Ao redor do bairro Barra Funda na capital de São Paulo localiza-se o Antiquário 565, obviamente repleto de objetos antigos. As visões expostas sobre esses objetos de épocas passadas são variadas. Entre as concepções percebe-se uma forte dualidade da vida e morte dessas antiguidades. De uma maneira simbólicas, as memórias, curiosidades, profissões e outras características individuais podem remeter a uma vitalidade ainda presente nesses produtos. Por outro lado, há entendimentos completamente plausíveis sobre a perda de valor desses artefatos. Por exemplo, um aparelho que não consegue mais executar a função para qual foi construída pode ser, de um ponto de vista, considerada uma coisa morta.

Autor: Guilherme Carvalho

Autor: Guilherme Carvalho

Autor: Guilherme Carvalho

Autor: Guilherme Carvalho

Autor: Guilherme Carvalho

Autor: Guilherme Carvalho

Autor: Guilherme Carvalho

Autor: Guilherme Carvalho
A invisibilidade midiática das periferias implica em um apagamento das suas vivências, conquistas e lutas diárias. As histórias de superação, a criatividade, o empreendedorismo e a resiliência presentes nesses locais raramente ganham espaço nas telas e páginas dos veículos de comunicação. Esse quadro reforça a marginalização dessas comunidades, impedindo que suas vozes sejam ouvidas e reconhecidas.




É fundamental compreender que a vida dos subúrbios é essencial para a formação do país. São espaços de resistência, que carregam uma cultura pulsante e vibrante, permeada por expressões artísticas, manifestações culturais e movimentos sociais. As periferias são fontes inesgotáveis de criatividade e contribuem significativamente na identidade brasileira, as crianças jogando bola na rua, o moço que vende Yakult no carrinho, o caminhão da fruta, o bicicleteiro e os varais na laje são elementos que na maioria das vezes estão presentes e reforçam pequenos detalhes da grandeza da cultura periférica.

“Essa avenida aqui fica cheia de criança quando eu faço hot dog de domingo, agora to montando uma máquina de caldo de cana pro dia do pastel, você vai ver, isso aqui lota, outro dia foram 300 pessoas, eles amam as bicicletas”, conta Magrão, o bicicleteiro mais famoso do bairro, que mantém a bicicletaria há mais de 30 anos, na companhia de Negão, o papagaio que só fala japonês. “Eu mesmo ajudei ele quando machucou o olho, mas agora ele tá bem, é um papagaio pirata mas ainda tem o mesmo charme de antes"




Ver a vida em cada detalhe é um convite para uma experiência profunda e significativa. Quando nos permitimos desacelerar e observar com atenção, descobrimos que há uma infinidade de maravilhas escondidas em cada canto do mundo ao nosso redor.
Na natureza, por exemplo, podemos contemplar a delicadeza de uma pétala de flor, com suas cores vibrantes e texturas únicas. Podemos notar as minúsculas gotículas de orvalho que se formam nas folhas ao amanhecer, refletindo a luz do sol como pequenos diamantes líquidos. Ou ainda, podemos apreciar os intrincados padrões de uma teia de aranha, um verdadeiro trabalho de arte tecido fio a fio.
Mas a vida em cada detalhe não se restringe apenas à natureza. Podemos encontrar beleza e significado também nos gestos sutis de amor e bondade entre as pessoas. Um olhar gentil, um abraço apertado, uma palavra de apoio - tudo isso revela a presença de conexão e humanidade em nossa jornada.
Ao aprender a enxergar a vida em cada detalhe, ampliamos nossa percepção do mundo e cultivamos uma gratidão profunda pela existência. Cada minuto, cada segundo, se torna uma oportunidade para reconhecer a beleza e a complexidade que nos cercam.
Portanto, convido-o a apreciar os pequenos momentos, a descobrir a alegria nas coisas mais simples e a encontrar significado nas sutilezas. Pois é nessa atitude de contemplação que podemos verdadeiramente vivenciar a plenitude do existir.
Familiares e pessoas próximas de mortos não raramente levam flores, limpam tumbas e fazem atividades diversas em memória de quem faleceu. Em um passeio pelo Cemitério da Consolação em São Paulo, duas pessoas zelavam pelos mortos, lendo em latim e acendendo velas.

Foto: Artur Santos

Foto: Artur Santos
Manter a memória viva é comum na lida com o luto em períodos mais próximos ou distantes da morte propriamente dita. Seja pedir conselhos, contar sobre a vida, saudade ou fazer o que se vazia com o morto quando ainda vivia.

Foto: Artur Santos

Foto: Artur Santos

Foto: Artur Santos

Foto: Artur Santos

Foto: Artur Santos
A 4ª edição da feira do Movimento Sem Terra foi realizada no período de 11 a 14 de maio no Parque da Água Branca, a qual reuniu cerca de 320 mil pessoas para compartilhar a diversidade de alimentos da terra trazidos de todas as regiões do Brasil. Segundo a programação, foram oferecidos produtos da Reforma Agrária, apresentações culturais, oficinas, seminários, culinária da terra, artesanato e muito mais. Além de contar com a presença de 412 artistas que proporcionaram uma imersão na música, dança e expressões culturais, entre eles estavam Jorge Aragão, Liniker e Gaby Amarantos.
A feira tem como objetivo trazer consigo o fortalecimento da cultura e resistência, a partir da compreensão do MST sobre a importância da produção de alimentos saudáveis.


































































