¨Algumas comunidades em que trabalho aderiram ao isolamento decretado pelo governo, mas infelizmente são a minoria em relação à quantidade de áreas localizadas na periferia da região leste da cidade de São Paulo¨ diz Claudia Peres Monteiro, 48, Assistente Social da empresa Diagonal Consultoria de Territórios, contratada pela Secretaria Municipal de Habitação da Cidade de São Paulo.
Com 18 anos prestando serviços na área social para a prefeitura de SP, ela diz nunca ter passado por um momento tão complicado para realizar o trabalho com as famílias dessas comunidades, pois devido a todos os problemas causados pela pandemia, a situação, que já era precária, acabou se agravando.
¨As famílias da região em que atuo estão enfrentando muitas dificuldades, seja na questão do trabalho, pois muitos perderam o emprego, seja na questão da moradia ou pior muitas não têm nem o que comer. Uma grande maioria dessa população está sobrevivendo com a ajuda de terceiros e do poder público¨, diz Monteiro.
¨Podemos dizer que na periferia da região leste, muitas comunidades ainda possuem um alto índice de precariedade das moradias, como falta de saneamento básico, baixas condições de habitabilidade e falta de infraestrutura de um modo geral essas situações acabam agravando o índice de pessoas infectadas, outro agravante seria a falta de compreensão da população, que não percebe a gravidade do problema¨.
Diante dessa situação o poder público vem tomando algumas medidas para tentar minimizar o sofrimento da população, como por exemplo o pagamento, do auxílio emergencial, feito pelo governo federal, que ajuda famílias de baixa renda, mas muitos ainda não conseguiram acessar.

¨Em relação ao governo municipal posso citar a parceria com o Programa Cidade Solidária que fez a entrega de 10.723 cestas básicas às famílias em alta vulnerabilidade social, moradoras da região leste, do início da pandemia, até 11.06.2020, tem ainda a instalação de lavatórios comunitários em áreas com difícil acesso a rede da SABESP que está sendo realizada em parceria com PMSP e algumas ONGs ¨, diz a assistente social.
Já Tatiana Miranda Erguelles, 39, que também trabalha na Diagonal, mas na região Centro e na região Leste diz que ¨as comunidades em que trabalho aderiram pouco ao isolamento, parece até final de semana ou férias, pois muitos estão nas ruas fazendo várias coisas, sem saber a real gravidade da situação. ¨
Com 17 anos prestando serviços na área social, ela também diz nunca ter passado por nada parecido. ¨Agora atendemos as famílias via WhatsApp e reuniões por vídeo conferência¨ diz a assistente social, a respeito das mudanças, após o início da quarentena.

Tatiana Miranda Erguelles – Em atendimento
(Arquivo Pessoal)
¨Para as famílias que venho acompanhando, a pandemia parece não ter chegado. As famílias estavam aguardando as entregas das unidades habitacionais, porém com o decreto da quarentena, que proibia as reuniões presenciais acabou atrasando as entregas e os moradores mesmo com os decretos solicitavam a continuidade das atividades. ¨
Em relação as condições das famílias que ela atende, Erguelles diz ¨Elas geralmente possuem uma renda baixa, e estão utilizando do auxílio aluguel devido a remoção da PMSP. Muitas delas têm acesso à internet, e dessa maneira estão recebendo as informações e nossas orientações. ¨
¨As maiores das dificuldades enfrentadas na minha opinião, são o desemprego e a falta de acesso as políticas públicas. ¨ diz a assistente social.
George Floyd e João Pedro, os dois casos foram expostos na mídia, mas o de Floyd tomou proporções maiores. Os protestos originados nos EUA foram um papel importante para que mobilizassem outros países, inclusive o Brasil, sobretudo com a movimentação nas redes sociais. “Foi preciso ocorrer nos EUA para que ocorresse aqui”.
Lucas Silvestre, fotógrafo e modelo, homem preto e bicha, defende que, “Os brancos no Brasil começam a ter mais visão do que está acontecendo, por meio do que ocorreu nos EUA, pois querendo ou não, é um grande espelho do mundo capitalista” e completa dizendo, “Então foi preciso ocorrer nos EUA para que repercutisse muito aqui”.

Em meio a toda movimentação nas redes sociais, tiveram mais de 21 milhões de postagens com a utilização da hashtag Black Lives Matter, e a hashtag Blackout Tuesday, que propôs um grande “apagão” nas redes sociais, especialmente Instagram, e para isso, foi usado uma imagem completamente preta. E por parte de algumas empresas de streaming, como o Spotify, esse dia foi usado para não ser reproduzida nenhuma música na plataforma durante 8 minutos e 46 segundos.
“O que rolou bastante e tem que rolar sempre, não só em uma terça-feira, é a divulgação massiva de pessoas pretas, para entender mais sobre o racismo. Não adianta nada postar uma foto preta, se essa vai ser sua única ação, o que você vai fazer a partir disso é o que importa mais”, pontua. As divulgações tinham como propósito difundir trabalhos de pessoas pretas: artistas, músicos, escritores, fotógrafos, modelos, produtores e influenciers.
Com tudo isso acontecendo no Brasil, houve no meio o assassinato de Miguel, uma criança negra de cinco anos que foi trabalhar com a mãe doméstica na casa da patroa. Ela precisou sair com a cachorra da patroa enquanto seu filho ficava sobre os cuidados dela, Sarí Côrte Real, que apertou o botão do 9º andar para a criança ir à busca de sua mãe que estava no térreo.
Mariana Salomão, mãe correria solo de um menino preto chamado Tom, de 12 anos, professora de arte na Prefeitura de São Paulo e graffiteira, “O Brasil não assume ser um país extremamente racista, uma mãe preta periférica está chorando a dor de ter que enterrar um filho, que o único crime foi nascer preto”.

Ela afirma que enquanto mãe sentiu ódio e revolta. “O caso Miguel. João. Que sempre me lembram de que poderia ser um Tom”.
A artista finaliza dizendo. “Um racismo histórico, arraigado e normalizado em nosso cotidiano, que escancara também o classicismo, expõe todos outros preconceitos, como o ódio aos pobres, trabalhadores, e ainda tentam responsabilizar uma mãe solo em luto, até pelo assassinato do seu único filho pela patroa escravagista branca”.
O que contribuiu para que a Globo News fizesse um programa somente com jornalistas negros, que posteriormente, foi reexibido na rede Globo para que mais pessoas tivessem acesso ao programa.
Andreza Delgado, produtora cultural e de conteúdos nas redes sociais. “Agora as pessoas estão sempre falando do racismo, mas o jeito que a gente vai tratar mostra a seletividade de um posicionamento antirracista, inclusive da própria mídia. O movimento negro brasileiro tem denunciado e ele é importante”.

Para ela, o papel das redes sociais e os movimentos de rua devem encontrar um equilíbrio. “É conversar com o vizinho sobre racismo, mais do que escrever na internet, mas sempre buscando o equilíbrio entre os dois. As manifestações são importantes e faz sentido o que está acontecendo, inclusive com a tomada de decisão da Globo News de tratar sobre esse assunto com jornalistas negros”.
E ela reitera o papel importante das redes sociais, e acrescenta que é importante usar ela com consciência, pois muitas pessoas usaram a hashtag Black Lives Matter junto com a Blackout Tuesday, o que acabou dificultando o acesso às informações importantes relacionadas às doações, petições e manifestações que foram divulgadas usando a Black Lives Matter.
Na última semana de maio, jovens de várias cidades de São Paulo fizeram uma lista que circulou pelo WhatsApp com o nome de diversos homens, apontados como supostos assediadores e agressores sexuais. Muitas mulheres utilizaram a hashtag #exposed acrescida do nome do município, em outras redes sociais, para compartilhar seus relatos de violência.
Esse movimento tinha a intenção de alertar outras mulheres sobre possíveis agressores com quem elas poderiam estar se relacionando. “Nós precisamos saber quem são as pessoas ao nosso redor, o tipo de amizades que a gente cultiva. Eu não quero conviver com esses homens”, relatou Letícia (nome falso) acerca do ocorrido.
Ela ainda afirmou que a lista foi fundamental para que começasse a conversar com as amigas sobre situações que já tinha vivido. “Eu tenho transtorno de ansiedade e essa situação toda se tornou um gatilho para mim, mas eu comecei a sentir mais abertura para falar com outras mulheres sobre isso, a gente precisa se unir mais”.
As denúncias realizadas através da lista foram contabilizadas por Miwa Hamada Kashiwagi, (19). “Me colocaram num grupo do WhatsApp com mais de duzentas meninas, e a lista continuava crescendo. Chegou um momento em que tivemos que organizar tudo por meio de uma planilha”. De acordo com Kashiwagi, somente na cidade de São José dos Campos, foram 967 queixas no total, sendo 370 de assédio sexual, 253 de assédio verbal, 84 de estupro, 54 de agressões físicas, entre outras.

A universitária também disse que o movimento foi importante para conscientizar as pessoas acerca do quão comum a violência contra a mulher acontece. “A gente precisa desmistificar essa ideia de que um abusador é sempre um homem estranho ou um monstro, porque, na maioria das vezes, são uns caras simpáticos que te dão bom dia na sala de aula”. Kashiwagi, que já teve suas fotos colocadas sem a sua permissão em um site de acompanhantes de luxo, disse que, atualmente, não denunciaria nenhuma outra agressão por conta do “estresse desnecessário” que “não traria resultados”.
Sobre a questão de denúncias formais, a jovem Yasmin Oliveira também revelou não sentir segurança para fazer um boletim de ocorrência. Ela contou que falou com alguns meninos que já a haviam assediado de alguma forma e cujos nomes estavam na lista. “Conversei sobre como foi errado e como isso me machucava. Foi bem tranquilo, porque eles escutaram e queriam mesmo entender como mudar, espero que seja uma disposição verdadeira. Todo mundo merece uma segunda chance”.

Oliveira também afirmou ser fundamental a união de mulheres para enfrentar experiências violentas. “Quando a gente está sozinha é difícil demais enfrentar tudo que nos oprime. Agora, quando juntamos pessoas que passam pelas mesmas coisas, não precisamos explicar a dor ou o medo, porque a pessoa já vive, e isso torna muito mais fácil um diálogo”.
Mesmo com toda a força que o movimento deu para muitas mulheres, há precauções que devem ser tomadas. A advogada Rosimere Lopes Oliveira adverte que, fazer denúncias sem provas ou formalidades jurídicas, pode ser prejudicial para as próprias vítimas. Muitos garotos, cujos nomes estavam na lista, entraram na Justiça e vão processar as responsáveis por calúnia e difamação. “É gravíssima a maneira como estão fazendo isso, porque é totalmente inadequada. Se a pessoa sofreu qualquer tipo de violência ela precisa tomar as medidas cabíveis, ou seja, ir até uma delegacia e realizar a denúncia”.

A advogada, que trabalha na área há 10 anos e coordena o projeto “Quebrando as algemas”, para ajudar vítimas de violência doméstica, afirma que as jovens devem denunciar, mas que também precisam levar em conta a presunção da inocência. “Cada caso é um caso e elas precisam sempre buscar ajuda profissional para obter toda a orientação necessária”. Além disso, Oliveira também afirma ser importante analisar a idade dos envolvidos, pois, se a vítima tiver menos de 14 anos, pode ser enquadrado como estupro de vulnerável, o que torna tudo ainda mais grave.
Os advogados Micheli Cristine Ribeiro de Souza e Rodrigo Augusto Guedes, donos do escritório Guedes e Souza Advogados, sentiram o impacto da pandemia logo em seu início “No primeiro dia de isolamento nossas atividades diminuíram em 90%” e com esta queda nas atividades, o casal precisou recorrer a outros negócios a fim de manter as despesas em dia “Minha esposa, que é minha sócia, passou a revender maquiagens”.
Souza decidiu revender produtos de maquiagem para ajudar nas despesas, já que como o escritório dos dois é pequeno, a queda nas atividades impactou a renda do casal. Ela criou um perfil nas redes sociais para este novo negócio a fim de divulgar seus produtos. A advogada faz as entregas pessoalmente ou por correio tomando todos os cuidados e obedecendo as normas da OMS.
A rotina do casal antes da pandemia consistia em sair a maior parte do dia para audiências em todo o território nacional, reuniões com clientes e realizavam as atividades administrativas do escritório, apenas a noite se reuniam em casa e realizavam as atividades domésticas.
Com este cenário de pandemia o casal precisou reformular toda a rotina, já que home office não era o principal modo de trabalho dos dois. Tiveram também que aprender a coordenar as atividades domésticas que aumentaram com a presença de todos em casa “Está sendo difícil manter a concentração no home office, as atividades domésticas que antes eram apenas a noite passaram a ser o dia todo”.
A maioria dos processos hoje são eletrônicos, o que faz da internet um dos principais meios de trabalho dos advogados, porém com todo o cenário que estamos vivendo hoje nem esses seguiram no início do isolamento. A justiça parou porque também não estava preparada para tudo e só partir de abril, os processos voltaram a correr. Enquanto o número de clientes e processos correndo eram menores no escritório do casal, eles dedicaram parte de seu tempo a cursos e lives sobre assuntos jurídicos para se aprimorarem.
De toda esta experiência com home office o casal aprendeu a realizar as atividades em família e passar mais tempo juntos reforçando os laços familiares.
Já a advogada Lívia Prisco que também tem seu escritório, antes da pandemia passava um bom tempo na rua para audiências e reuniões com clientes, visitava a fóruns e delegacias e fazia trabalhos em casa, como o peticionamento nos processos. Prisco sentiu os impactos da pandemia logo no começo da quarentena “Senti muito com relação aos pagamentos, muitos clientes alegaram que eram autônomos e não estavam trabalhando, ou que tiveram o salário reduzido”. Com a queda de clientes e as despesas aumentando com todos passando a ficar em casa, a advogada precisou recorrer a ajuda financeira de familiares e empréstimos bancários.
A rotina dela teve grandes mudanças e o número de reuniões com clientes teve uma queda “Os clientes mais idosos ainda têm certa resistência em fazer reuniões por vídeo chamada” e muitos de seus processos tiverem o prazo suspenso, os eletrônicos seguiram andamento só a partir de abril.
Diferente do casal Souza e Guedes, Prisco não sentiu dificuldades para trabalhar em home office. Ela não possui um espaço para seu escritório e trabalhava nesta modalidade há três anos “Estabeleço horários para trabalhar e horários para cuidar da casa”.
O tempo livre também está sendo aproveitado por ela para adiantar sua pós graduação, fazer cursos de marketing digital para ajudar na divulgação do seu trabalho e ler doutrinas, tudo para crescer cada vez mais.
Esta experiência de home office fez Prisco perceber que reuniões por vídeo ajudam a economizar melhor o tempo na rua, já que em São Paulo ela não demora menos de uma hora para se locomover de um local ao outro. “Gostaria de continuar fazendo reuniões por vídeo chamada, telefone e e-mail, e me locomover quando estritamente necessário”, ela acredita que o tempo em home office quando se tem disciplina é muito melhor aproveitado e que sua produtividade acaba sendo bem maior.
Durante a pandemia do coronavírus, a educação precisou se reformular para poder dar continuidade ao ensino. As mudanças foram sentidas de diferentes formas por pais de crianças em processos de alfabetização, alunos em ano de vestibular e professores. Entretanto, são ressaltados aspectos positivos para a autonomia e aprendizagem cotidiana desenvolvida no período.
Márcio Rafael Cruz, gestor e idealizador da escola on-line Linkage School e professor de biologia na rede privada de educação, relata que a escola já necessitava de uma reinvenção há anos. “As carteiras enfileiradas, o modelo de escola padronizada, que visa somente a padronização do estudo, é uma tendência ao fracasso. Cedo ou tarde ela vai deixar de existir”.
O professor destaca que a tecnologia, que permite que as aulas sejam gravadas e haja uma comunicação simultânea com o aluno, gerou uma flexibilização na rotina dos estudantes. “Alunos que tinham dificuldade na questão presencial, com horários fixos, agora no ensino remoto têm uma flexibilidade melhor de horários e se adaptaram melhor”.

Cruz ainda enfatiza que as escolas não estão vivendo o ‘EAD’, mas sim um ensino remoto. “O ensino à distancia tem um planejamento e uma metodologia de aula e avaliação diferente. Não adianta usar o formato de ensino presencial e ‘jogar’ no on-line”.
Por lecionar biologia, que possui diversas atividades laboratoriais, Cruz informa que há uma defasagem nas aulas práticas, mas a situação pode ser revertida. “Nada impede que daqui pra frente alguém possa desenvolver um laboratório virtual. A situação é muito emergencial, por isso o planejamento pode estar um pouco defasado. Estamos lutando um dia de cada vez, resolvendo um problema de cada vez”.
Para a estudante do Colégio Salesiano Santa Teresinha, Julia Clemente, 17, a forma de ensino mais flexibilizada permitiu que ela buscasse mais informações sobre os vestibulares que ela irá prestar no final do ano. “Tenho mais tempo livre para pensar e estou pesquisando sobre os vestibulares, faculdades”.
Clemente aponta que uma das mudanças gerou um resultado positivo no desenvolvimento de sua autonomia, principalmente por estar concluindo o Ensino Médio e enxergar esta independência como um fator importante para seu futuro. “Uma mudança muito boa foi a de ‘liberdade’. No próximo ano eu vou precisar dessa independência e neste sentido, o ensino remoto foi muito bom. Na escola, o professor te obriga, em casa você é o único responsável”.

Na Educação Infantil, o cenário é diferente. As crianças que passam pelo processo de alfabetização não aprendem matérias e disciplinas, mas sim por meio de interações, sendo estimuladas com atividades e brincadeiras. Desta forma, foram outros os obstáculos enfrentados.
Waleska Brilhante, mãe de Felipe, 4, mostra que no início do período, o menino gostava de ficar de frente da tela do computador para encontrar com os amigos e a professora. “No começo foi tudo divertido. Eram 40 minutos e ele ficava tranquilo. Hoje ele não quer mais ficar nem meia hora, ele não tem paciência, não tem foco”.
Brilhante expõe que a Escola Miudinho, onde Felipe está matriculado é muito vivencial e por isso, sente que as crianças estão perdendo algumas aprendizagens. “Na escola tem horta, cozinha, atividades de folclore, natação, o que ele não está tendo agora. Quando eles chegam na escola tem interação e então começam as atividades. Hoje é sentar e fazer a tarefa”.
Por outro lado, a mãe indica que a família está passando a quarentena em um sítio, o que permite que tenham um maior contato com a natureza e o menino aprenda com essas situações também. “Ele plantou um pé de feijão e está colhendo. Eu acredito que teve uma perda do aprendizado mais ‘formal’, mas da vida, da vivência, ele teve um ganho”.
Brilhante expõe sobre conscientização da importância dos professores para a construção do conhecimento que o período de ensino remoto proporcionou. “Agora, vendo a dificuldade de lidar com toda rotina, acredito que vão ser mais valorizados”.