Neste mês de agosto, o lendário estilista Yves Saint Laurent completaria 88 anos de idade. Nascido no primeiro dia do mês, em 1936, na cidade de Orã, na Argélia, Yves Henri Donat Mathieu-Saint-Laurent posteriormente se tornou um dos nomes mais influentes da moda do século XX. Sua marca homônima, fundada em 1961 ao lado do parceiro Pierre Bergé, revolucionou a alta-costura, trazendo uma visão inovadora e ousada que permanece relevante até hoje.
Yves Saint Laurent começou sua carreira aos 17 anos, quando se mudou para Paris e foi descoberto por outro grande nome da indústria, Christian Dior. Aos 21 anos, após a morte de seu mentor, foi nomeado diretor criativo da Maison Dior, tornando-se o mais jovem estilista a liderar uma casa de alta-costura, destacando sua nova visão de design, com uma silhueta em trapézio.
Depois de assinar seis coleções de sucesso para a Christian Dior, Yves Saint Laurent foi convocado para lutar na guerra de independência argelina, em 1959. Este período foi marcado por diversas dificuldades em sua vida pessoal, tendo sofrido com depressão, ansiedade e com sua demissão da casa de alta-costura Dior. Porém, seu sócio e futuro marido, o empresário Pierre Bergé, consegue trazer Saint Laurent de volta à França. Juntos, fundaram a própria marca em 1961: Yves Saint Laurent, que rapidamente conquistou o mundo da moda com sua abordagem vanguardista.
A Yves Saint Laurent é amplamente reconhecida por introduzir o smoking feminino Le Smoking, lançado em 1966. A peça desafiou normas de gênero e se tornou um símbolo de empoderamento feminino.

Esse espírito inovador do estilista refletiu também em suas colaborações. Entre as mais notáveis, destaca-se a parceria com o artista Piet Mondrian, que resultou no icônico vestido Mondrian, um marco na integração entre moda e arte.
Mas a relação do estilista com a arte não parou por aí, já que Laurent teve inspirações baseadas nas obras de Andy Warhol, Henri Matisse, Picasso e Van Gogh em suas criações.

Além disso, Yves Saint Laurent foi um dos primeiros estilistas a estabelecer colaborações estratégicas com outras marcas. Seu trabalho com a L'Oréal ajudou a expandir a presença da marca no mercado de cosméticos, consolidando o nome YSL em um universo mais amplo de produtos de luxo. Saint Laurent também vestiu celebridades e figuras influentes da cultura pop, como Catherine Deneuve – amiga pessoal do estilista, aclamada pelo próprio como sua musa - , reforçando a ligação da marca com a indústria da sétima arte.

O vínculo entre criador e musa começou timidamente em 1965, quando a atriz adquiriu um vestido do estilista para um evento em Londres com a presença da rainha. No ano seguinte, Saint Laurent e Deneuve colaboraram no filme “A Bela da Tarde” de Luis Buñuel, marcando o início de uma parceria duradoura. Em uma era dominada pela minissaia, o personagem de Deneuve, Séverine, usava a peça um pouco acima do joelho, resultando em um visual sofisticado e perene. Para garantir que suas criações transcendem o tempo, Saint Laurent optou por não seguir as tendências da moda efêmera.
Décadas após sua estreia, o legado de Yves Saint Laurent continua a influenciar e inspirar o mundo da moda. Sua habilidade em fundir a tradição com a modernidade, através de criações que transcendem as tendências momentâneas, estabeleceu uma nova referência para a elegância e o poder feminino.
Mesmo após sua aposentadoria e subsequente falecimento em 2008, a grife Saint Laurent permanece com fonte na inovação, mantendo uma proposta que equilibra a sofisticação com uma ousadia inconfundível. Destacando uma alfaiataria inovadora, silhuetas sedutoras e estampas exóticas que traduzem uma elegância audaciosa e original.
Nesta terça-feira (06), ocorreu a estreia do designer brasileiro na semana de moda de Copenhague. A coleção ‘Roadtrip’, de primavera/verão 2025, faz parte de uma extensão que foi apresentada no último São Paulo Fashion Week, em 2023
O estilista João Maraschin é gaúcho, natural de Caxias do Sul. Ele se mudou para Londres, onde mora há mais de seis anos, após trabalhar como assistente do designer Ronaldo Fraga. Durante sua estadia, adquiriu experiência trabalhando com marcas renomadas como JW Anderson, Gucci e Alexander McQueen. Em 2020, fundou sua marca homônima .
Sustentabilidade pode ser a palavra-chave para definir suas criações, que envolvem o trabalho de muitas artesãs, tecendo o que nenhuma máquina, nem a mais tecnológica do mercado, poderia fazer. Por esse motivo, a etiqueta estreou na semana de moda de Copenhague, que é inteiramente dedicada a marcas que têm a responsabilidade ambiental como um pilar fundamental.
A semana de moda de Copenhague teve sua primeira edição em 2006. Em 2010, começou a se destacar no cenário global por firmar um compromisso com a sustentabilidade, assim como a própria cidade já era conhecida por sua abordagem avant-garde (termo que designa caráter vanguardista e inovador), em relação ao meio ambiente. Isso impulsionou significativamente o evento, que veio a adotar práticas mais ecológicas em suas apresentações. Em 2012, a organização começou a implementar iniciativas para reduzir seu impacto ambiental, incluindo o uso de materiais reciclados. Em 2020, o comitê da CPFW estabeleceu metas ambiciosas para reduzir as emissões de carbono, cujo objetivo final era promover o desperdício zero até 2023 e continuar fomentando a moda circular.
Para a revista Harper 's BAZAAR, João explicou o motivo pelo qual escolheu continuar apresentando a coleção 'Roadtrip' neste evento e afirmou: '’Não há mentoria ou dinheiro, mas um acompanhamento para seguir planos de transformar o impacto negativo em positivo. É uma prática muito única na indústria, onde a sustentabilidade é usada como ferramenta de marketing e greenwashing. Esta é a semana que mais condiz com meus valores e com o que a marca significa’’.
O estilista executou uma coleção extremamente sofisticada, sem deixar de lado o trabalho manual, que é o protagonista de todas as suas criações. A partir disso, o streetwear ganhou uma nova roupagem, com novas texturas, cores e transparências.
Há quem diga que moletons não são bem o que se espera quando falamos em moda de verão, especialmente em um país tropical. No entanto, o trabalho de João Maraschin se diferencia ao permitir que a brasilidade das peças floresça na delicadeza dos detalhes, como na presença das rendas, dos crochês e do macramê.
Esta coleção ainda passará por Paris e Milão, retornando para São Paulo em outubro para a edição N58 da São Paulo Fashion Week, encerrando este ciclo.




O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) estreou o uniforme que será usado pela delegação durante as Olimpíadas deste ano, sediada em Paris. O design do uniforme utilizado na cerimônia de abertura foi criado pela Riachuelo, uma das maiores redes varejistas do país.
As roupas consistem em blusas listradas, verdes e amarelas, calças brancas para os homens e saias abaixo do joelho para as mulheres, além de jaquetas jeans personalizadas por bordadeiras de Timbaúba dos Batistas, no Rio Grande do Norte.

Segundo o COB, as roupas foram pensadas e produzidas a partir de um processo de confecção sustentável e artesanal, tendo em mente o conceito de moda circular e a valorização da biodiversidade brasileira.
Porém, a modelagem das roupas não atendeu às expectativas do público (nem de alguns atletas), que chegou a demandar que os uniformes fossem refeitos por outras marcas. Estilistas renomados no país, como Weider Silverio e Mayara Jubini, pontuaram que a simplicidade e a modéstia que as peças apresentam não refletem a cultura brasileira, além da falta de representação indígena nos modelos, que é uma das maiores heranças do país.
Os uniformes apresentados por delegações de outros países evidenciam a falta de identidade brasileira nas peças nacionais. Os trajes de outras equipes trouxeram, além de referências culturais notórias, autenticidade e elegância na estética - se destacando na mídia.
O modelo que mais chamou a atenção nas redes sociais foi o da Mongólia. As peças foram assinadas pela grife de luxo Michel & Amanzoka, das irmãs e designers Michel Choigaalaa e Amazonka Choigaalaa. A modelagem foi inspirada nas vestimentas tradicionais do país: túnicas e mangas longas. Conta com bordados de símbolos relevantes na cultura mongol, como o Sol e a Lua, e um falcão — como símbolo de força e resiliência. Também possuem homenagens às Olimpíadas, com a tocha e o emblema dos Jogos de Paris presentes nos bordados.

Paulo Wanderley, presidente do Comitê, conversou com jornalistas na base do Time Brasil na França e rebateu as críticas ao uniforme afirmando: “'Não é Paris Fashion Week, são os Jogos Olímpicos”. Outros executivos do comitê opinaram de acordo com o presidente, dizendo que ainda escolheriam o mesmo uniforme – que supostamente apresenta “elementos da moda parisiense”.
Alguns fatores podem ter passado despercebidos nessa discussão: o fato de Paris ser a sede olímpica e um dos berços da moda aumentou as expectativas do público quanto à estética das roupas, principalmente pela exposição que os Jogos trazem para os países e para as marcas que produzem os uniformes.
Além disso, dar a entender que moda e esporte não se misturam é um contrassenso, principalmente quando as últimas décadas da história da moda provam o contrário.
Muitas grifes renomadas começaram suas produções com um propósito voltado para o esporte, como a Lacoste por exemplo, que desenvolveu a camisa polo para ser usada durante partidas de tênis, com o propósito de facilitar a mobilidade dos jogadores. O famoso tênis All Star, da marca Converse, foi idealizado para jogadores de basquete e foi utilizado no esporte por anos.
Nos dias de hoje, o sportwear é uma dos segmentos mais relevantes da moda e atletas também são reconhecidos por sua relação com a moda, além do âmbito esportivo.
Lewis Hamilton, piloto de Fórmula 1, se consolidou como um ícone fashion, dentro e fora das pistas. O piloto deixa claro sua afeição pela moda e suas escolhas de look chamam atenção pelas estampas chamativas e o uso de formas e cortes ousados.

Nas Olimpíadas, Sha’Carri Richardson é uma atleta que vai roubar os holofotes. A atual campeã mundial dos 100 metros rasos mantém sua autenticidade durante as provas de atletismo.
Sha’Carri esbanja o maximalismo em acessórios e seus diferentes tipos de penteados, desde laces coloridas até tranças, porém sua marca registrada são as suas unhas. A velocista usa unhas longas, coloridas e em diversos formatos enfeitadas com pedrarias.
Em entrevista para a revista KSL Sports, a atleta estadunidense afirma querer trazer beleza para as pistas de atletismo.
Sha’Carri quer se sentir bonita nas competições, assim como fora delas e suas unhas, segundo ela, além de aumentarem sua autoestima, também melhoram sua aparência enquanto compete.
Moda e esporte nunca andaram tão juntos quanto agora.

Tendo início no século 19, a alta-costura chegou ao público através do designer de moda inglês Charles Frederick Worth. Enquanto o mesmo residia na França, o designer começou a apresentar suas peças quase inteiramente prontas e suas coleções já finalizadas, diferentemente do que era comum na época.
Tal método revolucionou a moda e deu origem a um novo modo de produção, no qual costureiras, alfaiates e modelistas passaram a ganhar mais reconhecimento, elevando ao o status de artistas e deixando de apenas prestarem serviços, com a abertura de seus próprios ateliês.
Em 1868, é fundada a associação de alta-costura francesa, que passou a se chamar apenas “Chambre Syndicale de la Haute Couture”. Atualmente, a organização faz parte da “Fédération de la Haute Couture et de la Mode”, a responsável pela indústria de moda na França, e que organiza suas semanas de desfiles.
Na semana do dia 24/06 a 28/06 aconteceu em Paris os desfiles das coleções de “haute couture” (Alta-Costura) inverno de 2024. Com a presença das principais marcas de luxo da indústria internacional, o evento celebrou a exaltação do belo.
SCHIAPARELLI
No primeiro dia do evento , tivemos a estreia dos desfiles com Schiaparelli de Daniel Roseberry, atual diretor criativo da marca. O desfile foi marcado por ares de mudança no que se diz respeito à própria marca, diferente dos desfiles anteriores, uma aura sombria e misteriosa tomou conta do Hôtel Salomon de Rothschild, local em que foi apresentada a coleção.
Com combinações preto e branco, texturas remetem a penugens e bordados prateados, Roseberry inovou e trouxe novos volumes esculturais, de formas criativas e intrínsecas, com looks mais envolventes, sinuosos e provocantes. E claro, trazendo sempre homenagens e referências a Elsa Schiaparelli, criadora da marca.


CHANEL
Após a saída surpresa de Virginie Viard, do comando criativo da marca, a Chanel seguiu seu ritmo e apresentou sua coleção de alta costura desenvolvida pelo próprio time de ateliê e design da ex- diretora. Situado na Ópera de Paris e composto por 46 looks, o desfile foi marcado pelos bordados preciosos e os detalhes românticos como laços e flores, em casamento com as mangas com babados. O look de abertura desfilado por Victoria Ceretti chamou atenção e marcou a atmosfera de como seria a coleção: Uma capa bufante combinada com uma hot pants.

Os tailleurs de comprimento mídi também foram destaque, principalmente pelas plumas e cristais bordados.

E como é de costume na Chanel, o desfile foi encerrado pelo look de alta-costura de noiva, um vestido longo remetendo aos anos 80 com bastante volume, mangas e bordados glaceados e com uma saia quase balonê.

ELIE SAAB
A marca do estilista libanês Elie Saab, retornou mais uma vez às passarelas com uma coleção de alta-costura que referencia o próprio trabalho do estilista e designer. O primeiro look foi um vestido sereia justo em veludo preto, que diferentemente do que é esperado de Elie sugeria um tom mais dramático ao desfile, sem nenhum acessório. A inspiração, segundo Saab, foi uma referência a seu trabalho nos anos 90 e como o mesmo se manteve consistente durante esses anos.

O desfile foi marcado pela progressão de peças pretas para tons profundos de rubi e verde-esmeralda, com variações de formas sinuosas e elegantes. Os bordados foram os principais elementos em várias criações , com ornamentos de floreios, penas e apliques de flores.
Em contraponto à paleta noturna, Saab apresentou peças em dourado que são consideradas por muitos sua marca registrada, trazendo um lado mais extravagante da feminilidade.

O brilho das lantejoulas prateadas enfeitavam os vestidos mais suntuosos e generosos em volume. O final foi um pico de luxo, com o vestido la mariée que misturava tule blush, com bordados em arabesco de ouro claro, e uma cauda majestosa. Digno de um encerramento de um desfile de alta-costura.

BALENCIAGA
Sendo a quarta coleção de alta-costura sob o comando do estilista Demna, essa com certeza foi a mais subversiva em sua rejeição à formalidade e às elegâncias típicas do métier, se não das silhuetas de Cristóbal Balenciaga. O diretor criativo adotou as mangas 3/4, os formatos de casulo e os chapéus elaborados de costureiro, mas adicionou o seu diferencial nos tecidos utilizados: jeans, couro, agasalhos, moletons, bien sûr, unindo-os a um material de mergulho acetinado, que o ajudou a atingir suas formas esculpidas.

Conforme o desfile progredia, o diretor se movia para as silhuetas noturnas extravagantes associadas à alta-costura, só que elas eram feitas de retalhos de jeans e parkas coloridas que pareciam ter sido reaproveitadas das coleções anteriores de Demna para a marca.
Diferenciando apenas com novos tecidos e técnicas; um vestido coluna foi feito de sacolas plásticas derretidas moldadas no corpo, e um modelo sem alças foi construído com papel alumínio dourado.

As peças pediam que você reconsiderasse as maneiras pelas quais atribuímos valor às roupas e a razão que consideramos uma coisa preciosa e a outra não. O look final foi uma nuvem rodopiante de nylon preto, construído um pouco antes do desfile, uma peça de “costura efêmera” que virá acompanhado de 3 staffs da própria marca para a sua montagem para a cliente que comprar.

A exposição "Alexandre Herchcovitch: 30 anos além da moda" ambientada no Museu Judaico de São Paulo é uma forma de celebrar a impactante carreira do renomado estilista brasileiro. A exibição ficará em cartaz até 08 de setembro, com entrada gratuita aos sábados.
Herchcovitch, um dos nomes mais influentes da moda no Brasil e no mundo, é conhecido por suas criações ousadas, inovadoras, polêmicas e cheias de personalidade. A mostra revisita todos os momentos mais icônicos de sua trajetória, nos conectando com a sua história.

Desde cedo Alexandre Herchcovitch demonstrou interesse pelo universo da moda, incentivado por sua mãe, Regina, que era modelista. Seu talento começou a florescer na adolescência, quando iniciou suas primeiras criações. A partir daí, sua carreira se desenvolveu rapidamente, levando-o a estudar moda na Faculdade Santa Marcelina, onde se formou em 1993.

Logo no início de sua carreira, Herchcovitch chamou a atenção por suas criações inovadoras e por seu estilo único, que desafiava as convenções da moda tradicional. Sua estética, muitas vezes marcada por uma mistura de elementos punk, góticos e fetichistas, rapidamente ganhou notoriedade. Na década de 1990, ele se tornou um dos principais nomes da moda brasileira, desfilando suas coleções na São Paulo Fashion Week e, posteriormente, em outras importantes semanas de moda internacionais, como Nova York, Paris e Londres.


A exposição está dividida por uma linha de tempo, que percorre toda a mostra, cada “parada” dedicada a uma época diferente da carreira e da vida do estilista. Desde suas primeiras criações até suas coleções mais recentes, a exibição oferece uma visão abrangente de sua trajetória, destacando tanto suas conquistas profissionais quanto suas influências pessoais.

Uma das seções mais importantes, e controvérsias, da exposição é dedicada à era “sadomasoquista” de Herchcovitch, mostrando ensaios fotográficos, acessos e peças de roupas as quais o artista foi bem criticado na época por fazer. Porém, hoje em dia, são consideradas peças de vestuário extremamente icônicas no mundo da moda.


A exposição também aborda o impacto de Herchcovitch na moda brasileira e internacional, destacando sua influência sobre uma geração de novos estilistas e sua capacidade de transcender fronteiras culturais. Suas coleções, frequentemente inspiradas por temas como a identidade de gênero, sexualidade e política, refletem sua visão de mundo única e sua habilidade de usar a moda como uma forma de expressão artística e social.


A exposição convida os visitantes a considerar a moda não apenas como uma forma de vestuário, mas como uma linguagem poderosa e versátil, capaz de expressar ideias, provocar reflexões e inspirar mudanças.
O legado de Herchcovitch é evidente não apenas nas peças expostas, mas também nas histórias e memórias que elas evocam. Sua capacidade de inovar, desafiar normas e incorporar elementos culturais diversos em suas criações estabeleceu novos padrões na indústria da moda e continua a influenciar estilistas e criadores ao redor do mundo




