O C6 Fest 2025, que acontece entre os dias 22 e 25 de maio no Parque Ibirapuera, em São Paulo, chega à sua quarta edição neste ano. O festival busca em sua curadoria, focar na diversidade de estilos e valorizar nomes tanto do cenário nacional, quanto do internacional.
Nesta edição, o evento mantém o mesmo formato: dois dias dedicados ao jazz e a uma programação de shows em palcos tanto ao ar livre quanto em espaços fechados.
Apesar do nome recente, a história do C6 Fest começou há exatos 40 anos, com o famoso Free Jazz Festival, formado pelas irmãs Sylvia e Monique Gardenberg, fundadoras da Dueto Produções. Nos anos 2000 o projeto assumiu o nome de Tim Festival, e ressurgiu em 2023 com apoio da agência C6 Bank.
A curadoria continua ainda sob a supervisão de Monique Gardenberg, que aposta em um formato mais intimista e artístico. O festival se destaca por promover shows baseados no contexto mais artístico do que no entretenimento de massa.
A expectativa para esse ano é de que o público alcance mais de 27 mil visitantes, número superior ao da edição anterior(2024).
Para acomodar melhor as atrações e facilitar a parte técnica, o festival ampliou a programação para quatro dias. Os shows ao ar livre acontecem em diferentes áreas do parque, como a Arena Heineken (em frente ao auditório) e a Tenda Metlife, próxima ao edifício Pacubra.
Entre os nomes internacionais confirmados estão os franceses do Air, que apresentam o icônico “Moon Safari” na íntegra, além da lenda do funk Nile Rodgers acompanhado da banda Chic. O festival também traz Wilco, referência do rock alternativo norte-americano, e os britânicos do Pretenders. Outros destaques incluem o retorno explosivo do Gossip, liderado por Beth Ditto, e o pop de Perfume Genius.
O produtor britânico A.G. Cook, conhecido pelo trabalho com Charli XCX no disco “Brat”, representa a vanguarda da música eletrônica, enquanto o grupo The Last Dinner Party, revelação do art pop britânico, marca presença com um show bastante aguardado.
Completam a seleção internacional nomes como Stephen Sanchez, jovem norte-americano que resgata o charme retrô das baladas dos anos 50, a cantora Cat Burns com seu soul pop intimista, a paquistanesa Arooj Aftab fundindo tradição e jazz contemporâneo, Brian Blade com sua Fellowship Band, a inventiva Meshell Ndegeocello, e o coletivo ganês SuperJazzClub, trazendo uma visão afro-futurista da música urbana.
Já entre os artistas brasileiros, destaca-se o show especial de Seu Jorge, intitulado “Baile à La Baiana”, o pianista Amaro Freitas, um dos maiores nomes do jazz nacional, a cantora Agnes Nunes, com sua nova MPB, o bandolinista Hamilton de Holanda, o multi-instrumentista Mestrinho, além dos DJs Marky e Della Juices, representantes da cena eletrônica nacional.

A Gamescom Latam, edição latino-americana da Gamescom, feira de jogos que acontece anualmente na Alemanha, retornou ao Brasil entre os dias 30 de abril e 4 de maio em São Paulo, juntando fãs dos mais variados estilos de games para celebrar esse universo.
O sábado (03/05), terceiro dia do evento, estava bem cheio, mas o espaço do Distrito Anhembi, lugar escolhido para sediar a feira ajudou a dispersar as pessoas, fazendo com que as filas se acumulassem mais nos estandes, deixando os corredores livres para acesso.
Diversos influenciadores apareceram para ver seus fãs e conversar com eles, no meio do evento havia o Creator 's Lounge, espaço com paredes de vidro onde os criadores de conteúdo podiam ficar. Além disso, a Supercell, empresa de jogos para celular, famosa pelos jogos Clash of Clans, Clash Royale e Brawl Stars, trouxe as streamers “Bagi” e “Malena” para um encontro com os fãs. Ambos os encontros tiveram distribuição de pulseiras uma hora antes e filas contornando o estande.

Muitas empresas marcaram presença com seus estandes, como a Nintendo, que trouxe alguns jogos do Switch, como Mario Party Jamboree e Princess Peach: Showtime. Além deles, a Bethesda trouxe o jogo Indiana Jones e o Grande Círculo, além de uma pequena “gincana”, que era frequente nos estandes. As regras eram: Jogar o remake do jogo The Elder Scrolls: Oblivion; jogar os jogos da Xbox Gamepass, serviço de assinatura da Microsoft; e um jogo de discos inspirado no seu futuro título Doom: the dark ages, para colecionar carimbos e retirar prêmios. Também havia estandes de patrocinadores, como a Seara, que permitia jogar o jogo Doom em uma Airfryer, e o Banco do Brasil.

O grande diferencial da Gamescom foi a atenção e carinho que deram para os jogos independentes, com um setor do evento dedicado apenas a jogos brasileiros, onde títulos como “Ritmania”, do estúdio Garoa, e “Hellclock”, do estúdio Rogue Shell, estavam sendo apresentados. Além de várias ilhas onde era possível jogar os jogos finalistas do Best International Games Festival (BIG Festival), competição de jogos também independentes, na qual o jogo “Mechanines tower defense”, desenvolvido por alunos da Pontifícia Universidade Católica (PUC/SP) estava concorrendo a melhor jogo brasileiro e melhor jogo estudantil.

Em entrevista para a AGEMT, Mel Duarte Munhoz, estudante de Animação na Faculdade Meliés, fala sobre a importância desse tipo de atenção para ela: “Achei muito legal que tinha uma área só com os jogos indies e com os desenvolvedores para jogar e conversar. Esse evento me ajudou a conhecer vários jogos indies, principalmente brasileiros, que eu nunca teria visto antes".
Outros dias do evento também tiveram muitas atrações, como a presença da empresa CD Projekt Red, responsável por títulos como Cyberpunk 2077 e The Witcher, em dois paineis do evento, um sobre desenvolvimento externo, no dia 30 de Abril, e um no próprio sábado. Fãs também tiveram a oportunidade de encontrar o streamer Gaulês na sexta (02/05) e os criadores de conteúdo Chef Otto e Mustache no domingo (04/05)

A edição de 2026 do evento já tem data marcada e vai ocorrer entre os dias 30 de abril e 3 de maio, além disso, a edição alemã da Gamescom acontecerá em agosto, nos dias 20 a 24.
Às terças e, mais recentemente, às sextas-feiras após as 18h, o MASP oferece entrada gratuita ao público. A medida, parte de uma política mais ampla de acesso, tem atraído visitantes com perfis variados, desde turistas e estudantes até trabalhadores que aproveitam o fim do expediente para visitar o espaço. A proposta é estimular novos hábitos culturais e tornar a arte acessível em diferentes horários, inclusive fora do circuito tradicional de visitação.
Segundo Julia Bastos, comunicadora do MASP, mais da metade do público anual entra no museu por meio de algum tipo de gratuidade. Além dos dias livres, o museu garante entrada gratuita diária para idosos, pessoas com deficiência e seus acompanhantes, professores e estudantes da rede pública. Ela afirma que essa abertura contribui para tornar a programação mais inclusiva, refletindo um compromisso constante com a diversidade e o acesso. “A gratuidade sempre foi muito importante para atrair diferentes perfis de visitantes e tornar o museu mais acessível para todos”, diz.

Neste ano, a gratuidade nas noites de sexta ganhou o nome de “Sextou no MASP” e, de acordo com Julia, tem atraído pessoas que buscam um momento de pausa e lazer ao final do dia. Ela destaca que o movimento reforça o papel do museu como espaço de convivência e circulação de ideias, conectando arte com o cotidiano.
A expansão do MASP com o edifício Pietro Maria Bardi também tem reforçado essa política de acesso, ao permitir a exibição de mais obras do acervo, antes não acessíveis ao público. A nova ala abriga ainda espaços para restauração, performances e eventos, o que amplia a diversidade de atividades disponíveis e favorece visitas mais segmentadas. Visitantes que costumam frequentar o museu nos dias gratuitos, como a artista e escritora Camila Gregori, têm aproveitado essas possibilidades para retornar ao museu em diferentes ocasiões ao longo do ano, impulsionadas tanto pela programação quanto pela ausência de barreiras de entrada.

Para Camila, a gratuidade interfere diretamente na composição do público. “Nesses dias, dá para perceber uma mistura maior de pessoas, de diferentes contextos sociais. O ingresso de 75 reais não é acessível para todo mundo”, afirma.
Combinando uma política de preços acessíveis, expansão de espaço e curadoria alinhada a temas contemporâneos, o MASP tem investido em estratégias que consolidam seu papel como instituição cultural. As iniciativas de gratuidade são parte essencial dessa proposta, oferecendo caminhos concretos para a democratização do acesso e a ampliação dos públicos nos museus brasileiros.
O Vaticano anunciou ao mundo a eleição de um novo líder da Igreja Católica. O cardeal estadunidense, Robert Francis Prevost de 69 anos, foi o escolhido e adotou o nome de Leão XIV, tornando-se o 267° sucessor de São Pedro.
Em seu primeiro discurso, na sacada da Basílica de São Pedro, o Papa mencionou que enxerga a igreja como aquela que “constrói pontes”.
Natural de Chicago, nos Estados Unidos, Prevost é o primeiro papa norte-americano, além de ser o primeiro a vir de uma nação majoritariamente protestante. Apesar da origem norte-americana, ele construiu grande parte de sua trajetória religiosa na América Latina, especialmente no Peru, onde atuou principalmente como missionário ao longo de sua carreira na Igreja. Ele foi nomeado cardeal apenas em 2023, mantendo-se discreto, concedendo poucas entrevistas e fazendo raras aparições públicas nesse intervalo.
Ele tinha um grande vínculo com o falecido Papa Francisco e é visto como um sucessor adepto das ideias do Santo Padre anterior. Em entrevista ao à Agemt, Márcia, enfermeira de 51 anos, declarou que Prevost irá se reinventar a partir dos pensamentos de Francisco.
Um fato que repercutiu foi o conclave, o mais rápido dos últimos 86 anos, empatando com o de João Paulo I e Bento XVI. Para Maria Clara Palmeira, estudante de jornalismo de 19 anos, a rápida decisão dos cardeais se deu pelo preocupação de substituir o Francisco quanto antes.
Discreto e de voz serena, o novo Papa evita a exposição pública, mas é reconhecido como reformista alinhado a Francisco, com sólida formação em teologia e profundo conhecimento em direito canônico.
“Pecadores”, a nova aposta do diretor, roteirista e co-produtor Ryan Coogler - a mente por trás dos sucessos “Creed” e “Pantera Negra” - estreou em abril de 2025. O longa acompanha uma história de liberdade e conflitos raciais com muito Blues e dança, sem perder o terror e o suspense de sua atmosfera surrealista.

O filme, situado em 1932, acompanha em seu elenco principal os gêmeos Fumaça e Fuligem, ambos interpretados por Michael B. Jordan. Tudo se centraliza no clube de Blues criado pelos gêmeos, o terreno que foi comprado de um senhor envolvido na Ku Klux Klan, com dinheiro roubado em Chicago com a ajuda do gangster norte americano, Al Capone, além do vinho e a cerveja importados que serviram como atrativo para a comunidade cansada da região. Mas claro, nada disso importa para os gêmeos, até o fim da noite todos os envolvidos no clube serão pecadores. Como dito pelo pastor e pai do personagem Sammie, “Se você continuar a dançar com o diabo, um dia ele vai te seguir até em casa".
Durante o desenrolar do longa, surgem outros personagens relacionados ao passado da dupla e o conflito central, como Sammie (Miles Caton), primo e filho do pastor local, Mary (Hailee Steinfeld), irmã de criação e Annie (Wunmi Mosaku), curandeira local. Todos têm seu lugar naquela sociedade, que situa de forma aguçada seu papel historicamente bem pensado.
Destaque especial para Sammie, que demonstra a dualidade entre a religião e o conformismo, na qual, para ele, a música representa liberdade e salvação, o que fica ainda mais evidente após a chegada do personagem Remmick (Jack O'Connell). O roteiro utiliza diversos contextos históricos, que o torna um prato culturalmente cheio.
Por exemplo, o passado de Remmick demonstra ter relação com a opressão irlandesa, durante colonização dos ingleses no século XII, além das implicações a um proselitismo forçado, por conta das citações do personagem sobre ter sido obrigado a aprender hinos e cânticos religiosos no passado pelo homem que roubou as terras de sua família.
A ideia do vampiro, em uma narrativa banhada de elementos religiosos é uma escolha pensada e calculada aos mínimos detalhes, seja no batismo feito em Sammie ou na visão tida por Fumaça no ato final. O movimento do afro-surrealismo tem muita influência nessa decisão, em que os elementos do sobrenatural servem como analogia direta ao período de apagamento histórico e cultural que aconteceu com a população negra, o que torna ainda mais simbólica a representação do Blues na trama.
Outro elemento que vale a pena destacar é a posição da trilha sonora na narrativa. O mérito vem da parceria entre Ludwig Göransson e Coogler que entraram em sintonia em todos os seus projetos. Mesmo não sendo um musical, a trilha sonora e seus números musicais fazem parte do âmago da história, principalmente nas músicas tocadas durante a sequência do clube, como “Lie to You” e “Rocky Road to Dublin”, performadas pelos atores.

A recepção da crítica e público foi representativa, fazendo história além da tela, estando com 84% de aclamação no Metacritic. Além de ter conquistado uma das maiores bilheterias do ano, totalizando 230 milhões arrecadados por todo o mundo.
O diretor Ryan Coogler conseguiu deixar um legado na indústria cinematográfica, com o contrato histórico feito para a produção do filme, no qual em vinte e cinco anos, todos os direitos relacionados a sua obra serão retornados para o diretor.
Veja abaixo o trailer da produção:
Título original: Sinners
Direção: Ryan Coogler
Roteiro: Ryan Coogler
Trilha sonora original: Ludwig Göransson
Produção: Ryan Coogler, Zinzi Coogler, Kevin Feige
Elenco principal: Michael B. Jordan, Miles Caton, Hailee Steinfeld, Wunmi Mosaku e Jack O’Connell.