No Dia da Independência do Brasil, manifestantes de extrema-direita saúdam, na Av. Paulista, em SP. os Estados Unidos e Israel
por
Thaís de Matos
Rafael Pessoa
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12/09/2025 - 12h

Permeada por ofensas ao STF, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo constante apelo por anistia aos réus do 8 de janeiro, o ato bolsonarista do dia 7 de setembro, na Avenida Paulista, em São Paulo, reuniu cerca de 42 mil pessoas. A estimativa é do Monitor do debate político do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) e da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com a ONG More in Common.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o pastor Silas Malafaia e a esposa do ex-presidente e ex-primeira dama, Michelle Bolsonaro, discursaram exaltando Bolsonaro e seus filhos. Embora o público – composto majoritariamente por idosos e famílias com crianças pequenas – se defina como “patriota”, bandeiras dos Estados Unidos e de Israel eram vendidas massivamente e envolviam os corpos dos manifestantes, para além dos tradicionais estandartes nacionais.

Uma mulher no Metrô Trianon Masp com uma camisa da seleção brasileira com uma bandeira dos Estados Unidos por cima / Foto: Rafael Pessoa
Mulher vestida de verde e amarelo se cobre com a bandeira dos Estados Unidos / Foto: Rafael Pessoa
Vendedores mostrando seus bonés onde se vê um do “MAGA” e diversos bonés com aparência militar / Foto: Rafael Pessoa
Lojinha Bolsonarista vendia de bonés militares a importados / Foto: Rafael Pessoa
Uma criança em meio a manifestação que segurava e balançava sua bandeira em cima de seu pai / Foto: Rafael Pessoa
Criança observava e repetia o que dizia a multidão, na Av. Paulista / Foto: Rafael Pessoa
Manifestantes vestindo suas bandeiras e mais a frente um pai segurando sua filha / Foto: Rafael Pessoa
Mulher usa imagem de Bolsonaro no centro de uma bandeira verde e amarela; mais a frente, pai e filha participam do protesto / Foto: Rafael Pessoa
Manifestantes tentando passar para o outro lado da faixa contra o ministro Alexandre de Moraes que tem seus olhos vermelhos / Foto: Rafael Pessoa
Alexandre de Moraes aparece em bandeira como figura "demoníaca"; gritos de 'Fora Lula e Moraes' eram constantes / Foto: Rafael Pessoa
Uma manifestante que junto a família gritava e empunhava sua faixa em meio aos discursos / Foto: Rafael Pessoa
Mulher faz coro com manifestantes que pedem "Fora Moraes!" / Foto: Rafael Pessoa
Um menino em cima de seu pai que gritava com a camisa do neymar e o boné da campanha do presidente Donald Trump / Foto: Rafael Pessoa
Nos ombros do pai, criança participa da manifestação com camiseta do Neymar e boné dos Estados Unidos / Foto: Rafael Pessoa
Manifestante que tinha o rosto pintado com as bandeiras de Israel, Estados Unidos e Brasil com uma bandeira do brasil em seu ombro e “Anistia Já” escrito em seu peito / Foto: Rafael Pessoa
Com “Anistia Já” escrito em seu peito, homem com bandeiras do EUA e de Israel pintadas no rosto pedia ajuda de Trump / Foto: Rafael Pessoa
Ambulante vendendo faixas de “Anistia Já!” na frente da estação Trianon Masp / Foto: Thaís de Matos
Protesto contou com diversos vendedores ambulantes, que vendiam todos os tipos de adereços com as cores da bandeira/ Foto: Thaís de Matos
Perfil de uma senhora patriota / Foto: Thaís de Matos
Manifestantes eram criativos nos adereços, sempre caprichando no verde e amarelo / Foto: Thaís de Matos
À moda do “Make America Great Again” (MAGA), é levantado o “Make Brasil Great Again” / Foto: Thaís de Matos
“Make Brasil Great Again” parafraseia “Make America Great Again” (MAGA), lema de Trump / Foto: Thaís de Matos
Estátua não identificada pedindo Anistia / Foto: Thaís de Matos
Com fantasia de estátua não-identificada, homem virou atração. Manifestantes paravam para tirar fotos com ele / Foto: Thaís de Matos
O pai de família / Foto: Thaís de Matos
Protesto contou majoritariamente com pessoas da terceira idade e famílias com crianças pequenas / Foto: Thaís de Matos
O patriota do MAGA / Foto: Thaís de Matos
Entre os "patriotas", lema "MAGA" foi usado com frequência / Foto: Thaís de Matos
A bandeira que jamais será vermelha / Foto: Thaís de Matos
Manifestante posa para foto com a bandeira do Brasil no meio do protesto / Foto: Thaís de Matos
Mais um dos protestos de “Fora Moraes” / Foto: Thaís de Matos
No vão do Masp, multidão entoa “Fora Moraes” / Foto: Thaís de Matos
Patriota dos óculos “thug life” / Foto: Thaís de Matos
Óculos pixelados "thug life" foram associados a Bolsonaro no começo de seu mandato, em 2018, por conta de memes nas redes sociais / Foto: Thaís de Matos
Tarcísio sendo assistido enquanto discursa no palanque da Paulista / Foto: Thaís de Matos
Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas foi o primeiro a discursar a favor de anistia no palanque / Foto: Thaís de Matos
De boné branco, Michelle Bolsonaro, de boné verde, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, e centralizado de azul / Foto: Thaís de Matos
Após Tarcísio, o pastor Silas Malafaia foi o segundo a discursar no palanque da Av. Paulista / Foto: Thaís de Matos
Ao fundo na esquerda, Malafaia, e no centro, Michelle Bolsonaro discursando no palanque / Foto: Thaís de Matos
Ex-primeira dama Michelle Bolsonaro foi a última a discursar no palanque / Foto: Thaís de Matos
Na lateral esquerda, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e no centro para a direita, Michelle e Malafaia orando no palanque / Foto: Thaís de Matos
Na lateral esquerda, o presidente do PL Valdemar Costa Neto e do centro para a direita, Michelle e Malafaia oram após discurso / Foto: Thaís de Matos

 

Brasilidade estampada em drinques autorais e petiscos cheios de identidade
por
Mohara Ogando Cherubin
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09/09/2025 - 12h

O primeiro bar da cozinheira-empresária Manuelle Ferraz, também dona do restaurante “A Baianeira”, localizado no MASP, foi aberto em abril de 2024. O “Boteco de Manu” está situado onde as ruas se cruzam na Barra Funda, mais precisamente na Rua Lavradio, 235, em meio à intensa Avenida Pacaembu. A forte identidade do bar já é percebida em seu nome. O “de” Manu faz jus ao modo de falar no Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais, bem perto da Bahia, local onde a chef nasceu.

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O bar funciona de quarta a sexta das 18h à 00h, aos sábados das 13h à 00h e aos domingos das 12h às 18h. O local dispõe de mesas vermelhas do lado de fora, além do balcão no salão e um quintal na parte de trás do bar. Foto: Mohara Cherubin 

 

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“Foi em um boteco que eu te conheci”. A frase foi inspirada no trecho “Foi no Risca Faca que eu te conheci”, do forró “Risca Faca”, do cantor Pepe Moreno. A expressão "risca-faca", comum no Nordeste, traz a ideia de um ambiente divertido, com música alta, rodeado de liberdade e alegria. Foto: Mohara Cherubin
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A cozinha do boteco oferece uma variedade de pratos, como fritos, caldos e sanduíches. Entre as criações do cardápio, destacam-se a carne de sol com mandioca, o sanduíche de linguiça com queijo e a coxinha de camarão. Já as bebidas favoritas do local são o goró de mainha e o mel de cupuaçu, drink com vodka, infusão de cupuaçu e melado de cana. Foto: Mohara Cherubin 
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Com um globo espelhado e quadros decorando as paredes, o salão relembra a definição de “risca-faca”. Foto: Mohara Cherubin.
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A parede ao lado esquerdo do salão é decorada com a série “Meninas do Rio”, da artista Ana Stewart, que retrata mulheres de comunidades do subúrbio do Rio de Janeiro com um intervalo de 10 anos, revelando a partir de um ensaio íntimo as mudanças nos lares e nas vidas dessas mulheres. Foto: Mohara Cherubin
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Ainda no lado esquerdo do balcão, o cliente tem acesso aos banheiros e ao quintal do boteco, que fica na parte de trás do local. Foto: Mohara Cherubin
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Se não conseguir lugar nas mesas espalhadas no espaço externo do boteco, o cliente pode se servir no balcão do salão ou no quintal. Foto: Mohara Cherubin
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Aos domingos o boteco apresenta o famoso “tecladinho”. O cantor John Batista agita o bar com muita sofrência e bregas antigos, do jeito que o público gosta. Também aos domingo é servida a feijoada de domingo. Foto: Mohara Cherubin
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O balcão fica em frente ao bar e à entrada da cozinha. Garrafas com as frases “A beleza de ser um eterno aprendiz” e “Viva lá vinho” também decoram o espaço. No balcão, o cliente pode comer, beber e curtir o ambiente do boteco. Foto: Mohara Cherubin
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Carne de sol com mandioca, um dos pratos mais pedidos do Boteco de Manu, acompanha muito sabor, pimenta da casa e manteiga derretida se o cliente desejar. Foto: Mohara Cherubin
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Goró de mainha, o favorito do Boteco de Manu, é uma bebida vinda diretamente da Baianeira a base de gengibre, abacaxi, rapadura, limão e segredos da chef Manu. A frase “doses de amor” estampa o rótulo do goró. Foto: Mohara Cherubin
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O Boteco de Manu conquista os clientes com seu ambiente vibrante e energia única. Visite a esquina mais bonita da Barra Funda e aproveite. Foto: Mohara Cherubin

 

Como um autodidata ousado desafiou a lógica e transformou a cidade de pedra
por
Catharina Morais
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06/12/2024 - 12h

A Rua Maranhão, em Higienópolis, é como um refúgio dentro de São Paulo, cheia de histórias para contar em cada esquina. Com suas árvores sombrias e prédios de tirar o fôlego, como o icônico Vila Penteado da FAU-USP, a rua já foi endereço de gente famosa, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. É  só chegar na esquina com a Rua Sabará que tudo muda: o Edifício Cinderela simplesmente rouba a cena.

 

Edifício Cinderela, inaugurado em 1956 - por Catharina Morais
Edifício Cinderela, inaugurado em 1956 - por Catharina Morais

 

De longe, ele parece uma obra única, e é. Em uma São Paulo historicamente cinzenta e funcional, o Cinderela é uma explosão de cores, criatividade e formas. Não é um simples prédio construído para abrigar pessoas - só a beleza de sua arquitetura que chama atenção; há algo mais ali - características visionárias que antecipavam o futuro da vida urbana. Era um sonho do "American way of life", ajustado à realidade brasileira.

Mas quem ousaria conceber um prédio tão peculiar? Conhecido como o "arquiteto maldito", João Artacho Jurado era uma figura à margem da elite arquitetônica. Nascido em 1907, no bairro do Brás, filho de imigrantes espanhois, ele começou a carreira como letrista, desenhando cartazes e estandes para feiras industriais. Apesar de nunca ter cursado arquitetura, Jurado demonstrava um talento inato para transformar ideias em construções. 

 

Edifício Parque das Hortênsias na Avenida Angélica - por Catharina Morais
Edifício Parque das Hortênsias na Avenida Angélica - por Catharina Morais

 

Na São Paulo das décadas de 1940 e 1950, dominada pelo rigor do modernismo — com suas linhas retas, geometrias simples e desprezo por adornos —, Artacho parecia um transgressor. Seus prédios eram uma celebração do que se recusava a ser discreto. Inspirados pelo glamour de Hollywood e pela opulência europeia, eles misturavam o clássico e o kitsch, sem medo de causar estranhamento.

 

Edifício Viadutos localizado no bairro Bela Vista - por Catharina Morais
Edifício Viadutos localizado no bairro Bela Vista - por Catharina Morais

 

Edifícios como o Bretagne, o Viadutos, o Louvre, o Planalto e, claro, o Cinderela se tornaram símbolos dessa visão. Vibrantes, ornamentados e quase teatrais, eles destoavam do rigor técnico da arquitetura predominante. Não à toa, sua obra era amada pelo público, mas odiada por muitos arquitetos da época.  

A controvérsia em torno de Artacho ia além do estilo. Por ser autodidata, ele não tinha licença para assinar seus projetos, dependendo de engenheiros formados para legitimar suas obras. Esse fato era visto como uma afronta pela elite acadêmica, que o apelidou de "arquiteto maldito".  

 

Fachada do Edifício Piauí construído entre 1948 e 1952 - por Catharina Morais
Fachada do Edifício Piauí construído entre 1948 e 1952 - por Catharina Morais

 

Além disso, seus prédios eram frequentemente criticados como "bregas" e "excessivos". Contudo, essas críticas pouco afetaram Artacho, que usava sua visão como combustível para inovar. Ele fazia de suas inaugurações verdadeiros espetáculos, com bandas, celebridades e políticos. Eram eventos tão grandiosos quanto os edifícios que celebravam.  

Artacho não só projetava prédios; ele os desenhava por completo, dos cobogós aos gradis, dos lustres à tipografia das fachadas. Cada detalhe era pensado para oferecer uma experiência que ia além da funcionalidade. Ele também foi pioneiro em incluir áreas comuns de lazer, como piscinas e salões de festa, em uma época em que essas comodidades eram raras.  Seu público-alvo, a classe média emergente, via nos edifícios de Artacho um sonho acessível. Eram mais que lares; eram convites para uma vida moderna e comunitária.  

 

Edifício Bretagne, um marco arquitetônico com sua planta em ‘L’- por Catharina Morais
Edifício Bretagne, um marco arquitetônico com sua planta em ‘L’- por Catharina Morais

 

Apesar das críticas em vida, o trabalho de Artacho foi reavaliado nas décadas seguintes, sendo hoje considerado um marco do modernismo tropical. Seus edifícios, antes tidos como aberrações, tornaram-se símbolos de uma São Paulo mais vibrante e humanizada.  

O Edifício Cinderela, com sua paleta de cores e seu charme cinematográfico, continua a ser um lembrete do que Artacho buscava: romper padrões, acolher o inesperado e dar à cidade algo que ela não sabia que precisava. 

Mais do que o “arquiteto maldito”, Artacho Jurado foi um visionário que se recusou a ser limitado pela lógica ou pelas convenções. Sua obra é um testemunho da coragem de colorir o cinza e de transformar o banal em extraordinário.

 

Edifício Louvre no bairro da República, tombado desde 1992 pelo Conpresp - por Catharina Morais
Edifício Louvre no bairro da República, tombado desde 1992 pelo Conpresp - por Catharina Morais

 

Importante área de preservação e pesquisa ambiental é também um lugar a se visitar e descobrir em São Paulo
por
Pedro Bairon
João Pedro Stracieri
Vítor Nhoatto
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28/11/2024 - 12h

Localizado na zona sul da capital paulista, entre os portões 6 e 7 do Parque Ibirapuera, eis um berço da vida. Criado formalmente em 1928 após a transferência do bairro Água Branca para onde está até hoje, o Viveiro Manequinho Lopes é um dos três administrados pela cidade e o maior deles. São ali produzidas milhares de espécies para a cidade e também a todos os interessados em arborizar suas propriedades. 

Seu nome faz alusão ao diretor da então recém-criada Divisão de Matas, Parques e Jardins, Manoel Lopes de Oliveira Filho, conhecido como Manequinho Lopes. A homenagem foi dada após ele plantar eucaliptos na região até então pantanosa e aos seus esforços contínuos para manter o viveiro de pé após o pedido de remoção em 1933 para a construção do parque. 

A reivindicação da prefeitura na época não foi para frente também pela necessidade cada vez maior de produção de mudas para a cidade, e foi Manequinho um dos responsáveis por essa mudança de perspectiva. Após a sua morte em 1938 o viveiro municipal enfim recebeu o seu nome atual, e segue hoje sendo de extrema importância para a cidade e meio ambiente, apesar de pouco conhecido e divulgado.

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Com uma área de 4,8 hectares e uma imensidão de plantas o Viveiro Manequinho Lopes pertence ao Parque do Ibirapuera, e seu acesso pode ser feito direto do parque pelo portão 7, ou pelo portão 6 - Foto: Vítor Nhoatto
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Adentrando no complexo com certeza muitas espécies serão familiares, afinal, o local é responsável por fornecer as mudas que são plantadas pela cidade como esta, conhecida popularmente como Coração Magoado - Foto: Vítor Nhoatto
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São ao todo 10 estufas (casas de vegetação), 97 estufins (canteiros suspensos), 3 telados como o da foto (estruturas cobertas com tela de sombreamento) e 39 quadras (mudas envasadas) - Foto: Vítor Nhoatto
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O Viveiro ainda é um laboratório da flora, onde são feitas pesquisas para o aprimoramento e desenvolvimento de novas variações de plantas como na estufa 5 na imagem - Foto: Vítor Nhoatto
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Cada lote de plantas possui a sua identificação científica, quantidade, data de cultivo e um técnico responsável, que rega e anota diariamente a temperatura máxima e mínima atingida em cada estufa - Foto: Vítor Nhoatto
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A instituição também é um importante centro de preservação de espécies nativas, pela reprodução e manutenção de exemplares como este no meio do Viveiro - Foto: João Pedro Stracieri
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Para além de todas as descobertas sobre a flora, muitos pássaros frequentam o viveiro, tal qual esse Sabiá Laranjeira, a ave símbolo do Brasil - Foto: João Pedro Stracieri
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Espécies que requerem mais cuidados como as orquídeas, exóticas como as suculentas e variações menos comuns como esta da foto também são produzidas no Viveiro - Foto: Vítor Nhoatto
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Tal qual um parque, o Viveiro possui áreas de convivência, bebedouros e lixeiras para os seus visitantes, sempre com entrada gratuita, apenas pets nao sao permitidos devido ao cuidado exigido com as mudas - Foto: Vítor Nhoatto
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São disponibilizados ao longo do caminho mapas, avisos sobre os cuidados exigidos e placas informativas sobre a função e funcionamento das estruturas - Foto: Vítor Nhoatto
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Apesar de ficarem na maior parte do tempo fechadas para visitação, pelo menos duas vezes ao dia os técnicos abrem para rega e checagem, possibilitando a apreciação dos visitantes sortudos - Foto: Vítor Nhoatto
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E para os que quiserem é possível agendar visitas guiadas pelo número do Viveiro entre às 7h e 16h de segunda a sexta e até mesmo adquirir mudas mediante solicitação no portal 156 da prefeitura - Foto: Vítor Nhoatto

 

Situado no histórico bairro de Higienópolis, o lugar é testemunho vivo da evolução da cidade
por
Leticia Alcântara
Sophia Razel
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28/11/2024 - 12h

Localizado no coração do bairro de Higienópolis, o Parque Buenos Aires é um refúgio no meio da rotina agitada de São Paulo. Construído em 1913, com a finalidade de ser um espaço de lazer para elite paulistana, o local foi inspirado nos parques europeus. O terreno, que inicialmente foi projetado para ser um loteamento residencial de casas de alto padrão, hoje é símbolo de tranquilidade e calmaria para os moradores da região.  

Antigo mirante do parque
Mirante da Praça Buenos Ayres, com a vista do Vale do Pacaembu - Reprodução / Acervo /  Estadão Conteúdo / Laboratório Buenos Ayres 

 

Pessoas passeando no parque
Família caminhando em pequena trilha do Parque Buenos Aires - Foto: Letícia Alcântara
Pessoas a anos atrás tirando fotos no parque
1919, pessoas diante da obra Anfritite e Tritão. Foto: Reprodução / Facebook/ São Paulo Antiga
Fonte no Parque Buenos Aires atualmente, um dos destaques do espaço - Foto: Leticia Alcântara
Fonte no Parque Buenos Aires atualmente, um dos destaques do espaço - Foto: Leticia Alcântara

Tombado pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo em 1992, o Parque Buenos Aires foi projetado pelo arquiteto paisagista francês Bouvard. Com o passar do tempo, o local foi se transformando e modernizando. Atualmente o parque possui cerca de 22 mil metros quadrados, repletos de muita vegetação e áreas de lazer, com espaço para pets e parquinho para as crianças. 

Área para animais de estimação
Cercado para cães próximo a entrada do Parque, localizado na Av. Angélica - Foto: Letícia Alcântara
Área para crianças
Crianças brincando no playground, cercado pela vegetação do Parque Buenos Aires - Foto: Sophia Razel
Crianças brincando na fonte no passado
Vista da Praça Buenos Aires, no bairro de Higienópolis em 1958 - Reprodução / Folhapress / Gazeta SP 

O local também dialoga com a arte e possui algumas esculturas emblemáticas, como “O Tango”, de Roberto Vivas, em bronze e granito, 'Mãe' de Caetano Fraccaroli, esculpida num só bloco de mármore, além de uma cópia em bronze da escultura “Emigrantes”, de Lasar Segall. 

Monumento do parque
Escultura, em bronze, “Emigrantes”, de Lasar Segall - Foto: Sophia Razel  

Mesmo com as inegáveis raízes alicerçadas em um contexto de elitização, a importância cultural e histórica do local é inegável. Sua existência é um símbolo da memória urbana que deve ser preservada, entretanto, tendo em vista a necessidade da democratização do espaço, que permanece cheio de memórias e significado ao longo das décadas. 

Estatua do parque
Estátua 'Mãe' de Caetano Fraccaroli, localizada no Parque Buenos Aires, simboliza proteção e acolhimento, homenageando a maternidade - Foto: Letícia Alcântara

Com sua localização privilegiada e ambiente sereno, o Parque Buenos Aires é um dos grandes patrimônios verdes da cidade, oferecendo aos paulistanos uma verdadeira pausa no cotidiano urbano.

 

Avenida Paulista: mais de 90 mil carros todos os dias. Domingos, sem o cinza da fumaça, pode ser admirada com olhos coloridos!
por
Beatriz Alencar
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08/05/2024 - 12h

 Na megalópole que conhecemos como São Paulo capital, não temos somente trânsito parado, buzinas a todo momento e ternos desfilando nas calçadas e faixa de pedestres. 

 Na Avenida Paulista, lugar onde se mais frequentam meios de transporte e abrigam maior parte dos prédios comerciais da cidade que fazem um peso na taxa da economia do país, também podemos ver arte, cor e diversidade. Se a arte é definida como uma maneira de ser ou de agir, aqui encontramos desde adultos voltando à infância, a crianças sem medo e preocupação com a finitude da vida.

A intenção em fotografar a paulista foi registrar, em poucos retratos que, quando ampliados ou ao menos ganhando mais de um minuto de atenção, consegue descrever o que a própria capital é e nos proporciona: uma pluralidade de povo, cultura e dons. E porque não, admirar um lado "romantizado" da vida? Arte é sentimento. Não um só. Mas pode ser resumida em amor. Então, afinal, podemos colocar que "existe amor em SP".

 

 

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A infância não devia acabar; a idade vem, mas antes brinca de tudo o que quer ser. E porque não continuar assim quando for grande? Um homem adulto formando uma enorme bolha de sabão brilhando com o sol, mas captura o reflexo da vida que é planejada para muitos: os prédios comerciais da grande São Paulo.
​​​​​​Foto: Beatriz Alencar
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Sem medos bestas: sendo feliz com coisas tão pequenas | Foto: Beatriz Alencar
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Sons que evocam a comunhão com a natureza; um chamar para o despertar. Da realidade, do preconceito, do processo da arte ancestral que vive | Foto: Beatriz Alencar
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Entre o antigo e o moderno, relíquias e cacarecos; toda a sorte de quem os guardou mas também a quem os comprou. Novos admiradores, novos donos, novas histórias, novos relíquias | Foto: Beatriz Alencar
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As ruas que abrigam veículos fumacentos todos os dias a todo momento, abre alas para que o povo, sua curiosidade e seu lazer tomem conta; novo cenário: seres humanos no lugar das máquinas de transporte
Foto: Beatriz Alencar 
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Confecção, concentração e admiração: a criação ainda nas mãos de seu autor | Foto: Beatriz Alencar
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Antigamente a areia era alojada dentro de ampulhetas para marcar o tempo toda vez que era colocada de cabeça para baixo. Agora, está disposta em diferentes formas e cores, não para que marque o tempo. Como reinventado, utiliza-se das horas que antes marcada, para formar arte | Foto: Beatriz Alencar
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Existem boas ilusões? Apesar de todos termos uma em particular, ver a mágica ainda nos provoca a sensação de mistério. Com apenas uma mão falsa e um martelo, o artista cria um universo de fantasia | Foto: Beatriz Alencar
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Coreografadas ou não, a expressão artística do corpo vai para além da saúde física, é uma forma de divertimento para o coração | Foto: Beatriz Alencar
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Pausas sem movimento, controle sobre o corpo: em meio a tantos deslocamentos, não lhe é preciso palavras para criar diversas emoções em seu veste branco como a paz | Foto: Beatriz Alencar
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Discos em telas. Música em forma visual. Partituras que tocam no cérebro ao remeter a imagem do artista no que seria o responsável por tocá-las | Foto: Beatriz Alencar
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Não necessita de presença em grandes palcos para aclamar. Pela rua, o "Porquinho da Paulista", Jonathan Oliveira, canta transformando o caos em musical | Foto: Beatriz Alencar 

 

De maneira extra-oficial o Centro Cultural da Vergueiro funciona como uma grande sala de ensaio para dançarinos de todos os tipos
por
Natália Perez
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07/05/2024 - 12h

São Paulo, a cidade conhecida por sua mistura cultural, expõe sua diversidade de maneiras variadas: da arquitetura até pessoas, culinária, vestimenta, música, dança. Na zona sul da cidade, o Centro Cultural da Vergueiro se destaca pelo contraste de danças e dançarinos que dividem harmoniosamente o centro, principalmente durante os finais de semana.

Em um mesmo corredor ensaiam dança de salão, covers de K-pop, hip-hop e outros estilos. Movimentos rítmicos que acompanham as mais variadas batidas, sejam elas nacionais ou internacionais, rápidas ou lentas, delicadas ou agressivas. A música nós move e a dança comove.

 

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O K-pop se destaca como o ritmo mais popular do centro, diferentes pessoas ensaiam coreografias novas e antigas dos mais diversos grupos. Além do treino, a maioria grava a dança e publica nas redes sociais. Foto: Natália Perez.

 

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Mais de uma vez, Rick (@rrixrd) e Ju (@jc_cover_) se encontraram no centro para dançar juntos. A coreografia escolhida da vez foi “Midas Touch” do recém estreado grupo feminino “Kiss of Life”. Foto: Natália Perez.

 

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RedLove (@redlovegroup) é o como se chama esse grupo de amigos que se dedicam a aprender, treinar e apresentar exclusivamente músicas do grupo feminino de K-pop “Twice”. Foto: Natália Perez.

 

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Para mais precisão nas formações, cada um deles representa uma integrante do “Twice” em posições definidas durante a coreografia de “Fancy”. Foto: Natália Perez.

 

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Dançarinos espalham-se por todo o centro, mas especialmente nas áreas a céu aberto. A cena é cotidiana e de nada afeta o vigia que cuida de algumas obras expostas no lado de dentro. Foto: Natália Perez.

 

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Integrantes do Morning Flare (@mfdancegroup) se divertem enquanto ensaiam uma coreografia do grupo de K-pop “NCT” para depois gravá-la com figurinos na Avenida Paulista. Foto: Natália Perez.

 

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Em meio a agitação do centro, alheios aos demais dançarinos, esse casal encontra espaço para valsar. Foto: Natália Perez.

 

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A troca da posição dos pés, passos suaves e giros lentos são características fundamentais da dança de salão. Foto: Natália Perez.

 

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Famoso por suas poses acrobáticas no chão,  o “Breakdance” nasceu na década de 1970 como parte do estilo de rua afro-americano Hip-hop. Foto: Natália Perez.

 

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Além de frequentemente usar o espaço do centro para treinar, Thomas (@thomas.okoti) também grava e ensina passos de “breaking” em suas redes sociais. Foto: Natália Perez.

 

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Um homem dança com movimentos ágeis e força, um casal com calma e suavidade e um homem alheio a ambas com seu fone de ouvido como representantes dos ritmos do Centro Cultural da Vergueiro. Foto: Natália Perez.

 

Uma jornada imersiva em meio à riqueza cultural presente aos domingos na Av. Paulista
por
João Pedro Stracieri
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26/04/2024 - 12h

A Avenida Paulista, coração pulsante de São Paulo, muitas vezes é retratada como um amontoado de concreto e pressa. Mas, em meio ao ritmo frenético da metrópole, existe uma vibrante cena artística que desafia essa narrativa, especialmente aos domingos.

Os rostos dos artistas, marcados pelas histórias das ruas, transbordam emoção enquanto eles entregam suas almas à performance. Suas vozes e seus movimentos contam histórias de luta, esperança e superação, inspirando quem os observa a seguir seus sonhos e acreditar no poder transformador da arte.

 

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Forró, baião, xote... a música nordestina conquista o coração dos paulistanos - Foto: João Pedro Stracieri

 

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Com uma barba branca e histórias pra contar, esse talentoso sanfoneiro mostra sua conexão com a música nordestina - Foto: João Pedro Stracieri

 

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A voz de um povo ressoando na avenida mais famosa de São Paulo, emocionando o público e nos convidando a celebrar a diversidade cultural - Foto: João Pedro Stracieri 

 

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"toca in the night (stand by me) para a aniversariante do outro lado da rua" gritou um rapaz que assistia ao espetáculo da cantora - Foto: João Pedro Stracieri

 

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As cordas da guitarra dourada vibram ao ritmo da melodia que expressa o rock nacional
- Foto tirada: João Pedro Stracieri

 

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O som do violão e da voz vibrante do vocalista, um retrato da paixão pela música - Foto: João Pedro Stracieri 

 

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De um lado, a tranquilidade do baixista e, do outro, a explosão do gaiteiro - Foto: João Pedro Stracieri

 

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Os dançarinos de street dance desafiam a gravidade com a sua sincronia perfeita, retratando força, disciplina e a arte do movimento urbano - Foto: João Pedro Stracieri

 

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O talento individual se transforma em um espetáculo coletivo
- Foto: João Pedro Stracieri

 

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A energia do hip hop é amplificada quando você e seu parceiro de dança conquistam a multidão juntos - Foto: João Pedro Stracieri

 

 

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Ao final do dia, vemos um senhor dançarino contemplando com admiração uma geração mais jovem - Foto: João Pedro Stracieri

 

 

Pessoas de todas as idades descobrem que seus limites mudam, mas não acabam quando se divertem
por
Nicole Domingos
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26/04/2024 - 12h

Quando se é uma criança dizem que tudo é possível, uma frase que dita várias vezes para alguém tão novo tornar-se uma verdade mais que absoluta, pequenos seres humanos que fazem tudo sem medo e com grandes expectativas do que vem a seguir. Mas no processo de crescimento o “tudo é possível” se torna “será mesmo que consigo?” e a vontade de saber o que acontece no futuro é transformada no temor de viver o presente.

Nessa sequência de fotos será possível ver como as crianças, os pré-adolescentes e os adultos lidam com os momentos de diversão da sua vida. As fotografias se passam no Museu do Ipiranga, o lugar onde muitas famílias se reúnem para passar o domingo e ensinar seus filhos a andar de bicicleta. Durante a sequência das imagens vai ser observado pessoas, idades e desafios diferentes, e como cada idade consegue se divertir e aprender no mesmo lugar.

 

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Vendo o museu de dentro do carrinho, conhecendo pessoas, novos lugares e ansioso para ir atrás da expectativa de disparar livre por esse mundo desconhecido. Foto: Nicole Domingos.
2
Pequenas crianças que estão desvendando o que é correr com as próprias pernas e conhecendo uma amostra da liberdade. Foto: Nicole Domingos.
3
Já um pouco maior vivendo a experiência de observar antes de sair andando de patinete por aí, até porque o perigo de se machucar já começou a fazer sentido. Foto: Nicole Domingos.
4
Jovens meninas que estão aprendendo novas formas de locomoção e vendo que é mais fácil e divertido andar de bicicleta do que apenas se deslocar correndo pelo museu. Foto: Nicole Domingos.
5
Crescendo e aprendendo que se machucar é ruim e mesmo com segurança ainda é possível se divertir. Foto: Nicole Domingos.
6
Adolescentes se colocando à disposição para aprender a andar de skate mesmo que seja difícil e estejam com medo de se machucar, o processo de se tornar adulto faz com que tenham mais coragem até conseguirem novas manobras. Foto: Nicole Domingos.
7
Um adulto que mesmo com suas preocupações ainda tem tempo para tentar e lembrar do seus tempos de que ainda era possível se arriscar. Foto: Nicole Domingos.
8
Se preparando para levantar depois de cair, porque depois que cresce sabe que não é o fim do mundo. Foto: Nicole Domingos.
9
Tentativa e erro é válido principalmente para adultos, quando se conquista a criança interior lembra-se de que é possível voar. Foto: Nicole Domingos.

 

Um domingo dedicado à vida de bairro, entre o mercado local de Santa Cecília e as pessoas do bairro de Vila Buarque
por
Roberta Rummolo
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26/04/2024 - 12h

Num mundo em que a rapidez é a ordem do dia, a necessidade de ter tudo imediatamente leva a um uso desmedido dos aplicativos para pedir e receber em casa, em poucos minutos, o que se deseja. Certamente conveniente e rápido, mas ao custo caro da quase total perda das interações humanas.

Convido você a passar um dia com os trabalhadores que animam o domingo, aqueles que esperam pacientemente e as pessoas, amigos e encontros casuais do meu bairro.

Muitas vezes, não vemos a pessoa diante de nós e damos por garantido que o serviço oferecido seja devido, perdendo assim de vista a humanidade do trabalhador ou da pessoa em questão. Meu convite é valorizar a pessoa diante de você, vê-la como ser humano, trocar um sorriso, uma gentileza e talvez até uma conversa. Não custa nada!

Você já teve um simples encontro ou um sorriso que mudou o rumo do seu dia?


Este senhor passa o domingo na saída do minhocão, à sombra de uma árvore verificando e esperando que alguém lhe peça informações. Encontrei-me com ele para pedir uma informação simples, conversamos por cerca de vinte minutos!
Este senhor passa o domingo na saída do minhocão, à sombra de uma árvore verificando e esperando que alguém lhe peça informações.
Encontrei-me com ele para pedir uma informação simples, conversamos por cerca de vinte minutos! - Foto: Roberta Rummolo

 

Joel trabalha dia sim, dia não no estacionamento perto da minha casa, sempre troca um sorriso e um desejo de bom dia
Joel trabalha dia sim, dia não no estacionamento perto da minha casa, sempre troca um sorriso e um desejo de bom dia. - Foto: Roberta Rummolo

 

Quando tudo está com pressa, é quase raro parar e aproveitar o tempo
Quando tudo está com pressa, é quase raro parar e aproveitar o tempo. - Foto: Roberta Rummolo

 

Assim que perguntei a este senhor se poderia fotografá-lo, ele sorriu e me disse apenas uma condição: exibir sua fruta.
Assim que perguntei a este senhor se poderia fotografá-lo, ele sorriu e me disse apenas uma condição: exibir sua fruta. - Foto: Roberta Rummolo

 

Geralmente tem sempre uma série de caras com ele conversando, saindo e esperando.
Geralmente tem sempre uma série de caras com ele conversando, saindo e esperando. - Foto: Roberta Rummolo

 

 

Gabi se dedica à sua loja cuidando de cada detalhe. Ela é sempre uma senhora tão gentil!
Gabi se dedica à sua loja cuidando de cada detalhe. Ela é sempre uma senhora tão gentil! - Foto: Roberta Rummolo

 

Ela é uma mulher externamente séria e sempre focada em seu trabalho. Assim que você a cumprimenta, ela se vira e sorri de uma forma extremamente doce.
Ela é uma mulher externamente séria e sempre focada em seu trabalho. Assim que você a cumprimenta, ela se vira e sorri de uma forma extremamente doce. - Foto: Roberta Rummolo

 

Miguel está sempre sentado no mesmo banquinho depois de um dia de trabalho, ouvindo música e conversando!
Miguel está sempre sentado no mesmo banquinho depois de um dia de trabalho, ouvindo música e conversando! - Foto: Roberta Rummolo

 

 

Enquanto eu tirava uma foto do Miguel, esses dois caras me chamaram e apenas sorriram!
Enquanto eu tirava uma foto do Miguel, esses dois caras me chamaram e apenas sorriram! - Foto: Roberta Rummolo