Desde 2018 já se sabe que Angela Merkel não disputaria as atuais eleições. No poder desde 2005, Merkel optou por não concorrer à reeleição. Líder do principal partido alemão, a União Democrata-Cristã, ou CDU, ainda em 2018 indicou um nome para lhe suceder nas próximas eleições: Annegret Kramp-Karrenbauer.
Vista por muitos como moderada, cautelosa e capaz de dar continuidade ao governo de Merkel, Karrenbauer não conseguiu formar sua própria base e não obteve sucesso em popularidade nem dentro do partido. Com o esvaziamento da pré-candidatura, Karrenbauer abandou a liderança do partido em Janeiro deste ano. Em seu lugar, assumiu Armin Laschet, a atual aposta para a sucessão de Angela Merkel. Desde Junho de 2017, Laschet é Ministro-presidente do estado da Renânia do Norte-Vestfália, o mais populoso da Alemanha.
Apesar de reunir características que agradam a base da CDU, Laschet não empolga e se viu em queda livre nas pesquisas eleitorais desde o começo da campanha. Em teoria, após 16 anos de governo Merkel, não teria dificuldade em emplacar um sucessor. Ainda mais se olharmos para a história: nos últimos 72 anos, a CDU esteve no poder durante 52.

O que atrapalha Armin Laschet ?
O político de 60 anos e formado em Direito é visto por muitos como inseguro, despreparado e pouco sério diante de problemas graves. O caso que abalou sua popularidade, e é considerado o motivo de sua queda nas pesquisas, aconteceu há pouco tempo, envolvendo sua reação às enchentes que mataram 180 pessoas na Alemanha. Em 17 de Julho, ao visitar uma região do estado que governa, duramente castigada pela enchente, Laschet foi flagrado rindo de uma piada no exato momento em que o presidente alemão Frank-Walter Steinmeier discursava e prestava solidariedade às vítimas.
Quem também estava no local era o principal rival de Laschet nessas eleições, o ministro da economia e candidato do Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD), Olaf Scholz, que permaneceu sério e falou sobre liberação de verbas e medidas imediatas de reconstrução. Dias após o episódio, Laschet se retratou à emissora ZDF: “Foi estúpido e não deveria ter acontecido e eu me arrependo”, disse ele.
O que dizem as pesquisas ?
Olaf Scholz (SPD) lidera as pesquisas. De acordo com os últimos números, os social-democratas aparecem com cerca de 25%, enquanto a CDU de Armin Laschet obtêm entre 20% e 22% – um dos piores resultados já registrados pelos conservadores em pesquisas.
Na madrugada do dia 26 de abril de 1986, na cidade de Chernobyl, um dos reatores da Usina V.I Lenin explodiu após uma falha humana, e acarretou um verdadeiro desastre para a população.
Tudo começou com um teste de segurança que estava em curso, e por uma falha, ocasionou na explosão do reator 4, que matou 31 trabalhadores de início, e na sequência, iniciou-se um incêndio que se estendeu por dias, isso porque a exposição nuclear ficou muito grande, impossibilitando uma ação humana mais "direta". Além disso, essa explosão liberou quantidades enormes de materiais radioativos, entre eles, o IODO-131 e o CÉSIO-137.
É válido lembrar que as consequências deixadas pelo acidente foram enormes, tanto para a área ambiental quanto para a política e economia da antiga URSS. Em conversa com o professor da PUC-SP José Arbex Jr, que já morou por um período em Moscou, ele nos revela que a Guerra Fria, por um lado, obteve sua influência a respeito do acidente, levando-se em conta que havia uma certa “pressa” por parte dos EUA e da URSS em se desenvolverem cientificamente. Por outro lado, já havia também, de acordo com o entrevistado, um problema de gestão no governo, nas palavras dele: “uma carência de fundos também contribuiu para o acidente”. Quando perguntado sobre a influência deixada para a eventual abertura da URSS, ele nos conta que o acidente ajudou a acelerar o processo de reforma, acarretando, posteriormente, na sua dissolução no dia 25 de dezembro de 1991.
A região de Chernobyl ainda não é habitável, mas apesar disso, atualmente as viagens às cidades de Pripyat e Chernobyl são recorrentes.

Em conversa com a jornalista Fernanda Ezabella, que visitou a Ucrânia em 2018, e Lucas Estevam, responsável pelo blog de viagem “Estevam pelo mundo", que visitou em 2019, eles nos revelaram que não há burocracia para o passeio turístico, é possível acionar umas das dez agências que realizam os tours pela internet, e são elas que cuidam de toda a parte documental da viagem, “Arranjamos tudo on-line, e encontramos a guia e a van no centro de Kiev”, afirma Fernanda.
Em relação ao passeio, os entrevistados contam que é possível alugar um contador Geiger, aparelho utilizado para medir Sievert, unidade de medida para radiações ionizantes, desse modo é possível acompanhar o índice de radiação nos objetos encontrados. Já sobre os lugares visitados, Fernanda conta: “A agência tem alguns tipos de roteiro. Visitamos uma escola, um campo de futebol, uma piscina vazia, a praça central de Pripyat, um supermercado, etc.” Mas para todos que viajam para Chernobyl, o ponto turístico mais aguardado é o sarcófago que protege o reator 4, só é permitido permanecer 7 minutos no local e a 270 metros de distância da cobertura de concreto e aço. A jornalista também comenta de monumentos dedicados aos bombeiros que chegaram primeiro no local do acidente e também de uma estátua do Lenin, a última que segue de pé na Ucrânia. Além disso, há um restaurante em Chernobyl Town, o único que permite o almoço de turistas, “A guia fez questão de dizer que a comida vinha de Kiev, não tinha nenhum problema de ser 'radioativa'”, afirmou Fernanda.
Quando perguntado o que mais impressionou os viajantes, Fernanda apontou detalhes da natureza, "Só conseguimos reconhecer o campo de futebol por causa das arquibancadas”. E um ponto em comum com os dois viajantes foi a sensação de volta para o passado, “Foi como estar dentro de um filme. Difícil descrever em palavras”, afirmou Lucas Estevam.
Atualmente, nosso país conta com 92 embaixadas no exterior, além de três delegações e três missões diplomáticas junto a organismos internacionais. Além disso, mantém 38 consulados-gerais, seis consulados e 19 vice-consulados. Eles somam, ao todo, 1324 funcionários, dos quais 537 são diplomatas. No entanto, muitos não sabem o que, de fato, um profissional dessa área faz.
Um diplomata representa o estado brasileiro perante a comunidade internacional. Também participa da formulação da política externa brasileira. Preza pelo respeito nas relações do Brasil com outros países, tratando de questões relacionadas a comércio, cultura, economia, direitos, conflitos, entre outros temas. As responsabilidades da profissão são muitas e, durante a pandemia, não foi diferente.
Para entender melhor essa profissão e seus obstáculos em época de isolamento social, a AGEMT conversou com o Cônsul Honorário representante da Hungria, Marco Aurélio Schetino, e com o Cônsul Honorário representante da Lituânia, Carlos Levenstein. Confira a entrevista!
(Foto: Entrevista)
Em outubro de 2019, a América do Sul se deparou com enormes manifestações populares no Chile. Conhecido como Estallido Social (tradução: estalo social), os atos iniciaram-se com a resposta dos estudantes para o aumento da tarifa dos transportes públicos e foram crescendo subitamente até concentrarem um total de 1,2 milhões de manifestantes apenas na capital chilena, Santiago, sendo brutalmente repreendidos pela força policial. Essa violenta forma de repreensão era familiar aos povos originários do país, como os mapuches, que se solidarizaram e, em nota nas redes sociais da Alianza Territorial Mapuche, apoiaram as manifestações como um povo distante que concordava e apoiava suas reivindicações. Naquela semana, se viam inúmeras bandeiras mapuches nos protestos, um número visivelmente superior à própria bandeira chilena. Todos estes fatos levaram a algo inédito na história do país: uma constituinte paritária que teria cadeiras indígenas. Escute aqui.
https://soundcloud.com/giovanna-crescitelli/oficina-vozes-chilenas-sobre-o-processo-constituinte
A gênesis do problema
Conflitos territoriais, religiosos, êxodos e dominação política remontam à antiguidade na região do Oriente Médio. Entre guerras e diásporas, a questão palestina segue sem resolução há mais de um século. As diásporas judaicas ao longo da história foram marcadas pela marginalização do povo judeu, que espalhados pelo mundo eram constantemente perseguidos e hostilizados pelas nações que habitavam. O sentimento de pertencimento não deixou que a nação israelense se desintegrasse. No livro “Passagens: Literatura Judaico-Alemã entre Gueto e Metrópole”, Luis Sérgio Krausz, professor de Literatura Hebraica e Judaica na USP, afirma que "A ausência de um Estado fez com que construíssem sua identidade com base em parâmetros mais religiosos e étnicos do que nacionais ou territoriais".
Fonte: UOL
Como resposta ao antissemitismo crescente na Europa, surge, no século XIX, o movimento sionista, idealizado e divulgado pelo jornalista e escritor austro-húngaro Theodor Herzl. O movimento defendia a criação de um Estado Judeu que pudesse ser lar para todo os judeus, garantindo assim sua segurança. Entre as opções para a criação desse Estado estavam Uganda, Argentina e Birobidzhan, na Rússia. Haviam ainda partidários da causa sionista que defendiam a criação de um Estado no antigo reino histórico de Israel, entretanto esse território já estava ocupado pelos Palestinos.
Em 2 de novembro de 1917, o governo britânico apoia a causa sionista através da Declaração de Balfour, concordando com a construção do Estado Judeu na região da Palestina com a condição de que os direitos palestinos fossem preservados. Como resultado, entre as décadas de 1920 e 1940 milhares de judeus imigraram para a região.
Início dos conflitos
Diversos conflitos se seguiram entre judeus e palestinos, que não consideram legítimo o direito de Israel pelo território em questão. Em 1947 o Plano de Partilha da ONU propõe a criação de dois Estados independentes e um regime especial para Jerusalém, considerada terra sagrada por judeus, muçulmanos e cristãos. Entretanto, o plano não chegou a ser implementado.
Com a expiração do mandato britânico sobre a Palestina em maio de 1948, o líder israelense David Ben-Gurion proclamou o estabelecimento do Estado de Israel. No dia seguinte, a Liga Árabe composta por Egito, Jordânia, Síria, Líbano e Iraque, declara guerra ao Estado Judeu, dando origem ao primeiro conflito Árabe-Israelense. Após 1 ano de conflito, a Liga Árabe é derrotada e Israel expande seu território. Como consequência das guerras, mais da metade da população palestina é desalojada e busca se refugiar em países vizinhos como a Jordânia; essa diáspora é chamada de “Al Nakba” que significa “A catástrofe”.
As intifadas árabes
No ano de 1987, a revolta contra a ocupação israelense e a expulsão de milhares de palestinos foi combustível para a Primeira Intifada, que resultou na prisão e na morte de grande parte dos envolvidos. Nasce então o grupo radical Hamas – Movimento de Resistência Islâmica – que tem por objetivo “a destruição total do Estado de Israel” como descrevem em sua carta de fundação. A Primeira Intifada terminou em 1993 com a assinatura do Acordo de Oslo entre o Estado de Israel e a Autoridade Nacional Palestina, o acordo reconhecia a existência mútua e prévia autoridade palestina sobre o território da Faixa de Gaza, da parte ocidental de Jerusalém e da Cisjordânia, que teve seu controle dividido entre os dois Estados.
O Acordo de Oslo não foi bem-sucedido e no ano de 2000 inicia-se a Segunda Intifada. A visita do líder israelense à mesquita de Al Aqsa, na parte árabe de Jerusalém, foi vista pelos palestinos como uma provocação. Ainda mais violenta que a primeira, a Intifada terminou apenas em 2005 com a retirada de Israel da Faixa de Gaza, que passou a ser governada pelo Hamas.
Fonte: Blog Arte, Cultura e Espiritualidade
Atualmente, Israel tem realizado diversos ataques à Faixa de Gaza e à Cisjordânia, que têm sido gradualmente ocupadas por assentamentos israelenses. De acordo com o professor de Relações Internacionais da PUC, Bruno Huberman, Israel tem adotado uma postura colonialista, assim como as grandes nações imperialistas. Em entrevista ao Monitor do Oriente Médio (MEMO) o especialista afirma que “O sionismo surge como uma forma de solucionar a questão judaica na Europa – a perseguição, subjugação e opressão dos judeus – e se concretizou com o que antes era subjugado, subjugando um novo povo, por meio da colonização da Palestina. Embora estejam conectados, não se justificam. É uma forma de luta essencialista que não entende a luta por libertação como algo universal; da libertação humana contra as opressões, explorações e o colonialismo. Dessa forma, os judeus oprimidos se tornaram os opressores”.
A relação estreita entre Israel e Estados Unidos
Fonte: Revista Isto é Dinheiro
A relação amigável entre os Estados Unidos e o Estado de Israel começou no período da Guerra Fria. Os Estados Unidos perceberam a potência militar de Israel e, durante a era, se aproximaram do país a fim de assegurar sua superioridade contra a falecida União Soviética. Além disso, a região do Oriente Médio é rica em petróleo, o que também chamou a atenção dos EUA ao se aliar ao Estado de Israel, localizado em uma região estratégica.
Apesar dos laços terem sido firmados em um contexto histórico peculiar, os interesses políticos de Estados Unidos e Israel são mútuos. Manter esses laços é garantir um poder incontestável. Recentemente, no ano de 2017, a ONU lançou um relatório que afirmava que o Estado de Israel praticava o apartheid contra a Palestina, porém foi obrigada a exclui-lo após a pressão dos Estados Unidos e de Israel. Além da força militar, possuem fortes serviços de inteligência, formando uma influência mundial hegemônica que é capaz de alterar decisões, como acontece na ONU, que sempre critica Israel e acaba cedendo após a defesa por parte dos EUA.
Os Estados Unidos afetam diretamente os conflitos de Israel contra a Palestina. Além de financiarem o país e oferecerem seu exército para os combates, apoiam todos os conflitos israelenses e as ocupações nos territórios palestinos. Em 2020, o ex-presidente Donald Trump reconheceu Jerusalém como capital de Israel e, segundo Benjamin Netanyahu, Donald Trump foi “o melhor amigo que Israel já teve na Casa Branca”. Joe Biden honrou as relações diplomáticas dos países, e decretou apoio a Israel em seus conflitos.
Convenção de Genebra: as leis que se encaixam no conflito entre Israel e Palestina
A Convenção de Genebra é o nome dado a vários tratados internacionais que foram assinados entre 1864 e 1949 para reduzir as decorrências das guerras sobre a população civil, além de oferecer uma proteção para militares capturados ou feridos. Após o primeiro encontro, várias outras convenções foram realizadas para ampliar e detalhar uma espécie de regulamento para a participação em uma guerra. Apesar de muitos especialistas apontarem que a aplicação das leis se mantém insatisfatória, os tratados adequaram-se pelo menos para deixar explícito que o mundo considera inaceitável um conflito armado. Quem excede esses limites comete os chamados crimes de guerra.
A quarta Convenção de Genebra, ocorrida em 1949, é a primeira a conceder proteção aos civis em tempos de guerra, inclusive em território ocupado. O novo protocolo se aplica também a conflitos armados relacionados à luta dos povos contra a dominação e ocupação estrangeira. As leis redigidas pela Convenção entram em vigor a partir do momento em que as hostilidades realmente começam, independente se aquelas operações forem ou não declaradas. Com isso, as leis aplicam-se aos territórios palestinos ocupados em 1967 e continuam a ser aplicadas enquanto a ocupação militar prosseguir.
A partir da Convenção de Genebra, Israel deve cumprir algumas normas que regem a ocupação em relação à Palestina por se caracterizar como uma potência ocupante – Estado que ocupa o território invadido. Segundo regulamento redigido na Convenção de 1907 e 1949, as principais normas do direito aplicável em caso de ocupação instituem o seguinte:
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O ocupante não adquire soberania sobre o território invadido.
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A ocupação é apenas uma situação temporária e os direitos do ocupante se limitam à duração desse período.
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Usando todos os seus meios, a potência ocupante deve garantir e manter níveis suficientes de saúde e higiene pública, assim como abastecer com víveres e produtos médicos a população do território ocupado.
Portanto, segundo a Convenção de Genebra, Israel está cometendo um crime de guerra. Porém, devido à proteção que os Estados Unidos oferecem, Israel não está sendo punida e mesmo com as críticas da ONU o país não recua nas suas invasões.
Vacinação contra a Covid-19
Israel tem a maior taxa de população vacinada contra a covid-19 no mundo. No mês de junho, iniciou-se a vacinação na faixa etária de adolescentes de 12-15 anos. Mais de 55% da população do país já foi vacinada e o uso de máscara em locais abertos não é mais obrigatório desde fevereiro, enquanto em locais fechados deixou de ser obrigatório nesta última terça (18). Israel foi visto como país-modelo para as campanhas de vacinação e a maioria das doses aplicadas são da Pfizer.
Apesar de ser um exemplo mundial, pouco se fala sobre a vacinação nos países que são afetados pelos conflitos israelenses. O país construiu barreiras na Cisjordânia e em Gaza (além, claro, da invasão do território palestino), que controlam o acesso de elementos básico de sobrevivência nos países, incluindo a chegada das vacinas. Estima-se que cerca de 0,8% da população da Cisjordânia, de Gaza e da Palestina estejam vacinadas, o que mal atende as necessidades locais. Enquanto adolescentes e grupos com menor risco de adoecimento por covid-19 estão imunizados e voltando às normalidades em Israel, pessoas continuam morrendo nos outros países, os casos aumentando e o país nem sequer prestou assistência aos grupos de risco dessas regiões.
Mesmo com milhões de vacinas vencendo, o governo israelense se recusa a doar algumas doses para os países que necessitam e, principalmente, para a Palestina. Após uma tentativa frustrada de um acordo de vacinas entre Israel e Palestina, a ministra da saúde Mai Alkaila afirma que Israel mentiu quanto ao prazo de validade, sendo negociadas vacinas que vencem em junho como se fossem vencer em agosto. Organizações internacionais, ONGs humanitárias e os próprios Estados Unidos têm feito inúmeros apelos a Israel para que ajude a Autoridade Palestina na campanha de vacinação contra a covid-19, porém, até o momento, os únicos palestinos que receberem a vacina foram os residentes de Jerusalém Oriental com visto de residência.
Segundo o representante da ONU Tor Wennesland, Israel tem o dever de vacinar a população palestina devido às ocupações territoriais que possui. O ministro da saúde israelense afirmou em janeiro que Israel teria o interesse de vacinar a população palestina futuramente, o que não aconteceu passados 6 meses da declaração. A negociação da vacina entre Israel e Palestina ainda está em andamento e a última atualização foi sobre a desistência palestina ao receber o lote quase vencido de vacinas. Vale ressaltar que, no acordo, a Palestina terá que devolver as doses “emprestadas” por Israel em um curto prazo de 3 meses, estando prevista, até então, a devolução das doses até o mês de setembro.
A derrocada de Benjamin Netanyah
Fonte: site da llosa
No dia 13 de junho, o Parlamento de Israel determinou o fim dos 12 anos de poder do primeiro-ministro Benjamin Netanyah. Ao aprovar a formação de um novo governo, constituído por uma extensa coligação que vai de nacionalistas judeus de direita a políticos árabes-israelenses, o parlamento aprovou a aliança costurada por Yair Lapid, político centrista e um dos principais opositores de Netanyah. No mês junho, ele conseguiu fixar uma aliança majoritária ao ganhar apoio do direitista Naftali Bennett.
O impasse do poder em Israel, ficou mais profundo no final de 2018 com uma divisão na aliança pró- Netanyah. Essa divisão ocorreu especialmente pela ala mais nacionalista e militarista do governo. Um dos principais motivos foi a trégua anunciada em novembro de 2018 pelo governo israelense com os palestinos, que se combatiam na Faixa de Gaza.
O gatilho para a crise foi a saída do então ministro da Defesa, Avigdor Lieberman. Anteriormente o braço direito de Netanyah, o político pediu para deixar o governo após a trégua com os palestinos. Deste modo, em dezembro de 2018, a coalizão governista foi formalmente desfeita e o governo teve de convocar novas eleições. As eleições ocorreriam normalmente em novembro de 2019, mas a decisão de diluir o Parlamento antecipou essa votação para abril.
O resultado das eleições mostrou a dimensão da desintegração política em Israel. Isso porque nenhum partido conquistou, sozinho, as 61 cadeiras para controlar o Parlamento (com 120 assentos) nas quatros eleições ocorridas entre 2019 e março de 2020. O impasse parece ter fim em março de 2020, quando Gantz e Netanyah apoiaram em unir forças para enfrentar a pandemia da covid-19 e não perenizar o impasse político em Israel. No entanto, a ampla aliança não vingou, e Gantz rompeu a coligação.