No Dia da Independência do Brasil, manifestantes de extrema-direita saúdam, na Av. Paulista, em SP. os Estados Unidos e Israel
por
Thaís de Matos
Rafael Pessoa
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12/09/2025 - 12h

Permeada por ofensas ao STF, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo constante apelo por anistia aos réus do 8 de janeiro, o ato bolsonarista do dia 7 de setembro, na Avenida Paulista, em São Paulo, reuniu cerca de 42 mil pessoas. A estimativa é do Monitor do debate político do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) e da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com a ONG More in Common.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o pastor Silas Malafaia e a esposa do ex-presidente e ex-primeira dama, Michelle Bolsonaro, discursaram exaltando Bolsonaro e seus filhos. Embora o público – composto majoritariamente por idosos e famílias com crianças pequenas – se defina como “patriota”, bandeiras dos Estados Unidos e de Israel eram vendidas massivamente e envolviam os corpos dos manifestantes, para além dos tradicionais estandartes nacionais.

Uma mulher no Metrô Trianon Masp com uma camisa da seleção brasileira com uma bandeira dos Estados Unidos por cima / Foto: Rafael Pessoa
Mulher vestida de verde e amarelo se cobre com a bandeira dos Estados Unidos / Foto: Rafael Pessoa
Vendedores mostrando seus bonés onde se vê um do “MAGA” e diversos bonés com aparência militar / Foto: Rafael Pessoa
Lojinha Bolsonarista vendia de bonés militares a importados / Foto: Rafael Pessoa
Uma criança em meio a manifestação que segurava e balançava sua bandeira em cima de seu pai / Foto: Rafael Pessoa
Criança observava e repetia o que dizia a multidão, na Av. Paulista / Foto: Rafael Pessoa
Manifestantes vestindo suas bandeiras e mais a frente um pai segurando sua filha / Foto: Rafael Pessoa
Mulher usa imagem de Bolsonaro no centro de uma bandeira verde e amarela; mais a frente, pai e filha participam do protesto / Foto: Rafael Pessoa
Manifestantes tentando passar para o outro lado da faixa contra o ministro Alexandre de Moraes que tem seus olhos vermelhos / Foto: Rafael Pessoa
Alexandre de Moraes aparece em bandeira como figura "demoníaca"; gritos de 'Fora Lula e Moraes' eram constantes / Foto: Rafael Pessoa
Uma manifestante que junto a família gritava e empunhava sua faixa em meio aos discursos / Foto: Rafael Pessoa
Mulher faz coro com manifestantes que pedem "Fora Moraes!" / Foto: Rafael Pessoa
Um menino em cima de seu pai que gritava com a camisa do neymar e o boné da campanha do presidente Donald Trump / Foto: Rafael Pessoa
Nos ombros do pai, criança participa da manifestação com camiseta do Neymar e boné dos Estados Unidos / Foto: Rafael Pessoa
Manifestante que tinha o rosto pintado com as bandeiras de Israel, Estados Unidos e Brasil com uma bandeira do brasil em seu ombro e “Anistia Já” escrito em seu peito / Foto: Rafael Pessoa
Com “Anistia Já” escrito em seu peito, homem com bandeiras do EUA e de Israel pintadas no rosto pedia ajuda de Trump / Foto: Rafael Pessoa
Ambulante vendendo faixas de “Anistia Já!” na frente da estação Trianon Masp / Foto: Thaís de Matos
Protesto contou com diversos vendedores ambulantes, que vendiam todos os tipos de adereços com as cores da bandeira/ Foto: Thaís de Matos
Perfil de uma senhora patriota / Foto: Thaís de Matos
Manifestantes eram criativos nos adereços, sempre caprichando no verde e amarelo / Foto: Thaís de Matos
À moda do “Make America Great Again” (MAGA), é levantado o “Make Brasil Great Again” / Foto: Thaís de Matos
“Make Brasil Great Again” parafraseia “Make America Great Again” (MAGA), lema de Trump / Foto: Thaís de Matos
Estátua não identificada pedindo Anistia / Foto: Thaís de Matos
Com fantasia de estátua não-identificada, homem virou atração. Manifestantes paravam para tirar fotos com ele / Foto: Thaís de Matos
O pai de família / Foto: Thaís de Matos
Protesto contou majoritariamente com pessoas da terceira idade e famílias com crianças pequenas / Foto: Thaís de Matos
O patriota do MAGA / Foto: Thaís de Matos
Entre os "patriotas", lema "MAGA" foi usado com frequência / Foto: Thaís de Matos
A bandeira que jamais será vermelha / Foto: Thaís de Matos
Manifestante posa para foto com a bandeira do Brasil no meio do protesto / Foto: Thaís de Matos
Mais um dos protestos de “Fora Moraes” / Foto: Thaís de Matos
No vão do Masp, multidão entoa “Fora Moraes” / Foto: Thaís de Matos
Patriota dos óculos “thug life” / Foto: Thaís de Matos
Óculos pixelados "thug life" foram associados a Bolsonaro no começo de seu mandato, em 2018, por conta de memes nas redes sociais / Foto: Thaís de Matos
Tarcísio sendo assistido enquanto discursa no palanque da Paulista / Foto: Thaís de Matos
Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas foi o primeiro a discursar a favor de anistia no palanque / Foto: Thaís de Matos
De boné branco, Michelle Bolsonaro, de boné verde, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, e centralizado de azul / Foto: Thaís de Matos
Após Tarcísio, o pastor Silas Malafaia foi o segundo a discursar no palanque da Av. Paulista / Foto: Thaís de Matos
Ao fundo na esquerda, Malafaia, e no centro, Michelle Bolsonaro discursando no palanque / Foto: Thaís de Matos
Ex-primeira dama Michelle Bolsonaro foi a última a discursar no palanque / Foto: Thaís de Matos
Na lateral esquerda, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e no centro para a direita, Michelle e Malafaia orando no palanque / Foto: Thaís de Matos
Na lateral esquerda, o presidente do PL Valdemar Costa Neto e do centro para a direita, Michelle e Malafaia oram após discurso / Foto: Thaís de Matos

 

Brasilidade estampada em drinques autorais e petiscos cheios de identidade
por
Mohara Ogando Cherubin
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09/09/2025 - 12h

O primeiro bar da cozinheira-empresária Manuelle Ferraz, também dona do restaurante “A Baianeira”, localizado no MASP, foi aberto em abril de 2024. O “Boteco de Manu” está situado onde as ruas se cruzam na Barra Funda, mais precisamente na Rua Lavradio, 235, em meio à intensa Avenida Pacaembu. A forte identidade do bar já é percebida em seu nome. O “de” Manu faz jus ao modo de falar no Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais, bem perto da Bahia, local onde a chef nasceu.

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O bar funciona de quarta a sexta das 18h à 00h, aos sábados das 13h à 00h e aos domingos das 12h às 18h. O local dispõe de mesas vermelhas do lado de fora, além do balcão no salão e um quintal na parte de trás do bar. Foto: Mohara Cherubin 

 

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“Foi em um boteco que eu te conheci”. A frase foi inspirada no trecho “Foi no Risca Faca que eu te conheci”, do forró “Risca Faca”, do cantor Pepe Moreno. A expressão "risca-faca", comum no Nordeste, traz a ideia de um ambiente divertido, com música alta, rodeado de liberdade e alegria. Foto: Mohara Cherubin
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A cozinha do boteco oferece uma variedade de pratos, como fritos, caldos e sanduíches. Entre as criações do cardápio, destacam-se a carne de sol com mandioca, o sanduíche de linguiça com queijo e a coxinha de camarão. Já as bebidas favoritas do local são o goró de mainha e o mel de cupuaçu, drink com vodka, infusão de cupuaçu e melado de cana. Foto: Mohara Cherubin 
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Com um globo espelhado e quadros decorando as paredes, o salão relembra a definição de “risca-faca”. Foto: Mohara Cherubin.
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A parede ao lado esquerdo do salão é decorada com a série “Meninas do Rio”, da artista Ana Stewart, que retrata mulheres de comunidades do subúrbio do Rio de Janeiro com um intervalo de 10 anos, revelando a partir de um ensaio íntimo as mudanças nos lares e nas vidas dessas mulheres. Foto: Mohara Cherubin
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Ainda no lado esquerdo do balcão, o cliente tem acesso aos banheiros e ao quintal do boteco, que fica na parte de trás do local. Foto: Mohara Cherubin
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Se não conseguir lugar nas mesas espalhadas no espaço externo do boteco, o cliente pode se servir no balcão do salão ou no quintal. Foto: Mohara Cherubin
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Aos domingos o boteco apresenta o famoso “tecladinho”. O cantor John Batista agita o bar com muita sofrência e bregas antigos, do jeito que o público gosta. Também aos domingo é servida a feijoada de domingo. Foto: Mohara Cherubin
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O balcão fica em frente ao bar e à entrada da cozinha. Garrafas com as frases “A beleza de ser um eterno aprendiz” e “Viva lá vinho” também decoram o espaço. No balcão, o cliente pode comer, beber e curtir o ambiente do boteco. Foto: Mohara Cherubin
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Carne de sol com mandioca, um dos pratos mais pedidos do Boteco de Manu, acompanha muito sabor, pimenta da casa e manteiga derretida se o cliente desejar. Foto: Mohara Cherubin
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Goró de mainha, o favorito do Boteco de Manu, é uma bebida vinda diretamente da Baianeira a base de gengibre, abacaxi, rapadura, limão e segredos da chef Manu. A frase “doses de amor” estampa o rótulo do goró. Foto: Mohara Cherubin
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O Boteco de Manu conquista os clientes com seu ambiente vibrante e energia única. Visite a esquina mais bonita da Barra Funda e aproveite. Foto: Mohara Cherubin

 

Como um autodidata ousado desafiou a lógica e transformou a cidade de pedra
por
Catharina Morais
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06/12/2024 - 12h

A Rua Maranhão, em Higienópolis, é como um refúgio dentro de São Paulo, cheia de histórias para contar em cada esquina. Com suas árvores sombrias e prédios de tirar o fôlego, como o icônico Vila Penteado da FAU-USP, a rua já foi endereço de gente famosa, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. É  só chegar na esquina com a Rua Sabará que tudo muda: o Edifício Cinderela simplesmente rouba a cena.

 

Edifício Cinderela, inaugurado em 1956 - por Catharina Morais
Edifício Cinderela, inaugurado em 1956 - por Catharina Morais

 

De longe, ele parece uma obra única, e é. Em uma São Paulo historicamente cinzenta e funcional, o Cinderela é uma explosão de cores, criatividade e formas. Não é um simples prédio construído para abrigar pessoas - só a beleza de sua arquitetura que chama atenção; há algo mais ali - características visionárias que antecipavam o futuro da vida urbana. Era um sonho do "American way of life", ajustado à realidade brasileira.

Mas quem ousaria conceber um prédio tão peculiar? Conhecido como o "arquiteto maldito", João Artacho Jurado era uma figura à margem da elite arquitetônica. Nascido em 1907, no bairro do Brás, filho de imigrantes espanhois, ele começou a carreira como letrista, desenhando cartazes e estandes para feiras industriais. Apesar de nunca ter cursado arquitetura, Jurado demonstrava um talento inato para transformar ideias em construções. 

 

Edifício Parque das Hortênsias na Avenida Angélica - por Catharina Morais
Edifício Parque das Hortênsias na Avenida Angélica - por Catharina Morais

 

Na São Paulo das décadas de 1940 e 1950, dominada pelo rigor do modernismo — com suas linhas retas, geometrias simples e desprezo por adornos —, Artacho parecia um transgressor. Seus prédios eram uma celebração do que se recusava a ser discreto. Inspirados pelo glamour de Hollywood e pela opulência europeia, eles misturavam o clássico e o kitsch, sem medo de causar estranhamento.

 

Edifício Viadutos localizado no bairro Bela Vista - por Catharina Morais
Edifício Viadutos localizado no bairro Bela Vista - por Catharina Morais

 

Edifícios como o Bretagne, o Viadutos, o Louvre, o Planalto e, claro, o Cinderela se tornaram símbolos dessa visão. Vibrantes, ornamentados e quase teatrais, eles destoavam do rigor técnico da arquitetura predominante. Não à toa, sua obra era amada pelo público, mas odiada por muitos arquitetos da época.  

A controvérsia em torno de Artacho ia além do estilo. Por ser autodidata, ele não tinha licença para assinar seus projetos, dependendo de engenheiros formados para legitimar suas obras. Esse fato era visto como uma afronta pela elite acadêmica, que o apelidou de "arquiteto maldito".  

 

Fachada do Edifício Piauí construído entre 1948 e 1952 - por Catharina Morais
Fachada do Edifício Piauí construído entre 1948 e 1952 - por Catharina Morais

 

Além disso, seus prédios eram frequentemente criticados como "bregas" e "excessivos". Contudo, essas críticas pouco afetaram Artacho, que usava sua visão como combustível para inovar. Ele fazia de suas inaugurações verdadeiros espetáculos, com bandas, celebridades e políticos. Eram eventos tão grandiosos quanto os edifícios que celebravam.  

Artacho não só projetava prédios; ele os desenhava por completo, dos cobogós aos gradis, dos lustres à tipografia das fachadas. Cada detalhe era pensado para oferecer uma experiência que ia além da funcionalidade. Ele também foi pioneiro em incluir áreas comuns de lazer, como piscinas e salões de festa, em uma época em que essas comodidades eram raras.  Seu público-alvo, a classe média emergente, via nos edifícios de Artacho um sonho acessível. Eram mais que lares; eram convites para uma vida moderna e comunitária.  

 

Edifício Bretagne, um marco arquitetônico com sua planta em ‘L’- por Catharina Morais
Edifício Bretagne, um marco arquitetônico com sua planta em ‘L’- por Catharina Morais

 

Apesar das críticas em vida, o trabalho de Artacho foi reavaliado nas décadas seguintes, sendo hoje considerado um marco do modernismo tropical. Seus edifícios, antes tidos como aberrações, tornaram-se símbolos de uma São Paulo mais vibrante e humanizada.  

O Edifício Cinderela, com sua paleta de cores e seu charme cinematográfico, continua a ser um lembrete do que Artacho buscava: romper padrões, acolher o inesperado e dar à cidade algo que ela não sabia que precisava. 

Mais do que o “arquiteto maldito”, Artacho Jurado foi um visionário que se recusou a ser limitado pela lógica ou pelas convenções. Sua obra é um testemunho da coragem de colorir o cinza e de transformar o banal em extraordinário.

 

Edifício Louvre no bairro da República, tombado desde 1992 pelo Conpresp - por Catharina Morais
Edifício Louvre no bairro da República, tombado desde 1992 pelo Conpresp - por Catharina Morais

 

Importante área de preservação e pesquisa ambiental é também um lugar a se visitar e descobrir em São Paulo
por
Pedro Bairon
João Pedro Stracieri
Vítor Nhoatto
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28/11/2024 - 12h

Localizado na zona sul da capital paulista, entre os portões 6 e 7 do Parque Ibirapuera, eis um berço da vida. Criado formalmente em 1928 após a transferência do bairro Água Branca para onde está até hoje, o Viveiro Manequinho Lopes é um dos três administrados pela cidade e o maior deles. São ali produzidas milhares de espécies para a cidade e também a todos os interessados em arborizar suas propriedades. 

Seu nome faz alusão ao diretor da então recém-criada Divisão de Matas, Parques e Jardins, Manoel Lopes de Oliveira Filho, conhecido como Manequinho Lopes. A homenagem foi dada após ele plantar eucaliptos na região até então pantanosa e aos seus esforços contínuos para manter o viveiro de pé após o pedido de remoção em 1933 para a construção do parque. 

A reivindicação da prefeitura na época não foi para frente também pela necessidade cada vez maior de produção de mudas para a cidade, e foi Manequinho um dos responsáveis por essa mudança de perspectiva. Após a sua morte em 1938 o viveiro municipal enfim recebeu o seu nome atual, e segue hoje sendo de extrema importância para a cidade e meio ambiente, apesar de pouco conhecido e divulgado.

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Com uma área de 4,8 hectares e uma imensidão de plantas o Viveiro Manequinho Lopes pertence ao Parque do Ibirapuera, e seu acesso pode ser feito direto do parque pelo portão 7, ou pelo portão 6 - Foto: Vítor Nhoatto
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Adentrando no complexo com certeza muitas espécies serão familiares, afinal, o local é responsável por fornecer as mudas que são plantadas pela cidade como esta, conhecida popularmente como Coração Magoado - Foto: Vítor Nhoatto
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São ao todo 10 estufas (casas de vegetação), 97 estufins (canteiros suspensos), 3 telados como o da foto (estruturas cobertas com tela de sombreamento) e 39 quadras (mudas envasadas) - Foto: Vítor Nhoatto
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O Viveiro ainda é um laboratório da flora, onde são feitas pesquisas para o aprimoramento e desenvolvimento de novas variações de plantas como na estufa 5 na imagem - Foto: Vítor Nhoatto
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Cada lote de plantas possui a sua identificação científica, quantidade, data de cultivo e um técnico responsável, que rega e anota diariamente a temperatura máxima e mínima atingida em cada estufa - Foto: Vítor Nhoatto
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A instituição também é um importante centro de preservação de espécies nativas, pela reprodução e manutenção de exemplares como este no meio do Viveiro - Foto: João Pedro Stracieri
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Para além de todas as descobertas sobre a flora, muitos pássaros frequentam o viveiro, tal qual esse Sabiá Laranjeira, a ave símbolo do Brasil - Foto: João Pedro Stracieri
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Espécies que requerem mais cuidados como as orquídeas, exóticas como as suculentas e variações menos comuns como esta da foto também são produzidas no Viveiro - Foto: Vítor Nhoatto
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Tal qual um parque, o Viveiro possui áreas de convivência, bebedouros e lixeiras para os seus visitantes, sempre com entrada gratuita, apenas pets nao sao permitidos devido ao cuidado exigido com as mudas - Foto: Vítor Nhoatto
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São disponibilizados ao longo do caminho mapas, avisos sobre os cuidados exigidos e placas informativas sobre a função e funcionamento das estruturas - Foto: Vítor Nhoatto
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Apesar de ficarem na maior parte do tempo fechadas para visitação, pelo menos duas vezes ao dia os técnicos abrem para rega e checagem, possibilitando a apreciação dos visitantes sortudos - Foto: Vítor Nhoatto
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E para os que quiserem é possível agendar visitas guiadas pelo número do Viveiro entre às 7h e 16h de segunda a sexta e até mesmo adquirir mudas mediante solicitação no portal 156 da prefeitura - Foto: Vítor Nhoatto

 

Situado no histórico bairro de Higienópolis, o lugar é testemunho vivo da evolução da cidade
por
Leticia Alcântara
Sophia Razel
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28/11/2024 - 12h

Localizado no coração do bairro de Higienópolis, o Parque Buenos Aires é um refúgio no meio da rotina agitada de São Paulo. Construído em 1913, com a finalidade de ser um espaço de lazer para elite paulistana, o local foi inspirado nos parques europeus. O terreno, que inicialmente foi projetado para ser um loteamento residencial de casas de alto padrão, hoje é símbolo de tranquilidade e calmaria para os moradores da região.  

Antigo mirante do parque
Mirante da Praça Buenos Ayres, com a vista do Vale do Pacaembu - Reprodução / Acervo /  Estadão Conteúdo / Laboratório Buenos Ayres 

 

Pessoas passeando no parque
Família caminhando em pequena trilha do Parque Buenos Aires - Foto: Letícia Alcântara
Pessoas a anos atrás tirando fotos no parque
1919, pessoas diante da obra Anfritite e Tritão. Foto: Reprodução / Facebook/ São Paulo Antiga
Fonte no Parque Buenos Aires atualmente, um dos destaques do espaço - Foto: Leticia Alcântara
Fonte no Parque Buenos Aires atualmente, um dos destaques do espaço - Foto: Leticia Alcântara

Tombado pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo em 1992, o Parque Buenos Aires foi projetado pelo arquiteto paisagista francês Bouvard. Com o passar do tempo, o local foi se transformando e modernizando. Atualmente o parque possui cerca de 22 mil metros quadrados, repletos de muita vegetação e áreas de lazer, com espaço para pets e parquinho para as crianças. 

Área para animais de estimação
Cercado para cães próximo a entrada do Parque, localizado na Av. Angélica - Foto: Letícia Alcântara
Área para crianças
Crianças brincando no playground, cercado pela vegetação do Parque Buenos Aires - Foto: Sophia Razel
Crianças brincando na fonte no passado
Vista da Praça Buenos Aires, no bairro de Higienópolis em 1958 - Reprodução / Folhapress / Gazeta SP 

O local também dialoga com a arte e possui algumas esculturas emblemáticas, como “O Tango”, de Roberto Vivas, em bronze e granito, 'Mãe' de Caetano Fraccaroli, esculpida num só bloco de mármore, além de uma cópia em bronze da escultura “Emigrantes”, de Lasar Segall. 

Monumento do parque
Escultura, em bronze, “Emigrantes”, de Lasar Segall - Foto: Sophia Razel  

Mesmo com as inegáveis raízes alicerçadas em um contexto de elitização, a importância cultural e histórica do local é inegável. Sua existência é um símbolo da memória urbana que deve ser preservada, entretanto, tendo em vista a necessidade da democratização do espaço, que permanece cheio de memórias e significado ao longo das décadas. 

Estatua do parque
Estátua 'Mãe' de Caetano Fraccaroli, localizada no Parque Buenos Aires, simboliza proteção e acolhimento, homenageando a maternidade - Foto: Letícia Alcântara

Com sua localização privilegiada e ambiente sereno, o Parque Buenos Aires é um dos grandes patrimônios verdes da cidade, oferecendo aos paulistanos uma verdadeira pausa no cotidiano urbano.

 

Arquivo histórico desde o descobrimento é exposição permanente no Itaú Cultural.
por
Carolina Almeida
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03/05/2024 - 12h

 

Inaugurado em dezembro de 2009, os espaços Olavo Setúbal e Herculano Pires, 5º e 6º andares do prédio do Itaú Cultural, na Avenida Paulista, apresenta as exposições permanentes Brasiliana (2014) e Numismática (2023), que mostram um Brasil Colônia sem incertezas ou contestações. De documentos e livros originais a moedas, medalhas e selos datados desde o século XVII, as coleções marcam não somente a história do país, mas também a restauração e a conservação de objetos de valor inestimável.

O Itaú Cultural é uma instituição de incentivo à pesquisa e às mais variadas produções artísticas, fundada por Olavo Setúbal em 1987. Tanto Setúbal quanto Herculano Pires foram pioneiros na preservação do acervo. O acesso é gratuito e totalmente aberto ao público.

 

 

A cultura está presente desde a entrada. Com cerca de 1,5 milhão de pessoas circulando por dia, a Avenida Paulista faz parte do triângulo histórico-cultural da cidade.
A cultura está presente desde a entrada. Com cerca de 1,5 milhão de pessoas circulando por dia, a Avenida Paulista faz parte do triângulo histórico-cultural da cidade. Foto: Carolina Almeida

 

 

Adentrando o primeiro corredor, o público vislumbra estados do Brasil antes e durante o Império, tendo pinturas, mapas e documentos originais e reproduziduções.
Adentrando o primeiro corredor, o público vislumbra estados do Brasil antes e durante o Império sob a perspectiva de pinturas, mapas e documentos originais e reproduziduções. Foto: Carolina Almeida

 

 

Hnery Chamberlain, oficial da Artilharia Britânica veio ao Brasil no século XVII em prol da administração do país. Em um ano, fez pinturas do cotidiano brasileiro no Rio de Janeiro, formando a coleção 'Views and Costumes of the City and Neighbourhood of Rio de Janeiro [Vistas e Costumes da Cidade do Rio de Janeiro e Arredores]. Foto: Carolina Almeida
Hnery Chamberlain, oficial da Artilharia Britânica veio ao Brasil no século XVII em prol da administração do país. Em um ano, fez pinturas do cotidiano brasileiro no Rio de Janeiro, formando a coleção 'Views and Costumes of the City and Neighbourhood of Rio de Janeiro' [Vistas e Costumes da Cidade do Rio de Janeiro e Arredores]. Foto: Carolina Almeida 

 

 

Os exemplares dos mapas de Willem Blaeu mostram o território brasileiro considerando os demais territórios do mundo. O Brasil passa a ser reconhecido geograficamente. Foto: Carolina Almeida
Os exemplares dos mapas do cartógrafo Willem Blaeu mostram o território brasileiro considerando os demais territórios do mundo. O Brasil passa a ser reconhecido geograficamente. Foto: Carolina Almeida


 
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​Os 'Atlas de Blaeu' contém representações cartográficas do país e do mundo. Com seis mapas do Brasil no volume VII, estão dispostos no espaço apenas para visualização. Foto: Carolina Almeida

 

O estilo dos mapas de Blaeu é amplamente reconhecido até hoje. As cores em destaque compõe os desenhos na coloração parda do papel. Foto: Carolina Almeida
O estilo dos mapas de Blaeu é amplamente reconhecido até hoje. As cores em destaque compõe os desenhos na coloração parda do papel. Foto: Carolina Almeida

 

 

Dos três imperadores, as medalhas dispostas no espaço, assim como as moedas, possuem marcações próprias de D. João VI, D. Pedro I e D. Pedro II. O busto esculpido é de D. Pedro I. 'Brasiliana' e 'Numismática' complementam-se. Foto: Carolina Almeida
Dos três imperadores, as medalhas dispostas no espaço, assim como as moedas, possuem marcações próprias de D. João VI, D. Pedro I e D. Pedro II. O busto esculpido é de D. Pedro I. 'Brasiliana' e 'Numismática' complementam-se. Foto: Carolina Almeida

 

 

Objetos da corte foram resgatados e restaurados para a composição do acervo. Foto: Carolina Almeida
Objetos da corte foram resgatados e restaurados para a composição do acervo. Foto: Carolina Almeida

 

 

Medalhas cunhadas a partir da independência do Brasil têm alterações de acordo com a nova política da época, assim como as moedas. A aprovação de D. Pedro I era necessária para que fossem utilizadas.
Medalhas cunhadas a partir da independência do Brasil têm alterações de acordo com a nova política da época, assim como as moedas. A aprovação de D. Pedro I era necessária para que fossem utilizadas. Foto: Carolina Almeida

 

 

A entrada da exposição 'Numismática' recebe o público com moedas de diferentes períodos, que fizeram parte das mudanças econômico-sociais do país e foram o ponto de partida para governos distindos. Foto: Carolina Almeida
A entrada da exposição 'Numismática' recebe o público com moedas de diferentes períodos, que fizeram parte das mudanças econômico-sociais do país e foram o ponto de partida para governos distindos. Foto: Carolina Almeida

 

 

A escravidão é o penúltimo módulo da exposição. A lógica temporal permite que o público perceba sua extensão quando chega ao último módulo. Foto: Carolina Almeida
A escravidão é o penúltimo módulo da exposição. A lógica temporal permite que o público perceba sua extensão quando chega ao último módulo. Foto: Carolina Almeida

 

 

'Brasil para os Brasileiros' é o último módulo. O objeto principal é a literatura, no século XX, com autores que fundamentaram o Brasil. É possível ver exemplares únicos de grandes autores, como Monteiro Lobato. Foto: Carolina Almeida
'Brasil para os Brasileiros' é o último módulo. O objeto principal é a literatura do século XX, com autores que fundamentaram o Brasil. É possível ver exemplares únicos de grandes autores, como Monteiro Lobato. Foto: Carolina Almeida

 

Conheça a feira que funciona como escape para moradores de Barueri na grande São Paulo
por
Giulia Fontes Dadamo
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03/05/2024 - 12h

Viver em um local seguro com um conceito de urbanismo sustentável é algo desejado por muitos paulistanos, e é exatamente nisso que Yojiro Takaoka e Renato Albuquerque pensaram quando criaram Alphaville em 1973. O conceito que já se espalhou pelos quatro cantos do país atrai o público por sua conexão com a natureza combinada simultaneamente ao desenvolvimento econômico dos polos comerciais.

Um exemplo disso é a Feira de Artes, Decoração e Artesanato sediada das quartas-feiras aos sábados das 10h às 22h na Praça Oiapoque, localizada no coração da parte apelidado "industrial" do bairro. A feira representa uma oportunidade de passeio tranquilo às famílias, com opções de comida, doces, salgados e bebidas de alta qualidade. Atualmente ela reúne 80 tendas, 16 food trucks e brinquedos infláveis para as crianças.

barracas vazias
As barracas são montadas na noite anterior à feira. Foto: Giulia Dadamo
Carro send descarregado
Os pequenos empresários normalmente trazem seus produtos em carros próprios. Foto: Giulia Dadamo
Cadeiras empilhadas
A feira possui um local de alimentação para os clientes dos food trucks. Foto: Giulia Dadamo
Dois cachorros
A Praça Oiapoque é um destino perfeito para as famílias com pets. Foto: Giulia Dadamo
árvores vistas de baixo
O local possui temperatura amena pela sua arborização. Foto: Giulia Dadamo
mulher olhando roupas em uma barraca
As barracas possuem uma considerável variedade de produtos à venda. Foto: Giulia Dadamo
crianças em um pula-pula
Além de brinquedos infláveis, a praça também é próxima de um parquinho para crianças de todas as idades. Foto: Giulia Dadamo
Duas pessoas se abraçando
Os food trucks não acumulam filas e possuem rápido atendimento. Foto: Giulia Dadamo
Senhora comendo um pastel
Além de oferecer opções gourmet de comidas, a feira também oferece o clássico pastel de feira com caldo de cana. Foto: Giulia Dadamo
bebê dormindo no colo
A praça preza pela acessibilidade de todos os públicos e possui acesso com rampas. Foto: Giulia Dadamo
Mulheres dobrando lona
Toda a organização é feita pelos próprios comerciantes. Foto: Giulia Dadamo

 

Em meio à reformas, alimentos diversos e cores vibrantes, o Mercado Municipal segue sendo o coração de São Paulo.
por
Mohara Ogando Cherubin
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02/05/2024 - 12h

Para conhecer um pouco da história de São Paulo, basta ir ao Mercado Municipal da cidade. Localizado no centro da cidade e dividido em 18 portões, o "Mercadão" foi projetado pelo engenheiro Felisberto Ranzini e inaugurado em 25 de janeiro de 1933, também aniversário de São Paulo, tendo mais de oito décadas de história. O mercado é separado em dois andares e foi pensado, inicialmente, para ser um armazém de pólvora e munições, porém na atualidade funciona como um empório comercial de atacado e varejo, especializado na comercialização de uma variedade de produtos e alimentos aos seus clientes, como grãos, doces, frutas, comidas típicas e o famoso sanduíche de mortadela, marca registrada do mercado.

Cerca de 50 mil pessoas visitam o mercado semanalmente e hoje em dia, além de toda sua representação histórica, o "Mercadão" atua como importante polo cultural e turístico da cidade.

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Além da grande variedade de alimentos e produtos, a arquitetura do Mercado Municipal também cativa a atenção dos clientes. Ao entrar pelo portão 6, você se depara com esse lindo vitral e com o restaurante Petiscaria do Portuga, conhecido por seus pratos típicos portugueses que envolvem frutos do mar. Autor: Mohara Ogando Cherubin.

 

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Ainda no portão 6, em frente à Petiscaria do Portuga, os clientes encontram O Espanhol, restaurante que serve a sua famosa paella e pratos tradicionais com carne. Autor: Mohara Ogando Cherubin.

 

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O açougue do “Mercadão” é conhecido por oferecer carnes de qualidade e que tenham uma certa dificuldade de serem encontradas para venda. Os funcionários do mercado são simpáticos e solicitos, o que torna a venda dos produtos mais fácil e tranquila. Autor: Mohara Ogando Cherubin.

 

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Além da culinária diversa, o Mercado Municipal comercializa grãos e alimentos variados, como castanhas, amêndoas, nozes, queijos e frutas desidratadas. O preço dos produtos varia em relação à quantidade de gramas ou quilos que cliente desejar de determinado alimento. Autor: Mohara Ogando Cherubin.

 

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Tamanha é a variedade de produtos do mercado, que existem lojas que comercializam produtos diversos e que não tenham nenhuma semelhança entre si. Grãos, doces, damascos, alimentos enlatados, geleias e óleos de coco estavam sendo comercializados e foram fotografados em uma só loja. Autor: Mohara Ogando Cherubin.

 

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As frutas do Mercado Municipal são conhecidas por serem as mais saborosas da cidade. A mais nova novidade do mercado, na área da frutas, é a pitaya amarela, originária das regiões tropicais da América do Sul, como Colômbia e Peru. Todas as madrugadas, funcionários de todas as idades reabastecem as frutas do mercado, garantindo que elas sempre estejam frescas e que o cliente terá a melhor das experiências. Autor: Mohara Ogando Cherubin.

 

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O "Mercadão" tem mais de 13 mil metros quadrados e funciona das 6h às 18h de segunda à sábado, e até às 16h aos domingos, porém a concessionária do mercado tem planos de o manter aberto durante 24h semanalmente. Este é o Mercado Municipal visto do lado de fora, em meio a lojas no centro da cidade, carros de carga transportando alimentos e pedestres nas ruas. Autor: Mohara Ogando Cherubin.

 

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Em 2021 foi iniciada a reforma que visava a restauração do Mercado Municipal de São Paulo. A concessionária do mercado tinha planos de finalizar as obras em 2023, porém esse ano foi anunciado que o fim da reforma foi adiado para novembro de 2024. As mudanças da restauração envolvem a instalação de três geradores, AVCB, troca de pisos e expansão que resultará em dez novas lojas. A prefeitura de São Paulo espalhou placas pelo mercado com a mensagem "Estamos em obra para transformar a sua experiência! Vamos fazer isso juntos! Por favor, redobre a atenção ao caminhar pelas ruas do nosso Mercadão". Autor: Mohara Ogando Cherubin.

 

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É muito interessante visitar o “Mercadão” e subir as escadas para o seu segundo andar. Observando tudo de cima, o cliente passa a ter uma ideia da enorme variedade do mercado e da beleza de sua arquitetura. Além da bela vista, também pode-se comprar ou comer algo no segundo andar, tendo em vista que também existem alguns restaurantes na parte de cima do mercado. Autor: Mohara Ogando Cherubin.
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O famoso sanduíche de mortadela é a marca registrada do Mercado Municipal, chegando a se tornar um sinônimo do estabelecimento. O valor do lanche varia entre 40 e 50 reais, podendo acompanhar queijo quente, alface e tomate, e servindo tranquilamente duas pessoas. Autor: Mohara Ogando Cherubin

 

Memorial da Resistência relembra os 60 anos do Golpe Militar com exposições e oficinas temporárias
por
Rodrigo Ferreira
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02/05/2024 - 12h

Em memória às violências cometidas pela ditadura militar brasileira, o Memorial da Resistência, museu localizado no prédio onde se operou o DEOPS (1964-1985), iniciou em abril, em memória aos 60 anos do golpe militar, uma série de exposições e atividades culturais que buscavam de forma interativa, refletir sobre a memória da ditadura. 

 

A última exposição, ocorrida no sábado dia 27/04 abordou a atuação da Comissão da Verdade “Reitora Nadir Gouvêa Kfouri”, criada na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo em 2013, assim como a história de resistência da universidade. Junto com todas as instalações, a visita é imperdível para quem quer conhecer esse momento da história.

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Exposição “Resistências na PUC-SP” no Memorial da Resistência. Foto: Rodrigo Ferreira
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Exposição “Resistências na PUC-SP” no Memorial da Resistência. Foto: Rodrigo Ferreira
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Entrada interativa na exposição do Memorial da Resistência. Foto: Rodrigo Lozano
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Exposição fixa no Memorial da Resistência. Foto: Rodrigo Lozano
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Linha do tempo no Memorial da Resistência. Foto: Rodrigo Lozano
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Grades preservadas no banho de Sol do DEOPS no Memorial da Resistência. Foto: Rodrigo Ferreira
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Oficina de arte e memória no Memorial da Resistência. Foto: Rodrigo Ferreira
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Oficina de arte e memória no Memorial da Resistência. Foto: Rodrigo Ferreira
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Vista do terceiro andar no Memorial da Resistência. Foto: Rodrigo Ferreira
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Entrada na exposição temporária “Mulheres em Luta! Arquivos de memória política”. Foto Rodrigo Lozano
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Exposição no Memorial da Resistência. Foto: Rodrigo Lozano

 

A cidade de São Paulo é lar para seguidores de religiões diversas.
por
Isabelli Albuquerque
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03/05/2024 - 12h

Atualmente, a cidade de São Paulo é lar de 12,33 milhões de pessoas, sendo mais da metade delas cristãos. Porém, o resto da população se divide em diversas outras religiões, como o budismo, candomblé ou umbanda, islamismo, judaísmo entre outras.

A metrópole oferece um espaço em que esses crentes possam expressar sua fé, seja em rituais públicos ou na arquitetura da cidade, onde podemos observar torres detalhadas de templos ao lado dos prédios cinzas e minimalistas da capital.

Esse ensaio celebra essa diversidade, mostrando pessoas exercendo sua fé e a beleza de religiões distintas.

Fachada da Igreja Ortodoxa Russa de São Nicolau, localizada na Rua Tamandaré no bairro da Liberdade. Foto: Isabelli Albuquerque.
Cripta onde os ossos dos membros da comunidade são enterrados. Os cristãos ortodoxos acreditam que os falecidos devem ser honrados, orando por suas almas para que alcancem a paz eterna. Foto: Isabelli Albuquerque.
A Catedral de São Nicolau é a igreja ortodoxa mais antiga da capital, sendo consagrada no ano de 1928. Foto: Isabelli Albuquerque
Igreja Nossa Senhora da Boa Morte, localizada na Rua do Carmo no centro de São Paulo, construída no estilo barroco-colonial. Foto: Isabelli Albuquerque

 

A igreja foi inaugurada em 1810, tendo como princípio acolher pessoas de qualquer classe social. Foto: Isabelli Albuquerque.
Altar em homenagem à Nossa Senhora da Boa Morte. Foto: Isabelli Albuquerque.
A igreja era conhecida como "Igreja das Boas Notícias" já que anunciava a chega de visitantes á cidade de São Paulo. Foto: Isabelli Albuquerque.
Foi reformada entre 2006 e 2009. Durante a restauração detalhes da construção foram redescobertos, como a pintura no teto acima do altar, que estava abaixo de uma camada grossa de sujeira. Foto: Isabelli Albuquerque.
O templo budista Luz do Oriente segue os ensinamentos deixados por Meishu Sama, o Senhor da Luz. Foto: Isabelli Albuquerque.
O "johrei" é um método de canalização da Luz de Deus, durante esse processo, a pessoa recebendo a luz é curada de suas doenças e liberta de suas aflições. Foto: Isabelli Albuquerque.
O espaço conta com uma pequena galeria de arte de acesso público, onde pinturas, esculturas e peças de artesanato podem ser expostas. Foto: Isabelli Albuquerque.
O templo fica localizado no bairro de Perdizes em São Paulo. Foto: Isabelli Albuquerque.