Saiba qual será o desfecho das acusações criminais e condenações de Donald Trump após ser eleito o 47º presidente dos Estados Unidos.
por
Manuela Schenk Scussiato
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11/11/2024 - 12h

Após uma longa campanha pela Casa Branca, marcada por acusações e investigações criminais, Donald Trump foi, mesmo assim, reeleito presidente da maior democracia do mundo. Agora a principal questão é: o que acontecerá com suas condenações pendentes?

 

6 de janeiro

O recém eleito presidente foi acusado criminalmente pelo procurador Jack Smith por compra de votos, pressão de autoridades para a subversão do resultado democrático e iniciar o motim no Capitólio com o intuito de atrasar a posse do presidente Biden.

Invasão ao Capitólio em Washington DC realizada pelos eleitores de Trump após sua derrota na corrida eleitoral de 2020. A ação foi encorajada pelo próprio ex-presidente. Foto: Leah Millis/REUTERS

Mesmo com as incansáveis tentativas de Smith para a condenação de Trump, a Suprema Corte dos Estados Unidos o deixou parcialmente imune a processos criminais sobre ocorrências em seu mandato. Agora, com sua vitória, esse caso será completamente arquivado. Caso o procurador se recuse a fazê-lo, Trump disse em uma entrevista em rádio no mês de outubro que: “o demitiria em dois segundos”.

Segundo Neama Rahmani, ex-procurador federal: “Está bem estabelecido que um presidente em exercício não pode ser processado, portanto, o processo de fraude eleitoral no Tribunal Distrital de DC vai ser arquivado”.

 

Suborno em NY

Trump já tem 34 acusações no estado de Nova Iorque envolvendo falsificação de registros financeiros. O presidente foi condenado em maio deste ano no estado por júri popular sobre a compra do silêncio da atriz pornô Stormy Daniels no ano de 2016. Sua sentença está em aberto e será divulgada até o dia 15 de novembro pelo juiz do caso, Juan Merchan. O mesmo fez a escolha de adiar a revelação para depois do resultado das eleições.

É improvável que Trump seja condenado a viver atrás das grades por ser um réu primário de 78 anos. Caso isso ocorra, seus advogados podem entrar com recursos que facilmente impedirão sua prisão, o que pode adiar a execução da pena por anos. O mais provável, no entanto,  é um novo adiamento da sentença para o fim de seu mandato.

Trump após sua condenação no estado de Nova Iorque Foto: Seth Wenig/REUTERS
Trump após sua condenação no estado de Nova Iorque
Foto: Seth Wenig/REUTERS

De todos os casos em aberto, esse é o único que torna Trump, de fato, um criminoso condenado e, como se trata de uma acusação estadual, ele não tem o direito de se perdoar.

 

Eleições de 2020 na Geórgia

As acusações carregadas por Trump nesse estado vem de sua tentativa de reverter o resultado das eleições de 2020, quando os democratas levaram os delegados da Geórgia após uma disputa acirradíssima entre os dois candidatos.

O julgamento do caso foi atrasado algumas vezes, principalmente pelas tentativas de retirar a promotora Fani Willis, o que ainda não ocorreu, após ser descoberto seu envolvimento pessoal com um dos advogados do caso. Agora, com a eleição de Trump confirmada, o processo será interrompido pela duração de seu mandato.

 

Documentos confidenciais

Jack Smith, o mesmo procurador do caso da invasão ao Capitólio em 2021, também lidera as acusações de manipulação indevida de documentos oficiais que o futuro presidente enfrenta, caso que o mesmo nega firmemente.

O processo diz que Trump levou documentos da Casa Branca para sua residência em Mar-a-Lago, no estado da Flórida, após deixar a presidência em 2020, além de impedir as autoridades de realizarem a retirada dos papeis.

A juíza do caso, nominada pelo próprio Trump, retirou as acusações e, mesmo com Smith recorrendo a decisão, nada será feito antes da posse, o que dará a este caso o mesmo destino dos supracitados, o arquivo pelos próximos quatro anos.

 

 

Democrata aponta desafios atuais e convoca sociedade a proteger valores democráticos
por
Ricardo Dias de Oliveira Filho
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08/11/2024 - 12h

 

Em discurso, em Washington na quarta-feira (06), após a derrota na corrida pela Casa Branca, a vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, fez um alerta sobre o estado atual da democracia americana. Harris destacou que, mais do que nunca, o país enfrenta ameaças que exigem uma resposta firme e coletiva para proteger os princípios democráticos.

“Nosso sistema democrático está em uma encruzilhada”, afirmou a vice-presidente. Harris mencionou que essa conjuntura não é apenas um reflexo do momento atual, mas sim uma acumulação de desafios que vêm se agravando. “Aceito a derrota, mas continuarei na luta”, declarou, reforçando seu compromisso em seguir defendendo os valores democráticos mesmo após o resultado eleitoral.

Em seu pronunciamento, Kamala enfatizou a importância de manter a vigilância sobre “ameaças tanto internas quanto externas” e destacou o papel fundamental de instituições livres e da sociedade civil.

A vice-presidente direcionou parte de seu discurso à imprensa, que, segundo ela, desempenha um papel indispensável em momentos de crise democrática. “A democracia depende de nossa capacidade de proteger a verdade e assegurar que todos tenham voz”, disse, sublinhando o impacto negativo da desinformação e a necessidade de preservar o acesso dos cidadãos a informações precisas e de qualidade.

Vice-presidente Kamala Harris discursa após derrota, em Washington. Foto: SAUL LOEB/AFP.
Vice-presidente Kamala Harris discursa após derrota, em Washington. Foto: SAUL LOEB/AFP.

Além disso, Harris expressou preocupação com as mudanças recentes na legislação eleitoral de alguns estados, que, segundo ela, dificultam o acesso ao voto para muitos americanos.

“É nossa responsabilidade coletiva defender o acesso igualitário às urnas, sem discriminação ou obstáculos desnecessários”, declarou. A vice-presidente fez questão de lembrar que políticas que restringem o acesso às urnas enfraquecem a essência democrática dos Estados Unidos.

O tom do discurso de Harris foi de mobilização, e ela não hesitou em convidar a população a atuar de forma ativa na proteção da democracia. “Precisamos de todos engajados para superar os desafios e assegurar que as gerações futuras herdem um país onde a democracia prospere”, pontuou, pedindo união e comprometimento para enfrentar as ameaças que colocam em risco os valores fundamentais do país.

Com o discurso, Harris também relembrou o dever da atual geração em "manter vivos os ideais de igualdade e justiça", e alertou que, sem o envolvimento coletivo, os ganhos democráticos das últimas décadas podem ser comprometidos. 

Para ela, é indispensável que a sociedade continue a participar do processo democrático, defendendo as instituições e preservando as liberdades civis para que estas resistam ao passar do tempo.

Kamala Harris concluiu o discurso chamando a atenção para o papel de cada cidadão e a importância de resistir a ameaças que podem comprometer a estabilidade democrática. "Este é o momento de escolhermos qual legado queremos deixar", concluiu, apontando para o impacto de ações e omissões no futuro da democracia nos Estados Unidos.

Logo após a vitória do republicano, o dólar bateu recorde R$ 6,19
por
Vicklin Moraes
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08/11/2024 - 12h

 

Nas vésperas das eleições que definiriam o futuro presidente dos Estados Unidos, o dólar disparou, alcançando R$ 5,87, o maior valor desde a pandemia. Após a vitória de Donald Trump sobre a democrata Kamala Harris, a moeda americana oscilou, atingindo R$ 6,19, um recorde histórico.

Segundo Rodrigo Amaral, professor de Relações Internacionais da Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), a alta do dólar nas vésperas da eleição reflete um padrão observado em edições anteriores, intensificado pela forte rivalidade entre Trump e Harris. Essa instabilidade impacta diretamente o mercado financeiro, que não aprecia grandes riscos.

De acordo com o professor, o principal efeito na economia brasileira será nas exportações de produtos para os Estados Unidos. “O que Trump promovia em seu governo anterior era uma prática de protecionismo comercial, desvalorizando produtos estrangeiros em favor dos produtos norte-americanos. Isso pode prejudicar a entrada de produtos brasileiros, levando a uma sobretaxação”, afirma Amaral.

A política de protecionismo comercial implementada por Trump não é nova,durante seu primeiro mandato, o Brasil já sentiu grandes impactos devido aos altos impostos sobre a exportação de ferro e aço. Entretanto, o país que mais sofrerá com essa política será a China, que exporta desde aparelhos eletrônicos até soja. Com o baixo comércio entre Brasil e Estados Unidos, a tendência é que o dólar se torne cada vez mais caro.

Em outubro, durante sua campanha presidencial, Trump afirmou que aplicaria tarifas de 100% contra países que tentassem reduzir o valor do dólar ou abandonar a reserva da moeda americana. Em 2025, o Brasil assumirá a presidência do BRICS, e uma das missões será decidir sobre o uso de moedas locais. Caso opte por outra moeda que não seja a americana, o país poderá enfrentar sanções comerciais e sobretaxações.

Presidente Lula em encontro de líderes do Brics, na África do Sul, em 2023 — Foto: Ricardo Stuckert
Presidente Lula em encontro de líderes do Brics, na África do Sul, em 2023 — Foto: Ricardo Stuckert

 

Em relação à política externa, Rodrigo Amaral acredita que não haverá grandes mudanças sob a presidência de Trump, mas sim a manutenção das posturas tradicionais adotadas pelos Estados Unidos

 

Com 34 senadores e 203 deputados, o partido de Trump conquista a maioria dos votos
por
Vicklin Moraes
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07/11/2024 - 12h

Nesta terça-feira (06), os Estados Unidos confirmaram a vitória de Donald Trump na corrida pela Casa Branca. O republicano irá, pela segunda vez, ocupar o cargo de presidente do país. Porém, além da vitória de Trump, o Partido Republicano dominou as eleições, elegendo 34 senadores e 203 deputados.

Com 34 senadores, o partido de Donald Trump conquistou a maioria das cadeiras do Senado, retomando o controle da Casa, que estava com os democratas desde 2020. Das 100 cadeiras, os republicanos terão 54, formando a maioria. Até então, o Senado era composto por 51 democratas e 49 republicanos.

O Partido Democrata perdeu uma cadeira na Virgínia Ocidental com a vitória do republicano Jim Justice e outra em Ohio, onde os republicanos derrubaram o senador democrata Sherrod Brown e elegeram Bernie Moreno. 

O democrata Jon Tester, que vinha de um mandato popular de três mandatos, perdeu para Tim Sheehy, apoiado por Trump. Sheehy é um ex-militar da Marinha que fez comentários depreciativos sobre os nativos americanos, chegando a dizer que eles “ficavam bêbados às 08h da manhã”. Apesar disso, ele saiu vitorioso contra o democrata. 

Nos Estados Unidos, cada senador tem um mandato de seis anos, com eleições realizadas a cada dois anos para renovar um terço das cadeiras.

Já na eleição para a Câmara, diferentemente do Senado, todos os 435 assentos estavam em disputa. A renovação integral ocorre a cada dois anos. Os republicanos asseguraram 203 cadeiras, enquanto o Partido Democrata conquistou 181, algumas vagas ainda aguardam a conclusão da contagem.

Com a maioria na Câmara e no Senado, o Partido Republicano terá o controle das pautas nas casas. A presidência do Senado é sempre do vice-presidente, que, a partir do próximo ano, será JD Vance.

Além disso, há a possibilidade de Trump indicar mais representantes para a Suprema Corte, caso algum dos ministros se aposente. Quem vota na indicação do presidente é sempre o Senado e, com a maioria, isso ocorrerá.

 

Donald Trump na cerimônia de vitória, ao lado da esposa Melania Trump
Donald Trump na cerimônia de vitória, ao lado da esposa Melania Trump. Foto: Brian Snyder/Reuters

 

Magnata é o primeiro a assumir presidência mesmo condenado
por
Octávio Alves
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07/11/2024 - 12h

Com vantagem esmagadora, Donald Trump conquista a Casa Branca e derrota a democrata Kamala Harris na corrida eleitoral nos Estados Unidos nesta quarta-feira (06). A vitória do magnata  não deixa dúvidas do seu impacto sobre o cenário político global e representa uma forte conquista para os partidos de direita no mundo ocidental. 

Aos 78 anos, ele se torna o presidente mais velho da história dos Estados Unidos, o primeiro com uma condenação da justiça e  o segundo presidente americano a retornar ao poder - o primeiro foi o democrata Grover Cleveland em 1892.

Trump ao lado da esposa.
Trump se declara vencedor após vencer na Pensilvânia . Foto: Doug Mills/The New York Times

 

Com uma campanha que apostou em controle migratório, patriotismo, recuperação econômica e o famoso slogan "Make America Great Again" -  “fazer a América grande de novo", em tradução livre -  foi declarado presidente após conquistar 277 delegados, 7 a mais do que o necessário, e se consagrou 47º presidente. 

Trump assume o cargo com a promessa de endurecer as políticas de imigração, fortalecer o mercado interno e reforçar a posição dos Estados Unidos como uma potência econômica e militar. O impacto de sua vitória reflete um desejo de mudança expressado por eleitores insatisfeitos com as políticas da administração anterior de Joe Biden. O retorno de Trump marca uma guinada conservadora mundial.

Esta vitória arrasadora foi um choque para todas as pesquisas. Trump ganhou em todos os estados-pêndulo e derrubou a muralha azul em Wisconsin, Michigan e Pensilvânia. 

Até a finalização desta matéria, Donald Trump contabilizava 50,9% dos votos (295 delegados) frente aos 47,6% (266 delegados) de Kamala Harris. 

Trump apontando
Trump venceu Harris em todos os estados-pêndulo.  Foto: Brian Snyder/Reuters

 

Voo da Força Aérea Brasileira com 228 brasileiros chegou à Base Aérea de Guarulhos no último domingo
por
João Victor Tiusso
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08/10/2024 - 12h

 

Foto: Ricardo Stucker
Foto: Ricardo Stucker

No último domingo, 6, o primeiro grupo de repatriados do Líbano pousou na Base Aérea de São Paulo, em Guarulhos. A aeronave KC-30 da Força Aérea Brasileira (FAB) pousou às 10h25 com 228 passageiros e três animais domésticos a bordo.

O avião saiu do Líbano no sábado, 5, e fez uma parada em Lisboa para reabastecer, antes de seguir viagem para o Brasil. Segundo o governo federal, o voo priorizou mulheres, idosos e crianças, sendo dez delas de colo.

De acordo com o Itamaraty, cerca de três mil pessoas manifestaram interesse em voltar ao Brasil. Diplomatas e funcionários da área consular estão conferindo as documentações para que os brasileiros que estão no Líbano possam retornar ao território brasileiro. 

Com a escalada da guerra na região, o governo anunciou a operação de repatriação nos moldes do que ocorreu no início do conflito em Gaza. A previsão é que a missão de repatriação demore seis semanas. 

Assim como na chegada do primeiro voo com brasileiros e familiares que deixaram Gaza, o presidente Lula esteve presente ao lado de Janja para receber os passageiros. 

O Presidente aproveitou a ocasião para fazer um breve discurso, no qual acusou o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, de usar o conflito no Oriente Médio para se perpetuar no poder e se vingar da população palestina. Lula também criticou os bombardeios contra o Líbano, que estão deixando um grande número de vítimas civis. 

Com 29,2% dos votos, o Partido da Liberdade (FPÖ) venceu as eleições gerais austríacas no domingo (29)
por
Rafaela Eid
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04/10/2024 - 12h

O Partido da Liberdade da Áustria (FPÖ) venceu as eleições gerais em 29 de setembro, obtendo 29,2% dos votos, o maior percentual de sua história. Apesar da vitória expressiva, o partido de extrema-direita não obteve a maioria no parlamento, o que significa que precisará formar uma coalizão para governar. Caso o FPÖ consiga firmar uma aliança, será a primeira vez que a extrema-direita governará a Áustria desde a Segunda Guerra Mundial.

O segundo colocado foi o Partido Popular da Áustria (ÖVP), liderado pelo atual chanceler Karl Niethammer, com 26,5% dos votos, um revés significativo para o partido governante.

Herbert Kickl, líder do FPÖ, comemorou a vitória ao lado de apoiadores em Viena, capital do país. "Saboreiem este resultado. Juntos, fizemos história hoje (...) O que conseguimos supera todos os meus sonhos", declarou ele em seu discurso.

               Herbert Kickl festeja vitória nas eleições parlamentares da Áustria. Créditos: AP Photo/Heinz-Peter Bader

Herbert Kickl festeja vitória nas eleições parlamentares da Áustria. Créditos: AP Photo/Heinz-Peter Bader.

No entanto, formar uma coalizão será um desafio para Kickl, que é visto como uma figura controversa. Os partidos Social-Democrata, Verde e Neos já afirmaram que não se aliarão ao FPÖ. A única opção de aliança seria com o conservador ÖVP, que também descartou a possibilidade de formar governo com Kickl como chanceler.

Fundado na década de 1950 por ex-membros da SS, organização paramilitar nazista, o FPÖ defende uma plataforma anti-imigração e mantém laços ideológicos com o governo russo e o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, conhecido por seu ultraconservadorismo.

Onda de direita se espalha pela Europa

A vitória de Kickl é mais um marco na série de ascensões da direita radical na Europa. Na Itália, a primeira-ministra Giorgia Meloni lidera uma coalizão de direita, à frente do partido Irmãos da Itália. Na Alemanha, o partido de extrema-direita AfD conquistou a liderança nas eleições estaduais da Turíngia, no mês passado. Na Holanda, o Partido pela Liberdade, de Geert Wilders, também saiu vitorioso nas eleições, mas Wilders desistiu de se tornar primeiro-ministro para viabilizar uma coalizão de governo. Na França, o Reunião Nacional, de Marine Le Pen, conquistou o triunfo nas eleições de junho para o Parlamento Europeu.

Número de vítimas pode chegar aos 600, segundo o departamento de Segurança Interna
por
João Victor Tiusso
Lucca Fresqui
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01/10/2024 - 12h

 

Foto: Marco Bello/Reuters
Foto: EFE/EPA/CITY OF ROCKY MOUNTAINES

A passagem do furacão Helene pelos Estados Unidos já deixou 133 mortos até esta terça-feira (01), tornando-o um dos fenômenos mais mortais a atingir o país nos últimos anos. Além disso, mais de 600 pessoas estão desaparecidas. 

O Helene atravessou seis estados: Flórida, Carolina do Sul, Carolina do Norte, Geórgia, Tennessee e Virgínia. Cidades ficaram em ruínas, estradas foram  inundadas e milhões de pessoas estão sem eletricidade. 

O furacão atingiu a costa estadunidense em 26 de setembro, perto de Tallahassee, capital da Flórida.  Com cerca de 560 quilômetros de largura e ventos que atingiram 225 km/h, o Helene foi classificado como categoria 4, em uma escala que vai até 5.

As grandes dimensões do fenômeno contribuíram  para a formação de uma tempestade extensa, trazendo consigo chuvas pesadas, que aceleraram de forma rápida. Mesmo após ter enfraquecido, ainda causou danos graves à infraestrutura de cidades, inundações, fechamento de rodovias e quedas de pontes.

Na segunda-feira (30), a conselheira do Departamento de Segurança Interna dos EUA, Liz Sherwood-Randall, afirmou que o número de mortos pode chegar a 600.

Odesastre ocorre em meio à corrida eleitoral à presidência dos Estados Unidos. O presidente Joe Biden, que aprovou ajuda federal para vários estados após a passagem do furacão, prometeu que a assistência durará o tempo que for necessário.

Kamala Harris, vice-presidente dos Estados Unidos e candidata presidencial, afirmou que o governo fará tudo o que estiver ao seu alcance para ajudar as pessoas afetadas pelo furacão.

O republicano Donald Trump visitou Valdosta, na Geórgia, o local onde houve a maior destruição devido às enchentes O candidato aproveitou a ocasião para atacar Biden e Harris pelo gerenciamento da crise. A Geórgia é um estado-chave nas eleições acirradas que serão realizadas dentro de apenas cinco semanas. 

O novo cargo faz parte da estratégia do país de se posicionar como líder global em tecnologia
por
Rafaela Eid
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01/10/2024 - 12h

No dia 21 de setembro, a França nomeou Clara Chappaz, de 35 anos, como Secretária de Estado responsável pela Inteligência Artificial (IA) e Digitalização. A medida faz parte da estratégia do país de se posicionar como líder global em tecnologia.

A nomeação foi realizada pelo presidente Emmanuel Macron, a partir de uma proposta do primeiro-ministro Michel Barnier, segundo informações do Ministério da Educação Nacional, Ensino Superior e Pesquisa da França.

Embora popularmente apelidada de "ministra da IA", Clara Chappaz não possui oficialmente esse título. No entanto, sua função terá um papel de destaque nas discussões sobre tecnologia, especialmente com a proximidade da Cúpula Internacional de IA, que será sediada pelo país em fevereiro de 2025.

A criação deste novo cargo faz parte da visão de Macron, que prevê o investimento de 500 milhões de euros até 2030 no desenvolvimento de polos de IA no país.

Graduada pela Essec Business School, em Cergy, na França, Cappaz iniciou sua carreira na Ásia, atuando em várias startups de comércio eletrônico. Em 2018, concluiu um MBA em Harvard e, posteriormente, assumiu a posição de diretora comercial na Vestiaire Collective, uma plataforma de revenda de produtos de luxo em Paris. Em 2021, passou a liderar a missão French Tech, que apoia startups tecnológicas inovadoras alinhadas às prioridades do governo francês.

Ali Kamal Abdallah é a primeira vítima brasileira morta no Líbano após bombardeios
por
Victor Trovão
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30/09/2024 - 12h

Um jovem brasileiro de 15 anos morreu durante bombardeios de Israel no Líbano, informou o Ministério de Relações Exteriores, Itamaraty, na quarta-feira, 25. Ele estava no vale do Bekaa, a leste da capital, Beirute, uma das regiões atacadas pelas tropas israelenses devido à presença de forças do Hezbollah, informação confirmada pelo Itamaraty. 

Natural de Foz do Iguaçu, município do Paraná, Ali morreu junto de seu pai  Kamal Hussein Abdallah, de 64 anos, após serem feridos por um foguete lançado por Israel que atingiu a cidade de Kelya. 

Ali
O brasileiro Ali Kamal Abdallah, 15, que morreu em ataque de Israel no Líbano - @all.eyes.on__lebanon no Instagram/Reprodução

Ainda que as circunstâncias da morte não estejam claras, em entrevista à RPC Paraná, Hanan Abdallah, irmã do adolescente, conta que Ali e seu pai morreram enquanto trabalhavam na pequena fábrica de produtos de limpeza da família. A Embaixada do Brasil em Beirute está prestando assistência aos familiares das vítimas.

“Ao solidarizar-se com a família, o governo brasileiro reitera sua condenação, nos mais fortes termos, aos contínuos ataques aéreos israelenses contra zonas civis densamente povoadas no Líbano e renova seu apelo às partes envolvidas para que cessem imediatamente as hostilidades", afirmou o Itamaraty em um comunicado oficial. 

O assassinato de Ali é a primeira morte de brasileiros no Líbano que o Ministério das Relações Exteriores pode reconhecer desde a escalada do conflito, no momento, informam que a documentação e translado dos corpos estão sendo tratadas por meio da Embaixada do Brasil em Beirute. 

O cenário apresenta alto risco no país, uma vez que o Líbano conta com cerca de 21 mil brasileiros, de acordo com os dados do Itamaraty. Milhares de pessoas estão aterrorizadas frente aos ataques iminentes de Israel e, por ora, os bombardeios acontecem mais ao sul libanês, fazendo a população local se refugiar ao norte. 

ataque
Momento do ataque de Israel à vila no Líbano. Ao menos 550 pessoas foram mortas pelos ataques israelenses e outras centenas ficaram feridas  - Foto: Rabih DAHER / AFP

Segundo dados do Ministério da Saúde libanês emitidos na última quarta (25) , ao menos 550 pessoas foram mortas pelos ataques israelenses e outras centenas ficaram feridas. 

Além do pronunciamento do Itamaraty ao lamentar a morte de Ali, durante entrevista concedida à imprensa americana após participar da 79ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) que aconteceu em Nova York, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva condenou o conflito entre Israel e o Hezbollah no Líbano. 

“Em Gaza e na Cisjordânia assistimos a uma das maiores crises humanitárias da história recente, que agora se estende perigosamente ao Líbano. Portanto eu condeno de forma veemente esse comportamento do governo de Israel que eu tenho certeza que a maioria do povo de Israel não concorda com esse genocídio”, expressou Lula.