O que o resultado das eleições conta sobre a estruturação partidária no país
por
Annanda Deusdará
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06/11/2024 - 12h

No domingo (27/10), se encerraram as eleições municipais. O mapa da apuração do número de prefeituras por partidos nos estados, mostra o empenho pela conquista de mais municípios, causando uma descentralização nas áreas eleitorais. Em contrapartida a isso, o MDB e o União apresentam grande concentração nos estados do Norte e Centro-Oeste, apesar de terem vencido em outros lugares. 

De acordo com a análise da conjuntura política e eleitoral, feita pelo grupo de pesquisa Representação e Legitimidade Democrática (INCT/Redem) da Universidade Federal do Paraná (UFPR), houve uma manutenção da administração de partidos de Direita e Centro-Direita nos cargos da prefeitura. A Direita conquistou mais de 4,7 mil prefeituras,enquanto a esquerda irá administrar pouco mais de 746 cidades a partir de 2025.

Estão dentre os cinco partidos mais votados: PSD, MDB, PP, UNIÃO e PL. O PP e o MDB (Movimento Democrático Brasileiro), foram os únicos que elegeram prefeitos em todos os 26 estados brasileiros, o que demonstra uma ampliação na influência deles no cenário nacional.

Na região Norte, apesar de uma leve queda, o MDB manteve seu domínio. Em 2020, o partido havia conquistado 114 prefeituras, agora, passa a 112 sendo 83 localizadas no Pará. Já o União Brasil, que ficou em 2º lugar, teve um aumento de 87%, passando de 54 para 101 prefeitos eleitos, com destaque para o Tocantins (37) e o Amazonas (24). 

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Mapa da apuração do Pará com o MDB (em baixo) e União (em cima) -
Gráfico: Annanda Deusdará

 

No Amapá, o União também é predominante com 9 prefeituras. Já em Roraima apenas o MDB conseguiu espaço ocupando uma prefeitura.No Acre eles também não apresentam concentração, tendo uma prefeitura cada, quem domina a região é o PP(14). No Tocantins, o MDB ficou em 6° lugar, ocupando 4 cidades.

O MDB se destacou também na região Nordeste, onde foi o partido mais votado, conquistando 283 prefeituras, o que representou um aumento de 46,63%. Em 2° lugar, aparece o PSD que marcou presença em 275 municípios. 

No Centro-Oeste, o União se manteve em 1° lugar com 155 prefeitos eleitos, o destaque vai para o Goiás (95), com uma diferença de 48 cidades para o segundo partido, e Mato Grosso (60). Já o MDB conquistou espaço em 74 cidades, sendo mais forte em Goiás (47).

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Mapa da apuração do Mato Grosso com o União (em cima) e o MDB (em baixo)
Gráfico: Annanda Deusdará

No Mato Grosso do Sul os partidos União e MDB perderam a concentração. O União não elegeu nenhum prefeito e o MDB ficou em 3° lugar com 10 eleitos, enquanto o primeiro colocado (PSDB) ficou com 44.

Na Região Sudeste, o destaque foi para o PSD com 356 cidades, em 2° lugar ficou o PL com 185 prefeituras. No estado de Minas Gerais, apesar de não haver uma concentração tão expressiva como nos que foram citados anteriormente, os partidos União e MDB tiveram números consideráveis,69 e 82 respectivamente, ficando em 5° e 3° lugar. O tamanho do estado pode ter dificultado a conquista de grandes quantidades de municípios, visto que em um total de 847 prefeituras, o PSD, que foi o mais votado, foi eleito em 142 cidades, o que representa 16,76% do total do estado.

O PL se destacou nas regiões Sudeste e Sul (4° mais votado). Apesar disso, o partido se concentra em estados específicos e não na região como um todo. São Paulo, por exemplo, representou 56% do número de prefeitos eleitos no Sudeste. Já no Sul, Santa Catarina engloba 50% dos votos do PL

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Mapa da apuração da quantidade de prefeituras do PL no estado de São Paulo
Gráfico: Annanda Deusdará

 

Das quatro capitais da região, três passaram para o segundo turno nas disputa
por
Annanda Deusdará
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05/11/2024 - 12h

No último domingo (27), foram realizadas as votações para prefeito nas quinze capitais restantes. Após os resultados, os candidatos eleitos deram discursos declarando quais serão os próximos passos quando assumirem o cargo. Em todas as capitais a porcentagem de abstenção ultrapassou os 20%.

 

Campo Grande (MS)

Com uma diferença percentual de 3% Adriane Lopes, 48, (PP) foi a primeira prefeita eleita da cidade com 222.699 votos (51,45% dos votos válidos). Sua vice será a Dra. Camilla (Avante).   

O segundo turno teve também 16.871 votos nulos (3,66% do total), 11.704 votos em branco (2,54%) e ainda 184.812 abstenções, o equivalente a 28,60% do eleitorado.

Formada em Direito e Teologia, com pós-graduação em Administração Pública e Gerência de Cidades, Adriane Lopes foi a primeira mulher a assumir a prefeitura da capital. Após a renúncia do então prefeito Marcos Trad

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Adriane Lopes (PP) prefeita de Campo Grande - Foto: Divulgação

Adriane Lopes disse na sede do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS), após a confirmação da vitória, que estava muito feliz e que nestes dois anos e meio de gestão, despertou a cidade e retomou várias obras paradas. Afirmou também que na nova gestão tem como prioridade a educação e a saúde.

Ela agradeceu os apoios que recebeu durante a campanha, como o do governador Eduardo Hídio, da senadora Tereza Cristina e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Declarou ainda, que o resultado das eleições é representativo “Essa vitória, minha e da Camila, não é só nossa. Essa vitória é das mulheres do nosso país”

Desde o primeiro turno, a candidata estava em terceiro lugar nas pesquisas eleitorais que indicavam disputa de segundo turno entre Rose Modesto e Beto Pereira. Para contornar a situação, ela usou como principal argumento durante o fato de não ter conseguido resolver todos problemas da cidade por ter estado à frente da gestão municipal por apenas dois anos.

Apesar dos indicativos de derrota, Lopes conseguiu avançar e na última pesquisa Quaest encomendada pela TV Morena e divulgada no sábado (26), apareceu com 49% dos votos válidos, empatada tecnicamente pela margem de erro com Rose Modesto, que apareceu com 51%.

Durante sua candidatura, suas principais propostas incluíam a área da educação, saúde e infraestrutura. Dentre elas, estão: a criação de novas escolas; distribuição mensal de medicamentos de uso contínuo para pessoas com deficiência, pressão alta e diabéticos; além da criação de um Centro Médico de Cuidado com o Idoso.

A candidata Rose Modesto,46, é professora do Ensino Médio e já foi eleita vereadora (2008-2012); vice-governadora em 2014 e deputada federal em 2018 pelo PSDB. O seu vice foi Roberto Oshiro (União Brasil).

 

Cuiabá (MT)

O deputado federal Abilio Jacques Brunini Moumer, 40,(PL) foi eleito prefeito com 171.324 votos (53,80% dos votos válidos). Sua vice é a Coronel Vânia (Novo).  

A eleição teve 4.852 votos brancos (1,47% dos votos totais), e 7.234 votos nulos ( 2,19%). A abstenção foi de 114.533 eleitores, o que representa 25,73%.

Em 2016, Abílio foi eleito vereador de Cuiabá, pelo Partido Social Cristão (PSC). Como deputado federal, ficou marcado por polêmicas no congresso. Em junho de 2023, ele fez uma série de interrupções durante uma sessão da CPI dos atos golspitas.No mês seguinte, foi acusado por transfobia contra a deputada Erika Hilton (PSOL-SP), durante outra sessão da CPI. Em agosto do mesmo ano, foi acusado de fazer um gesto supremacista branco durante outra sessão da CPI do 8 de janeiro.

No discurso após a vitória, o prefeito prometeu priorizar a saúde, além de avançar no diálogo com os demais Poderes. "No momento temos que olhar o que tem de imediato e acredito que a Saúde é um problema que temos que resolver”, declarou.

 

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Abílio Brunini em entrevista na Rádio Centro América FM - Foto: Nathalia Okde

Abílio liderou a disputa à Prefeitura de Cuiabá desde o primeiro turno, quando teve 126.944 votos, 39,61% dos votos válidos. No segundo turno, recebeu o apoio do governador Mauro Mendes (União), do ex-presidente Jair Bolsonaro, além de igrejas e eleitores de direita. 

 

O candidato Lúdio, foi apoiado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, e por sete ministros do governo federal. O petista era o único do partido ainda na disputa por uma vaga no Executivo em Mato Grosso. Cuiabá também não teve vereador (a) do PT eleito para 2025.

 

Durante a campanha, Brunini fez promessas em diversas áreas, como saúde, educação, segurança e transporte. Entre elas estão: criação de Vilas de Saúde em cada distrito sanitário da capital; expansão da educação infantil e a implementação do Método Montessori; faixa azul exclusiva para motos e criação de paradas para embarque e desembarque de passageiros por APP; além de parceria com a Polícia Militar e Guarda Municipal para fortalecer a segurança nas escolas.

 

Goiânia (GO)

Sandro Mabel,65,(União) foi eleito com 353.518 votos (55,53% dos votos válidos). Sua vice é a Coronel Claudia (Avante).  

Apesar de Fred Rodrigues (PL),estar na frente no primeiro turno. Mabel avançou no segundo turno e venceu em todas as nove zonas eleitorais (ZEs)de Goiânia, essas ZEs estão localizadas nas regiões central, leste e norte 

Apesar do resultado, o número de abstenções quase igualou ao total de votos recebido pelo candidato. O resultado informado pelo TSE mostra que foram 352.393 abstenções, enquanto Mabel obteve 353.518 votos. O número representa 34,20% do total e foi o segundo maior do país entre as capitais que tiveram segundo turno. Também foram registrados 14.229 votos brancos e 27.080 nulos, que totalizaram 41.309.

Após a vitória, o prefeito eleito disse que começará a transição na segunda-feira (28). Ao lado de aliados, ele comemorou a vitória e falou sobre os próximos passos.

 

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Mabel comemora a vitória ao lado de seus aliados - Foto: Wesley Costa/ O Popular
 

Sobre os problemas financeiros da prefeitura com fornecedores, Mabel disse que pretende negociar e pagar todas as dívidas no início de 2025, principalmente as despesas com Saúde. “Eu tenho uma longa experiência como gestor, então essas dívidas não me assustam”. Declarou ainda que no começo de seu mandato irá retornar com a prestação de serviços básicos “Nós colocaremos Goiânia para funcionar rápido, inclusive a limpeza urbana, a gente dá uma faxinada nessa cidade logo”, frisou.

Seu projeto de governo foi dividido em três eixos: Cidade, Cidadão e Gestão. Entre suas propostas estão a conectividade e acesso à internet em toda a cidade; um aplicativo para que mulheres em perigo acionem rapidamente os órgãos de segurança e atendimento pediátrico 24 horas nas unidades de urgência e emergência. 

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Frederico Rodrigues,25, (PL), é ex-deputado estadual de Goiás(2023). Apesar de ter sido o candidato mais votado de Goiânia, teve seu mandato cassado por conta de irregularidades encontradas pelo TRE na prestação de contas da campanha de 2020.

Mabel foi deputado federal quatro vezes e uma vez deputado estadual. Na Câmara dos Deputados, foi responsável por projetos de lei sobre a implantação de crematórios públicos e a criação de cargos de provimento efetivo e funções comissionadas para o Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (Goiânia).

 

Quais foram os candidatos eleitos e seus discursos pós-vitória
por
Maria Eduarda Cepeda
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05/11/2024 - 12h

 

No domingo, 27 de outubro, quatro das principais capitais do Norte foram às urnas para elegerem seus futuros prefeitos para 2025. Manaus teve seu atual prefeito, David Almeida (Avante), reeleito. Igor Normando (MDB) venceu para prefeito em Belém e recebeu o apoio do atual governador do Pará, em Palmas, Eduardo Siqueira Campos (Podemos), comemorou a vitória e destacou sua responsabilidade com a prefeitura e em Porto Velho (RO)

As quatro capitais contabilizaram mais de 2.192.245 votos válidos em seus colégios eleitorais. Manaus teve o menor número de abstenções com 23,39%, Belém obteve 25,19% das abstenções, Palmas com 25,73% e Porto Velho teve a maior porcentagem com 30,63% comparado às outras cidades, juntas as capitais somaram 44.579 de votos em branco. 

Belém (PA) 

Igor Normando (MDB) em campanha eleitoral
Normando agradeceu o apoio do atual governador do Pará e senadores em seu discurso. Foto: Cristino Martins

Igor Normando (MDB) venceu a disputa do segundo turno, com 56,36% dos votos válidos, contra o deputado federal Delegado Éder Mauro (PL) que recebeu 43,64%. A capital do Pará irá receber o deputado em seu novo cargo a partir de janeiro de 2025, que conta com o apoio da maioria da Câmara Municipal.

Em seu discurso, o candidato agradeceu os votos de seus eleitores e o apoio do governador Helder Barbalho (MDB), “Muito obrigado a cada um de vocês, obrigado ao governador Helder Barbalho, [..] não posso deixar de agradecer essa grande liderança”. Também disse que a maioria da população de Belém optou pela mudança, “Hoje a maioria da nossa população decidiu pela mudança e pela mudança com qualidade, com capacidade de gestão e a capacidade de enfrentar os desafios que a nossa cidade possui”

Manaus (AM)

David Almeida ao lado de uma cabine eleitoral
David Almeida segue para seu segundo mandato como prefeito em 2025. Foto: Divulgação/Assessoria

O atual prefeito da cidade de Manaus, David Almeida (Avante), foi reeleito no segundo turno contra o candidato Capitão Alberto Neto (PL). Com 54,59% dos votos válidos, o prefeito segue para mais um mandato.

Após sua reeleição, Almeida agradeceu a cidade e seus companheiros políticos,  "Quero agradecer a todos que estiveram nos apoiando e ao povo de Manaus que soube separar a verdade da mentira. Então, essa é uma vitória maiúscula, né, uma vitória da democracia.  [..] A cidade mudou, é o povo no poder, como a gente diz na comunidade, a favela venceu"

Palmas (TO) 

Eduardo Siqueira Campos sendo entrevistado pela imprensa após sua vitória ao lado de sua esposa
Em discurso após a vitória , o futuro prefeito destacou detalhes de sua vida pessoal. Foto: Edson Reis/g1 Tocantins

O candidato Eduardo Siqueira Campos, do Podemos, foi eleito com 53,03% dos votos válidos para prefeito da cidade de Palmas, ele venceu o segundo turno contra a candidata Janad Valcari (PL) que obteve 46,97% dos votos. Campos irá assumir o mandato em janeiro de 2025 até dezembro de 2028.

O futuro prefeito comemorou sua vitória com apoiadores e família, em seu discurso destacou a responsabilidade com a sua futura gestão, “Quem tem mandato, tem responsabilidade com Palmas. Todos conhecem meu temperamento. Eu tive que fazer uma campanha à altura do povo. [..] Não viemos para cá fazer fazenda, nós viemos fazer um estado. Nós não viemos para cá vender lote, viemos aqui fazer uma capital. Minha vida é conhecida, minha esposa é conhecida. Nós caminhamos à luz do dia”

Porto Velho (RO) 

Léo Moraes posando para foto para a divulgação de sua campanha eleitoral
Léo Moraes terá vice do mesmo partido, a advogada  Magna dos Anjos. Foto: Reprodução/Instagram 

Leonardo Barreto de Moraes (Podemos) foi eleito com 56,18% dos votos válidos, para prefeito na capital de Rondônia. Ele disputou o segundo turno com a candidata Mariana Carvalho, do União Brasil, que recebeu 43,82% dos votos. 

Quando anunciado os resultados do segundo turno, o candidato conversou com a imprensa e agradeceu os eleitores, amigos e a Deus pela sua vitória, "Eu estou muito feliz, eu agradeço primeiramente a Deus, agradeço a todos os amigos, a população que procura um renovo, que procura uma administração com capacidade de gestão que conheça as dores das pessoas. Vamos nos dedicar para entregar uma nova Porto Velho, sair desses índices tão prejudiciais que nos colocam em condição muito ruim [..]".

Saiba quem foram os prefeitos eleitos nas capitais da região
por
Khauan Wood
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01/11/2024 - 12h

Os cidadãos de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, e Curitiba, no Paraná, foram às urnas no último domingo (27) para definir os nomes que estarão no comando de suas prefeituras pelos próximos quatro anos. O centrão saiu vitorioso nas duas capitais.

Curitiba (PR)

531.029 de pessoas decidiram que Eduardo Pimentel (PSD) será o novo prefeito da cidade, número que chega a 57,64% dos votos válidos. Sua adversária foi a jornalista Cristina Graeml (PMB) que ficou com 42,36%, totalizando 390.254, essa foi a primeira vez que seu partido conseguiu levar um candidato ao segundo turno em uma capital desde a sua criação em 2016.

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Pimentel já acumulava dois mandatos como vice-prefeito da cidade, eleito em 2016 e reeleito em 2020. Foto: Eduardo Pimentel via X/Reprodução

 

Em seu discurso de vitória realizado na sede do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), o sucessor do atual prefeito Rafael Greca (PSD) afirmou que pretende garantir a nova concessão do transporte público na cidade, implementar o ensino em tempo integral nas escolas municipais e aumentar o número de vagas em creches da prefeitura.

Porto Alegre (RS)

O atual prefeito Sebastião Melo (MDB) foi reeleito com 61,53% dos votos contra 38,47% da deputada Maria do Rosário (PT). Melo conquistou mais de 406 mil votos, cerca de 36 mil a mais em comparação ao segundo turno da eleição anterior, em 2020. Além disso, Porto Alegre terá uma mulher na vice-prefeitura da cidade pela primeira vez, Betina Worm (PL), médica veterinária e tenente-coronel do Exército.

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Melo é o terceiro prefeito que se reelege em Porto Alegre desde a redemocratização. Foto: Pedro Piegas/Correio do Povo

Com vitória em todas as regiões porto-alegrenses, o prefeito disse em seu discurso que uma de suas prioridades será implementar medidas que previnam novas enchentes na cidade, assim como as que ocorreram no início deste ano. Ele defendeu ainda a privatização do Departamento Municipal de Água e Esgoto (DMAE) e a busca de auxílio dos Governos Federal e Estadual para o setor.

Conheça os candidatos eleitos nas capitais nordestinas e seus discursos pós-vitória
por
Anna Cândida Xavier
Maria Eduarda Cepeda
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01/11/2024 - 12h

 

No domingo, 27 de outubro, o segundo turno das eleições municipais foi decidido em Fortaleza, João Pessoa, Natal e Aracajú. O Partido dos Trabalhadores conquistou sua única capital desde as eleições de 2016 em Fortaleza, com Evandro Leitão. Cícero Lucena foi reeleito em João Pessoa, a quinta capital nordestina a reeleger seus prefeitos em 2024. Em Natal, Paulinho Freire foi eleito com o apoio do atual prefeito na disputa com Natália Bonavides (PT). E o Partido Liberal conquista sua segunda capital nordestina em Aracajú com Emília Corrêa.

Nas quatro capitais que decidiram seus futuros prefeitos neste domingo, foram contabilizados 2.575.500 votos válidos nos colégios eleitorais que participaram do segundo turno. Fortaleza teve o menor número de abstenções de votos com o índice de 15,84%, João Pessoa com o total de 22,84% das abstenções, Aracaju com  25,16% e Natal finalizou com o maior nível de abstenção comparado às outras capitais, tendo no total 26,07%. A soma de votos em branco de todas as capitais foi de 50.620. 

Das nove capitais do Nordeste, sete elegeram prefeitos de partidos de direita ou de centro. Somente Evandro Leitão (PT) em Fortaleza e João Campos, do Partido Socialista Brasileiro, em Recife, representam partidos de esquerda nas capitais nordestinas. A votação expressiva na direita contrasta com o desempenho de Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2022 na região. O partido União Brasil conquistou três capitais nordestinas, Teresina, Natal e Salvador e o Partido Liberal elegeu prefeitos em Maceió e Aracajú. O partido Progressistas reelege Cícero Lucena em João Pessoa e em São Luís o Partido Social Democrático reelege Eduardo Braide. 

Fortaleza (CE)

Evandro Leitão (PT) ao lado do atual presidente Lula em campanha eleitoral
Presença marcante do presidente Lula na campanha de segundo turno de Evandro Leitão. Foto: Reprodução/Facebook

Evandro Leitão (PT) vence o segundo turno das eleições em Fortaleza por uma diferença de 10.838 votos em relação ao adversário André Fernandes (PL). No primeiro turno, o candidato do PT tinha apenas 34,33% do eleitorado, porém, foi eleito com 50,38% dos votos válidos. Fernandes recebeu o apoio de 49,62% dos eleitores.  

A principal estratégia da campanha foi aproximar a imagem do candidato às lideranças petistas no Ceará – o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro da Educação e ex-governador do Estado, Camilo Santana, e o atual governador, Elmano de Freitas. Evandro Leitão agradeceu a militância do Partido dos Trabalhadores em seu discurso de vitória e afirmou “o bem venceu o ódio, a humildade venceu a arrogância e prepotência, aqueles que se acham donos do poder, aqueles que se juntaram com o filhote de Bolsonaro, deram com os burros n’água”. 

João Pessoa (PB)

Cícero Lucena (PP) comemorando a vitória do segundo turno
Cícero Lucena assume seu quarto mandato em janeiro de 2025. Foto: Reprodução/Facebook

Cícero Lucena (PP) foi reeleito prefeito na capital de Paraíba, com 63,91% dos votos válidos, vencendo a disputa contra o candidato Marcelo Queiroga do Partido Liberal, que obteve 36,02% dos votos. O atual prefeito caminha para seu quarto mandato como prefeito, ocupou o cargo de 1997 a 2004 e o assumiu novamente em 2020. 

Nas redes sociais, Lucena agradeceu seus eleitores e enfatizou a continuidade de seus projetos para a cidade, “[..] A confiança que foi depositada em nós não será em vão. Vamos continuar construindo uma cidade mais justa, mais inclusiva, mais humana. O trabalho não para, e a vontade de fazer o bem segue ainda mais forte”. 

Natal (RN)

Paulinho Freire (União) como deputado federal na câmara dos deputados
Paulinho Freire deixará cargo de Deputado Federal para assumir a prefeitura de Natal. Foto: Ag. Câmara, Reprodução/UOL

Na capital do Rio Grande do Norte, Paulinho Freire (União) vence a disputa pelo segundo turno com 63,91% dos votos contra 44,66% de Natália Bonavides (PT). O candidato eleito tem uma longa história como político na cidade, foi vereador em 1992 e ocupou o cargo de presidente da Câmara Municipal de 1997 a 2002. Em 2008, foi vice-prefeito de Natal, em 2012 voltou a ser vereador e nas eleições de 2022, foi eleito como deputado federal. 

No Instagram o candidato, Paulinho Freire, relembra a trajetória da campanha e agradece o apoio dos partidos da coligação e, em especial, de Álvaro Dias, atual prefeito da cidade. “Uma eleição difícil, mas a população de Natal assimilou bem as nossas propostas, o nosso projeto, viu que não valia a pena Natal voltar ao passado, retroceder”. 

 

Aracaju (SE) 

Emília Corrêa (PL) posando para foto ao lado da cabine de votação.
A candidata não vinculou sua imagem ao ex-presidente Jair Bolsonaro em sua campanha no segundo turno. Foto: Reprodução / Instagram

 

Na capital sergipana, Emília Corrêa (PL) venceu a disputa para a prefeitura com 57,46% dos votos válidos contra o candidato Luiz Roberto do PDT. Esse é o seu primeiro mandato como prefeita, antes de embarcar na política Emília trabalhou como defensora pública e presidente da Procuradoria da Mulher na Câmara Municipal de Aracaju, em 2016 foi eleita vereadora e se reelegeu em 2020.

Em seu Instagram, a futura prefeita comemorou sua vitória com um vídeo onde está vestida de leoa e canta uma música gospel. Na descrição da publicação ela agradece seus eleitores e reforça a presença religiosa em seu futuro mandato, “a melhor forma de demonstrar o que estamos vivendo hoje é retratar a força que me move: a fé em Jesus, o Leão da Tribo de Judá (Apocalipse 5:5). E como uma leoa, que na natureza, desempenha um papel crucial na sobrevivência e no bem-estar de sua prole, vou estar à frente dos destinos de Aracaju, cuidando e protegendo, em especial daqueles que mais precisam. Vamos escrever um lindo capítulo na história da nossa cidade com Deus e o povo”. 

Mundo esportivo e imprensa tem grande participação no convencimento político de torcedores
por
Luiza Zequim
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08/10/2024 - 12h

Em 1970, durante a ditadura, o futebol brasileiro foi usado como estratégia política grandiosa pela primeira vez. Com a volta dos jogadores ao país, desembarcando em Brasília, Pelé e, o então presidente, Médici posaram juntos com a taça recém conquistada pela seleção mais aclamada do mundo na época. A cena protagonizou uma jogada do regime ditatorial, que buscava limpar e promover a aprovação do governo, o qual encarava crises e questionamentos constantes da população.  

A tática abriu portas para que o mundo esportivo deixasse de ser só um entretenimento, se tornando um meio de convenção popular. É evidente que o país visto como símbolo da modalidade tenha seu imaginário afetado por resultados, desempenhos e campeonatos. O futebol paulista ilustra essa influência quando proíbe torcidas rivais da capital de estarem ambas presentes em um confronto. 

 

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Pelé erguendo a taça ao lado de Médici logo após o pouso da seleção no Brasil (Foto: Getty Images)

 

A imprensa esportiva e o seu valor de compra  

A mídia tem um papel crucial no controle de torcedores, seu comprometimento deve ser sempre com a verdade por meio da escuta de ambos os lados de um conflito. A junção entre a propaganda midiática,  o interesse da elite do futebol e a política brasileira tornam os jornais e redes sociais um método de persuasão poderoso. 

Esse padrão de manipulação é sútil e feito em partes, pequenas decisões, postagens oficiais, acobertamento de desvios e aumento de preços dos ingressos para os jogos. O mundo esportivo é um dos setores mais suscetíveis a esse tipo de domínio. Por estar amplamente ligado ao emocional de quem ama assistir e participar e presente no cotidiano seu alcance se torna ainda mais abrangente. 

Renata Beltrão, coordenadora de comunicação e marketing do Museu do Futebol do Pacaembu, comenta sobre essa influência em entrevista no museu. “Tanto a imprensa quanto o museu são instituições legitimadoras de determinadas narrativas. Todo mundo que entra em um museu espera que ele entregue uma verdade em uma bandeja , da mesma forma que quando a gente abre o jornal esperamos ler a verdade.” 

 

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Parede de quadros na entrada do Museu do Futebol do Pacaembu (Foto: Luiza Zequim) 

 

Renata também comenta sobre a parcialidade que os museus e a imprensa têm em comum: “Mas os museus têm vieses, assim como a imprensa. Que história a gente conta, que história deixamos de contar, tudo isso influi na forma como o público percebe, não só o próprio museu, mas aquele assunto de maneira geral.” É dever da imprensa se manter nos ideais da comunicação verídica e investigativa, não há espaço para que ela se torne arsenal de influência política e tenha um preço de venda.  

 

O ‘time do povo’ 

A popularização da torcida e o sentimento de pertencimento são os fatores centrais para que a modalidade ganhe espaço na ‘família brasileira’, é comum que bairros inteiros parem as  quartas e domingos durante 90 minutos para assistir e vibrar nos embates entre time da casa e adversários.  

O Sport Clube Corinthians, um dos maiores clubes do estado,  se auto apelidou como ‘time do povo’, sendo este um dos mantras de sua torcida. Com o crescimento do futebol, não só como esporte, mas como arma política, essa imagem se alterou. Escândalos de corrupção na diretoria e uso da renda dos jogos para interesses privados se tornam cada vez mais comuns. Por estes fatores a modalidade perde, aos poucos, sua essência, entusiasmo e espaço de união.  

As polêmicas em torno de contratos milionários dos jogadores faz com que a torcida mais jovem, que nunca viu a nação conquistar uma Copa do Mundo, perca o entusiasmo e a crença nas novas seleções.  O esquadrão de 70, visto como o “time da redenção”, que impulsionou as artimanhas políticas de Médici, antecedeu diretamente essa descrença da comunidade.

Da popularização do rádio à era digital, a mídia esportiva no Brasil se reinventou ao longo das décadas, conectando gerações ao futebol e a eventos como Copa do Mundo
por
Juliana Salomão
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07/10/2024 - 12h

Durante as Olimpíadas de Paris 2024, um dos maiores eventos do mundo, atletas de diversos países se concentram para a conquista da tão sonhada medalha. Jornais, rádios e televisões foram o centro da atenção de toda sociedade por um longo mês. Brasileiros, espanhóis, haitianos, entre outras nações, acompanharam de perto cada detalhe. A cobertura midiática conectou nações inteiras a um mesmo foco: o esporte  

No Brasil, essa conexão foi especialmente forte no futebol. Durante o governo de Getúlio Vargas, o político utilizou o esporte como ferramenta para reforçar a identidade nacional e promover o futebol como símbolo de união e orgulho do povo brasileiro. 

A popularidade do futebol nas décadas de 1930 e 1940 foi aproveitada pelo Estado como ferramenta de propaganda, associando a "identidade verde e amarela" ao esporte. A imprensa da época, alinhada à narrativa oficial, passou a destacar o futebol como um fator com a capacidade de unir a nação. 

O rádio brasileiro, nesta mesma época, estabeleceu uma conexão com o esporte após o presidente Getúlio Vargas autorizar a publicidade no meio. Com essa medida, as emissoras reorganizaram suas programações para alcançar o maior número possível de ouvintes. O futebol, que ganhava popularidade entre as classes trabalhadoras, tornou-se um dos principais atrativos. 

As transmissões de partidas rapidamente conquistaram o público, consolidando o rádio como o principal meio de comunicação esportiva no país. No entanto, esse sucesso começou a ser desafiado nos anos 1960, com o avanço da televisão.  

Com a ascensão da televisão, a primeira transmissão de uma partida de futebol no Brasil ocorreu durante a Copa do Mundo de 1970. Naquela época, as imagens ainda eram exibidas em preto e branco, o que gerava desafios para a visibilidade dos jogos na tela. 

Renata Beltrão, jornalista e museóloga, explica alguns fatores que ajudaram a contornar essa limitação visual durante uma visita ao Museu do Futebol, em São Paulo: “A bola Telstar surgiu em um contexto em que, nos anos 70, a Copa do Mundo foi transmitida ao vivo, pela primeira vez, para o mundo inteiro. A bola tinha uma questão que resolvia um fator da televisão na transmissão. Ela permitia uma visibilidade maior no campo, por conter aqueles hexágonos e pentágonos, branco e preto.” 

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Bola Telstar exposta no Museu de Futebol. Reprodução: Foto/Juliana Salomão 

A inovação da bola Telstar não apenas facilitou a transmissão em preto e branco, mas ganhou milhares de espectadores interessados no esporte. A partir de 1970, as transmissões ao vivo pela televisão transformaram-se no meio mais consumido e um dos mais utilizados para o acompanhamento de eventos esportivos.  

Atualmente, a FIFA continua modernizando na fabricação das bolas de futebol. “As bolas de hoje não têm mais costura e são de outro tipo de material que deixa um pouco mais leve, perfeita, esférica e menos sujeita a deformação durante o jogo.”, comenta Beltrão. 

Das rádios para as mídias sociais 

Apesar da queda de popularidade nos últimos anos, as rádios ainda são muito utilizadas. Com o avanço da televisão e das mídias sociais, o jornalismo e os meios de comunicação passaram a dominar o cenário informativo, devido à interatividade e ao imediatismo de conteúdo das plataformas digitais. 

Muitas emissoras de rádio migraram para o formato digital, investindo em streaming e podcasts. No entanto, plataformas como TikTok e Instagram se destacam por permitir uma troca de informações e comentários durante eventos esportivos, proporcionando uma cobertura mais participativa e em tempo real.  

Esse movimento também reflete no Museu do Futebol, um dos espaços mais importantes da história do esporte, localizado em São Paulo. Ao longo dos anos, a tecnologia e a evolução do próprio futebol transformaram o museu em um ambiente mais dinâmico e interativo. A adaptação às novas formas de comunicação permite que o público explore o acervo de maneira mais imersiva, conectando passado e presente com a mesma instantaneidade e interação que vemos nas redes sociais. 

O rei do futebol brasileiro: Pelé 

Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, conhecido como um dos maiores jogadores da história do futebol, marcou a mídia esportiva e internacional desde sua primeira Copa do Mundo, em 1958, quando conquistou seu primeiro título mundial com apenas 17 anos. 

O auge de Pelé coincidiu com o fortalecimento do jornalismo esportivo. Antes de sua estreia na Copa do Mundo de 1958, essa área da comunicação já era relevante, mas ganhou ainda mais força com a ascensão do novo atleta. Pelé passou a ser destaques de reportagens e programas que contavam sobre a sua trajetória e conquistas. 

Na década de 1960, após o sucesso das rádios, a televisão foi o meio que ganhou força e a Copa do Mundo de 1970, transmitida ao vivo, consolidou Pelé como um esportista de alto padrão. Mesmo com imagens em preto e branco, as transmissões aumentaram sua visibilidade, tornando-o um dos primeiros jogadores a se beneficiar desse meio. 

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Camiseta usada na final da Copa do Mundo de 1970. Reprodução: Juliana Salomão/Museu do Futebol 

Apesar de o atacante ter se aposentado sete anos depois, seu legado continua preservado, e o jornalismo esportivo, assim como os meios de comunicação, mantendo a sua memória viva para as novas gerações. 

Conheça as propostas dos principais candidatos que disputam a prefeitura de Floripa
por
Rafael Luz Assis
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02/10/2024 - 12h

Na cobertura da disputa à prefeitura de Florianópolis, a AGEMT fará reportagens com perfis dos principais candidatos na capital de Santa Catarina. Como critério, foram considerados os nomes que marcaram acima de 10% nas pesquisas de intenção de votos registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).   

Segundo o “Mapa da riqueza no Brasil”, divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) em 2020, Florianópolis era a capital brasileira com maior renda per capita, com valor médio de R$ 4.215,00 por habitante, o que não reflete em consumo para a população mais pobre, devido a concentração de renda segundo pesquisa de alta inflacionária do IPEA em 2024. A cidade tem o maior número de bilionários do Brasil.  

Essa aparente contradição é um dos temas que mais aparecem na corrida à prefeitura. Nove candidatos de diversas frentes ideológicas discutem esse e outros temas relevantes para a população local. Nenhuma mulher disputa o pleito. A matéria vai apresentar um pouco dos três primeiros colocados da última pesquisa Quaest de 27 de agosto de 2024.  

 

Antônio Topázio Neto, Partido Social Democrático (PSD) 

Antônio Topázio Neto do Partido Social Democrático (PSD) é o atual prefeito em busca de reeleição. Nascido na cidade e graduado em administração de empresas pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Foi eleito para seu primeiro cargo público como vice-prefeito. Nesse período ganhou reconhecimento por seu trabalho em áreas como segurança com a redução com a número de homicídios, feminicídios e roubos diminuindo gradativamente nos últimos anos segundo o Atlas de Segurança 2024 que segundo o prefeito em seu site oficial de campanha, se dá devido a qualidade e integração das forças de segurança com a Prefeitura e desenvolvimento sustentável como a obra de macrodrenagem na comunidade de Travessão no Bairro Vermelho.   

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Topazio Neto, atual prefeito da cidade que tem sua economia baseada em tecnologia e turismo. Foto: Reprodução/Facebook: TopazioFloripa
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Mesmo em um partido da base do Governo Federal, em 2022 Topázio fez campanha para Jair Bolsonaro e alinhado ao governador Jorginho Mello, do Partido Liberal (PL).  Atualmente não se tem registro do prefeito com o ex-presidente.  

Nessa eleição, as principais propostas do atual prefeito apontam para políticas de mitigação da alta desigualdade na cidade como incentivo à economia criativa nos bairros, habitação social e modernização das cooperativas de reciclagem.  

Neto diz que pretende aumentar os investimentos na modernização e ampliação do sistema de transporte coletivo, com foco em aumentar a eficiência, a frequência e a qualidade do serviço. Também quer  incentivar o uso de veículos elétricos e compartilhados, além de campanhas de conscientização sobre os benefícios da mobilidade sustentável, e a criação e melhoria da malha cicloviária, promovendo a bicicleta como um meio de transporte viável e seguro, o que também contribui para a redução do trânsito e da poluição. 

Sua vice é Maryanne Mattos (PL), vereadora em Florianópolis e foi secretária de Segurança Pública da cidade. Com uma experiência voltada para a administração pública e com atuação em segurança, foi indicada para ser a vice na chapa de Topázio Neto, pelo governador Jorginho Mello, que é associado ao PL (Partido Liberal), assim como o ex-presidente Jair Bolsonaro. A escolha de Maryanne tem uma forte ligação com o bolsonarismo, e o apoio do ex-presidente às eleições em Santa Catarina.

 

Dário Berger, Partido da Social-Democracia Brasileira (PSDB) 

Dário Berger, do Partido da Social-Democracia Brasileira (PSDB), possui extensa carreira política, foi eleito pela primeira vez vereador da cidade de São José (1993-1997) pelo Partido da Frente Liberal (PFL), inclusive exercendo o cargo de Presidente da Câmara Municipal (1994). Teve também dois mandatos como prefeito da mesma cidade entre 1997 e 2005. 

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Dário Berger retorna ao PSDB com um projeto de passado, voltar à prefeitura e tornar o partido grande. Foto: Reprodução/Facebook: dariobergersc

Mudou o domicílio eleitoral, candidatou-se ao cargo de Prefeito de Florianópolis (SC) em 2004, elegeu-se pelo PSDB e foi reeleito em 2008, desta vez filiado ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). Nas eleições de 2014, Dário Berger foi eleito Senador por Santa Catarina, cargo que exerceu até o final de 2022, quando tentou se reeleger pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), desta vez sem sucesso. Em março, Berger retornou ao PSDB com a missão de retomar a relevância nacional da sigla.   

Seu partido estava na coligação Lula/Alckmin, mas mesmo assim Berger não tem proximidade com o Governo Federal. Ele é considerado um liberal moderado pelo mercado e pretende contar com a memória que a população tem de seus mandatos anteriores para reverter o número das pesquisas e chegar ao terceiro mandato como prefeito.  

A chapa não apresenta um projeto inovador para gerar renda na cidade, acredita que o mercado será o principal motor do aumento do valor real dos salários. Seu foco é saúde e mobilidade urbana, setores que tiveram uma boa avaliação em suas gestões e hoje contam com uma certa insatisfação da população local. Ampliar UPAs, policlínicas, centros de saúde, reformar maternidades e construir cinco elevados são seus projetos mais ambiciosos de infraestrutura.  

A candidata a vice-prefeita na chapa de Dário Berger é Maria Claudia do União Brasil. Figura proeminente na política local, com uma carreira destacada na administração pública, incluindo seu papel como ex-secretária de Assistência Social durante a gestão do ex-prefeito Gean Loureiro . A escolha de Cláudia reflete um compromisso com as questões sociais, e sua experiência de mais de uma década na administração pública a torna uma candidata forte para a posição. 

                                                                                 

Marquito, Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) 

Marquito do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL),  é o único candidato que se declara de esquerda.  

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Com discurso ambientalista forte, Marquito (Psol) parece ser o único candidato progressista com chances de chegar ao segundo turno Foto: Reprodução/Facebook: ecomarquito

 

Marcos José de Abreu é engenheiro agrônomo e mestre em Agroecossistemas pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Conhecido como Marquito, foi eleito vereador de Florianópolis em 2016 e em 2020 onde aprovou leis como a Lei dos Direitos da Natureza, que inclusive foi apresentada durante a Assembleia Geral da ONU em 2022 e a primeira Lei da Compostagem do Brasil, que garante a compostagem de 100% dos resíduos orgânicos da cidade de Florianópolis. Também se elegeu deputado estadual em 2022 onde chegou a protocolar um projeto de lei que institui a Política Estadual de Direitos das Populações Atingidas por Barragens e empreendimentos similares.  

Para Abreu, reestruturação do serviço público com novos concursos para serviços públicos essenciais, como saúde, educação e transporte público, são urgentes para o atendimento da população mais carente da cidade. Também foca em projetos voltados para a área ambiental, inclusive a reconstrução de órgãos públicos como a Fundação Municipal do Meio Ambiente (FLORAM), a Companhia de Melhoramentos da Capital (Comcap), a Fundação Municipal de Cultura e a Fundação Municipal de Esportes.  

Em projeto de governo consta uma proposta inovadora para o setor de turismo, que teria base comunitária focada no patrimônio ambiental, cultural, e gastronômico que Florianópolis tem para garantir Turismo o ano inteiro.  

Cláudia Zininha é a candidata a vice-prefeita na chapa “puro sangue”  do PSOL. Além de sua carreira como servidora pública, Zininha é também cantora, pesquisadora e produtora cultural. Sua atuação abrange o resgate de obras e memórias de artistas catarinenses, e ela já recebeu prêmios por seu trabalho na preservação cultural . Defensora do cuidado com as pessoas e animais, da proteção ambiental e do desenvolvimento urbano sustentável, alinhando-se com os principais pilares da campanha de Marquito.

Eleições que prometiam espelhar a polarização nacional ganharam particularidade após enchentes
por
Rafael Luz Assis
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02/10/2024 - 12h

Na cobertura da disputa à prefeitura de Porto Alegre, a AGEMT fará reportagens com perfis dos principais candidatos na capital do Rio Grande do Sul. Como critério, foram considerados os nomes que marcaram acima de 10% nas pesquisas de intenção de votos registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).  

Após os primeiros debates entre os candidatos à prefeitura da capital riograndense, ficou evidente que a enchente ocorrida devido às fortes chuvas entre abril e maio irão pautar a disputa. 

 

                                                                                                 Sebastião Melo, Movimento Democrático Brasileiro (MDB) 

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Sebastião Melo, prefeito de Porto Alegre Foto: Prefeitura de Porto Alegre/Reprodução

Sebastião Melo, atual prefeito de Porto Alegre pelo MDB, busca a reeleição sob o discurso de que "não há culpados" para as falhas no sistema de drenagem da cidade. Melo enfrentou críticas pela má gestão das enchentes que devastaram a capital, quando o transbordamento do Guaíba resultou na morte de dezenas de pessoas. Ele argumenta que a manutenção do sistema exigia recursos federais, e que a cidade, sozinha, não teria capacidade de realizar os investimentos necessários. 

Melo é uma figura conhecida na política local. Vereador por três mandatos (2001-2012) e vice-prefeito entre 2013 e 2016, ele também foi deputado estadual (2018-2020) antes de vencer as eleições municipais de 2020, derrotando Manuela d'Ávila. Durante seu governo, Melo buscou parcerias público-privadas e investimentos externos para impulsionar a economia local, mas enfrentou oposição por suas políticas de flexibilização das restrições da COVID-19, aumento das tarifas de transporte público e cortes de árvores em áreas sensíveis. 

Agora, em sua campanha pela reeleição, Melo conta com o apoio de figuras da direita, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, o que se reflete na escolha de sua vice, a tenente-coronel Betina Worm, do PL. Betina, médica veterinária e militar da ativa, foi selecionada para atrair o eleitorado conservador, reforçando o foco em segurança pública e ordem. No entanto, a responsabilidade pelas recentes tragédias causadas pelas cheias recai sobre o prefeito, que se encontra no centro das discussões sobre a falha na prevenção e no gerenciamento das enchentes, o que pode impactar significativamente sua campanha. 

 

                                                                                                                  Maria do Rosário, Partido dos Trabalhadores

A principal candidata de oposição em Porto Alegre é Maria do Rosário, do PT. Natural da cidade, ela é amplamente reconhecida por seu trabalho como deputada federal e por suas intensas disputas com o ex-presidente Jair Bolsonaro. Um episódio notório ocorreu quando Bolsonaro fez comentários ofensivos sobre sua aparência, alegando que ela não merecia ser estuprada. Embora Maria tenha processado o ex-presidente por injúria, o caso foi arquivado em 2023, após a perda de seu foro privilegiado. 

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Maria do Rosário Fonte: Reprodução/Câmara dos Deputados/Facebook

Maria do Rosário tem um sólido histórico no Congresso, com foco em direitos humanos, justiça social e políticas para proteger mulheres e crianças. Ela atuou como ministra da Secretaria de Direitos Humanos e conta com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que venceu Bolsonaro em Porto Alegre em 2022, com 54% dos votos. No entanto, Lula tem enfrentado críticas do prefeito Sebastião Melo e do governador Eduardo Leite, que alegam lentidão na liberação de verbas federais para socorro às vítimas das chuvas. Maria do Rosário se comprometeu a trabalhar em parceria com o governo federal, ressaltando a necessidade de união e liderança para ajudar os mais vulneráveis. 

Tamyres Filgueira, do PSOL, é a vice na chapa de Rosário, que faz parte da frente ampla denominada #UnidadePorPoa, composta por seis partidos: PT, PSOL, PCdoB, PV, Rede e Avante. Ex-cobradora da Carris, Tamyres defende a Tarifa Zero e critica a gestão atual por seu impacto negativo nas comunidades mais carentes da cidade. 

                                                                                                     Juliana Brizola, Partido Democrático Trabalhista (PDT) 

Juliana Brizola, que também é natural da cidade, concorre à prefeitura pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT). Ela é conhecida por sua atuação na política estadual do Rio Grande do Sul e por seu envolvimento em questões sociais e educacionais.  

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Juliana Brizola Foto: Reprodução/Facebook

 

Brizola é formada em Direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e tem uma especialização em Administração e Planejamento pela mesma instituição. Foi eleita deputada federal nas eleições de 2014 e 2018. Também atuou como deputada estadual, quando trabalhou em questões locais e regionais. Neta de Leonel Brizola, um importante político brasileiro conhecido por sua atuação como governador do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro, além de ter sido candidato presidencial. Autora de importantes projetos na Assembleia Legislativa, como a Lei da Escola de Tempo Integral, que sugere a universalização dos Centros Integrados de Educação Pública (CIEP ou Brizolões, marca da gestão de seu avô Leonel Brizola (PDT) no Rio de Janeiro) e a Emenda Constitucional que garante a oferta da língua espanhola nas escolas públicas do RS.  

O candidato a vice da chapa é o deputado estadual Dr. Thiago Duarte, do União Brasil que chegou a lançar sua pré-candidatura à prefeitura, mas o partido costurou um acordo com o PDT deixando o protagonismo da chapa para Juliana. Médico, formado pela UFRGS, atuou como perito médico legista. Foi vereador da cidade e atualmente deputado estadual, com destaque para sua atuação na área da saúde pública. Um dos principais motes de campanha é sua experiência acadêmica de Juliana Brizola com Ciências Criminais, que seria essencial para combater a violência na cidade.  

 

 

 

Como está a disputa pela prefeitura na capital do estado e quais rumos são apontados pelos candidatos
por
Vítor Nhoatto
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02/10/2024 - 12h

Na cobertura da disputa à prefeitura de Curitiba, a AGEMT fará reportagens com perfis dos principais candidatos na capital do Paraná. Como critério, foram considerados os nomes que marcaram acima de 10% nas pesquisas de intenção de votos registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).  

Eduardo Pimentel - PSD

Eduardo Pimentel em palanque político
Pimentel é na capital paranaense o candidato apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro  - Foto: Rodrigo Fonseca/CMC

Atual vice-prefeito, disputa as eleições de 2024 após dois mandatos com Rafael Greca como prefeito, impedido assim de concorrer à reeleição. Pimentel é formado em Administração pela Universidade Positivo (UP), é especialista em Cidades Inteligentes pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), mas não concorreu a outros cargos na política.

Como vice , a Coligação Curitiba Amor e Inovação, formada por Cidadania, Avante, Podemos, Novo, PL, MDB, Republicanos e PRTB, escolheu o polêmico Paulo Martins do PL. Ex-deputado federal e comentarista no SBT, já teve seu perfil no Facebook bloqueado por compartilhar notícias falsas em 2018.

Com quase 5 minutos para expor suas ideias e mostrar suas relações políticas, metade do horário eleitoral gratuito foca em continuar o que vem sendo feito na cidade. Além disso, grande parte do programa é uma comparação da cidade antes e depois do PSD. Quem esteve no cargo foi Gustavo Fruet do PDT, batendo na tecla do combate à esquerda.

Dentre suas principais propostas estão o fortalecimento da parceria entre a Guarda Municipal e a Polícia Militar, e a geração de postos de trabalhos por meio de parcerias público-privadas. Pimentel ainda fala em manter Curitiba verde, com o fomento às empresas de reciclagem e catadores. Apesar disso, não toca em questões sensíveis como a tarifa do transporte público, R$6, a maior do Brasil ao lado de Florianópolis (SC) e Porto Velho (RO). 

Luciano Ducci - PSB

Presidente Lula e Luciano Ducci lado a lado
Coligação Curitiba + social e humana consolida a disputa entre direita e esquerda na eleição  - Foto: Luciano Ducci/Divulgação

Com o apoio de PCdoB, PT e PV, eis o representante de peso da esquerda na corrida pela prefeitura curitibana, apesar do passado condenatório. Ducci apoiou o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e já alegou que Lula comandava esquemas ilegais.

Ele é formado em Medicina pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), e atual deputado federal, além disso já ocupou a prefeitura da cidade entre 2010 e 2012. Após o curto período de governo, devido a saída de Beto Richa para a disputa de governador na época, tentou se eleger em 2012, mas perdeu por menos de 0,5% para Gustavo Fruet, do PDT.

O vice da candidatura é do PDT, Jorge Gomes de Oliveira Brand, conhecido como Goura. Mestre em Filosofia pela Universidade Federal do Paraná, é também professor de yoga e cicloativista. Seu histórico político conta com um mandato como vereador e dois como deputado estadual, seu cargo atual.

As propostas da candidatura focam em trazer de volta à cidade a inclusão e cuidado, referindo-se principalmente a políticas voltadas à população em situação de rua. Tal parcela corresponde a aproximadamente 3600 indivíduos, segundo o Ministério dos Direitos Humanos (MDHH), a maior taxa entre as capitais do Sul, com um aumento de 6% de 2023 para 2024. Enquanto isso, apenas 1640  vagas de acolhimento são disponibilizadas pela prefeitura.

Ney Leprevost - União Brasil

Sergio Moro, Rosangela Moro e Ney Leprevost em palanque
Chapa tem Rosangela Moro como vice e figura apelativa na disputa eleitoral- Foto: União Brasil/Divulgação

Sob a coligação Curitiba Pode Mais, em conjunto com os partidos Agir e o Democracia Cristã, o administrador de empresas, Ney Leprevost completa o pódio da corrida à prefeitura da capital paranaense. 

No União Brasil desde 2022, Leprevost já foi vereador em 2004, três vezes deputado estadual e uma vez deputado federal. Além disso, comandou a Secretaria do Esporte e do Turismo entre 1999 e 2000, e a pasta da Justiça, Família e do Trabalho durante o primeiro mandato de Ratinho Junior como governador do Paraná.

Sua vice é a advogada Rosangela Moro. Eleita deputada federal por São Paulo nas eleições de 2022, mesmo ano em que deixou o Podemos e ingressou no União Brasil, mudou seu domicílio eleitoral para Curitiba, sua cidade natal, em março para poder concorrer com Leprevost. Alega lutar pelos deficientes e pelos direitos das mulheres, mas votou contra o Projeto de Lei da igualdade salarial.

No tempo de propaganda eleitoral, o passado na política do candidato e a representatividade da vice na chapa foram destacados. Suas promessas envolvem não aumentar a passagem de ônibus da capital e melhorar a saúde pública, com a abertura de policlínicas e unidades de pronto atendimento infantil.