Porto Velho:
Na capital de Rondônia, os candidatos que passaram para o segundo turno foram Mariana Carvalho, do União Brasil, com 44,53% dos votos, e Léo Moraes, do Podemos, com 25,65%. A cidade que teve durante o mês de agosto, por dias, a pior qualidade do ar do país (fator proveniente, principalmente, dos incêndios florestais) não teve muitos candidatos que priorizassem a questão climática em seu plano de governo.
Mariana Carvalho, entre suas principais propostas, expõe os projetos que pretende aplicar para incrementar a saúde e a educação. A médica pretende instaurar um programa de telemedicina para monitoramento e atendimento online, e a construção de um hospital municipal, com foco na instalação de leitos e na modernização de procedimentos. Para o campo educacional, a candidata pretende intensificar a alfabetização das crianças no ensino fundamental e redimensionar as grades para o ensino em tempo integral. Além disso, Mariana quer diminuir a evasão escolar e incentivar os jovens de zonas remotas, como ribeirinhos e comunidades rurais a permanecerem nas escolas. Nas questões ambientais, a candidata aponta para a importância da criação de uma brigada de incêndio para Porto Velho, mas sem se aprofundar muito nas raízes do problema.
Em debate organizado pelo Conselho Regional de Medicina de Rondônia (Cremero) e pela Rádio Rondônia, Léo Moraes mostrou suas ideias para a Prefeitura. O candidato reforçou sua preocupação com a Saúde Pública e o saneamento básico, e afirmou que, se eleito, pretende levar um plano de cargos para a câmara municipal, e reorganizar funções para o melhor gerenciamento da saúde na cidade. Além disso, o candidato também foi questionado sobre a geração de emprego e renda para a população jovem. Léo diz que encaminhou recursos ao IFRO (Instituto Federal de Rondônia) para capacitar os jovens nos grandes bolsões populacionais, como os conjuntos habitacionais e também aponta que as crianças precisam ter senso crítico para debater robótica, educação financeira e empreendedorismo.

Mariana Carvalho, candidata a prefeitura de Porto Velho
Foto: Site oficial Republicanos

Foto: Site oficial Podemos
Macapá:
Na capital do Amapá, o candidato Antonio Paulo de Oliveira Furlan, conhecido como Dr. Furlan, do MDP, foi reeleito no 1º turno com 85,08% dos votos. Em entrevista para o G1 no mês passado, Furlan falou sobre suas propostas na área de Educação e Mobilidade Urbana. O médico pretende obter material pedagógico próprio para alunos da rede pública, implementar duas escolas de tempo integral por ano na cidade e aumentar o número de creches, afirmando que pela segunda vez consecutiva, Macapá foi a terceira capital do Brasil que mais cresceu em nota.
Já para a Mobilidade Urbana, o candidato tem em vista executar obras de mobilidade urbana, com implantação de sarjeta e meio fio como microdrenagem para evitar alagamentos na cidade. Furlan diz que já foram feitos 70 quilômetros de calçadas e irá fazer a maior obra de macrodrenagem da história de Macapá com a primeira etapa do canal do Beirol e da Bacia das Pedrinhas.
No seu plano de governo, o médico busca concluir as obras do Hospital Maternidade na zona norte e expandir as unidades básicas de saúde. Além disso, também planeja renovar a frota da Guarda e da Defesa Civil com novas viaturas, reforçando-as para um monitoramento mais eficaz de áreas de risco.

Foto: Agência Brasil
Boa Vista:
Boa Vista não terá segundo turno, o candidato Arthur Henrique, do MDB, foi reeleito no primeiro turno com 75,18% dos votos. Natural da capital de Roraima, governará o município por mais quatro anos, nos quais pretende dar continuidade aos projetos iniciados em seu primeiro mandato, com destaque aos campos da educação, infraestrutura e mobilidade urbana.
Na saúde, os projetos incluem melhorias dos sistemas de adesão e hospitalidade, e a criação de unidades de atendimento e centros especializados de tratamento. Relevam-se, em seu plano de governo, a inauguração de uma nova UPA (Unidade de Pronto Atendimento), um novo bloco para o Hospital da Criança Santo Antônio (HCSA), e a construção de um Centro Espacializado em Autismo. Ainda em planos de infraestrutura, Arthur pretende criar um segundo centro de abrigo para idosos.
Para a mobilidade urbana, destacam-se o recapeamento de ruas e avenidas, a construção de um viaduto no cruzamento das avenidas Brigadeiro Eduardo Gomes e Venezuela, ambas muito movimentadas. O projeto contará com 3 pavimentos, o que, segundo o candidato, servirá como rotas alternativas de tráfego durante as obras.

Manaus:
Na capital amazonense, as eleições resultaram no segundo turno entre David Almeida, atual prefeito (Avante), que conquistou 32,16% dos votos, e o capitão Alberto Neto (PL), com 24,94%.
Os pontos principais do programa de governo de David Almeida incluem a construção do Hospital Dia com a incrementação de centro de diagnósticos e tratamentos para casos menos graves de saúde. No âmbito educacional, as propostas concentram-se na educação básica, visando à permanência estudantil e instauração de períodos integrais nas escolas: é objetivo do programa “Mais Tempo na Escola”.
No programa de governo de Alberto Neto, há um notável ênfase ao restabelecimento do poder público sobre a cidade, conforme o termo “Choque de Ordem”, usado em seu projeto de governo oficial: projetos de segurança pública e educação recebem maior atenção do capitão. Destacam-se a criação do Centro de Controle e Comando Municipal, que integrará o monitoramento e gestão das esferas da segurança, mobilidade e de tráfego. O capitão também pretende desenvolver a iluminação pública da cidade com a instalação da tecnologia LED. No âmbito educacional. Neto deseja implementar o modelo municipal de escolas cívico-militares, baseando-se em projetos como os de Tarcisio (atual governador de São Paulo) e do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Foto: UOL notícias

Foto: Site oficial Republicanos
Belém:
Na capital do Pará, os candidatos que disputam o segundo turno são Igor Normando (MDB), com 44,89% dos votos, e o Delegado Eder Mauro (PL) com 31,48% dos votos.
No plano de governo de Normando destacam-se projetos para a dinâmica urbanística da cidade, como o uso de terrenos baldios para a implementação de estacionamentos. Sobre os alagamentos que atormentam Belém constantemente, o advogado propôs uma medida de monitoramento remoto para a prevenção de possíveis locais de acúmulo de água. Em relação ao transporte público, o candidato se coloca em defesa do não aumento de passagens e pretende investir no modal aquaviário e na instauração de ciclovias.
O plano de governo de Éder Mauro pretende incrementar o empreendedorismo da cidade com o programa “Desenvolve Belém”, que busca atrair, através de políticas tributárias e negociações, o investimento de empresas para o dinamismo econômico da cidade. No âmbito dos serviços de saúde para a população, o delegado quer incorporar ao sistema da cidade o “Poupatempo da Saúde de Belém”, que busca melhorar os atendimentos e agilizar processos hospitalares e de urgência.

Foto: câmara.leg.br

Foto: câmara.leg.br
Palmas:
Em disputa bem acirrada, a capital de Tocantins vai ao segundo turno com a decisão entre: Janad Valcari (PL) que obteve 39,22% dos votos, e Eduardo Siqueira Campos (Podemos) com 32,42%. Ambos os candidatos conquistaram mais de 50% dos votos válidos.
No programa de governo de Janad, destacam-se: A criação de projetos para ampliação da adesão para crianças no ensino público, com ensino em tempo integral. Na segurança, a candidata pretende praticar o que chama de “patrulhamento preventivo” nos espaços públicos. Na saúde, os projetos incluem a agilização dos atendimentos e tratamentos e a inauguração de Ambulatórios de Atenção à Saúde, as AMAS.
Eduardo Siqueira Campos, em seu plano de governo, aponta suas preocupações para os campos educacionais e segurança: pretende instaurar novas escolas de tempo integral e creches. O fortalecimento da Guarda Civil Metropolitana de Palmas está no radar do candidato: acelerar os processos de recrutamento e a transformação da instituição em autarquia — liga-la diretamente ao gabinete do prefeito — são ferramentas visadas para tal ato. Na saúde, Campos aspira à criação de novas Unidades Básicas de Saúde (UBS).

Foto: Canal 63

Foto: UOL notícias
Rio Branco:
Na capital do Acre, o candidato Tião Bocalom do PL, foi reeleito com 54,82% dos votos. Rio Branco também foi um dos Estados mais afetados pelas queimadas e voltou a ter pior qualidade do ar entre as capitais que já destruíram 100 mil hectares do local. Diante disso, um dos grandes desafios que Bocalom enfrenta para sua Prefeitura, é lidar com a catástrofe climática. O atual prefeito, elenca “22 compromissos com Rio Branco” que deve assumir, caso reeleito. Dentre as propostas, destacam-se projetos de saúde, educação, meio ambiente, infraestrutura, mobilidade urbana e transporte público, saneamento básico, habitação e segurança. Seguindo a ordem listada, para área da Saúde, o candidato procurar ampliar centros que atendem pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), construção de sede de Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Infantojuvenil, implementação de eletrocardiogramas e cirurgias de pequena complexidade em todas as Unidades de Referência em Atenção Primária (Uraps), ampliação de atendimento para pessoas em situação de rua no período noturno, estruturação do Centro de Zoonoses para monitorar possíveis doenças e ampliação do número de profissionais da saúde.
No quesito educação, Bocalom diz que prioriza estes tópicos por ser educador. Ele pretende abrir três mil vagas, para berçários, creches, pré-escola, anos iniciais do ensino fundamental, Educação de Jovens e Adultos (EJA) e Educação de Tempo Integral. Além de implementar internet via satélite para escolas rurais, duas escolas centralizadas e continuar distribuindo tablets e notebooks.
Finalizando sua proposta de governo, Bocalom reassumiu a oferta do serviço de fornecimento de água potável e de tratamento de esgoto na capital, por meio do Serviço de Água e Esgoto (Saerb). Além disso, o candidato também procura criar um sistema chamado, Programa Água 24h, que trata-se de complementar a captação de água com mais duas matrizes, perfurações de poços artesianos profundos para abastecimento de água e lagos, elevar o tratamento de esgoto para 40% e o índice de abastecimento de água tratada para 90%, em perímetro urbano.

Foto: G1
Cuiabá (MT)
Os candidatos Abílio Brunini, do Partido Liberal (PL), e Lúdio Cabral, do Partido dos Trabalhadores (PT), irão disputar o segundo turno da eleição para a prefeitura de Cuiabá (MT) no domingo, dia 27 de outubro.
Conforme os dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Brunini recebeu 126.944 votos, correspondendo a 39,61% do total de votos válidos entre todos os candidatos. Por sua vez, Lúdio obteve 90.719 votos, o que representa 28,31%. Essas informações são referentes ao 1º turno, realizado neste domingo (6). Em terceiro lugar, muito próximo do candidato petista, está Eduardo Botelho (União), com 27,77%. Em último lugar ficou Domingos Kennedy, do Partido Movimento Democrático Brasileiro (MDB), com 13.805 votos (4,31%).
A eleição em Cuiabá contabilizou 342.884 votos, incluindo 9.888 em branco, que representam 2,88% do total, e 12.551 nulos, correspondendo a 3,66%. A taxa de ausência foi de 102.186 eleitores, ou seja, 22,96% do total de cidadãos aptos a votar nas eleições de 2024 na capital.

Foto: ALMT | Zeca Ribeiro/Agência
Principais propostas dos candidatos
Abílio Brunini
Na saúde, Brunini promete a criação de Vilas de Saúde em todos os distritos sanitários da capital. No transporte, assegura a implementação de uma faixa azul exclusiva para motos e a criação de paradas para embarque e desembarque de passageiros via aplicativos. Já na educação, Abílio quer promover a ampliação da educação infantil e a adoção do Método Montessori. No âmbito da segurança, visa a formação de uma parceria com a Polícia Militar e a Guarda Municipal para reforçar a segurança nas escolas.
Lúdio Cabral
Cabral, no campo da saúde, quer garantir a disponibilidade de profissionais de saúde mental, como psicólogos e psiquiatras, nos Centros de Especialidades Médicas e Policlínicas. Em transporte, promete que a tarifa do BRT permaneça em 1 real pelos próximos cinco anos. Na segurança, visa à criação da Guarda Municipal com um Plano de Cargos, Salários e Carreira. Na área da educação, apresenta a proposta de realizar um concurso público com o objetivo de contratar profissionais para a educação.
Goiânia (GO)
Os candidatos Fred Rodrigues, do Partido Liberal (PL), e Sandro Mabel, do União Brasil, vão disputar o segundo turno da eleição para a prefeitura de Goiânia (GO) no domingo, dia 27 de outubro.
Conforme os dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com 100% das seções totalizadas, Fred Rodrigues recebeu 214.253 votos, equivalente a 31,14% dos votos válidos. Ele é o candidato apoiado por Jair Bolsonaro na disputa. Mabel obteve 190.278 votos, o que representa 27,66%. Em terceiro lugar, a advogada e deputada federal Adriana Accorsi, do Partido dos Trabalhadores (PT), somou 24,44% dos votos. Em último lugar, o Professor Pantaleão, do partido Unidade Popular (UP), que obteve 0,24%, totalizando 1.657 votos.
A eleição em Goiânia registrou 688.010 votos válidos, representando 93,05% do total. Também foram contabilizados 21.199 votos em branco, tendo como valor 2,87%, e 30.197 votos nulos, que totalizam 4,08%. O comparecimento às urnas foi de 739.460 eleitores, ou 71,77% do total de pessoas habilitadas a votar, enquanto a abstenção atingiu 290.868 eleitores, o que corresponde a 28,23%.

Principais propostas dos candidatos
Fred Rodrigues
As propostas incluem a criação da Secretaria de Parceria Público-Privada, com a finalidade de promover uma integração eficaz entre os setores público e privado na gestão de diferentes áreas da administração municipal. O plano também enfatiza a modernização da administração por meio da digitalização de todos os processos burocráticos, abrangendo desde a solicitação de alvarás até o pagamento de taxas.
Outra iniciativa consiste na implementação do sistema de Voucher Creche e na ampliação dos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) em Goiânia, visando melhorar o acesso à educação infantil e a qualidade do atendimento. O projeto assegurará que todos os CMEIs funcionem em período integral, com prioridade nas vagas para crianças de famílias de baixa renda, enquanto os vouchers serão destinados a famílias de situação socioeconômica média.
Na área da segurança, a proposta busca expandir o Programa de Videomonitoramento, ampliando o sistema de câmeras de segurança em locais estratégicos da cidade e integrando-as a uma central de monitoramento em tempo real, em colaboração com as forças de segurança. Essa medida tem como objetivo aumentar a capacidade de resposta rápida e a prevenção de crimes.
Sandro Mabel
Entre suas principais propostas, destaca-se a melhoria da mobilidade urbana, permitindo que motocicletas transitem pelos corredores de ônibus. Essa medida tem como objetivo acelerar o fluxo de trânsito, garantindo a segurança e reduzindo o risco de acidentes.
Para fortalecer a segurança pública, o candidato propõe o uso de drones para monitorar as escolas da capital, em colaboração com forças de segurança, como a Guarda Civil Metropolitana de Goiânia, a Polícia Militar de Goiás e a Polícia Rodoviária. De acordo com o empresário, um agente de segurança dentro de um veículo poderá observar várias instituições de ensino ao mesmo tempo. Se notar qualquer atividade suspeita, ele poderá acionar a polícia, que chegará rapidamente ao local.
Na área da saúde, o candidato se compromete, se eleito, a oferecer atendimento pediátrico 24 horas nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e nos Centros de Atenção Integrada à Saúde da cidade, assegurando a efetividade do serviço e valorizando os profissionais da pediatria
Campo Grande (MS)
As candidatas Adriane Lopes, do Partido Progressistas (PP), e Rose Modesto, do Partido União, vão disputar o segundo turno da eleição para a prefeitura de Campo Grande (MS), no domingo, dia 27 de outubro.
Conforme os dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Adriane Lopes recebeu 140.913 votos, correspondendo a 31,67% do total. Rose Modesto contabilizou 131.525 votos, o que representa 29,56%. Essas informações são referentes ao 1º turno, realizado neste domingo (6). Em terceiro lugar, Beto Pereira, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), conquistou 115.516 votos, equivalente a 25,96%. Em último lugar, Ubirajara Martins, do Partido Democracia Cristã (DC), que recebeu 1.067 votos, representando apenas 0,24% dos votos válidos.
A eleição em Campo Grande registrou 481.399 votos, incluindo 16.968 votos em branco, que representam 3,52% do total, e 19.451 votos nulos, correspondendo a 4,04%. A taxa de ausência foi de 164.799 eleitores, equivalente a 25,50% do total de cidadãos aptos a votar nas eleições de 2024 na capital.

Foto: Reprodução/g1 MS
Principais propostas das candidatas
Rose Modesto
O programa de governo de Modesto inclui a construção de um Centro de Bem-Estar Animal em área rural, que terá como objetivos promover atividades de educação ambiental, acolher cães e gatos em situação de vulnerabilidade e resgatar animais silvestres que não podem ser reintegrados à natureza.
Além disso, a candidata Rose promete construir quatro novos terminais de ônibus e agilizar a compra de medicamentos em Campo Grande. Na área da educação, ela se compromete a valorizar os professores e a melhorar as condições de trabalho dos servidores, afirmando que irá manter a lei que estabelece o piso de 20 horas para os docentes.
Complementando suas propostas, o "Projeto Florescer" visa oferecer à população acesso à arte, cultura, esporte, lazer, reforço escolar e qualificação profissional.
Adriane Lopes
O programa de governo de Adriane inclui a proposta de criação de um Centro Médico de Cuidado com o Idoso.
Além disso, o projeto “Campo Grande na Rota Certa” visa transformar a cidade na capital da Rota Bioceânica, posicionando-a como um epicentro logístico para a integração e distribuição de mercadorias, além de se tornar um importante centro financeiro e de comércio exterior do Centro-Norte do Brasil.
No campo da educação, Adriane afirmou que, se reeleita, a educação será uma de suas principais prioridades. Entre as propostas apresentadas pela candidata, destaca-se a intenção de zerar a fila de espera por vagas na educação.
Além disso, ela pretende desburocratizar os serviços da Prefeitura de Campo Grande, prometendo implementar tecnologia e inovação durante seu mandato.
Neste domingo (6), os moradores das principais capitais do Sudeste foram às urnas para decidirem seus novos prefeitos e vereadores. Com a reeleição de Eduardo Paes (PSD) no Rio de Janeiro, Lorenzo Pazolini (Republicanos) em Vitória, Belo Horizonte segue para o segundo turno na disputa polarizada entre Bruno Engler (PL) e Fuad Noman (PSD).
A região Sudeste teve o maior índice de abstenção de votos em suas capitais, comparado a média nacional. De acordo com os dados coletados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 1,5 milhão (30,58%) de cariocas deixaram de votar neste primeiro turno, tornando o Rio de Janeiro a segunda capital com o maior número de não votantes. Em Belo Horizonte, 588.699 pessoas se abstiveram de seus votos e em Vitória 25,17% de seus eleitores não votaram. No total, Belo Horizonte (MG) teve 4,72% de votos em branco e 1.267.794 (63.61%) votos válidos, Rio de Janeiro (RJ), 3.045.054 (60.79%) votos válidos e 4,39% votos em branco e Vitória (ES), 187.840 (70.47%) votos válidos e 2.85% votos em branco.
Belo Horizonte (MG)

A cidade de Belo Horizonte terá segundo turno entre os candidatos Bruno Engler (PL) e Fuad Noman (PSD). O atual deputado do PL liderou o primeiro turno, com 34,38% dos votos válidos, foi o candidato mais jovem a concorrer e após sua participação no ato de 29 de setembro contra o ministro do STF, Alexandre de Moraes, suas citações nas redes sociais aumentaram consequentemente impulsionando sua popularidade. Engler deseja ampliar a participação do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros políticos de direita para a reta final de sua campanha.
O atual prefeito Fuad Noman iniciou sua campanha sendo desconhecido para 48% da população, mas aumentou nas pesquisas e assumiu o segundo lugar no primeiro turno com 26,54% dos votos. O presidente Lula confirmou seu apoio ao candidato nesta segunda-feira (7) através do ministro de Relações Institucionais, até o fim da semana a expectativa é que os candidatos de esquerda e centro-esquerda se alinhem à campanha de Noman.
Vitória (ES)

O atual prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos) recebeu 56,22% dos votos válidos, sendo reeleito para o cargo de prefeito em Vitória. Ele venceu em 2020 o segundo turno com 58,50% dos votos o ex-prefeito João Coser, que assumiu o cargo em 2005 e 2012.
Segundo a pesquisa divulgada no dia 2 de outubro pelo Paraná Pesquisas, 71,5% dos entrevistados avaliaram positivamente a administração de Pazolini enquanto 25,3% desaprovaram sua gestão.
Rio de Janeiro (RJ)

Eduardo Paes (PSD) foi reeleito com 60,47% dos votos válidos, ele caminha para o seu quarto mandato como prefeito da capital do Rio de Janeiro e é o candidato a ficar mais tempo no cargo.
O partido do atual prefeito elegeu mais de 16 vereadores para a câmara municipal, tendo a maioria dos representantes no legislativo municipal para 2025. Em seu primeiro discurso após a apuração, Paes agradeceu o apoio do presidente Lula e comemorou o apoio de diversos aliados políticos de diferentes partidos, como Otoni de Paula (MDB), Benedita da Silva (PT) e Jandira Feghali (PCdoB).
Os cidadãos paulistanos definiram os 55 nomes que ocuparão uma cadeira de vereador na cidade pelos próximos quatro anos no último domingo (06).
A coligação do atual prefeito e candidato à reeleição Ricardo Nunes, do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), composta por doze partidos, foi a grande vitoriosa, conseguindo eleger ao todo 36 vereadores. A chapa de Guilherme Boulos, do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), formada por oito siglas, vem em seguida com 16.
Entre os partidos, a maior bancada ficou com o PT, que perdeu um vereador e terminou com oito. O MDB do atual prefeito perdeu quase um terço de sua bancada e foi de onze para sete vereadores; União Brasil e PL também têm sete parlamentares cada.
O Podemos foi o partido que mais ganhou cadeiras na Câmara, saltando de dois para seis candidatos eleitos. O PSOL também ganhou uma cadeira, indo de cinco para seis. A Rede Sustentabilidade elegeu uma vereadora pela primeira vez na cidade e será o partido estreante na próxima legislatura com a vereadora Marina Bragante.
Já o Partido Social Democrático (PSD), comandado pelo ex-prefeito Gilberto Kassab, teve sua bancada reduzida pela metade, indo de seis para três vereadores. O Republicanos, partido do governador paulista Tarcísio de Freitas, também diminuiu sua bancada e vai de três para duas cadeiras.
O Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) não conseguiu eleger nenhum nome para ocupar uma cadeira de vereador. O candidato mais votado do partido foi Mário Covas Neto, filho do ex-governador Mário Covas e tio do ex-prefeito Bruno Covas, com apenas 5.825 votos.
Dos 51 vereadores que tentavam ser reeleitos para o cargo, 35 tiveram sucesso. Nomes importantes da política paulistana ficaram sem vaga, como Carlos Bezerra Jr. (PSD), Arselino Tatto (PT), Aurélio Nomura (PSD), Adilson Amadeu (União), Eli Corrêa (União), entre outros.
O atual presidente da Câmara Municipal, Milton Leite (União), não tentou se reeleger após 27 anos de mandato, porém conseguiu eleger seus dois candidatos Silvão Leite e Silvinho, todos do União.
Houve um aumento do número de mulheres no cargo, de treze para vinte parlamentares. Os partidos que mais elegeram mulheres foram PSOL e PL, com quatro vereadoras cada.
São Paulo terá ainda uma vereadora nascida em Cuba, Zoe Martinez - apoiadora do ex-presidente Jair Bolsonaro. A futura parlamentar veio para o Brasil aos 12 anos e naturalizou-se em 2018. Martinez ficou conhecida por sua atuação como comentarista política em uma rede de televisão, de onde foi demitida após abertura de inquérito do Ministério Público contra disseminação de desinformação.
Veja abaixo como ficou a composição de cada bancada:
Conheça os mais votados
Dos dez candidatos mais votados para vereador, seis são mulheres e quatro homens. Entre eles, cinco nunca ocuparam cargos políticos, quatro são vereadores que conseguiram a reeleição e uma foi eleita vereadora no município de Boituva (SP) em 2020.
Lucas Pavanato (PL)
O jovem de 26 anos foi o vereador mais votado da cidade de São Paulo, terminado o pleito com cerca de 160 mil votos.
Nascido em Sorocaba (SP), teve uma campanha amplamente apoiada por nomes importantes do bolsonarismo como o vereador Fernando Holiday, o deputado Nikolas Ferreira e do próprio ex-presidente Jair Bolsonaro.

Em 2022, Pavanato disputou o cargo de Deputado Estadual pelo Partido Novo, mas não conseguiu se eleger.
Ana Carolina Oliveira (PODE)
Com quase 130 mil eleitores, Ana Carolina foi a mulher mais votada na capital paulista em sua primeira eleição.
A futura vereadora ficou conhecida em 2008 após o assassinato de sua filha Isabella Nardoni, jogada do sexto andar de seu prédio pelo pai Alexandre Nardoni e pela madrasta Anna Carolina Jatobá.

Durante a campanha, ela afirmou que irá lutar pela proteção das vítimas de crimes violentos e do monitoramento dos presos em regime semiaberto. Disse ainda que trabalharia contra a violência infantil.
Veja a lista completa com os eleitos:
VEREADOR/PARTIDO | VOTOS |
---|---|
Lucas Pavanato (PL) | 161.386 |
Ana Carolina Oliveira (PODE) | 129.563 |
Dr. Murillo Lima (PP) | 113.820 |
Sargento Nantes (PP) | 112.484 |
Amanda Paschoal (PSOL) | 108.654 |
Rubinho Nunes (UNIÃO) | 101.549 |
Luna Zarattini (PT) | 100.921 |
Luana Alves (PSOL) | 83.262 |
Dra Sandra Tadeu (PL) | 74.511 |
Pastora Sandra Alves (UNIÃO) | 74.192 |
Silvão Leite (UNIÃO) | 63.988 |
Isac Félix (PL) | 62.275 |
Zoe Martinez (PL) | 60.272 |
Rodrigo Goulart (PSD) | 58.715 |
Danilo do Posto de Saúde (PODE) | 58.676 |
Gabriel Abreu (PODE) | 58.581 |
Edir Sales (PSD) | 58.190 |
Alessandro Guedes (PT) | 58.183 |
Celso Giannazi (PSOL) | 57.789 |
Cris Monteiro (NOVO) | 56.904 |
Silvinho (UNIÃO) | 53.453 |
Thammy Miranda (PSD) | 50.234 |
Nabil Bonduki (PT) | 49.540 |
Janaina Paschoal (PP) | 48.893 |
Fabio Riva (MDB) | 44.627 |
Major Palumbo (PP) | 43.455 |
Rute Costa (PL) | 43.090 |
Sidney Cruz (MDB) | 42.988 |
George Hato (MDB) | 42.837 |
Sansão Pereira (Republicanos) | 42.229 |
André Santos (Republicanos) | 41.379 |
Hélio Rodrigues (PT) | 40.753 |
Amanda Vettorazzo (UNIÃO) | 40.144 |
Marcelo Messias (MDB) | 40.079 |
Marina Bragante (REDE) | 39.147 |
Tripoli (PV) | 39.039 |
Simone Ganem (PODE) | 38.540 |
Sandra Santana (MDB) | 38.326 |
João Jorge (MDB) | 36.296 |
Ely Teruel (MDB) | 35.622 |
Professor Toninho Vespoli (PSOL) | 34.735 |
Silvia da Bancada Feminista (PSOL) | 34.537 |
Sonaira Fernades (PL) | 33.957 |
Dr. Milton Ferreira (PODE) | 33.493 |
João Ananias (PT) | 33.225 |
Kenji Palumbo (PODE) | 32.495 |
Ricardo Teixeira (UNIÃO) | 31.566 |
Jair Tatto (PT) | 30.905 |
Eliseu Gabriel (PSB) | 30.706 |
Dheison (PT) | 30.575 |
Senival Moura (PT) | 30.480 |
Renata Falzoni (PSB) | 30.206 |
Keit Lima (PSOL) | 27.769 |
Adrilles Jorge (UNIÃO) | 25.038 |
Gilberto Nascimento (PL) | 25.038 |
Mais de seis milhões de pessoas votaram no maior colégio eleitoral do Brasil no último domingo (6). As urnas fecharam às 17h com o total de 26.513 seções em São Paulo, capital, e Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) foram escolhidos para a disputa do segundo turno, com 29,48% e 29,07%, respectivamente. Pablo Marçal (PRTB), que havia empatado tecnicamente com os outros dois candidatos nas últimas pesquisas, ficou em 3º lugar com 28,14%. Tábata Amaral (PSB), em quarto com 9,91% e José Luiz Datena (PSDB) com 1,84%. Os outros candidatos somam menos de 5% juntos. Os paulistanos deverão votar novamente no próximo dia 27 para decidir o prefeito da maior cidade da América Latina.
Os candidatos foram às seções na parte da manhã para continuar suas agendas no resto do dia. Marçal foi o único que optou por ir nos minutos finais antes do início das apurações. O cenário da capital manteve Nunes à frente na maioria da contagem dos votos, alternando apenas com o político do PRTB em primeiro lugar. Após 60% das urnas apuradas, o psolista alcançou o segundo lugar.
Durante as votações, os nomes para a prefeitura permaneceram na região sul da cidade. No bairro do Socorro, o atual prefeito esteve ao lado da esposa, Regina Nunes, do governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas (Republicanos), e do seu vice, o Coronel Mello Araújo (PL). Em coletiva, declarou: “Desejo que a gente possa ter um dia de muita tranquilidade, que seja diferente de muitos episódios do período eleitoral. Acho que hoje a população vai para as urnas podendo ter tranquilidade para tomar sua melhor decisão”.

No Campo Limpo, Boulos estava acompanhado da família, da vice Marta Suplicy (PT), da ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara (PSOL), e da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (REDE). O psolista comentou sobre o laudo fraudado, divulgado por Marçal na última sexta-feira (4), que afirmava resultado positivo para uso de cocaína por Boulos. “A gente segue em frente, sem se intimidar, porque o nosso compromisso de fazer dessa cidade uma cidade mais justa, mais humana, é maior do que qualquer ataque”, destacou.

Nos últimos minutos para o fechamento das urnas, Pablo Marçal chegou sem companhia para votar em Moema. O empresário foi rodeado por jornalistas e apoiadores. Respondeu sobre o laudo falso publicado ter sido um ato de “boa-fé”. Questionado sobre estar sem calçado, o candidato afirma ser representação de como foi a caminhada municipal. "Vim descalço para mostrar meu sentimento de como foi a perseguição nessa campanha eleitoral. Um candidato ficar sem seu único meio nas últimas horas, uma decisão completamente desproporcional. Decidi vir nos últimos minutos para falar que os últimos serão os primeiros", declarou Marçal sobre a suspensão de suas redes sociais pela Justiça, em razão da publicação do documento falsificado, horas antes da votação.

Tábata Amaral votou no bairro onde cresceu, Vila Missionário. Entrou na escola com Geraldo Alckmin, vice-presidente e padrinho do partido, a esposa Lu Alckmin e o ministro do Empreendedorismo, Márcio França. Ela manteve-se positiva aos resultados e ressaltou que toda a luta é muito maior que a cadeira municipal.

Datena depositou seu voto no Jardim Colombo. O apresentador afirmou aos jornalistas que estavam com ele na seção eleitoral que se arrepende de levar a candidatura até o final. Ele afirmou que, independente dos resultados, não apoiará nenhum dos candidatos em segundo turno.

Após a divulgação dos resultados, os dois mais votados no primeiro turno se reuniram cada um em seu palanque com apoiadores e deram seus discursos de vitória.
No Edifício Praça da Bandeira, Nunes ressaltou os próximos passos até dia 27. “O segundo turno é uma situação onde a gente precisa refletir, e cada um de nós vai levar isso para a população: a diferença entre a ordem e a desordem, entre a experiência e a inexperiência, entre a boa gestão e a interrogação. A diferença entre o diálogo, a ponderação, o equilíbrio, e o radicalismo", destacou ao lado de Tarcísio de Freitas, que esteve ao seu lado o dia todo, e Gilberto Kassab, presidente do PSD. O ex-presidente Jair Bolsonaro, que confirmou apoio a Nunes, não compareceu.
No Clube Piratininga, em Santa Cecília, Boulos, que possui apoio do presidente petista Luiz Inácio Lula da Silva, manteve-se focado na vitória do segundo turno. “Quero dialogar com aqueles e aquelas que não votaram na gente no primeiro turno. A enorme maioria do povo de São Paulo votou pela mudança”, ressalta ao lado de apoiadores do governo Lula.
A deputada do PSB, Tábata, afirmou, em coletiva, que apoiará a candidatura de Guilherme Boulos no segundo turno. Marçal teve sua conta do Instagram de volta na tarde de segunda (7) e afirma que tem planos para 2026.