Estúdios acusam a plataforma de IA de violar direitos autorais ao permitir a criação de imagens com personagens protegidos.
por
Lucca Andreoli
Henrique Baptista
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17/06/2025 - 12h
Logo da Midjourney
Logo do serviço de IA Midjourney. Reprodução

A Walt Disney Company e a Universal Corporation, dois dos maiores estúdios de Hollywood, abriram no dia 11 de junho um processo conjunto contra o Midjourney — um serviço de inteligência artificial criado e desenvolvido pelo laboratório de pesquisa independente, Midjourney, Inc. —  na U.S. District Court for the Central District of California. O serviço de inteligência artificial está sendo acusado de utilizar propriedade intelectual dos estúdios sem autorização.

Segundo a ação, o Midjourney usou de forma “intencional e calculada” obras protegidas — como personagens de Star Wars (Darth Vader, Yoda), Frozen (Elsa), The Simpsons, Marvel (Homem-Aranha, Homem de Ferro), Minions, Shrek e O Poderoso Chefinho — para treinar seus modelos e permitir a geração de imagens derivadas altamente similares.

 

Disney e Universal afirmam que já haviam solicitado que a plataforma bloqueasse ou filtrasse esse tipo de conteúdo, mas não foram atendidas. Para a vice-presidente jurídica da NBCUniversal, Kim Harris, “roubo é roubo, independentemente da tecnologia usada”.

A petição descreve o Midjourney como um “poço sem fundo de plágio”. Estima-se que a plataforma tenha gerado cerca de 300 milhões de dólares em receita em 2024, contando com mais de 21 milhões de usuários.

Os estúdios pedem uma liminar para impedir novas infrações e uma compensação financeira — que pode ultrapassar os 20 milhões de dólares. Horacio Gutierrez, diretor jurídico da Disney, declarou: “Pirataria é pirataria — o fato de ser feita por uma IA não a torna menos ilegal”.
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Além disso, a ação se insere em um cenário crescente de disputas semelhantes — como os casos envolvendo a Stability AI, a OpenAI e o New York Times. Também aponta para a criação de um serviço de vídeo de IA que em breve poderá criar clipes animados com materiais não autorizados, ampliando ainda mais os riscos à propriedade intelectual e ao controle de suas criações. O processo reforça a pressão por regulamentações mais claras que protejam a criatividade humana frente ao avanço da IA.

A preocupação no meio artístico a respeito das inteligências artificiais é um tema crescente que já gerou polêmicas anteriormente, como a questão das fotos “estilo estúdio Ghibli” no início deste ano. 

O processo representa um marco legal na relação entre Hollywood e a inteligência artificial. É o primeiro grande embate judicial do tipo envolvendo empresas de entretenimento, e pode abrir precedente para que outras companhias exijam licenciamento prévio ou filtros automáticos em ferramentas de geração de imagens.

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Banda faz uma pausa na carreira, suspende shows em novembro e apresentação na COP30
por
Lucca Andreoli
João Pedro Lindolfo
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26/05/2025 - 12h
Foto do show em Manchester, 3 de junho de 2023 Imagem: Raph_PH
Foto do show em Manchester, 3 de junho de 2023
Imagem: Raph_PH

A banda Coldplay cancelou a turnê que faria no Brasil em novembro deste ano, que incluiria cerca de dez apresentações. De acordo com o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, o grupo decidiu fazer uma pausa na carreira e, por isso, suspendeu toda a agenda na América do Sul. 

No entanto, não houve pronunciamento ou qualquer confirmação oficial até agora. A banda era aguardada para uma apresentação na COP30, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, em Belém (PA). 

Em 2022 a banda passou pelo festival Rock in Rio e em 2023 esteve no Brasil pela última vez para 11 shows. A apresentação na COP30 seria a primeira vez da banda no Pará, algo que Chris Martin, vocalista do grupo, já demonstrava interesse. 

No ano de 2021, em uma postagem no X (antigo twitter) sobre ações climáticas, o cantor mencionou o governador do Pará, Helder Barbalho, convidando-o para assistir ao show deles no Global Citizen.

Durante a passagem da banda no Brasil em 2023, os integrantes tiveram um encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em que o convite para a COP30 foi feito.

Lula, Chris Martin e Janja reunidos em 2023— Foto: Ricardo Stuckert/Reprodução
Lula, Chris Martin e Janja reunidos em 2023 — Foto: Ricardo Stuckert/Reprodução

De acordo com o colunista, a apresentação em Belém ainda deve acontecer, informação garantida pelo governo paraense. A dúvida que resta é se Chris Martin estará sozinho ou acompanhado pelo grupo.

Em sua quarta edição, ação reforça a importância da informação e do apoio às famílias
por
João Pedro Lindolfo
Lucca Andreoli
|
04/06/2025 - 12h

 

Fotografia: Wellington Freitas  Reprodução/Instagram: @35elementos
Fotografia: Wellington Freitas 
Reprodução/Instagram: @35elementos

A caminhada de conscientização sobre a síndrome Cri Du Chat - ou Síndrome do Choro do Gato, uma alteração genética rara que afeta o desenvolvimento físico e intelectual - aconteceu no sábado (17), no Parque Villa Lobos, em São Paulo.

A doença, presente em uma a cada 50 mil pessoas, ocorre quando uma parte do cromossomo cinco é perdida, o que causa características como a face arredondada, olhos separados, mandíbula pequena, orelhas baixas e um choro agudo parecido com um miado de gato, de onde vem o apelido.

O diagnóstico é realizado através da genética clínica, com testes que avaliam os cromossomos, e o teste de FISH ou CGH-array, que detectam a deleção do cromossomo cinco.

A síndrome impacta diretamente a rotina das famílias, exigindo acompanhamento contínuo com diferentes especialistas. Por isso, a disseminação de informações confiáveis e o estímulo ao diagnóstico precoce são fundamentais para promover mais qualidade de vida às crianças e a quem cuida delas.

A importância do diagnóstico precoce vai além do aspecto clínico: ele abre caminhos para que as famílias se organizem emocionalmente e encontrem apoio em redes especializadas, fortalecendo a jornada de cuidado e inclusão. O conhecimento da síndrome, associado à troca de experiências entre famílias, é um passo decisivo para transformar desafios em conquistas diárias.

Em 2022 foi lançado o primeiro livro a respeito da síndrome no Brasil, intitulado de "Síndrome de Cri du Chat: mais amor, realidade e esperança” (EFeditores e Literare Books International, 264 págs., R$ 72), além de ser o ano da primeira edição da caminhada dedicada a pessoas que convivem com a síndrome.

A publicação veio a partir da vivência de famílias e do engajamento de profissionais que acompanham de perto os desafios do diagnóstico e do tratamento. O livro se tornou referência para quem busca compreender não só os aspectos clínicos da condição, mas também as realidades sociais, emocionais e educacionais enfrentadas por quem convive com ela.

Com entrevistas de profissionais médicos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e psicólogos, a obra de Sandra Doria Xavier, Fernando da Silva Xavier e Monica Levy Andersen traz também uma perspectiva que auxilia familiares e profissionais que trabalham com portadores da síndrome.

Capa do livro: Síndrome Cri Du Chat: mais amor, realidade e esperança  Instagram: @criduchatbrasil
Capa do livro: Síndrome Cri Du Chat: mais amor, realidade e esperança 
Instagram: @criduchatbrasil

A publicação do livro e a realização da caminhada refletem o compromisso com a visibilidade da condição. Ao longo dos últimos anos, a entidade tem promovido ações que unem acolhimento, informação e mobilização social, contribuindo para a construção de uma rede de apoio mais sólida e atuante.

Em meio a esse esforço coletivo, o aspecto emocional e comunitário da Caminhada se destaca. “Encontrar outras famílias na Caminhada Cri Du Chat é encontrar a sua tribo”, define Juliane Gehm, mãe do Martin. “É um momento onde todos podem ser livres para ser quem são!”

Agora em sua quarta edição, a “Caminhada Cri Du Chat 2025” apresentou uma programação com atividades inclusivas, como áreas sensoriais (massinha, slime, bolha de sabão), desenhos e pinturas, pinturas faciais e tatuagens de adesivo, além de recreação com palhaços e personagens infantis.

Através do ato de conscientização, familiares, profissionais e portadores trouxeram luz ao tema. 

Segundo a neuropsicóloga Bianca Balbueno, a estimulação precoce é a chave: “Nos primeiros anos de vida, o cérebro da criança está num pico de neuroplasticidade, ou seja, a capacidade de aprendizagem é mais potente neste período, sendo assim, a estimulação precoce aproveita essa fase para promover o desenvolvimento de áreas centrais, como motor, cognitivo e social.” 

“Intervenção precoce promove o desenvolvimento redirecionando e fortalecendo trilhas de aprendizagem que podem estar em risco, especialmente em casos de alterações do neurodesenvolvimento”, ela acrescenta. 

Essa também foi a percepção de Lilian Lima, engenheira de software e mãe do Heitor Monteiro Lima, de 7 anos. O diagnóstico veio aos 19 dias de vida e aos 30 dias ele já iniciou a fisioterapia. “Com 2 anos e 9 meses ele andou. Hoje ele corre, chuta bola, arremessa para a cesta, ensaia quicar e treina saques de vôlei”, conta Lilian. Ela lembra que, no início, havia muitos medos — do desconhecido, do futuro e de como seria criar um filho com um prognóstico tão incerto. Mas reforça que o acesso a terapias e os estímulos desde cedo fizeram toda a diferença. “A fisioterapia foi essencial nos primeiros anos de vida, e os estímulos fizeram toda a diferença.”

Ainda sobre o plano de tratamento, Bianca afirma que deve ser individualizado “pois cada criança terá uma necessidade diferente, mesmo tendo o mesmo diagnóstico. Leva-se em consideração não apenas características da síndrome, mas áreas gerais de desenvolvimento, comportamentos desafiadores, excessos e déficits comportamentais, bem como a rede de apoio da família e o suporte fornecido pela escola”.

Participantes exploram atividades sensoriais durante a Caminhada. Fotografia: Wellington Freitas Reprodução/Instagram: @35elementos
Participantes exploram atividades sensoriais durante a Caminhada.
Fotografia: Wellington Freitas
Reprodução/Instagram: @35elementos
Caminhada tem presença de personagens infantis e momentos de interação Imagem: Wellington Freitas  Reprodução/Instagram: @35elementos
Caminhada tem presença de personagens infantis e momentos de interação
Imagem: Wellington Freitas 
Reprodução/Instagram: @35elementos
Espaço de desenho e pintura incentiva a criatividade  Fotografia: Wellington Freitas  Instagram: @35elementos
Espaço de desenho e pintura incentiva a criatividade 
Fotografia: Wellington Freitas 
Instagram: @35elementos
Cabo de guerra e outras dinâmicas de grupo promovem inclusão  Fotografia: Wellington Freitas  Instagram: @35elementos
Cabo de guerra e outras dinâmicas de grupo promovem inclusão 
Fotografia: Wellington Freitas 
Instagram: @35elementos

 

Especialista alerta para a importância do apoio jurídico e psicológico diante de um cenário de aumento da violência contra as mulheres
por
Larissa Pereira José
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28/04/2025 - 12h

Durante o feriado da Páscoa de 2025, o Rio Grande do Sul registrou uma sequência de crimes que chocou o país: dez feminicídios em apenas quatro dias. Casos como o de uma mulher grávida assassinada em Parobé e o de uma jovem degolada pelo ex-companheiro em São Gabriel evidenciam uma triste realidade: a violência contra a mulher continua sendo parte do cotidiano brasileiro. 

De acordo com dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Brasil contabilizou 1.450 feminicídios em 2024, o que equivale a cerca de quatro mulheres assassinadas por dia. O número é alarmante e revela que, apesar dos avanços legislativos, muitas mulheres ainda são vítimas fatais de parceiros ou ex-parceiros. Em meio a esse cenário, surgem dúvidas sobre como agir diante de situações de violência e quais caminhos seguir para tentar garantir a própria segurança. 

Para a advogada Bruna Santana, especialista em Direito da Mulher, em entrevista à AGEMT, "reconhecer os sinais e buscar ajuda o mais cedo possível são atitudes essenciais. Ela alerta que não é necessário esperar por uma agressão física para procurar apoio" e acrescenta: "a violência começa muito antes das agressões físicas. Controlar, ameaçar, isolar, humilhar — tudo isso já é violência doméstica. E precisa ser denunciado”, afirma Bruna. 

A orientação, segundo a especialista, é que a mulher que sofre qualquer tipo de agressão, seja física, psicológica, moral, sexual ou patrimonial, registre um boletim de ocorrência, solicite medidas protetivas e, sempre que possível, documente as agressões. Prints de mensagens, gravações de áudios e relatos de testemunhas podem ser fundamentais para a comprovação dos fatos. Além do apoio jurídico, Bruna Santana reforça que o acompanhamento psicológico é parte crucial para que a mulher consiga sair do ciclo de abusos. “A violência doméstica fragiliza a autoestima da vítima. Muitas vezes, ela se sente culpada ou acredita que não conseguirá romper a relação. O apoio psicológico é essencial para fortalecer essa mulher emocionalmente e ajudá-la a construir uma nova trajetória”, explica a advogada. 

Centros de referência, como os CRAMs (Centros de Referência de Atendimento à Mulher), Defensorias Públicas e ONGs oferecem suporte gratuito ou de baixo custo para vítimas de violência. Em situações de ameaça iminente, a orientação é buscar ajuda imediata, acionando a polícia pelo número 190 ou procurando familiares e amigos de confiança. A Central de Atendimento à Mulher (disque 180) também está disponível 24 horas por dia, de forma gratuita e sigilosa. 

Bruna Santana reforça que a Lei Maria da Penha oferece diversos mecanismos de proteção, como o afastamento do agressor, proibição de contato e o uso de tornozeleira eletrônica. No entanto, muitas mulheres desconhecem esses direitos ou não sabem como acioná-los. "Saber que existem recursos legais, entender como eles funcionam e buscar ajuda imediatamente pode salvar vidas. Não é exagero, não é drama: é sobrevivência", conclui a especialista. 

Apesar de a responsabilidade pela proteção das mulheres ser do Estado, informação e rede de apoio são instrumentos fundamentais para fortalecer aquelas que, todos os dias, lutam para viver em liberdade e segurança.

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Artista também é terceira mulher a vencer a categoria de Melhor Álbum de Rap no Grammy
por
Beatriz Alencar
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14/03/2025 - 12h

A cantora Doechii foi nomeada a Mulher do Ano de 2025 pela Billboard, com o anúncio feito nesta segunda-feira (10). Com o título, a artista norte-americana tornou-se a segunda rapper a ganhar a honraria no mundo da música, a primeira foi a Cardi B, premiada em 2020.

A revista da Billboard descreveu Doechii como uma das principais artistas da atualidade a “redefinir o que é ser uma precursora na indústria musical”. Ela será homenageada em um evento da Billboard no final deste mês.

Foto: Divulgação álbum “Alligator Nites Never Heal” | Reprodução: Redes sociais | Fotógrafo: John Jay

Foto: Divulgação álbum “Alligator Nites Never Heal” | Reprodução: Redes sociais | Fotógrafo: John Jay

A rapper, de apenas 26 anos, fortaleceu mais a carreira musical em 2024, com o lançamento do álbum “Alligator Bites Never Heal”, uma aposta de mistura entre os gêneros R & B e hip-hop. O mixtape foi indicado para três categorias do Grammy, entre eles o Melhor Álbum de Rap, marcando a primeira vez desse estilo de faixa feito por uma mulher a alcançar essa indicação.

Apesar disso, após a indicação de Melhor Álbum de Rap, Doechii foi convidada para fazer parte da faixa “Baloon” do álbum “Chromakopia”, do rapper Tyler, The Creator. A participação aumentou a visibilidade da artista que começou a fazer apresentações virais em festivais e em programas de rádio e televisão.

As composições de Doechii já viralizavam nas redes sociais desde 2020, com músicas como “What It Is” e "Yucky Blucky Fruitcake", mas as músicas não eram associadas com a imagem da artista. Foi somente após o espaço na mídia tradicional e o convite de Tyler que a rapper foi reconhecida.

Em fevereiro deste ano, Doechii se tornou a terceira mulher a vencer a categoria de Melhor Álbum de Rap no Grammy ao sair vitoriosa na edição de 2025, novamente, seguindo a história de Cardi B.

Foto: sessão de fotos para a revista The Cut - edição de fevereiro | Fotógrafo: Richie Shazam

Foto: sessão de fotos para a revista The Cut - edição de fevereiro | Fotógrafo: Richie Shazam

A apresentação da artista norte-americana na premiação, ocorrida no dia 2 de fevereiro, também foi classificada pela Billboard, como a melhor da noite. A versatilidade, modernidade e o fato de ser uma mulher preta na indústria da música, aparecem tanto nas faixas de Doechii quanto nas roupas e shows, fixando essas características como um dos pontos principais da identidade da artista.

A rapper tem planos de lançar o próximo álbum ainda em 2025, e definiu os últimos meses como um "florescer de um trabalho longo", em declaração a jornalistas na saída do Grammy.

Seis meses de guerra na Ucrânia, inflação em queda, semifinais da Copa do Brasil e mais
por
Ana Beatriz Villela
Letícia Coimbra
Luan Leão
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24/08/2022 - 12h

Quarta-feira, 24 de agosto de 2022, veja os destaques do Resumo AGEMT:

  • Ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) recebeu comandantes das PMs. Segundo eles, as tropas estão sob controle;

  • Prévia da inflação apresenta queda puxada pela gasolina, mas alimentação segue em alta. 

  • Seis meses de guerra na Ucrânia: Biden aprova pacote de U$3 bilhões para o país; Zelensky diz que país “renasceu” após a invasão russa.

  • Semifinais da Copa do Brasil com duelos Rio-SP movimentam a noite desta quarta-feira.

  • A média móvel de óbitos em decorrêcia da covid-19 nos últimos sete dias é de 152.

 

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Ministro Alexandre de Moraes - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

Segurança das eleições

Nesta quarta-feira (24), o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, recebeu os comandantes das Polícias Militares para discutir a 

segurança das eleições deste ano.

Em entrevista à imprensa após o encontro, o coronel James Padilha, da PM de Rondônia, afirmou que “as tropas estão sob controle”. “Como militares que somos, nós temos os pilares da hierarquia e da disciplina”, reiterou. Padilha destacou também que, apesar do cenário de polarização no pleito deste ano, as instituições tem “total isenção, imparcialidade e tranquilidade”.

No encontro, o ministro também abordou a restrição ao porte de armas nas eleições ou ao treinamento e transporte de armas pelos caçadores, atiradores e colecionadores (CACs). 

 

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Inflação 

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação oficial, foi de -0,73% em agosto, após registrar 0,13% em julho. O Índice foi divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (24).

Essa é a menor taxa da série histórica, iniciada em novembro de 1991. Em agosto de 2021, o índice foi de 0,89%. No ano, a inflação está em 5,02% e caiu para 9,60% no acumulado dos últimos 12 meses, ficando abaixo dos 11,39% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. 

O resultado de agosto teve impacto principalmente do setor de transportes (-5,24%). A deflação neste setor foi influenciada pela queda nos preços dos combustíveis (-15,33%). A gasolina caiu 16,80% e foi a maior contribuição negativa do índice. 

No lado das altas, o destaque vai para o setor de alimentos e bebidas, com 1,12%. Esse índice foi muito afetado pela alta do leite longa vida (14,21%), responsável pela maior alta individual. Em 2022, o leite longa vida acumula uma alta de 79,79%. Outras altas registradas nesse setor foram das frutas (2,99%), queijo (4,18%) e frango em pedaços (3,08%). 

Com a elevação dos preços, a alimentação no domicílio variou 1,24% em agosto. Comer fora de casa ficou 0,80% mais caro em agosto, e apesar disso, apresentou desaceleração em relação a julho, quando marcou 1,27%. 

 

Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky faz pronunciamento no dia que marca tanto a independência do país quanto o aniversário de seis meses da guerra contra a Rússia - Foto: Reuters
Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky fez pronunciamento na data que marca tanto a independência do país quanto o aniversário de seis meses da guerra contra a Rússia - Foto: Reuters

Seis meses de guerra

No dia da independência da Ucrânia, e após seis meses de guerra, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, aprovou um novo pacote de assistência à segurança de cerca de U$ 3 bilhões em ajuda militar para o país na guerra contra a Rússia. 

"Nos últimos 6 meses, os ucranianos inspiraram o mundo com sua extraordinária coragem e dedicação à liberdade. Os Estados Unidos da América estão comprometidos em apoiar o povo da Ucrânia enquanto eles continuam lutando para defender sua soberania", disse Biden em comunicado.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, agradeceu a Biden pela ajuda. Em publicação no Twitter, disse que os ucranianos “apreciam muito o apoio inabalável” dos EUA.

Em comemoração aos 31 anos de independência da Ucrânia, Zelensky disse em um discurso gravado aos ucranianos feito nesta quarta-feira (24) que seu país “renasceu” quando a Rússia invadiu e que nunca desistiria de sua luta pela liberdade da dominação de Moscou.

Zelensky, gravou o discurso em uniforme de combate em frente ao imponente monumento à independência da União Soviética, dominada pela Rússia, que se separou em 1991, no centro de Kiev.

“Uma nova nação apareceu no mundo em 24 de fevereiro às 4 horas da manhã. Não nasceu, mas renasceu. Uma nação que não chorou, gritou ou se assustou. Uma que não fugiu. Não desistiu. E não se esqueceu”, declarou o líder ucraniano.

Além disso, alegou que  a guerra só acabará quando Kiev sair vitoriosa, e não quando os bombardeios russos acabarem. Em recado à Rússia, o presidente afirma: "Não vamos sentar à mesa de negociações por medo, com uma arma apontada para nossas cabeças. Para nós, o mais terrível não são mísseis, aviões e tanques, mas as algemas. O que para nós é o fim da guerra? Costumávamos dizer: paz. Agora dizemos: vitória. Não nos importamos com o exército que vocês têm, só nos importamos com nossa terra. Lutaremos por ela até o fim.”

 

Pandemia 

De acordo com dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) o Brasil registrou 18.277 novos casos de COVID-19, e 202 mortes em decorrência da doença nas últimas 24 horas. A média móvel de óbitos nos últimos sete dias é de 152. No total, o país acumula 34.329.600 casos confirmados, e 683.076 óbitos por COVID-19.

 

Foto: Reprodução/Instagram @fluminensefc
Foto: Reprodução/Instagram @fluminensefc

Copa do Brasil 

Começam nesta quarta-feira (24) os jogos que definem os finalistas da Copa do Brasil 2022. As semifinais deste ano contam com a presença de quatro forças do futebol nacional, colocando frente a frente Rio de Janeiro e São Paulo.

Às 19h30, no estádio do Maracanã, o Fluminense vai receber o Corinthians. Atual segundo colocado no Campeonato Brasileiro, o tricolor das Laranjeiras vem embalado após golear o Coritiba na última rodada por 5 a 2. O Corinthians, por sua vez, perdeu para o Fortaleza fora de casa por 1 a 0. A expectativa é de que mais de 50 mil torcedores estejam no estádio para acompanhar o duelo. 

Mais tarde, às 21h30, no estádio do Morumbi, o São Paulo enfrenta o Flamengo, na outra semifinal. De um lado, o Flamengo, com seu investimento milionário, vai com tudo para seguir na briga pelo tetracampeonato. A equipe de Dorival Júnior quer aproveitar o bom momento que vive em todas as competições. Do outro, o São Paulo, que nunca venceu a competição, promete fazer jogo duro pela classificação. Ao seu favor, o tricolor paulista tem o bom retrospecto de mandante na fase mata-mata, no ano de 2022, foram 9 jogos como mandantes e nove vitórias da equipe paulista. É jogaço!

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Busca e apreensão contra empresários bolsonaristas que defenderam golpe de Estado, beneficiários do Auxílio Brasil se mostram otimistas com o cenário econômico e mais
por
Ana Beatriz Villela
Letícia Coimbra
Luan Leão
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23/08/2022 - 12h

Terça-feira, 23 de agosto de 2022, veja os destaques do Resumo AGEMT:

  • Brasília estremecida com operação da Polícia Federal ordenada pelo Ministro Alexandre de Moraes, contra empresários que defenderam um golpe em caso de derrota de Jair Bolsonaro; celulares apreendidos mostram conversas entre os empresários e o Procurador-Geral da República, Augusto Aras. 

  • Datafolha mostra que beneficiários do Auxílio Brasil estão otimistas com uma retomada econômica. 

  • Donald Trump levou documentos sigilosos ao deixar a presidência dos EUA, de acordo com o jornal NYT. 

  • O Brasil é o 3° pais no mundo com mais casos da nova varíola.

 

Bolsonaro e Luciano Hang, dono da Havan, em uma live
Presidente Jair Bolsonaro e Luciano Hang, dono da Havan, em uma live do Facebook - Foto: Reprodução/Facebook Jair B

Ameaça a democracia 

Nesta terça-feira (23), o ministro Alexandre de Moraes determinou busca e apreensão contra o grupo de empresários que defenderam um golpe de Estado em um cenário de vitória do candidato do PT (Partido dos Trabalhadores) à presidência, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no pleito deste ano. Moraes também autorizou que a Polícia Federal (PF) ouça os empresários, a quebra de sigilos bancários e o bloqueio de suas respectivas redes sociais. As mensagens foram divulgadas com exclusividade pelo site Metrópoles na última quarta-feira (17).

Segundo informações obtidas pelo site JOTA, os celulares apreendidos mostram troca de mensagens entre o procurador-geral da República e procurador-geral-eleitoral, Augusto Aras, com os alvos da operação. Segundo o jornal, fontes da PF alegaram ter encontrado críticas ao trabalho de Moraes e declarações sobre a candidatura à reeleição de Bolsonaro.

Dentre o grupo alvo de investigação estão empresários como Luciano Hang ( Havan), Afrânio Barreira Filho (Coco Bambu) e Marco Aurelio Raymundo (Mormaii).

As buscas aprovadas pelo ministro são baseadas em um pedido da PF que busca atingir uma suposta organização criminosa responsável pela disseminação de fake news e ataque às instituições. 

 

pessoas em uma rua movimentada
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Confiantes 

De acordo com pesquisa Datafolha, os beneficiários do Auxílio Brasil, antigo Bolsa Família, estão mais otimistas em relação ao futuro da economia brasileira que o restante da população. 

De acordo com o relatório, 53% dos eleitores que recebem o benefício acreditam na melhoria da situação econômica do país nos próximos meses. Por outro lado, dentre os eleitores que não recebem o auxílio, a parcela é de 47%.

Os que acreditam na piora da economia representam 16% entre os beneficiários e 29% entre os que não recebem.

Para a pesquisa, que foi feita entre os dias 16 e 18 de agosto, o Datafolha entrevistou 5.744 eleitores em 281 cidades. A margem de erro é de dois pontos percentuais.
 

Donald Trump, ex-presidente dos EUA
Reprodução: EFE/EPA/CHRIS KLEPONIS / POOL

Mais polêmica 

Após sua saída da Casa Branca, o ex-presidente dos EUA, Donald Trump levou cerca de 300 documentos secretos para sua residência oficial, em Mar-a-lago, de acordo com o “The New York Times”. Segundo a publicação, entre os papéis levados indevidamente estão materiais da CIA (agência central de inteligência dos EUA), do FBI, e da Agência Nacional de Segurança. 

Nos meses de janeiro e junho parte das documentações foram devolvidas, após negociações com os assessores do ex-presidente.

No dia 12 de agosto, o Tribunal Distrital dos Estados Unidos na Flórida disponibilizou acesso público ao mandado de busca e apreensão na casa de Trump. Uma parte dos documentos secretos foram recolhidos pelo FBI. O documento ainda revelou que ele é investigado por possível obstrução de Justiça e potencial violação da Lei de Espionagem.

Nesta segunda-feira (22), Donald Trump apresentou à Justiça um pedido para que o FBI não tenha acesso aos documentos recolhidos em sua residência de Mar-a-Lago. 
 

Tubos de ensaio com rótulos sobre varíola dos macacos
Foto: Reuters/Dado Ruvic

Nova varíola 

O Brasil assumiu a terceira posição de país com mais casos de varíola dos macacos no mundo depois da atualização do Ministério da Saúde na segunda-feira (22). De acordo com o Ministério, o Brasil confirmou 3.788 casos. Até agora, o país registrou apenas uma morte, em junho.

Um ranking organizado pelo Our World in Data, instituto digital especializado em ciência, o Brasil fica atrás apenas de Estados Unidos, com 14.050 casos, e Espanha, com 5.792 casos confirmados. Entre os estados da federação, São Paulo e Rio de Janeiro são os que confirmaram mais casos da nova varíola, tendo 2.506 e 422, respectivamente.
 

Pandemia 

De acordo com dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) o Brasil registrou 20.241 novos casos de COVID-19, e 203 mortes em decorrência da doença nas últimas 24 horas. A média móvel de óbitos nos últimos sete dias é de 159. No total, o país acumula 34.311.323 casos confirmados, e 682.874 óbitos por COVID-19. 

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Animais resgatados precisam passar por processo de readaptação para encontrar uma nova família
por
Lucas G. Azevedo
Sônia Xavier
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29/06/2022 - 12h

Ao caminhar pelas ruas brasileiras é comum ver animais vagando sem rumo, em busca de alimento ou apenas atrás de um pouco de atenção. De acordo com dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), há mais de 30 milhões de animais abandonados no país, cerca de 10 milhões de gatos e 20 milhões de cães. Muitos grupos dedicam seu tempo para recolher, adaptar e encontrar uma família para eles.

Bruno dos Anjos, gerente do sítio da ONG Cão Sem Dono, disse que a organização cuida atualmente de quase 450 animais, entre eles cerca de 370 cães e 80 gatos. Ele explica como é o processo de resgate: "Quando recebemos o aviso de um animal que precisa ser resgatado, seja por maus tratos ou por situação de rua, nós vamos até o local, recolhemos ele e começamos a nos preparar para realizar os processos que precisam acontecer para disponibilizá-lo a adoção". Ele também complementa ao explicar que não acolhem animais que já possuem donos, mas desejam deixar de ter o animal por alguma razão.

Grávida dá a luz a filhotes na ONG após ser resgatada. Foto: Lucas Azevedo.
Aurora dá a luz a filhotes na ONG após ser resgatada. Foto: Lucas Azevedo.

Após o resgate, os animais precisam passar por procedimentos veterinários a fim de identificar possíveis problemas e deixá-los saudáveis. Carol Perussi, médica veterinária da Clínica Veterinária Popular Cão Sem Dono fala sobre a condição dos animais quando chegam aos seus cuidados: “Normalmente os animais chegam com a doença do carrapato, quase sempre, e também com verme e pulga [...] varia de caso para caso, quando o animal sofre maus tratos ele tá bem abaixo do peso, tem feridas pelo corpo, está bem desnutrido. Quando são cães de rua, eles têm algumas feridas e às vezes um tumor ou um verme." A veterinária esclareceu sobre os procedimentos realizados: "Os animais quando são resgatados, eles passam pelos tratamentos que precisam, seja ganhar peso, cuidar da doença do carrapato, de um tumor. E quando já estão saudáveis nós fazemos a castração, depois as vacinas e a vermifugação para poder disponibilizar para a adoção".

​  Filhotes sob cuidado da clinica veterinária. Foto: Lucas Azevedo.  ​
​  Filhotes sob cuidado da clinica veterinária. Foto: Lucas Azevedo.  ​

Porém, o animal também precisa se acostumar a conviver com humanos, já que em grande parte das vezes, eles chegam nos lares temporários com experiências emocionais fortes e que precisam ser tratadas. Segundo o adestrador de cães Marcos Melo o animal sofre com “traumas, alguns têm medo de pessoas, barulho de moto, de caminhão, de bombas e até de outros cães, o que dificulta a aproximação dos cuidadores”. Bruno contou sobre os procedimentos de adaptação feitos pela ONG Cão Sem Dono com cães vítimas de maus tratos: “Quando o animal passa por maus tratos, ele tem medo do humano, aí o que nós fazemos? Entramos no canil mas não vamos atrás do animal, eu sento aqui, de costas, coloco um petisco no chão e fico aqui, deixo ele se aproximar de mim, deixo o animal pegar confiança, não tento forçar ele a ficar perto de mim”.

Cães vitimas de maus tratos com medo dos humanos. Foto: Lucas Azevedo
Jujuba (esquerda) e Galdino (direita), cães vitimas de maus tratos com medo dos humanos. Foto: Lucas Azevedo

Em alguns casos os animais são adotados antes mesmo de chegar às organizações, como o caso de Preta, uma gatinha adotada ainda filhote por Ester Lessa: “Eu adotei ela com uns dois meses mais ou menos, meu irmão ficou sabendo porque um amigo dele repostou um post de uma outra menina, aí ele viu e pegou ela.” Ester acredita que Preta não sofreu maus tratos antes da adoção por ser uma gata muito dócil: “ela gosta de brincar, gosta de carinho, ela não arranha na maldade se arranha ela tá brincando”.

Preta. Acervo pessoal: Ester Lessa.
Preta. Acervo pessoal: Ester Lessa.

Um caso diferente é o de Mike, adotado por Laís Bonfim com 3 meses de vida e que, apesar de não ter nascido na rua, teve dificuldades no processo de adaptação à nova família: “Foi bem difícil, ele chorava a noite e tinha muito medo”. Laís relata sobre o comportamento dele ser reflexo dos maus tratos sofridos pela mãe enquanto estava na rua: "Ele nasceu na ONG, não foi resgatado. Mas a veterinária disse que ele pegava os traumas da mãe, então ele era realmente muito medroso”. Outro comportamento comentado por Laís é o medo de barulho, homens e de crianças que, para ela, foram adquiridos em outros lares que o cão passou: “toda vez que ele vê uma criança fica muito agitado, começa a se esconder e homens também, principalmente, gente alta”.

Mike era o maior dos filhotes e foi o último da ninhada a ser adotado. Acervo pessoal: Laís Bonfim.
Mike era o maior dos filhotes e foi o último da ninhada a ser adotado. Acervo pessoal: Laís Bonfim.

Nem todo processo de adoção é igual, Bruno dos Anjos explica como são avaliados os possíveis tutores na ONG Cão Sem Dono para que o bem estar do animal seja mantido: ”Não adotamos para qualquer um, não é só chegar e querer o animal, nós conduzimos uma entrevista com o interessado, para saber se ele tem condição de cuidar do animal, se tem a responsabilidade, se vai conseguir realmente cuidar do bicho”.

Bruno finaliza ao dizer como as pessoas podem ajudar os grupos de resgate: "Hoje a parte mais importante para nós é a divulgação, claro que a parte financeira é importante, até porque temos que comprar ração e pagar as contas. Também é muito importante termos pessoas voluntárias para ajudar com os trabalhos. Mas o mais importante de tudo é a divulgação do nosso projeto, é levar os animais em estações do metrô (existe uma parceria entre a ONG e o metrô de São Paulo que os permite realizar feiras de adoção nas estações), em faculdades, postagens em redes sociais, porque aí nós conseguimos levar nossos animais para as pessoas conhecerem. Nós precisamos que eles sejam adotados para poder resgatar novos animais".

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Informalidade na venda de alimentação é a saída possível para fazer frente à inflação
por
Gustavo Zarza
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15/06/2022 - 12h

 

Por Gustavo Zarza

Depois de acordar cedo e trabalhar o dia inteiro, você ainda tem que ir à faculdade, o que te faz pensar duas vezes se vai ou não, mas acaba indo. Chegando no prédio você vê tantas pessoas vendendo comida que te dá fome e você decide comprar algo. Observa uma senhora muito simpática, que chama cada um dos seus clientes de amor, vê que ela vende maravilhosos brownies e compra um. Quando você prova é maravilhoso. Aquele pequeno bolinho, molhadinho por dentro e sequinho por fora faz o teu dia e mata sua fome. 

Provavelmente muitas pessoas já tiveram experiências como essas, talvez não só com brownies, mas com um pastel, um churrasquinho ou uma pamonha. Há sempre aquele vendedor que sabe fazer do melhor jeito e do jeito que você gosta. O que não se sabe, às vezes, é que esses vendedores têm uma história por trás, tem uma vida e um preparo para que você possa ter um pequeno momento de alegria. 

Vera, de 70 anos, é viúva e vende brownies na frente da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Ela é muito conhecida pelos estudantes que estão ali, chama todos de amor e sempre os agradece, mesmo aos que se recusam a comprar seus brownies. "É para completar a renda" disse Vera, ao ser questionada sobre porque vende os bolinhos. Disse ter passado por muitos apertos, nunca lhe faltou nada, mas teve que economizar muita coisa. Ela, que ainda tem a ajuda da pensão do marido, acorda todos os dias às sete horas da manhã, vai à universidade às nove, para vender sua produção, volta para casa a uma, prepara mais alguns, retorna para a universidade e fica lá até às nove horas da noite, fazendo isso todos os dias, com a intenção de ajudar na renda dela e de sua filha. Ela trabalhou por muito tempo no ramo de alimentação. Já teve um buffet e morou seis anos na Inglaterra preparando e vendendo almoço. Agora, por questões financeiras voltou a trabalhar neste ramo. 

Essa é uma das histórias de vidas de várias pessoas que se encontram vendendo algo ou prestando algum serviço. Muitos precisam fazer algo a mais para completar a sua renda, muito por conta do problema econômico que ocorre no Brasil. Segundo um levantamento da consultoria IDados feita no segundo trimestre de 2021, havia 48,7% da população ocupada  na  informalidade. Isso significa que o Brasil hoje tem mais de 42,7 milhões de trabalhadores informais. Mesmo sem a crise, o trabalho de ambulante é uma opção de muitos, já que não há um patrão e o vendedor controla o seu próprio negócio. Por isso é uma boa saída para quem busca um empreendimento lucrativo e seguro. E para isso é preciso investir.

Célio vende mini pizzas na frente da PUC-SP faz 20 anos e vive somente disso. Quando era motoboy fez uma entrega próximo da universidade. Ao ver o tanto de gente por ali, percebeu que havia uma grande oportunidade. Ele comprou uma máquina de fazer pizzas e começou o seu próprio negócio. Ao passar dos anos seu negócio foi crescendo, os alunos gostando e ele ficou, sempre melhorando e se reinventando. A pandemia também chegou a afetar o seu empreendimento. "Muitos dos alunos que eram meus clientes se formaram e não estão mais aqui, outros são novos, tenho que reconquistar os clientes", disse Célio. 

Esses vendedores são muito bons em ganhar os seus clientes, seja pela qualidade do seu produto ou por sua simpatia. Aqueles que de vez em quando querem comer algo sempre pensam em comprar com aquela pessoa que faz muito bem e vende muito bem, até mesmo porque, há uma história de vida que acompanha o produto em cada venda.

 

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Bolsonaro ataca Fachin, Rússia anuncia corredor humanitário em Severodonetsk, BTS anuncia pausa da banda e mais
por
José dos Santos
Letícia Coimbra
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14/06/2022 - 12h

Política

Bolsonaro diz que eleição é tema de segurança nacional e ataca o ministro Edson Fachin, presidente do TSE. 

 

Mais ataques 

Nesta terça-feira (14), durante a cerimônia de abertura do 5º Fórum de Investimentos Brasil, o BIF, em São Paulo (SP), o presidente Jair Bolsonaro (PL) fez referência à fala do vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Alexandre de Moraes, sobre políticos que disseminarem fake news terem seus mandatos cassados em tom de ironia. 

“Por que quem duvidar do sistema eletrônico vai ter registro cassado e ser preso? Sou obrigado a confiar? Eu posso apresentar falhas? Posso dizer, como foi em 2014, que no meu entendimento técnico o Aécio ganhou? E eu, com documentação que tenho do próprio TSE, falar que ganhei no 1º turno? Não posso falar isso? Vão cassar o meu registro?”, disse.

Além disso, o presidente teceu elogios ao ofício enviado pelo ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, na última sexta ao TSE, no qual o remetente afirma que as Forças Armadas não se sentem prestigiadas pela instituição. 

“Uma nota do ministro da Defesa —são 23 itens e vale a pena ler — termina dizendo que é temerário concluirmos um processo eleitoral sob o manto da desconfiança. As eleições são questões de segurança nacional”, disparou.

Ainda durante o discurso, o chefe do Executivo criticou os ministros Edson Fachin, Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso e sugeriu mais uma vez que pode descumprir decisões do Supremo Tribunal Federal.

 

Economia

Setor de serviços cresce pelo segundo mês seguido.

 

Crescimento

Segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o setor de serviços apresentou um crescimento de 0,2% no mês de abril em comparação com março, sendo a segunda alta consecutiva. 

Apesar disso, a porcentagem é menor do que o esperado segundo uma pesquisa feita pela agência Reuters, que previa um ganho de 0,4%.

Em relação a abril de 2021, a alta foi de 9,4%. Comparando com o patamar pré-pandemia, em fevereiro de 2020, os serviços estão 7,2% acima do nível apresentado na época.

O aumento no setor de serviços de março para abril foi impulsionado pela alta nas atividades de informação e comunicação (0,7%) e serviços prestados a famílias,(1,9%). 

Em contrapartida, o baixo índice foi influenciado pela queda no transporte (-1,7%); profissionais, administrativos e complementares (-0,6%) e outros serviços (-1,6%).

 

Internacional

Guerra na Ucrânia: Rússia anuncia corredor humanitário e oferta de rendição para a Ucrânia no Donbass; Papa Francisco critica Rússia, mas diz que Guerra poderia ter sido provocada; agência da UE afirma que o conflito pode agravar problema das drogas.

 

Corredor humanitário  

O Ministério de Defesa russo anunciou que irá abrir um corredor humanitário na cidade de Severodonetsk, cidade que está sendo o centro de conflitos entre tropas russas e ucranianas há semanas, além disso, afirmou que irá ofertar às tropas ucranianas uma rendição para esta quarta-feira. Isso ocorreu depois das tropas russas conseguirem destruir a última ponte que liga a região de Donbass a Kiev, assim conseguindo vencer as tropas da resistência ucraniana, é estimado que ainda há 10 mil refugiados presos na cidade ainda.

 

Críticas

O jornal jesuíta La Civiltà Cattolica publicou nesta terça declarações feitas pelo Papa Francisco no mês passado. O Papa condenou a crueldade e ferocidade das tropas russas contra a Ucrânia, mas afirma também que a guerra foi “provocada”. Francisco relatou à revista, ter se encontrado, meses antes do inicio do conflito, com um chefe de Estado – sem revelar o nome – que teria afirmado que a OTAN estava “latindo nos portões da Rússia" e incentivando-a a revidar, com a insistência no convite ao ingresso da Ucrânia no bloco  

 

Drogas

O Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência (OEDT) afirma, em seu relatório anual, que a guerra na Ucrânia contribui com a incerteza quanto à situação das drogas no continente. Segundo o órgão, os refugiados, ex-dependentes ou em processo de largar o vício, terão que ser atendidos de uma forma que consigam continuar o tratamento, o relatório diz também que a fuga de uma situação de guerra pode levar essas pessoas a abusarem de substâncias, além de causar mudanças na rota do tráfico.  

 

Saúde

Atualização dos dados da pandemia. 

 

Pandemia 

De acordo com dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) o Brasil registrou 44.441 novos casos de COVID-19, e 174 mortes em decorrência da doença nas últimas 24 horas. A média móvel de óbitos nos últimos sete dias é de 144. No total, o país acumula 31.541.479 casos confirmados, e 668.354 óbitos por COVID-19. 

 

Cultura

Banda BTS anuncia pausa após 9 anos de carreira.

 

Solo

A banda sul-coreana BTS anunciou nesta terça-feira (14) que o grupo fará uma pausa na carreira para os membros trabalharem individualmente em suas respectivas carreiras. A novidade foi contada durante a transmissão ao vivo de um jantar comemorativo dos nove anos da boyband, na mesma semana em que houve o lançamento da coletânea que rememora todos esses anos de carreira.

Segundo o líder do grupo, RM, apesar do compartilhado entre eles, cada um precisa crescer individualmente e que esse período de hiato será utilizado para pensarem em novas direções do BTS e dos próprios integrantes.

De acordo com os integrantes, essa é uma difícil decisão principalmente pela possível decepção causada nos fãs. Ao contrário, a reação dos admiradores nas redes sociais foi de apoio e carinho ao grupo.

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