Confira como foram os desfiles do último dia da semana de moda paulistana
por
Pedro da Silva Menezes
Helena Haddad
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23/04/2025 - 12h

Na sexta-feira (11), o último dia da 59ª edição da São Paulo Fashion Week foi marcado por três desfiles de estilos distintos. A capital paulista recebeu as novas coleções da Handred, Patricia Vieira e PIET que encerraram o evento.

Handred

Abrindo o  dia, Handred apresentou uma coleção cheia de referências artísticas brasileiras e inspiradas na tapeçaria. Ponto Brasileiro – nome da coleção assinada pelo estilista André Namitala- traduziu a homenagem desejada pelo artista: “Uma ode ao legado dos grandes mestres tapeceiros”

O desfile ocorreu na galeria Passado Composto, no bairro do Jardins. Enquanto os modelos passavam apresentando a coleção, André narrava o desfile comentando os looks, suas técnicas e seus pensamentos, uma ambientação única e intimista. A  Handred trouxe excelência na necessidade atual de experiências imersivas para a passarela.

A coleção acentua os trabalhos manuais do ateliê e comemora brasilidade – as cores vibrantes, peças inspiradas em obras de Jacques Douchez e na ilustração “Jardim Brasileiro” do artista Filipe Jardim. As técnicas refinadas com ajuda do Apara Studio relembram Genaro de Carvalho, tapeceiro brasileiro que incorporava cores e a cultura brasileira em suas obras.

Uma coleção com bordados, organza, lã, veludo e seda, tudo conversa com as obras. Outro ponto alto foi a beleza assinada por Carla Biriba, a maquiagem dos modelos conversava diretamente com as peças e passavam do corpo para o rosto. A linha transcende a moda e mostra como caminhar junto da arte brasileira.

Modelo no desfile da Handred
Desfile Handred. Fonte: Reprodução/Agfotosite

 

Patricia Viera 

Marca consolidada na SPFW e conhecida pelo trabalho com couro, Patricia Viera apresentou sua nova coleção na Casa Higienópolis, em parceria com o artista Jardel Moura, responsável pelo desenvolvimento do corte tipo richelieu - caracterizado por desenhos vazados, muitas vezes com flores, folhagens ou padrões geométricos . 

Sempre buscando inovação com sustentabilidade, Viera traz uma coleção que reforça seus atributos ao usar tecnologia a laser na construção do couro. Inspirada no Art Déco, a estilista aposta em tons sóbrios, como bordô, marinho e até metálicos, aliados à geometria. Os mosaicos, criados por meio do programa Zero Waste, reutilizam sobras de couro do ateliê, promovendo uma produção mais consciente.

Com uma ambientação clássica, a coleção revisita o passado sem deixar de valorizar o presente, trazendo elementos como um vestido de noiva e o uso de animal print. O trabalho artesanal das peças é único e reafirma o luxo característico da marca. Pela primeira vez, a marca apresentou uma coleção própria de sapatos, expandindo seu portfólio de produtos.

Modelo com vestido de noiva no desfile da Patricia Viera
Vestido de noiva em couro. Fonte: Agfotosite/Zé Takahashi

 

PIET

Com trilha sonora de Marcelo D2 e Nave Beats, Pedro Andrade criou um cenário único no estádio do Pacaembu para apresentar o desfile da PIET. O futebol foi o protagonista da coleção. O estilista explicou à CAPRICHO que a apresentação funciona como uma linha do tempo que começa nas memórias de infância, que ajudam a formar o imaginário coletivo da população sobre o esporte. “O futebol está no nosso DNA”, declarou.

Ele explora diversos personagens nas roupas: do torcedor ao técnico, passando pelo jogador e até mesmo pelo soldado na reserva, que passa a maior parte do tempo jogando bola. Por meio de uma combinação de modelagens justas e oversized, meiões, releituras de camisas de time e estampas camufladas, o estilista traduz essas personas em suas peças.

Modelos no desfile da Piet no campo do estádio do Pacaembu
Desfile da PIET na SPFW N59. Fonte: Agfotosite/Marcelo Soubiha

 

A maquiagem também teve destaque na passarela. Helder Rodrigues foi o responsável pela beleza dos modelos, que apareceram desde apenas com blush, até rostos completamente pintados, que evocaram a paixão dos fanáticos pelo esporte.

Desde 2022, a São Paulo Fashion Week passou a vender ingressos, mas o evento da marca de streetwear foi em contrapartida ao disponibilizar 4 mil entradas gratuitas para o público e reuniu uma comunidade fiel à marca. A escolha foi certeira, já que os torcedores formam parte essencial desse “jogo da moda”.

Estreante na SPFW em 2018, a PIET conquistou reconhecimento internacional ao firmar parcerias com marcas como Oakley, Puma e Levi’s. Com o encerramento da semana de moda, ela trouxe uma atmosfera de final de Copa do Mundo e reafirmou a democratização dos espaços da moda com a coleção “Farmers League”.

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Grandes marcas enfrentam críticas sobre métodos de produção e as reais práticas do mercado de luxo
por
Isabelli Albuquerque
Vitória Nascimento
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22/04/2025 - 12h

No começo do mês de abril, o jornal americano Women's Wear Daily (WWD) divulgou em suas redes sociais um vídeo que mostrava os bastidores da fabricação da bolsa 11.12, um dos modelos mais populares da histórica francesa Chanel. Intitulado “Inside the Factory That Makes $10,000 CHANEL Handbags” (“Dentro da Fábrica que Produz Bolsas Chanel de US$10.000”), o material buscava justificar o alto valor do acessório, mas acabou provocando controvérsia ao exibir etapas mecanizadas do processo, incluindo a costura.

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Imagem do vídeo postado pelo WWD que foi deletado em seguida. Foto: Reprodução/Tiktok/@hotsy.magazine

Embora o vídeo também destacasse momentos artesanais, como o trabalho manual de artesãs, a revelação de uma linha de produção mais automatizada do que o esperado causou estranhamento entre o público nas redes sociais. A repercussão negativa levou à exclusão do conteúdo poucas horas após a publicação, mas o vídeo continua circulando por meio de republicações. 

Além do material audiovisual, a WWD publicou uma reportagem detalhada sobre o processo de confecção das bolsas. Foi a primeira vez que a maison fundada por Coco Chanel, em 1910, abriu as portas de uma de suas fábricas de artigos em couro. A iniciativa está alinhada ao Regulamento de Ecodesign para Produtos Sustentáveis, que visa ampliar a transparência ao oferecer informações claras sobre a origem dos produtos, os materiais utilizados, seus impactos ambientais e orientações de descarte através de um passaporte digital dos produtos.

Em entrevista à publicação, Bruno Pavlovsky, presidente de moda da Chanel, afirmou: “Se não mostrarmos por que é caro, as pessoas não saberão”. Ao contrário do vídeo, as imagens incluídas na matéria priorizam o trabalho manual dos artesãos, reforçando a narrativa de exclusividade e cuidado artesanal.

Para a jornalista de moda Giulia Azanha, a polêmica evidencia um atrito entre a imagem construída pela marca e a realidade do processo produtivo. “Acaba criando um rompimento entre a qualidade percebida pelo cliente e o que de fato é entregue”, afirma. Segundo ela, a reação negativa afeta principalmente os consumidores em potencial, ainda seduzidos pelo imaginário construído pela grife, enquanto os compradores habituais já estão acostumados com o funcionamento e polêmicas do mercado de luxo.

Atualmente, a Chanel administra uma série de ateliês especializados em ofícios artesanais por meio de sua subsidiária Paraffection S.A., reunidos no projeto Métiers d’Art, voltado à preservação de técnicas manuais tradicionais. A marca divulga sua produção feita à mão como um de seus pilares. No entanto, ao longo dos anos, parte da fabricação tornou-se mais automatizada — sem que isso tenha sido refletido nos preços finais.

Em 2019, a bolsa 11.12 no tamanho médio custava US$ 5.800. Hoje, o mesmo modelo é vendido por US$ 10.800 — um aumento de 86%. Para Giulia, não é o produto em si que mantém o caráter exclusivo, mas sim a história da marca, a curadoria estética e seu acesso extremamente restrito: “No final, essas marcas não vendem bolsas, roupas, sapatos, mas sim a sensação de pertencimento, de sofisticação e inacessibilidade, mesmo que seja simbólico”.

A jornalista de moda acredita que grande parte das outras grifes também adota um modelo híbrido de produção, que combina processos artesanais e mecanizados. Isso se justifica pela alta demanda de modelos como as bolsas 11.12 e 2.55, os mais vendidos da Chanel, o que exige uma produção em escala. No entanto, Giulia ressalta que a narrativa em torno do produto é tão relevante quanto sua fabricação: “O conceito de artesanal e industrial no setor da moda é uma linha muito mais simbólica do que técnica”, afirma.

Na mesma reportagem da WWD, Pavlovsky afirmou que a Chanel pretende ampliar a divulgação de informações sobre o processo de fabricação de seus produtos. A iniciativa acompanha a futura implementação do passaporte digital, que será exigido em produtos comercializados na União Europeia. A proposta é detalhar como os itens são produzidos, incluindo dados voltados ao marketing e à valorização dos diferenciais que tornam as peças da marca únicas. A matéria da WWD foi uma primeira tentativa nesse sentido, mas acabou não gerando a repercussão esperada.

“O não saber causa um efeito psicológico e atiça o desejo por consumo, muito mais rápido do que a transparência”, observa Giulia, destacando o papel do mistério no universo do luxo. Para ela, as marcas enfrentam o dilema de até que ponto devem revelar seus processos sem comprometer a aura de exclusividade. Embora iniciativas como a da Chanel pareçam valorizar aspectos como a responsabilidade ambiental e o trabalho manual — atributos bem recebidos na era das redes sociais, a jornalista acredita que a intenção vai além da educação do consumidor: “A ideia é parecer engajado e preocupado com a produção e seus clientes, mas a intenção por trás está muito mais ligada a humanizar a grife do que, de fato, educar o público”.

 

Até onde as práticas de fabricação importam?

 

Também no início de abril, diversos perfis chineses foram criados no aplicativo TikTok. Inicialmente, vídeos aparentemente inocentes mostrando a fabricação de bolsas e outros acessórios de luxo foram postados. Porém, com o aumento das taxas de importação causada pelo presidente americano, Donald Trump, estes mesmos perfis começaram a postar vídeos comprovando que produtos de diversas grifes de luxo são fabricados na China.

Estes vídeos se tornaram virais, arrecadando mais de 1 milhão de visualizações em poucos dias no ar. Um dos perfis que ganharam mais atenção foi @sen.bags_ - agora banido da plataforma -, usado para expor a fabricação de bolsas de luxo. Em um dos vídeos postados no perfil, um homem mostra diversas “Birkin Bags” - bolsas de luxo fabricadas pela grife francesa Hermés, um dos itens mais exclusivos do mercado, chegando a custar entre US$200 mil e US$450 mil - que foram produzidas em sua fábrica.

As bolsas Birkin foram criadas em 1981 em homenagem à atriz Jane Birkin por Jean-Louis Dumas, chefe executivo da Hermés na época. O design da bolsa oferece conforto, elegância e praticidade, ganhando rapidamente destaque no mundo da moda.

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Jane Birkin usando a bolsa em sua homenagem. A atriz era conhecida por carregar diversos itens em sua Birkin, personalizando a bolsa com penduricalhos e chaveiros. Foto:Jun Sato/Wireimage.

A Hermés se orgulha em dizer que as Birkin são produtos exclusivos, principalmente devido ao lento processo de produção. De acordo com a marca, todo o processo de criação de uma Birkin é artesanal e o produto é fabricado com couros e outros materiais de difícil acesso. Porém, com a revelação do perfil @sen.bags_, o público começou a perceber que talvez a bolsa não seja tão exclusiva assim.

No mesmo vídeo mencionado anteriormente, o homem diz que tudo é fabricado na China, com os mesmos materiais e técnica, mas as bolsas são enviadas à Europa para adicionarem o selo de autenticidade da marca. Essa fala abriu um debate on-line, durante todo esse tempo, as pessoas só vêm pagando por uma etiqueta e não pelo produto em si?

Para Giulia, polêmicas desse nível não afetam de forma realmente impactante as grandes grifes de luxo, já que “A elite não para de consumir esses produtos, porque como já possuem um vínculo grande [com as marcas] não se trata de uma polêmica que afete sua visão de produto, afinal além de venderem um simples produto, as grifes vendem um estilo de vida compatível com seu público.

A veracidade destes vídeos não foi comprovada, mas a imagem das grifes está manchada no imaginário geral. Mesmo que a elite, público alvo destas marcas, não deixe de consumi-las, o resto dos consumidores com certeza se deixou afetar pelo burburinho.

Nas redes sociais, diversos internautas brincam dizendo que agora irão perder o medo de comprar itens nos famosos camelôs, alguns até pedem o nome dos fornecedores, buscando os prometidos preços baixos.

Financeiramente, a Chanel e outras marcas expostas, podem ter um pequeno baque, mas por conta de suas décadas acumulando capital, conseguiram se reequilibrar rapidamente. “Elas podem sentir um impacto imediato, mas que em poucos anos são contidos e substituídos por novos temas, como a troca repentina de um diretor criativo ou um lançamento de uma nova coleção icônica.”, acrescentou Giulia.

Outras grandes grifes já enfrentaram escandâlos, até muito maiores do que esse como menciona Giulia “A Chanel, inclusive passou por polêmicas diretamente ligadas a sua fundadora, até muito mais graves do que seu processo produtivo”, se referindo ao envolvimento de Coco Chanel com membros do partido nazista durante a Segunda Guerra. Porém, como apontado anteriormente, essas marcas conseguiram se reerguer divergindo a atenção do público a outro assunto impactante.

Esse caso foi apenas um de muitos similares na história da indústria da moda, mas, como apontado por Giulia: “A maior parte das grifes em questão tem ao menos 100 anos de história e já se reinventaram diversas vezes em meio a crises, logo a transformação será necessária.”

 

Tendências para próxima estação marcam presença na passarela em meio a referências inusitadas
por
Bruna Quirino Alves
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14/04/2025 - 12h


Weider Silveiro  

Weider Silveiro iniciou a sequência de desfiles da  quarta-feira (9) no Shopping JK Iguatemi. A inspiração de sua coleção de inverno foi a deusa do amor e da beleza, Vênus.

Além de trazer um estudo de várias versões da figura mitológica, previamente retratadas na história, o estilista também se aprofundou nas representações humanas da divindade, ao aclamar artistas femininas conhecidas por, tanto por seus talentos, como suas belezas físicas, como Madonna, Cher e Joelma.

As peças da coleção trazem uma nova versão dos caimentos clássicos de busto, quadril e cintura, incorporando novos formatos e silhuetas para os cortes. Com paletas em tons pastéis, elementos que estão em alta no mundo da moda também foram incluídos nos looks, como a saia balonê e a modelagem assimétrica.

Modelo com vestido vinho desfilando na passarela
Weider Silverio SPFW N59. Foto: Zé Takahashi/ @agfotosite
Modelo de vestido rosa vdesfilando na passarela
Weider Silverio SPFW N59. Foto: Zé Takahashi/ @agfotosite

 

 
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Reptilia

O segundo desfile do dia foi da marca Reptilia. A coleção “Tectônica” se inspira em falhas e deslocamentos geológicos, apresentando peças com tons terrosos e estampas que remetem ao solo. 

As peças foram pensadas a partir de uma proposta agênero e tal pluralidade ficou evidente  passarela. A cartela de cores predominante no desfile ficou estacionada nos  tons marrons, com leves toques de azuis, verdes e cinzas, remetendo  a pedras minerais.

A estamparia chamou atenção por um  detalhe particular da diretora criativa, Heloisa Strobel. As estampas foram feitas a partir de fotos tiradas pela própria designer com uma câmera analógica de 35mm durante uma viagem ao Oriente Médio.

A composição de looks conta com sobreposições, peças modulares, tecidos fluídos e alfaiataria que é característica da marca. Além disso, o processo de produção inova ao combinar corte a laser com bordado manual e uso de retalhos. O reaproveitamento de tecidos reafirma o compromisso da marca com a moda sustentável.

Modelo desfilando com vestido estampado
Reptilia SPFW N59. Foto: Zé Takahashi/ @agfotosite
Modelo desfilando na passarela com roupa preta e branca
Reptilia SPFW N59. Foto: Zé Takahashi/ @agfotosite

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Led

O desfile da marca Led foi o terceiro do dia, com a irreverência de ser inspirado em novelas brasileiras.

LED apresenta a sua coleção “BR SHOW”, ambientada como um programa de televisão. A trilha sonora contava com um remix de bordões icônicos da teledramaturgia brasileira, falas de apresentadores e aberturas de programas famosos.

O estilista, Celio Dias, disse em entrevista à Globo que aproveitou a estreia da nova versão de “Vale Tudo” para embarcar na atmosfera das novelas brasileiras, sob a perspectiva de alguém que acompanhou o surgimento de tendências que vieram dessas produções.

As peças da coleção são maximalistas e contam com mistura de estampas: animal print, listras e bolinhas, além de ornamentos como franjas e pelúcia, também incorporando pontos de tricô e crochê em alguns modelos.

O streetwear teve grande destaque no desfile, com a presença de calças cargo, casacos esportivos, moletons, camisetas gráficas com trocadilhos e tênis de corrida.
 

Modelo desfilando com macacão listrado
LED SPFW N59. Foto: Zé Takahashi/ @agfotosite
Modelo desfilando com vestido listrado preto e branco
LED SPFW N59. Foto: Zé Takahashi/ @agfotosite

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

À La Garçonne

O último desfile da noite foi da marca À La Garçonne, com sua coleção mesclada entre streetwear e alfaiataria.

O estilista Fábio Souza não pensou em nenhum tema específico para basear a sua coleção, seu foco era criar peças usáveis prezando o conforto acima da estética.

O vestuário apresentado chamou atenção pela mistura de estampas, com destaque para o xadrez, que é a tendência da estação. Silhuetas bem estruturadas, uso de pregas, caimento oversized e tênis esportivos compuseram os looks.

A paleta de cores é sóbria em tons de verde militar, marrom e grafite, com o contraste de alguns relances em tons de vermelho e roxo.

O processo de produção da coleção foi realizado a partir do upcycling de tecidos vintage da própria marca e garimpado de outras. O estilista reforça o conceito de moda consciente e reuso de materiais têxteis, criando novas peças customizadas e sustentáveis.

Modelo desfilando com terno xadrez
À La Garçonne SPFW N59. Foto: Zé Takahashi/ @agfotosite
Modelo desfilando vestido e calça de terno
À La Garçonne SPFW N59. Foto: Zé Takahashi/ @agfotosite


 

 

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Com grandes nomes da moda brasileira, evento chega ao seu penúltimo dia
por
Gustavo Oliveira de Souza
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14/04/2025 - 12h
Foto de desfile
Modelo durante desfile da Dendezeiro. Foto: Mauricio Santana, Getty Images
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Na quinta-feira (10), o quinto dia de desfiles na São Paulo Fashion Week  trouxe aos holofotes marcas fundamentais ao cenário nacional, pilares do reconhecimento da moda brasileira país a fora.

João Pimenta 

O primeiro desfile do dia foi do estilista João Pimenta. O já consagrado artista, que por alguns anos misturou elementos da moda voltada aos dois gêneros decidiu apostar em um conceito quase todo concentrado  no vestuário masculino. O desfile aconteceu na estação Júlio Prestes do metrô, com o nome “Em Construção”. Sua obra buscou questionar os rumos da tecnologia na moda e valorizar o trabalho manual.

Dendezeiro

No JK Iguatemi, a Dendezeiro foi a segunda grife do dia a desfilar. A marca baiana da dupla Hisan Silva e Pedro Batalha trouxe um conceito que homenageava a região Norte do Brasil, com muito destaque à Amazônia. Chamada de “Brasiliano 2: A Puxada para o Norte”, o desfile destacou a fauna, com estampas de peixe e bolsas em formato de capivara, além de camisetas com frases exaltando a cultura local.

MNMAL

O penúltimo desfile do dia foi da estreante MNMAL. Fundada em 2022, a marca tem seu conceito baseado no minimalismo, e na passarela não foi diferente. Assinada pelo estilista Flávio Gamaum, as peças têm como principal destaque o conforto, pensada para o cotidiano no lar e home-office. Mesmo com todo o conforto, a elegância não é deixada de lado.

Walério Araújo 

Fechando o dia 10, o importante estilista Walério Araújo trouxe seu conceito usualmente impactante. Já tendo sido considerado um dos maiores estilistas do mundo, o pernambucano traz, novamente, a ousadia. Com diversas homenagens às mulheres trans, a bandeira de arco-íris apareceu em vestidos e peças mais casuais. Como novidade, a alfaiataria esteve presente, com peças que mostram a diferença na manifestação de gênero em locais públicos e privados.

Todos os desfiles marcaram, novamente, uma nova trajetória na moda brasileira. Sendo dos mais novos aos mais veteranos, quem esteve presente pôde acompanhar mais um capítulo da história do fashion no Brasil. 

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Tecnologia auxilia na análise de tendências, preferências do público e desempenho de vendas, otimizando a criação de coleções mais assertivas e sustentáveis
por
Larissa Pereira José
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24/03/2025 - 12h

A moda sempre foi um reflexo do comportamento humano, e nos últimos anos, a tecnologia tem desempenhado um papel crucial na forma como as coleções são criadas. No segmento fashion, que exige inovação constante para atender a um público cada vez mais exigente, a Inteligência Artificial (IA) tem se tornado uma ferramenta essencial. Desde a pesquisa de tendências até a análise de dados de vendas, a tecnologia vem revolucionando o processo criativo e estratégico.  

Para entender melhor essa transformação, conversamos com Nayara Graziela do Lago, estilista responsável pelo desenvolvimento de roupas fitness femininas para um grande magazine. Com anos de experiência no setor, ela destaca como a IA tem otimizado seu trabalho e impactado positivamente as coleções. “Antes, a pesquisa de tendências era um processo muito manual e baseado na intuição. Hoje, conseguimos usar IA para analisar um grande volume de informações e identificar padrões com muito mais precisão”, explica Nayara.  

Ferramentas de inteligência artificial são capazes de cruzar dados de redes sociais, desfiles internacionais, comportamento de busca na internet e até avaliações de clientes em e-commerce. Isso permite que a equipe de estilo tenha uma visão mais clara do que está em alta e do que realmente pode funcionar para o público-alvo. “No segmento fitness, por exemplo, percebemos que há uma crescente demanda por peças multifuncionais, que possam ser usadas tanto na academia quanto no dia a dia. A IA nos ajuda a confirmar essa tendência analisando o comportamento dos consumidores em tempo real”, acrescenta a Nayara.  

Além de prever tendências futuras, a inteligência artificial também tem um papel fundamental na análise de coleções passadas. A tecnologia permite avaliar quais peças tiveram melhor desempenho de vendas, quais cores e modelagens foram mais aceitas e até quais tecidos proporcionaram mais conforto ao consumidor.  

“A cada nova coleção, conseguimos acessar relatórios detalhados sobre o que funcionou e o que precisa ser ajustado. A IA cruza dados de vendas com feedbacks dos clientes e nos mostra, por exemplo, se determinada peça foi muito devolvida por problemas de caimento ou se uma estampa específica teve alta aceitação. Isso nos dá uma base muito mais sólida para criar novos produtos”, explica Nayara.  

Esse tipo de análise evita desperdícios e ajuda a direcionar melhor os investimentos na produção. Em um mercado cada vez mais competitivo, entender as preferências do público-alvo é essencial para criar coleções assertivas e bem-sucedidas. Outro aspecto revolucionário do uso da inteligência artificial na moda está na criação de estampas e modelagens. Hoje, já existem softwares que geram prints exclusivos baseados em combinações de cores e texturas identificadas como tendências. Além disso, ferramentas de simulação virtual permitem testar digitalmente o caimento das peças antes mesmo da confecção dos primeiros protótipos físicos.  

“Isso reduz drasticamente o desperdício de materiais e encurta o tempo de desenvolvimento das coleções. Antes, fazíamos diversos testes com tecidos e modelagens diferentes, o que demandava tempo e custos. Agora, conseguimos visualizar um look completo de forma digital e fazer ajustes antes de costurá-lo”, explica Nayara. 

Maquinário de fábrica têxtil que desenvolve peças sem costura.
Maquinário de fábrica têxtil que desenvolve produtos sem costura.

Apesar das inúmeras vantagens proporcionadas pela IA, Nayara faz questão de ressaltar que a tecnologia não substitui a criatividade humana. “A moda tem emoção, identidade e precisa criar conexão com o consumidor. A IA é uma ferramenta poderosa, mas o toque final ainda é do estilista. Somos nós que interpretamos os dados e transformamos essa informação em coleções que realmente conversam com o público.”  

Para a estilista, o futuro da moda passa pela combinação entre tecnologia e sensibilidade humana. “O uso da IA no desenvolvimento de coleções já é uma realidade e tende a crescer cada vez mais. Mas a essência da moda continua sendo a criatividade e a capacidade de contar histórias por meio das roupas”.  

Com um mercado cada vez mais dinâmico e competitivo, a inteligência artificial se consolida como um diferencial estratégico para marcas que desejam inovar, reduzir desperdícios e entregar produtos alinhados às expectativas do consumidor moderno. E, como Nayara bem pontua, quando aliada ao olhar criativo do estilista, a tecnologia se torna uma poderosa ferramenta para transformar dados e estatísticas em coleções de sucesso.

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A 56ª edição do São Paulo Fashion Week (SPFW) chegou ao seu fim após cinco dias intensos, apresentando 38 desfiles e uma série de talks sobre moda e temas relacionados.
por
Sophia G. Dolores
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15/11/2023 - 12h

Foi o caso de Luiza Brunet, que surpreendeu ao fazer um retorno emocionante às passarelas após quase 30 anos de aposentadoria. O desfile pela carioca ‘The Paradise’ foi aplaudido, juntamente com a participação de Preta Gil e Izabel Goulart.

Aconteceu em novembro mais uma edição do SPFW
Aconteceu em novembro mais uma edição do SPFW  (Foto: Reprodção/ Instagram)

João Maraschin e Sau conquistaram o público com suas propostas frescas e autênticas. Maraschin, com suas peças de macramê e tricô, enquanto Sau trouxe elegância minimalista à moda praia.Helô Rocha também marcou seu retorno ao SPFW após seis anos, escolhendo o icônico Teatro Oficina para destacar uma coleção que celebra as raízes nordestinas.

A permanência da opção de compra de ingressos pelo público em geral também foi elogiada, pois proporcionou uma oportunidade mais acessível para os entusiastas da moda e estudantes participarem do evento. Além dos desfiles, o SPFW ofereceu diversas palestras sobre temas variados, desde responsabilidade social a inovação na moda, ampliando a experiência do evento.

Alguns desafios foram enfrentados e criticados, como os desfiles que ocorreram em dois espaços distintos em São Paulo, apresentando desafios de acesso via transporte público. Além dos atrasos frequentes e a falta de informações organizacionais que também foram observados.

Apesar de avanços na quebra de padrões estéticos, a representatividade de corpos diversos ainda precisa ser ampliada, especialmente em relação à presença de pessoas gordas nas passarelas.

Responsável pela mídia e marketing do evento
Responsável pela mídia e marketing do evento (Foto: Reprodção/ Instagram)

Para entender melhor os bastidores do evento, Kaio Raffael, publicitário e social media responsável por todas as redes sociais, marketing e divulgação do SPFW N56 contou sobre os insights sobre a estratégia digital adotada para amplificar a presença do evento e aproximar ainda mais os fãs da moda.

Kaio destacou: "Nosso foco foi criar uma narrativa envolvente nas redes sociais, proporcionando aos seguidores uma experiência única. Utilizamos estratégias inovadoras para divulgar os desfiles, buscando estabelecer uma conexão autêntica com o público."

O publicitário, ao abordar as críticas direcionadas ao evento, ressaltou a importância de ouvir e aprender com a comunidade da moda: "Todas as críticas são valiosas para nós. Estamos cientes dos desafios enfrentados, como os atrasos e a questão da diversidade. Encaramos essas observações como oportunidades de aprimoramento [...] nosso compromisso é evoluir a cada edição, garantindo que o SPFW seja um espaço inclusivo, acessível e representativo para todos os amantes da moda. A crítica construtiva nos impulsiona a fazer melhor na próxima vez, e estamos dedicados a proporcionar uma experiência ainda mais extraordinária nas edições futuras."

 O publicitário ressaltou a importância de ouvir e aprender com a comunidade da moda
 O publicitário ressaltou a importância de ouvir e aprender com a comunidade da moda (Foto: Reprodução/ Instagram)

O SPFW N56, com seus altos e baixos, encerra mais uma edição, deixando marcas na indústria da moda e abrindo espaço para reflexões sobre o futuro do evento, e principalmente da moda.

 

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Mario Queiroz, reconhecido por seu trabalho no segmento masculino, participa da Escola de Verão da PUC-SP
por
Rodrigo Ferreira
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13/11/2023 - 12h

O estilista e professor, Mario Queiroz, consultor e designer de moda, autoridade em Moda Masculina, com diversas apresentações na SPFW, está ofertando um curso intensivo durante os dias 15 a 19 de janeiro de 2024, na PUC-SP, dentro do projeto Escola de Verão

Queiroz é Doutor em Comunicação e Semiótica pela mesma universidade, e sobre o curso, diz que “trata dos papéis da comunicação na moda e analisa a Moda como forma de Comunicação”. Em conversa com alunos de jornalismo da universidade onde se realizará o curso, ele lembra que a moda e a comunicação não se separam, até mesmo quando se trata de política, “a moda é política, me veio uma situação de ontem, em que o grampo da gravata do governador era uma metralhadora”, ressalta o estilista.

Em seu olhar, muitas coisas são ditas através da moda, assim como o adorno de arma usada por Tarcisio de Freitas em uma gravata passa uma mensagem de ódio. Em sua opinião, hoje ocorre um “fenômeno novo, em que a moda advinda das periferias cresce muito”, e “a roupa já nem sempre é indicativo de condição social”, o que pode democratizar relações sociais em certas situações. Ele traz inclusive um exemplo pessoal, em que em frente a uma loja de luxo em Paris, mesmo vestido com “roupas de rua”, foi convidado a entrar, o que era impossível com os mesmos trajes em sua juventude.

Após 20 edições no SPFW (São Paulo Fashion Week), e fechar sua loja, Mario Queiroz decidiu se dedicar à atividade docente, já tendo realizado cursos no Senac e outras instituições, tendo como tema principal de pesquisa a questão de gênero”. Fiz o doutorado, tese ‘homem e/ou mulher’, não publicado, porque no meio do caminho veio um convite para fazer um livro acessível a todos sobre masculinidade ‘homens e moda no século XXI’”, diz o professor, que acredita que “a moda é a forma como você quer se representar, vai além da roupa”.

 

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O evento começou nesta quarta-feira e vai até 12 de novembro, com desfiles no Shopping Iguatemi e Komplexo Tempo, além de outras locações pela cidade, como o Teatro Oficina
por
Giovanna Montanhan
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09/11/2023 - 12h

O São Paulo Fashion Week (SPFW) é uma das ocasiões do universo fashion mais importantes do Brasil e da América Latina. Criada em 1993 por Paulo Borges, empresário e produtor de eventos, a primeira semana de moda paulista  só aconteceu em 1996. 

A ideia de montar o evento surgiu da necessidade de dar visibilidade à moda brasileira em nível internacional e de fortalecer a indústria no Brasil. O fundador viu uma oportunidade de criar um espaço que reunisse estilistas, marcas e profissionais do setor em um ambiente de destaque, atraindo a atenção de compradores, jornalistas e celebridades de todo o mundo, além de se tornar um dos principais palcos para lançar tendências. A São Paulo Fashion Week acontece duas vezes por ano e nessa segunda edição de 2023 apresenta:

Quarta-feira (08/11):

Patricia Vieira: criada em 2006 pelo designer de nome homônimo da marca.

O estilo festivo dominou a coleção com peças prateadas, douradas, grafite e preto brilhante. Um dos destaques foi o vestido de 25.000 quadrados de couro e ponto de luz desfilado pela atriz Mônica Martelli.

A grife é uma das que preza pelo sistema de desperdício zero, portanto em suas produções, nenhuma matéria prima é descartada. 

 

 

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Foto: Ze Takahashi/ @agfotosite

 

 

João Pimenta: lançada em 2003 pelo estilista de nome homônimo da marca, com foco em alfaiataria masculina. O tema do desfile foi ‘’sincretismo religioso no Brasil’’, no qual as peças variavam desde bordado com dourado - como um casaco de tweed feito artesanalmente de tapeçaria - até peças em preto e criações que mesclavam as duas cores. A silhueta minimalista foi incrementada com camisas de cetim que se sobrepunham. Os looks em branco também eram diferenciados, contendo laços exagerados e rendas em abundância, além do uso abundante de cetim que trouxe o estilo elegante à passarela.

 

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Foto: Ze Takahashi/ @agfotosite

 

DEPEDRO: criada em 2017, por Marcus e sua irmã, Larissa Figueiredo. Os criadores acreditam em uma  moda que seja diversificada e que promova impacto social no sertão. O desfile aconteceu em parceria com a marca sustentável do ator Sérgio Marone, a Tukano -  responsável por desenvolver um tecido de algodão feito por uma aldeia indígena do Rio Grande do Norte. 

As peças em destaque foram as de crochê, em tons neutros e em verde e azul, looks com franjas e modelos sem camisa vestindo sungas, além de calçados confortáveis. 

Também foi possível observar que, conforme os modelos tomavam conta da passarela, as artesãs faziam crochê simultaneamente.

 

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Foto: Ze Takahashi/ @agfotosite

 

Helô Rocha: marca que está no mercado desde 2005, porém com o nome de Têca, e que só uma década depois veio a ter o nome homônimo da estilista. É famosa por estar sempre reverenciando a moda nordestina e regional. 

O desfile aconteceu no Teatro Oficina, cujo fundador, o ator Zé Celso, faleceu este ano após seu apartamento na capital paulista ter pegado fogo. 

O foco esteve nos bordados, crochês, nos acessórios em látex - como luvas e meias - peças texturizadas, tons claros e nas peças fluídas, assim como nos adereços metalizados e nos véus. 

 

helo rocha
Foto: Ze Takahashi/ @agfotosite

 

A coleção foi marcada por visuais feitos manualmente pelas bordadeiras da Amazônia e com os próprios recursos do Norte do país. 

Helô é de Porto Alegre (RS), mas cresceu em Natal (RN), portanto, fez questão de homenagear o nordeste. Suas modelos vestiram rendas e desfilaram em um cenário composto por caranguejos, flores e um sol, homenageando também o criador do Teatro Oficina.

 

Korshi 01:  idealizada em 2018, pelo diretor criativo Pedro Korschi. É uma marca focada no desenvolvimento de peças modulares - isso significa que elas entregam muita versatilidade e um estilo de roupa inteligente - com partes destacáveis, nas quais a partir de uma base, podem ser montadas inúmeras outras formas e modelos diferentes. 

O desfile intitulado ‘’Praia de Koncreto’’ apresentou looks em tons que remeteram, de fato, a uma praia, fazendo o uso do azul e do bege em grande parte de seus visuais. 

Os clássicos preto e branco também tiveram seu momento de brilhar. Conforme os modelos iam desfilando, as trocas de roupas aconteciam ali, na frente do público, onde a mágica acontecia. 

Roupas estilo oversized e com multi funcionalidades foram destaques na passarela, assim como as bolsas/mochilas em formato de tubarão, bonés e chapéus bucket com furos na parte de trás e chinelos de dedo e alpargatas. O show nos trouxe uma ideia de verão desconstruído e autêntico.

 

 

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Foto: Ze Takahashi/ @agfotosite

 

SAU: criada em 2020 por Yasmim, mais conhecida por Zazá, e Marina, por Bitu. É uma marca feminina de moda praia. O desfile foi marcado por muito minimalismo, sob uma forte inspiração nordestina, que incluiu modelos fluídos, esvoaçantes e geométricos, compostos por tons terrosos, preto e branco. O tema era  ‘’Pulsação’’ e foi baseada na obra do escultor Sérvulo Esmeraldo, que morreu em 2017. 

 

 

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Foto: Lucas Ramos/Brazil News

 

Martins: fundada em 2016 por Tom Martins, com a proposta de ser unissex e oversized. Apresentou roupas em jeans em parceria com a Levi’s, xadrez, cores vibrantes, mix de estampas, texturas, acessórios como colares e brincos de pompons estilizados e coloridos, assim como óculos escuros que continham pingentes de letras nas hastes e peças que giravam em torno da estética maximalista. 

 

 

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Foto: Ze Takahashi/ @agfotosite

 

Artemisi: criada em 2019, pela estilista Mayari Jubini. É uma marca que produz suas peças sob medida, com coleções de designs exclusivos. O desfile focou em apresentar uma visão tecnológica e futurista. 

Algumas das referências utilizadas pelas designers para criar esta coleção foram os filmes: “Pearl (2022)”, “Psicose (1960)” e “Frankenstein (1931)”. 

As peças em destaque foram as jaquetas de couro estilizadas, sob um modelo que remetia o visual dos motociclistas do início do século XX, tops metalizados e calças em tecido vinílico e em couro. Os visuais que integraram a passarela eram compostos por top e saia de pérolas e vestidos de manga longa inspirados nas pinturas renascentistas. As peças em jeans também estiveram presentes no show, compondo conjuntos, jaquetas, corsets, calças, casacos e até mesmo luvas.

 

 

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Foto: Ze Takahashi/ @agfotosite

 

 

 

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A socialite norte-americana publicou que irá se lançar no mundo da moda com a própria marca de roupas
por
Giovanna Montanhan
|
30/10/2023 - 12h

O anúncio foi feito por meio da conta no Instagram, com a legenda: ‘’conheça Khy’’. Na foto, ela veste um sobretudo preto de couro com vários zíperes. Segundo a empresária, os preços serão atrativos, não ultrapassando 200 dólares (cerca de R$ 1 mil na cotação atual). A proposta é oferecer peças de luxo acessíveis. A primeira coleção tem 12 itens, criados em parceria com a Namilia - marca alemã, famosa por criar peças inovadoras feitas em couro sintético. 

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Reprodução: Instagram/KHY

 

A inspiração para a grife veio do próprio guarda-roupa e em como ela está se sentindo a cada dia, partindo do conceito de “quiet luxury’’ que está em alta no momento, já que é focado no minimalismo e na qualidade do tecido. 

A integrante mais jovem do clã Kardashian-Jenner, aos 26 anos, já acumula mais de US$ 680 milhões de patrimônio líquido, de acordo com a revista Forbes. Ela, que já integra o mercado da beleza e de cuidados pessoais, é fundadora das marcas Kylie Cosmetics (2015), Kylie Skin (2019) e Kylie Baby (2021). 

A nova marca oferecerá, também, uma grande variedade de tamanhos, indo do PPP ao GGG. O desenvolvimento vem acontecendo em colaboração com o casal Jens e Emma Grede - envolvidos com a SKIMS, de lingeries e roupas modeladoras de sua irmã, Kim Kardashian, e a Good American, de jeans e vestuário feminino, de sua irmã Khloe Kardashian. Ainda de acordo com informações da revista Puck, Kylie promete adotar uma abordagem mais sustentável, consequentemente, gerando menos lixo com as produções. 

Quem se interessar e decidir acessar o site khy.com, irá se deparar com uma foto da fundadora de costas usando o traje carro-chefe da grife, e uma lacuna para preencher seu email a fim de garantir um acesso antecipado e exclusivo. O lançamento acontecerá na próxima quarta-feira (01). 

 

 

KHY
Foto: Divulgação

 

 

 

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A semana de moda italiana de 2023 aconteceu entre os dias 20 e 25 de setembro e contou com 62 desfiles, além da estreia da designer brasileira Karoline Vitto.
por
Giovanna Montanhan
|
05/10/2023 - 12h

A Semana de Moda de Milão (MFW) acontece anualmente desde 1958, nos meses de fevereiro e setembro. Antigamente, o evento era apresentado pela associação da Camera Sindacale della Moda Italiana, que mudou de nome para Camera Nazionale della Moda Italiana. Na época, o evento se resumia a exibir desfiles de moda e exposições que apresentavam a indústria da moda italiana, hoje em dia, tem como objetivo promover estilistas italianos tanto na Itália quanto internacionalmente. 


Primeiro dia (20/09)

Destaques:

Fendi: fundada em 1925 por Adele e Edoardo Fendi. A marca começou como uma pequena boutique no coração de Roma, especializada em bolsas e peles. O designer britânico Kim Jones assumiu o cargo de diretor artístico da alta costura em 2020, ao lado das diretoras artísticas Silvia Venturini Fendi e Delfina Delettrez Fendi, respectivamente, a terceira e a quarta geração da família Fendi. A grife ficou conhecida por seu modelo icônico de bolsa baguette.

Na passarela, Kim apresentou uma coleção refinada para mulheres elegantes e modernas, misturando tons neutros aos pastéis e multicoloridos para criar seus visuais. Peças que carregavam o monograma da marca também estavam presentes, além do uso de tecidos leves, como a seda, e alfaiataria. 

Os acessórios combinados foram desde bolsas - bolsas-cargo repletas de compartimentos,  mini bolsas e as clássicas baguette com o logo aparente - até luvas de couro, usadas por todas as modelos. 

Segundo o diretor artístico da marca, ‘’Há uma elegância na facilidade e no fato de não se importar com o que os outros pensam - esse é o verdadeiro luxo. Nessa coleção, eu queria refletir isso".

 

fendi
Foto: Getty Images

 

Roberto Cavalli: criada em 1970 pelo designer de nome homônimo da marca. Conhecido por suas peças com estampa animal em couros e em tecidos e o estilo prêt-à-porter (expressão francesa que significa “pronto para vestir”) , o conceito de Cavalli reflete nas roupas fabricadas em tamanhos padrão, acessórios - incluindo bolsas, óculos, relógios, sapatos, perfumes - e joias.

O desfile foi capaz de traduzir a essência do conceito de primavera na passarela. Muitas plumas, recortes e transparências, além do uso exacerbado de cores vívidas, que remetem à próxima estação. 

 

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Foto: NOWFASHION

 

 

Diesel: estabelecida em 1978 por Renzo Rosso. A escolha do nome da marca foi pela pronúncia, pois se mantém a mesma em todo o mundo. É especializada em jeans de alta qualidade, além de acessórios para mulheres, homens e crianças de todas as idades. 

O desfile chamou a atenção quando a marca enviou câmeras analógicas como forma de convite. 

O desfile aconteceu a céu aberto, debaixo de chuva, no qual os convidados precisaram usar guardas-chuva para assistir. As peças em jeans, tie dye (técnica de tingimento de tecidos), látex, couro e casacos puffer (modelo acolchoado) foram itens que tiveram destaque. 

 

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Foto: Getty Images

 


 

Segundo dia (21/09)

Destaques:

Prada: fundada em 1913 por Mario Prada e por seu irmão Martino. A grife, inicialmente era chamada “Fratelli Prada” (Prada Brothers), e vendia acessórios para viagem como baús, malas e produtos de couro. 

Em 1978, a neta de um dos fundadores, Miuccia Prada, passou a comandar a marca ao lado de seu esposo, Patrizio Bertelli.

O desfile foi marcado por looks que transitaram entre o delicado e o ousado. As modelos usaram toucas justas o tempo todo, além de exibir peças bem construídas, como jaquetas com mangas largas, lenço de seda no pescoço formando uma espécie de capa, shorts de cintura alta, vestidos transparentes em cor pastel, saias douradas e prateadas com franjas, cintos de couro e camisas florais com franjas. 

 

 

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Foto: Isidore Montag


 

MM6 Maison Margiela: é uma segunda linha da marca, criada em 2012, na França, pelo designer Martin Margiela. Foi lançada por Maison Margiela, que anteriormente era chamada de Maison Martin Margiela (1988). 

O fundador é considerado uma das personalidades mais misteriosas do mundo da moda, cuja principal característica é o anonimato, e até hoje, nunca se viu uma foto dele sequer. 

O desfile foi marcado pela presença de looks que remetem aos anos 90, mantendo os trajes elegantes em destaque, com foco no estilo clássico por meio de tecidos brancos e cinza escuro listrados, além das camisas sem manga prateadas, combinadas com bodys e decote profundo, calças oversized, casaco sobretudo de couro, coletes e shorts modelo vintage. 

 

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Foto: Getty Images

 

 

 

MOSCHINO: criada em 1983 por Franco Moschino. Suas coleções são caracterizadas por serem extravagantes, ousadas e excêntricas, sempre fazendo o uso de muitas cores. Desde 2013, o designer norte-americano Jeremy Scott comandava a direção criativa, mas deixou o cargo em março deste ano. 

O desfile celebrou os 40 anos da grife e convidou as estilistas Carlyne Cerf de Dudzeele, Gabriella Karefa-Johnson, Katie Grand, e Lucia Liu para montarem dez looks cada. 

A inspiração para esta coleção foram as décadas de 80 e 90, marcadas por modelos com silhueta bem definida. As peças criadas por Carylne trouxeram a marca de volta às origens de seu criador (Franco Moschino), com ternos brancos de dois botões, junto a calças cinza plissadas e golas altas pretas. Os acessórios exibidos foram bolsas em formato de coração, brincos e colares. 

Gabriella, por sua vez, estilizou os clássicos chapéus de cowboy, apresentou vestidos de crochê e joias marcantes, além de apresentar seus visuais ao som da música PURE/HONEY da cantora norte-americana Beyoncé. 

Katie, tinha o intuito de montar suas peças em cima de slogans chamativos. 

Alguns bodys que estampavam pontos de interrogação, outros que delineavam o corpo nas cores preto e branco, outras peças continham, em letras garrafais, a frase Loud Luxury ( que remete a ideia de fácil identificação da marca de luxo pelo público geral).

Por fim, Lucia, que adotou uma abordagem mais romântica e conceitual. E Liu, que usou muito ouro, ferragens em forma de coração e bordados florais em silhuetas delicadas. 

 

 

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Foto: Getty Images

 

 

Emporio Armani: é a segunda marca da família ‘’Armani’’, estabelecida em 1975 por Giorgio Armani e Sergio Galeotti

Na passarela, foram apresentados conjuntos organizados por cor - permitindo uma fusão de nuances, estilos e tons. A coleção começou com tons neutros de prata, bege, preto e cinza antes de passar para tons de verde, azul, roxo e rosa. Além disso, foram exibidos conjuntos formados por duas peças, blazers, vestidos, saias fluidas, shorts, tops de soutiens e blusas transparentes. E tudo isso, claro, sem perder a elegância tradicional da grife. 

 

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Foto: Getty Images

 

Tom Ford: fundada em 2005 pelo designer de nome homônimo.

Em 1990, Tom foi contratado no cargo de designer prêt-à-porter feminino da grife italiana Gucci. Em 1994, tornou-se diretor criativo da marca. Sob seu comando, o grupo Gucci adquiriu a Yves Saint Laurent - grife francesa - fazendo com que ele também assumisse os papéis de diretor de criação e diretor de comunicação da nova marca adquirida, enquanto exercia sua função na Gucci. 

Em 2004, pediu demissão e iniciou sua própria marca. 

O desfile marcou a estreia de Peter Hawkings como diretor criativo da grife, que apresentou looks em tons neutros e vibrantes, que iam de ternos despojados a peças em couro, decotes exagerados, metalizados, vestidos transparentes, franjas e alfaiataria.

 

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Foto: Getty Images



Terceiro dia  (22/09)

Destaques: 

Gucci: estabelecida em 1921 por Guccio Gucci. O fundador da marca veio de uma família simples, trabalhava como porteiro em um hotel em Londres e após muitos anos observando malas de viagem, decidiu criar seu próprio negócio para vender bolsas e malas. 

Em um primeiro momento, o foco da marca era artigos feitos em couro de alta qualidade por artesãos. Depois de um tempo, a Gucci passou a ampliar sua fabricação, e começou a produzir luvas, bolsas, cintos e sapatos. 

O desfile foi marcado pela estreia do novo diretor criativo, Sabato de Sarno, que entregou um show que não agradou os amantes da moda! Os espectadores disseram que a nova coleção não parecia uma grife, mas sim peças de fast fashion, como da Zara, por exemplo. Uma das reclamações foi a falta de criatividade e originalidade de Sabato para esta coleção, alegando que o trabalho feito pelo antigo diretor criativo Alessandro Michele (que durou sete anos) foi muito mais memorável e ousado. 

Foi possível observar na passarela, muitas peças em alfaiataria, como: os micro shorts-saia e casacos compridos, aplicações de franjas, camisetas brancas e regatas, mocassins de plataforma, vestidos brancos de cetim e muitos visuais estampados com o monograma da grife, como coletes oversized  e bolsas já conhecidas pelo público. Foram desfilados também blazers e terninhos com pele à mostra, jaquetas de couro rígidas, túnicas cintilantes, lapelas de cristal. Os acessórios que mais chamaram atenção foram as joias volumosas douradas e os óculos de sol. 

 

 

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Foto: Getty Images

 

 

Versace: fundada em 1978 por Gianni Versace. Suas peças sempre foram conhecidas por explorarem a sensualidade feminina por meio do uso do couro, com recortes e modelagem que marcaram a silhueta, além de cores vibrantes e estampas que não passavam despercebidas. 

Em 1997, Gianni foi brutalmente assassinado em frente à sua mansão, em Miami. A partir de então, Donatella Versace, sua irmã, que já dividia tarefas com ele, assumiu o comando como diretora criativa e permanece no cargo até hoje. 

O logotipo traz a imagem da Medusa - figura mítica grega que exala sensualidade, teatralidade e classe, conceitos que, de acordo com a grife, são essenciais para a representação que ela deseja transmitir. 

Donatella trouxe os anos 60 para a passarela! Apresentou vestidos sem mangas curtos e botas até o joelho, que remetem à estética retrô e cores pastéis na maioria dos looks. As modelos usavam cabelos volumosos e rabos de cavalo altos, com faixas de cabelo. Além disso, foi possível observar vestidos evasê adornados com mangas bufantes, conjuntos comportados em alfaiataria fluida e peças floridas em crochê. Modelos em seda, couro, tweed, bem como tricô e tecido transparente compuseram a maior parte da coleção.

 

 

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Foto: Getty Images

 

Boss: criada em 1924 por Hugo Ferdinand Boss, na Alemanha, após o fim da Primeira Guerra. 

A marca, inicialmente, ficou conhecida por produzir fardas militares e uniformes para o partido nazista, no qual era associado. 

Hugo faleceu em 1953 e foi substituído por seu genro, que mudou a imagem da marca. O foco continuou no estilo masculino, mas na produção de ternos que ficaram conhecidos como “ternos Hugo Boss”. 

Em 1967, passou a ser comandada por seus netos que transformaram o conceito da marca para um estilo mais moderno e autêntico. Nas décadas de 70 e 80, a grife apostou no estilo esportivo e na elite, investindo na Fórmula 1, no golfe e no tênis. Em 1998, entrou para o universo feminino, com peças minimalistas e elegantes. 

Marco Falcioni apresentou uma coleção clássica, seguindo os moldes tradicionais. Com saias lápis, casacos estruturados, blusas drapeadas e com decotes, cores neutras e maletas adornadas como acessórios. 

 

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Foto: Getty Images

 

Quarto dia (23/09)

Destaques:

Ferragamo: fundada em 1927 por Salvatore Ferragamo. Marca conhecida por criar modelos memoráveis de sapatos feitos à mão. Nos dias de hoje, também produz acessórios e perfumes. Algumas atrizes como Marilyn Monroe, Greta Garbo e Sophia Loren já usaram pelo menos um dos modelos de suas criações, nessa perspectiva, passou a ser conhecido como “sapateiro das estrelas”. 

Nesta coleção, o diretor criativo britânico Maximilian Davis, tirou a cor vermelha do destaque e deu espaço para os tons neutros brilharem! A paleta girava em torno do preto, branco, um pouco de verde e sutis detalhes de vermelho.

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Foto: Getty Images

 

Dolce & Gabbana: criada em 1985 por Stefano Gabbana e Domenico Dolce. A dupla de designers faz questão de exaltar seu país de origem (Itália) sempre que podem. A marca tem como característica o uso de símbolos religiosos na grande maioria de suas peças, além de abusar de estampas florais. 

A grife já se envolveu em algumas polêmicas, como em 2013, quando Domenico (que se considera homossexual) se posicionou contra a adoção de crianças por casais homoafetivos, alegando que o modelo tradicional (mulher + homem) de família seria o correto.

Um tempo depois, a marca fez uma coleção que exaltava o culto à magreza extrema, exibindo tênis e bolsas com as seguintes palavras: “magra e maravilhosa”.

Em 2018, se envolveu em mais um escândalo. Antes de apresentar um desfile na China, a grife divulgou um vídeo no qual uma modelo chinesa, vestida com trajes típicos, tentava comer pizza usando hashis. O motivo do “humor" se concentrava na tentativa falha. O vídeo foi acusado de carregar xenofobia e sofreu boicote. 

Nesta coleção, os tons neutros tiveram destaque! O desfile fez uso do preto e branco, que acabou dominando a passarela, chegando até a receber o nome  de ‘’Woman’’ (Mulher). Vestidos assimétricos de chiffon preto com poás de renda e transparente, junto de laços amarrados no pescoço, smokings desconstruídos, micro shorts, babados e estampas florais foram algumas das peças desfiladas. Algumas roupas tinham colarinhos brancos ou detalhes em camisas sociais brancas. Além de uma seleção de ternos, jaquetas e vestidos completamente brancos. As modelos carregavam pequenas bolsas de mão e usavam saltos agulha ou botas pretas de cano alto.

Sem esquecer de mencionar a icônica estampa animal da marca em capas de chuva brilhantes. 

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Foto: Getty Images

 

 

The Attico: estabelecida em 2016 por Gilda Ambrosio e Giorgia Tordini. As inspirações da dupla para criar suas coleções se baseiam nos palácios e casas de Lago, abordando a proposta vintage que a marca deseja transmitir.

A The Attico fez sua estreia na Semana de Moda de Milão nesta edição e apresentou 42 looks, dentre eles tecidos transparentes (com vestidos) e lantejoulas espelhadas, calças cargo, jaquetas oversized, calças prateadas, sobretudos oversized, blazer com ombreiras, meias adornadas com penas, echarpes, sapatilhas cravejadas com cristais e bolsas brilhantes. 

 

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Foto: Getty Images

 

Bottega Veneta: fundada em 1966 por Michele Taddei e Renzo Zengiaro. Sua especialidade sempre foi criar peças refinadas de couro usando o método intrecciato - couro trançado que vem do trabalho artesanal. A marca vai na contramão da ideia de luxo ostentação e parte do princípio do ‘’Quiet Luxury’’ - termo adotado por pessoas da alta sociedade que desejam utilizar peças de grife de maneira discreta. 

O conceito do desfile foi uma verdadeira ‘’floresta fashion’’ - na qual o diretor criativo da marca, Matthieu Blazy, transportou os convidados para o distrito de Bovisa, que foi todo colorido com mapas pintados à mão e convites em formato de relógios de bússola de couro. As peças iam de casacos de tweed a bolsas de mão brilhantes, malhas em patchwork, casacos de franja, camisas listradas e gravatas de couro, além de exibirem jornais como se fossem acessórios. 

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Foto: Getty Images

 

 

Quinto dia (24/09)

Destaques:

Giorgio Armani: criada em 1975 pelo estilista de nome homônimo e por Sergio Galeotti. A marca não está somente no mercado do vestuário, mas também nos perfumes, acessórios, itens de decoração, coleções esportivas e itens dedicados a crianças. A grife é famosa por produzir peças elegantes de alfaiataria, como blazers e ternos, em tons neutros, roupas com a silhueta feminina marcada e vestidos modelo ‘’sereia’’ e paetês, considerados o carro-chefe da grife. 

Armani intitulou esta coleção como ‘’Vibes’’ e se inspirou em cores, texturas e movimentos que remetem à água, como por exemplo, o uso de tecidos fluídos em tons de azul e verde. 

 

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Foto: Getty Images

Karoline Vitto: fundada em 2019, em Londres, pela estilista brasileira de nome homônimo da marca. Para vir a Milão desfilar sua primeira coleção solo, teve o apoio da italiana Dolce & Gabbana. Sua intenção sempre foi divulgar os corpos reais e curvilíneos, deixando de lado os estereótipos de beleza convencionais. 

Vitto costuma investir em peças que contém recortes e várias numerações. Na passarela, foi possível observar modelos mid-size e plus-size usando vestidos tubinhos, saias lápis, transparências, calça cintura baixa e muitos decotes, sendo a maioria das peças adornadas com aplicações de metais. 

 

 

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Foto: Gorunaway.com

 

 

 

 

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