No último domingo, 6, o primeiro grupo de repatriados do Líbano pousou na Base Aérea de São Paulo, em Guarulhos. A aeronave KC-30 da Força Aérea Brasileira (FAB) pousou às 10h25 com 228 passageiros e três animais domésticos a bordo.
O avião saiu do Líbano no sábado, 5, e fez uma parada em Lisboa para reabastecer, antes de seguir viagem para o Brasil. Segundo o governo federal, o voo priorizou mulheres, idosos e crianças, sendo dez delas de colo.
De acordo com o Itamaraty, cerca de três mil pessoas manifestaram interesse em voltar ao Brasil. Diplomatas e funcionários da área consular estão conferindo as documentações para que os brasileiros que estão no Líbano possam retornar ao território brasileiro.
Com a escalada da guerra na região, o governo anunciou a operação de repatriação nos moldes do que ocorreu no início do conflito em Gaza. A previsão é que a missão de repatriação demore seis semanas.
Assim como na chegada do primeiro voo com brasileiros e familiares que deixaram Gaza, o presidente Lula esteve presente ao lado de Janja para receber os passageiros.
O Presidente aproveitou a ocasião para fazer um breve discurso, no qual acusou o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, de usar o conflito no Oriente Médio para se perpetuar no poder e se vingar da população palestina. Lula também criticou os bombardeios contra o Líbano, que estão deixando um grande número de vítimas civis.
O Partido da Liberdade da Áustria (FPÖ) venceu as eleições gerais em 29 de setembro, obtendo 29,2% dos votos, o maior percentual de sua história. Apesar da vitória expressiva, o partido de extrema-direita não obteve a maioria no parlamento, o que significa que precisará formar uma coalizão para governar. Caso o FPÖ consiga firmar uma aliança, será a primeira vez que a extrema-direita governará a Áustria desde a Segunda Guerra Mundial.
O segundo colocado foi o Partido Popular da Áustria (ÖVP), liderado pelo atual chanceler Karl Niethammer, com 26,5% dos votos, um revés significativo para o partido governante.
Herbert Kickl, líder do FPÖ, comemorou a vitória ao lado de apoiadores em Viena, capital do país. "Saboreiem este resultado. Juntos, fizemos história hoje (...) O que conseguimos supera todos os meus sonhos", declarou ele em seu discurso.
No entanto, formar uma coalizão será um desafio para Kickl, que é visto como uma figura controversa. Os partidos Social-Democrata, Verde e Neos já afirmaram que não se aliarão ao FPÖ. A única opção de aliança seria com o conservador ÖVP, que também descartou a possibilidade de formar governo com Kickl como chanceler.
Fundado na década de 1950 por ex-membros da SS, organização paramilitar nazista, o FPÖ defende uma plataforma anti-imigração e mantém laços ideológicos com o governo russo e o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, conhecido por seu ultraconservadorismo.
Onda de direita se espalha pela Europa
A vitória de Kickl é mais um marco na série de ascensões da direita radical na Europa. Na Itália, a primeira-ministra Giorgia Meloni lidera uma coalizão de direita, à frente do partido Irmãos da Itália. Na Alemanha, o partido de extrema-direita AfD conquistou a liderança nas eleições estaduais da Turíngia, no mês passado. Na Holanda, o Partido pela Liberdade, de Geert Wilders, também saiu vitorioso nas eleições, mas Wilders desistiu de se tornar primeiro-ministro para viabilizar uma coalizão de governo. Na França, o Reunião Nacional, de Marine Le Pen, conquistou o triunfo nas eleições de junho para o Parlamento Europeu.
A passagem do furacão Helene pelos Estados Unidos já deixou 133 mortos até esta terça-feira (01), tornando-o um dos fenômenos mais mortais a atingir o país nos últimos anos. Além disso, mais de 600 pessoas estão desaparecidas.
O Helene atravessou seis estados: Flórida, Carolina do Sul, Carolina do Norte, Geórgia, Tennessee e Virgínia. Cidades ficaram em ruínas, estradas foram inundadas e milhões de pessoas estão sem eletricidade.
O furacão atingiu a costa estadunidense em 26 de setembro, perto de Tallahassee, capital da Flórida. Com cerca de 560 quilômetros de largura e ventos que atingiram 225 km/h, o Helene foi classificado como categoria 4, em uma escala que vai até 5.
As grandes dimensões do fenômeno contribuíram para a formação de uma tempestade extensa, trazendo consigo chuvas pesadas, que aceleraram de forma rápida. Mesmo após ter enfraquecido, ainda causou danos graves à infraestrutura de cidades, inundações, fechamento de rodovias e quedas de pontes.
Na segunda-feira (30), a conselheira do Departamento de Segurança Interna dos EUA, Liz Sherwood-Randall, afirmou que o número de mortos pode chegar a 600.
Odesastre ocorre em meio à corrida eleitoral à presidência dos Estados Unidos. O presidente Joe Biden, que aprovou ajuda federal para vários estados após a passagem do furacão, prometeu que a assistência durará o tempo que for necessário.
Kamala Harris, vice-presidente dos Estados Unidos e candidata presidencial, afirmou que o governo fará tudo o que estiver ao seu alcance para ajudar as pessoas afetadas pelo furacão.
O republicano Donald Trump visitou Valdosta, na Geórgia, o local onde houve a maior destruição devido às enchentes O candidato aproveitou a ocasião para atacar Biden e Harris pelo gerenciamento da crise. A Geórgia é um estado-chave nas eleições acirradas que serão realizadas dentro de apenas cinco semanas.
No dia 21 de setembro, a França nomeou Clara Chappaz, de 35 anos, como Secretária de Estado responsável pela Inteligência Artificial (IA) e Digitalização. A medida faz parte da estratégia do país de se posicionar como líder global em tecnologia.
A nomeação foi realizada pelo presidente Emmanuel Macron, a partir de uma proposta do primeiro-ministro Michel Barnier, segundo informações do Ministério da Educação Nacional, Ensino Superior e Pesquisa da França.
Embora popularmente apelidada de "ministra da IA", Clara Chappaz não possui oficialmente esse título. No entanto, sua função terá um papel de destaque nas discussões sobre tecnologia, especialmente com a proximidade da Cúpula Internacional de IA, que será sediada pelo país em fevereiro de 2025.
A criação deste novo cargo faz parte da visão de Macron, que prevê o investimento de 500 milhões de euros até 2030 no desenvolvimento de polos de IA no país.
Graduada pela Essec Business School, em Cergy, na França, Cappaz iniciou sua carreira na Ásia, atuando em várias startups de comércio eletrônico. Em 2018, concluiu um MBA em Harvard e, posteriormente, assumiu a posição de diretora comercial na Vestiaire Collective, uma plataforma de revenda de produtos de luxo em Paris. Em 2021, passou a liderar a missão French Tech, que apoia startups tecnológicas inovadoras alinhadas às prioridades do governo francês.
Um jovem brasileiro de 15 anos morreu durante bombardeios de Israel no Líbano, informou o Ministério de Relações Exteriores, Itamaraty, na quarta-feira, 25. Ele estava no vale do Bekaa, a leste da capital, Beirute, uma das regiões atacadas pelas tropas israelenses devido à presença de forças do Hezbollah, informação confirmada pelo Itamaraty.
Natural de Foz do Iguaçu, município do Paraná, Ali morreu junto de seu pai Kamal Hussein Abdallah, de 64 anos, após serem feridos por um foguete lançado por Israel que atingiu a cidade de Kelya.
Ainda que as circunstâncias da morte não estejam claras, em entrevista à RPC Paraná, Hanan Abdallah, irmã do adolescente, conta que Ali e seu pai morreram enquanto trabalhavam na pequena fábrica de produtos de limpeza da família. A Embaixada do Brasil em Beirute está prestando assistência aos familiares das vítimas.
“Ao solidarizar-se com a família, o governo brasileiro reitera sua condenação, nos mais fortes termos, aos contínuos ataques aéreos israelenses contra zonas civis densamente povoadas no Líbano e renova seu apelo às partes envolvidas para que cessem imediatamente as hostilidades", afirmou o Itamaraty em um comunicado oficial.
O assassinato de Ali é a primeira morte de brasileiros no Líbano que o Ministério das Relações Exteriores pode reconhecer desde a escalada do conflito, no momento, informam que a documentação e translado dos corpos estão sendo tratadas por meio da Embaixada do Brasil em Beirute.
O cenário apresenta alto risco no país, uma vez que o Líbano conta com cerca de 21 mil brasileiros, de acordo com os dados do Itamaraty. Milhares de pessoas estão aterrorizadas frente aos ataques iminentes de Israel e, por ora, os bombardeios acontecem mais ao sul libanês, fazendo a população local se refugiar ao norte.
Segundo dados do Ministério da Saúde libanês emitidos na última quarta (25) , ao menos 550 pessoas foram mortas pelos ataques israelenses e outras centenas ficaram feridas.
Além do pronunciamento do Itamaraty ao lamentar a morte de Ali, durante entrevista concedida à imprensa americana após participar da 79ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) que aconteceu em Nova York, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva condenou o conflito entre Israel e o Hezbollah no Líbano.
“Em Gaza e na Cisjordânia assistimos a uma das maiores crises humanitárias da história recente, que agora se estende perigosamente ao Líbano. Portanto eu condeno de forma veemente esse comportamento do governo de Israel que eu tenho certeza que a maioria do povo de Israel não concorda com esse genocídio”, expressou Lula.