopostas a implementação da alfabetização e tutoria, para indentificar e abordar dificuldades de aprendizagem; educação inclusiva e antirracista, não somente no conteúdo mas, também, no treinamento dos professores; e maior valorização dos professores com criação de bônus por desempenho e mentoria de desenvolvimento profissional contínuo e universalização das escolas de tempo integral até 2032.

Segundo o último levantamento do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), que analisou a porcentagem de jovens em nível de aprendizagem certa no Ensino médio, nas redes públicas e estaduais, os números não chegam a 40% em português, e em matemática o cenário é ainda mais preocupante, o dado mais alto é 5,8% na rede pública.
Na área da alfabetização, o objetivo é alfabetizar 100% das crianças na idade certa, até os 7 anos, com prioridade ao letramento em português e matemática e implantar um programa de acompanhamento personalizado para alunos que não alcançarem o nível necessário de aprendizagem. A chapa também informou a intenção de implementar o aumento do horário de atendimento das creches infantis das 17h para às 19h, além de adotar um novo sistema de indicadores de qualidade para o serviço.
O plano de governo cita diferentes medidas de combate a violência contra mulher, como recriar a Secretaria Municipal da Mulher, a ampliação e melhoria na capacitação do efetivo da Controladoria Geral do Município destinado ao Programa Guardiã Maria da Penha, implementação de um serviço de corpo de delito na Casa da Mulher Brasileira, ampliação do valor do auxílio aluguel para as vítimas e ampliação do projeto “Abrigo Amigo” e os centros de defesa da mulher.
Para a saúde dos paulistanos, a deputada propõe a criação do programa “Saúde nos Trilhos”, que promete ampliar o horário de atendimento das Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) em áreas próximas de sistemas de transporte de alta capacidade. A candidata tem como meta a universalização dos serviços de telemedicina - o atendimento de saúde virtual - aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), na capital paulista.

O plano de governo reserva um bloco de propostas exclusivamente para o tema saúde mental, com ideias como: fortalecer a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), ampliar o número de Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e implantar equipes especializadas nas UBS’s para aumentar os cuidados com a saúde mental.
A candidatura do PSB também sugere redesenhar as linhas de ônibus para, de acordo com a chapa, reduzir o tempo das viagens e evitar a sobreposição com outros meios de transporte. Além disso, o plano de governo planeja aumentar a velocidade de circulação dos ônibus de São Paulo em corredores e faixas exclusivas, elevando a quilometragem atual.

Ainda há a previsão de expansão da rede de ônibus elétricos na cidade de São Paulo e modificação do sistema de remuneração de empresas concessionárias.
De acordo com levantamento do SEADE(Sistema Estadual de Análise de Dados), entre maio e junho deste ano, houve a criação de 48 mil postos de trabalho no estado em razão de 656 mil admissões e 608 mil desligamentos.
Na área econômica, a campanha cita a criação de Distritos de Desenvolvimento Econômico nas zonas norte, leste e sul e no centro da cidade, com a intenção de fomentar a economia local por meio de incentivos fiscais e identificar potenciais vocações de cada região.

A chapa do PSB é a única 100% feminina na corrida eleitoral, tendo como candidata à vice-prefeita a professora Lúcia França. Casada com o ministro Márcio França há quase 40 anos, Lúcia é formada em pedagogia e pós-graduada em Direito Educacional.

A professora de 62 anos, foi primeira-dama de São Vicente entre os anos 1997 e 2005, e do estado de São Paulo em 2018. Nas eleições de 2022, Lúcia foi candidata à vice-governadora na chapa de Fernando Haddad (PT), chegando a disputar o segundo turno.
Faltando pouco mais de um mês para o primeiro turno das eleições municipais (06/10), o povo brasileiro se prepara para voltar às urnas e eleger seus prefeitos.
Neste ano, sete dos nove candidatos buscam a reeleição nas capitais nordestinas, sendo que quatro lideram as pesquisas. Esta será a primeira eleição municipal desde a pandemia, que afetou o comparecimento popular às urnas. Em algumas das principais capitais da região, houve quase 20% de abstenção de votos em 2020.
Conheça o panorama das intenções de voto nas nove capitais nordestinas nas eleições municipais de 2024. Segundo o critério da AGEMT, somente serão citados candidatos das nove capitais do nordeste que marcaram acima de 10% nas pesquisas de intenção de votos registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Aracaju – Sergipe

A direita lidera as pesquisas de intenção de voto na capital de Sergipe, segundo estudo da Quaest divulgado em 26/08. Emília Corrêa, do Partido Liberal (PL) está em primeiro lugar, com 26%. Em seguida, a Delegada Danielle do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) com 19% e em terceiro lugar a deputada federal Yandra do União Brasil com 13%. Aracaju é a única capital nordestina que duas mulheres ocupam as primeiras posições em intenções de votos, além de também ser a única capital do Brasil onde há mais candidatas mulheres do que homens em busca da prefeitura. A vereadora, Emília Corrêa, se filiou ao PL no início do ano e recebe apoio do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro.
Fortaleza – Ceará

Em Fortaleza, o candidato Capitão Wagner (União) lidera as pesquisas com 31% das intenções de voto segundo a publicação da Quaest em 22/08. José Sarto do Partido Democrático Trabalhista (PDT), atual prefeito da cidade, está com 22%.
Até janeiro deste ano, segundo a pesquisa da Atlas Intel, José Sarto tinha a quarta pior aprovação entre todos os prefeitos das capitais brasileiras, com apenas 25% dos fortalezenses classificando a gestão dele como ótima ou boa. O panorama melhorou para o atual prefeito da capital cearense, segundo o Instituto Paraná. Porém, seu mandato continua tendo uma rejeição maior que sua aprovação. É visto que 43,1% aprovam a gestão, 53,1% reprovam e 3,8% não sabem/não opinaram.
O deputado estadual Evandro Leitão (PT) e o deputado federal André Fernandes (PL) estão empatados com 14% das intenções de voto.
João Pessoa – Paraíba

Segundo a Quaest Pesquisa e Consultoria, João Pessoa é uma das capitais nordestinas com chances de eleição no primeiro turno. O atual prefeito, Cícero Lucena do Partido Progressista (PP) possui 53% das intenções de votos na publicação de 27/08.
Em segundo lugar, com 12% de votos está o deputado estadual Luciano Cartaxo (PT), na oposição e com apoio do presidente Lula. Em 2012 e em 2016 Cartaxo foi prefeito de João Pessoa, mas hoje é o candidato com maior rejeição na cidade, com 49%.
Maceió – Alagoas

O atual prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL), conhecido como JHC, lidera a disputa eleitoral com 74% das intenções de voto, segundo pesquisa Quaest divulgada em 29/08. Essa mesma pesquisa revelou que 75% dos entrevistados avalia positivamente a gestão de JHC, apoiado pelo ex-presidente Bolsonaro. O prefeito não compareceu ao primeiro debate entre candidatos em Maceió realizado no dia 02/09 e foi criticado por Rafael Brito.
Natal – Rio Grande do Norte

No Rio Grande do Norte, Carlos Eduardo, do Partido Social Democrático (PSD), está à frente nas principais pesquisas para a prefeitura de Natal, com 44% das intenções de votos válidos segundo a Pesquisa Quaest. Carlos Eduardo foi prefeito da capital potiguar de 2013 a 2018, renunciou para concorrer ao cargo de governador e perdeu, mas lidera nas pesquisas.
O deputado federal Paulinho Freire (União) possui o apoio do atual prefeito Álvaro Dias do partido Republicanos, mas conta com apenas 15% dos possíveis votos dos natalenses. A candidata do PT, a deputada federal mais bem votada do Rio Grande do Norte, Natália Bonavides, se aproxima dele na pesquisa, agora com 14%.
A rejeição de Carlos Eduardo é menor do que a de Paulinho Freire e Natália Bonavides, mas não por muito – atualmente 29% contra 38% e 37%, respectivamente. A grande diferença é que apenas 6% dos entrevistados da capital afirmam não conhecer o candidato do PSD, enquanto 29% não conhecem o candidato do União Brasil e 32% a candidata do PT.
Recife – Pernambuco

As eleições municipais da capital pernambucana contam com oito candidatos à prefeitura. O principal nome, com enorme disparidade, é o atual prefeito João Campos do Partido Socialista Brasileiro (PSB), com 80% das intenções de voto segundo a pesquisa Quaest, divulgada no dia 22/08. Esse é o segundo maior favoritismo das capitais brasileiras, perdendo apenas para o atual prefeito de Macapá, Dr. Furlan, com 91%. Na corrida pela prefeitura de Pernambuco, os candidatos mais relevantes depois de Campos não ultrapassam 10% das intenções de voto.
João Campos é o prefeito com os melhores índices de aprovação e rejeição do Nordeste, segundo a última pesquisa do Datafolha, divulgada no dia 02/09. Com 70% dos recifenses falando que a atual gestão é ótima ou boa, 25% classificaram como regular, 4% como ruim ou péssimo e 1% não soube responder. Esta poderá ser a quarta vez seguida que um prefeito do PSB é eleito na capital pernambucana, além de também ser a sexta vez seguida que um candidato relacionado a família Campos-Arraes ganhe a eleição em Recife.
Salvador – Bahia

A maior capital do Nordeste também possui um candidato na liderança com larga vantagem em relação ao segundo colocado. Segundo o Instituto Paraná Pesquisas, o atual prefeito, Bruno Reis (União), está com 68,1% das intenções de votos dos soteropolitanos. É o terceiro candidato de capital nordestina com maior intenção de votos.
O atual prefeito tem o apoio de Jair Bolsonaro, mas continua a crescer nas pesquisas de intenção de voto em Salvador. Aparentemente o apoio de Bolsonaro não impacta negativamente a campanha de Bruno Reis, mesmo que o ex-presidente tenha apenas 29,27% dos votos na capital baiana, contra 70,73% do presidente Lula.
O principal concorrente, Geraldo Júnior (MDB), conta com apenas 9,8% das intenções de voto dos soteropolitanos, mesmo com o apoio do partido do presidente da república e do governador do estado, que tiveram grande vantagem nas eleições nacionais e estaduais na cidade em 2022.
A eventual eleição de Bruno Reis também pode significar a volta de uma família tradicional ao poder da Bahia, pois um dos maiores pilares do atual prefeito é o ACM Neto, da famosa família Magalhães. ACM Neto perdeu a eleição para governador do estado em 2022, mas com uma vitória e uma alta popularização do prefeito de Salvador, que chega na casa dos 76%, segundo o Instituto Paraná Pesquisas. Podendo significar uma reviravolta política baiana em 2026.
São Luís – Maranhão

O atual prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD) está concorrendo à reeleição. Segundo a pesquisa do Instituto Solução, publicada em 16/08, Eduardo Braide está com 46% das intenções de voto, seguido do deputado federal Duarte Júnior (PSB), com 23% e do deputado estadual Wellington do Curso do Partido Novo, com 12%. A mesma pesquisa indica que a gestão de Eduardo Braide tem 72% de aprovação.
A chapa de Duarte Júnior faz parte de uma coligação que inclui o PT e o PL candidato tem mais de 60% do horário de propaganda eleitoral. Duarte tem o apoio de Lula e de Carlos Brandão (PSB), governador do Maranhão, mas Bolsonaro endossa Dr Yglésio do Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), atualmente com 9% das intenções de voto.
Teresina – Piauí

Enquanto os atuais prefeitos de Recife e de Maceió possuem larga vantagem em relação aos adversários, em Teresina a atual gestão de Dr. Pessoa do Partido Renovação Democrática (PRD), conta com apenas 5% das intenções de votos, segundo a última pesquisa da Quaest, divulgada no dia 26/08. A pesquisa também aponta que a atual rejeição do prefeito da maior cidade do Piauí é de 79%. A cabeçada de Dr. Pessoa no candidato da oposição, Francinaldo Leão do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), no debate ao vivo da Band no dia 08/08, contribuiu fortemente para os números negativos.
Os principais nomes na disputa pela prefeitura são Silvio Mendes (União Brasil), com 46% de intenções de votos, seguido de Fábio Novo (PT), com 37%.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), anunciou nesta segunda-feira (9) a deputada Macaé Evaristo (PT-MG) como a nova ministra dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC), após demissão de Silvio Almeida da liderança da pasta.
Evaristo foi convocada a assumir o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania pelo próprio presidente Lula, que logo declarou as boas-vindas à professora. “Temos muito trabalho pela frente e sigo esperançosa, com o compromisso de uma vida na luta de direitos", declarou a deputada por meio das redes sociais. A nomeação de Macaé será publicada em edição extra no Diário Oficial da União.
A exoneração de Silvio Almeida ocorreu após denúncias de assédio sexual e moral contra o ex-ministro. O caso veio a público na última quinta-feira (5), através da coluna do jornalista Guilherme Amado no jornal Metrópoles, quando a ONG Me Too Brazil, que acolhe vítimas de violência sexual, confirmou a existência das denúncias para a plataforma e divulgou os casos, sem revelar o nome dos denunciantes.
De acordo com a organização, as vítimas foram atendidas por meio dos canais de comunicação e receberam acolhimento psicológico e jurídico. Elas tiveram dificuldades para terem suas denúncias validadas, em vista disso autorizaram que o caso fosse anunciado à imprensa.
No mesmo dia da exposição do caso, Almeida negou a situação através de um vídeo divulgado nas redes sociais. “Toda e qualquer denúncia tem que ter materialidade. O que posso perceber dessa matéria é que são ilações absurdas para diminuir minha existência”, declarou.
Uma das vítimas a acusar o ex-ministro foi a ministra Anielle Franco. Ela se pronunciou na última sexta-feira (6), após a demissão de Silvio, declarando que “não é aceitável relativizar ou diminuir episódios de violência”, e que a posição do presidente Lula de reconhecer a gravidade do fato e agir perante as acusações foi a decisão correta. Franco também agradeceu as mensagens de solidariedade, pediu para que respeitassem o momento sem pressionar para um novo posicionamento e que está disposta a contribuir com as apurações.
O projeto Me Too declarou acreditar que denunciar um agressor em posição de poder ajuda a quebrar o ciclo de impunidade e o caso pode dar coragem a mais mulheres para denunciarem seus abusadores.
Por recomendação do presidente, Almeida se reuniu com os ministros da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius Carvalho, e da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, na quinta-feira (5), no Palácio do Planalto, para dar explicações sobre as acusações. Na reunião, ele apresentou elementos como vídeos e mensagens com Anielle para tentar rebater a acusação.
Silvio Almeida nega todas as alegações e diz que irá processar todas as pessoas que o acusarem sem provas. O ex-ministro diz estar sofrendo campanha de difamação e racismo. Em nota, ele afirma ter pedido a Lula para ser demitido do cargo, para que sua presença não atrapalhasse as investigações, além de enfatizar a importância do combate à violência sexual. Entretanto, no Diário Oficial da União (DOU), não consta que a exoneração ocorreu “a pedido”, como é de praxe neste tipo de publicação.
A Polícia Federal irá apurar o caso e a Comissão de Ética Pública da Presidência da República também abriu procedimento preliminar para esclarecer os fatos, de acordo com o governo. Com isso, os envolvidos na investigação devem ser chamados para depoimentos.
Sem a indicação de Lula, Rita Cristina de Oliveira, secretária executiva do Ministério dos Direitos Humanos, deveria assumir o cargo, até então, vago. Porém, ela se demitiu cerca de 1h após o ex-chefe. Por meio das redes sociais, prestou apoio, “lealdade, respeito e admiração” a Silvio.
Com o pedido de demissão, a outra opção para comandar o MDHC seria a ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck. Com o anúncio de Macaé, Esther não chegou a ser oficialmente anunciada.
Guilherme Castro Boulos, 42 anos, é filiado ao PSOL e representado pelo número 50. Formado em Filosofia pela Universidade de São Paulo (USP), se especializou em psicologia clínica e tem mestrado em psiquiatria. Boulos também já atuou como professor na rede pública de ensino da capital paulista.
Aos 15 anos, ingressou no movimento estudantil, quando era militante da UJC (União Juventude Comunista). Pouco depois, conheceu o MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) e o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), onde chegou a atuar como coordenador.
Foi candidato à presidência em 2018, quando se filiou ao PSOL, e à prefeitura de São Paulo em 2020, mas não foi eleito. Em 2022, concorreu ao cargo de deputado federal e se tornou o deputado mais votado de São Paulo com 1.001.472 votos. Entre candidatos de todo o País, ele obteve a segunda maior votação, em primeiro lugar ficou o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) com 1.492.047 votos.

E a vice?
Marta Suplicy, ex-prefeita de São Paulo, ex-ministra de Estado, Turismo e Cultura é a candidata a vice-prefeita na chapa. Entre seus feitos na capital, o principal foi a criação do Bilhete Único, sistema que garantiu ao usuário do transporte o pagamento de apenas uma passagem, mesmo que ele utilizasse quatro ônibus para se locomover até seu destino.
Durante seu mandato, Marta também criou os Centros Educacionais Unificados. A ideia foi que os CEUs fossem implantados nas periferias da cidade e oferecessem educação em período integral e aos finais de semana, se tornassem opções de lazer para as comunidades. Atualmente, São Paulo conta com 58 Centros Educacionais Unificados (CEUs).
Apoio do Planalto
Boulos é o candidato apoiado pelo presidente da República, Lula da Silva (PT). A relação entre o psolista e o petista é antiga, em suas participações nos atos de campanha, Lula conta sobre o primeiro encontro entre os dois, em 2003, no primeiro mandato do petista como presidente.
Na ocasião, o candidato a prefeito de São Paulo liderava o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) e estava à frente de uma ocupação em um terreno vazio da Volkswagen em São Bernardo, cidade que é berço político de Lula.

Foto: Reprodução/Ricardo Stuckert
Principais propostas
“Para mim, esse propósito (do porque estar na política) foi sempre muito claro. Quando eu penso porque eu estou na política, eu penso nas minhas filhas. Eu penso no futuro. Eu penso em uma sociedade absolutamente injusta. Uma cidade que poderia ser muito mais humana”, afirmou Guilherme Boulos ao ser questionado sobre sua evolução profissional, em entrevista para a jornalista Natuza Nery, no podcast “O Assunto” do G1.
Principal bandeira de luta do candidato, o assunto moradia é recorrente em atos e entrevistas, já tendo afirmado que “é uma questão de honra” diminuir o déficit habitacional. O candidato propõe em seu plano de governo se basear em três pilares: construção de novas moradias, melhorar moradias em situação precária e obras de infraestrutura externa juntamente com melhoria habitacional.
O psolista defende a revitalização do centro da cidade, com planos de realização de retrofit nas construções abandonadas.

No âmbito do transporte, o deputado do PSOL é favorável à ampliação da tarifa zero - atualmente, a tarifa dos transportes públicos é gratuita somente aos domingos -, além de estimular a eletrificação dos ônibus de São Paulo.
Sobre a viabilidade financeira de implementar a tarifa zero, Boulos afirmou que “o subsídio (das empresas de ônibus) só aumentou nos últimos três anos e o número de ônibus em circulação reduziu, então a população tem um serviço pior e a prefeitura paga mais”, em participação no podcast “O Assunto”. Na visão do candidato, o primeiro passo para discutir o tema é diminuir o gasto “desnecessário” com as empresas de transporte, uma vez que o custo da tarifa zero é “pouco relevante” em relação ao montante com o subsídio.
Boulos propõe um projeto de financiamento através do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para arcar com o custo inicial dos ônibus elétricos. De acordo com o candidato, a circulação de uma frota elétrica é mais barata em comparação com o ônibus movido à diesel.
A chapa Boulos e Marta também propõe a implementação do “Poupatempo da saúde”, programa para diminuir o tempo de espera de acesso aos serviços de saúde. “É uma espécie de policlínica, que envolve exame, centro diagnóstico e consulta”, disse o candidato, em “O Assunto”. “A nossa meta é fazer 16 poupatempos da saúde espalhados pela cidade, nas áreas de maior vazio assistencial”, completou. Essas policlínicas serão responsáveis por aumentar a oferta de exames e consultas.
O deputado sugere também uma articulação maior entre a prefeitura, governo estadual e federal para a administração das unidades de saúde, em especial das filas de espera. Em uma entrevista com Gonzalo Vecina e Marianne Pinotti, médicos que auxiliaram na construção do plano de governo no âmbito da saúde, Guilherme Boulos destaca: “veja, pega a zona sul, você tem Parelheiros e Grajaú, dois distritos vizinhos. O hospital de Grajaú é do Estado e o de Parelheiros é do município. Você vai para a zona leste, São Mateus e Cidade Tiradentes. O (hospital) de São Mateus é do Estado, da Cidade Tiradentes é do município. Precisa ter esse diálogo e a prefeitura assumir sua pró-atividade.”
O candidato do PSOL traçou pilares para a melhoria da situação da Cracolândia - região central da cidade que, há anos, enfrenta questões relacionadas ao tráfico de drogas e à dependência química. Boulos sugere a integração do CAPS móveis - um consultório de rua especializado em saúde mental que ficaria em diferentes pontos da região, oferecendo abordagem local para os usuários.
Este trabalho seria integrado aos serviços de assistência social para oferecer “acolhimento humanizado” e “geração de emprego fora da cena de uso”. O último pilar é relacionado à segurança pública, com aumento na fiscalização de agentes, julgamento e afastamento dos beneficiados pelo tráfico na região. O candidato também prega um aumento da investigação do chamado “fluxo do tráfico”, em conjunto com a Polícia Civil.

A AGEMT fará a cobertura das eleições municipais das capitais de todo Brasil e o perfil dos candidatos da cidade de São Paulo.
Na cobertura da disputa à prefeitura de Vitória, a AGEMT fará reportagens com perfis dos principais candidatos na capital do Espírito Santo. Como critério, foram considerados os nomes que marcaram acima de 10% nas pesquisas de intenção de votos registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
João Coser - PT

Ao contrário de capitais como São Paulo e Rio de Janeiro, onde o Partido dos Trabalhadores não tem candidato próprio e apoia o PSOL, João Coser foi escolhido como candidato em Vitória. Formado em Direito pelo Centro Universitário de Brasília (UniCEUB), usa o passado a seu favor e as possíveis parcerias com o governo federal.
Sua trajetória política é extensa, tendo sido prefeito de Vitória em duas ocasiões, 2004 e 2008. Foi membro fundador do Partido Trabalhista (PT) no Espírito Santo, logo após a fundação da legenda em 1980, e sempre esteve com o número 13. Coser é atualmente deputado estadual.
A vice da chapa, apoiada pelo PCdoB, PV e PDT sob a coligação Vitória em Primeiro Lugar, é Priscila Manso (PV). Presidente do partido em Vitória, formou-se em turismo, estudou em Barcelona e é ativista ambiental e pela causa animal. Na cerimônia de anúncio, Coser ressaltou que a escolha se deu pelas capacidades de Manso, além do compromisso com a igualdade de gênero e representatividade do partido.
Dentre as principais propostas está a de trazer Vitória de volta ao caminho certo por meio da inclusão e acolhimento de todas as pessoas. O candidato promete que se eleito fará uma gestão voltada aos mais necessitados, além de impedir que a direita continue no comando da cidade, deixando o pobre fora do orçamento e das prioridades.
Na campanha eleitoral gratuita, com 1 minuto e 57 segundos, relembra o período em que ocupou a prefeitura, mostrando as obras de infraestrutura entregues em seus mandatos, com destaque às 15 escolas e 8 unidades de saúde. Sobre a infraestrutura da cidade, pretende entregar ainda mais obras, por meio de uma parceria sólida com o presidente Lula (PT), outra grande promessa de campanha.
Lorenzo Pazolini - Republicanos
Atual prefeito, Pazolini de 42 anos é formado em Direito e promete continuar o seu trabalho. O ex-deputado estadual e ex-delegado de polícia filiou-se ao Republicanos em 2019, por alegar não se identificar com os ideais do Patriotas, partido que incorporou sua antiga legenda, o PRP.
Eleito em segundo turno após derrotar João Coser em 2021, tenta a reeleição apoiado por 5 partidos: PSD, PP, PRD, Novo e DC. A vice da chapa é a empresária Cris Samorini (PP), escolha envolta por várias questões. Ex-presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), traz a candidatura o peso de alguém próximo das demandas do mercado, e o possível apoio das mulheres.
Com o maior tempo de propaganda eleitoral, 2 minutos e 37 segundos, e com o benefício de ser o atual prefeito, bate na tecla de continuar o que vem fazendo. Pazolini visa melhorar os serviços públicos da capital capixaba, com foco na educação. Para isso pretende principalmente expandir os colégios municipais com ensino integral.
A candidatura promete também diminuir a violência no trânsito, uma de suas prioridades, com o aumento da educação na área, desde as escolas. Além disso, propõe uma gestão amiga do meio ambiente, com a manutenção da iniciativa atual que visa plantar uma árvore para cada cidadão em Vitória.
A vitória já no primeiro turno é possível, mas destaque-se de fato na pesquisa a porcentagem de bolsonaristas declarados que pretendem votar no atual prefeito. Segundo a Quaest, esse número é de 72%, mesmo com o partido do ex-presidente tendo candidato próprio na disputa, o militar da reserva Assumção.
Luiz Paulo Vellozo Lucas - PSDB

Fechando os três candidatos com maior intenção de voto, há um candidato tucano. Nascido em Vitória e formado em Engenharia de Produção pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Luiz Paulo é considerado a opção de centro na disputa. É apoiado pelo Cidadania, União Brasil, PSB, PMB e MDB.
O representante do PSDB, filiado desde 1993 à legenda, já foi prefeito da cidade duas vezes, de 1997 a 2004, e eleito deputado estadual em 2006. Apesar do passado de conquistas na política, seu retrospecto mais recente tem a derrota na disputa de governador do estado em 2010. Ele também perdeu, dois anos depois, a tentativa de reassumir o executivo da capital, e em 2014 fracassou também para se eleger deputado federal.
10 anos depois de sua última experiência eleitoral, o atual servidor do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) volta aos palanques ao lado de Victor Ricciardi Rocha, do União Brasil. O vice na chapa é acreano, advogado e presidente do seu partido no Espírito Santo.
Com 2 minutos e 35 segundos de tempo de propaganda eleitoral gratuita, o candidato dá destaque às suas gestões anteriores, assemelhando-se à abordagem do candidato do PT, só que mais intensa aqui. A partir da atuação pretérita, promete então fazer de novo uma administração que transforme o presente de Vitória no futuro.
Uma das principais bandeiras da campanha é em relação à segurança pública. A guarda municipal da cidade foi criada por Lucas em 2003, durante seu segundo mandato, e agora, ele promete integrar novamente o órgão com a polícia militar. Outra proposta de campanha é a de urbanizar zonas da cidade mais pobres, aludindo aos feitos realizados por ele nos anos 2000 com o Projeto Terra.