O Slam vai muito além de uma simples competição de poesia falada. É, na verdade, um movimento de resistência, um grito de expressão. No Brasil, esse movimento tem ganhado cada vez mais força em diversos cantos, e no ABC Paulista, Mileny Leme se tornou uma das principais vozes dessa nova geração de poetas. Ela conquistou as redes sociais e impactou escolas, tornando-se uma referência para crianças e adolescentes. Mileny conheceu o Slam em 2018, através da internet. "Na época, achava que era só um encontro de pessoas incríveis falando coisas incríveis. Depois, entendi que era uma competição com regras e circuitos, mas o mais importante sempre foi a expressão", diz Mileny.
Em 2021, ela participou do seu primeiro Slam presencial e, desde então, ampliou sua atuação na cena. Com o tempo, se tornou uma referência na sua região, especialmente ao criar o Slam ABC, um espaço de fortalecimento da poesia falada no ABC Paulista. "No começo, aqui era um lugar de frustração para mim. Eu achava que precisava ir para capital para ser alguém. Depois, percebi que meu território tem muito valor", reflete.

Sua poesia, focada em questões decoloniais, tem grande alcance nas redes sociais. Um dos poemas com grande destaque foi "Pindorama", que ultrapassou 28 milhões de visualizações no Instagram e TikTok. "Não tenho ideia de quantas pessoas viram e compartilharam esse poema. É surreal!", admite. A obra, que questiona a narrativa oficial sobre a origem do Brasil, virou material pedagógico e é utilizada em escolas, o que impacta muito positivamente o público infantil. O poema desmonta a visão tradicional da colonização com versos: "Na escola, eu aprendi que quem descobriu o Brasil foi um cara chamado Pedro Álvares Cabral [...] O Brasil não foi descoberto, foi invadido e explorado".
Além de questionar, o poema também fala sobre o apagamento das culturas indígenas e as injustiças sociais ao longo do tempo: "500 anos de Brasil, 300 de escravidão e só 125 de uma falsa abolição".
"A poesia destaca a diversidade cultural do país e critica a centralização da cultura no eixo Rio-São Paulo: o Brasil está muito longe de ser só São Paulo e Rio de Janeiro, é um país continental. Fura a bolha e olha em volta."

O impacto dessa poesia foi tão grande que a cantora infantil Alice, conhecida como "A Princesa dos Cachos", postou um vídeo recitando o poema, nada simples, palavra por palavra. "Fiquei arrepiada ao ver aquilo. Nunca imaginei que uma criança fosse se interessar e absorver dessa forma", conta Mileny. Isso gerou um grande engajamento nas redes sociais e trouxe à tona uma série de discussões sobre a arte que desmonta pensamentos tradicionais
A Alice explica quem descobriu o Brasil pic.twitter.com/Lrpv9CcKgn
— Welington Arruda (@welmelo) March 16, 2025
Com sua crescente notoriedade, Mileny não só conquistou visibilidade, mas também prêmios importantes no Slam, como o título de campeã paulista. Outro título foi conquistado no festival realizado no Acre, em que recebeu o troféu das mãos de Marc Kelly Smith, o criador do movimento. "Ganhar não era meu foco principal, mas me mostrou que minha voz está sendo ouvida", diz Mileny, que agora almeja representar o Brasil internacionalmente. Para ela, é um espaço de transformação social e resgate histórico. A poeta leva sua mensagem, ao mesmo tempo em que se prepara para os desafios de uma carreira que está apenas começando.
Por Amanda Tescari e Ingrid Lacerda
Estreou na Matilha Cultural, na última sexta-feira (21), a exposição “Reticências", dos artistas Lucas Mév e Jonas Tjon, com produção de Jack Moraes. A mostra aborda a relação entre as revoluções da América Latina durante os séculos XVII e XX, e como elas se expressam em movimentos socioculturais como o Hip-Hop e o Punk, que funcionaram como ferramentas de enfrentamento coletivo e acolhimento diante das injustiças sociais.
Painel “Revolução” (2024), de Lucas Mév, Jonas Tjon e Vitor Skimo/ Por: Ingrid Lacerda
Com homenagens a personalidades como Marighella, Carolina Maria de Jesus, Racionais MCs, RZO, Tina Punk e muitos outros, as paredes do centro cultural na República ilustram a “palavra” como elemento central dos movimentos políticos.
A intersecção entre esses dois momentos na história é representada pelos artistas da zona leste de São Paulo. O legado político inspirou letristas, poetas e MC's, todos artistas da palavra, e que dela se utilizam para propor suas reflexões - assim como Mév e Tjon, que já vivenciam o hip hop e o punk e, sobretudo, o graffiti há muitos anos.
Da ideia inicial até a inauguração foram mais de 8 meses de muito trabalho conjunto, encontros, estudos e correria, principalmente por se tratarem de artistas totalmente independentes. Sobre o processo de construção do trabalho, Mév destaca a dificuldade de conciliar o tempo e o lado financeiro, já que as horas que poderiam ser dedicadas ao sustento próprio e de suas famílias foram substituídas pelo processo criativo e as incertezas do trabalho. Tjon também aponta os desafios de ser um artista autodidata: “Ninguém fez curso nem nada, aprendeu tudo na rua, como pintar e tal, e se jogou mesmo. E pintar essas ‘paradas’, vai aprendendo mesmo no processo, né?”
Jack Moraes também descreve um pouco dos desafios do mercado da arte, “O mercado é um nicho muito fechado, e a proposta dos meninos sai de um padrão estético, acadêmico e galerista”. Ela conta que a dificuldade está em adentrar neste ramo apresentando uma proposta de projeto voltado para a cultura de rua , já que são poucas pessoas que apoiam. Apesar disso, a produtora fala também sobre a escolha de abraçar esse desafio e fazer acontecer.
A PALAVRA COMO MUNIÇÃO
A importância da palavra no contexto das revoluções é o cerne da exposição. A palavra opera, então, como ferramenta de conscientização e de denúncia nas sociedades, de modo que é indispensável para se pensar o contexto das revoluções. Para os artistas, são as palavras que fazem o caminho de levarem as ideias adiante, e, por esta razão, têm a capacidade de juntar pessoas em prol de um movimento social - seja no hip hop, nos grupos de resistência contra a ditadura ou ainda nas manifestações indígenas.
Tjon e Mév destacam ainda a particularidade de se viver numa São Paulo quando o assunto é a caligrafia urbana. A cidade apresenta uma cena diversa e cheia de referências no pixo e no graffiti, capaz de conectar a sociedade de diversas maneiras, criar novas referências para símbolos já existentes e construir a cultura underground.
Abertura da exposição Reticências na Matilha Cultural/ Por: Ingrid Lacerda
O PROCESSO CRIATIVO
As primeiras obras surgiram em 2023, mas a exposição foi produzida quase dois anos depois. A produção aconteceu de forma independente, na qual muitas vezes precisavam equilibrar a criação das obras com outros trabalhos para garantir o sustento dos escritores de graffiti. O quintal de Mév se transformou em ateliê, onde criatividade e determinação se uniam com o cotidiano dos artistas.
Apesar das dificuldades, a coletividade se tornou um laço diário crucial para a construção das obras, com cada um contribuindo com sua visão e inspirações. “Entre os trampos temos que fazer da vida, o tempo que sobrava a gente tava se encontrando, pintando ou idealizando algumas coisas, falando sobre, discutindo. Estamos sempre trocando um papo.”, expõe Lucas sobre as perspectivas diárias dos artistas independentes.
Além disso, os contextos históricos e sociais foram essenciais. Após um intercâmbio no Chile, Mév e Tjon cruzaram o caminho do outro letrista Dfes, assimilaram elementos das lutas sociais dos países do terceiro-mundo, expressando-os em suas artes. O dark lettering (inspirado pela caligrafia gótica) e a pixação paulistana também representam formas de resistência, combinando registros que refletem a cultura de rua e as revoluções populares.
A exposição Reticências fica aberta para visitação até o dia 18 de abril, e conta com um calendário de atividades aberto para o público.
Endereço: Rua Rêgo Freitas, 542 - República.
Com o fenômeno televisivo da primeira temporada, conquistando tanto fãs dos jogos, quanto pessoas que nunca ouviram falar da franquia, a segunda parte propõe elevar ainda mais a narrativa pós-apocalíptica e explorar novos aspectos dos personagens. A AGEMT fez um apanhado de tudo que se sabe até agora para aumentar a ansiedade de quem aguarda a estreia.

Bastidores, produção e impacto emocional
As gravações da segunda temporada aconteceram em diversas locações no Canadá para recriar o cenário devastado de Seattle. O elenco e a equipe já adiantaram que essa fase será ainda mais intensa e emocionalmente pesada. Bella Ramsey revelou à revista Variety que algumas cenas foram "difíceis de filmar", enquanto Craig Mazin disse que os episódios vão ter momentos "perturbadores e inesquecíveis".
Outro destaque é a trilha sonora. O premiado compositor Gustavo Santaolalla, responsável pela música dos jogos e da primeira temporada, está de volta para garantir o tom melancólico e marcante da narrativa.
Fidelidade ao jogo e novos rumos para a adaptação
Baseada em The Last of Us Part II, jogo lançado em 2020, a história se passa cinco anos após os eventos da primeira parte e acompanha as jornadas de Ellie e Abby, explorando temas como vingança, trauma e conflitos morais.
Diferente da primeira parte, que adaptou todo o primeiro jogo em um único ano, a trama do segundo game será contada ao longo de mais de uma temporada. Com um elenco reforçado, novos desafios e um aprofundamento nas relações entre os personagens, a série promete entregar momentos intensos e emocionantes.
Novo tipo de infectados
Se você achou que já tinha visto o pior dos infectados, prepare-se: o showrunner, Craig Mazin, e o criador do jogo, Neil Druckmann, afirmam que os novos episódios trarão os “perseguidores” (stalkers, em inglês) um tipo de infectado mais inteligente e estratégico. Segundo Neil, parte do cérebro dessas criaturas ainda está ativa, possibilitando que, diferente dos outros infectados, eles consigam traçar estratégias como se esconder para atacar, sendo mais aterrorizantes e letais.
Personagens icônicos e aguardados pelos fãs
Uma das grandes novidades da série é a chegada de Abby, uma paramilitar de um grupo de Seattle e figura central do jogo The Last of Us Part II, que será interpretada por Kaitlyn Dever (Vinagre de Maçã, série que estreou esse ano na Netflix) a personagem é uma paramilitar de um grupo de Seattle, a história se intensifica quando a vida dela se cruza com Ellie (Bella Ramsey), trazendo conflitos intensos e um enredo repleto de reviravoltas.

Além de Abby, a nova temporada apresentará Dina (Isabela Merced), o interesse amoroso de Ellie, e Jesse (Young Mazino), seu ex-namorado. Outros personagens importantes também foram escalados: Danny Ramirez interpretará Manny, Tati Gabrielle será Nora, Ariela Barer viverá Mel e Spencer Lord assumirá o papel de Owen. Além disso, Jeffrey Wright retornará como Isaac, líder da milícia dos Lobos, papel que já dublou no jogo.
Abaixo confira o teaser oficial no canal oficial da HBO Max:
Na última quinta-feira (13) uma versão inédita de ‘Meninas Malvadas’ estreou na capital paulista, sob direção de Mariano Detry (Priscilla, a Rainha do Deserto – O Musical). É a primeira vez que a obra vem ao Brasil, sendo essa versão uma não-réplica da original, ou seja, diversos elementos foram modificados e adaptados para se encaixar em referências brasileiras.
O aclamado roteiro de ‘Meninas Malvadas’, escrito por Tina Fey do filme de 2004 foi promovido a libreto em 2017, quando a comediante concordou em co-escrever a adaptação para o teatro. A peça estreou na Broadway em 2018, com as músicas de Jeff Richmond (30 Rock) e as letras de Nell Benjamin (Legalmente Loira). A produção foi um sucesso de bilheteria e arrecadou mais de US$ 124 milhões nos Estados Unidos. O espetáculo fechou em março de 2020, mas ainda segue em cartaz em Londres.
A trama segue a adolescente Cady Heron, que estudou em casa durante a sua infância, mas passa a frequentar a escola no ensino médio e enfrenta as pressões sociais da adolescência. A história satiriza os elementos que formam a hierarquia de uma “high school” americana de uma forma cômica, com a personagem Regina George, considerada a “abelha-rainha”.
No elenco, temos a atriz e dubladora Laura Castro interpretando a protagonista Cady, Aline Serra no papel de Karen Smith, Gigi Debei como Gretchen Wieners e Anna Akisue, a primeira asiática no mundo a interpretar Regina George. Danielle Winnits, que já fez outras peças musicais, além de ser reconhecida pelo trabalho no cinema e na televisão, interpreta a Srta. Norbury, as mães de Regina e Cady. Lara Suleiman e Arthur Berges se destacam como os narradores Janis Ian e Damian Leigh.

No ano passado, uma versão cinematográfica do musical foi lançada e arrecadou mais de US$ 100 milhões em bilheteria ao redor do mundo, vinte anos após o lançamento do original. A atriz e cantora Renée Rapp, que interpretou Regina no teatro, reprisou seu papel no cinema.
O musical ‘Meninas Malvadas’ difere em diversos aspectos do longa original ao mesmo tempo em que o homenageia. O filme é considerado por muitos um clássico dos anos 2000 e interpretações como as de Lindsay Lohan e Rachel McAdams ficaram marcadas e criaram comparações com as versões de palco e da refilmagem de 2024. Além disso, deixou frases memoráveis como “às quartas, usamos rosa” e é referenciado até os dias de hoje, como no clipe “thank u, next” da cantora Ariana Grande.

A obra está em cartaz até 20 de abril no Teatro Santander, em São Paulo. Os horários são quinta e sexta às 20h, sábado às 16h e 20h e domingo às 15h e 19h. Ingressos disponíveis no site Sympla (bileto.sympla.com.br) e na bilheteria física.

Djonga lançou seu novo álbum intitulado "Quanto Mais Eu Como, Mais Fome Eu Sinto!". A produção marca o retorno de uma data significativa para o rap nacional e conta com as participações de Milton Nascimento, Samuel Rosa, RT Mallone, Dora Morelenbaum, além dos já conhecidos DJ Coyote Beatz e Rapaz do Dread.
Até então seu último álbum era "Inocente 'Demotape'", lançado no dia 13 de outubro de 2023, com uma pegada diferente do resto da discografia do artista, pois Djonga focou em temas como amor, sexo e o cotidiano. Em 2024, o rapper mineiro participou apenas de projetos de outros artistas, quebrando o ciclo de lançamentos anuais desde seu primeiro álbum, em 2017.
Agora, Djonga retomou os lançamentos, ao dar vida ao seu novo álbum que contém 12 faixas, traduzindo o conceito que o artista trouxe no título da obra. A fome que antes era um impulso de sobrevivência do rapper mineiro, hoje representa uma inquietação, uma busca por evolução e superação, além de afirmar quem ele é.
Nas faixas ele passa por temas marcantes de sua obra como o racismo, a justiça social e a violência na sociedade, mas também, há uma análise antropológica ao falar sobre angústias, dúvidas, frustrações, conquistas do ser humano e ainda, sobre o reconhecimento que obteve de seus ídolos e de pessoas periféricas. Características que marcam a nova fase de experimentação do artista. Não é mais seu corpo que sente fome, mas sim sua alma, faminta de autoconhecimento.
Referências culturais
Djonga sempre trouxe sua religião, Umbanda, para suas músicas. No novo projeto não foi diferente. Dentre as referências citadas, a mais marcante é o paralelo do nome da obra com a história de Exu, um dos Orixás primordiais, presente em religiões de matrizes africanas. Segundo a crença, Exu come primeiro por causa de sua fome insaciável. A história do Orixá aparece, parcialmente, encerrando as músicas "Fome" e "Ponto de Vista".
Já a participação de Milton Nascimento no álbum é um encontro entre Gustavo Pereira Marques, nome real de Djonga, com uma de suas referências na música. O primeiro álbum de Djonga, Heresia, tem como capa uma releitura do LP "Clube da Esquina", lançado em 1972, por Milton Nascimento e Lô Borges.

O célebre artista da MPB está presente na faixa "Demoro a Dormir" que, assim como “Heresia”, une o passado e o presente. Por meio de citação do Melhor Filme Internacional do Oscar 2025, "Ainda Estou Aqui" - obra que retrata a história de Eunice Paiva, a qual lutou por justiça na Ditadura Cívico-Militar - a música nos lembra que a violência e o autoritarismo permanecem presentes na sociedade atual.
Na faixa "Te Espero Lá", Djonga fala da passagem de sua antiga fome para a nova, com destaque para um trecho em que ele diz que as marcas mais importantes não são as que ele pode comprar, mas sim, as que estão na alma e que tenta curar com o que compra. A música também traz um refrão que flerta com o Pop, cantado por Samuel Rosa, outro ícone da música brasileira.
A música "Ponto de Vista", traz o artista RT Mallone, atual campeão do reality musical "Nova Cena" da Netflix, que conta um pouco das dificuldades que passou em Juiz de Fora (MG) e a ascensão social que adquiriu por meio do rap. Djonga canta sobre as críticas superficiais que os haters fazem a respeito dele, enfatizando que tudo é só um ponto de vista.
A faixa que encerra o álbum, "Ainda", tem a voz marcante de Dora Morelenbaum que acompanha a voz de Djonga, cantando sobre os caminhos escolhidos pelo artista durante sua vida.
Além de tantas outras referências, todo o álbum tem beats e arranjos feitos por Coyote Beatz e Rapaz do Dread, velhos conhecidos pelos fãs do artista. O destaque da produção musical fica para a música "Melhor que Ontem" que traz um sample de "Último Romance", canção da banda "Los Hermanos".
Por que dia 13 de março?
"Lanço todo dia 13 pra provar pra tu / Que um raio cai de novo no ‘memo’ lugar" verso da música "Oto Patamá", lançada por Djonga em 2020, que sintetiza o que a data significa para o artista. O rapper explicou em 2021, ao Marcelo Tas, no programa Provoca da TV Cultura, que lançou o seu primeiro álbum na data, um ano depois, seu novo projeto ficou pronto antes de março, então ele decidiu lançar no mesmo dia.
A partir daí virou um compromisso com ele mesmo, de se desafiar, ao lançar um álbum novo com o prazo de um ano. Embora o ciclo tenha sido quebrado em 2022, o dia 13 permaneceu. O número é simbólico para o Atlético-MG, time de coração de Djonga.
Confira a discografia do rapper:
- Heresia (13 de março de 2017);
- O Menino que Queria Ser Deus (13 de março de 2018);
- Ladrão (13 de março de 2019);
- Histórias da Minha Área (13 de março de 2020);
- Nu (13 de março de 2021);
- O Dono do Lugar (13 de outubro de 2022);
- Inocente "Demotape" (13 de outubro de 2023).
Criado pelo rapper mineiro, a data é uma espécie de "feriado" no rap nacional. O artista também criou a icônica frase utilizada pelo movimento negro: "Fogo nos Racista", refrão de seu perfil "Olho de Tigre" na PineappleStormTV. A frase evoca a resistência antirracista e a luta por justiça social, tornando Djonga, um dos mais importantes artistas do gênero no país, além de ser uma inspiração para as próximas gerações.