Como um autodidata ousado desafiou a lógica e transformou a cidade de pedra
por
Catharina Morais
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06/12/2024 - 12h

A Rua Maranhão, em Higienópolis, é como um refúgio dentro de São Paulo, cheia de histórias para contar em cada esquina. Com suas árvores sombrias e prédios de tirar o fôlego, como o icônico Vila Penteado da FAU-USP, a rua já foi endereço de gente famosa, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. É  só chegar na esquina com a Rua Sabará que tudo muda: o Edifício Cinderela simplesmente rouba a cena.

 

Edifício Cinderela, inaugurado em 1956 - por Catharina Morais
Edifício Cinderela, inaugurado em 1956 - por Catharina Morais

 

De longe, ele parece uma obra única, e é. Em uma São Paulo historicamente cinzenta e funcional, o Cinderela é uma explosão de cores, criatividade e formas. Não é um simples prédio construído para abrigar pessoas - só a beleza de sua arquitetura que chama atenção; há algo mais ali - características visionárias que antecipavam o futuro da vida urbana. Era um sonho do "American way of life", ajustado à realidade brasileira.

Mas quem ousaria conceber um prédio tão peculiar? Conhecido como o "arquiteto maldito", João Artacho Jurado era uma figura à margem da elite arquitetônica. Nascido em 1907, no bairro do Brás, filho de imigrantes espanhois, ele começou a carreira como letrista, desenhando cartazes e estandes para feiras industriais. Apesar de nunca ter cursado arquitetura, Jurado demonstrava um talento inato para transformar ideias em construções. 

 

Edifício Parque das Hortênsias na Avenida Angélica - por Catharina Morais
Edifício Parque das Hortênsias na Avenida Angélica - por Catharina Morais

 

Na São Paulo das décadas de 1940 e 1950, dominada pelo rigor do modernismo — com suas linhas retas, geometrias simples e desprezo por adornos —, Artacho parecia um transgressor. Seus prédios eram uma celebração do que se recusava a ser discreto. Inspirados pelo glamour de Hollywood e pela opulência europeia, eles misturavam o clássico e o kitsch, sem medo de causar estranhamento.

 

Edifício Viadutos localizado no bairro Bela Vista - por Catharina Morais
Edifício Viadutos localizado no bairro Bela Vista - por Catharina Morais

 

Edifícios como o Bretagne, o Viadutos, o Louvre, o Planalto e, claro, o Cinderela se tornaram símbolos dessa visão. Vibrantes, ornamentados e quase teatrais, eles destoavam do rigor técnico da arquitetura predominante. Não à toa, sua obra era amada pelo público, mas odiada por muitos arquitetos da época.  

A controvérsia em torno de Artacho ia além do estilo. Por ser autodidata, ele não tinha licença para assinar seus projetos, dependendo de engenheiros formados para legitimar suas obras. Esse fato era visto como uma afronta pela elite acadêmica, que o apelidou de "arquiteto maldito".  

 

Fachada do Edifício Piauí construído entre 1948 e 1952 - por Catharina Morais
Fachada do Edifício Piauí construído entre 1948 e 1952 - por Catharina Morais

 

Além disso, seus prédios eram frequentemente criticados como "bregas" e "excessivos". Contudo, essas críticas pouco afetaram Artacho, que usava sua visão como combustível para inovar. Ele fazia de suas inaugurações verdadeiros espetáculos, com bandas, celebridades e políticos. Eram eventos tão grandiosos quanto os edifícios que celebravam.  

Artacho não só projetava prédios; ele os desenhava por completo, dos cobogós aos gradis, dos lustres à tipografia das fachadas. Cada detalhe era pensado para oferecer uma experiência que ia além da funcionalidade. Ele também foi pioneiro em incluir áreas comuns de lazer, como piscinas e salões de festa, em uma época em que essas comodidades eram raras.  Seu público-alvo, a classe média emergente, via nos edifícios de Artacho um sonho acessível. Eram mais que lares; eram convites para uma vida moderna e comunitária.  

 

Edifício Bretagne, um marco arquitetônico com sua planta em ‘L’- por Catharina Morais
Edifício Bretagne, um marco arquitetônico com sua planta em ‘L’- por Catharina Morais

 

Apesar das críticas em vida, o trabalho de Artacho foi reavaliado nas décadas seguintes, sendo hoje considerado um marco do modernismo tropical. Seus edifícios, antes tidos como aberrações, tornaram-se símbolos de uma São Paulo mais vibrante e humanizada.  

O Edifício Cinderela, com sua paleta de cores e seu charme cinematográfico, continua a ser um lembrete do que Artacho buscava: romper padrões, acolher o inesperado e dar à cidade algo que ela não sabia que precisava. 

Mais do que o “arquiteto maldito”, Artacho Jurado foi um visionário que se recusou a ser limitado pela lógica ou pelas convenções. Sua obra é um testemunho da coragem de colorir o cinza e de transformar o banal em extraordinário.

 

Edifício Louvre no bairro da República, tombado desde 1992 pelo Conpresp - por Catharina Morais
Edifício Louvre no bairro da República, tombado desde 1992 pelo Conpresp - por Catharina Morais

 

Importante área de preservação e pesquisa ambiental é também um lugar a se visitar e descobrir em São Paulo
por
Pedro Bairon
João Pedro Stracieri
Vítor Nhoatto
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28/11/2024 - 12h

Localizado na zona sul da capital paulista, entre os portões 6 e 7 do Parque Ibirapuera, eis um berço da vida. Criado formalmente em 1928 após a transferência do bairro Água Branca para onde está até hoje, o Viveiro Manequinho Lopes é um dos três administrados pela cidade e o maior deles. São ali produzidas milhares de espécies para a cidade e também a todos os interessados em arborizar suas propriedades. 

Seu nome faz alusão ao diretor da então recém-criada Divisão de Matas, Parques e Jardins, Manoel Lopes de Oliveira Filho, conhecido como Manequinho Lopes. A homenagem foi dada após ele plantar eucaliptos na região até então pantanosa e aos seus esforços contínuos para manter o viveiro de pé após o pedido de remoção em 1933 para a construção do parque. 

A reivindicação da prefeitura na época não foi para frente também pela necessidade cada vez maior de produção de mudas para a cidade, e foi Manequinho um dos responsáveis por essa mudança de perspectiva. Após a sua morte em 1938 o viveiro municipal enfim recebeu o seu nome atual, e segue hoje sendo de extrema importância para a cidade e meio ambiente, apesar de pouco conhecido e divulgado.

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Com uma área de 4,8 hectares e uma imensidão de plantas o Viveiro Manequinho Lopes pertence ao Parque do Ibirapuera, e seu acesso pode ser feito direto do parque pelo portão 7, ou pelo portão 6 - Foto: Vítor Nhoatto
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Adentrando no complexo com certeza muitas espécies serão familiares, afinal, o local é responsável por fornecer as mudas que são plantadas pela cidade como esta, conhecida popularmente como Coração Magoado - Foto: Vítor Nhoatto
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São ao todo 10 estufas (casas de vegetação), 97 estufins (canteiros suspensos), 3 telados como o da foto (estruturas cobertas com tela de sombreamento) e 39 quadras (mudas envasadas) - Foto: Vítor Nhoatto
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O Viveiro ainda é um laboratório da flora, onde são feitas pesquisas para o aprimoramento e desenvolvimento de novas variações de plantas como na estufa 5 na imagem - Foto: Vítor Nhoatto
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Cada lote de plantas possui a sua identificação científica, quantidade, data de cultivo e um técnico responsável, que rega e anota diariamente a temperatura máxima e mínima atingida em cada estufa - Foto: Vítor Nhoatto
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A instituição também é um importante centro de preservação de espécies nativas, pela reprodução e manutenção de exemplares como este no meio do Viveiro - Foto: João Pedro Stracieri
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Para além de todas as descobertas sobre a flora, muitos pássaros frequentam o viveiro, tal qual esse Sabiá Laranjeira, a ave símbolo do Brasil - Foto: João Pedro Stracieri
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Espécies que requerem mais cuidados como as orquídeas, exóticas como as suculentas e variações menos comuns como esta da foto também são produzidas no Viveiro - Foto: Vítor Nhoatto
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Tal qual um parque, o Viveiro possui áreas de convivência, bebedouros e lixeiras para os seus visitantes, sempre com entrada gratuita, apenas pets nao sao permitidos devido ao cuidado exigido com as mudas - Foto: Vítor Nhoatto
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São disponibilizados ao longo do caminho mapas, avisos sobre os cuidados exigidos e placas informativas sobre a função e funcionamento das estruturas - Foto: Vítor Nhoatto
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Apesar de ficarem na maior parte do tempo fechadas para visitação, pelo menos duas vezes ao dia os técnicos abrem para rega e checagem, possibilitando a apreciação dos visitantes sortudos - Foto: Vítor Nhoatto
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E para os que quiserem é possível agendar visitas guiadas pelo número do Viveiro entre às 7h e 16h de segunda a sexta e até mesmo adquirir mudas mediante solicitação no portal 156 da prefeitura - Foto: Vítor Nhoatto

 

Situado no histórico bairro de Higienópolis, o lugar é testemunho vivo da evolução da cidade
por
Leticia Alcântara
Sophia Razel
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28/11/2024 - 12h

Localizado no coração do bairro de Higienópolis, o Parque Buenos Aires é um refúgio no meio da rotina agitada de São Paulo. Construído em 1913, com a finalidade de ser um espaço de lazer para elite paulistana, o local foi inspirado nos parques europeus. O terreno, que inicialmente foi projetado para ser um loteamento residencial de casas de alto padrão, hoje é símbolo de tranquilidade e calmaria para os moradores da região.  

Antigo mirante do parque
Mirante da Praça Buenos Ayres, com a vista do Vale do Pacaembu - Reprodução / Acervo /  Estadão Conteúdo / Laboratório Buenos Ayres 

 

Pessoas passeando no parque
Família caminhando em pequena trilha do Parque Buenos Aires - Foto: Letícia Alcântara
Pessoas a anos atrás tirando fotos no parque
1919, pessoas diante da obra Anfritite e Tritão. Foto: Reprodução / Facebook/ São Paulo Antiga
Fonte no Parque Buenos Aires atualmente, um dos destaques do espaço - Foto: Leticia Alcântara
Fonte no Parque Buenos Aires atualmente, um dos destaques do espaço - Foto: Leticia Alcântara

Tombado pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo em 1992, o Parque Buenos Aires foi projetado pelo arquiteto paisagista francês Bouvard. Com o passar do tempo, o local foi se transformando e modernizando. Atualmente o parque possui cerca de 22 mil metros quadrados, repletos de muita vegetação e áreas de lazer, com espaço para pets e parquinho para as crianças. 

Área para animais de estimação
Cercado para cães próximo a entrada do Parque, localizado na Av. Angélica - Foto: Letícia Alcântara
Área para crianças
Crianças brincando no playground, cercado pela vegetação do Parque Buenos Aires - Foto: Sophia Razel
Crianças brincando na fonte no passado
Vista da Praça Buenos Aires, no bairro de Higienópolis em 1958 - Reprodução / Folhapress / Gazeta SP 

O local também dialoga com a arte e possui algumas esculturas emblemáticas, como “O Tango”, de Roberto Vivas, em bronze e granito, 'Mãe' de Caetano Fraccaroli, esculpida num só bloco de mármore, além de uma cópia em bronze da escultura “Emigrantes”, de Lasar Segall. 

Monumento do parque
Escultura, em bronze, “Emigrantes”, de Lasar Segall - Foto: Sophia Razel  

Mesmo com as inegáveis raízes alicerçadas em um contexto de elitização, a importância cultural e histórica do local é inegável. Sua existência é um símbolo da memória urbana que deve ser preservada, entretanto, tendo em vista a necessidade da democratização do espaço, que permanece cheio de memórias e significado ao longo das décadas. 

Estatua do parque
Estátua 'Mãe' de Caetano Fraccaroli, localizada no Parque Buenos Aires, simboliza proteção e acolhimento, homenageando a maternidade - Foto: Letícia Alcântara

Com sua localização privilegiada e ambiente sereno, o Parque Buenos Aires é um dos grandes patrimônios verdes da cidade, oferecendo aos paulistanos uma verdadeira pausa no cotidiano urbano.

 

Com 70 anos de carreira, se consagra como o maior fotojornalista do país
por
Majoí Costa
Nicole Conchon
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21/11/2024 - 12h

Neste mês de novembro, o Brasil perdeu um grande fotógrafo. Ao longo de sete décadas, o fotojornalista Evandro Teixeira se tornou uma referência na fotografia documental brasileira, capturando momentos cruciais do país e imortalizando, com suas imagens, as transformações sociais, políticas e culturais.

Teixeira não foi apenas um fotógrafo, mas um contador de histórias. Durante 70 anos de carreira, seu trabalho transcendeu a simples captura de imagens, tornando-se uma ferramenta essencial na compreensão de momentos decisivos para o Brasil.

 

A lente do compromisso

         O fotojornalismo, como área profissional, exige mais do que a técnica fotográfica; exige comprometimento com a verdade e com a representação fiel dos fatos. Teixeira deixou isso bem claro durante toda a sua vida, ao se dedicar nesse trabalho durante um período de grandes transformações políticas e sociais, desde a ditadura militar até hoje.

         Suas fotos não apenas documentam, mas também provocam reflexões sobre o papel da imagem no campo jornalístico e no impacto de uma fotografia na construção da memória coletiva.

 

Passeata dos Cem Mil. Rio de Janeiro, 1968
Passeata dos Cem Mil. Rio de Janeiro, 1968. Reprodução: Acervo IMS

 

O início da jornada

         Natural da Bahia, de Irajuba, um povoado a 307 quilômetros de Salvador, saiu de sua terra para fotografar o Brasil. Em quase 70 anos de atividade, 47 deles no Jornal do Brasil, registrou o golpe de 1964 e as manifestações estudantis de 1968.

Ao longo da década de 1970, ele se tornou um dos principais fotógrafos da revista Realidade, uma das publicações mais inovadoras do período. Foi nesse momento que Evandro fotografou suas fotos mais conhecidas, em que aprendeu a trabalhar sob pressão, capturando a tensão e os conflitos da ditadura militar.

         Além de sua atuação no Brasil, Teixeira teve uma carreira internacional, cobrindo grandes eventos como a Revolução Nicaraguense (1979) e a guerra civil em El Salvador. Fotografou a Rainha Elizabeth e eternizou imagens icônicas de Ayrton Senna e Pelé. É difícil dissociar seu trabalho de qualquer evento no país que ocorreu durante a segunda metade do século XX.

Caça ao estudante. Sexta-feira Sangrenta. Rio de Janeiro, 1968
Caça ao estudante. Sexta-feira Sangrenta. Rio de Janeiro, 1968. Reprodução: Acervo IMS

 

O fotógrafo foi alvo de perseguição, sendo várias vezes ameaçado e perseguido pelos militares. Mesmo com os riscos, ele continuou a registrar a realidade do regime, contribuindo de maneira significativa para a memória histórica do período.

 

Legado e reconhecimento

O trabalho de Evandro Teixeira foi amplamente reconhecido, com exposições em museus e galerias ao redor do mundo. Ele também foi premiado diversas vezes por sua contribuição ao fotojornalismo, consolidando seu nome como um dos mais importantes do Brasil.

Em um dos seus maiores feitos, em 2013, Teixeira foi agraciado com o Prêmio Vladimir Herzog, uma das maiores honrarias da área, por sua contribuição ao jornalismo e ao combate à censura e à opressão.

Seu legado vai além das inúmeras fotos que tirou, mas uma documentação completa dos principais momentos do Brasil. Retratou lutas e vitórias de um povo em busca de liberdade e justiça Suas imagens retratam isso, não apenas registrar a realidade, mas também as emoções que a história carrega consigo. 

 

Novos dados do IBGE revelam como o êxodo rural transforma as paisagens do Brasil
por
Catharina Morais
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21/11/2024 - 12h

A manhã no Sítio São João - também conhecido como “a roça”-, em Muzambinho, Sul de Minas Gerais, começou lenta. O céu carregava nuvens espessas, como um teto cinza sobre a paisagem. A chuva fina deixava pequenas trilhas na terra vermelha, enquanto o aroma das folhas de café se misturava com o perfume de terra molhada. O mundo parecia suspenso num silêncio, quebrado apenas pelo sopro do vento e o canto tímido dos pássaros.

 

Sítio São João- por Catharina Morais
      Paisagem de Muzambinho, inteiror do Sul de Minas Gerais - por Catharina Morais


No horizonte, o verde dos cafeeiros se estendia como um tapete irregular. Urubus, com suas asas abertas, ficavam como vigilantes sobre aquele espaço amplo e quase intocado. Ali, a vida segue em um ritmo que parece imutável, mas, na realidade, carrega as marcas de profundas transformações. Dados recentes do Censo Demográfico do IBGE escancaram uma realidade em que o Brasil se afasta das zonas rurais, cada vez mais engolido pelas grandes cidades.
 

Sítio São João- por Catharina Morais
                     Urubus pousados na cerca do Sítio - por Catharina Morais

 

Divulgado em novembro de 2024, o Censo Demográfico 2022 aponta que, do total de 203,1 milhões de brasileiros, 177,5 milhões (87,4%) vivem em áreas urbanas, enquanto 25,6 milhões (12,6%) permanecem em áreas rurais. A nova metodologia do IBGE, que classifica as áreas de acordo com sua morfologia e funcionalidade, expõe um êxodo silencioso que esvazia espaços como o Sítio São João.  

 

Sítio São João- por Catharina Morais
      Vista do interior do cafezal no Sítio São João - por Catharina Morais 

 

Mas, ali, o tempo parece ter sua própria lógica, um compasso que desafia as pressões urbanas. O pé de café, despido após a colheita, parecia revigorado pela água que escorria lenta pelas folhas. Na simplicidade daquele lugar, o Brasil profundo ainda respirava, resistindo ao avanço do tempo. Cada cheiro, cada som, cada sombra projetada na terra carregava memórias de um passado que se recusa a desaparecer.  

 

 

Sítio São João- por Catharina Morais
             Plantação de café do Sítio São João - por Catharina Morais

Naquela região, a "mineirice" se revela em cada gesto, em cada palavra arrastada, no cuidado com a terra e nas memórias que ela preserva. A simplicidade do lugar ganha força na conexão íntima com a natureza. Ali, não se vê o vazio de um latifúndio sem alma, mas uma roça onde há harmonia de um espaço onde o trabalhador, dono da terra, é parte de sua essência.  
Mas o que é viver numa roça? No caso do Sítio São João, é a história de Carlinho Tuka e sua esposa, Terezinha, que respiram essa realidade desde que nasceram. Ela, natural de Monte Belo, cidade vizinha, nasceu na fazenda e cresceu trabalhando para a terra e cuidando da vida que ali florescia. Hoje, cultiva sua horta e cuida dos animais com carinho, como aprendeu desde a infância. Eles vivem com uma autonomia que mais de 170 milhões de brasileiros sequer imaginam.

 

Sítio São João- por Catharina Morais
Casa Principal do Sítio São João - por Catharina Morais


Enquanto muitos , moradores da “cidade grande”, temem as transformações do tempo e as exigências de um mundo moderno, ali, o silêncio esconde um outro tipo de vida. A conexão com a natureza e a noção do tempo, ditado pelo sol de cada dia, revelam uma existência que transcende o capitalismo voraz que domina as cidades e devastam os solos do Brasil.
Este agro não é Pop. Ele é Minas, é orgânico. Carlinho, com a pele marcada pelo sol e pelo trabalho árduo que faz desde os 13 anos, caminha entre os cafezais, mostrando suas conquistas. Plantas com 30, 40, até 50 anos de idade. Tradição que é herança de seu pai João, que antes vendia leite, mas se dedicou à colheita de café, transmitindo a cultura ao filho. 
 

Sítio São João- por Catharina Morais
    Paisagem e uma das casas do Sítio São João - por Catharina Morais

 

Hoje, com mais de 60 anos, Carlinho sente o peso do cansaço, mas seu amor pela roça permanece inabalável. A música 'Canção do Sal', de Milton Nascimento, preenche o ambiente de forma metafórica, marcando o ritmo de um trabalho que combina esforço físico e uma profunda entrega emocional: 'Trabalho o dia inteiro, pra vida de gente leve; Trabalhando o sal, é o amor, o suor que me sai'.
No Sítio São João, há silêncio, há céu preenchido por vida, há cheiro de mato e terra vermelha, há um mar verde que se estende à vista. A vida na roça segue como uma coreografia silenciosa: bois pedindo carinho enquanto ruminam sob o açude. Cada árvore de café, cada passo sobre a terra batida, carrega histórias que teimam em não ser esquecidas.

 

Sítio São João- por Catharina Morais
               Animais no pasto do Sítio São João - por Catharina Morais

 

O Brasil urbano cresce em números, mas o Brasil rural, com suas chuvas, seus silêncios e seus personagens, continua vivo. Mesmo em meio à industrialização e à degradação do agro, o Sítio São João mantém sua resistência silenciosa. Ele é um microuniverso mineiro, onde a simplicidade das paisagens e a profundidade dos silêncios escondem uma complexidade que o tempo não pode apagar. Afinal, enquanto houver chuva que cai, haverá vida. E enquanto houver vida, o Sítio São João continuará a ser o lar das histórias que persistem na memória da roça.

 

 

Sítio São João- por Catharina Morais
                Animais no pasto do Sítio São João - por Catharina Morais


 

Próximo ao metrô Faria Lima, o mercado municipal é um passeio para além das compras
por
Julia Quartim Barbosa
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13/05/2024 - 12h

Por muitos anos, o espaço cumpriu apenas o papel de atender moradores dos arredores, atuando como um entreposto de produtores e compradores dos produtos de cidades vizinhas, sendo conhecido como "Mercado dos Caipiras". Após reinaugurado e revitalizado, o Mercado Municipal de Pinheiros conta hoje com diversos restaurantes e se tornou parte do roteiro de passeios da cidade.

Mesmo com 37 boxes a menos do que na época de sua inauguração, o espaço conta com floricultura no andar de baixo, uma peixaria e diversos empórios, quitandas, mercearias e açougues. De acordo com a Prefeitura Municipal de São Paulo, passam em média 800 pessoas por dia no Mercado de Pinheiros.
 

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Espelho no teto da peixaria reflete a bancada de trabalho dos funcionários. Foto: Julia Quartim Barbosa
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Imagem de uma santa, pequenas plantas e um controle remoto entregam vestígios da identidade do funcionário em sua quitanda. Foto: Julia Quartim Barbosa
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Frutas vistas de cima em uma quitanda do primeiro piso. Foto: Julia Quartim Barbosa
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Em um dos três açougues do mercado, um dos funcionários, de camisa polo e avental, pesa seu produto. Foto: Julia Quartim Barbosa
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Logo cedo e antes do início do maior fluxo de pessoas no mercado, trabalhador organiza sua bancada. Foto: Julia Quartim Barbosa
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Nos bancos em frente a floricultura do mercado, as pessoas se acomodam. O senhor da foto preenche um livro de palavras cruzadas. Foto: Julia Quartim Barbosa
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Mercado de Pinheiros tem movimento constante. Foto: Julia Quartim Barbosa
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 A peixaria do mercado ocupa o box 69 e, com uma pintura inconfundível nos azulejos, é facilmente identificada. Foto: Julia Quartim Barbosa
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Funcionário organiza e dispõe suas melhores verduras. Foto Julia Quartim Barbosa
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No início do expediente, funcionários organizam as frutas e limpam os letreiros para receberem os clientes em um sábado de manhã. Foto: Julia Quartim Barbosa

 

O parque, localizado na zona oeste, é um dos mais visitados da cidade de São Paulo
por
Gabriel Dalto Borelli
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06/05/2024 - 12h

 

Diante da selva de pedra que vê o número de arranha-céus aumentar ao passar dos anos, as áreas verdes tentam equilibrar essa relação inversamente proporcional de natureza com concreto. No bairro da Barra Funda, não é diferente, e nele está localizado o Parque Doutor Fernando Costa (Parque da Água Branca para os mais íntimos),  que evidencia o fato de que os parques trazem lazer em meio a conturbada vida dos paulistanos que ali frequentam, se abrigam, ou até mesmo o utilizam como forma para “cortar caminho”. 

O Parque da Água Branca é um ponto tradicional de São Paulo, e se consolida como um local de calmaria para os frequentadores com sua diversa flora, ambiente para exercícios físicos, feiras, e outras atrações nos seus mais de 136.000 metros quadrados.

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As árvores são os elementos mais presentes no Parque, com mais de 99 espécies diferentes, que são representadas por 35 famílias diferentes, e 2890 exemplares. Foto: Gabriel Borelli
 
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O ambiente calmo é um dos destaques do parque, que por sua vez atrai diversas famílias e pessoas em busca de lazer. Foto: Gabriel Borelli
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O Parque da água Branca possui uma área destinada a brinquedos de playground, para o divertimento de crianças e públicos mais jovens. Foto: Gabriel Borelli
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Áreas de exercício com aparelhos também são encontradas espalhadas pelo local. Foto: Gabriel Borelli
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Espaços de recreação, e estrutura para eventos se fazem presentes dentro do lugar. Foto: Gabriel Borelli
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A paisagem presente no local é um elemento de destaque. A presença do sol penetra as folhas e galhos das árvores, sendo um espetáculo natural. Foto: Gabriel Borelli
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O Parque Doutor Fernando Costa é um dos parques de São Paulo que mais tem aumentado o número de visitações, junto ao Parque Villa-Lobos e Parque Ecológico do Tietê. Segundo último levantamento de 2022 feito pela SEMIL (Secretaria de Meio Ambiente Logística e Infraestrutura), o Parque da Água Branca teve crescimento de 103,9% de visitas em relação a pesquisa realizada em 2019. Foto: Gabriel Borelli
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Frequentado por muitos moradores dos arredores da região, o parque foi inaugurado há 94 anos. Antes era uma escola dedicada às ações agrícolas, que permaneceu ativa por 7 anos, e teve suas atividades encerradas em 1911. Foto: Gabriel Borelli
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Justamente pelo fato de ter sido aberto há muito tempo, o parque apresenta alguns fatores que evidenciam a velhice do local. Frequentadores também alegam descuido por parte da concessionária responsável pelo patrimônio, que era público até meados de 2022. Foto: Gabriel Borelli

 

O Parque Ibirapuera, um dos mais famosos do país, se mantem sub o avanço imobiliario de São Paulo
por
Pedro Rossetti
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05/05/2024 - 12h

Inaugurado em 1954, o Parque Ibirapuera é tombado e considerado patrimônio histórico da capital. Localizado na zona sul, entre as avenidas Pedro Álvares Cabral, República do Líbano e IV Centenário, tem uma área de 158 hectares e conhecido mundialmente. Em 2017, foi o parque mais visitado da América Latina, com cerca de 14 milhões de visitas e é um dos locais mais fotografados do mundo. Seu desenho foi desenvolvido por Otávio Augusto Teixeira Mendes, juntamente com o renomado arquiteto Oscar Niemeyer, que planejou as construções dos museus, auditórios e marquises, que recebem eventos diariamente.

Situado em meio ao caos da cidade grande, a tranquilidade e paz do ambiente atrai centenas de pessoas todos os dias, normalmente para atividades físicas e encontros com familiares e amigos. O parque publico conta com quadras poliesportivas, bicicletas para locação, lagos e entre outras atividades que o tornam único. Com mais de quinhentas espécies de arvores, o Parque Ibirapuera tornou-se um verdadeiro jardim botânico, algo cada vez mais raro em meio ao transtorno da cidade grande, principalmente pelo ramo imobiliário, que vem crescendo e construindo prédios muito próximos ao parque, que é cercado por bairros elitizados de São Paulo.

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Grande área verde localizada em meio a dezenas de prédios "floresta de concreto".     Foto: Pedro Rossetti
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Sombra natural das copas das árvores refrescam o ambiente.     Foto: Pedro Rossetti
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No calor da capital, comerciantes vendem bebidas e comidas em seus pequenos carrinhos, dando acesso fácil aos frequentadores do parque.     Foto: Pedro Rossetti
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Os lagos por todo o parque contam com animais como patos e gansos, trazendo uma ambientação maior ao local.     Foto: Pedro Rossetti
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As centenas de espécies de árvores se misturam na paisagem e criam um ambiente natural, mesmo em meio a cidade.     Foto: Pedro Rossetti
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O parque é de livre circulação e conta com vários locais de socialização.     Foto: Pedro Rossetti
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Entre as mais de 500 espécies de arvores, estão as falsas-seringueiras, que preenchem o local.     Foto: Pedro Rossetti
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A densa vegetação se abre para o gramado, que é muito usado para atividades físicas, especialmente em esportes coletivos.     Foto: Pedro Rossetti
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As largas ruas garantem um grande movimento de pessoas e incentivam atividades em família.     Foto: Pedro Rossetti
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As árvores preenchem a paisagem e abafam o caos da metrópole.     Foto: Pedro Rossetti

Esporte serve como uma maneira de relaxar para os paulistanos
por
Gabriel Ferro Agostini
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07/05/2024 - 12h

Na caótica cidade de São Paulo, onde o ritmo frenético da vida urbana parece não dar trégua, o futebol surge como uma forma de entretenimento que une e emociona os habitantes. Em meio ao mar de concreto e arranha-céus que caracteriza a paisagem paulistana, os campos de futebol se destacam como pequenos oásis de lazer e diversão.

É nesse contexto que os encontros entre torcedores do Corinthians e do Palmeiras ganham vida, transformando-se em verdadeiros espetáculos de paixão e rivalidade. Em meio ao caos urbano, os estádios se tornam templos sagrados, onde milhares de vozes se unem em apoio aos seus times do coração.

Para os habitantes de São Paulo, o futebol é mais do que um mero entretenimento; é uma válvula de escape em meio à rotina estressante da cidade grande. É um momento de descontração e camaradagem, onde as diferenças são deixadas de lado em nome da paixão compartilhada pelo esporte. E assim, em meio ao caos e agitação de São Paulo, o futebol emerge como uma fonte de alegria e união, alimentando o espírito vibrante e resiliente dos paulistanos.

Ensaio por: Gabriel Ferro Agostini
Uma das maiores torcidas organizadas do mundo, a Gaviões da Fiel, apoia o Corinthians. O Timão conta com mais de 40 milhões de torcedores espalhados pelo Brasil e, por isso, é uma das torcidas mais influentes dentro e fora de campo.
Ensaio por: Gabriel Ferro Agostini
Ensaio por: Gabriel Ferro Agostini
Os torcedores levam o time como um estilo de vida, parte da cultura deles. Eles tratam seu clube com muito amor, carinho e respeito, moldando memórias e tradições que são passadas através das gerações.
Ensaio por: Gabriel Ferro Agostini
Os estádios são muito frequentados por famílias, que optam pelo esporte como forma de diversão. Normalmente, em jogos que acontecem num domingo, a presença dessas família é mais comum ainda.
Ensaio por: Gabriel Ferro Agostini
Apesar de servir como um lugar para “distrair” a cabeça, o estádio de futebol é o local onde um torcedor pode ver seus ídolos de perto e se conectar com eles.
Ensaio por: Gabriel Ferro Agostini
Além da torcida mandante, os visitantes também marcam presença. Esses torcedores viajam para outra cidade, ou até mesmo para outros países, exclusivamente para apoiar seu time de coração.
Ensaio por: Gabriel Ferro Agostini
As torcidas organizadas têm um papel crucial além dos gramados, influenciando positivamente comunidades, promovendo causas sociais e cultivando valores de união, solidariedade e cidadania.
Ensaio por: Gabriel Ferro Agostini
São verdadeiras forças transformadoras na sociedade, engajando-se em projetos de voluntariado, eventos beneficentes e ações que reverberam o amor pelo clube para além das arquibancadas.
Ensaio por: Gabriel Ferro Agostini
Gramado do Allianz Parque, estádio que pertence ao Palmeiras, é sintético. Por isso, a grama é cuidada diariamente, de uma forma específica.
O cenário pulsante das bandas de rock independentes que ecoam na Avenida Paulista, misturando influências e energizando a cena musical da cidade.
por
João Pedro Lopes
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07/05/2024 - 12h

Na efervescente cena musical da Avenida Paulista, bandas independentes de rock estão marcando presença, trazendo uma energia contagiante e influências diversas. Esses grupos estão redefinindo a cena musical da Avenida Paulista, trazendo diversidade e paixão pelo rock para os corações dos paulistanos.

Entre elas, a banda Overhead originária de Bauru, cujo som é uma ode ao rock clássico e hard rock. Já se apresentaram em várias casas de shows paulistanas e até mesmo em estados como Mato Grosso do Sul, Bahia, Paraná e na Argentina, dividindo o palco com nomes consagrados como Sepultura e Angra.

Outra presença marcante é a Dirimbó, banda pernambucana que mistura ritmos nordestinos como lambada e forró ao rock, conquistando o público com suas batidas contagiantes.

E não podemos esquecer do Picanha de Chernobill, um trio gaúcho radicado em São Paulo, conhecido por seus milhares de shows nas ruas da capital e pelas apresentações em festivais renomados como o Rock in Rio.

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André Moreno e Bruno Biondo incendeiam o palco com seus riffs ardentes, enquanto Ivo Ferreira e Jean Ricardo garantem o ritmo pulsante que faz a plateia vibrar. Foto: João Pedro Lopes.

 

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As guitarras de Bruno Biondo e André Moreno são o coração pulsante do Overhead, injetando fogo e paixão em cada acorde e fazendo o público vibrar com sua energia contagiante. Foto: João Pedro Lopes.

 

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O poder do rock clássico e hard rock se manifesta com intensidade na energia contagiante do Overhead. Foto: João Pedro Lopes.

 

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Os instrumentos do Overhead se fundem em uma sinfonia de rock, criando uma atmosfera envolvente e poderosa que envolve a plateia em uma experiência única. Foto: João Pedro Lopes.

 

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André Moreno lidera com sua voz potente, guiando o Overhead para novos horizontes musicais enquanto transmite emoção e autenticidade em cada nota. Foto: João Pedro Lopes.

 

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A Dirimbó traz consigo o calor e a vibração dos ritmos nordestinos, enchendo a Avenida Paulista com uma mistura envolvente de lambada, forró e carimbó no rock. Foto: João Pedro Lopes.

 

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A banda é uma celebração da diversidade musical brasileira, fundindo tradição e modernidade em um espetáculo de ritmos cativantes. Foto: João Pedro Lopes.

 

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Rafa Lira lidera a banda com maestria, trazendo consigo a riqueza sonora e cultural de Recife, enquanto Bruno Negromante e Mario Brito garantem a pulsante batucada que contagia a todos. Foto: João Pedro Lopes.

 

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O trio gaúcho desbrava as ruas de São Paulo, levando o rock de qualidade diretamente para o coração da cidade e conquistando fãs por onde passa. Foto: João Pedro Lopes.

 

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Vocalista e baixista, Matheus Mendes lidera com paixão e entrega, transmitindo a essência do rock em cada nota e em cada palavra. Foto: João Pedro Lopes.

 

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A guitarra incendiária de Chico Rigo é o coração pulsante da Picanha de Chernobill, trazendo vida e energia a cada performance. Foto: João Pedro Lopes.

 

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Fernando Salsa, o baterista da Picanha de Chernobill, dá vida à música com sua batida enérgica e impecável, impulsionando a banda para o estrelato. Foto: João Pedro Lopes.