A grife brasileira João Pimenta, que carrega o nome do estilista, abre a quinquagésima quinta edição da São Paulo Fashion Week (SPFW), em clima de comemoração. A marca comemora seus 20 anos com um desfile no Theatro Municipal, local especial para João, repleta de figurinos inovadores que trouxeram o trabalho notório para os palcos.
João Pimenta é uma marca de alfaiataria masculina reconhecida internacionalmente, criada por um dos estilistas mais renomados da SPFW, de acordo com o site oficial da loja. Seus produtos variados, incluem calças de alfaiataria, camisas, blazers de alfaiataria, saias e vestidos, além de incentivar a inserção de uma moda livre de rótulos, na qual homens podem usar saias e vestidos, tanto quanto mulheres.
O desfile foi aberto ao público, com ingressos gratuitos, exigindo apenas a realização de uma reserva prévia, para garantir o controle da lotação do espaço.
Com styling de Paulo Martinez, direção de Richard Luiz e Paulo Borges e beleza de Ricardo dos Anjos, o desfile foi dividido em 4 atos, divididos pela paleta de cores da coleção. Os tons variaram entre brancos, azuis, cinzas, metalizados e preto.
A coleção “ópera fashion” de João se mostrou comemorativa, atual e ao mesmo tempo fiel a identidade da grife. O cowboy, o punk e o dândi, foram os personagens identificados na passarela. Jaquetas com franjas, rendas, chapéus e botas, trouxeram o cowboy, estilo que se popularizou nos últimos tempos no mundo da moda. O punk apareceu em peças de vinil, bastante pesadas e escuras, couro, brilho, patchwork, correntes e detalhes já conhecidos pelos fãs da marca: os crucifixos invertidos. E por fim, mantendo-se devoto ao estilo dândi, uma alfaiataria sofisticada e andrógina, com bastante sobreposição e volume.
A apresentação trazia como centro a dualidade entre uma obra teatral e um desfile, entre o figurino e a moda, o estilista e o artista. Essa característica honra perfeitamente a trajetória e a personalidade de João pelas passarelas e pelo teatro, além de reforçar o tema da Fashion Week Origens.

O olhar da marca traz a proposta de que o figurino é livre para ser moda, e que não há regras para o vestuário.
Durante o desfile, foram apresentados cerca de 60 looks ousados, inspirados principalmente em uma mistura de festas religiosas do interior brasileiro, da subversão dos homens que moram em cidades grandes, referências históricas, com a presença de silhuetas vitorianas e a libertação de uma moda de gêneros e o ênfase ao andrógeno . "Depois de 20 anos, eu entendi que meu trabalho é assim. Se eu tenho um cliente que consome esse produto, por que eu não posso ser autêntico e fazer as coisas do jeito que eu acredito?", disse João, no final do desfile de ontem (22).
A passarela contou também com um texto escrito pelo diretor de teatro Gerald Thomas e ganhou vida na voz da atriz Vera Holtz, enquanto Fernanda Maia entregava uma trilha sonora ao vivo em um piano no palco. Para criar ainda mais um cenário teatral, as músicas se intensificavam durante certos momentos do desfile, as luzes piscavam e João Pimenta provava mais uma vez a qualidade de seu trabalho.

"Mantendo a proposta de ocupar a cidade de São Paulo, a edição 55 do Sp Fashion Week terá apresentações em diversos pontos importantes e icônicos da capital paulista", disse um porta-voz oficial do evento. O Komplexo Tempo, na Moóca, por exemplo, está localizado em um lugar histórico para a moda, em um bairro pioneiro da indústria têxtil e hoje considerado um polo de inovações na cidade.
A edição 55 da SPFW, busca explorar o tema Origens/Ressignificar e faz parte de uma trilogia iniciada em 2021, que traz uma reflexão sobre quem somos e o que nos torna um coletivo humano criativo, destacando a diversidade e a pluralidade de expressão artística e estética.
O evento inicia em grande estilo no dia 22, com o desfile de João Pimenta no Teatro Municipal para comemorar os 20 anos de marca. Outra grife que desfila antes da abertura oficial da semana de moda é a Isaac Silva, no dia 24 de maio, em um local ainda não divulgado.

Este ano, a SPFW contará com 40 desfiles totais, desses sendo 31 presenciais e 9 fashion filmes que serão exibidos em uma tela de cinema do Shopping Iguatemi em uma sessão exclusiva no dia 24. Além disso, a edição N55 contará com a estreia de 7 novas marcas: David Lee, Forca, Foz, Gefferson Vila Nova, Marina Bitu, The Paradise e Rafael Caetano.

Os ingressos variaram entre R$103 e R$1.782,50, sendo esta a segunda vez em que o evento abriu suas portas para o público pagante.
LINE-UP
22 de Maio
20h João Pimenta (Theatro Municipal)
24 de Maio
10h Fashion Filmes (Iguatemi São Paulo)
14h30 Isaac Silva (Externo)
25 de Maio
10h Igor Dadona (Senac Faustolo)
11h Gefferson Vila Nova (Senac Faustolo)
12h30 Patrícia Viera (Iguatemi São Paulo)
14h30 TA Studios (Iguatemi São Paulo)
17h00 Ponto Firme (Externo)
19h30 Localiza (Projeto especial)
20h30 Meninos Rei (Komplexo Tempo)
21h30 Martins (Komplexo Tempo)
26 de Maio
10h Rafael Caetano (Senac Faustolo)
11h Ronaldo Silvestre (Senac Faustolo)
12h30 Apartamento 03 (Iguatemi São Paulo)
14h30 Mnisis (Iguatemi São Paulo)
19h00 LED (Komplexo Tempo)
20h30 Dendezeiro (Komplexo Tempo)
21h30 The Paradise (Komplexo Tempo)
27 de Maio
10h Maurício Duarte (Senac Faustolo)
11h Silvério (Senac Faustolo)
12h30 Renata Buzzo (Iguatemi São Paulo)
14h30 Marina Bitu (Iguatemi São Paulo)
16h30 Forca Studio (Externo)
18h30 Thear (Komplexo Tempo)
19h30 AZ Marias (Komplexo Tempo)
20h30 Santa Resistência (Komplexo Tempo)
21h30 Weider Silveiro (Komplexo Tempo)
28 de Maio
11h Fernanda Yamamoto (Externo)
17h30 Walério Araújo (Komplexo Tempo)
18h30 David Lee (Komplexo Tempo)
19h30 Greg Joey (Komplexo Tempo)
20h30 Lino Villaventura (Komplexo Tempo)
Entenda o “polêmico” tema do Met Gala desse ano:
Karl Lagerfeld, um dos mais célebres designers da história da moda, faleceu em fevereiro de 2019, deixando para trás um legado marcado pela sua genialidade artística e personalidade controversa.
Ao longo de sua carreira, Lagerfeld trabalhou em diversas marcas, incluindo Chanel, Fendi, Balmain, Chloé e, a que levava seu nome, Karl Lagerfeld. Conhecido por suas opiniões e falas polêmicas, muitas vezes era alvo da crítica pública.
Em 2012, foi acusado de racismo por ter chamado a cantora americana Rihanna de "aborígene". Após a repercussão negativa do comentário, ele se desculpou publicamente. Além de Rihanna, Lagerfeld ofendeu outra famosa cantora, Adele, em 2012. Durante uma entrevista, ele afirmou que achava a britânica "um pouco gorda demais’’, o que o colocou novamente no holofote.
Dando sequência às polêmicas, em 2017, Lagerfeld foi acusado de plagiar uma criação do designer de jóias americano Brad Kroenig. Kroenig afirmou que Lagerfeld havia copiado uma de suas criações sem sua permissão.
O designer também esteve envolvido em uma polêmica em relação ao movimento #MeToo. Karl afirmou que acreditava que a mobilização - que começou com atrizes hollywodianas denunciando casos de assédios no cenário envolto as produções cinemátográficas - havia ido longe demais e também criticou as mulheres que denunciaram casos de assédio e abuso sexual na indústria da moda. As declarações foram amplamente criticadas nas redes sociais. Personalidades influentes da indústria mostram repúdio, como a modelo Gigi Hadid, que afirmou que Lagerfeld "estava fora de sintonia com os tempos".
Logo após as declarações, Lagerfeld se desculpou novamente e afirmou que suas palavras haviam sido mal interpretadas.
Outra situação desagradável envolvendo o designer, foi em 2018 quando Lagerfeld foi acusado de apropriação cultural após o desfile que apresentava a coleção de primavera da Chanel, em Paris. A linha de inspiração foi baseada na cultura africana, mas muitos afirmaram que as criações não receberam consulta específica e apresentaram pouco respeito às tradições do continente.
Dando continuidade às polêmicas do ano de 2018, Lagerfeld foi criticado por fazer comentários problemáticos sobre refugiados durante uma conversa com a apresentadora da TV alemã, Anne Will. Sendo ele de origem alemã, o designer afirmou que a chanceler Angela Merkel havia cometido um "erro fatal" ao permitir que mais de um milhão de refugiados entrassem na Alemanha.
Ainda assim, em contrapartida a todas as suas polêmicas, não há como refletir sobre a história da moda do século 20 e não citar Karl Lagerfeld. Seu nome estará para sempre marcado nas maiores maisons da indústria.
Met Gala Looks - Um Overview:
Anna Wintour
A diretora global de conteúdo da Vogue vestiu um modelo Chanel Alta Costura 2023, em cores neutras.

Dua Lipa
A cantora Dua Lipa, uma das co-anfitriãs da noite, usou um vestido comprido branco Chanel Alta Costura Inverno de 1992. De acordo com a Harper 's Bazaar dos Estados Unidos, as jóias foram estimadas em cerca de 10 milhões de dólares.

Penélope Cruz
A atriz espanhola Penélope Cruz, outra das co-anfitriãs da noite e embaixadora da Chanel, vestiu o clássico vestido vintage de noiva. O modelo era um Chanel Alta Costura Primavera 1988.

Nicole Kidman
A atriz usou o mesmo vestido que estrelou no comercial do perfume No5 da Chanel, em 2004, que foi dirigido por Karl.

Olivia Wilde
A atriz e diretora vestiu um look Chloé, um modelo em formato de violino lançado em 1983.

Michaela Coel
A atriz, também co-anfitriã da noite, vestiu um modelo exclusivo da Schiaparelli, esculpido com 13.000 cristais.

Gisele Bündchen
A supermodelo fez sua primeira aparição pública após o divórcio com o jogador de futebol americano Tom Brady. Ela vestiu um Chanel Alta Costura Verão 2007. Essa foi a segunda vez que usou o mesmo vestido, ele foi usado inicialmente durante um editorial para a revista Harper’s Bazaar da Coréia, que continha o styling assinado por Karl Lagerfeld.

Naomi Campbell
A modelo vestiu um Chanel Alta Costura 2010. Um clássico vestido espiral indiano em tom rosê e muitos brilhos prateados.

Anitta
A cantora brasileira vestiu um modelo sob medida por Marc Jacobs em preto e branco, cores clássicas da Chanel que Karl perpetuou durante seu trabalho na marca. As botas brilhosas de plataforma fazem parte da coleção de Alta Costura Verão 2023. As jóias, colar e brinco - de diamantes, platina e safira laranja - foram assinadas pela grife Tifanny & Co, além de acessórios como relógios da marca Roger Dubuis e luvas.

Jared Leto
O vocalista da banda 30 Seconds to Mars ousou, e foi vestido de Choupette - a gatinha de estimação do estilista Karl Lagerfeld.

Kim Kardashian
A empresária vestiu um modelo da grife italiana Schiaparelli em tons de bege e branco, sem deixar de lado a sensualidade e ousadia. O look usado no tapete vermelho remete a um look usado por ela anteriormente, quando foi capa da Playboy em 2007. Para compor este visual, foram necessárias 50 mil pérolas verdadeiras e 16 mil cristais que ajudaram a torná-lo icônico e similar ao estilo que a Chanel propunha, durante a gestão de Karl Lagerfeld.

Kendall Jenner
A modelo – uma uma das modelos queridinhas de Karl – vestiu um look assinado pelo estilista Marc Jacobs, com toques de referência a identidade visual de Lagerfeld

Kylie Jenner
A empresária, que é a nova garota propaganda da Jean Paul Gaultier, vestia um modelo assimétrico e vibrante assinado da marca que foge do clássico P&B.

Doja Cat
A rapper teve sua estreia no tapete vermelho do MET e fez jus ao seu nome artístico ‘’cat ‘’ (que em tradução livre, significa gata em inglês) e vestiu-se como Choupette, – a gata herdeira de todo o patrimônio de Karl – em um vestido modelo sereia, do estilista Oscar de la Renta. A maquiagem também estava de acordo com o dress code que ela escolheu, a prótese de nariz de gato trouxe ainda mais inovação para a composição do look.

Anne Hathaway
A atriz vestiu Atelier Versace, um modelo feito de tweed – clássico tecido da Chanel, inspirado no vestido de 1994 que Elizabeth Hurley usou. Enfeitado com pérolas e alfinetes que trouxeram a essência de um vestido genuinamente assinado por Donatella Versace.

Billie Eilish
A cantora Billie Eilish apareceu usando um vestido preto feito sob medida com transparência e luva 7/8 assinado por Simone Rocha. Além de presilhas no cabelo que deram um ar vintage para o visual.

Cardi B
A rapper mudou o tom de seu cabelo para o platinado em homenagem a Karl, com um vestido bem justo na parte de cima, na parte de baixo repleto de camélias em tamanho grande (flor que é a marca registrada da Chanel). O visual todo foi assinado por Thom Browne. Além de estar usando preto e branco - cores tradicionalmente lembradas como “as cores da Chanel”.

Rihanna
A cantora e empresária ousou em um Maison Valentino da Alta Costura Inverno 2019. Seu look reverência as noivas de Karl e traz à tona novamente o elemento da noite: as camélias, em muito volume e quantidade

Lizzo
A cantora Lizzo foi outra personalidade que usou e abusou das pérolas para compor seu look. O modelo escolhido é do ano de 1991 e foi retirado do acervo da Chanel.

Jeremy Pope
Um dos looks mais marcantes do evento foi assinado pela grife francesa Balmain. Quem o vestiu foi o ator e cantor Jeremy Pope, com todo o styling marcado por Oliver Rousteing e com uma cauda longa que exibia o perfil de Karl Lagerfeld.

Oliver Rousteing
O primeiro homem negro a assumir o império de uma grife francesa, usou Balmain – marca assinada por ele mesmo –para compor este look. Utilizou uma ecobag inspirada em um modelo que o próprio Karl usou em 2009. A produção também foi marcada pelo uso de preto e pérolas nos acessórios, o que legitimou a essência Chanel.

Paris Hilton
A socialite foi outra personalidade que fez sua estreia no baile mais famoso do mundo. Marc Jacobs foi a grife escolhida. Ela exibia no pescoço um colar preto com a flor camélia – marca registrada da Chanel, além de vestir um salto plataforma.

Viola Davis
A atriz EGOT apareceu com um vestido rosa choque da Maison Valentino, trabalhado com diversas plumas na parte superior. Um fato curioso é que essa era a cor que Karl Lagerfeld mais detestava.

Lil Nas X
O artista sensação do momento foi o que mais surpreendeu na noite, ao aparecer de fio dental e com o corpo todo cravejado de pérolas, 218.783 cristais e 5 mil pedras. Segundo a revista Page Six, a caracterização levou em torno de 10 horas para ser concluída e foi feita pela maquiadora Pat McGrath.

Lily Colins
A estrela da série Emily em Paris modelou em um vestido feito sob medida pela estilista Vera Wang – conhecida por desenhar vestidos de noiva; ela estava com uma saia preta que estampava o nome KARL em letras grandes brancas, como uma forma de homenagear o designer alemão.

Jennie Ruby
A vocalista da banda de K-pop BLACKPINK, além de ser embaixadora da Chanel, fez seu debut no evento pela primeira vez. Ela escolheu usar um vestido da marca de Alta Costura da coleção de Inverno de 1990, também com as respectivas cores que remetem à grife.

Cara Delavigne
A modelo que teve um contato próximo com Karl fez uma releitura moderna de uma sessão de fotos com a Chanel de 2013, usando a peruca do ensaio junto com uma versão da icônica camisa branca do estilista.

Jenna Ortega
Já a estrela da série da Wandinha, – de muito sucesso em 2022 – conseguiu combinar a homenagem ao estilista com a identidade de sua personagem; exibindo um look todo preto, uma blusa transparente com um laço e um bolero de tweed como sobreposição.

Enfim aconteceu mais uma edição do Met Gala!
O tema da exposição que justifica o Met Gala 2023 – arrecadar fundos para o Metropolitan Museum of Art de Nova Iorque – é “Karl Lagerfeld: A Line of Beauty”, uma homenagem a imensa obra e vida de Karl Lagerfeld, estilista e designer de moda alemão que faleceu em 2019. Lagerfeld esteve à frente de Fendi, Chanel e sua grife homônima, além de passagens em outras marcas da alta costura como Balmain, Jean Patou e Chloé.
Além de toda sua trajetória, 150 peças originais desenhadas por Lagerfeld, serão expostas ao público. Portanto, o dress code do evento foi definido como “In honor of Karl” (“Em homenagem a Karl”). Anna Wintour, editora chefe da Vogue America e presidente do Met Gala, convidou Penélope Cruz, Michaela Coel, Roger Federer e Dua Lipa para serem os co-apresentadores da noite exclusiva.
Lagerfeld foi polêmico inúmeras vezes por fazer comentários indelicados. Apesar de ser progressista nos desenhos, o estilista idolatrava a magreza, já foi acusado de xenofobia, misoginia, machismo e ainda se mostrou contra as causas animais que visam acabar com o uso de animais em roupas, bolsas e sapatos.
Separamos alguns dos momentos que fizeram história ao longo dos anos. Reunindo celebridades, estilistas, designers, modelos e o melhor do mundo artístico, mergulhe nessa linha do tempo:
Cher Met Gala 1974
No Met Gala de 1974, o tema foi "Romantic and Glamorous Hollywood Design". A exposição e o evento celebraram a moda e o estilo da Era de Ouro de Hollywood, homenageando os designers e estilistas que contribuíram para o glamour e o romance do cinema. O tema permitiu aos convidados explorar o estilo clássico e sofisticado dos filmes e estrelas da época, destacando-se com trajes elegantes inspirados na moda hollywoodiana.
Neste ano o vestido de Cher, feito pelo renomado estilista Bob Mackie, causou muita agitação. O vestido foi considerado um dos Naked Dresses (vestido transparente) mais famosos de todos os tempos.

Um vestido transparente bordado com mangas e saia de penas brancas. Quase tudo era visível, incluindo os mamilos de Cher (os protetores de mamilos ainda não eram usados naquela época).
Um tempo depois, ela usou o vestido em uma fotografia que apareceu na capa da revista Time, que na época reservava o lugar de destaque para líderes mundiais ou pessoas que tivessem destaque revolucionário, em contrapartida, Cher estampava a capa usando a peça polêmica, o que fez com que a revista esgotasse quase que imediatamente nas bancas de jornais. A repercussão foi tamanha que algumas cidades chegaram a proibir a venda da edição.
Rihanna Met Gala 2015
O tema deste ano foi "China: Through the Looking Glass" (China: Através do Espelho). A temática do evento explorou a influência da cultura chinesa na moda ocidental ao longo dos anos, além de combinar elementos tradicionais chineses com interpretações modernas e contemporâneas, examinando como a estética chinesa influenciou e inspirou os designers de moda.
O resultado foi a incorporação de elementos inovadores na estética americana, o que enriqueceu a exposição dos trajes no tapete vermelho. Muitos convidados abraçaram o tema com a introdução desses elementos e referências da cultura chinesa em seus looks. Rihanna fez uma entrada ousada e icônica com seu visual que se tornou um dos mais comentados e memoráveis da noite.

Ela vestia um vestido amarelo extravagante, criado pelo estilista chinês Guo Pei. O vestido era extremamente volumoso, com uma cauda longa que se estendia pelo tapete vermelho. Feito de seda amarela vibrante, apresentava uma mistura de elementos tradicionais chineses e um design contemporâneo. Era ricamente decorado com bordados intrincados, detalhes florais em 3D e contas douradas.
O look de Rihanna foi tão impactante que foi apelidado de "omelete" ou "pizza" nas redes sociais, devido ao seu formato circular e tamanho exuberante. O vestido levou dois anos para ser criado e foi uma escolha arrojada que capturou a atenção de todos no evento.
Zendaya Met Gala 2019
Em 2019, o tema da edição foi “Camp: Notes on Fashion”, inspirado pelo ensaio de Susan Sontag, intitulado “Notes On Camp” em 1964. O termo “camp” refere-se a uma estética extravagante, exagerada e irônica, que celebra o artificial, o teatral e o exagerado na moda.
Neste ano, o tapete vermelho foi repleto de looks ousados e extravagantes. Muitos convidados abraçaram a oportunidade de usar roupas dramáticas, cores vibrantes, estampas chamativas e elementos que captassem o espírito camp, entretanto, um look em específico chamou a atenção.
Zendaya e seu estilista Law Roach apostaram em uma entrada teatral, recriando um momento de conto de fadas. Enquanto caminhava pelo tapete vermelho, o estilista segurava uma varinha de fada e acionava efeitos especiais para transformar seu vestido em uma cor brilhante de azul, como uma referência ao vestido mágico da Cinderela.

O vestido de Zendaya foi uma homenagem à famosa atriz e cantora americana, Dorothy Dandridge, que foi a primeira mulher negra indicada ao Oscar de Melhor Atriz. O look de Zendaya foi inspirado no icônico vestido de Dandridge no filme "Carmen Jones" (1954).
O vestido da grife Tommy Hilfiger, criado em colaboração com a estilista Law Roach, foi altamente aclamado e se tornou um dos mais comentados e elogiados da noite. A homenagem da atriz e a abordagem criativa para representar a transformação da Cinderela a tornaram uma das estrelas mais memoráveis do evento.
Kim Kardashian Met Gala 2021 e 2022
Em eventos grandes como o Met Gala, é impossível não existir nenhuma polêmica. Kim Kardashian já é uma convidada frequente, e mesmo sendo uma figura importante, não foge das críticas. Veja dois looks que dividiram opiniões e levaram a empresária a ser alvo de alguns julgamentos.
Em 2021 o tema do Met Gala foi “Na América: Um Léxico da Moda”, e Kim surpreendeu todos ao aparecer com corpo inteiramente coberto por um tecido preto. O look era um design da marca de luxo Balenciaga, mas aparentemente não agradou muito o público. Em comparação com os anos anteriores, a mídia ficou decepcionada que a empresária não entregou o esperado.

Já em 2022 a polêmica desagradou muito mais a mídia e os fãs do evento. Para o tema deste ano, “Gilded Glamour and White Tie”, a inspiração era a Era Dourada do século 19 nos Estados Unidos. Kim Kardashian foi longe demais com sua proposta e usou o icônico vestido de Marilyn Monroe, de quando a atriz cantou o então polêmico "Parabéns” ao Presidente John F. Kennedy.
Apesar da surpreendente homenagem, ao devolver a peça, o colecionador Scott Fortner diz que o tecido do vestido estava esgarçado e alguns cristais estavam faltando. No Instagram, a conta The Marilyn Monroe Collection postou a comparação do antes e pós evento.


Gigi Hadid Met Gala 2022
A modelo apostou em um look inteiramente vinho da Versace. Gigi já é a cara da marca de luxo e internautas acreditam que o visual captou bem a essência da grife. A construção da roupa é composta por um casaco puffer oversized - e um corset sobreposto a um macacão de látex.
O impacto que Gigi Hadid causou com sua extravagância rendeu vários elogios. A sua superprodução foi chamada de "excêntrica", “ousada”, “marcante”. Além disso, a modelo deu show de elegância e carisma no Red Carpet, roubando os holofotes.

Contando com a maquiagem e o colar na mesma paleta de cores, o figurino foi uma aposta e tanto. Marcou o conhecido “ano do exagero” no Met Gala e fez história no evento.
Blake Lively e o Met Gala
Por falar em fazer história, podemos fazer uma menção honrosa a atriz. A mais esperada todos os anos infelizmente não compareceu no Met Gala deste ano. Mas vale a pena relembrar a história que Blake fez até então.
Blake Lively já teve sua presença marcada por várias marcas luxuosas, como Gucci, Chanel, Versace, Ralph Lauren e Marchesa. A atriz já participou do evento 11 vezes, só teve ausência em 2019, 2020 e 2021 desde o primeiro convite em 2008.
Seus looks mais icônicos e conhecidos são os de 2018 e o de 2022. No de 2018 o tema foi "Corpos Celestiais: Moda e a Imaginação Católica”, e ela chamou a atenção de todos com um vestido vermelho Versace. A elegância dela e o look a levaram para a lista das mais bem vestidas do evento.

Quatro anos mais tarde, Blake revolucionou o Met Gala. Em sua primeira aparição desde 2018, ela se tornou anfitriã da cerimônia e marcou seu nome para sempre. Novamente com uma peça assinada pela Versace, seu look passou por uma transformação enquanto subia as escadarias.

Inicialmente cor de cobre inspirado no Art Deco, de repente revela um verde água que estava escondido no laço de seu vestido até então. Inspirado em Nova York e as cores remetendo à Estátua da Liberdade, Blake roubou os holofotes mais uma vez.
Por Lorrane de Santana Cruz
Os conteúdos criados na internet hoje são consumidos por vários países e usuários. Uma das redes mais viralizadas do momento é o TikTok. E é nela que milhares de pessoas usam a criatividade para se mostrar ao mundo. Assim como tudo foi se transformando, com as tendências fashionistas não seria diferente. Chamado de Fashion TikTok, os influenciadores mostram ideias e particularidades no modo de se vestir e se expressar.


As influenciadoras Luísa Masson, com 4.7 k seguidores, e Thiemy Tamura, com 32.8 k produzem conteúdos para a plataforma TikTok, e por lá mostram estilos, tendências e suas criações no mundo fashionista. Para Luísa, o interesse na moda surgiu ainda cedo, quando ela era criança. "Meu interesse pela moda vem desde a infância, antes por um hobby e hoje se tornou um trabalho que me inspira a ter vários sonhos. Durante minha infância eu fazia roupas novas para as minhas Barbies, assistia filmes que tinham a moda em sua narrativa, como “Barbie moda e magia”, o interesse pela moda surgiu de forma natural e espontânea".
Já para Thiemy, o interesse surgiu durante a pandemia da Covid-19. "Meu interesse surgiu na pandemia, quando eu comecei a consumir mais esse conteúdo nas redes sociais". A moda é algo singular e particular de cada indivíduo, e vai muito além de vestir. Para Masson a moda está ligada à sociedade. "A moda no meu ponto de vista é um reflexo da sociedade, ela vai muito além das roupas e acessórios. Moda é comunicação, cultura, economia, política, é por meio dela que conseguimos criar diálogos, nos conectamos com as pessoas ao nosso redor e expressamos nossa personalidade ao mundo".
"Moda para mim é um jeito de se expressar e mostrar a sua personalidade sem falar nada, apenas pelo visual". Reflete Tamura. Muitas pessoas começaram a arriscar uma carreira na internet, e para isso é necessário tempo e dedicação. "Eu concilio a minha rotina de estudante de engenharia com a de influencer, costumo deixar um dia da semana para gravar conteúdos para o tiktok e vou postando 1 vídeo por dia", declara Thiemy. Para mais, a mesma precisa levar em conta os algoritmos da plataforma e o alcance que os vídeos vão obter já que não é muito fácil crescer.
"Sim, o conteúdo viraliza por um tempo, depois não e fica nesse ciclo. Sinto que não depende do conteúdo em si, mas sim da “sorte” do vídeo viralizar". Por outro lado, Luísa também compartilhou sua percepção: "Sim, o medo e a dificuldade de gravar os conteúdos existem. No início, quando comecei a compartilhar, postava em total segredo, tinha muito receio do que meus amigos e conhecidos poderiam dizer. Atualmente, encaro essa situação com normalidade, acredito que quem não é visto não é lembrado, e enxergo a produção de conteúdo como um trabalho. Porém, as dificuldades sempre vão existir e o medo também, mas eles não podem ser maiores do que seu sonho e não podem te paralisar".
Quando postados nas redes sociais, os vídeos e na grande maioria das vezes os criadores estão sujeitos a críticas. Respondendo se já lidou com comentários negativos, Tamura alega: "Sim, mas nada desrespeitoso. Apenas críticas sobre a roupa que escolhi ou formato de vídeo, alguns grosseiros".
No caso de Luísa, as coisas não mudam tanto assim. "As críticas são outro ponto que sempre estarão presentes. No meu primeiro vídeo que viralizou recebi diversas críticas, algumas construtivas e outras nem tanto, mas preferi encarar de forma positiva e pensar que ninguém agrada todo mundo e se eu tiver conseguido ajudar uma pessoa ou possibilitar um novo insight a alguém, já valeu a pena!".
Há alguns bônus em trabalhar no meio digital. Por exemplo, Luísa estuda moda, e se mostra realizada tanto na faculdade, quanto gravando vídeos. "A melhor parte da faculdade de moda na minha visão é poder explorar a criatividade, conhecer novas áreas dentro da moda e consequentemente, sair da famosa “zona de conforto”. A faculdade me possibilitou viver novas experiências e introduzi-las em minhas criações".
Seguramente Thiemy se mostra no caminho quando o assunto é trabalhar com internet, e perceber o resultado de tudo isso: "Para mim é a “leveza”, consigo fazer algo que eu gosto e ser recompensada por isso".




